não adoram, só veneram, será?

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Não adoram, só veneram, será? “Por isso, meus amados, fujam da idolatria” (1ª Coríntios 101!" Desde criança ouço a alegação católica de que eles não adoram santos, apenas “veneram”. Dizem eles como argumento:  Os pagãos adoram os seus deuses, mas nós apenas veneramos os santos.  O culto de latria é somente a Deus, aos santos nós apenas prestamos um culto de dulia.  ossas imagens são apenas como uma !oto que guardamos de alguém querido.  ós não oramos "s imagens, mas "s pessoas representadas nas imagens.  #$istem casos no %& de pessoas se prostrando diante de outras pessoas.  Deus mandou !azer imagens em certas ocasi'es (e$: a serpente de )ronze e os queru)ins do &emplo*.

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7/24/2019 Não Adoram, Só Veneram, Será?

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Não adoram, só veneram, será?

“Por isso, meus amados, fujam da idolatria” (1ª Coríntios 101!"

Desde criança ouço a alegação católica de que eles não adoram santos, apenas

“veneram”. Dizem eles como argumento:

• Os pagãos adoram os seus deuses, mas nós apenas veneramos os santos.

• O culto de latria é somente a Deus, aos santos nós apenas prestamos um culto

de dulia.

• ossas imagens são apenas como uma !oto que guardamos de alguém querido.

• ós não oramos "s imagens, mas "s pessoas representadas nas imagens.

• #$istem casos no %& de pessoas se prostrando diante de outras pessoas.

• Deus mandou !azer imagens em certas ocasi'es (e$: a serpente de )ronze e os

queru)ins do &emplo*.

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+rei a)ordar tais argumentos comumente utilizados pelos católicos um por um,

para vermos se tem ou não ca)imento tais alegaç'es.

#$%&'&N) &N*'& C)*+$C-. & P)/-.?

omo vimos no ponto -, os católicos sustentam que a prtica deles com relação

aos santos é de apenas veneração, ao passo que o que os pagãos !azem aos

seus deuses não é veneração, mas adoração. O pro)lema com isso é que não

e$iste qualquer di!erença na prática entre aquilo que os católicos !azem aos

santos em relação ao que os pagãos !azem a seus deuses.

#$iste, no m$imo, uma di!erença teórica, que consiste no !ato de que os

pagãos declarativamente recon/ecem o o)0eto de culto como um deus, enquanto

os católicos recon/ecem como um santo. ontudo, a ráti2a de am)os é

rigorosamente a mesma, con!orme podemos perce)er no quadro a)ai$o:

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Católi2os Pa3ãos

1rostram2se diante de suas imagens 1rostram2se diante de suas imagens

Dirigem oraç'es e pedidos a elas Dirigem oraç'es e pedidos a elas

onstroem templos com essas imagensonstroem templos com essasimagens

3ei0am essas imagens 3ei0am essas imagens

Dirigem promessas a essas imagens Dirigem promessas a essas imagens

1restam culto a essas imagens 1restam culto a essas imagens

4azem prociss'es "s suas imagens 4azem prociss'es "s suas imagens

omo vemos, se aquilo que os católicos !azem com as suas imagens é di!erente

daquilo que os pagãos !azem com seus deuses, essa di!erença e$iste apenas na

ca)eça de quem inventa tal argumento, e não na prtica. #, se os pagãos são

considerados idólatras por tais prticas que são dadas como adora4ão, 5ca

di!6cil dizer que aquilo que os católicos praticam tam)ém não é igualmente

adoração, visto que a ráti2a de am5os 6 a mesma.

De !ato, o que os católicos !azem com as suas imagens é e$atamente a mesma

coisa que os pagãos !azem com as imagens deles7 ou se0a, na prtica, não

passam de 6dolos.

8e um pagão entrar em uma +gre0a atólica vai se sentir muito em casa. &udo

aquilo que ele antes praticava com as imagens de seus 6dolos quando pagão

poder permanecer !azendo com os santos:

• 8e o pagão se prostrava diante de suas imagens quando era pagão, poder

!azer o mesmo com os santos como católico.

• 8e o pagão dirigia oraç'es aos seus 6dolos quando pagão, poder !azer o

mesmo com os santos como católico.

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• 8e os templos pagãos eram repletos de imagens, ir se sentir con!ortavelmente

“em casa” num templo católico, que tam)ém é c/eio de imagens.

• 8e o pagão antes cultuava suas imagens, poder cultuar tam)ém "s imagens

dos santos.

• 8e o pagão dirigia promessas "s suas imagens quando era pagão, poder

continuar !azendo isso aos santos como católico.

• 8e o pagão !azia procissão com suas imagens pagãs, poder continuar !azendo

isso do mesmo 0eito que antes, mas dessa vez com uma imagem de um “santo”.

Diante de tudo isso, a di!erença entre os pagãos e os católicos é m6nima, para

não dizer ine7istente.

% prtica de am)os se iguala de tal !orma que a alegação de que um adora e ooutro “apenas venera” não passa de um 0ogo de palavras puramente teórico sem

o m6nimo de signi5cado prtico, visto que as prticas de am)os é rigorosamente

a mesma.

1or isso, 0usti5car as prticas católicas e condenar as pagãs é meramente

argumentar no vazio. Nada difere um 2atóli2o de um a3ão no tratamento

2om suas ima3ens.

% 9nica coisa que poderiam argumentar neste ponto é que, em)ora a prtica se0a

a mesma entre am)os, o que di!ere é que os pagãos !azem isso sa)endo que o

o)0eto de culto deles é um deus, ao passo que os católicos !azem isso como

sendo a um santo, e não a um deus. +sso mel/oraria alguma coisa nessa lin/a

argumentativa ; claro que não. #m primeiro lugar, porque )i)licamente não

devemos ser devotos de santos, mas uni2amente de 8esus Cristo

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“O zelo que ten/o por voc<s é um zelo que vem de Deus. #u os prometi a um

9ni2o marido, Cristo, querendo apresent2los a ele como uma virgem pura. O

que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou #va com

ast9cia, a mente de voc<s se0a corrompida e se desvie da sua sin2era e ura

devo4ão a Cristo” (=> or6ntios --:=2?*

omo vemos, estamos prometidos a um 9ni2o marido, :ue 6 Cristo, e nossa

devoção deve ser uramente a &le, nada diz aos santos mortos ou aos 6dolos.

3i)licamente !alando, não e$iste uma “ossa 8en/ora” ou outros “sen/ores”

além de risto: “&odavia para nós / um só Deus, o 1ai, de quem é tudo e para

quem nós vivemos7 e um só .en;or, 8esus Cristo, pelo qual são todas as

coisas, e nós por ele” (-> or6ntios @:A*

1ortanto, o culto e devoção a “ossa 8en/ora” (Baria* ou a outros “sen/ores”

(santos* é tão )i)licamente sem !undamento quanto o culto a 6dolos (deuses*. #,mesmo que essa proi)ição a ter outros sen/ores ou outra devoção além de risto

não e$istisse, ainda assim isso não 0usti5caria a prtica católica em relação aos

seus santos, que é claramente repreendida pela 36)lia.

8e Deus pro6)e que se !açam tais coisas aos deuses é porque #le dese0a que tais

coisas se0am atri)utos 9nicos d#le, e a ninguém mais. 4oi por isso que #le disse

que o louvor e a 3lória devem ser e72lusivamente d&le, e não de ima3em

al3uma

“#u sou o 8en/or7 esse é o meu nomeC ão darei a outro a min/a glória nem a

imagens o meu louvor”(+sa6as =:@*

Os católicos, porém, assim como os pagãos, entoam louvores a Baria e aos

santos, tal como os pagãos !aziam a seus 6dolos. %lguns desses louvores ou

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oraç'es claramente dirigidos a Baria e não a Deus se encontra no próprio

ap<ndice do atecismo atólico, que diz:

em5rai<vos

Eem)rai2vos, ó pur6ssima Firgem Baria,

que nunca se ouviu dizer que algum

daqueles que ten/a re2orrido = >ossa rote4ão,

imlorado a >ossa assistn2ia e re2lamado o >osso so2orro,

!osse por Fós desamparado.

%nimado eu, pois, de igual con5ança,

a Fós, Firgem entre todas singular,

como a Bãe recorro, de Fós me val/o,

e, gemendo so) o peso dos meus pecados,

me rostro aos >ossos 6s.

ão desprezeis as min/as s9plicas,

ó Bãe do 4il/o de Deus /umanado,

mas dignai2 Fos de as ouvir prop6ciae de me alcançar o que >os ro3o. %mém.

.alve 'ain;a

8alve, Gain/a,

mãe de misericórdia,

vida, doçura, eseran4a nossa, salveC

% Fós )radamos,

os degredados 5l/os de #va.

) >ós susiramos, 3emendo e 2;orando

neste vale de lgrimas.

Diante disso, eu pergunto: estarão os católicos sendo devotos unicamente de

risto #starão tendo um 9nico 8en/or #starão louvando somente a Deus ão.

#stão apenas cumprindo a palavra de 1aulo, que disse:

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“@@@e tro2aram a 3lória do #eus imortal or ima3ens feitas se3undo a

semel;an4a do ;omem mortal, ois tro2aram a verdade de #eus ela

mentira, e adoraram e serviram = 2riatura antes :ue ao Criador, :ue 6

5endito eternamente@ )m6m” (Gomanos -:=?,=H*

1ortanto, o que os católicos t<m que entender é que, ao praticarem com os seus

santos tudo aquilo que os pagãos !azem com seus 6dolos, estão faAendo de

seus santos ídolos tam56m@

)*'$) & #B$)

Outra suposta di!erenciação que os católicos !azem é outro 0ogo de palavras,

desta vez entre latria e dulia. 8egundo eles, apenas a prtica de dulia é aceita

aos santos, ao passo que a latria é dirigida somente a Deus. omo 0 con!erimos,

essa di!erenciação na prática não passa de mero prete$to teórico na tentativa de

 0usti5car uma atitude claramente anti)6)lica.

8e e$istisse uma real di!erença prtica entre latria e dulia, então ver6amos vrios

contrastes entre aquilo que eles !azem a Deus e aquilo que !azem com seus

santos. Bas, ao contrrio, vemos que:

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• Os católicos oram a Deus, mas tam)ém oram aos santos.

• Os católicos louvam a Deus, mas tam)ém louvam os santos.

• Os católicos se prostram em oração a Deus, mas tam)ém !azem o mesmo "s

imagens.

• Os católicos dizem que Iesus é Gei, mas que Baria é “Gain/a dos céus e da

terra”.

• Os católicos dizem que Deus é onipotente, mas que Baria é a “onipot<ncia

suplicante”.

• Os católicos dizem que Deus é onisciente, mas que Baria tam)ém pode ouvir e

atender "s in9meras oraç'es que l/e são simultaneamente dirigidas nas mais

diversas partes do mundo pelas mais diversas pessoas e$istentes no planeta, ealgumas vezes !eitas até em pensamento.

• Os católicos dizem que Deus é onipresente, mas que Baria pode

ter aparições aqui na terra e mesmo assim estar ao mesmo tempo no éu

intercedendo por todos aqueles que incansavelmente pedem sua intercessão.

• Os católicos recorrem " proteção de Deus, mas tam)ém recorrem " proteção

dos santos.

• Os católicos cultuam a Deus, mas tam)ém cultuam os santos.

• Os católicos dizem que Iesus é o salvador, mas que Baria tem um “o!6cio

salv65co”, e que alcança2nos a salvação por sua m9ltipla intercessão.

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• Os católicos dizem que Iesus é o mediador, mas que Baria é a “medianeira das

graças”.

• Os católicos dizem que Iesus é nosso intercessor, au$iliador, advogado, mas

que Baria tam)ém é tudo isso.

• Os católicos dizem que Iesus é imaculado, mas que Baria tam)ém é.

• Os católicos recon/ecem o 1ai, 4il/o e #sp6rito 8anto como Deus, mas que

Baria é mãe de Deus.

• Os católicos recon/ecem a graça de Deus, mas dizem que Baria, e não risto,

é a “dispensadora das graças”.

 &endo em vista tudo isso (e muito mais*, é percept6vel que a di!erença entre latria

e dulia não pode ser tanta coisa assim. De !ato, tais concepç'es !oraminventadas unicamente com o propósito de o!erecer uma diferenciação teórica na

tentativa de livrar o catolicismo da acusação de idolatria, ainda que em termos

prticos (e algumas vezes até mesmo em teóricos* tais di!erenças não e$istam.

De !ato, podemos ver que mesmo a di!erença técnica entre um termo e outro não

passa de puro super5cialismo:

% palavra “latria” deriva do ver)o grego latreuo, servir (do qual deriva latreia,

culto ou serviço, Ioão -A:=*. % palavra ”dulia”, por sua vez, provém do

grego doulos, servo ou escravo. %ssim, a latria consiste em prestar culto e a dulia

em escravizar2se a alguém. o entanto, em nen/uma parte da 36)lia se ensina

que devamos escravizar2nos aos santos de!untos, aos an0os ou a alguma outra

criatura. 1aulo, &iago, 1edro e Iudas se declararam “servos de Iesus risto”, não

de nen/um santo de!unto (clari5co isto porque o c/amado a ser servos uns dos

outros aqui na terra é um ensino neotestamentrio7 mas não se trata aqui de

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culto*. 1ortanto, crendo na +gre0a de Goma, os seus 5éis JservemJ a Deus e são

JescravosJ dos santos e “superescravos” de Baria (0 que ela rece)e

“/iperdulia”*. 8e realmente e$iste di!erença, eu diria que é em !avor de Baria e

dos santos”.

1ortanto, tanto na teoria como na prtica, aquilo que os católicos !azem com as

suas imagens não é outra coisa senão adora4ão, constituindo2se em um

ato idólatra, em pé de igualdade com os outros povos pagãos com as suas

outras imagens idólatras.

Fenerar, sendo nada a mais do que “respeitar”, não implica em a5solutamente

nada daquilo que os católicos !azem com as suas imagens, pois:

• #u não preciso me prostrar aos pés de alguma imagem para demonstrar

respeito (veneração* a alguém.

• #u não preciso dirigir rezas a alguém para respeit2lo (vener2lo*, mas possorespeit2lo mesmo dirigindo as min/as oraç'es somente a Deus.

• #u não preciso !azer procissão com uma imagem para demonstrar meu

“respeito” (veneração* a algum santo.

• #u não preciso construir templos c/eios de imagens para mostrar que eu

respeito (venero* os santos.

• #u não preciso cultuar alguém para mostrar respeito (veneração* a este

alguém.

• as, se eu for adorar al3o ou al3u6m, eu terei :ue rati2ar todas as

2oisas 2itadas a2ima@

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). $)/&N. .- C-- %-*-.

8empre quando eu leio esse “argumento” eu rio, con!esso. +sso porque

nitidamente as !otos que guardamos de alguém querido não t<m a)solutamente

nada a ver com as imagens de escultura que são cultuadas pelos católicos.

• ós não cultuamos nosso l)um de !otos.

• ós não nos prostramos diante de alguma !oto.

• ós não dirigimos oraç'es a alguma !oto.

• ós não louvamos alguma !oto.

• ós não ac/amos que alguma !oto se0a medianeira ou intercessora entre nós e

Deus.

• ós não !azemos prociss'es com um l)um de !otos.

• ós não praticamos nem latria, nem dulia, nem /iperdulia com alguma !oto.

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1ortanto, c/ega a ser rid6cula essa analogia !eita pelos católicos. De !ato, com tal

analogia eles parecem não entender o que é uma !oto.

<Como eu vejo uma foto

<Como um 2atóli2o v

N- -') D $)/&, ). )- EB& &) '&P'&.&N*)@

Os católicos a5rmam que não rezam " imagem em si, mas sim "quilo que a

imagem est representando (no caso, aos santos representados pela imagem*.

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+sso muda alguma coisa ; claro que não. #m primeiro lugar, porque em lugar

nen/um da 36)lia est escrito que podemos ou devemos orar aos santos, como

diz o atecismo atólico:

“Baria é a Orante per!eita, 5gura da +gre0a. Euando reAamos a ela, aderimos

com ela ao plano do 1ai, que envia seu 4il/o para salvar todos os /omens. omo

o disc6pulo )em2amado, acol/emos em nossa casa a Bãe de Iesus, que se tornou

a mãe de todos os vivos. Podemos reAar 2om ela e a ela. % oração da +gre0a é

acompan/ada pela oração de Baria, que l/e est unida na esperança” (K=ALM do

atecismo atólico*.

+ne$iste completamente qualquer citação )6)lica de alguém da terra orando a

alguma pessoa no éu que não se0a a Deus. 4oi e$atamente por isso que o

salmista disse:

“% quem ten/o nos céus senão a ti” (8almos L?:=H*

om isso, o que o salmista est dizendo não é que a 9nica pessoa que e$iste no

éu é Deus (pois os escritores )6)licos 0 criam na e$ist<ncia de an0os*, mas que

no éu a 9nica pessoa que nós podemos nos re!ugiar e )uscar au$6lio é em Deus.

8e e$istissem santos intercessores, ele teria citado que teria não apenas a Deus,

mas tam)ém a estes santos para atend<2lo, assim como diz o atecismo

atólico. #m +sa6as, lemos que )5raão não 2on;e2ia os israelitas, o que vai

diretamente contra a crença católica de que os patriarcas, 0 !alecidos, eram

intercessores no 1ara6so:

“Bas tu és nosso 1ai, ainda que )5raão não nos 2on;e2e, e $srael não nos

re2on;e2e7 tu, ó 8en/or, és nosso 1ai7 nosso Gedentor desde a antiguidade é o

teu nome” (+sa6as A?:-A*

Os escritores neotestamentrios, da mesma !orma, jamais 5zeram menção a

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alguma intercessão de algum morto pelos vivos. 1aulo sempre apontava para a

mediação 9nica de risto:

“1orque / um só Deus, e um só ediador entre Deus e os /omens, Iesus

risto /omem” (-> &imóteo =:H*

# o próprio Iesus a5rmou que a nossa oração deve ser ao 1ai, em o nome de

 Iesus, sem nun2a dizer que dev<ssemos orar a santos mortos:

“O que voc<s pedirem em meu nome, eu !arei” (Ioão -:-*

Desta !orma, mesmo se e$istissem almas imortais de santos vivos no éu (o que

eu discordo totalmente, visto que e$istem mais de sessenta passagens que

mostram e$plicitamente a morte da alma no %& e &*, ainda assim seria errado

crer que tais seres sai)am o que se passa na terra ou que intercedam por nós,

para que oremos a eles.

Desta !orma, mesmo se a oração não !or " imagem em si, mas ao que ela

representa, isso não muda em a)solutamente nada o conceito idólatra a respeito

disso e o !ato de que tais oraç'es permanecem sendo anti)6)licas.

8ó porque não é " imagem, mas ao que ela representa, que devemos nos

prostrar diante delas, rezar a elas, pedir a intercessão delas, conduzi2las em

procissão, entoar2l/es cNnticos e cultu2las

; claro que não. &ais coisas não são !eitas nem "s pessoas vivas, quanto menos

"s pessoas mortas que são “representadas” pelas imagens. O próprio 1edro

repreendeu quem se prostrou diante dele em vida (%t.-:=H,=A*, quanto menos

depois de morto e “representado por uma imagem”C %lém disso, os rórios

a3ãos tam56m se utiliAam deste mesmo rete7to usado elos

2atóli2os, como denuncia Or6genes, ainda no século ++ d.:

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J8ão os mais ignorantes que não se envergon/am de dirigir2se a o)0etos sem

vida... e ainda :ue al3uns ossam diAer :ue estes o5jetos não são

deuses, mas tão somente imita4Fes deles e sím5olos, contudo se necessita

ser i3norante e es2ravo para supor que as mãos vis de uns artesãos possam

modelar a semel/ança da Divindade7 vos asseguramos que o mais ;umilde dos

nossos se v livre de taman;a i3norGn2ia e !alta de discernimentoJ (ontra

elso, A:-*

omo vemos, os pagãos tam)ém cultivavam a mesma desculpa que os católicos

dão /o0e para o seu culto "s imagens: de que a /onra não é a imagem em si,

mas que ela é tão somente um “s6m)olo” daquilo que é realmente cultuado. # o

que Or6genes responde a isso Pue é um argumento convincente, e de que

realmente quem presta /onra a uma imagem não est prestando /onra "

imagem em si, e que os cristãos tem esse mesmo pensamento com relação "s

imagens dos santos

1elo contrrio. #le repreende tal argumentação pagã, e a5rma que essa

argumentação é coisa de “ignorantes e escravos”, e que o mais /umilde dos

cristãos se v< livre de taman/a ignorNnciaC # pensar que alguns séculos mais

tarde os católicos estariam !azendo o mesmo que os pagãos (cultuando

imagens* e 2om o mesmo rete7to deles (de que a imagem é apenas um

“s6m)olo”*C

ão !oi " toa que #pi!Nnio condenou o uso de imagens na +gre0a com tanta

veem<ncia a ponto de tomar tal atitude: “#u encontrei um véu suspenso nas

portas desta mesma igre0a, o qual estava colorido e pintado, ele tin/a uma

imagem, a ima3em de Cristo ode ser ou de al3um santo7 eu não recordo

mais quem ela representava. #u, pois tendo visto este sacrilégio7 que numa

igre0a de risto, 2ontra a autoridade das &s2rituras, a ima3em de um

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;omem estava susensa, la2erei a:uele v6u” (Ierome, Eettres, 1aris -MH-,

pag. -L-*

#ssa carta !oi preservada por IerQnimo e inclu6da em suas Cartas, e diz que

#pi!Nnio certa vez encontrou uma igre0a que tin/a uma imagem de um santo ou

de risto. # qual !oi a atitude dele %c/ou aquilo totalmente normal, pois as

igre0as da época eram todas realmente assim ão. #le simplesmente:

1H onsiderou aquilo um sacrilégio.

IH Disse que aquilo ia contra a autoridade das #scrituras.

JH # lacerou (rasgou* aquele véu que tin/a aquela imagem.

ertamente nen/um católico !aria o mesmo nos dias de /o0e, pois suas igre0as e

sua religião 0 estão contaminadas por completo com o conceito de aceitação das

imagens, so) o prete$to de que o culto não era " imagem em si, mas sim "quiloque a imagem representa.

Bais uma vez, vimos que tal alegação não altera e a)solutamente nada a

idolatria em torno dessas imagens (ou “"quilo que elas representam”*, era

e$atamente a mesma e$plicação dada pelos povos pagãos e anticristãos, e era

totalmente re0eitada pela +gre0a primitivaC

P&..-). .& P'-.*')N#- N- )*

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a tentativa de 0usti5car o ato idólatra de se prostrar diante de imagens tal como

!azem os pagãos, os católicos !azem amplo uso das passagens

veterotestamentrias onde uma pessoa se curva diante de outra em sinal de

rever<ncia, como se isso !osse a mesma coisa de se prostrar aos pés de uma

imagem de pau e pedra e cultu2la. 1ara destruir este argumento não é preciso

!azer muito es!orço.

#m primeiro lugar, se as passagens citadas por eles servem de prete$to para eles

!azerem o mesmo com as suas imagens, o que impediria os pagãos de usarem

esse mesm6ssimo e$emplo como razão para a prtica deles tam)ém

%5nal, se os católicos podem se prostrar diante de imagens de pau e pedra

porque pessoas no %& 5zeram isso diante de outras pessoas, então por que os

pagãos não poderiam por essa mesma razão se prostrar diante de imagens de

pau e de pedra

omo vemos, isso poderia servir como prete$to não apenas para os católicos,

mas de !orma genérica: a qualquer um.

#m segundo lugar, note que não era a imagens que eles se prostravam, mas

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diante de pessoas. #sse !ato é importante de se ressaltar, pois pessoas são

di!erentes de imagens, e em toda a Kí5lia não ;á uma 9ni2a refern2ia de

al3u6m se rostrando diante de uma ima3em ;umana@

Deus nunca mandou que os israelitas 5zessem uma imagem de %)raão, outra de

 Iacó, outra de Davi e outra de +saque para cultu2los, então por que iria querer

que 5zessem imagens de 1edro, 1aulo, Baria e Iosé para o!erecer2l/es culto ão

tem sentido. #ssa inovação !az parte do arsenal de /eresias da +gre0a atólica, e

não do repertório )6)lico de ensino cristão.

#m terceiro lugar, eles se prostravam diante de outro /omem naquela época

porque era o 0eito que as pessoas daquele tempo reverenciavam alguma outra

pessoa, !azia parte da cultura deles, não era uma resta4ão de 2ulto. oisa

totalmente di!erente é se prostrar diante de um /umano em um local no tempo e

na /istória de um povo que não tem por costume se prostrar em rever<ncia, e

que quando !az isso o !az para cultuar outro alguém.

Os 0aponeses costumam se cumprimentar inclinando a ca)eça para !rente diante

da outra pessoa, e não com apertos de mão. +sso signi5ca que eles são idólatras

O)viamente não. 4az parte da cultura deles esse gesto meramente 2omo um

2umrimento, e não 2omo resta4ão de 2ulto. Puando se prostrar diante de

alguém ou de alguma coisa não é meramente como cumprimento, mas para

cultuar, 6 a rória Kí5lia :ue 2ondena esse 3esto, como podemos o)servar

no caso do próprio 1edro:

“Puando 1edro ia entrando na casa, ornélio dirigiu2se a ele e prostrou2se aos

seus pés, adorando2o. Bas 1edro o !ez levantar2se, dizendo: Revante<se, eu

sou ;omem 2omo vo2L” (%tos -:=H2=A*

8e 1edro re0eitou que se prostrassem diante dele em pessoa, como iria permitir

que nos dias de /o0e se prostrassem diante de uma imagem que o sim)oliza #

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por que os papas de /o0e em dia aceitam que se prostrem diante deles, muito

di!erente da atitude do próprio 1edro, que recusou com veem<ncia tal gesto

diante dele

Os católicos costumam responder a isso alegando que ornélio

estava adorando 1edro, enquanto eles apenas veneram a imagem deste

apóstolo. ovamente, vemos a !9til di!erença entre latria e dulia e entre

adoração e veneração que eles inventaram para 0usti5car sua própria idolatria,

coisa que vimos que na prtica ine$iste.

%demais, para alegar que ornélio queria adorar Pedro, ou o reconhecia como

um deus, como alegam os católicos na tentativa de di!erenciar este ato do ato

deles, ter6amos que in!erir que ornélio não era temente a Deus nem monote6sta,

e que por conta de sua ignorNncia aca)ou “adorando” e não apenas “venerando”

o apóstolo. 1orém, o relato )6)lico acerca deste /omem é totalmente di!erente:

“Savia em esaréia um /omem c/amado ornélio, centurião do regimentocon/ecido como +taliano.&le e toda a sua família eram iedosos e tementes

a #eusM dava muitas esmolas ao ovo e orava 2ontinuamente a

#eus” (%tos -:-2=*

“Os /omens responderam: RFiemos da parte do centurião ornélio. &le 6 um

;omem justo e temente a #eus, reseitado or todo o ovo judeu . Tm

santo an0o l/e disse que o c/amasse " sua casa, para que ele ouça o que voc<

tem para dizerU” (%tos -:==*

omo vemos, ornélio não era um pagão 6mpio, não era polite6sta, não tin/a

outro deus além do riador. #le e toda a sua !am6lia eram considerados

)i)licamente como justos e tementes a #eus, e o relato )6)lico não é de que

ele orava a santos, mas de que orava 2ontinuamente a #eus.

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1ortanto, ornélio não era idólatra, era um servo de Deus, 0usto e monote6sta.

#le, o)viamente, não se prostrou diante de 1edro por pensar que 1edro era um

deus, nem se prostrou com a intenção de ador2lo. #le se prostrou pensando que

aquilo era simplesmente um gesto respeitoso, uma “veneração”, como diriam os

católicos.

1orém, a reação de 1edro !oi totalmente di!erente daquilo que os católicos

pensam que deveria ser. #le re0eitou que se prostrassem diante dele, mandou

que se levantasse, disse que era /omem como ele e considerou aquele ato

como adora4ão, ou se0a, como um ato idólatraC 8e isso aconteceu com ornélio,

tão 0usto e temente a Deus, respeitado por todo o povo, o que dizer então de

uma multidão de católicos que tem na ca)eça que se prostrar diante de uma

imagem é uma )oa atitude

% di!erença é que ornélio aprendeu a lição e nunca mais voltou a se prostrar

novamente diante de algo ou alguém que não se0a Deus, após ter sido

repreendido pelo próprio 1edro, enquanto que os católicos repetem esse mesmoato idólatra mil/ares e mil/ares de vezes, o que aumenta signi5cativamente o

taman/o da idolatria, e o pior: não se arrependem desse pecado como !ez

ornélio, porque, di!erentemente dele, eles não tem consci<ncia de que este ato

é idólatra V como disse 1edro V pois seguem um outro /omem V que diz 

ser  sucessor daquele mesmo 1edro V que a5rma que nesse gesto não /

pro)lema algum. #, para terminar, nada mel/or do que citarmos como e$emplo o

próprio apóstolo Ioão, que tam)ém cometeu a tolice de se prostrar diante de um

an0o em certa ocasião:

“#ntão ca6 aos seus pés para ador2lo, mas ele me disse: Rão !aça issoC 8ou

servo como voc< e como os seus irmãos que se mant<m 5éis ao testemun/o de

 Iesus. )dore a #eusC O testemun/o de Iesus é o esp6rito de

pro!eciaU” (%pocalipse -M:-*

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% palavra grega que aqui é traduzida por “prostrar2se para ador2lo” é proskuneo,

que é a mesma utilizada no te$to anterior de %tos =H:2=A, e que, de acordo com o

lé$ico da oncordNncia de 8trong, signi5ca:

!JI OQRSTUVW rosXuneo

de ?- e um provvel derivado de =MAH (signi5cando )ei0ar, como um cac/orro

que lam)e a mão de seu mestre*7 &D& 2 A:LH@,M@7 v

1" )ei0ar a mão de alguém, em sinal de rever<ncia7

I" entre os orientais, esp. persas, cair de 0oel/os e tocar o c/ão com a testa

como uma e$pressão de pro!unda rever<ncia7

J" no N*, elo ajoel;ar<se ou rostrar<se, restar ;omena3em ou

revern2ia a al3u6m, seja ara e7ressar reseito ou ara suli2arM

Ja" usado para rever<ncia a pessoas e seres de posição superior:

Ja1" aos sumo sacerdotes 0udeus7

JaI" a Deus7

JaJ" a risto7Ja!" a seres celestes7

Ja" a demQnios.

omo vemos, Ioão praticou proskuneo diante de an0o, isto é, ele “se a0oel/ou e

prostrou prestando /omenagem ou rever<ncia e$pressando respeito” a ele, mas

qual !oi a reação do an0o %ceitou numa )oa, e$atamente como os católicos

pensam que tem que ser %o contrrio: disse um sonoro “não fa4a isso” (que

todos os católicos deveriam ouvir*, seguido de um: “adore a #eus”C 1ortanto, o

an0o considerou aquele ato como sendo um ato idólatra, de adoração, e que

deveria ser dirigido somente a Deus.

 &emos que ressaltar aqui, mais uma vez, que nós não estamos !alando de

qualquer um. #stamos alando nada a mais nada a menos do que o grande

apóstolo Ioão, o disc6pulo amado, o escritor de um evangel/o, de tr<s cartas

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pastorais e do %pocalipse, que conviveu com Iesus risto durante tr<s anos até a

cruci5cação, que guiou as igre0as cristãs por décadas, inclusive

dizendo: “guardem2se dos 6dolos”(-Io.H:=-*.

1ortanto, não estamos !alando de um pagão, ou de um idólatra, de um ignorante

qualquer que não sai)a a “di!erença entre adorar e venerar”, que não !osse

monote6sta ou que pensasse que aquele an0o era um deus.

ertamente, o apóstolo pensava que se prostrando diante do an0o não estaria

cometendo idolatria, mas estaria apenas o reverenciando, e$atamente como os

católicos dizem !azer com as imagens dos santos.

Bas o an0o, ao invés de interpretar dessa maneira, condenou a atitude de Ioão

considerando um ato idólatra, que somente poderia ser dirigido a Deus.

#sse an0o “protestante re)elado” não disse isso " toa. +sso só est na 36)lia

porque Deus sa)e muito )em que é poss6vel que alguém monote6sta, cristão, quesa)e que só se deve adorar a Deus e que sa)e )em a di!erença entre um 6dolo e

um /umano (ou an0o*, mesmo assim cometa idolatria se prostrando diante de

alguém que não se0a Deus, pois este ato é condenado )i)licamente, salvo

quando é apenas um cumprimento natural entre duas pessoas como !ruto da

tradição e cultura de toda uma sociedade, como é o caso dos patriarcas no %&, ou

dos 0aponeses até /o0e.

O)viamente essa não é a realidade no 3rasil: católicos se prostram diante de

imagens de pau e de pedra para restar<l;es 2ulto, coisa que 0 no tempo do

& 0 era proi)ido. Bas os católicos se superam: não apenas se prostram diante

das imagens, como tam)ém rezam a elas, pedem intercessão, entoam louvores,

tocam, )ei0am, levam em procissão, enc/em os templos com elas, !azem

promessas a elas, as cultuam, e mais uma série de coisas que nem ornélio nem

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 Ioão 5zeram, e foram rereendidos or muito menos. # depois dizem que só

veneramC

#&B. )N#-B %)Y&' $)/&N.

% min/a primeira reação quando leio esse argumento é simples: “# da6” ; ó)vio

que Deus mandou !azer imagens.

8e as imagens !ossem proi)idas em a)soluto eu não poderia sequer ter quadros

na min/a casa, deveria 0ogar todas as min/as gravuras no li$o, deveria !azer uma

verdadeira re!orma começando por mim mesmo.

O que Deus pro6)e não é o simples ato de !azer o)etos, esculturas, imagens,

mas a:uilo :ue se faA 2om essas ima3ens. Deus realmente mandou que

5zessem uma serpente de )ronze no deserto. Bas os israelitas cultuavam a

serpente ão. Gezavam a ela ão. % consideravam como intercessora ou

medianeira ão. Dirigiam pedidos a ela ão. Pueimavam incenso a ela ão. %

levavam em procissão ão. % louvavam ão.

ão, não, não, não e não.

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 &udo o que os israelitas !oram permitidos a !azer com a serpente c/ega até a ser

engraçado: só odiam ol;arZ

“O 8en/or disse a Boisés: R4aça uma serpente e coloque2a no alto de um poste7

quem !or mordido e ol;ar para ela viverU. Boisés !ez então uma serpente de

)ronze e a colocou num poste. Puando alguém era mordido por uma serpente

e ol;ava para a serpente de )ronze, permanecia vivo”(9meros =-:@2M*

Deus não disse que aquele que !osse mordido por uma serpente e to2asse,

ro3asse, 5eijasse, 2ultuasse, louvasse ou orasse = serente seria

2urado, mas permitiu apenas olhar .

8e algum católico v< nesse quadro alguma semel/ança entre isso e a prtica

deles em relação a seus santos, deve ir se consultar urgentemente, a não ser que

os católicos apenas olhem para os seus santos e não !açam mais nada, além

dissoC

#ssa passagem, na verdade, volta2se totalmente contra eles mesmos, porque

quando vemos que os israelitas começaram a !azer com a serpente tudo aquilo

que os católicos !azem com seus santos, Deus mandou esmag2la por completo:

“#le WIosiasX !ez o que o 8en/or aprova, tal como tin/a !eito Davi, seu

predecessor. Gemoveu os altares idólatras, que)rou as colunas sagradas e

derru)ou os postes sagrados. #eseda4ou a serente de 5ronAe :ue ois6s

;avia feito, ois at6 =:uela 6o2a os israelitas l;e :ueimavam in2enso .

#la era c/amada eustã” (=> Geis -@:?2*

Puando os israelitas passaram a não apenas olhar para a serpente, mas cultuá-

la, queimando2l/e incenso em sua /onra, Deus mandou o rei Iosias despedaçar

com aquela imagemC

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%ssim, esse e$emplo dei$a claro na prática o que é a proi)ição das imagens.

Puando elas são apenas monumentos e nada a mais, nos quais os /omens

apenas ol/am e o)servam, não / pro)lema algum com elas, mas :uando

assam a serem o5jetos de 2ulto, são deseda4adas e roi5idas ela

rória ordenan4a divina.

% questão que 5ca é: os católicos apenas olham para as suas imagens %s

imagens nos templos católicos são apenas monumentos decorativos (como as do

templo de 8alomão* ou são o)0etos de culto

X

Pual e$emplo aqui é mais pró$imo do praticado pelos católicos: o da serpente de

)ronze enquanto apenas o)0eto a que se era permitido ol/ar (com a permissão

de Deus*, ou o da serpente de )ronze enquanto o)0eto de culto, e$atamente

como !azem os católicos com suas imagens % resposta é autoevidente.

a própria passagem mais usada pelos evangélicos / o registro claro em

relação " proi)ição de se !azer imagens, que não é pela imagem em si mesma,

mas por aquilo que se !az com ela. o caso, vemos que Deus proi)iu que se

5zessem imagens ara restar 2ulto a elas e se rostrar diante delas:

“ão !ars para ti nen/um 6dolo, nen/uma imagem de qualquer coisa no céu, na

terra, ou nas guas de)ai$o da terra. Não te rostrarás diante deles nem

l;es restarás 2ulto, porque eu, o 8en/or teu Deus, sou Deus zeloso, que

castigo os 5l/os pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração

daqueles que me desprezam” (Y$odo =:2H*

O verso H e$plica a proi)ição do verso (de não se !azer imagens*, e mostra que

Deus não é contraditório para uma /ora proi)ir imagens e outra /ora mandar

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construir uma, porque tal proi)ição estava relacionada " ráti2a de 2ulto e a

se rostrar diante delas.

Os católicos cultuam as imagens que representam os santos 8im. Os católicos

se prostram diante dessas imagens 8im. #ntão estão praticando idolatria.

O simples !ato de não considerar tais imagens como outro deus não implica de

modo algum que não se possa cometer idolatria com algo que não é 6dolo, pois,

como vimos, ornélio adorou 1edro sem intenção e Ioão adorou o an0o sem

intenção, am)os eram monote6stas e o o)0eto de adoração naquela situação não

era outro deus.

8endo assim, a proi)ição )6)lica não se limita apenas aos deuses pagãos, como

alegam os católicos, mas a :ual:uer ima3em :ue seja o5jeto de 2ulto e

:ue se rostrem diante dela, o que )i)licamente é considerado adora4ão, e

é praticada tanto pelos católicos como pelos pagãos, mas com uma só di!erença:

os pagãos assumem.

1az a todos voc<s que estão em risto.

u2as KanAoli (apologiacrista.com)

Pb. João Placoná