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Nº 3 dezembro de 2011 Neste mês destacamos apenas dois livros que nos conduzem de diversos modos ao Natal e à sua mensagem. O Soldadinho de Chumbo, de Hans Christian Andersen, por onde a imaginário da fantasia nos conduz à imaginação das crianças e A Estrela de Manuel Alegre., numa construção mais quotidiana do significado do encontro e da partilha, nestes tempos difíceis que vivemos. Aqui ficam, como duas propostas de leitura. No blogue deixaremos outras mais abrangentes. Bom Natal e felicidades para o próximo ano. 1 - Restauração da Independência; 3 - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência; 5 - Dia Mundial do Voluntário; 10 - Dia da Declaração dos Direitos do Homem; 11 - Dia internacional da UNICEF; 25 - Dia de Natal; Ficha Técnica: Redacção: Equipa das Bibliotecas Escolares (Ana Cristina Marques / Luís Campos / Teresa Montoia) Periodicidade: Mensal Distribuição/Publicitação: (Afixação na BE / Plataformas digitais) Agenda dezembro

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Page 1: Nº 3 dezembro de 2011 - ipsantarem.ptnonio.ese.ipsantarem.pt/secundaria/images/stories/escola/... · 2012-01-16 · Nº 3 dezembro de 2011 Neste mês destacamos apenas dois livros

Nº 3 dezembro de

2011

Neste mês destacamos apenas dois livros que nos conduzem de diversos modos ao Natal e à sua mensagem.

O Soldadinho de Chumbo, de Hans Christian Andersen, por onde a imaginário da fantasia nos conduz à imaginação das crianças e A Estrela de Manuel Alegre., numa construção mais quotidiana do significado do encontro e da partilha, nestes tempos difíceis que vivemos. Aqui ficam, como duas propostas de leitura. No blogue deixaremos outras mais abrangentes. Bom Natal e felicidades para o próximo ano.

1 - Restauração da Independência;

3 - Dia Internacional das Pessoas com Deficiência;

5 - Dia Mundial do Voluntário;

10 - Dia da Declaração dos Direitos do Homem; 11 - Dia internacional da UNICEF;

25 - Dia de Natal;

Ficha Técnica: Redacção: Equipa das Bibliotecas Escolares (Ana Cristina Marques / Luís Campos / Teresa Montoia) Periodicidade: Mensal Distribuição/Publicitação: (Afixação na BE / Plataformas digitais)

Agenda dezembro

Page 2: Nº 3 dezembro de 2011 - ipsantarem.ptnonio.ese.ipsantarem.pt/secundaria/images/stories/escola/... · 2012-01-16 · Nº 3 dezembro de 2011 Neste mês destacamos apenas dois livros

“Todos os anos, pelo Natal, eu ia a Belém. A viagem começava em Dezembro, no princípio das férias. Primeiro pela colheita do musgo, nos recantos mais húmidos do jardim.(...). Enchia-se a canastra devagar, enquanto a avó ia montando o que se chamaria hoje as estruturas junto da parede da sala de jantar que dava para o jardim. (...). Mais tarde os rios e os lagos, com boca dos de espelhos antigos, de vidros ou mesmo de travessas cheias de água. Até que todos os caixotes, caixas e tábuas desapareciam. Ficavam montanhas, planícies, rios, lagos. Era uma nova criação do mundo. Aqui e ali uma casinha ou um pastor com as suas cabras. E todos os caminhos iam para Belém. Não era como o presépio da Igreja que estava sempre todo pronto, mesmo antes de o Menino nascer. A cabana, a vaca, o burro, os três reis do Oriente. Maria, José e Jesus deitado nas palhinhas. Via-se logo que era a fingir. Não o da avó, que era mais do que um presépio, era uma peregrinação, era uma jornada mágica, ou se quiserem, um milagre. Nós estávamos ali e não estávamos ali. (...) A avó ia buscar as figuras ao sótão, eram bonecos de barro comprados nas feiras, alguns mais antigos, de porcelana inglesa, como aquele caçador que a avô colocava à frente dizendo: Este é o pai. Seguia-se a mãe, de vestido comprido, dir-se-ia que ia para o baile, mas não, saía de cima de uma mesinha de sala de visitas e agora estava ao lado do pai, olhando levemente para trás, onde, entretanto, a avó tinha colocado figuras mais toscas, eu, a minha irmã, os primos, alguns amigos, todos a caminho de Belém. (...) E todos iam para Belém. À noite tremulavam luzes. Acendiam e apagavam. Mas ainda não se via a cabana, nem Maria ,nem José. Então uma noite, entre as estrelas do céu, aparecia uma que brilhava mais que todas. - Esta é a estrela - dizia a avó.”

“Houve uma vez 25 soldados de chumbo, todos irmãos, (...) . Cada um deles carregava seu fuzil, olhava para frente e vestia um galhardo uniforme vermelho e azul. As primeiras palavras que ouviram em seu novo mundo, ao levantar-se a tampa de sua caixa, foi um garotinho batendo as palmas das mãos e gritando: "Soldados, Soldados!" O menino festejava seu aniversário e os soldados eram seu presente. Todos exactamente iguais, com excepção de um, que se diferenciava dos demais pois só tinha uma perna, pois havia sido o último a ser fabricado, e o faltou material. Contudo, ele se mantinha tão bem na sua única perna quanto os outros com as duas.

E foi precisamente este soldado que ficou famoso. Sobre a mesa onde o menino os colocou havia muitos outros brinquedos, mas o que mais atraía a vista era um encantador castelo de papelão. Pelas janelas se podia ver o interior das habitações e o no exterior algumas árvores que rodeavam um pequeno espelho que fazia papel de lago, sobre o qual nadavam vários cisnes de cera.

Tudo era muito lindo e, sem dúvida, o mais lindo de tudo era uma jovenzinha que estava de pé na porta aberta do castelo. Também era de papelão, mas tinha um vestido de gaze muito fino, com uma delicada cinta azul sobre os ombros, como se fosse um chalé, e uma lantejoula muito brilhante”. Hans C. Andersen