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O Espiritismo Em poca De Transio

Saara Nousiainen

...Chegou ento o Espiritismo, trazendo extraordinrio conhecimento libertador, como excelente alavanca para a transformao interior

dos seus adeptos, mas, talvez em razo das grandes dificuldades que essa transformao apresenta, muitos acabaram substituindo-a pela

freqncia ao centro, pelo passe e pela gua fluidificada, as atividades na casa, o trabalho medinico, a caridade, a direo da instituio. Outros a

substituram por aes na divulgao doutrinria, tais como fazer palestras, escrever livros, falar no radio ou na TV ou, ainda, atravs da Internet, e

tal situao acabou se institucionalizando nos meios espritas. Palavras iniciais Nosso planeta est vivendo um momento nico em sua histria. Nossa humanidade passa por um perodo sem igual em toda a sua existncia. O movimento esprita est numa espcie de repetio da histria do cristianismo primitivo, numa fase decisiva em sua caminhada. como se estivssemos diante de duas portas, uma larga e outra estreita, exatamente como na advertncia de Jesus. A larga d acesso a um caminho tambm largo e confortvel, que segue atravs da plancie. A outra d acesso a um caminho pedregoso, estreito, que sobe pelas escarpas da montanha, numa jornada difcil e sacrificial. Pelo caminho largo, no precisamos estar constantemente em alerta, observando onde pisar, nem fazer muito esforo para caminhar. Basta deixar-nos levar. No estreito, a subida difcil. Nossos ps se machucam nos pedregulhos, enquanto o corpo vai se ferindo nos espinhos, mas, em meio aos pedregulhos, crescem lrios brancos a embelezar e perfumar nosso ambiente e, em torno dos espinhos que nos ferem, encontramos folhas verdes a simbolizarem esperana. O suor que escorre pelo rosto e pelo corpo, nos esforos da subida, reflete a purificao da nossa alma pela eliminao de toxinas espirituais, do lixo interior que fomos acumulando ao longo do tempo. E quando menos esperamos, alcanamos o topo da montanha de uma nova etapa evolutiva. Olhando ento para trs, para os caminhos difceis que acabamos de percorrer, nossa alma se encher de alegria pelas escolhas acertadas que fizemos.

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Mas... se a escolha foi o caminho largo e fcil, j que temos o direito de escolher... Fazamos uma comparao do momento atual do espiritismo com o cristianismo primitivo. Este tambm passou por um momento de transio. Jesus viera trazer novos paradigmas humanidade e seus seguidores tiveram a misso de levar aquelas idias para o mundo. Se eles tivessem seguido pelo caminho largo, o da plancie, o cristianismo teria morrido em seu nascedouro, mas aqueles cristos fizeram do vivenciar os ensinamentos de Jesus e difundir a Boa Nova o seu projeto de vida, a sua primeira prioridade, a meta para a qual caminharam sem medir esforos nem sacrifcios. Foi uma entrega total. Assim, seguindo pelo caminho estreito e entregando as prprias vidas em sacrifcio, eles conseguiram fazer com que a mensagem da Boa Nova pudesse atravessar os sculos e, mesmo de forma distorcida, chegar at ns. Hoje estamos numa nova fase de transio; desta vez, muito mais radical porque o mundo vai mudar de grau. De provas e expiaes passar condio de mundo de regenerao. Com isso, as imensas legies de espritos empedernidos no mal, sabendo que podero ser exiladas para mundos inferiores, esto jogando todas as suas cartas na tentativa de dominar o planeta e aqui permanecer. Pode-se ento facilmente observar o quanto essa fase est sendo conturbada, com as legies do mal aplicando todos os seus recursos, sua cincia e tecnologias para vencer quaisquer esforos que visem iluminao do ser. Estamos assim novamente diante das duas portas, a larga e fcil e a estreita e difcil, s que as dificuldades de agora so diferentes. Diria at que so maiores, porque naquela poca ainda pairava no ar a presena do Mestre e seus ensinos e exortaes eram repetidos diuturnamente pelos seus seguidores, inflamando-os. Seus coraes pulsavam na vibrao da Boa Nova, como se fosse o prprio cntico dos anjos a se espalhar sobre os montes, vales e cidades, abenoando coraes que h muito aguardavam por ela. Hoje, temos um movimento esprita formado por diversos tipos: os que aderiram nossa doutrina, por ach-la coerente; os que chegaram empurrados pelo sofrimento e aqueles outros, poucos, cujos coraes pulsam ao ritmo da revelao esprita e que fizeram do espiritismo seu projeto de vida. A situao bem diferente daquela do primitivo cristianismo, porque o espiritismo institucionalizou-se, perdendo o ar de cumplicidade geradora de companheirismo e fraternidade. Por outro lado, os poderes das trevas tudo fazem, no para destru-lo ou parar a sua marcha, mas para evitar que se aloje nos coraes e realize as transformaes que o Mestre espera. Nesse contexto, fcil observar como os estudos doutrinrios, os cursos e as atividades caritativas que so realizadas nos meios espritas pouca

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resistncia encontram, mas qualquer ao visando vivncia dos contedos espritas encontra grandes dificuldades para se firmar e produzir efeitos. Nota-se uma espcie de apatia, de desinteresse por propostas que visem, de forma prtica e concreta, levar vivncia da amorosidade, da alteridade (respeito de uns para com outros), da humildade e demais valores. verdade que, paralelamente, vem acontecendo um despertar para a busca desses valores, mas isto reflete a minoria e mesmo os grupos que se formam visando a esse crescimento interior encontram grandes dificuldades a fim de conseguir melhores resultados. o trabalho macio das sombras contra essas luzes. Vemos ento que este o momento de relembrarmos os primitivos cristos, a sua entrega, o seu amor, a sua renncia, para ganharmos ns tambm mais disposio e energia em nossa luta com vistas a vencer as foras do mal. Tambm importa lembrar que o foco principal desta luta deve estar em nossa transformao interior. Que est acontecendo com o movimento esprita? Talvez voc responda que nada est acontecendo de anormal e que tudo vai muito bem. Ser que vai mesmo? Nas listas da Internet de que participo, inmeros companheiros, das mais diversas partes do Brasil, se queixam, profundamente entristecidos, pelas formas como se pratica o espiritismo nos centros que freqentam, e vrios deles j se afastaram, embora continuem crendo e procurando praticar os ensinamentos espritas. Talvez voc diga: - Ora, so pessoas invigilantes que se deixaram envolver pelos obsessores ou, ento, que estavam apenas procurando uma desculpa para abandonar as tarefas. Ser mesmo assim? Em conversas com essas pessoas e pelo que venho observando desde muitos anos, possvel perceber a extenso do que ocorre em inmeros centros, chocando muitos dos que chegam e afastando outros que j no suportam mais conviver com situaes to adversas. Como exemplo, vamos citar alguns desses casos, usando pseudnimos. a) Marina chegou ao centro esprita com o corao cheio de alegria, porque finalmente havia encontrado uma doutrina no fanatizante, em que o adepto teria a liberdade de analisar tudo luz da razo. Inscreveu-se no Estudo Sistematizado de Doutrina Esprita-ESDE e, logo nas primeiras semanas, percebeu o quanto estava enganada. Ao questionar a afirmativa do monitor que dizia ser o espiritismo uma religio, quase se viu fraternalmente expulsa do grupo e, para poder continuar, decidiu-se a no mais questionar fosse o que fosse. Guardaria os questionamentos para si mesma.

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b) Silvana, esprita desde criana, participava das sesses de cura no centro que freqentava. Certo dia percebeu que o mdium que fornecia ectoplasma para os trabalhos, ao sair da cabine, sentia-se mal. Chamou a dirigente, informando-a do fato e sugerindo que fosse ministrado um passe no companheiro. Essa sugesto foi aceita de m vontade, com a recomendao: Que seja s esta vez, porque os mdiuns precisam aprender a se defender. Que tremenda falta de fraternidade e de conhecimento! c) Ao trmino das sesses medinicas de que participava, Andra saa sentindo-se mal. Foi adoecendo mais e mais. Ao buscar ajuda no centro, aconselharam-na a fazer o Evangelho no Lar para afastar os obsessores. Ora, o que mais ela fazia era cuidar da sua vida interior, procurando sempre paut-la pelos ensinamentos de Jesus. Foi piorando cada vez mais e mais e acabou se afastando do trabalho medinico. Uma amiga levou-a a um templo esotrico, onde foi recebida com muito carinho e tratada com recursos utilizados por eles, vindo a melhorar rapidamente. d) D. Miriam, mdium que h mais de vinte anos vinha participando das atividades medinicas da casa, de repente comeou a faltar; uma, duas, trs sesses... O dirigente informou os presentes de que, se ela faltasse mais uma vez, seria afastada dos trabalhos. Alguns meses se passaram e D. Miriam retornou ao trabalho, mas na condio de esprito. Todos ficaram profundamente envergonhados, pois ningum se preocupara em procurar saber o que havia acontecido com ela. Por que em muitos centros espritas os trabalhadores so tratados com desinteresse, como se fossem meras peas do mecanismo e os freqentadores no so recebidos com amabilidade e verdadeiro interesse em ajud-los? E nem vamos falar de outras situaes nas quais despontam lutas pelo poder, discriminaes e tantas outras mazelas. O que est faltando nos meios espritas: conhecimento doutrinrio ou a presena de amor e de humildade? Preocupada com questes como essas, no incio dos anos noventa, conseguimos juntar alguns companheiros espritas e criar uma oficina semanal com foco no desenvolvimento dos valores da evoluo espiritual. Foi uma experincia gratificante, que me levou a escrever, mais tarde, o livro Crescimento Interior, apoiada naquele modelo. Temos observado, no entanto, como difcil criar um grupo com tal finalidade e mais difcil ainda mant-lo. Uns e outros vo se afastando por motivos justos, e muitos outros fatos vo acontecendo, levando o grupo extino (V. captulo Uma palavra difcil de dizer).

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Procuramos ento convencer algumas lideranas espritas, inclusive da prpria FEB, a estabelecerem pequenas mudanas nas metodologias, que viriam a favorecer o crescimento interior dos espritas e dos freqentadores dos centros. A proposta era para se utilizar a ltima meia hora dos cursos para trabalhar a questo da vivncia dos contedos espritas, procurando-se desenvolver a afetividade, a humildade e demais valores. Isto rendeu alguns Que excelente idia!; Vamos estudar essa questo... Mas sempre ficou s nisso. Depois, recebemos a inspirao para escrever o livro Curso Interativo de Espiritismo e Vivncia Esprita, com catorze aulas. A primeira parte de cada aula de estudos doutrinrios e a segunda tem foco na vivncia dos valores da evoluo espiritual. Esse curso pode ser ministrado continuamente. Terminada a ltima aula, volta-se primeira, j que cada uma apresenta um tema diferente. Assim, os que chegam ao centro, em qualquer poca, podem ser encaminhados para o curso e no vo perder qualquer tema. A segunda parte, relativa ao crescimento interior do ser, tambm trata, em cada aula, de tema especfico dialogado entre os participantes. O mtodo utilizado com perguntas instigantes para serem respondidas pelos presentes. Em seguida o monitor l a explicao esprita. Cursos bsicos simples e interativos so importantes num centro esprita para atender aos que chegam, mas, na imensa maioria das casas, quem chega convidado a assistir a palestras e/ou ingressar num estudo sistematizado de doutrina esprita. As palestras so boas, quando o palestrante bom, mas, apenas assistindo a elas, algum pode romper o tempo, anos a fio, sem adquirir o conhecimento esprita em sua extenso. O estudo sistematizado supre essa lacuna, mas nem todas as pessoas se afinam com estudos dessa natureza. Por isso a evaso sempre grande. J num curso bsico (melhor que seja interativo), o participante aprende tudo, mesmo de forma superficial, em bem mais curto espao de tempo. Se ento algum quiser matricular-se num curso sistematizado, certamente no o abandonar a meio do caminho. Mas qualquer que seja o modelo do ensinamento, fundamental que inclua aes prticas para ajudar na evoluo espiritual dos participantes. Se a finalidade maior do espiritismo transformar seus seguidores em homens de bem, cabe aos centros espritas instrumentalizar-se, a fim de oferecer a seus trabalhadores e freqentadores atividades capazes de realmente ajudar nessa transformao. Da mesma forma, cabe ao palestrante que queira exercer de fato sua misso ensinar conhecimento esprita e, a seguir, colocar-se lado a lado com os aprendizes para, num esforo conjunto, procurar fazer com que tais conhecimentos desam at o corao, inclusive ao dele. S assim, com o

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espiritismo no corao, possvel realizarem-se as to necessrias transformaes interiores. Lembremos que os cristos primitivos realmente vivenciavam os ensinamentos de Jesus, tanto na prtica da caridade quanto em suas atitudes. Depois, tudo foi se transformando. O foco foi mudando at institucionalizar-se numa igreja, a Catlica Apostlica Romana. Ser que vamos deixar o espiritismo tambm acabar como mera instituio de carter filosfico, cientfico e religioso, crescendo em nmero de centros e de adeptos, mostrando a cara ao mundo, como tantos desejam, mas sem cumprir a sua finalidade maior, que a transformao do ser? Quando uma doutrina formada por regras Ser que, nos meios espritas, estamos vivenciando a mesma estagnao evolutiva das igrejas crists? Por que os seguidores do cristianismo pouco ou nada evoluem espiritualmente? Vejamos uma das razes. As igrejas crists apresentam a seus fiis o prato feito da salvao. Vem tudo prontinho, bastando-lhes obedecer s determinaes das suas igrejas. Ocorre, nas doutrinas formadas por regras ou preceitos, que seus seguidores tendem a procurar meios para fraud-los, lanando mo de interpretaes as mais variadas e de recursos outros que lhes permitam permanecer sob o seu abrigo, mas sem real comprometimento com eles. o ser humano sempre querendo levar vantagens. Esse tipo de situaes reflete a antievoluo, e por isso que o mundo cristo pouco progrediu espiritualmente. Chega, ento, o espiritismo, trazendo extraordinrio conhecimento libertador, como excelente alavanca para a transformao interior dos seus adeptos, mas, talvez em razo das grandes dificuldades que essa transformao apresenta, muitos acabam substituindo-a pela freqncia ao centro, pelo passe e pela gua fluidificada, as atividades na casa, o trabalho medinico, a caridade, a direo da instituio; outros a substituem por aes na divulgao do espiritismo, tais como fazer palestras, escrever livros, falar no rdio ou na TV ou, ainda, atravs da Internet, e tal situao acabou se institucionalizando nos meios espritas. Dessa forma, sentem-se abenoados e confiantes em que esto conquistando ingresso em Nosso Lar, aps a desencarnao. Preenchem tanto as suas vidas com essas atividades que pouco, ou nada, lhes sobra para cuidar das suas construes interiores. O que est errado, ento, ou o que est faltando para que as pessoas que desenvolvem atividades espritas, ou freqentam centros, possam comear a despertar para a necessidade de dinamizar a prpria evoluo espiritual?

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Certamente, est faltando interesse nas lideranas e empenho dos dirigentes no sentido de priorizar atividades que ajudem realmente nesse desiderato. Nos meios espritas, costumamos apresentar Jesus e o Evangelho como sendo a nossa bandeira: - Vamos fazer o Evangelho, vivenci-lo, colocar Jesus em nossas vidas, etc. Com esse tipo de foco, acabamos diluindo nossos esforos evolutivos em imagens e palavras: imagens de Jesus e do Evangelho, palavras que j se tornaram jarges sem efeito. E assim, sentindo-nos sob esse plio, achamos que estamos evoluindo, fazendo nossa reforma interior e nos preparando para habitar planos mais elevados aps a desencarnao. Mas por causa desse tipo de enganos que Eurpedes Barsanulfo foi convidado a construir o Sanatrio Esperana, no mundo espiritual, para atender companheiros que acreditavam ter direito a situaes mais favorecidas aps a morte, por terem conduzido a bandeira do Evangelho e a imagem de Jesus durante a vida. Vamos refletir um pouco? Do que realmente necessitamos para evoluir? de uma bandeira ou de atitudes? Ento, ao invs de colocar-nos sob o plio do evangelho, no muito mais produtivo procurar viver em funo do prprio crescimento como ser espiritual e csmico? Em vez de viver citando chaves sobre a caridade, esforar-nos para desenvolver e vivenciar a amorosidade de forma contnua? No lugar de ter sempre na ponta da lngua alguma exortao doutrinria, fazermos reflexes sobre as dimenses do amor e da humildade e procurar meios para desenvolv-los nos nossos estados de esprito? No lugar daquela voz mansificada, nem sempre autntica, quando falamos em coisas sagradas, deixar fluir a alegria, o contentamento, que um verdadeiro elixir de vida? Em tempo de transio no h TEMPO a se perder. imprescindvel e inadivel realizar as transformaes interiores a se manifestarem em ATITUDES. Aquele que deseja verdadeiramente realizar sua transformao interior, adequando-se ao novo tempo, precisa comear a mergulhar fundo nos meandros do orgulho, do egosmo e da ganncia, procurando entender seus mecanismos a fim de buscar as formas mais profcuas para livrar-se deles; procurar conhecer ao menos um pouco das complexidades do psiquismo humano com o fito de aprender a navegar contra as correntezas interiores das construes milenares do prprio esprito. Mas essas incurses precisam representar prioridade para quem deseja evoluir, porque a gerao de valores se d por ao continuada. Por isso, para desenvolver valores da alma, preciso gerar memria. Geralmente s nos lembramos de nossos propsitos evolutivos DEPOIS de

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praticada a ao, dita a palavra ou permitido sentimentos negativos vibrarem em nosso interior. Por isso sempre sugerimos trabalhos em grupo; uma discusso sobre determinada atitude, com enfoques diversos e sugestes variadas, ajuda a gerar memria. E quando o grupo se prope a trazer sempre mente, durante a semana que se segue, a determinao de desenvolver o valor que estava em pauta, fica bem mais fcil lembrar as decises tomadas ANTES de praticar a ao, dizer a palavra ou permitir sentimentos negativos, podendo evit-los. Merecimento e evoluo Algo importante para ser repensado nos meios espritas est numa melhor compreenso sobre merecimento e evoluo. Numa pesquisa realizada pela Associao Brasileira de Divulgadores do Espiritismo ABRADE sobre como estamos comunicando espiritismo dentro e fora dos nossos arraiais, observou-se que estamos confundindo muito a prtica da caridade com evoluo espiritual. A primeira gera merecimento, mas s a segunda nos resgata das inferioridades em que estagiamos. Outro ponto tambm observado que h nos centros muita preocupao em se praticar a caridade e raras so as atividades voltadas para o crescimento interior. Muitos at desconhecem o que seria uma mera reunio de estudos do evangelho. Conversvamos certa feita com alguns companheiros espritas sobre essas questes, quando um dos presentes, Dr. Ildefonso do Esprito Santo (BA), do alto dos seus 80 anos, me intimou a escrever um roteiro bem simples e objetivo que pudesse ajudar nessa questo da vivncia dos contedos espritas. Rejeitei a idia, por entend-la invivel, mas aquela intimao no me saa da cabea e em pouco tempo observei que me colocavam na mente uma idia inovadora, a de se buscar essa vivncia atravs de estados de esprito. Foi assim que no opsculo Agenda Mnima para Evoluir, conseguimos resumir em apenas cinco pontos as bases da tarefa evolutiva. Quatro pontos referem-se a estados de esprito: afetividade, alteridade, humildade e contentamento. O quinto valor o equilbrio, ou seja, a sabedoria. Desenvolvendo afetividade, estamos no caminho do amor, o maior dos valores. A alteridade nos ajuda a abrir caminhos para uma compreenso mais elevada sobre tudo. o mais importante mecanismo para o crescimento do homem como ser social e pode lev-lo a interagir pacfica e beneficamente

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com tudo que o cerca. Nos meios espritas, ela se torna uma postura de vanguarda, sinalizando um modelo de convvio para o novo tempo, o mundo de regenerao. O terceiro dos pontos essncias a humildade, numa percepo clara da nossa real condio. Nem para mais, nem para menos. Se for para mais, ela nos levar ao orgulho, porque pensar que somos mais evoludos do que nossa realidade acarreta envaidecimento. Pela nossa pouca evoluo, estamos ainda muito propensos a cair nessa iluso. Se forarmos nossa percepo para menos, isto nos levar a uma situao irreal e diminuio da nossa auto-estima, o que prejudicial para nossa vida e evoluo. J o contentamento um verdadeiro elixir de vida e sade, e o equilbrio nos conduz sabedoria. Releitura das obras de Kardec? Numa das listas, ou grupos, da ABRADE, na Internet, algum perguntou: Algum(ns) conceito(s) expresso(s) nas obras de Kardec mereceria(m) uma releitura, ajustando-a(s) ao novo contexto do presente? Refletimos sobre a pergunta e respondemos o seguinte: Alguns conceitos realmente mereceriam essa releitura. Podemos dar como exemplo a questo da expiao. Na obra de Kardec, essa idia aparece em tons muito fortes, ameaadores, definitivos, o que pode ter sido perfeito para aquele tempo. Mas hoje, nas fmbrias de uma nova poca, j comeando a transitar sobre a ponte que nos levar condio de mundo de regenerao, devemos olhar para um futuro mais luminoso e comear a nos iluminar nessa luz. Vejamos: num mundo de provas e expiaes, carregamos nossa cruz plenamente conscientes de que estamos pagando culpas e crescendo mais um pouquinho. uma condio de sujeio ao sofrimento. J num mundo de regenerao o foco se volta para a construtividade. Somos seres que j conseguimos desbastar o mais grosso das nossas imperfeies e nossa meta, agora, deve ser a da evoluo espiritual. claro que iremos continuar resgatando as faltas, porque essa a lei da justia, mas o olhar ser outro, o do crescimento, com as vistas voltadas para um futuro de luz e trabalhando sempre com esse fim. Se ficarmos engessados no pensamento antigo, calcado na temtica do sofrimento como necessidade expiatria, como poderemos trabalhar pelo novo modelo? Aquela idia de que vamos sofrer resignadamente porque receberemos recompensas no mundo espiritual est comeando a mudar para um discurso mais saudvel e progressista: vamos buscar o nosso crescimento interior, desenvolver nossas qualidades superiores e as nossas

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potencialidades; ajudar a comunidade procurando levar-lhe as verdades espirituais, alm de trabalhar visando conscientiz-la quanto importncia da sua participao na transformao do mundo; auxiliar o ser humano a comandar seus estados de esprito, erguer-se e caminhar com os prprios ps. a cruz transformando-se em instrumento de trabalho, de crescimento e de alegria. Sem a mais remota idia de tecer crticas aos espritos que trabalharam na codificao do espiritismo, devemos lembrar que muitos deles eram procedentes da Igreja Catlica, por isso em seus enfoques transparecem conceitos que, se podiam ser adequados quela poca, esto carecendo de atualizao. Podemos observar essa tendncia em algumas passagens de O Evangelho Segundo o Espiritismo, quando falam sobre as penas e recompensas. A linguagem bastante semelhante da Igreja. No captulo Bem-aventurados os aflitos, Lacordaire diz: O homem no recebe nenhuma recompensa para esse tipo de coragem, mas Deus lhe reserva seus louros e um lugar glorioso. Essa idia de recompensas, louros e um lugar glorioso pode ser adequada a espritos que ainda no alcanaram certo grau de entendimento e que necessitam desse tipo de muletas para caminhar melhor. Mas hoje, em pleno trnsito para uma nova poca, essa velha mentalidade deve comear a ceder lugar do trabalho pela auto-superao, a auto-ajuda, o crescimento da criatura como ser csmico. Tal crescimento, por si s, deve ser o seu maior fator de felicidade atual e futura. Tambm se observa a um toque de vaidade na expectativa de glrias, incompatvel com os ensinamentos de Jesus e as idias transmitidas pelo espiritismo. E mais adiante Santo Agostinho diz: O Senhor marcou com seu selo todos os que acreditam nEle. A, passa-se a idia da salvao pela f. Como vemos, aqueles espritos, embora de elevada estirpe, mantiveram, at certo ponto, linguajar e idias compatveis com suas ltimas reencarnaes ou, quem sabe, preferiram usar aquela linguagem como um degrau para entendimentos mais elevados. Por isso e tambm porque o bom senso indica, no se deve entender tudo ao p da letra. Nem mesmo a codificao do espiritismo. Sofrer hoje, resignadamente, visando a louros e glrias no Cu, demonstra curto entendimento sobre evoluo. Um esprito evoludo, pela humildade que lhe prpria, jamais encontrar a felicidade nesses louros e glrias, mas sim em seu prprio estado evolutivo, que jubilosamente luminoso e feliz. Assim, hora de comearmos a abandonar aquelas idias de comprar um lugar no Cu, ou na colnia espiritual Nosso Lar, atravs da conformao, uma postura estagnante que ainda voeja nas cabeas de muitos espritas que

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entendem ser necessrio sofrer para purificar a alma, ou pagar culpas do passado, como se apenas pagar essas culpas fosse suficiente. Certamente, no novo modelo que dever nortear o mundo de regenerao, sero utilizados caminhos outros, que no apenas a dor, para a evoluo dos seres. A largueza de vistas do espiritismo mostra ao ser humano que ele deve buscar a felicidade, o bem-estar, o contentamento, desde que no arranhe a tica csmica, ou seja, as leis de Deus. Por certo, importante aceitarmos o sofrimento que no pudermos mudar, mas h diferenas fundamentais entre aceitar e conformar-se, como tambm indiscutvel que podemos, sempre, mudar nossa vida para melhor, comeando por melhorar os prprios estados de esprito e as atitudes. E, mesmo aceitando o sofrimento como necessrio evoluo, ou como retorno de atos do presente ou do passado, devemos receb-lo como lio e no como carga. A grande reclamao que temos escutado de pessoas que procuram o espiritismo ou militam em seus arraiais est naquela mensagem em tom deprimente que ecoa em muitos centros; o arfar sob o peso do carma que precisa ser sofrido gota a gota, com resignao. A luz que mostrada no final do tnel s acena do alm, aps as agruras terrenas. Felizmente, na outra vertente, vamos encontrar centros espritas, no muitos ainda, cuja linha diretiva a esperana, no s para o ps-tmulo, mas para o agora, mostrando como se pode comear a vivenciar algo de felicidade e bem-estar, quando se aprende a aplicar a si prprio o Levanta-te e anda. Tambm na mdia esprita se percebe, aqui e ali, essa luz da esperana, transformando a cruz em oportunidade de progresso espiritual. Por esses novos enfoques, podemos tambm perceber a importncia de comearmos a mudar aquele tom que usado em alguns centros espritas, o da voz melflua, chorosa, piegas, orientando para a conformao, colocando como exemplo os sofrimentos de Jesus e acenando com as recompensas futuras. A nova civilizao que est para nascer pede discursos diferentes, aproveitando, inclusive, muito de bom que j existe na rea do conhecimento humano, visando ao crescimento da criatura em toda a sua plenitude. Que fazer? Que se pode fazer para ajudar o movimento esprita a comear a transformar discurso em atitudes?

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Talvez voc diga que isso da competncia das instituies federativas, mas, se elas no tomam tais iniciativas na forma e intensidade que deveriam, vamos esperar o qu? Se somos espritas, temos, cada um de ns, uma parcela de responsabilidade pelos caminhos tomados pelo espiritismo. Cada esprita pode colaborar, nem que seja apenas com preces e vibraes, pedindo ao Mestre que ajude o nosso movimento a despertar para sua maior necessidade. Se voc trabalhador em algum centro, pode conversar com os dirigentes, sugerindo-lhes fazer uma campanha pela reforma interior, que pode comear com a simples colocao de cartazes* nos ambientes da casa, at a criao de reunies/oficinas com essa finalidade. O centro poderia tambm transformar algumas palestras em bate-papos, nos quais todos juntos procurariam meios prticos que ajudassem a vivenciar os valores da evoluo espiritual. * Pense na importncia de um cartaz (colocado em vrios locais na casa esprita) com os dizeres: Estou conseguindo ser mais humilde? Estou desenvolvendo amorosidade? J consigo perdoar? Procure memorizar estas perguntas, para faz-las a si mesmo constantemente.

Se voc dirigente esprita, lembre que a nossa humanidade j se encontra nas fmbrias de uma nova era, transitando para mundo de regenerao. Observe, no entanto, como nos nossos meios campeiam inmeros valores negativos (com louvveis excees) a ponto de muitos companheiros se afastarem, por no suportarem tanta vaidade, desamor, discriminao, maledicncia, comodismo, personalismo, lutas pelo poder que encontram em suas instituies, sem considerar as outras infinitas queixas que se ouvem diuturnamente. Ser que podemos continuar assim? Vamos ns, como movimento esprita, acompanhar e ajudar nessa transio, ou ficar para trs como a mulher de L da narrao bblica? Lembremos que ela foi transformada numa esttua de sal. Ento, o que podem fazer as instituies espritas que ainda no comearam a se mobilizar visando s necessrias transformaes? Permita-nos apresentar duas sugestes: 1 - Criar nos ambientes do centro um clima de permanentes convites e indues reforma interior. Isto pode comear a ser feito at mesmo com a colocao de cartazes, como sugerido acima, contendo sugestes prticas, tais como:

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a) Sempre que lembrar, procure desenvolver amor em seus sentimentos, envolvendo nessa vibrao seus familiares, companheiros de atividades e, principalmente, seus desafetos. b) Quando olhar para algum, seja l quem for, diga mentalmente: Que voc esteja bem, com sade e harmonia interior. Que Deus o (a) abenoe e faa feliz! c) Procure ser sempre uma presena benfica, onde estiver. Assim, estar deixando que a luz de Deus o (a) ilumine de dentro para fora. Observe a diferena entre sugestes prticas e mensagens edificantes. Estas ltimas so importantes porque, nos momentos em que as lemos ou escutamos, seu teor nos leva a elevar o pensamento e com ele a nossa freqncia vibratria. Mas so de curta durao. J as sugestes prticas, para quem se pe a acat-las, materializam-se em aes transformadoras. 2 - Buscar NOVOS MTODOS, visando instrumentalizar o crescimento interior de seus trabalhadores e freqentadores, de forma objetiva. E digo crescimento interior em vez do termo reforma interior, porque o crescimento implica em aquisio de valores em todos os sentidos da evoluo, no apenas das virtudes, mas tambm de tudo o mais que possa levar a pessoa a sentir-se plena, feliz e com harmonia interior. Nesse contexto, um aspecto importante para ser revisto o fato de cuidarmos da nossa evoluo atravs da tica meramente religiosa ou mstica. Se no conseguimos resultados realmente positivos com todo o esforo que tem sido feito at hoje, usando mtodos regulados pelo enfoque religioso, qual a soluo? MUDAR... Mudar o enfoque e os mtodos Para implementar tais mudanas de forma mais tranqila, pode-se comear por uma campanha em prol de uma s ao: desenvolver afetividade. Imagine quanto resultado positivo haveria numa comunidade inteiramente voltada para tal fim. No momento em que algum consegue manter afetividade em seus estados de esprito, estar se condicionando a vivenciar tambm as demais virtudes. Num segundo momento, deve-se passar a trabalhar tambm outros valores, criando grupos para estudarem e se aprofundarem nas dimenses do orgulho e da vaidade, possibilitando aos participantes identific-los em suas vivncias. Essa identificao necessria porque s encarando nossos desvios frente a frente seremos capazes de venc-los. O mesmo deve ser feito com relao aos demais valores negativos.

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Pense em quanto ganharamos, em termos prticos, com reunies de bate-papo nas quais se discutisse a questo da vivncia esprita, sempre procura de meios que facilitassem a sua aplicao no cotidiano. Em reunies dessa natureza, acaba se construindo uma espcie de cumplicidade entre os membros do grupo, com vistas ao crescimento interior de todos, e isto inclui outras tantas questes que martirizam o ser humano, tais como o medo, a depresso, etc. Outro instrumento importante estaria em se lanar mo de prticas utilizadas por muitas empresas que esto percebendo a necessidade de ajudar seus funcionrios a se tornarem pessoas mais tranqilas, mais equilibradas, visando ao melhor convvio e cooperatividade entre eles. Tais empresas esto utilizando mtodos modernos com treinamentos, workshops, cursos e oficinas ligados ao desenvolvimento humano, que tem tudo a ver com o crescimento interior do ser. claro que a finalidade da maioria deles maior lucratividade, mas funciona. Existem profissionais espritas altamente capacitados nessa rea que ministram treinamentos em empresas e que certamente podem colaborar. Como exemplo, podemos citar o conhecido palestrante e escritor esprita Alkndar de Oliveira (SP) www.alkindar.com.br, competente profissional em treinamento de liderana e comunicao e ele est justamente lanando um livro Aprimoramento Esprita, que vai ajudar grandemente as instituies que quiserem voltar-se para auxiliar seus trabalhadores e freqentadores na difcil tarefa de desenvolver valores humanos, morais e espirituais. Essa obra composta de quatro livros em um: Auto-estima, Liderana Esprita, Unificao e Projeto ORAR: Ousadia na Divulgao, Respeito s demais Instituies, Administrao Eficaz, Relacionamento Harmonioso. Outro trabalho importante recm -lanado Projeto Valores Humanos para o Centro Esprita, elaborado pela equipe do Instituto Esprita de Estudo e Divulgao do Evangelho INEDE (MG), www.inede.com.br. Esse livro reflete experincias desse grupo ao longo dos anos, na elaborao de um projeto que possibilitasse a interao do centro esprita com a sociedade, alicerado na tica e no atendimento s necessidades comuns, na superao dos preconceitos, pela educao integral atravs do desenvolvimento de valores. Essas idias podem at soar estranhas, mas importa perceber que chegada a hora de se trabalhar intensamente por mudanas em parte da sistemtica esprita, lembrando que estamos em plena fase de transio de provas e expiaes para mundo de regenerao, e toda transio pede mudanas. No adianta ficarmos reclamando das coisas erradas que encontramos a cada passo nos meios espritas. Importa trabalharmos para modific-las, buscando as causas profundas delas e promovendo as mudanas necessrias.

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Se voc trabalhador da seara, seja qual for a sua funo, voc co-responsvel pelo grupo ou centro em cujas atividades se encontra inserido. Por isso procure fazer o melhor que puder. Procure interessar-se no s pelas suas tarefas, mas tambm por tudo que diga respeito ao grupo ou instituio, porque voc parte dele. A casa esprita tambm o seu endereo de luz. Se ela se encontra em situao sombria, procure desenvolver meios para ilumin-la. Lembre-se de que, quando algo realmente nos interessa, movemos cu e Terra para consegui-lo. Assim, movamos cu e Terra para garantir as melhores condies possveis para que o nosso endereo de luz possa cumprir sua misso. Como criamos mscaras Nos meios espritas, tem-se falado muito ultimamente sobre as nossas mscaras, e muitos at se aborrecem afirmando no possu-las. Reflitamos um pouco. Digamos que fulano, trabalhador da seara, fumante e gosta de observar as pessoas para criticar-lhes, em tom jocoso, a roupa, a feira e at o fato de estarem acima do peso. Que faz ento, sabendo que seria censurado pelos companheiros, numa censura silenciosa ou pelas costas, como geralmente acontece? Para no se ver assim malvisto e at marginalizado, escova os dentes e coloca algum desodorizante bucal antes de ir para o centro, escondendo ou mascarando tal conduta. Tambm evita at de olhar para as pessoas com receio de formular alguma crtica e verbaliz-la a um companheiro, j que praticamente automatizou tal atitude. J so ento duas mscaras que fulano criou. Pense como seria se pudssemos juntar aleatoriamente dez espritas que militam num centro a fim de mergulharem fundo em si mesmos, com sinceridade, para identificar as mscaras que criaram. Quantas acredita que seriam encontradas? Como podemos conviver luminosamente num ambiente em que no podemos ser autnticos? Que fazer ento para tentar diminuir o uso de mscaras? Certamente, ajudaria muito comear a se criar uma cultura de transparncia, trabalhando-se a amorosidade e o melindre. Quando aprendermos a ser amorosos em nossos relacionamentos e no nos melindrarmos, ficar bem mais fcil aceitar nossas mazelas e as dos outros como algo natural. Quando pudermos nos acobertar com as vibraes do amor, estaremos aptos a olhar uns para os outros sem cobranas, nem silenciosas nem verbalizadas, e com isso retirar nossas mscaras, por terem se tornado inteis. Algumas aes podem ajudar:

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1 - Fomentar atividades fora do trabalho esprita, como confraternizaes ou encontros fraternos, nos quais os trabalhadores da casa poderiam comear a se conhecer melhor, criando um clima de maior confiana mtua. 2 - Organizar a realizao do evangelho no lar, na residncia de cada um dos trabalhadores, em regime de rodzio, quando cada um levaria algo para uma confraternizao aps a reunio. (H muitas opes para se buscar um clima de maior confiana entre os companheiros de seara) 3 - Promover reunies de terapia de grupo. Existem muitos profissionais dessa rea, espritas, que fariam esse trabalho com prazer. 4 Seguir aquela orientao evanglica sobre confessarem-se uns aos outros. Mas quem ter coragem para mostrar suas mazelas assim, publicamente? Pode-se ento trabalhar com duplas; reunir os seareiros e, em clima de fraternidade, dividir todos em duplas, A e B. Assim, durante algum tempo, pode ser cinco minutos, A fala de si mesmo para B, apresentando suas mazelas (aquelas que se sinta vontade para externar), como se fosse uma confisso. Em seguida, mudam-se as posies e B faz suas confisses para A. Tudo isto deve ser feito evitando-se justificar-se, queixar-se e inculpar-se. Deve-se falar de si com naturalidade, lembrando que todos, sem exceo, somos seres imperfeitos, mas em busca de nos melhorar. Tal atividade deve repetir-se sistematicamente. Assim, vai chegar um momento em que todos j estaro conhecendo-se bem melhor, podendo ir retirando suas mscaras, sem receio de serem marginalizados. 5 A ltima sugesto, A MAIS IMPORTANTE, um trabalho intenso para desenvolver um clima de amor na instituio. Com a presena do amor, tudo fica bem mais fcil. O tipo de amor de que estamos mais necessitados o materno, o mais puro e forte que existe na Terra. A me no marginaliza o filho que erra, mas o acolhe e procura de todas as formas ajud-lo em seu crescimento como ser humano. Jamais desiste dele. A me que sabe amar prefere compreender o filho a critic-lo. Se o maior dos mandamentos dados por Jesus o amor, por que no fazermos tambm o maior dos empenhos para desenvolv-lo em nossas vidas, em nossas atividades? difcil? Certamente! Mas o caminho indicado pelo Mestre foi o estreito. Sigamos por ele, com f, amor e alegria no corao, porque a meta a plenitude. Num grupo verdadeiramente fraterno, h confiana mtua, permitindo que uns se apiem nos outros, auxiliando-se mutuamente, incentivando os que estejam em dificuldade de qualquer natureza, seja material, seja espiritual, seja evolutiva. Tais atitudes eliminam a crtica e os prprios melindres acabam se diluindo, se dissipando, por fora do amor e da confiana que permeiam o grupo.

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UMA PALAVRA DIFCIL DE DIZER Inspirando-nos nas informaes do esprito Manoel P. de Miranda, no livro Trilhas da Libertao, psicografado por Divaldo Franco, e mediante outras observaes, possvel fazer a seguinte narrativa: O mais poderoso dos Gnios infernais, intitulado Soberano Gnio das Trevas, depois de longas anlises do movimento esprita e de terem sido ouvidos os maiores especialistas nas mais diversas reas, orientou seus assessores, os Comandantes dos Setores, dizendo: Quero que os ataques sistemticos contra o Espiritismo sejam muito bem organizados. Primeiro, vamos atacar com todas as possibilidades atravs do sexo, estimulando-o ao mximo, principalmente entre os lderes, mdiuns, doutrinadores, oradores e todos os que lidam com o pblico. Esse um velho sistema que sempre d certo. Alm disso, j temos os nossos esquemas prontos. Basta adapt-los e ampli-los de acordo com as situaes. Agora, prestem bem ateno porque vamos usar uma arma nova, infalvel... Nova, agora, porque ela j foi usada com pleno sucesso h muito tempo. Ns vamos mudar o rumo das prioridades nos meios espritas. Vamos estimular discusses em torno da pureza doutrinria, e vejam que isto gera polmicas infindveis; se o corpo de Jesus era fludico ou no... Vamos lev-los a discutirem se devem cantar ou no nos centros espritas, orar em p ou sentados, de olhos abertos ou fechados, fazer ou no bingos e semelhantes, enfim, todos os temas que possam gerar belas polmicas. Isto fundamental porque no quero que lhes sobre tempo nem energia para cuidar da nossa maior inimiga... a ... A palavra engasgava na boca do chefo, enquanto a platia aguardava, curiosa. Por fim, desistiu de pronunci-la, continuando: Quero tambm que estimulem o estudo da Doutrina... Essa recomendao do Soberano deixou estupefatos todos os presentes, mas ningum teve coragem de fazer qualquer observao. Rindo desagradavelmente, aquele ser tenebroso continuou: Procurem acompanhar meu raciocnio. Os espritas valorizam muito esse estudo. Ento, se no possvel lev-los a abandon-lo, que seria o ideal, vamos aproveitar essa caracterstica para nosso benefcio. Vamos estimular verdadeira febre de estudos; deix-los com a cabea cheia de conceitos... to cheia que esqueam da nossa maior inimiga, a ... a... A palavra novamente estava difcil de ser pronunciada. Todos estavam pendurados na fala do chefo, curiosssimos para saber qual era afinal essa terrvel inimiga. Com dificuldade, o chefe concluiu: A ... reforma... interior.

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Os comandantes olharam-se, quase sem acreditar em tanta astcia na organizao da maior estratgia de todos os tempos em sua luta contra a luz. Quando refeitos, todos, sem exceo, atiraram-se ao solo, genuflexos, diante do Soberano. Este mandou que levantassem e continuou: Levem os espritas a acreditarem que ela... a... a... nossa inimiga to difcil de ser alcanada que o Criador estabeleceu a reencarnao, como um caminho longo, interminvel... para que nesse caminho a criatura tenha todo o tempo da eternidade para atingir aquela... meta. Desta vez foram palmas estrondosas que estrugiram no ambiente. O soberano sorriu de novo, mais um esgar do que um sorriso, e continuou: No se esqueam de que foi essa a arma com que vencemos o cristianismo nos seus primeiros sculos, transformando-o numa organizao religiosa muito preocupada com tudo menos com a vivncia das tolices que o Cordeiro ensinou. Foi assim que conseguimos atenuar os seus efeitos, j que era impossvel acabar com ele. E, lanando um olhar de ao em torno, concluiu: isso que vamos fazer... J que impossvel acabar com o espiritismo, vamos atenuar os seus efeitos. Aps alguns instantes de silncio que ningum ousou interromper, o Gnio do Mal continuou: Outra coisa: faam os espritas acreditarem que a tal da... a ... reforma... interior... pode ser substituda por estudos e por trabalhos de caridade. Eles vo gostar da idia... e vo adot-la.

*** Lembramos ento aos que dirigem, lideram ou simplesmente trabalham nesta seara que aquela expresso to difcil de ser pronunciada pelo Soberano Gnio das Trevas, a reforma interior, precisa ser a primeira prioridade do movimento esprita, a nossa bandeira de luta, na maior de todas as batalhas que precisamos vencer. A propsito, convm lembrar a mensagem de Jesus Igreja de Laodicia (a ltima das sete igrejas) atravs de Joo, em suas vises na ilha de Patmos (Apocalipse, 3: 16, 17 ). Assim, porque s morno, e nem s quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca; pois dizes: Estou rico e abastado, e no preciso de cousa alguma, e nem sabes que tu s infeliz, sim, miservel, pobre, cego e nu. Mas claro que essa advertncia foi feita s outras religies; no a ns... Ou, ser que foi?... E, por favor, co-idealista, no diga que esta uma tarefa pessoal de cada um e no uma atribuio das instituies espritas. A instituio, desde o centro at as entidades federativas, tem o dever de promover e procurar

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facilitar com todas as suas possibilidades a reforma ntima, ou o crescimento interior dos seus trabalhadores e freqentadores, j que esta a principal finalidade do espiritismo. Compaixo Um centro esprita em Fortaleza sempre convida pessoas no espritas para fazerem palestras. So telogos, filsofos, psiclogos, budistas, frades catlicos, etc. que enriquecem significativamente esses encontros, porque sempre temos algo de bom a aprender com os que pensam diferente de ns. Isto alteridade, mas, como sempre, muitos criticam, enquanto outros aplaudem. Pergunto: precisa o movimento esprita ficar murado, cerceado, dentro dos limites da codificao? Ser que sabemos tudo e nenhum aprendizado fora desses muros pode ser importante para ns? J exortou o apstolo a procurarmos conhecer de tudo e reter o que for bom. H alguns anos assisti, no Frum Esprita de Pernambuco Ferespe, a uma palestra proferida pelo Lama Padma Santem sobre a compaixo pelo enfoque budista. Em outros trabalhos, j falei sobre isso, mas vale a pena repetir, porque aquela foi a explicao mais perfeita que j ouvi sobre as sublimes dimenses do amor. Digamos que algum olha para uma planta que se encontra num vaso dentro da casa. Pelo olhar compassivo, em vez de observar se gosta dela ou no, pergunta como que ela se sente sem a luz do sol, a gua da chuva e sem as suas plantas amigas e companheiras. Quando olhamos uma planta pensando se gostamos ou no, nossa mente opera obstruda pela sensao de gostar ou no gostar. Uma inteligncia maior olharmos para aquela planta perguntando do que ela necessita. E mais do que isso, ns podemos olh-la e ver com os olhos do bom jardineiro quais as flores e frutos que essa planta tem escondidos dentro dela e que ela mesma no sabe. Quando em algum momento da nossa infncia, algum (nossos pais, professores ou qualquer outra pessoa) nos olhou e viu em ns as sementes e flores que tnhamos dentro de ns e no sabamos, fazendo isso, amorosamente umedeceu a terra onde vivamos para que pudssemos crescer e nos desenvolver. A essa capacidade, essa inteligncia de olhar o outro e reconhecer nele qualidades positivas, a isso, no budismo, chamamos de amor. Olhar o outro e ver o que afeta a existncia dele, para nos manifestarmos de forma positiva para remover os obstculos, isso compaixo. Para promover as qualidades positivas, isso amor. Atravs de cinco cores, ns podemos praticar a compaixo.

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A primeira o azul. Atravs dessa cor, ns olhamos para o outro e o acolhemos, e tambm perguntamos quais as flores e frutos escondidos nesse ser. Temos a compaixo amarela, de um amarelo-dourado, que significa generosidade, riqueza, meios. Ento, quando vamos ajudar algum, ns podemos no somente ouvi-lo, entend-lo, aspirar ao bem, mas podemos eventualmente fazer algo mais. Vamos supor, como acontece l no sul do Brasil, de tanto em tanto, que o rio subiu e a casa foi destruda. A gente pode visitar o desabrigado e dizer: Voc no se preocupe tanto... isto passa. uma boa ajuda, mas com a cor amarela podemos auxiliar para que passe mais rpido, oferecendo um suporte prtico. Depois temos a cor vermelha, que simboliza o eixo. Ela vem da seduo, daquilo que nos encanta. Ento, que possamos produzir no outro um encantamento positivo, um eixo positivo. Assim, a cor vermelha vai nos ajudar a dizer quela pessoa que melhor no reconstruir a casa no mesmo lugar porque o rio pode subir de novo. Dessa forma, muitas vezes no basta que a gente ajude o outro a reconstruir, mas que o ajude a faz-lo numa situao melhor. Para isso, precisamos da sabedoria dos eixos. Para os nossos filhos, no podemos abdicar disso. No precisamos impor os eixos, eles no so impostos. Mas se dissermos eu no devo ajudar o outro a criar uma estrutura positiva, um referencial positivo, estaremos nos omitindo e isso uma atitude sem compaixo. Ento, muito necessrio que repitamos as palavras dos grandes mestres, que vivamos essas palavras, estudemos isso e entendamos, e possamos ajudar os outros a compreender como viver melhor. Se no ajudarmos ou outros nesse sentido, isso ser uma falha da nossa compaixo. Mas no bastam essas trs formas. H um momento em que vemos uma criana puxando uma toalha com uma leiteira de leite fervente em cima. Se no gritarmos, a criana puxa e se queima. Quando gritamos, ns no nos opomos criana. Ns estamos a favor dela. Quando dizemos no faa isso, ns interrompemos uma ao negativa. Muitas vezes necessrio manifestar o que se chama a cor verde. No budismo isso chamado a famlia karma, em que vemos a negatividade surgindo e a obstrumos. Ns nos impomos diante da negatividade, interrompendo-a. No somos contra a pessoa, somos a seu favor. E h ainda a cor branca, a culminncia da compaixo, porque, ainda que eu acolha, ainda que propicie meios, ainda que oferea eixos, ainda que obstaculize a negatividade, se no revelar a natureza ilimitada, no tive a compaixo, a generosidade, a amorosidade de descobrir essa natureza ilimitada e oferecer s outras pessoas, ento as outras compaixes so muito menores, so quase sem sentido.

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O que d sentido vida que todos marchamos para a conscincia da natureza ltima e vivemos inseparveis disso. A nossa vida no teria culminncia, no teria completude, sem a cor branca, em que ns reconhecemos a natureza ilimitada. Ento, a compaixo maior podermos oferecer aos outros essa natureza. Essa uma forma de se entender a palavra amor NA PRTICA, e no s nas palavras. Aspectos cientficos da prece Nem todos sabemos orar de forma a que a nossa prece se eleve em busca das foras mais altas do universo. Quem muito bem explica essa questo o conceituado escritor Torres Pastorino, no livro Tcnica da Mediunidade, esclarecendo, sob a luz da fsica, do magnetismo e da biologia, como os fenmenos de comunicao entre a dimenso material e a espiritual acontecem, manifestando-se atravs de vibraes e ondas. Extramos alguns trechos bastante esclarecedores: As vibraes, as ondas, as correntes utilizadas na mediunidade so as ondas e correntes de pensamento. Quanto mais fortes e elevados os pensamentos, maior a freqncia vibratria e menor o comprimento de onda. E vice-versa. O que eleva a freqncia vibratria do pensamento o amor desinteressado; abaixa as vibraes tudo que seja contrrio ao amor: raiva, ressentimento, mgoa, tristeza, indiferena, egosmo, vaidade, enfim qualquer coisa que exprime separao e isolamento. Em fsica estudamos as ONDAS AMORTECIDAS, assim chamadas porque atingem rapidamente um valor mximo de amplitude, mas tambm rapidamente decrescem, no se firmando em determinado setor vibratrio. So produzidas por aparelhos de centelha, que intermitentemente despedem fagulhas, chispas, centelhas, mas no executam uma emisso regular e fixa em determinada faixa. Produzem efeito de rudos. No crebro, ondas amortecidas so as produzidas por crebros no acostumados elevao, mas que, em momentos de aflio, proferem preces fervorosas. A onda se eleva rapidamente, mas tambm decresce logo a seguir, pois no tem condio para manter-se constantemente em nvel elevado, por no estarem a ele habituados. So pessoas que, geralmente, se queixam de que suas preces no so atendidas. De fato, produzem rudo, mas no conseguem sustentar-se em alto nvel, no atingindo, pois, o objetivo buscado. (...) Ondas longas so todas as superiores a 600 metros de comprimento. Caminham ao longo da superfcie terrestre e tm pequeno alcance. Ondas

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mdias so as de comprimento entre 150 e 600 metros. Caminham em parte ao longo da superfcie, mas tambm se projetam para as camadas superiores da atmosfera. Tm alcance maior que as anteriores, embora no muito grande. Ondas curtas so que variam entre 1,0 e 150 metros. Rumam para a atmosfera superior, e so captadas de ricochete. Tm alcance muito grande, podendo ser captadas facilmente at nos antpodas. Ondas ultra-curtas so todas as que forem menores que 10 metros. Muito maior alcance e fora, ecoando nas camadas superiores da atmosfera. Tudo isso faz-nos compreender a necessidade absoluta de mantermos a mente em ondas curtas, isto , com pensamentos elevados, para que as nossas preces e emisses possam atingir os espritos que se encontram nas altas camadas. As ondas longas, de pensamentos terrenos e baixos, circulam apenas pela superfcie da Terra, atingindo somente os sofredores e involudos, ou as prprias criaturas terrenas. Qualquer pensamento de tristeza, de ressentimento ou de crtica abaixa as vibraes, no deixando que nossas preces cheguem ao alvo desejado. A prece no pode, cientfica e matematicamente, atingir os planos que desejamos, quando estamos dessintonizados. Encerrando Gostaria de encerrar este opsculo com uma visualizao e uma prece. Juntemos ento nossas potencialidades em busca da Causa Primria de todas as coisas. Se estiver cansado, estressado, respire fundo algumas vezes, dando a si mesmo uma ordem para relaxar. Mentalize em torno de si um campo de energia luminosa cheia de vitalidade e de alegria. Inspire esse ar luminoso, carregado de energia. Visualize essa onda de energia benfica penetrando em seu corpo, espalhando-se por ele. No pense. Apenas sinta um estado de calma, de profunda paz. Diga mentalmente, procurando visualizar e sentir o que diz, com toda intensidade: Peo s Foras Universais do Bem para me envolverem e a todos os meus, conduzindo-nos por caminhos retos. Que elas nos protejam, florindo nossos lares, harmonizando-nos, abrindo caminhos diante de ns e nos chamando para o alto. Que as Foras Universais da Justia me orientem, a fim de que eu seja sempre uma pessoa justa e honesta, manifestando tica em todas as minhas atitudes... E que essa mesma justia se estabelea tambm em nosso planeta, em toda a sua extenso.

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Peo s Foras Csmicas da Paz e da Luz para se refletirem sobre a Terra, vibrando nos coraes de todas as pessoas, pacificando... iluminando... guiando a humanidade pelos caminhos do BEM. Peo s Foras Csmicas do Amor para se manifestarem em mim, na minha alma, nos meus sentimentos, vibrando em todas as minhas clulas e neurnios. Quero que esse amor esteja presente em mim, em todos os momentos da minha vida... Peo finalmente ao Pai Criador para envolver a Terra no seu amor. Que esse sentimento divinal se transforme em sementinhas de luz nos coraes de todas as pessoas, crescendo e se desenvolvendo em fraternidade e em paz, ajudando nossa humanidade nesta difcil transio para mundo de regenerao. Guarda-nos oh Pai, e a toda a humanidade, na Tua luz. Uma atitude que ajuda muito nossa evoluo espiritual a gratido. Sentir-nos gratos por tudo, a partir das coisas que nos parecem mais insignificantes como a cadeira em que sentamos, o prato no qual podemos colocar o alimento para comer, o cozinho amigo que nos faz festas, o aparelho de tv que nos distrai, o cho no qual podemos pisar, etc. Faz um exerccio de gratido, vendo com um novo olhar tudo que o cerca e ver como seu estado de esprito melhora. A gratido eleva nossa freqncia vibratria, representando um antdoto para o orgulho. Ao nos sentirmos gratos por tudo, deixamos de nos sentir com direito a tudo. Peo a voc, co-idealista esprita, para lembrar-se sempre de elevar o pensamento em busca das foras mais altas do universo, do Mestre Jesus, numa prece com visualizaes pelo nosso planeta e pela humanidade terrena. Essas vibraes juntar-se-o a tantas outras, ajudando a Terra e a nossa humanidade nesta difcil transio.

Fim.