n°4 pra você aprofundar no tema juventude em … pessoas crescem a esmo ... significa a abertura...
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Pra você aprofundar no tema
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N°4JUVENTUDE EM FORMAÇÃO
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Para você me educarprecisa me encontrar láonde eu existo, quer dizerNo coração das coisas.Nos mitos e nas lendas.Nas cores e movimentos.Nas formas originais e fantásticas.Na terra, nas estrelas.Na força dos astros.Do sol e da chuva.
Para você me educarprecisa saber e entender
as verdades, pessoas e fatosaos quais atribuo força superior às
minhase as quais me entrego
quando preciso ir além de mim mesmo.Para você me educar
precisa conhecer a cultura do contextoem que se dá meu crescimento.
Pois suas linhas de forçasão as que passam a construir
o meu credo e as minhas esperançasmas também estou aberta para outras
culturas.
Para você me educarVocê precisa me conhecer,
precisa saber de minha vida,meu modo de viver e sobreviver,
conhecer a fundo as coisasnas quais creio e às quais me agarro
nos momentos de solidão, desespero e sofrimento.
PARA VOCÊ ME EDUCARVital didonet
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Para o dia nascer felizEntre os muros da escolaEscritores da LiberdadeThe Wall (vídeo)Nenhum a menosEdukatorsSociedade dos poetas mortosAo mestre com carinhoUm estranho no ninho
www. portal. e .gov.brm cww.p ul freire.or .br
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Livro:Pedagogia da Autonomia, Paulo Freire
Coordenadores:Prof. Juarez Tarcísio Dayrell
Profa. Nilma Lino GomesProf. Geraldo Leão
Organização e Projeto gráfico:Marcelo Lin e Luciana Melo
Observatório da Juventude - UFMG - Faculdade de Educação
Av. Antônio Carlos, 6627 - Campus PampulhaSala: 1666 Telefone: 3409-6188
[email protected] www.fae.ufmg.br/objuventude
Fonte: www.acoesafirmativas.ufrgs.br
Fonte: www.acoesafirmativas.ufrgs.br
O Observatório da Juventude da UFMG
é um p rog rama de ens i no ,
pesquisa e extensão da Faculdade de
E d u c a ç ã o d a U F M G . E s t á
inserido no contexto das políticas de
ações afirmativas em torno da
temática “educação, cultura e
juventude”, tendo como eixos
norteadores a condição juvenil,
políticas públicas, as práticas culturais
e as ações coletivas da juventude na
cidade e a construção de metodologias
de trabalho com jovens.
O termo Ação Afirmativa refere-se a um conjunto de políticas públicas que visa remover barre i ras que impeçam o acesso de certos grupos e minorias ao mercado de trabalho, universidades e posições de liderança.
Não pretendemos esgotar aqui os
temas propostos, apenas oferecer um
olhar crítico a partir de várias facetas
do assunto. Ao utilizar esse fanzine, cada grupo
possui a liberdade de escolher quais
aspectos pretende aprofundar, de
acordo com seus interesses
específicos. Este é o quarto volume,
cujo tema é Educação. Antes veioDesigualdades Sociais ,Raça e
Juventudes. Esperamos que goste!
Nós do Observatório da Juventude da UFMG viemos desenvolvendo desde
É este o objetivo desta série de fanzines Juventude (in em) Formação: propor uma
reflexão sobre temas relacionados às questões sociais e alguns desafios vivenciados
pela Juventude, contribuindo assim no processo de sua formação.
2002 pesquisas relacionadas à juventude e também desenvolvemos ações de
formação com jovens, buscando sensibilizá-los sobre o contexto social em que estão
inseridos, proporcionando um olhar mais crítico diante dos problemas enfrentados
em suas comunidades, bem como estimulando a atuação para a mudança desse
quadro.
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De acordo com Paulo Freire devemos “Reinventar a educação”. “Reinventar” traz a idéia de que a educação é uma invenção humana e, se em algum lugar foi feita em um dia de um modo, pode ser refeita de outro, diferente e até oposto.
É preciso desconstruir a idéia de que a educação é maior do que o homem, de que as pessoas são um produto da educação, sem que ela mesma seja uma invenção das pessoas. Determinados tipos d e h o m e n s c r i a m de t e rminados t i pos de educação, para que, depois, ela recrie determinados tipos de homens.
Por outro lado...
Muitas pessoas acreditam que através da educação poderemos transformar a sociedade, que a educação é a “salvação” do Brasil. É verdade que a educação tem o poder de atuar sobre a consciência e o trabalho das pessoas e que pode sim contribuir para a construção de um mundo melhor, mas seria ingenuidade imaginar que ela sozinha poderá efetuar a mudança.
Isso porque a educação não está à parte da sociedade, ela é fruto dessa sociedade. Ela não pode ser vista como a única ou principal forma de transformação de estruturas políticas, econômicas ou culturais, sem que haja a lembrança de que ela própria é determinada por estas estruturas.
A educacao pode transformar o mundo?
"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda." (Paulo Freire)
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Em nenhum lugar no mundo, as pessoas crescem a esmo
e aprendem ao acaso!
Até porque é através dela que cada um de nós passa, ao longo da vida, por várias etapas que fazem o contorno da nossa identidade, ideologia e modo de vida. Além disso, aquilo que aos poucos somos, sabemos,
Mas é importante perceber que não há uma forma única de educação. A escola não é o único lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor. Em mundos diversos a educação existe diferente.
.Ensinar exige respeito à autonomia do educando. Uma pedagogia da autonomia tem d e e s t a r c e n t r a d a e m experiências estimuladoras da decisão e da responsabilidade.
Ensinar exige alegria e esperança. É a partir deste saber fundamental: mudar é difícil, mas é possível, que vamos programar nossa ação.
Ensinar exige saber escutar. Devo escutar o educando em suas dúvidas e em seus receios. E escutando, aprendo a falar com ele. Escutar aqui significa a abertura à fala do outro, ao gesto do outro, às diferenças do outro.
Ensinar exige disponibilidade para o diálogo.
Ensinar exige querer bem aos educandos.
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Ensinar exige reflexão crítica sobre a prática.
Fonte consultada: Pedagogia da Autonomia. Paulo Freire.
O educador tem o dever de reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua insubmissão
Ninguém escapa da educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver todos os dias misturamos a vida com a educação.
Por isso, é preciso corrigir a visão reduzida de que educação é a mesma coisa que escolarização e se encontra só no que é “formal”, “oficial”, “programado”, “técnico”. É isso aí! Não confunda educação com escolarização!
Mesmo onde ainda não criaram a escola cada grupo humano cria e desenvolve situações, recursos e métodos para ensinar às crianças, aos jovens e aos adultos, o saber, a crença e os gestos que os tornarão um dia o modelo de homem ou mulher que aquela sociedade idealiza.
314
5
Fontes Consultadas: O que é educação, Carlos Rodrigues Brandão. www.psicopedagogia.com.br. Wikipédia. Pedagogia da autonomia, Paulo Freire.
A principal característica da Educação Popular é utilizar o saber da comunidade como matéria prima para o ensino. É aprender a partir do conhecimento do sujeito e ensinar a partir de palavras e temas do cotidiano dele. Através da educação busca-se uma leitura crítica da realidade com o objetivo de transformação social.
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Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples g e s t o d o p r o f e s s o r. A responsabilidade do professor, de que às vezes não nos damos conta, é sempre grande. Nenhum professor passa pelo aluno sem deixar sua marca.
É u m p r o c e s s o c o n t í n u o , q u e começa nas origens do ser humano e se estende até a morte.*
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* O que é educação, Carlos Rodrigues Brandão.
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A educação é aquilo que permanece quando alguém esquece tudo o que aprendeu no colégio. (Albert Einstein)
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11
Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Estudo Errado
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Educações...
Imagem: Sebastião Bisneto 6 11
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Os meninos daqui aprende acompanhando o pai, um tio. Vai vendo um, outro, olha, aprende. Nisso tem uma educação, não tem? Pode não ter um estudo, mas tem um saber. Se ele não sabia e ficou sabendo é porque no acontecido tinha uma lição escondida. Não é uma escola; não tem um professor, assim, na frente, com o nome “professor”. Não tem... você vai juntando, vai juntando e no fim dá o saber do roceiro, que é um tudo que a gente precisa pra viver a vida conforme Deus é servido.
A gente fica pensando: “o que é que a escola ensina, meu Deus?” Sabe? Tem vez que eu penso que pros pobres a escola ensina o mundo como ele não é.
Fonte: Lutar com a palavra, Carlos Rodrigues Brandão. Fonte consultada: VICENT, Guy; LAHIRE, Bernard; THIN, Daniel. Sobre a história e teoria da forma escolar.
inclusive os espaços
educativos que existem
fora da escola. Ora, se
acontecem fora da
escola, não seria mais
i n t e r e s s a n t e q u e
também fossem menos
escolarizados?
“Nossa sociedade está escolarizada, incapaz de pensar a
educação a não ser segundo o modelo escolar”.
FORMA ESCOLAR
O que a gente chama de forma escolar foi uma forma de construir a
escola e as relações dentro dela que se deu nos séculos XVI e XVII. O
desenvolvimento da forma escolar pode ser relacionado à criação da
forma política que chamamos de Estado e tem a ver com a forma como
é organizada a relação entre um “mestre” e um “aluno” e ao fato de o
processo educativo acontecer em um tempo e um espaço específico.
Mas o mais incrível de
tudo isso é que a forma
escolar não está presente
apenas dentro da escola!
É isso mesmo! O que
podemos ver é uma
sociedade cada vez mais
escolarizada, e a forma
escolar invadindo todos os
espaços de nossa vida,
710
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O meu papel fundamental é contribuir pa-ra que o edu-cando vá sendo o artesão de sua formação com a ajuda necessária do educador.
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Na prática, a e d u c a ç ã o tanto pode ser representada pela mão do a r t i s t a q u e guia e ajuda o b a r ro a s e transformar, q u a n t o a f o r m a q u e i g u a l a e deforma.
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O educador Paulo Freire nos convida a ampliar a visão que temos do processo educativo, não reduzindo a educação à simples transmissão de saber, que ele chamou de Educação Bancária.Mas que, pelo contrário, nossa prática seja construída com base em uma Educação Libertadora.
Educação Bancária: Aquele tipo de educação em que o educador simplesmente deposita conteúdos na mente do educando. Este, por sua vez, permanece passivo; um mero r e c e p t o r d o d e p ó s i t o d o s conhec imen tos f e i tos pe lo educador.
Como unir autoridade e liberdade?É possível ser educador e ser democrático?
Fontes Consultadas: “Paulo Freire e Educadores de Rua – Uma abordagem crítica”. Ação Educativa: princípios norteadores do processo de capacitação/formação - Maria Amélia Giovanetti.
Educação Libertadora:
Aquela em que os
educandos não são vistos
como recipientes onde os
educadores realizarão
depósitos de conteúdos. Os
conteúdos são transmitidos
para serem discutidos,
analisados e compreendidos
conjuntamente.
Segundo Paulo Freire, tanto o educador quanto o educando são sujeitos ativos do processo pedagógico. Mas é fundamental que o educador não abra mão de seu lugar, que tenha consciência do que o diferencia do educando.
Para ele, “a educação não se faz só de 'não', mas jamais sem ele. Só de 'não', não, mas sem 'não', nunca”.
Freire nos ajuda a pensar sobre isso quando afirma que devemos buscar a autoridade (aliada à liberdade), não o autoritarismo e que devemos buscar a colaboração cr í t ica e consciente do educando.
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