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N-464 REV. H ABR / 2006 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE DUTO TERRESTRE CONTEC SC-13 Oleodutos e Gasodutos 1 a Emenda Esta é a 1 a Emenda da Norma PETROBRAS N-464 REV. H e se destina a modificar o seu texto nas partes indicadas a seguir. - Capítulo 2: Incluir a norma PETROBRAS N-2298. - Item 9.1: Alteração do texto da alínea c) e da Nota 3. - TABELA D-1: Alteração da letra “L” pela letra “I” na legenda da tabela. Nota: As novas páginas das alterações efetuadas estão localizadas nas páginas originais correspondentes. _____________

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N-464 REV. H ABR / 2006

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 1 página

CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE DUTO

TERRESTRE CONTEC SC-13 Oleodutos e Gasodutos

1a Emenda

Esta é a 1a Emenda da Norma PETROBRAS N-464 REV. H e se destina a modificar o seu texto nas partes indicadas a seguir. - Capítulo 2: Incluir a norma PETROBRAS N-2298. - Item 9.1: Alteração do texto da alínea c) e da Nota 3. - TABELA D-1: Alteração da letra “L” pela letra “I” na legenda da tabela. Nota: As novas páginas das alterações efetuadas estão localizadas nas páginas

originais correspondentes.

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PROPRIEDADE DA PETROBRAS 68 páginas e Índice de Revisões

CONSTRUÇÃO, MONTAGEM E CONDICIONAMENTO DE DUTO

TERRESTRE

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos seus itens.

CONTEC Comissão de Normas

Técnicas

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não segui-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

SC - 13

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora.

As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma.

Oleodutos Gasodutos

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIROS.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reproduçãopara utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressaautorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidadescabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria deSigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedadeindustrial.”

Apresentação

As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho - GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelas Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias, são aprovadas pelas Subcomissões Autoras - SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as Unidades da Companhia e as suas Subsidiárias) e homologadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Unidades da Companhia e das suas Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N - 1. Para informações completas sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

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SUMÁRIO

1 OBJETIVO............................................................................................................................................................5

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES................................................................................................................5

3 DEFINIÇÕES........................................................................................................................................................7

4 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS......................................................................................................................7

5 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL ...........................................................................................................................8

5.1 SOLDADORES E OPERADORES DE SOLDAGEM..............................................................................8 5.2 INSPETORES DE SOLDAGEM .............................................................................................................8 5.3 INSPETORES DE DUTOS (ID) ..............................................................................................................8 5.4 INSPETORES DE ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS (END) ...................................................................8

6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ...............................................................................................................................8

6.1 INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO DE MATERIAIS..................................................................................8 6.1.1 GERAL...........................................................................................................................................8 6.1.2 TUBOS ..........................................................................................................................................9 6.1.3 FLANGES ......................................................................................................................................9 6.1.4 CONEXÕES ................................................................................................................................10 6.1.5 VÁLVULAS ..................................................................................................................................10 6.1.6 JUNTAS DE VEDAÇÃO ..............................................................................................................11 6.1.7 PARAFUSOS E PORCAS ...........................................................................................................12 6.1.8 TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO .................................................................................................12 6.1.9 AMOSTRAGEM...........................................................................................................................13

6.2 ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO .............................................................................................13 6.2.1 TUBOS ........................................................................................................................................13 6.2.2 FLANGES E TAMPÕES DE FECHO RÁPIDO ............................................................................13 6.2.3 VÁLVULAS ..................................................................................................................................14 6.2.4 PARAFUSOS E PORCAS ...........................................................................................................14 6.2.5 JUNTAS DE VEDAÇÃO ..............................................................................................................14 6.2.6 CONEXÕES ................................................................................................................................14

6.3 PROJETO EXECUTIVO.......................................................................................................................15 6.4 LOCAÇÃO E MARCAÇÃO DA FAIXA DE DOMÍNIO E DA PISTA ......................................................15 6.5 ABERTURA DA PISTA.........................................................................................................................16 6.6 ABERTURA E PREPARAÇÃO DA VALA.............................................................................................18 6.7 TRANSPORTE, DISTRIBUIÇÃO E MANUSEIO DE TUBOS E OUTROS MATERIAIS .......................20 6.8 CURVAMENTO....................................................................................................................................22 6.9 REVESTIMENTO EXTERNO COM CONCRETO ................................................................................24

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6.10 SOLDAGEM .......................................................................................................................................25 6.11 INSPEÇÃO POR ENSAIOS NÃO-DESTRUTIVOS (END) .................................................................27 6.12 REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO..............................................................................29 6.13 ABAIXAMENTO E COBERTURA.......................................................................................................29 6.14 TRAVESSIAS E CRUZAMENTOS.....................................................................................................32 6.15 SINALIZAÇÃO DE FAIXA DE DOMÍNIO DE DUTOS ........................................................................34 6.16 PROTEÇÃO E RESTAURAÇÃO........................................................................................................34 6.17 LIMPEZA, ENCHIMENTO E CALIBRAÇÃO.......................................................................................36 6.18 TESTE HIDROSTÁTICO....................................................................................................................38 6.19 INSPEÇÃO DIMENSIONAL INTERNA DO DUTO .............................................................................47 6.20 INSPEÇÃO ADICIONAL POR “PIG” ULTRA-SÔNICO ......................................................................49

7 CONDICIONAMENTO........................................................................................................................................49

8 INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO - APÓS A COBERTURA ............................52

9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS ......................................................................................53

10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE ........................................................53

11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO “CONFORME CONSTRUÍDO” ..................................................................56

ANEXO A - TABELAS E FIGURAS ........................................................................................................................58

ANEXO B - TABELAS E FIGURAS ........................................................................................................................60

ANEXO C - TABELAS ............................................................................................................................................62

ANEXO D- INSPEÇÕES ADICIONAIS...................................................................................................................66

D-1 INSPEÇÃO INTERNA DO DUTO COM “PIG” DO TIPO ULTRA-SÔNICO......................................................66

D-2 INSPEÇÃO INERCIAL.....................................................................................................................................67

TABELAS TABELA 1 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K.............................................................................23

TABELA 2 - FATOR DE CORREÇÃO PARA O EFEITO DA TEMPERATURA......................................................45

TABELA 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS DEFEITOS ...............................................................................................47

TABELA A-1 - LISTA DE MATERIAL DA FIGURA A-1 ..........................................................................................59

TABELA A-2 - DIMENSÕES DA FIGURA A-1........................................................................................................59

TABELA B-1 - SELEÇÃO DA MALHA DA TELA ....................................................................................................61

TABELA B-2 - FITA DE POLIETILENO..................................................................................................................61

TABELA B-3 - FIO DE POLIETILENO....................................................................................................................61

TABELA C-1 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS QUÍMICOS) .............................................................................62

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TABELA C-2 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS .....................................................................................................................63

TABELA C-3 - CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA HIBERNAÇÃO DE DUTOS, EM FUNÇÃO DE PARÂMETROS QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS...............................................................64

TABELA D-1 - DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE DEFEITOS .......................................................................................66

FIGURAS FIGURA 1 - GRÁFICO PRESSÃO X TEMPO (P X T) ............................................................................................40

FIGURA 2 - MEDIÇÃO GRÁFICA DO VOLUME DE AR RESIDUAL .....................................................................41

FIGURA 3 - GRÁFICO PRESSÃO X INCREMENTO VOLUMÉTRICO DO TUBO SOB EFEITO DA ÁGUA INJETADA E COMPRIMIDA...............................................................................................................43

FIGURA A-1 - CABEÇA DE TESTE .......................................................................................................................58

FIGURA B-1 - INSTALAÇÃO DA TELA DE SEGURANÇA (COM FITA) E DA PLACA DE CONCRETO ..............60

FIGURA B-2 - TELA DE SEGURANÇA COM FITA DE AVISO..............................................................................60

FIGURA D-1 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS DEFINIÇÕES DO TIPO DE DEFEITO ..................................67

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/OBJETIVO

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1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para construção, montagem, teste, condicionamento e aceitação de dutos terrestres. 1.2 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição e também a instalações já existentes, quando da sua manutenção, desde que citada nas normas específicas. 1.3 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Prática Recomendada. 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma.

Portaria MTE no 3214 de 08/06/79 - Norma Regulamentadora no 18 (NR-18) - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção; Portaria MTE no 3214 de 08/06/79 - Norma Regulamentadora no 19 (NR-19) - Explosivos; Normas de Segurança para Armazenamento, Descontaminação e Destruição de Explosivos do Ministério do Exército; PETROBRAS N-47 - Levantamento Topográfico; PETROBRAS N-133 - Soldagem; PETROBRAS N-442 - Pintura Externa de Tubulação em Instalações

Terrestres; PETROBRAS N-505 - Lançador e Recebedor de “Pig” para Duto; PETROBRAS N-556 - Isolamento Térmico de Dutos com Espuma de

Poliuretano Expandido; PETROBRAS N-845 - Investigação Geotecnológica; PETROBRAS N-862 - Execução de Terraplanagem; PETROBRAS N-1041 - Cadastramento de Imóveis em Levantamento

Topográfico-Cadastral; PETROBRAS N-1190 - Cercas e Portões; PETROBRAS N-1592 - Ensaio Não-Destrutivo - Teste pelo Imã e por Pontos; PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som; PETROBRAS N-1595 - Ensaio Não-Destrutivo - Radiografia; PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual; PETROBRAS N-1710 - Codificação de Documentos Técnicos de Engenharia; PETROBRAS N-1744 - Projeto de Oleodutos e Gasodutos Terrestres; PETROBRAS N-1965 - Movimentação de Carga com Guindaste; PETROBRAS N-2047 - Apresentação de Projeto de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2098 - Inspeção de Duto Terrestre em Operação; PETROBRAS N-2177 - Projeto de Cruzamento e Travessia de Duto Terrestre; PETROBRAS N-2180 - Relatório para Classificação de Locação de Gasodutos

Terrestres; PETROBRAS N-2200 - Sinalização de Faixa de Domínio de Duto e Instalação

Terrestre de Produção; PETROBRAS N-2203 - Apresentação de Relatórios de Cruzamentos e

Travessias de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2238 - Reparo de Revestimentos de Duto Enterrado

Utilizando Fita de Polietileno;

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PETROBRAS N-2298 - Instalação e Pré-Operação de Sistema de Proteção

Catódica - Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2328 - Revestimento de Junta de Campo para Duto

Enterrado; PETROBRAS N-2432 - Revestimento Externo de Concreto para Dutos

Terrestres e Submarinos; PETROBRAS N-2624 - Implantação de Faixas de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de “Pigs” em Dutos; PETROBRAS N-2719 - Estocagem de Tubo em Área Descoberta; PETROBRAS N-2726 - Dutos; PETROBRAS N-2776 - Capacitação e Qualificação de Pessoal para Dutos

Construção e Montagem; ABENDE DC-001 - Qualificação e Certificação de Pessoal em END; ABENDE NA-001 - Qualificação e Certificação de Pessoal em END; ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e

Certificação da Qualidade; ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção

por Atributos; ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426; ABNT NBR 6502 - Rochas e Solos; ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistemas e Distribuição de Gás

Combustível; ABNT NBR 9061 - Segurança de Escavação a Céu Aberto; ABNT NBR 14842 - Critérios para a Qualificação e Certificação de

Inspetores de Soldagens; ISO 9712 - Non-Destructive Testing - Qualification and

Certification of Personnel; API RP 1110 - Recommended Practice for the Pressure Testing of

Liquid Petroleum Pipelines; API SPEC 5L - Line Pipe; API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and

Check Valves); API STD 1104 - Welding Pipelines and Related Facilities; ASME B 1.1 - Unified Inch Screw Threads; ASME B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings; ASME B 16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges - Ring Joint, Spiral

Wounds and Jacketed; ASME B 16.34 - Valves - Flanged, Threaded and Welding End; ASME B 31.4 - Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons,

Liquid Petroleum Gas, Anhydrous Ammonia and Alcohols;

ASME B 31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems; ASME Section IX - Qualification Standard for Welding and Brazing

Procedures, Welders, Blazers and Welding and Brazing Operators;

ASTM E 1961 - Standard Practice for Mechanized Ultrasonic Examination of Girth Welds Using Zone Discrimination with Focused Search Units;

BSI BS8010 Section 2.8 - Pipelines on land: Design, Construction and Instalation. Section 2.8 Steel for Oil and Gas;

BSI BS EN 473 - Non-Destructive Testing - Qualification and Certification of NDT Personnel - General Principles Supersedes PD;

BSI BS EN 45013 - General Criteria for Certification Bodies Operating Certification of Personnel;

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6-A

MSS SP-6 - Standard Finish for Contact Faces of Pipe Flanges and Connecting End Flanges of Valves and Fittings;

MSS SP-44 - Steel Pipeline Flanges;

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MSS SP-55 - Quality Standard for Steel Castings for Valves, Flanges and Fittings and other Piping Components.

3 DEFINIÇÕES Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas na norma PETROBRAS N-2726. 4 PROCEDIMENTOS EXECUTIVOS 4.1 Devem ser emitidos procedimentos executivos específicos, previamente ao início de cada atividade da obra, segundo as especificações técnicas definidas no projeto do duto e recomendações relacionadas nesta Norma, constando, no mínimo, de:

a) inspeção de recebimento de materiais; b) armazenamento e preservação de materiais; c) elaboração de projeto executivo; d) locação e marcação da faixa de domínio e da pista; e) abertura de pista incluindo: acessos, terraplenagem (corte e aterro), supressão

vegetal e desmonte de rocha; f) abertura e preparação da vala, incluindo desmonte de rocha; g) transporte, distribuição e manuseio de tubos; h) curvamento dos tubos; i) revestimento externo com concreto; j) soldagem, incluindo: ajustagem, alinhamento e fixação dos tubos e acessórios

para soldagem e respectivos registros de qualificação; k) inspeção por ensaios não-destrutivos; l) revestimento externo anticorrosivo; m) abaixamento e cobertura; n) travessias e cruzamentos; o) sinalização de faixa de domínio de dutos; p) proteção e restauração; q) limpeza, enchimento e calibração; r) teste hidrostático; s) inspeção dimensional interna do duto; t) condicionamento; u) inspeção do revestimento externo anticorrosivo após a cobertura; v) montagem e instalação de complementos; x) emissão de documentação “conforme construído”.

4.2 Nos procedimentos devem estar indicadas as características dos equipamentos a serem utilizados nas diferentes etapas da construção. 4.3 A construção e montagem do duto terrestre deve ser executada considerando os seguintes aspectos básicos gerais além do seu projeto:

a) estar em consonância com as leis do município e/ou estado em que se localiza; b) dispor de todas as permissões das autoridades competentes com jurisdição

sobre a faixa de domínio do duto; c) ter estabelecido critérios para a garantia da qualidade da sua execução.

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5 QUALIFICAÇÃO DE PESSOAL Devem ser obedecidos os critérios dos itens 5.1 a 5.4 para a qualificação do pessoal técnico empregado nas atividades cobertas por esta Norma. 5.1 Soldadores e Operadores de Soldagem A qualificação de soldadores e operadores de soldagem deve ser feita de acordo com a norma API STD 1104, sendo que para a montagem de complementos, definidos no Capítulo 9, pode ser usada a norma ASME Section IX, como alternativa. 5.2 Inspetores de Soldagem Os inspetores de soldagem devem ser certificados de acordo com a norma ABNT NBR 14842, ou por entidades internacionais que atendam aos requisitos da norma BSI EN 45013, sendo neste caso necessária a aprovação prévia pela PETROBRAS e norma principal aplicável. 5.3 Inspetores de Dutos (ID) A qualificação de inspetores de dutos deve ser feita conforme a norma PETROBRAS N-2776. 5.4 Inspetores de Ensaios Não-Destrutivos (END) Os inspetores de END devem ser certificados de acordo com as normas ABENDE NA-001 e DC-001, ou por entidades internacionais que atendam os requisitos das normas ISO 9712 ou BSI EN 473, sendo neste caso necessária a aprovação prévia pela PETROBRAS. 6 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 6.1 Inspeção de Recebimento de Materiais 6.1.1 Geral 6.1.1.1 Os materiais devem ser inspecionados logo após o seu recebimento e antes de sua aplicação na montagem e devem estar de acordo com os documentos de compra e especificações de projeto. 6.1.1.2 Os materiais devem ser identificados e certificados. A identificação deve permitir a rastreabilidade até o certificado de qualidade do material. 6.1.1.3 Todos os materiais metálicos, quando não identificados e não certificados, devem ser submetidos aos ensaios de reconhecimento de aços e ligas metálicas conforme norma PETROBRAS N-1592, confrontando o seu resultado com a especificação solicitada.

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6.1.2 Tubos 6.1.2.1 Devem ser verificados se todos os tubos estão identificados conforme os critérios da norma API Spec. 5L. 6.1.2.2 Deve ser verificado, conforme o item 6.1.9, se as seguintes características dos tubos estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:

a) espessura, ovalização e diâmetro, segundo a norma API Spec. 5L; b) chanfro e ortogonalidade, segundo a norma API Spec. 5L; c) estado das superfícies interna e externa, segundo critérios da especificação do

material; d) empenamento, segundo a norma API Spec. 5L; e) estado do revestimento, segundo critérios da especificação de projeto.

6.1.2.3 Os critérios e exigências para aceitação e reparo de defeitos superficiais nos tubos devem estar de acordo com os critérios das norma ASME B 31.4, para oleodutos, e norma ASME B 31.8, para gasodutos. 6.1.2.4 Os tubos recebidos na obra devem ser identificados, por código de cores, quanto a sua espessura de parede. A pintura deve ser aplicada em forma de anel, em uma das extremidades, sobre o revestimento anticorrosivo. 6.1.3 Flanges 6.1.3.1 Deve ser verificado se todos os flanges possuem identificação estampada atendendo a sua norma de fabricação, com as seguintes informações:

a) tipo do flange; b) tipo de face; c) especificação e grau do material; d) diâmetro nominal; e) classe de pressão; f) diâmetro do furo.

6.1.3.2 Os certificados de qualidade de material de todos os flanges devem estar de acordo com a especificação pertinente. 6.1.3.3 Deve ser verificado se as seguintes características de todos os flanges estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou com as normas ASME B 16.5 ou MSS SP-44:

a) diâmetro interno; b) espessura do bisel nos flanges de pescoço de acordo com as especificações

de projeto; c) altura e diâmetro externo do ressalto; d) acabamento da face de contato;

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e) dimensões de face de flanges; f) dimensões de extremidades para solda de topo, encaixe para solda ou rosca

(tipo e passo); g) dimensões da face para junta de anel.

6.1.3.4 Deve ser verificado em todos os flanges se existem trincas, dobras, mossas, rebarbas, corrosão e amassamentos, bem como o estado geral da face e ranhura, sem presença de agentes causadores de corrosão, segundo critérios das normas ASME B 16.5 ou MSS SP-44. 6.1.4 Conexões 6.1.4.1 Deve ser verificado se todas as conexões estão identificadas por pintura ou por punção pelo fabricante, com os seguintes dados:

a) especificação completa do material; b) diâmetro; c) classe de pressão ou espessura; d) tipo e marca do fabricante.

6.1.4.2 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com as especificações ASTM ou ASME aplicáveis. 6.1.4.3 Deve ser verificado se as seguintes características de todas as conexões estão de acordo com as especificações indicadas pelo projeto:

a) diâmetro nas extremidades; b) circularidade; c) distância centro-face; d) chanfro, encaixe para solda ou rosca (tipo e passo); e) espessura; f) angularidade das curvas forjadas; g) estado da superfície quanto a amassamentos, corrosão, trincas, soldas de

dispositivos de montagem provisórios e aberturas de arco. 6.1.5 Válvulas 6.1.5.1 Deve ser verificado se todas as válvulas estão embaladas e acondicionadas de acordo com a norma API Spec 6D. 6.1.5.2 Deve ser verificado se todas as válvulas, codificadas no projeto, estão identificadas por plaqueta. 6.1.5.3 Em todas as válvulas dotadas de acionadores, devem ser realizados, previamente à montagem, testes de funcionamento. Quando aplicável, deve ser verificada a calibração do curso do obturador.

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6.1.5.4 Os certificados de qualidade do material devem estar de acordo com a especificação ASTM aplicável e em conformidade com a especificação do projeto. 6.1.5.5 Deve ser verificado se as seguintes características de todas as válvulas estão de acordo com as especificações no projeto:

a) características dos internos e sistema de vedação; b) flanges (ver item 6.1.3); c) características e distância entre extremidades; d) diâmetro interno e nominal; e) dreno, suspiro e alívio do corpo; f) classe ANSI; g) revestimento externo.

6.1.5.6 Todas as válvulas devem ser verificadas quanto à corrosão, amassamento, empenamento da haste e aspecto geral do acionador. O estado da superfície do corpo de todas as válvulas fundidas deve ser verificado segundo critérios da norma MSS SP-55. 6.1.5.7 Devem ser realizados na obra, logo após o recebimento, os testes hidrostáticos do corpo e da sede para todas as válvulas de bloqueio conforme procedimento do fabricante. A pressão de teste, tempo de duração e o critério de aceitação devem estar de acordo com a norma API Spec 6D. A água a ser utilizada deve ter qualidade compatível com a TABELA C-3 do ANEXO C. 6.1.5.8 Imediatamente após o teste hidrostático na obra, as válvulas devem ter os seus internos (inclusive a cavidade interna do corpo) drenados e secos, com utilização de nitrogênio ou ar seco e mantidas limpas, secas, engraxadas e protegidas. As hastes devem ser condicionadas e protegidas mecanicamente. 6.1.6 Juntas de Vedação 6.1.6.1 Deve ser verificado se todas as juntas estão identificadas, contendo as seguintes características:

a) material; b) tipo de junta; c) material de enchimento; d) diâmetros; e) classe de pressão; f) padrão dimensional de fabricação.

6.1.6.2 As juntas de tipo anel (RTJ) não devem apresentar corrosão, amassamento, avarias mecânicas ou trincas. 6.1.6.3 Deve ser verificado se as seguintes características de todas as juntas estão de acordo com as especificações indicadas no projeto ou normas referenciadas:

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a) espessura (espiralada ou corrugada), conforme a norma ASME B 16.20; b) diâmetro, classe de pressão e norma do flange (espiralada ou corrugada); c) código de cor (espiralada ou corrugada), conforme a norma ASME B 16.20; d) diâmetro interno e externo (espiralada ou corrugada), conforme norma

ASME B 16.20; e) tipo e número (anel), conforme a norma ASME B 16.20; f) dureza (anel), conforme a norma ASME B 16.20.

6.1.7 Parafusos e Porcas 6.1.7.1 Deve ser verificado se todos os lotes de parafusos e porcas estão identificados com as seguintes características:

a) especificação; b) tipo de parafuso; c) dimensões.

6.1.7.2 Deve ser verificado se os certificados de qualidade do material de todos os lotes de parafusos e porcas estão de acordo com as especificações ASTM aplicáveis. 6.1.7.3 Deve ser verificado, conforme o item 6.1.9, se as seguintes características das porcas e parafusos estão de acordo com as especificações adotadas pelo projeto ou as normas referenciadas:

a) comprimento do parafuso, diâmetro do parafuso e porca, altura e distância entre faces e arestas da porca e tipo e passo da rosca, segundo os critérios das normas ASME B 1.1, ASME B 16.5 ou MSS SP-44;

b) parafusos devidamente protegidos, livres de amassamentos, trincas e corrosão.

6.1.8 Tampões de Fecho Rápido 6.1.8.1 Deve ser verificado se todos os tampões de fecho rápido para lançadores/recebedores de “pig” estão identificados, de acordo com as especificações do projeto. 6.1.8.2 Os certificados de material devem estar em conformidade com a especificação do projeto. 6.1.8.3 Deve ser verificada se as seguintes características de todos os tampões estão de acordo com o projeto:

a) diâmetro interno; b) chanfro; c) integridade do anel de vedação e sede; d) classe de pressão; e) material; f) posição de abertura.

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6.1.9 Amostragem O plano de inspeção para verificação das características de inspeção por amostragem conforme as normas ABNT NBR 5425, ABNT NBR 5426 e ABNT NBR 5427 deve ser o seguinte:

a) tubos: nível geral de inspeção II, QL 15, plano de amostragem simples e risco do consumidor 5 %;

b) parafusos e porcas: nível geral de inspeção II, QL 10, plano de amostragem simples e risco do consumidor 5 %.

6.2 Armazenamento e Preservação 6.2.1 Tubos 6.2.1.1 O armazenamento dos tubos deve atender ao disposto nas seguintes normas:

a) para tubos não revestidos ou revestidos: norma PETROBRAS N-2719; b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-2432.

6.2.1.2 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser usadas cintas de largura mínima de 80 mm ou ganchos especiais (patolas) para evitar danos nos tubos. Estes ganchos devem ser revestidos de material mais macio que o material do tubo, sendo os ganchos projetados para conformarem-se à curvatura interna dos tubos. 6.2.1.3 Os tubos devem ser mantidos permanentemente limpos, evitando-se a deposição de materiais estranhos em seu interior. Em nenhuma hipótese os tubos devem ser usados como local de armazenamento para ferramentas ou qualquer outro material. 6.2.1.4 Os chanfros dos tubos e conexões devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine gordura e pontos de corrosão. 6.2.2 Flanges e Tampões de Fecho Rápido 6.2.2.1 As faces de assentamento dos flanges devem ser protegidas contra corrosão com aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água. Os flanges e tampões de diâmetro acima de 8” devem ser armazenados e manuseados sobre estrados de madeira (“pallets”), de modo a protegê-los contra avarias. Todos os flanges e tampões devem ser protegidos e abrigados. 6.2.2.2 Os chanfros dos flanges devem ser protegidos com verniz à base de resina vinílica.

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6.2.2.3 O anel de vedação dos tampões deve ser protegido com vaselina e armazenado em embalagem plástica. 6.2.3 Válvulas 6.2.3.1 Devem ser armazenadas e preservadas de acordo com a norma API Spec 6D. 6.2.3.2 As válvulas com extremidades para solda de topo, devem ter os biséis protegidos com verniz à base de resina vinílica após a sua limpeza manual ou mecânica que elimine gordura e pontos de corrosão. 6.2.4 Parafusos e Porcas 6.2.4.1 Devem ser protegidos contra corrosão pela aplicação de graxa anticorrosiva não solúvel em água. 6.2.4.2 Devem ser armazenados em locais protegidos das intempéries, identificados e sem contato direto com o solo. 6.2.4.3 As porcas devem ser armazenadas rosqueadas nos parafusos. 6.2.5 Juntas de Vedação 6.2.5.1 As juntas devem ser armazenadas em superfícies planas, em locais abrigados das intempéries. 6.2.5.2 As superfícies metálicas das juntas devem ser protegidas com graxa anticorrosiva não solúvel em água. 6.2.6 Conexões 6.2.6.1 As conexões devem ser mantidas em suas embalagens originais, devidamente identificadas e abrigadas em ambiente fechado. 6.2.6.2 As conexões para solda de topo devem ter os chanfros protegidos por verniz à base de resina vinílica. 6.2.6.3 As roscas das conexões devem ser protegidas por meio de graxa anticorrosiva não solúvel em água ou verniz removível à base de resina vinílica.

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6.2.6.4 O armazenamento deve ser feito de modo a evitar acúmulo de água dentro das conexões e o contato direto entre as conexões ou com o solo. 6.2.6.5 As conexões de diâmetro até 6” devem ser armazenadas sobre prateleiras e separadas por tipo, diâmetro, espessura e demais características. 6.3 Projeto Executivo 6.3.1 São considerados projetos executivos, de responsabilidade da executante, todos os projetos de detalhamento necessários à execução dos serviços de construção e montagem. 6.3.2 Os documentos técnicos devem ser executados conforme a norma PETROBRAS N-2047 e codificados conforme a norma PETROBRAS N-1710. 6.3.3 Todos os documentos devem ser executados em meio digital, com o emprego de softwares definidos no projeto básico. 6.3.4 Deve ser elaborada uma planilha de distribuição de tubos, baseada no levantamento planialtimétrico, contendo, no mínimo, os seguintes dados: material, diâmetro, espessura, revestimento anticorrosivo, isolamento térmico, raio e ângulo da curva, revestimento de concreto e número do tubo (conforme seqüência de montagem). Nesta planilha devem ser considerados os comprimentos reais dos tubos a serem utilizados, incluindo a sua identificação para rastreabilidade e orientação para as atividades de curvamento e desfile. Nota: Caso seja adotada numeração seqüencial do tubo para montagem, deve haver

uma correlação com o número do fabricante. 6.4 Locação e Marcação da Faixa de Domínio e da Pista 6.4.1 A faixa de domínio e a pista devem ser demarcadas a partir da diretriz estabelecida nos documentos de projeto e de acordo com as seguintes condições:

a) as laterais da faixa de domínio e da pista devem ser identificadas, no máximo, a cada 50 m;

b) as testemunhas devem ser colocadas nas laterais da faixa de domínio, em locais de fácil visibilidade e com pouca possibilidade de serem afetadas pela eventual terraplenagem;

c) as testemunhas perdidas devem ser relocadas topograficamente; d) sinalização de referência provisória deve ser fixada a cada quilômetro; e) os pontos de inflexão horizontais devem ser marcados.

6.4.2 Somente em condições excepcionais, quando for concluída pela total inviabilidade na manutenção da diretriz projetada esta pode ser alterada, desde que a modificação seja previamente aprovada e analisada as conseqüências no dimensionamento hidráulico e mecânico do duto. O levantamento planialtimétrico, cadastral e jurídico da faixa de domínio e apresentação de resultados da diretriz modificada devem ser executados de acordo com as normas PETROBRAS N-2624 e N-2180.

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6.4.3 A locação da posição e profundidade de outros dutos ou de cabos de fibra ótica existentes, em relação ao eixo da faixa e à superfície do terreno, deve ser feita de acordo com os seguintes critérios:

a) consulta aos desenhos “conforme construído” e ao cadastro das concessionárias de serviços públicos;

b) localização e cobertura das linhas ou cabos existentes com o emprego de aparelhos eletrônicos, detector eletromagnético ou georadar (GPR); no caso de cruzamentos com as linhas ou cabos existentes devem ser utilizados poços de inspeção escavados manualmente;

c) a identificação das linhas ou cabos existentes deve ser feita de forma contínua, com estaqueamento da linha de centro a cada 10 m nos trechos retos e cada 3 m nos trechos curvos, definindo uma cor para as estacas em cada duto ou cabo existente;

d) identificação dos dutos e sinalização dos trechos onde a cobertura dos dutos ou cabos existentes for inferior a 1 m, de forma a alertar os operadores de equipamentos sobre a impossibilidade de trânsito nestes locais;

e) uma trincheira de inspeção transversal à faixa deve ser aberta a cada 1 000 m, para a comprovação da precisão do equipamento através da verificação da localização e cobertura dos dutos ou cabos existentes;

f) sinalização e proteção adequada dos suspiros (“vents”), pontos de testes e peças especiais existentes, leitos de anodos e cabos do sistema de proteção catódica.

6.5 Abertura da Pista 6.5.1 Em casos de faixas com dutos existentes, verificar se os pontos de baixa cobertura apontados no projeto estão devidamente sinalizados, protegidos e eventualmente isolados, precedendo a movimentação de máquinas sobre a faixa. 6.5.2 A pista deve ser aberta com a largura determinada para a faixa de domínio. Quando a diretriz atravessar trechos especiais, tais como: pomares, jardins, matas, reservas florestais e áreas de reflorestamento, entre outros, a pista pode, a critério da PETROBRAS, ser aberta com a largura estritamente necessária ao lançamento da linha e de modo a não ocasionar o rebaixamento do nível de terreno original (greide). 6.5.3 Somente em condições excepcionais, quando concluído pela total inviabilidade técnica dos serviços de montagem, são permitidos cortes que alterem os perfis - transversal e/ou longitudinal - originais do terreno; todos os cortes devem ser executados de acordo com um projeto de terraplenagem específico, seguindo critérios adicionais de segurança contido na norma regulamentadora no 18 (NR-18) e na norma ABNT NBR 9061. 6.5.4 Os raios de curvatura horizontais e verticais da pista devem estar compatíveis com o método previsto para a mudança de direção do duto, procurando-se, sempre que possível, respeitar os limites para curvamento a frio dos dutos revestidos, conforme definido no item 6.8.4. No caso de construção de dutos para produtos aquecidos, devem ser observados os raios mínimos de curvatura, estabelecidos pelo projeto. 6.5.5 A camada superior do solo composta de matéria orgânica, quando removida, deve ser estocada para posterior reposição nos taludes de corte, aterros, pistas, caixas de empréstimo ou bota-fora, evitando a sua contaminação pela mistura com outros materiais retirados da pista.

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6.5.6 O bota-fora, inclusive o rochoso, quando ocorrer, deve ser disposto em local adequado, preferencialmente fora da faixa de domínio, com a prévia autorização dos proprietários, envolvendo as autoridades competentes, e com inclinações compatíveis com a natureza do material constituinte, de modo que seja evitado qualquer dano a terceiros e obstrução ou poluição de mananciais. 6.5.7 Independente dos serviços de proteção e drenagem definitiva que são realizados na pista, serviços de drenagem e proteção provisórios em áreas críticas devem ser imediatamente realizados, de modo a não expor a riscos de erosão e assoreamento, tanto a pista como as propriedades adjacentes. 6.5.8 Deve ser evitado que os talvegues originais dos cursos d’água interceptados sejam assoreados pelo material da terraplenagem, com o conseqüente lançamento do duto em cota superior à linha do talvegue original. 6.5.9 Eventuais acessos de serviço somente podem ser executados com a autorização prévia e formalizada junto aos proprietários e autoridades competentes. 6.5.10 Nas travessias, a abertura da pista deve ser feita de forma a evitar o represamento ou diminuição da seção de escoamento. 6.5.11 Tanto quanto possível deve ser evitada a realização de aterros na pista, os quais quando necessários devem ser realizados de forma controlada, de modo a ser obtido um grau de compactação, no mínimo, igual ao das condições locais. As saídas de água sobre as saias dos aterros devem ser evitadas; quando indispensáveis, a região atingida do aterro deve ser adequadamente protegida. 6.5.12 Os cursos d’água que originalmente escoem para ou sobre a pista devem ser desviados e canalizados. Nos casos em que não for possível executar o desvio dos cursos d’água ou em que a abertura da pista interferir com mananciais, devem ser executadas as obras que se fizerem necessárias para evitar o arraste de material, a erosão da pista ou a destruição do manancial. 6.5.13 Quando a faixa atravessar áreas ocupadas por vegetações arbóreas onde for autorizada a supressão vegetal, devem ser tomados os seguintes cuidados:

a) o tombamento das árvores deve ser sobre a faixa; b) as árvores de grande porte devem sofrer desgalhamento prévio de modo a não

atingir a vegetação fora da faixa; c) os tocos e raízes existentes na pista devem ser removidos, de modo a permitir

o livre trânsito de equipamentos. 6.5.14 Devem ser pesquisadas, e perfeitamente identificadas no local, antes da abertura da pista, as interferências com vias, tubulações de água, esgoto e gás, cabos elétricos, telefônicos e de fibra ótica, drenos, valas de irrigação, canais e outras instalações superficiais e subterrâneas.

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6.5.15 Em caso de necessidade de remoção de rochas, raízes e outros obstáculos existentes na pista, deve ser dado preferência à utilização de marteletes pneumáticos ou hidráulicos, ou materiais expansivos. Nota: Caso seja necessário o uso de material explosivo, devem ser observadas as

disposições da norma regulamentadora no 19 (NR-19) e das normas de segurança do Ministério do Exército. Em faixa de domínio com dutos existentes, a utilização de material explosivo fica condicionada a apresentação prévia de estudos que comprovem que as tensões induzidas nos dutos existentes pelas detonações, estejam dentro dos valores admissíveis para os dutos.

6.5.16 Todas as providências devem ser tomadas de modo a minimizar as interferências e os possíveis prejuízos decorrentes da execução dos serviços, às atividades desenvolvidas por terceiros, tais como:

a) previamente ao início da execução dos serviços, deve ser feita uma comunicação formal ao proprietário e concessionárias ou comunidades impactadas;

b) nenhuma remoção de instalações de terceiros pode ser feita sem a autorização dos proprietários;

c) em caso de cerca existente que necessite ser removida, deve ser construída uma cerca provisória, que deve ser mantida fechada sempre que a passagem não estiver sendo utilizada, até a sua reconstrução definitiva;

d) devem ser executados todos os serviços complementares considerados necessários à segurança, à proteção pessoal e às atividades econômicas desenvolvidas na área atravessada, como, por exemplo: - cercas de proteção em taludes, principalmente em áreas de criação de

animais; - sinalização de alerta para movimentação de equipamentos.

6.5.17 Os blocos de rocha que se apresentam em posição perigosa nas laterais da pista devem ser removidos ou estabilizados. 6.5.18 As testemunhas e demais sinalizações provisórias removidas durante a abertura da pista devem ser recompostas e mantidas durante toda a obra. 6.6 Abertura e Preparação da Vala 6.6.1 Recomenda-se que a abertura e preparação da vala seja realizada somente após a preparação da coluna para abaixamento, exceto no caso mencionado no item 6.7.11 e em áreas que apresentem interferências subterrâneas que possam influenciar o projeto da coluna a ser abaixada. [Prática Recomendada] 6.6.2 Em áreas habitadas ou nas suas proximidades, as valas devem ser abertas somente após a preparação da coluna para abaixamento e devem ser cercadas e sinalizadas. 6.6.3 Na execução dos serviços de abertura da vala devem ser consideradas as seguintes informações fornecidas pelo projeto:

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a) posição do eixo da vala, em relação à linha de centro da faixa de domínio

conforme projeto executivo; b) dimensões da seção da vala conforme projeto executivo; c) raios de curvatura permitidos, para cada diâmetro e espessura da linha,

conforme item 6.8.5; d) interferência com instalações existentes; e) raios mínimos de curvatura para dutos para produtos aquecidos conforme

projeto básico; f) nos casos em que a relação diâmetro nominal/espessura da tubulação for

superior a 50, deve ser prevista na determinação da profundidade da vala, a instalação de uma camada com espessura de 20 cm, composta de material isento de pedras e raízes, imediatamente abaixo da geratriz inferior do tubo.

6.6.4 Devem ser estaqueados, a cada 2 m, os locais com curvas horizontais executadas mecanicamente. 6.6.5 A locação do eixo e do fundo da vala devem ser realizados por levantamento planialtimétrico, verificando o atendimento ao projeto executivo. 6.6.6 Nos pontos onde o tubo deve ser curvado, a vala deve ser pelo menos 30 cm mais larga (curvas horizontais) ou mais profunda (curvas verticais) do que as dimensões originais, a fim de permitir a acomodação do duto. 6.6.7 Devem ser removidas todas as irregularidades existentes no fundo e laterais da vala, de forma a garantir o apoio contínuo do duto. Nota: Em caso de abertura de vala em terreno rochoso, as pontas de rocha ou

matacões devem ser cortadas, no mínimo, 20 cm abaixo da geratriz inferior da tubulação, depois de instalada no fundo da vala ou ser aplicado revestimento nas paredes e fundo da vala de forma a garantir a regularidade da seção da vala e integridade do duto.

6.6.8 Na abertura da vala, devem ser observadas as seguintes recomendações:

a) a técnica de desmonte a ser adotada para valas em rocha sã ou fraturada deve garantir a geometria fixada no projeto e atender ao item 6.5.15;

b) as ocorrências de surgências, infiltrações e percolações, devem ser investigadas e cadastradas, prevendo meios adequados, tais como: colchão de areia e dreno cego, que preservem o curso d’água, sem causar influências negativas para o duto;

c) em áreas urbanas ou junto a faixas de rodovias, além das cercas previstas no item 6.6.2, deve-se dispor de sinalização luminosa para uso noturno; para dar acesso a habitações e garagens, devem ser providenciadas a instalação e manutenção de passadiços seguros, feitos com chapa de aço ou prancha de madeira, compatíveis com a carga prevista, providos de parapeito transversal à escavação;

d) em áreas rurais, onde houver a possibilidade de cruzamento de animais sobre a faixa de domínio, devem ser previstas passagens provisórias sobre a vala;

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e) nos cruzamentos com cabos de fibras óticas, telefônicos ou elétricos,

tubulações e outras instalações enterradas deve ser feita escavação manual para localização da interferência, a fim de evitar rupturas e danos;

f) em rampas íngremes deve ser evitado que o material proveniente da escavação role rampa abaixo; caso haja risco de desmoronamento e danos a propriedades vizinhas, a vala deve permanecer aberta somente o tempo estritamente necessário à instalação do duto.

6.6.9 A abertura da vala deve atender às autorizações emitidas pelo órgão responsável ou proprietário, tais como: sinalização, tapumes, remanejamento, passagens provisórias, escoramentos, proteções de estruturas e edificações adjacentes. O material proveniente das escavações deve ser disposto de modo a não causar obstruções a terceiros. 6.6.10 Nas transições entre diferentes profundidades de vala, recomenda-se que a concordância do fundo da vala seja compatível com o curvamento natural do tubo utilizado. [Prática Recomendada] 6.6.11 Devem ser evitados trabalhos que exijam presença do homem dentro da vala. Caso isto seja impossível, critérios adicionais de segurança devem ser implementados, de acordo com a norma regulamentadora no 18 (NR-18) e a norma ABNT NBR 9061. 6.6.12 No local onde é executada a interligação de tramos ou trechos de duto (“tie-in”) no interior da vala, a vala deve ser alargada em, no mínimo, 1,00 m para cada lado e aprofundada em mais 0,60 m além da sua cota de fundo projetada, em um comprimento de 1,20 m. Este acréscimo de escavação localizado da vala (“cachimbo”) permite que a equipe de acoplamento e soldagem proceda à interligação com segurança, devendo ser prevista a condição de estabilidade do solo das paredes da vala, em conformidade com a norma regulamentadora no 18 (NR-18) e a norma ABNT NBR 9061. Nota: Recomenda-se o uso de blindagem metálica para atendimento do escoramento

necessário na execução dos trabalhos dos itens 6.6.11 e 6.6.12, incluindo travamento para o tubo, no local onde houver pessoas trabalhando dentro da vala. [Prática Recomendada]

6.7 Transporte, Distribuição e Manuseio de Tubos e Outros Materiais 6.7.1 As operações de transporte dos materiais, especialmente tubos, devem ser realizadas de acordo com as disposições das autoridades responsáveis pelo trânsito na região atravessada. As ruas, rodovias federais, estaduais e municipais, ou estradas particulares não devem ser obstruídas durante o transporte e este deve ser feito de forma a não constituir perigo para o trânsito normal de veículos. 6.7.2 No transporte de tubos, as cargas devem ser dispostas de modo a permitir amarração firme, evitando deslizamento ou queda da carga, sem danificar o tubo ou seu revestimento. 6.7.2.1 Antes de desamarrar a pilha para descarga, deve ser feita uma inspeção visual, a fim de verificar se os tubos estão convenientemente apoiados, sem risco de rolamento.

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6.7.2.2 Proteções adicionais devem ser instaladas a fim de proteger os ocupantes da cabine do veículo transportador dos tubos, em casos de movimentação inesperada da carga. 6.7.3 Devem ser mantidos nos locais de armazenamento e nos de distribuição de tubos ao longo da faixa, pessoal e equipamentos adequados ao manuseio dos tubos, conforme norma PETROBRAS N-1965, bem como devem ser tomados cuidados quanto à manutenção, segurança e limpeza permanente da área. 6.7.4 Os tubos devem ser distribuídos ao longo da faixa, de maneira a não interferir no uso normal dos terrenos atravessados. 6.7.5 Os tubos devem ser distribuídos, após a aprovação da planilha de distribuição baseada no projeto executivo conforme item 6.3.4. 6.7.6 A estocagem ao longo da faixa e a movimentação de tubos revestidos ou isolados deve atender ao disposto nas seguintes normas:

a) para tubos não revestidos ou revestidos: norma PETROBRAS N-2719; b) para tubos isolados com poliuretano: norma PETROBRAS N-556; c) para tubos concretados: norma PETROBRAS N-2432.

6.7.7 Para o manuseio dos tubos durante carregamento ou descarregamento, devem ser utilizados os procedimentos do item 6.2.1.2. Nota: Atenção especial deve ser dada à movimentação, posicionamento e levantamento

de tubos depois de curvados, devido à possibilidade de movimentos inesperados provocados pela mudança em seu centro de gravidade.

6.7.8 Com a finalidade de guiar os tubos durante sua movimentação, cordas devem ser fixadas nas suas extremidades possibilitando a sua condução, de modo a evitar golpes inesperados e movimentos bruscos. 6.7.9 Para o descarregamento de feixes de tubos não revestidos devem ser utilizadas cintas de náilon. Tais cintas devem ajustar-se ao feixe, de modo a impedir movimentos relativos entre os tubos. 6.7.10 Os equipamentos utilizados na distribuição dos tubos devem ter as suas lanças protegidas com borracha, feltro ou material similar. 6.7.11 Nos trechos em que for necessário o emprego de explosivos, a distribuição de tubos deve ser executada após a escavação. 6.7.12 Em rampas íngremes, deve ser executada uma ancoragem provisória dos tubos distribuídos na pista para evitar o seu deslizamento ou rolamento.

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6.7.13 Quando distribuídos, os tubos devem ser apoiados com cuidado, de forma a impedir a ocorrência de danos no bisel e no revestimento anticorrosivo. Os tubos devem ser apoiados sobre sacos com material selecionado isento de pedras e raízes e ficar, no mínimo, a 30 cm do solo. 6.7.14 Nos dutos com extensão superior a 3 km, deve ser prevista a colocação de niples marcadores, espaçados no máximo, a cada 2 km para facilitar a localização de defeitos detectados pelo “pig” instrumentado. Estes niples devem ser fabricados com segmentos de tubos com a mesma especificação dos tubos adjacentes e com comprimento máximo de 4 m. Todos os niples devem ter sua localização definida em sistema de coordenadas com a mesma origem e precisão utilizadas nos desenhos “conforme-construído”, sendo sinalizados na faixa de dutos utilizando os marcos definidos na norma PETROBRAS N-2200. 6.8 Curvamento 6.8.1 O curvamento de tubos deve atender ao disposto nas seguintes normas:

a) para oleodutos: norma ASME B 31.4; b) para gasodutos: normas ASME B 31.8 e ABNT NBR 12712.

6.8.2 Deve ser verificada a adequação dos equipamentos de curvamento ao tubo a ser curvado. 6.8.3 Para adequação ao projeto de terraplenagem e abertura da vala, no que se refere aos raios horizontais e verticais, o raio mínimo de curvatura do tubo deve ser previamente verificado, através de um teste de qualificação, utilizando-se os tubos a serem aplicados, preservando-se o disposto no item 6.8.1. 6.8.3.1 O teste de qualificação deve ser realizado distribuindo ao longo de um tubo revestido, golpes com valores progressivos de ângulo, até a ocorrência de enrugamento externamente visível ou danos observáveis no revestimento anticorrosivo. 6.8.3.2 Posteriormente, o tubo testado deve ser examinado internamente, nas regiões mais tracionadas e comprimidas, determinando o limite angular aceitável por golpe, sem danos ao revestimento, de maneira a atender aos critérios de enrugamento, ovalizacão e espessura de parede apresentados nesta Norma e nas normas ASME B 31.4 ou B 31.8. 6.8.3.3 Todos os parâmetros envolvidos nesse teste devem ser registrados em relatório específico para incorporação na documentação “conforme-construído”, de acordo com o Capítulo 11 desta Norma. 6.8.4 O método de curvamento deve ser previamente aprovado e satisfazer às seguintes condições mínimas de inspeção:

a) a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos em qualquer seção do tubo, após o curvamento, não pode exceder 2,5 % do seu diâmetro externo especificado na norma dimensional de fabricação;

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b) não são permitidos enrugamento e danos mecânicos no tubo e no

revestimento; c) todos os tubos curvados devem ser inspecionados por passagem de gabarito

interno para verificar se a ovalização está dentro do prescrito no item 6.8.4 alínea a); para a determinação do diâmetro da placa do gabarito deve ser utilizada a seguinte fórmula:

Dp = 0,98 DE - 2e (1 + K)

Onde:

Dp = diâmetro externo da placa (polegada); DE = diâmetro externo do tubo (polegada); e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que for maior

(polegada); K = tolerância da espessura, conforme TABELA 1.

d) deve ser feita inspeção visual em toda a superfície do tubo para verificar possíveis danos nos biséis, corpo e no revestimento anticorrosivo;

e) a curvatura deve ser distribuída, o mais uniformemente possível, ao longo do comprimento do tubo;

f) em cada extremidade do tubo a ser curvado deve ser deixado um comprimento reto mínimo determinado na qualificação;

g) nos tubos com costura, não é permitida a coincidência da solda longitudinal com a geratriz mais tracionada ou mais comprimida, devendo o curvamento ser executado de forma que a solda longitudinal seja localizada o mais próximo possível do eixo neutro do tubo curvado, com uma tolerância de ± 30°;

h) nos curvamentos de tramos que contenham uma solda circunferencial, deve ser deixado um comprimento reto mínimo de 1 m para cada lado da solda circunferencial;

i) o curvamento de tubos com costura deve ser realizado de modo a evitar, durante a soldagem, a coincidência das soldas longitudinais;

j) antes do curvamento, a geratriz que vai ser mais comprimida deve ser marcada à tinta;

k) devem ser marcadas à tinta as seções do tubo a serem golpeadas durante o curvamento;

l) o tubo já curvado não pode ter aumentado o seu raio de curvatura; m) o tubo curvado deve ter a posição de sua geratriz superior marcada junto às

extremidades; n) no caso de oleodutos utilizando tubos com costura longitudinal, deve ser

evitada a localização da costura na geratriz inferior quando da sua montagem.

TABELA 1 - TOLERÂNCIA DA ESPESSURA DE PAREDE - K

Grau do Aço (API 5L) Diâmetro Nominal do Duto

Processo de Fabricação B X42 a X70

< 2” com ou sem costura 0,20 0,15 2” a 18” com ou sem costura 0,15 0,15 ≥ 20” com costura 0,18 0,20 ≥ 20” sem costura 0,15 0,18

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6.8.5 O curvamento natural não deve ultrapassar o limite elástico do material, sendo o raio mínimo calculado pela seguinte fórmula:

)E)e2(DP7,0Sy9,0(

2DE

Rc

c

θ∆⋅α⋅−⋅⋅⋅

−⋅

⋅=

Onde:

R = raio mínimo de curvatura para curvamento natural, em cm; Ec = módulo de elasticidade do aço, em MPa; Sy = tensão mínima de escoamento especificada, em MPa; D = diâmetro externo do tubo, em cm; e = espessura nominal da parede do tubo, em cm; P = pressão, em MPa; α = coeficiente de dilatação térmica linear do aço, em ºC-1; ∆θ = diferença entre a temperatura de operação do duto e a temperatura

estimada de montagem do duto, em ºC. Notas: 1) Ec = 2,00 x 105 MPa para aço-carbono à temperatura ambiente de 21 ºC.

2) P é a pressão mínima de teste hidrostático para duto transportando produto à temperatura ambiente. P é a pressão de projeto para duto transportando produto quente.

3) ∆θ = 0 para duto transportando produto à temperatura ambiente. 6.8.6 O curvamento a quente só pode ser empregado quando seu método de execução previr aquecimento uniforme por indução elétrica de alta-freqüência e resfriamento controlado. O raio da curva obtido deve atender a limitação definida pelo projeto básico, quanto ao raio mínimo para a passagem de “pig” instrumentado. 6.8.7 Os tubos curvados devem ser marcados com pintura externa com as seguintes informações:

a) ângulo/raio da curva; b) posição da geratriz superior (na montagem); c) local de aplicação; d) sentido de montagem.

6.9 Revestimento Externo com Concreto 6.9.1 O revestimento externo dos tubos e juntas de campo com concreto, deve ser executado de acordo com a norma PETROBRAS N-2432, atendendo às condições estabelecidas no projeto. 6.9.2 Nas travessias, cruzamentos e onde indicado no projeto, as juntas de campo de tubos revestidos externamente com concreto, devem ser igualmente concretadas com as mesmas características construtivas utilizadas nos tubos.

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6.9.3 Devem ser minimizados os resíduos e respingos de concreto originados durante o processo de concretagem de tubos e juntas, evitando ao máximo que caiam diretamente sobre o solo. Todos os resíduos e respingos devem ser removidos para local adequado, conforme previsto no item 10.7. 6.10 Soldagem 6.10.1 A soldagem deve ser executada de acordo com as normas PETROBRAS N-133, e ASME B 31.4 ou ASME B 31.8. 6.10.2 A qualificação dos procedimentos de soldagem deve ser feita de acordo com a norma API STD 1104. Adicionalmente nestas qualificações, a inspeção por ensaios não-destrutivos das juntas soldadas deve também ser realizada por radiografia de acordo com a norma PETROBRAS N-1595 e ultra-som de acordo com a norma PETROBRAS N-1594. 6.10.2.1 Para complementos, como alternativa, pode ser usada a norma ASME Section IX. [Prática Recomendada] 6.10.2.2 Para a soldagem de “tie-ins” deve ser qualificado um procedimento específico, de acordo com a norma API STD 1104, prevendo obrigatoriamente a execução do passe de raiz pelo processo “TIG”. 6.10.3 A preparação e detalhamento de chanfros e ajustagem das peças devem ser verificados por meio de gabaritos apropriados e aferidos conforme as normas ASME B 31.8 ou ASME B 31.4. 6.10.4 Quando necessária, a remoção de uma solda circunferencial deve ser feita através de um anel cujo corte esteja, no mínimo, a 50 mm de distância do eixo da solda. 6.10.5 Todas as extremidades biseladas para soldagem devem ser esmerilhadas e as bordas dos tubos devem ser escovadas em uma faixa de 50 mm em cada lado da região do bisel, externa e internamente, ao tubo. Se houver umidade, a junta deve ser seca por uso de maçarico, com chama não concentrada (chuveiro). 6.10.6 Antes do acoplamento dos tubos, deve ser feita inspeção e limpeza interna, para verificação de presença de detritos ou impurezas, que possam prejudicar a soldagem ou passagem dos “pigs” de limpeza e detecção de amassamento. Deve-se na oportunidade identificar, nas extremidades, a posição da solda longitudinal. Notas: 1) No caso de tubos com costura longitudinal, a localização da costura deve estar

situada fora da faixa compreendida entre ± 10º em relação à geratriz inferior, quando da sua montagem.

2) Os tubos devem ser acoplados de tal maneira que não haja coincidência de soldas longitudinais de 2 tubos consecutivos, havendo defasagem mínima de um para outro de 1/4 do perímetro dos tubos ou 50 mm, o que for menor.

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6.10.7 Antes do acoplamento dos tubos, suas extremidades não revestidas devem ser inspecionadas interna e externamente, verificando-se descontinuidades, como:

a) defeitos de laminação; b) mossas; c) amassamentos; d) entalhes; e) outras descontinuidades superficiais.

6.10.8 Não são permitidos amassamentos e entalhes no bisel com mais de 2 mm de profundidade; caso ocorram, tais defeitos devem ser removidos por métodos mecânicos de desbaste ou pela retirada de um anel. O mesmo critério aplica-se para válvulas e conexões. 6.10.9 Todos os biséis de campo dos tubos devem ser feitos de acordo com os critérios de acabamento previstos na norma API Spec 5L. 6.10.10 Devem ser utilizados, preferencialmente, acopladores de alinhamento interno. 6.10.11 Os acopladores de alinhamento interno não devem ser removidos antes da conclusão do primeiro passe. 6.10.12 Quando for usado acoplador de alinhamento externo, o comprimento do primeiro passe de solda deve ser simetricamente distribuído em pelo menos 50 % da circunferência antes de sua remoção. Nota: No acoplamento de tubos para soldagem de “tie-ins” não devem ser geradas

tensões residuais que possam comprometer a integridade do duto durante a sua vida útil. Para tanto, devem ser atendidas as seguintes orientações:

a) nas extremidades das colunas a serem soldadas, devem estar descobertos, no

mínimo, 2 tubos de cada lado; b) o duto não deve estar pré-tensionado, ou seja, permanecer alinhado sem a

aplicação de esforço externo. 6.10.13 O tubo não deve ser movimentado antes da conclusão do primeiro passe. Caso já tenha sido realizado o lixamento do primeiro passe, deve-se concluir a execução do segundo passe para permitir sua movimentação. No caso de tubos concretados ou colunas que possam ser submetidas à tensão durante a soldagem, a movimentação só deve ser feita após a conclusão do segundo passe. 6.10.14 No acoplamento de tubos de mesma espessura nominal, o desalinhamento máximo permitido é de 20 % da espessura nominal, limitando-se a 1,6 mm. Para tubos de espessuras diferentes devem ser usados os padrões das normas ASME B 31.4 ou ASME B 31.8, sendo recomendado o uso de niple de transição. Nota: Caso seja utilizado transição de paredes com chanfro interno, recomenda-se

substituir o ensaio de ultra-som por radiografia. [Prática Recomendada]

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6.10.15 O preaquecimento, quando aplicável, deve-se estender por pelo menos 100 mm de ambos os lados do eixo da solda. 6.10.16 A temperatura de preaquecimento, estipulada no procedimento de soldagem qualificado, deve ser mantida durante toda a soldagem e em toda a extensão da junta e verificada de acordo com os critérios da norma PETROBRAS N-133. 6.10.17 No preaquecimento de tubos não é permitido o uso de maçarico com chama concentrada. 6.10.18 O intervalo de tempo entre os passes de solda, deve atender ao especificado no procedimento de soldagem qualificado, conforme norma API STD 1104. 6.10.19 Na montagem devem ser observados os seguintes cuidados adicionais:

a) manter fechadas, através de tampões, as extremidades dos trechos soldados, a fim de evitar a entrada de animais, água, lama e objetos estranhos; não é permitida a utilização de pontos de solda para fixação destes tampões;

b) recolher as sobras de tubos e restos de consumíveis de soldagem, bem como de quaisquer outros materiais utilizados na operação de soldagem, os quais devem ser transportados para o canteiro da obra;

c) reaproveitar sobras de tubos, desde que estejam em bom estado, identificados e rastreados;

d) iniciar os passes de solda em locais defasados em relação aos anteriores e o início de um passe deve sobrepor o final do passe anterior;

e) não permitir o puncionamento das soldas para sua identificação; f) não permitir reparo em áreas de solda anteriormente reparadas; g) não permitir o reparo de raiz e enchimento em solda de “tie-in”.

6.10.20 As lixadeiras utilizadas na limpeza de biséis e passes de solda devem ser utilizadas com os seus protetores e hastes de manipulação montados, em conformidade com as especificações de seus fabricantes. 6.10.21 Cuidados adequados devem ser tomados na prevenção de incêndios e queimaduras, que podem ser originados pelos maçaricos utilizados no corte ou pré-aquecimento, assim como pelos equipamentos elétricos utilizados no processo de soldagem. 6.10.22 Todos os trabalhadores que atuem nas imediações da área onde está sendo realizada uma soldagem, devem portar dentre outros EPIs, óculos de segurança com lente escurecida, com o propósito de prevenir queimaduras nos olhos. 6.11 Inspeção por Ensaios Não-Destrutivos (END) 6.11.1 Os critérios de aceitação de descontinuidades de soldagem e reparo de dutos e seus complementos, quando da inspeção das soldas por ensaios não-destrutivos, devem seguir os requisitos da norma API STD 1104.

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6.11.2 Quando for iniciada a soldagem de um duto ou quando houver mudança no procedimento de soldagem, devem ser inspecionadas, por radiografia e ultra-som, as 50 primeiras juntas em toda a circunferência, para avaliação do processo de soldagem. 6.11.3 Completada a soldagem do trecho inicial, a soldagem só deve ser reiniciada após a avaliação dos resultados dos ensaios não-destrutivos citados no item 6.11.2. 6.11.4 Se o índice de juntas reprovadas for inferior ou igual a 5 % das juntas soldadas, a partir do trecho ensaiado devem ser usados os critérios previstos no item 6.11.6. 6.11.5 Se o índice de juntas reprovadas for superior a 5 %, um trecho seguinte de igual número de juntas conforme item 6.11.2 deve ser inspecionado pelos mesmos métodos, em toda a circunferência. Caso, no segundo trecho, a rejeição continue superior a 5 % a soldagem só deve ser reiniciada após a análise da causa da rejeição, englobando: soldadores, material, consumíveis, máquina de solda, condições ambientais e outros. Após ação corretiva no processo deve ser inspecionado um novo trecho de igual número de juntas ao inicial e assim sucessivamente. 6.11.6 Para oleodutos e gasodutos, a extensão dos ensaios não-destrutivos a serem aplicados é a seguinte:

a) inspeção visual: - 100 % das juntas, em toda a circunferência conforme norma PETROBRAS

N-1597; b) inspeção por ensaio radiográfico conforme norma PETROBRAS N-1595 ou

ultra-som conforme norma PETROBRAS N-1594: - 100 % das juntas, em toda a circunferência.

Nota: Por medida de segurança, recomenda-se minimizar a inspeção por ensaio

radiográfico restringindo a sua utilização à qualificação do procedimento de soldagem, a inspeção das 50 primeiras juntas para avaliação do processo de soldagem e em casos de eventual necessidade de complementação de laudos emitidos na inspeção por ultra-som. Na inspeção de juntas de “tie-in”, recomenda-se a utilização de ensaio por ultra-som. [Prática Recomendada]

6.11.7 O ensaio por ultra-som das soldas circunferenciais deve ser realizado por equipamento que atenda aos requisitos da norma ASTM E 1961 ou outro computadorizado e mecanizado que seja capaz de fornecer ensaios reprodutíveis e registros permanentes de 100 % do volume da solda em toda a circunferência. 6.11.8 Durante a execução dos serviços de construção do duto, deve ser realizado um acompanhamento do “Índice de Juntas Reprovadas” calculado para cada quilômetro do duto soldado, conforme abaixo:

%100Quilômetro no END por dasInspeciona Juntas de Total

Quilômetro no END por Reprovadas Juntas de TotalReprovadasJuntasdeÍndice ×=

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Nota: Quando o índice de juntas reprovadas for superior a 10 % aplica-se o disposto no

item 6.11.5. 6.11.9 Quando for adotado o processo de gamagrafia, devem estar previstas no procedimento executivo atividades prévias de informação a comunidade, isolamento e controle de radiação. 6.11.10 Devem ser definidas área e forma adequada para a guarda da fonte radioativa, sem prejuízo para a comunidade circundante a esta área, em conformidade com a legislação específica. 6.12 Revestimento Externo Anticorrosivo 6.12.1 O revestimento externo de juntas de campo, componentes de tubulação e a execução de reparos no revestimento de tubos, devem atender ao disposto nas especificações do projeto e nas seguintes normas:

a) para tubos revestidos: norma PETROBRAS N-2328; b) para tubos com isolamento térmico em poliuretano: norma

PETROBRAS N-556. 6.12.2 Nos trechos aéreos deve ser executada pintura externa de acordo com a norma PETROBRAS N-442, atendendo às condições ambientais estabelecidas no projeto. 6.13 Abaixamento e Cobertura 6.13.1 O abaixamento dos tubos na vala deve ser realizado imediatamente após o exame das condições dos tubos, do revestimento e da vala. O exame visa principalmente:

a) localizar defeitos ou danos nos tubos e no revestimento; b) verificar a existência de tampões nas extremidades dos trechos a serem

abaixados; caso negativo, deve ser feita uma inspeção visual, proceder a uma limpeza interna, quando necessário, e colocar os tampões;

c) verificar se as condições do fundo da vala e das suas paredes laterais atendem aos critérios descritos no item 6.6.

6.13.2 O abaixamento dos tubos não revestidos externamente com concreto deve ser precedido do esgotamento da água existente na vala. Quando não for possível o esgotamento e, conseqüentemente, a verificação das condições da vala, deve-se revestir externamente a tubulação com concreto, de acordo com a norma PETROBRAS N-2432, com a espessura necessária para garantir o assentamento e a permanência da tubulação no fundo da vala. 6.13.3 Quando a vala for aberta em terrenos com ocorrência de rochas, que podem causar danos ao revestimento externo ou ao isolamento térmico dos tubos, o abaixamento deve ser precedido da utilização de meios adequados de proteção, podendo ser utilizados, inclusive combinados, os métodos a seguir:

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a) revestimento do fundo da vala com uma camada de solo, isento de pedras e

outros materiais que possam danificar o revestimento ou o isolamento térmico do tubo, na espessura mínima de 20 cm;

b) uso de apoios de sacos de areia ou de solo selecionado, espaçados a cada 3 m, no máximo, de forma a evitar qualquer contato dos tubos com o fundo da vala; este método somente pode ser aplicado nos casos em que a relação diâmetro nominal/espessura da tubulação for inferior a 50;

c) envolvimento dos tubos com jaqueta de concreto de proteção mecânica; d) outros métodos desde que seja assegurada a integridade do revestimento

anticorrosivo e do próprio tubo, ao longo de sua vida útil estimada no projeto. 6.13.4 Nos casos de solos não rochosos e em que a relação diâmetro nominal/espessura da tubulação for superior a 50, deve ser assegurada uma camada com espessura de 20 cm, composta de material isento de pedras e raízes, imediatamente abaixo da geratriz inferior do tubo. 6.13.5 O abaixamento deve ser feito por método que garanta a perfeita acomodação do duto no fundo da vala, evitando deslocamentos, deslizamentos, tensões e oscilações, deformações e danos ao revestimento, conforme os limites estabelecidos no procedimento executivo. Nota: Recomenda-se que sejam instaladas estacas de madeira na lateral oposta da

vala, com indicação dos números das juntas, visando posicionar a coluna dentro da vala conforme previsto no projeto executivo da seção. [Prática Recomendada]

6.13.6 O espaçamento entre os pontos de sustentação dos tubos a serem abaixados, deve ser de forma a garantir a não-ocorrência de tensões, que possam ultrapassar o limite elástico do material. O número mínimo de pontos de sustentação durante o abaixamento deve ser determinado pela executante, através da apresentação de uma memória de cálculo e validado através de ensaio no campo. 6.13.7 Para o abaixamento de trechos revestidos com isolante térmico deve ser observado o seguinte:

a) não devem ser utilizados pontos de sustentação deslizantes ou rolantes; b) as faixas de sustentação devem ter largura suficiente de modo a não provocar

o esmagamento do isolamento térmico. 6.13.8 Antes de se iniciar a cobertura de qualquer trecho do duto, devem ser reparados todos os danos porventura causados ao tubo e revestimento durante a operação de abaixamento. 6.13.9 Em locais onde houver a ocorrência de percolação, surgência e interceptação de veios d’água, em rampas de inclinação superior a 5 %, o abaixamento deve ser seguido pela construção de um sistema de drenagem de fundo de vala, conforme projeto, buscando a manutenção do curso d’ água, sem influências negativas para a coluna abaixada.

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6.13.10 Em trechos onde houver o paralelismo com outros dutos protegidos catodicamente, a cobertura deve ser precedida da interligação elétrica entre os dutos, de forma a se obter o equilíbrio do sistema e a proteção do novo duto. 6.13.11 A cobertura, cota de enterramento do duto medida a partir da superfície natural do terreno ou pavimento local até a geratriz superior da tubulação, deve atender aos seguintes valores mínimos:

a) áreas em uso para cultura mecanizada, ou com possibilidade futura, áreas urbanas, industriais ou com possibilidade de ocupação: 1,50 m;

b) cruzamentos e travessias, conforme norma PETROBRAS N-2177; c) áreas escavadas em rocha consolidada, com utilização de explosivo ou

martelete pneumático: 0,60 m; d) demais áreas: 1,00 m.

Nota: Em caso de matacões ou rochas localizadas, devem ser utilizado o critério das

alíneas a), b) ou d), que melhor defina as condições locais. 6.13.12 Imediatamente após o abaixamento da coluna deve ser realizado o georeferenciamento das juntas soldadas e a medição do valor da cobertura. Nota: O georeferenciamento deve utilizar coordenadas UTM com DATUM definido pelo

projeto básico. 6.13.13 A cobertura da vala deve ser realizada na mesma jornada de trabalho em que for realizado o abaixamento. A primeira camada da cobertura, até uma altura de 30 cm acima da geratriz superior da tubulação, deve ser constituída de solo isento de torrões, pedras soltas e material orgânico e outros materiais que possam causar danos ao revestimento. O restante deve ser completado com material da vala, podendo conter pedras de até 15 cm na sua maior dimensão. 6.13.14 Não é permitido o rebaixamento do nível de terreno original da faixa para obtenção de material para a cobertura. 6.13.15 A atividade de cobertura deve ser executada de forma a garantir a segurança e a estabilidade do duto enterrado e a manutenção futura da instalação. Em conseqüência, as seguintes recomendações gerais devem ser observadas:

a) em princípio, todo o material retirado durante a escavação da vala que atender ao item 6.13.13, deve ser recolocado na vala, na atividade de cobertura, cuidando-se para que a camada externa do solo e da vegetação retorne a sua locação original;

b) deve ser providenciada uma sobrecobertura ao longo da vala (leira principal), a fim de compensar possíveis acomodações do material, exceto nos casos previstos pela alínea c) deste item;

c) a sobrecobertura não deve ser executada nos seguintes casos: - passagem através de regiões cultivadas e/ou irrigadas nas quais a pista,

depois de restaurada, deve ficar no nível anterior, de forma a não causar embaraços ao cultivo e à irrigação;

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- trechos em que a existência de uma sobrecobertura ao longo da vala possa

obstruir a drenagem da pista; - cruzamentos e, ao longo de ruas, estradas, acostamentos, pátios de

ferrovias, trilhos, caminhos e passagens de qualquer natureza; d) sempre que a sobrecobertura não puder ser realizada, deve ser providenciada

a compactação com controle tecnológico do material de cobertura, em camadas de espessura máxima de 15 cm de modo que o solo após a compactação atinja, no mínimo, as características do solo original do local da vala;

e) nos trechos em rampa, devem ser adotados métodos de drenagem superficial e proteção de pista e vala, para evitar deslizamentos ou erosão do material de cobertura.

6.13.16 Em regiões urbanas ou industriais, deve ser instalada tela de segurança com fita de aviso, conforme FIGURAS B-1 e B-2 do ANEXO B, sobre a placa de concreto de proteção mecânica do duto. 6.14 Travessias e Cruzamentos 6.14.1 Na construção e montagem de dutos terrestres está incluída a execução de travessias de cursos d’água, canais, áreas alagadas e reservatórios, bem como cruzamentos sob rodovias, ruas e ferrovias, devendo ser observadas as indicações da norma PETROBRAS N-2177. 6.14.2 Os projetos executivos de travessias devem atender as seguintes recomendações:

a) priorizar a solução por furo direcional para travessias acima de 100 m de largura, entre margens definidas, aliando os aspectos de segurança construtiva e operacional dos dutos, com a garantia de minimizar os impactos negativos ao meio ambiente;

b) atender ao disposto nesta Norma às limitações e restrições do órgão responsável pela operação e/ou regulamentação do meio atravessado, o qual deve aprovar o referido projeto antes da sua construção;

c) realizar todos os estudos geológicos, hidrológicos e de perfil de erosão e outros considerados necessários para um projeto executivo de travessia;

d) nas travessias executadas em leitos rochosos projetar o cavalote após a definição final do perfil de fundo de vala;

e) determinar as margens definidas dos cursos d’água, considerando dados históricos e estimativas pluviométricas para a vida útil do projeto, além dos perfis projetados (calhas) pelas concessionárias.

6.14.3 Levantamentos batimétricos devem ser realizados em toda seção das travessias, cuja largura seja superior a 50 m e a solução não seja por furo direcional ou que tenham sido objeto de projeto específico, após o seu lançamento e antes da sua interligação com as demais seções, com a finalidade de comparar o perfil projetado com o construído. Estas informações devem constar também nos desenhos “conforme construído” em detalhe específico, inclusive nos registros eletrônicos dos dados e interpretação oriunda do levantamento de campo.

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6.14.3.1 Os levantamentos de campo devem ser realizados através dos seguintes métodos:

a) sondagem por georadar; b) indução de corrente elétrica no duto com a técnica de PCM (“Pipeline

Current Mapper”) em conjunto com ecobatímetro digital; c) levantamento sísmico utilizando perfilador de subfundo.

6.14.3.2 Todos os métodos descritos no item 6.14.3.1 devem:

a) ter saída digital dos levantamentos de campo e armazenagem eletrônica; b) mostrar o perfil do terreno de fundo e o posicionamento do duto, com o

conseqüente enterramento da seção; c) ter ligação com o DGPS (“Differential Global Positioning System”) operando

em tempo real; d) apresentar resultado da localização com precisão superior a 10 cm no plano

horizontal e 10 % da profundidade no plano vertical; e) considerar o afastamento máximo de 5 m entre pontos de verificação na

seção. 6.14.4 Nos casos de travessias enterradas, devem ser observadas as seguintes condições gerais:

a) após a locação do eixo da travessia devem ser executados os levantamentos topográficos e batimétrico da seção da travessia ao longo do eixo, antes e após a abertura da vala, quando for o caso, para a confirmação das condições previstas no projeto executivo da travessia;

b) exceto quando previsto de outra forma pelo projeto executivo, o lançamento deve ser feito puxando o duto ao longo do eixo previamente locado, diretamente sobre o leito ou flutuando;

c) o duto deve ser lançado horizontalmente (com curvamento natural), sendo permitida a utilização de curvas verticais (cavalotes) apenas nos casos onde o perfil do terreno impossibilite essa solução;

d) antes e após o lançamento do duto, o trecho submerso da vala deve ser inspecionado por mergulhadores habilitados, com a finalidade de verificar a conformidade do fundo de vala com o projeto executivo, a existência de danos nos tubos e/ou revestimento originados pela atividade de lançamento do duto, bem como detectar a existência de extensões não apoiadas;

Nota: Recomenda-se que o processo de inspeção mencionado na alínea d) seja

complementado através de filmagem em vídeo. [Prática Recomendada]

e) caso seja constatada a existência de trechos submersos não apoiados, devem ser providenciados suportes de forma a limitar as tensões aos valores admissíveis previamente calculados;

f) nas travessias indicadas pelo projeto executivo, em que seja determinada a execução de teste hidrostático simplificado, o teste hidrostático simplificado deve ser realizado conforme item 6.18.8;

g) nos casos acima mencionados deve ser feita a passagem de “pig” com placa calibradora, impulsionado por ar comprimido, após o lançamento da coluna.

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6.14.5 A instalação de tubo camisa em cruzamento sob vias deve obedecer às seguintes recomendações gerais:

a) devem ser usados tubos concretados para evitar o contato direto com o tubo camisa, facilitando a introdução e a retirada da tubulação;

b) as extremidades do tubo camisa devem ser vedadas com massa asfáltica; c) deve ser assegurada a limpeza interna do tubo camisa, bem como a livre

passagem do duto pelo seu interior. 6.14.6 Durante a execução dos travessias de corpos d’água navegáveis e cruzamentos deve ser instalada a sinalização adequada, inclusive a noturna, para a segurança da navegação ou tráfego, atendendo a todas as condições e exigências do órgão responsável pela operação da via atravessada. 6.14.7 Nos cruzamentos com linhas de transmissão de energia elétrica, deve ser observado o disposto na norma PETROBRAS N-2177 e as seguintes recomendações adicionais:

a) deve ser realizado o aterramento de tubos, equipamentos ou veículos, sempre que houver proximidade com linhas de transmissão elétricas, que possam provocar interferência ou indução de tensão no duto, em equipamentos, veículos ou outras estruturas, colocando em risco a integridade física das pessoas envolvidas nos serviços;

b) o afastamento entre o duto e os cabos de aterramento existentes da linha de transmissão deve ser, no mínimo, de 3 m;

c) na existência de cabo contra-peso (aterramento) no vão do cruzamento entre as torres de sustentação dos cabos condutores, deve ser providenciado junto à operadora do sistema o seu remanejamento;

d) a utilização de explosivos nas proximidades de linhas de transmissão deve ser evitada, ficando o seu uso condicionado à aprovação e acompanhamento pela companhia operadora do sistema.

6.15 Sinalização de Faixa de Domínio de Dutos Deve atender aos critérios do projeto e à norma PETROBRAS N-2200. 6.16 Proteção e Restauração 6.16.1 Os serviços de proteção e restauração da faixa de domínio devem ser definidos em função dos seguintes princípios básicos:

a) garantia de segurança para a pista e conseqüentemente para o duto; b) garantia da segurança e da restauração das condições originais das

propriedades de terceiros e bens públicos decorrentes de possíveis conseqüências negativas, diretas ou indiretas, causadas pela implantação do duto;

c) minimização dos impactos causados ao meio ambiente, restituindo-se, na medida do possível, as condições originais das áreas envolvidas.

Nota: No caso de faixas com dutos existentes, antes do início dos serviços de

restauração deve ser recuperada a sinalização provisória, conforme item 6.4.1.

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6.16.2 Os serviços constam basicamente, além da restauração definitiva das instalações danificadas, da execução de drenagem superficial e proteção vegetal das áreas envolvidas, incluindo acessos e áreas de bota-fora, que devem ser iniciadas o mais cedo possível, seguindo-se imediatamente à operação de cobertura, de maneira no menor tempo possível estejam concluídos os trabalhos de restauração das áreas atingidas. 6.16.3 Os serviços de drenagem superficial devem ser realizados em função das características das áreas atravessadas de modo a proporcionar proteção dos eventuais taludes formados com a abertura da pista, e proteção de terrenos de terceiros em função das eventuais alterações na drenagem natural das áreas ocasionada pela implantação dos dutos. 6.16.4 A drenagem superficial da pista deve evitar o escoamento de águas pluviais sobre a vala. Caso não seja possível, deve-se adotar medidas adicionais de proteção que garantam a integridade do duto dentro da vala. Nota: Deve ser prevista a descarga lateral das águas pluviais para fora da faixa,

tomando-se as providências necessárias para evitar qualquer impacto negativo nas áreas atingidas.

6.16.5 O projeto executivo de drenagem, elaborado por profissional qualificado, deve atender às seguintes recomendações:

a) o sistema de drenagem de uma pista em encosta pode ser do tipo espinha de peixe com calhas transversais, devidamente espaçadas, com caimento da vala para as extremidades da pista, onde se interligam com as canaletas longitudinais;

b) as calhas transversais e canaletas longitudinais podem ser conformadas no próprio terreno, com revestimento vegetal ou solo-cimento ou com utilização de canaletas de concreto;

c) devem ser previstas canaletas no topo e pé dos taludes de corte e aterro; d) eventuais caixas de passagem podem ser de solo-cimento, alvenaria ou

concreto, para conexão entre 2 segmentos de canaleta ou para dissipação de energia cinética;

e) com o objetivo de estabilizar erosões causadas por cursos d’água que atravessam a pista, pode ser prevista a execução de enrocamento de pista a jusante da faixa, de modo a garantir a cobertura mínima do tubo;

f) as travessias de reservatórios, rios, canais e outros cursos d’água devem ser completamente restauradas, imediatamente depois de concluídos os trabalhos; os serviços necessários para garantir a estabilidade das margens dos cursos d’água e reservatórios atravessados devem ser executados utilizando-se materiais adequados e revestimento vegetal nativo;

g) as cercas atravessadas durante a construção, provisoriamente reconstituídas em atendimento ao disposto no item 6.5.16 alínea c), devem ser restauradas em caráter definitivo, de forma que as novas cercas apresentem condições e resistência iguais ou superiores às originais;

h) as áreas de cruzamentos com vias de acesso devem ser convenientemente recompostas, de forma definitiva, logo após a execução dos serviços.

6.16.6 A proteção vegetal da pista e encosta deve ser realizada em áreas expostas à erosão superficial ou em área onde por qualquer motivo seja necessário o restabelecimento da vegetação.

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6.16.7 As áreas a serem protegidas, assim como os métodos de semeadura, preparo do terreno, análise e correção dos solos, controle de pragas e adubações, são objetos de projeto executivo específico de proteção e restauração a serem elaborados pela executante. 6.16.8 Sem qualquer restrição à utilização de soluções regionais, recomendam-se os seguintes tipos de proteção vegetal: [Prática Recomendada]

a) semeadura manual - utilizando-se 60 % de bermuda grass (“cynodon dactylon”) ou brachiária umidícula e 40 % de jatrana ou soja perene ou calepogonio;

b) hidrossemeadura - utilizando-se 60 % de brachiária umidícula ou bermuda grass (“cynodon dactylon”) e 40 % de calepogonio ou jerina (“centrogema pubescens”) ou soja perene (“glycine javanica”).

6.16.9 Quando a pista atravessar terrenos cultivados, devem-se adotar cuidados especiais em sua restauração para assegurar que os terrenos possam ser utilizados, independentemente de qualquer outro serviço adicional por parte dos proprietários. Retirar todas as pedras, raízes, galhos e outros materiais depositados na faixa e eliminar todos os obstáculos e irregularidades do terreno resultantes dos serviços de construção, e ser reposta a cobertura de terra vegetal existente antes da abertura da pista. 6.16.10 Devem ser eliminados ou removidos todos os acessos, pontes, pontilhões e outras instalações provisórias, utilizadas nos trabalhos de construção, restaurando-se as áreas afetadas, exceto quando estabelecido de outra forma. 6.16.11 Deve ser realizada a limpeza completa da faixa e dos terrenos utilizados durante os serviços de construção, retirando-se equipamentos, ferramentas e sobras de materiais. A destinação dos materiais inservíveis deve seguir procedimentos específicos, em função da legislação ambiental vigente. 6.17 Limpeza, Enchimento e Calibração 6.17.1 O procedimento executivo para as atividades de limpeza, enchimento e calibração, a ser preparado previamente ao início dos serviços, deve estar de acordo com os requisitos do projeto básico e com o seguinte conteúdo mínimo:

a) estudo que comprove a viabilidade da captação e do descarte de água nos pontos indicados e nas vazões máximas, em conformidade com a legislação brasileira, incluindo as questões ambientais;

b) apresentação do detalhamento das instalações de captação da água, incluindo os pontos de captação e descarte, vazão máxima e mínima de água a ser injetada e análise de qualidade d´água conforme o item 6.17.2;

c) definição de acessos e áreas disponíveis para instalação dos equipamentos; d) descrição dos principais equipamentos a serem utilizados; e) detalhamento do projeto das cabeças de teste, atendendo aos requisitos do

ANEXO A. 6.17.2 Os sistemas de captação e descarte de água a serem utilizados devem atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

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a) a instalação típica do sistema de bombeamento deve conter um filtro no ponto

de coleta, um tanque pulmão e um sistema de filtragem antes da injeção da água no duto;

b) o filtro do ponto de coleta deve reter partículas maiores que 100 µm, podendo ser construído em tecido geotêxtil ou tela;

c) o tanque pulmão deve ter volume tal que assegure um tempo mínimo de permanência da água em seu interior de 5 minutos;

d) o filtro a ser instalado antes da injeção no duto deve reter partículas maiores que 30 µm; o teor de sólidos suspensos, após o filtro, em qualquer situação, não deve ser superior a 30 mg/L;

e) o equipamento para o bombeamento deve estar dimensionado para garantir que todos os “pigs” lançados tenham uma velocidade entre 0,2 m/s e 1,0 m/s, e sistema de controle de vazão e contrapressão, de forma a assegurar fluxo contínuo, mantendo os “pigs” em movimento ininterrupto;

f) nas extremidades dos trechos a serem testados devem ser instaladas cabeças de teste, conforme ANEXO A; além das cabeças de teste, linhas de descarte de água adequadamente dimensionadas devem ser instaladas na extremidade de cada trecho de modo a minimizar possíveis danos ao meio ambiente durante a drenagem;

g) a captação e descarte da água não devem prejudicar o uso do corpo d’água por terceiros, nem provocar erosões ou assoreamentos.

6.17.3 A água a ser utilizada na limpeza e no enchimento, deve atender, no mínimo, aos seguintes requisitos:

a) ser previamente analisada conforme definido nas TABELAS C-1 e C-2 do ANEXO C, devendo apresentar os seguintes parâmetros: - teor de cloretos e sulfatos inferiores a 10 mg/L; - pH neutro; - teor de sólidos menor do que 30 mg/L; - isenta de óleos e graxas; - teor de oxigênio maior do que 5 mg/L; - ausência de microrganismos;

b) atendendo-se aos parâmetros definidos na alínea a), pode-se dispensar o emprego de qualquer tipo de aditivos, independente do tempo de hibernação;

c) a necessidade de aditivação com produtos químicos, seqüestrantes ou biocidas, fica condicionada à avaliação dos demais resultados das análises, de acordo com os critérios estabelecidos na TABELA C-3 do ANEXO C.

6.17.4 Nas atividades de limpeza, enchimento e calibração devem ser observados ainda os seguintes requisitos adicionais:

a) um manômetro e um medidor de vazão devem ser instalados na área de bombeamento antes do início das atividades;

b) inicialmente deve ser realizada uma lavagem interna no duto, sendo para tanto bombeado para seu interior, um volume de água equivalente a 500 m lineares de duto;

c) em seguida devem ser lançados “pigs” de limpeza, compostos de pelo menos 2 discos “guia” e 2 copos cônicos de poliuretano;

d) os “pigs” de limpeza devem ser também equipados com escovas de aço pré-tensionadas (raspadores), de modo a cobrir todo o perímetro da parede interna do duto; em caso de dutos com pintura interna, devem ser utilizadas escovas não metálicas;

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e) um novo “pig” de limpeza só deve ser lançado após o “pig” anteriormente

lançado ter percorrido 500 m lineares no duto; f) o duto deve ser considerado limpo nesta etapa, quando a água descartada

imediatamente antes da chegada do “pig” de limpeza, apresentar visualmente as mesmas características da água injetada no duto;

g) novos “pigs” de limpeza devem ser usados, quantos forem necessários, até que seja assegurado o critério especificado na alínea f);

h) após os requisitos da alínea f) terem sido alcançados, devem ser passados um “pig” de enchimento, e um “pig” calibrador, espaçados entre si de aproximadamente 500 m lineares;

i) o “pig” de enchimento deve ser do tipo bidirecional, com 4 ou 6 discos de poliuretano, sendo os 2 discos das extremidades para guia e os demais de vedação, visando a eliminação total de bolsões de ar;

j) o “pig” calibrador deve ser similar ao “pig” de enchimento, sendo que 1 disco de vedação deve ser substituído pela placa calibradora conforme item 6.19.6, instalada entre os discos;

k) o “pig” calibrador deve possuir dispositivo magnético ou eletrônico que possibilite o seu acompanhamento e a sua localização mesmo quando não estiver em movimento;

l) após a passagem do “pig” calibrador, sua placa deve ser inspecionada e verificada a ausência de amassamentos, para que o trecho seja liberado para o teste hidrostático;

m) todo e qualquer descarte da água utilizada, deve ser realizado de acordo com o procedimento executivo preparado previamente ao início dos serviços conforme descrito na alínea b) do item 6.17.1 e alínea g) do item 6.17.2;

n) durante a execução da operação de enchimento, deve ser assegurada pressão positiva em todos os pontos do duto, através do controle da pressão no descarte; a verificação do eventual volume de ar residual contido no duto deve seguir o procedimento definido no item 6.18.4.2.

6.17.5 Relatório da fase de Limpeza, Enchimento e Calibração Um relatório abrangente e detalhado deve ser emitido para a fase de limpeza, enchimento e calibração duto, contendo pelo menos os seguintes registros:

a) todos os documentos oriundos dos requisitos do item 6.17.1; b) resultados das análises da água conforme o item 6.17.3; c) registros das ocorrências relativas ao item 6.17.4.

6.18 Teste Hidrostático 6.18.1 O procedimento executivo para a atividade de teste hidrostático, a ser preparado previamente ao início dos serviços, deve estar de acordo com os requisitos do projeto básico e com o seguinte conteúdo mínimo:

a) diagrama de teste hidrostático para cada trecho de teste consistindo de desenhos de planta e perfil da diretriz, elaborados a partir dos documentos do projeto básico discriminando pelo menos as seguintes informações: - pressão (mínima e máxima) do teste de resistência mecânica (conforme

projeto); - pressão (mínima e máxima) do teste de estanqueidade (conforme projeto); - ponto onde a pressão de teste será aplicada (km e cota);

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- pressão de teste a ser aplicada em cada ponto de teste; - pressões e correspondentes tensões circunferenciais máximas e mínimas

desenvolvidas e localização (km e cota dos pontos); - gráfico PV (pressão x volume de água injetada) teórico; - classes de locação, espessuras de parede e materiais, válvulas, suspiros,

rodovias e rios mais importantes; - gradiente de teste hidrostático em metros de coluna d’água (mca); - pontos de captação e descarte da água conforme alínea b); - vazão máxima e mínima de água a ser injetada na pressurização;

b) diagrama de teste hidrostático consolidado, apresentando em um único desenho de perfil da diretriz do duto, um resumo das principais informações relacionadas na alínea a);

c) teste hidrostático conforme requisitos mínimos do item 6.18.2; d) descrição do sistema de comunicação a ser utilizado; e) descrição do plano de comunicação prévia às autoridades competentes e

grupos de combate de emergências, bem como às comunidades existentes ao longo da faixa.

6.18.2 O teste hidrostático deve atender aos seguintes requisitos mínimos:

a) o trecho do duto a ser testado deve estar enterrado, limpo internamente e inteiramente cheio de água;

b) restrições para acesso (isolamento) e sinalização devem ser providenciadas, durante o teste hidrostático, principalmente em trechos expostos, ou áreas em que houver riscos para as pessoas que estejam localizadas no entorno do duto;

c) primeira parte do teste hidrostático do duto deve consistir num teste de resistência mecânica, conforme definido no item 6.18.4, visando verificar a integridade estrutural e resistência mecânica do trecho em teste, bem como aliviar as tensões decorrentes da montagem;

d) a segunda parte do teste hidrostático do duto deve consistir num teste de estanqueidade conforme definido no item 6.18.5, realizado logo após o teste de resistência mecânica;

e) o gráfico pressão x tempo (P x T) para os testes hidrostáticos de resistência mecânica e estanqueidade, deve ter o aspecto conforme a FIGURA 1;

f) as pressões do teste de resistência mecânica devem atender simultaneamente às seguintes condições: - a pressão no ponto mais alto do trecho a ser testado deve ser igual ou maior

que a pressão mínima de teste de resistência mecânica, definida no projeto básico;

- a pressão no ponto mais baixo do trecho a ser testado deve ser igual ou menor que a pressão máxima de teste de resistência mecânica, definida no projeto básico;

g) a pressão do teste de estanqueidade deve ser igual a pressão definida no projeto básico.

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40

% DA

PRESSÃO DE TESTE

24:00 4:30 24:00

ESTABILIZAÇÃO

TESTE DE RESISTÊNCIA TESTE DE ESTANQUEIDADE

TEMPO EM HORAS

200 5 10 15 25 30 35 40 45 50 55 60 65

FIGURA 1 - GRÁFICO PRESSÃO X TEMPO (P X T) 6.18.3 Os equipamentos e instrumentos requeridos para a execução do teste hidrostático devem atender aos requisitos da norma API RP 1110. Os instrumentos necessários ao teste, acompanhados dos respectivos certificados de calibração (dentro do prazo de validade), devem também atender às seguintes recomendações:

a) balança de peso morto ou um equivalente dispositivo sensor de pressão, que seja capaz de medir incrementos de pressão menores ou iguais a 0,07 kgf/cm2 (1 psi); o dispositivo deve possuir um certificado de calibração, cuja data de emissão possua antecedência inferior a 1 ano da data do início do teste, ou deve ser calibrado na própria obra, de acordo com as recomendações do fabricante;

b) medidor e transmissor de vazão que forneça na cabine de teste a indicação da vazão instantânea;

c) dispositivo totalizador de vazão que permita a leitura de incrementos de volume para incrementos de 0,1 kg/cm2 da pressão de teste;

d) dispositivo de registro contínuo da pressão (tal como um registrador de carta) que forneça um registro permanente da pressão em função do tempo; este dispositivo deve ser calibrado imediatamente antes de cada utilização (através da balança de peso morto) ou calibrado de acordo com as recomendações do fabricante; deve ter resolução mínima de 0,07 kgf/cm2 (1 psi);

e) manômetros com resolução mínima de 0,5 kgf/cm2 e faixa de medição no segundo terço da escala;

f) dispositivos de registro de temperatura, que forneça um registro permanente da temperatura do duto em função do tempo; deve ter resolução mínima de 0,1 ºC;

g) termômetro de leitura direta, para determinação da temperatura ambiente; h) válvula de alívio de pressão, a ser instalada no trecho do duto a ser testado,

com ajuste não superior a 5 % da pressão máxima prevista durante o teste, no ponto específico do duto em que a válvula de alívio for instalada.

Notas: 1) Como alternativa, um sistema computadorizado pode ser utilizado para

monitorar pressão, vazão, volume injetado e temperatura, desde que os sensores pertinentes ao sistema tenham resolução compatível com os instrumentos acima listados e possam ser calibrados de modo similar.

2) Os instrumentos de leitura do teste devem ser instalados em ambiente fechado, com temperatura controlada e livre de intempéries.

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6.18.4 Teste Hidrostático de Resistência Mecânica 6.18.4.1 Após a conclusão da limpeza, do completo enchimento e do recebimento do “pig” calibrador com a placa sem amassamentos, o duto deve ser submetido ao teste hidrostático de resistência mecânica. Este teste visa comprovar a resistência mecânica do duto, detectar eventuais defeitos e como resultado das elevadas pressões desenvolvidas durante o teste deve ocorrer também um alívio de tensões mecânicas dos tubos. 6.18.4.2 Inicialmente, deve ser feita uma verificação de eventual volume de ar remanescente no duto, utilizando-se o gráfico PV (pressão x volume de água injetada), de acordo com o seguinte procedimento:

a) a pressurização deve ter início a partir da pressão estática da coluna de água à taxa máxima de 1 kgf/cm2 por minuto;

b) a pressão no ponto de teste deve ser elevada até que alcance 50 % da pressão de teste;

c) enquanto a pressão é aumentada deve ser desenhado um gráfico PV; deste gráfico, por extrapolação, deve ser estimado o volume residual de ar dentro do duto;

d) o volume de ar deve ser determinado na interseção do prolongamento do segmento reto do gráfico PV com o eixo do volume; a FIGURA 2 ilustra a metodologia proposta;

e) medidas corretivas devem ser tomadas se o conteúdo de ar (∆Var) exceder 0,2 % do volume total do trecho de teste (Vi), ou seja, se ∆Var > 0,002.Vi, incluindo uma nova purga completa de ar ou até mesmo um novo enchimento total do duto, considerando a alínea a) deste item.

50 % DA MÍNIMA PRESSÃO DE TESTE

HIDROSTÁTICO

PRESSÃO DE COLUNA ESTÁTICA

VOLUME DE AR VOLUME DE ÁGUA ADICIONADA

EXTRAPOLAÇÃO

LINHA ESTÁTICA

PRESSÃO

FIGURA 2 - MEDIÇÃO GRÁFICA DO VOLUME DE AR RESIDUAL 6.18.4.3 A seqüência, intensidade, duração e controle da pressurização, descritos nos itens 6.18.4.4 a 6.18.4.11 a seguir, constituem o prosseguimento do teste hidrostático de resistência mecânica cujo início foi tratado no item 6.18.4.2. 6.18.4.4 A pressão deve permanecer por pelo menos 24 horas no valor de 50 % da pressão de teste. Durante este período devem ser feitos todos os ajustes necessários para permitir que a seqüência de operações do teste possa ter início e prosseguir sem interrupções.

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6.18.4.5 Após o período inicial de 24 horas à 50 % da pressão de teste, o trecho deve ser pressurizado em taxa não superior a 1 kgf/cm2 por minuto, de forma a permitir que o controle das variáveis pressão e volume garanta um traçado preciso do gradiente ∆P/∆V, até atingir 70 % da pressão de teste, definindo nitidamente a linha reta de um novo gráfico PV cuja origem das ordenadas corresponde à pressão de 50 % da pressão de teste. 6.18.4.6 As pressões de teste em qualquer ponto do trecho testado devem estar limitadas ao valor máximo e mínimo indicado no projeto. 6.18.4.7 O bombeamento deve evitar grandes variações de pressão a partir dos 70 % da pressão de teste, garantindo que incrementos de 1 kgf/cm² sejam perfeitamente lidos e registrados; tais incrementos devem ser efetuados com um intervalo mínimo de 3 minutos até a pressão atingir 95 % da pressão de teste. 6.18.4.8 Ler a pressão de teste efetuando os ajustes finos pela balança de peso morto e prosseguir a pressurização até atingir, com exatidão, 100 % da pressão de teste, mantendo a mesma taxa de incremento do item 6.18.4.7. 6.18.4.9 Atingida a pressão de teste observar um período de 30 minutos para a estabilização de pressão no duto. 6.18.4.10 Mantendo a pressão em 100 % da pressão de teste iniciar a contagem de tempo recuperando ou aliviando a pressão sempre que esta variar fora da faixa de ± 0,5 % da pressão de teste. 6.18.4.11 O teste hidrostático de resistência mecânica é dado por concluído e o duto ou trecho de duto considerado aprovado (quanto à resistência mecânica) quando, após um período contínuo de 4 horas à pressão de teste, esta se mantiver dentro dos limites de ± 0,5 % com eventual injeção ou purga de água. 6.18.4.12 A seqüência de operações e controles, descrita nos itens 6.18.4.4 a 6.18.4.11 corresponde a um teste hidrostático no qual o limite de escoamento dos tubos no trecho em teste não deve ser atingido. Assim, o gráfico da FIGURA 2 deve permanecer totalmente linear. 6.18.4.13 O desvio máximo admitido na linearidade do gráfico da FIGURA 2 é aquele em que o volume de água injetada no duto dobra para incrementos de pressão de 1 kgf/cm2 (2∆V para um ∆P) ou se houver um desvio volumétrico de 0,2 % do volume total de enchimento da seção de teste na pressão atmosférica, conforme ilustrado na FIGURA 3.

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6.18.4.14 O bombeamento deve ser interrompido, em qualquer estágio da pressurização, se for observado desvio do gráfico da FIGURA 3 tendendo para o limite estabelecido no item 6.18.4.13; a pressão deve ser mantida no último patamar atingido, observando-se a eventual ocorrência de vazamento. 6.18.4.15 O teste de resistência mecânica pode vir a detectar um eventual vazamento que impossibilite a sua aprovação dentro dos critérios apresentados no item 6.18.4.11. Constatada esta ocorrência e não tendo ainda sido localizado vazamento, parar de injetar água e observar o comportamento da queda de pressão, que pode dar um indicativo do tipo de defeito ou anomalia. Nota: Após a localização e reparo do defeito, um novo período de teste deve ser

iniciado, devendo ser repetida toda a seqüência de teste anteriormente executada. 6.18.4.16 A pressão de teste deve, de preferência, ser elevada nas horas mais quentes do dia, de modo a evitar sobrepressão no duto, decorrente da elevação da temperatura. 6.18.5 Teste Hidrostático de Estanqueidade 6.18.5.1 O teste de estanqueidade, visa comprovar a inexistência de pequenos vazamentos no duto ou trecho de duto, ou defeitos passantes em juntas soldadas. 6.18.5.2 A pressão deve ser reduzida, após a realização do teste de resistência, para atender aos limites definidos para o teste de estanqueidade. 6.18.5.3 A duração mínima do teste de estanqueidade deve ser de 24 horas. 6.18.5.4 O critério de aceitação do teste de estanqueidade não admite a injeção ou a purga de água do trecho em teste. 6.18.5.5 O teste hidrostático de estanqueidade é dado por concluído e o duto ou trecho de duto é considerado aprovado (quanto a vazamentos) quando, após um período contínuo de 24 horas à pressão de teste, não for observado qualquer indício de vazamento e se a variação na pressão entre início e término do teste puder ser justificada por cálculos de efeito térmico, conforme critério do item 6.18.6. 6.18.5.6 O trabalho para corrigir possíveis defeitos detectados deve ser executado de imediato e o teste de estanqueidade refeito. Eventuais reparos devem ser executados de forma a não exigir novo teste de resistência mecânica. 6.18.5.7 Concluído e aceito o teste de estanqueidade, o duto deve ser despressurizado e mantido completamente cheio d’água.

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6.18.6 Correção da Pressão em Função da Temperatura Para cálculo da variação de pressão por efeito térmico utilizar a fórmula a seguir:

( ) Tx 100 D/tTf x 264,7∆P ∆

+=

Onde:

∆P = variação teórica da pressão, em bar; ∆T = variação real da temperatura durante o teste, em °C; D = diâmetro nominal do duto, em pol; t = espessura nominal de parede do duto, em pol; Tf = fator de temperatura conforme TABELA 2, em bar/°C.

TABELA 2 - FATOR DE CORREÇÃO PARA O EFEITO DA TEMPERATURA Temperatura Média

de Teste (oC)

Fator de Temperatura

(bar/ oC)

Temperatura Média de Teste

(oC)

Fator de Temperatura

(bar/ oC) 8 0,35 19 1,34 9 0,45 20 1,44

10 0,55 21 1,51 11 0,66 22 1,58 12 0,74 23 1,66 13 0,83 24 1,75 14 0,93 25 1,82 15 1,02 26 1,88 16 1,09 27 1,95 17 1,18 28 2,03 18 1,26 29 2,09 19 1,34 30 2,16

Notas: 1) A TABELA 2 é baseada na norma BSI BS 8010 Section 2.8.

2) Devem ser instalados termômetros para medição de temperatura ambiente e da superfície externa do duto enterrado. A localização dos termômetros para medição de temperatura do duto enterrado deve ser nas extremidades, e ao longo do trecho em teste, num espaçamento máximo de 10 km, para permitir avaliação mais precisa do efeito da expansão térmica.

3) A temperatura média deve ser calculada pela média aritmética da variação de cada ponto monitorado.

6.18.7 Gráfico Pressão x Volume (PV) O gráfico PV, para dutos enterrados, totalmente cheio de água (isento de ar) deve ser elaborado a partir da seguinte correlação teórica de variação de pressão com o incremento de água:

510 4,5 tD 0,044 V

∆P∆V −⋅

+

⋅⋅=

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Onde:

∆P = variação incremental de pressão, em bar; ∆V = variação incremental de água, em m3; V = volume da seção de teste, em m3; D = diâmetro nominal do duto, em pol; t = espessura nominal de parede do duto, em pol.

6.18.8 Teste Hidrostático Simplificado 6.18.8.1 As seguintes instalações devem ser submetidas a um teste hidrostático simplificado, de acordo com o procedimento definido no item 6.18.8.2, antes do lançamento ou da conexão ao duto:

a) travessias de rios e lagos que tenham projeto específico; b) trechos de cruzamento com extensão superior a 50 m; c) trechos de cruzamento com tubos camisa ou localizados em áreas

ambientalmente sensíveis; d) qualquer outro equipamento ou dispositivo que deve ser testado

hidrostaticamente em separado do duto, tais como tubos ou niples para “tie-in”, lançadores / recebedores de “pig”, by-pass de válvulas, ramais.

6.18.8.2 O teste hidrostático simplificado deve ter pelo menos o seguinte procedimento:

a) toda a extensão do trecho deve ser internamente limpa e cheia de água; b) restrição de acesso com isolamento da área de injeção e descarte de água e

sinalização destes locais devem ser providenciados, para o trecho a ser testado que não estiver devidamente enterrado;

c) dispositivos adequados para recebimento de “pig” e linhas de descarte de água nas extremidades do trecho devem ser instalados de modo a minimizar possíveis danos ao meio ambiente durante a drenagem;

d) o trecho deve ser testado com as juntas de campo sem revestimento, com pressão fixada pelo valor máximo estabelecido no item 6.18.4.6;

e) o trecho deve ser considerado aprovado se após 4 horas de pressurização não forem detectados vazamentos após realização de inspeção visual;

f) toda a seqüência de teste deve ser repetida após a correção de qualquer defeito encontrado;

g) a água utilizada neste teste deve estar de acordo com os requisitos mencionados no item 6.17.2 alínea e);

h) a água deve ser totalmente removida após o teste; “pigs” espuma podem ser utilizados caso necessário.

6.18.8.3 Todos os dispositivos e acessórios temporários sujeitos à pressão durante o teste hidrostático devem estar adequadamente dimensionados e testados antes da sua instalação no duto. 6.18.8.4 Instalações descritas nas alíneas a), b) e c) do item 6.18.8.1 mesmo tendo sido aprovadas pelo teste hidrostático simplificado, devem ser também submetidas ao teste hidrostático completo após a sua interligação ao duto.

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6.18.9 Relatório do Teste Hidrostático Um relatório abrangente e detalhado deve ser emitido para o teste hidrostático do duto e suas facilidades, contendo pelo menos os seguintes registros:

a) todos os documentos relacionados nos itens 6.18.1 e 6.18.8; b) data e hora de todos os eventos; c) registro de todos os aspectos ambientais tais como temperatura do ar, chuva,

vento e outros; d) identificação de cada trecho testado; e) gráfico contínuo de pressão x tempo; f) gráfico contínuo de temperatura x tempo; g) gráfico de pressão x volume com curva de deformação teórica e real; h) lista e descrição dos vazamentos e defeitos indicando sua precisa localização e

as circunstâncias do evento; i) descrição de eventuais vazamentos, defeitos, suas possíveis causas e

descrição dos métodos de reparos; j) lista de instrumentos utilizados e seus certificados de calibração; descrição de

tais instrumentos com relação a precisão, resolução e outros; k) planilha de cálculo das pressões e tensões circunferenciais calculadas para os

pontos de interesse do trecho de teste, com todos os cálculos relevantes; l) certificado de teste hidrostático, assinado pelos profissionais executantes

habilitados na entidade de classe. 6.19 Inspeção Dimensional Interna do Duto Deve ser passado “pig” geométrico, em toda a extensão do duto, depois do teste hidrostático. A passagem do “pig” geométrico deve ser precedida pela passagem de um “pig” com placa calibradora (“pig” calibrador) dimensionada conforme previsto no item 6.19.6, com a finalidade de detectar grandes reduções no diâmetro interno do duto, preservando a integridade do “pig” geométrico. Deve ainda ser observado o descrito nos itens 6.19.1 a 6.19.6. 6.19.1 O equipamento para o bombeamento deve estar dimensionado conforme o previsto na alínea e) do item 6.17.2, porém considerando a faixa de velocidades entre 0,1 m/s e 8,0 m/s. 6.19.2 Os defeitos detectados na passagem do “pig” geométrico devem ser caracterizados, conforme definido na TABELA 3.

TABELA 3 - CARACTERIZAÇÃO DOS DEFEITOS

Defeito Efeito na Superfície Externa Efeito na Superfície Interna Mossa “vale” “meia-laranja” Entalhe “canyon” crista

Puncionamento “poço” pico Cava (gouge) depressão -

Risco “canyon” - Ovalização variação suave no diâmetro variação suave no diâmetro

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6.19.3 O relatório de inspeção por “pig” geométrico deve registrar reduções no diâmetro e defeitos de qualquer extensão, dentro do limite de sensibilidade da ferramenta de inspeção. Os seguintes defeitos devem ser considerados inaceitáveis:

a) ovalizações superiores a 5 % (a diferença entre o maior e o menor dos diâmetros externos, medidos em qualquer seção do tubo) em qualquer extensão;

b) mossas, em qualquer extensão, que produzam reduções no diâmetro superiores às definidas abaixo: - 2 % do diâmetro, para tubos de diâmetro nominal maior que 12”; - 0,25”, para tubos de diâmetro nominal de 12” ou menores;

c) reduções no diâmetro de qualquer dimensão, que sejam concentradoras de tensão, tais como entalhes, puncionamento, cavas e riscos;

d) reduções no diâmetro, de qualquer extensão, em soldas. Nota: A inspeção dos defeitos relacionados nas alíneas a) e b) do item 6.19.3 deve ser

realizada removendo-se o revestimento anticorrosivo externo do tubo. 6.19.4 As ovalizações podem ser corrigidas através da escavação e alívio das cargas sobre a tubulação. Após a eliminação do defeito, a região afetada deve ser reinspecionada com “pig” geométrico ou paquímetro e atender a alínea a) do item 6.19.3. 6.19.5 Os demais defeitos inaceitáveis citados no item 6.19.3 devem ser eliminados mediante o corte e substituição do tubo na região afetada. Não é permitida a correção de defeitos mediante aplicação de reforço, retalhos ou reparos. 6.19.6 A placa do “pig” calibrador deve ter as seguintes características:

a) diâmetro da placa calibradora:

Dp = 0,98 DE - 2e (1 + K) – 0,250

Onde: Dp = diâmetro externo da placa, em pol; DE = diâmetro externo do tubo, em pol; e = espessura nominal de parede do tubo ou da conexão, o que for maior,

em pol; K = tolerância da espessura, conforme TABELA 1.

b) a placa calibradora deve ser de aço-carbono SAE-1020 ou de alumínio, com pelo menos 8 cortes radiais e espessura mínima conforme abaixo: - 1/8” para tubos com diâmetros < 6”; - 1/4” para tubos com diâmetros ≥ 6”.

Notas: 1) A placa calibradora deve ser recebida sem amassamentos, para que o trecho

seja liberado para a passagem de “pig” geométrico. 2) No caso de dutos com revestimento interno, a placa calibradora deve ser de

alumínio.

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6.20 Inspeção Adicional por “Pig” Ultra-sônico Adicionalmente, quando requerida pelo projeto básico, inspeção interna do duto com “pig” do tipo ultra-sônico deve ser realizada conforme requisitos do ANEXO D desta Norma. 7 CONDICIONAMENTO 7.1 Condicionamento são todas as atividades necessárias para, após o término do teste hidrostático, colocar o duto em condições de ser pré-operado com o produto previsto. Nota: Um duto, deve ser considerado como condicionado, estando com seu interior

limpo seco e inertizado, em toda a sua extensão. 7.2 Fases do Condicionamento 7.2.1 Esvaziamento 7.2.1.1 Considera-se esvaziamento a remoção de água do duto com a utilização de ar comprimido ou gás inerte (nitrogênio). 7.2.1.2 Imediatamente após a realização e aceitação do teste hidrostático e passagem dos “pigs” de placa e geométrico (sem registros de não-conformidades), deve ser executado o esvaziamento total da seção do duto. 7.2.1.3 No planejamento do esvaziamento não são permitidos cortes adicionais aos previstos no plano de teste hidrostático, exceto nos locais de instalação de válvulas. 7.2.1.4 Na operação de esvaziamento deve ser utilizado “pig” tipo “solid cast”, conforme norma PETROBRAS N-2634. [Prática Recomendada] 7.2.1.5 Deve ser previsto em todos os pontos de descarte um medidor de vazão e válvula que propicie o controle do fluxo. 7.2.1.6 Deve ser garantida uma contrapressão no descarte, de forma a assegurar o deslocamento do “pig” em uma velocidade inferior a 2,0 m/s, para evitar a formação de bolsões de ar. 7.2.1.7 Todo e qualquer descarte da água utilizada, deve ser realizado de acordo com o procedimento executivo preparado previamente ao início dos serviços conforme descrito na alínea b) do item 6.17.1 e alínea g) do item 6.17.2.

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7.2.2 Pré-Secagem 7.2.2.1 Considera-se pré-secagem a operação de eliminação de bolsões de água remanescentes do esvaziamento, com a utilização de “pigs” espuma de baixa densidade intercalados com “pigs” selados, deslocados com ar comprimido. A velocidade de deslocamento dos “pigs” deve ser mantida entre 0,2 m/s a 1,0 m/s. 7.2.2.2 Os locais de montagem de unidade de secagem e os pontos de recebimento de “pig” devem ser preferencialmente os pontos de montagem das válvulas de bloqueio. Devem também ser considerados os seguintes aspectos:

a) topografia do terreno ao longo do trecho; b) facilidades de montagem da unidade de secagem; c) extensão da seção a ser pré-secada.

7.2.2.3 A pré-secagem da linha deve ser iniciada imediatamente após o esvaziamento. 7.2.2.4 Devem ser passados “pigs” espuma de baixa densidade e “pigs” selados em quantidade suficiente, até que seja alcançada a condição “seco ao toque”, na superfície do “pig” quando da sua retirada da linha. 7.2.2.5 A partir da condição “seco ao toque” todas as atividades de passagem de “pig” subseqüentes, devem empregar ar seco ou gás inerte (nitrogênio). 7.2.3 Limpeza Final 7.2.3.1 Considera-se limpeza final a retirada de óxidos, areia e resíduos metálicos. 7.2.3.2 Nas atividades de limpeza final estão incluídas as etapas de passagem de “pigs” raspadores, “pigs” espuma e “pigs” magnéticos de limpeza. O “pig” espuma deve ser especificado conforme norma PETROBRAS N-2634. 7.2.3.3 Devem ser lançadas, no mínimo, 4 baterias de “pigs”, compostas de “pig” raspador com escovas de aço temperado, seguido de “pig” espuma de baixa densidade. No caso de dutos com revestimento interno, as escovas devem ser de material que não danifique o revestimento. 7.2.3.4 O intervalo entre o lançamento das baterias de “pigs” deve ser, no mínimo, de 30 minutos. 7.2.3.5 A operação de passagem das baterias de “pigs” deve ser considerada satisfatória quando os “pigs” raspadores sejam recebidos com as escovas íntegras e não saturadas de material aderido.

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7.2.3.6 Após a passagem das baterias de “pigs” citadas no item 7.2.3.3, devem ser passados “pigs” de espuma de baixa densidade em quantidade suficiente, até que a seção transversal do “pig” revele uma profundidade de espuma impregnada com sujeira, menor ou igual a 1”. 7.2.3.7 Em seguida devem ser passadas, no mínimo, 2 baterias constituídas de “pigs” de espuma e “pigs” magnéticos de limpeza. 7.2.3.8 A limpeza final deve ser considerada aprovada se a quantidade de resíduos metálicos aderida ao “pig” magnético de limpeza for inferior a 50 g/km. Os magnetos devem ser fabricados em blocos de neodímio-ferro-boro grau 35, ou grau superior, e o espaçamento máximo dos blocos à parede interna do duto ser de 15 % do diâmetro. O “pig” deve ser pesado antes e depois da passagem, a fim de se verificar a quantidade de elementos aderidos. 7.2.3.9 Devem ser passados quantos “pigs” magnéticos de limpeza adicionais sejam necessários, para atingir o requisito estabelecido no item 7.2.3.8. 7.2.4 Secagem 7.2.4.1 Uma vez alcançado o critério definido no item 7.2.3.8, inicia-se a secagem da linha, que deve ser precedida pela soldagem dos “tie-ins” entre as seções definidas no plano de teste, e pela montagem dos complementos conforme Capítulo 9. 7.2.4.2 Na operação de secagem, devem ser passados “pigs” espuma de baixa densidade com capa ou tipo “solid cast” em quantidade suficiente, até que seja alcançada a seguinte condição de ponto de orvalho, medido no lançador, no recebedor e em todas as válvulas de bloqueio:

a) gasodutos sem revestimento interno: -20 °C (1 atm); b) gasodutos com revestimento interno: 0 °C (1 atm); c) oleodutos: 0 °C (1 atm).

7.2.4.3 A medição do ponto de orvalho deve ser feita à pressão atmosférica, com instrumento aferido e calibrado. 7.2.4.4 Opcionalmente ao uso de ar seco ou nitrogênio, pode ser utilizada a secagem a vácuo atendendo ao critério de aceitação descrito no item 7.2.4.2. [Prática Recomendada] 7.2.4.5 Adicionalmente, quando requerida pelo projeto básico, inspeção interna do duto com “pig” do tipo inercial deve ser realizada conforme requisitos do ANEXO D desta Norma. 7.2.5 Inertização 7.2.5.1 Uma vez alcançado o critério definido no item 7.2.4.2, inicia-se a inertização do duto. O duto deve ser totalmente preenchido com nitrogênio, em uma pressão maior que 0,5 kgf/cm2.

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Notas: 1) Caso a pré-operação do duto ocorra imediatamente depois da secagem, a

inertização pode ser realizada através da utilização de um selo de nitrogênio durante a pré-operação. [Prática Recomendada]

2) O selo de nitrogênio deve ser injetado no duto imediatamente antes do produto. O volume do selo deve ser calculado em função das dimensões do duto e pressão de injeção do produto, de modo a garantir a segurança da operação.

7.2.5.2 O preenchimento do duto com nitrogênio ou selo de nitrogênio deve ser realizado através da passagem de um número mínimo de 3 “pigs” espuma de baixa densidade com capa e 2 “pigs” copo de poliuretano intercalados entre os “pigs” espuma, para redução do volume da interface nitrogênio/ar. 7.2.5.3 O espaçamento mínimo entre os “pigs” deve ser 1 m. 7.2.5.4 Uma contrapressão deve ser regulada de modo a garantir que os “pigs” mantenham velocidade entre 0,2 m/s e 2,0 m/s. 7.2.5.5 A inertização é considerada concluída quando os “pigs” percorram a totalidade do trecho inertizado, sem danos ou excessivo desgaste que possam ter afetado a sua eficiência. 8 INSPEÇÃO DO REVESTIMENTO EXTERNO ANTICORROSIVO - APÓS A

COBERTURA 8.1 Decorrido um tempo mínimo de 3 meses após a cobertura do duto e realização do teste hidrostático no trecho, deve ser executado um levantamento de falhas do revestimento externo, através de um dos métodos descritos nos itens 8.1.1 e 8.1.2. Na aplicação desses métodos é necessária a perfeita localização e demarcação do traçado do duto, e o seu isolamento elétrico de outros dutos existentes. 8.1.1 Método de Atenuação de Corrente (“Current Attenuation”) Este método é usado para determinar os defeitos no revestimento de dutos enterrados e mapear a corrente simulada de proteção. A técnica utiliza a injeção de sinais alternados, em 3 freqüências, entre o duto e a terra, e um receptor para rastrear o sinal injetado localizando o duto sobre a faixa, mapeando a corrente ao longo do duto (avaliação qualitativa) e complementando com a localização pontual das falhas no modo A-Frame (avaliação quantitativa). 8.1.2 Método DCVG (“Direct Current Voltage Gradient”) Este método (quantitativo e qualitativo) é usado para localizar e estimar o tamanho do defeito no revestimento anticorrosivo de dutos enterrados, assim como, identificar áreas anódicas. Seu funcionamento ocorre pela aplicação de uma corrente contínua no duto, utilizando, normalmente, o próprio retificador do sistema de proteção catódica. Um gradiente de tensão é então estabelecido no solo pela passagem da corrente para o metal do duto no local de defeito no revestimento e detectável com um milivoltímetro sensível acoplado a 2 semicélulas.

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8.2 Todos os pontos onde forem levantadas falhas no revestimento devem ser inspecionados, mediante escavação, e os defeitos constatados devem ser reparados de acordo com o procedimento aplicável. 9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS 9.1 Complementos são as instalações necessárias à segurança, proteção e operação dos dutos, as quais devem ser montadas ou construídas de acordo com as especificações do projeto e recomendações técnicas, compreendendo, mas não se limitando ao seguinte:

a) lançadores/recebedores de “pig”; b) válvulas de bloqueio e retenção, derivações e by-pass; c) sistema de proteção catódica conforme requisitos da norma PETROBRAS

N-2298: - pontos de teste eletrolítico; - leitos dos anodos; - retificadores e equipamentos de drenagem; - juntas de isolamento;

d) instrumentação e automação; e) provadores de corrosão; f) sistemas de alívio.

Notas: 1) As válvulas, instrumentação, lançadores/recebedores de “pig” e provadores de

corrosão devem ser instalados quando da conclusão da limpeza final e precedendo à secagem do duto conforme item 7.2.4.1.

2) Devem ser garantidas condições permanentes de acesso às áreas onde forem instaladas as válvulas de bloqueio, lançadores/recebedores de “pig” e retificadores.

3) Deve ser previsto um sistema de proteção catódica provisório para todo duto enterrado, conforme definido na norma PETROBRAS N-2298.

9.2 Antes da instalação das válvulas, deve ser garantida que não há presença de água no interior do sistema de bloqueio, by-pass, drenos e suspiros. 9.3 Os lançadores/recebedores de “pig” e as respectivas tubulações de interligação às unidades devem ser limpos e secos, com o mesmo critério de aceitação do duto. 9.4 Todos os complementos devem ser previamente verificados e testados de acordo com procedimentos específicos. 10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE 10.1 Os serviços devem ser executados de acordo com os parâmetros de segurança, meio ambiente e saúde estabelecido pelas autoridades competentes com jurisdição sobre a faixa de trabalho ou de servidão do duto.

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10.2 Os serviços devem ser executados dentro dos níveis máximos de ruído estabelecidos pela autoridade competente. Em caso de proximidade com comunidades, medidas para atenuação de ruídos podem vir a ser necessários em determinadas fases do trabalho. 10.3 Nos procedimentos executivos devem estar indicados os requisitos de segurança, meio ambiente e saúde a serem seguidos, em cada uma das atividades de sua abrangência. 10.4 Todo trabalhador deve ser previamente treinado no tocante aos aspectos de segurança, meio ambiente e saúde, consoante o estabelecido nos requisitos de segurança, meio ambiente e saúde para a atividade, antes de ingressar pela primeira vez na faixa de dutos. 10.5 Todo trabalhador deve ser retreinado periodicamente nos aspectos de segurança, meio ambiente e saúde, consoante o estabelecido nos requisitos de segurança, meio ambiente e saúde para a atividade. 10.6 Todos os dias, antes do início das atividades de construção, devem ser realizadas pelos encarregados dos serviços, direcionadas aos seus comandados, palestras abordando temas relacionados com aspectos de segurança, meio ambiente e saúde. 10.7 Devem ser recolhidas as sobras de materiais utilizados nas atividades construtivas, as quais devem ser transportadas para o canteiro da obra, de onde devem ser enviadas para local adequado, visando impedir que venham a provocar impacto ambiental. 10.8 Todos os equipamentos estacionários devem ser instalados de modo a evitar contaminação do solo e dos cursos d’água, como por exemplo a sua instalação em bacias de contenção impermeabilizadas para impedir que eventuais derramamentos de óleo ou combustível venham a atingir o meio ambiente. 10.9 Toda máquina somente pode ser movimentada mediante autorização do supervisor encarregado pelos serviços a serem realizados. 10.10 Antes de movimentar qualquer máquina deve-se certificar a não existência de qualquer pessoa, animal ou equipamento dentro do raio de ação da máquina. 10.11 Veículos de transporte e máquinas somente devem cruzar o raio de ação de uma máquina em serviço, mediante contato visual e autorização direta do operador da máquina. 10.12 Toda máquina ou veículo que transite na pista de dutos deve ser prévia e periodicamente inspecionado, verificando:

a) existência dos EPIs e demais equipamentos de segurança recomendados para sua atividade;

b) estado funcional do equipamento; c) existência de vazamentos de combustíveis ou lubrificantes; d) habilitação do operador ou condutor.

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10.13 Nos serviços realizados em trechos com riscos de deslizamento de equipamento, tais como: escavadeiras, “side booms” e outros, deve estar prevista a amarração por guincho ou outro método que impeça o tombamento e o deslizamento destes equipamentos. 10.14 Nas faixas de dutos existentes, deve ser evitado o trânsito de equipamentos sobre os dutos. Caso isto não seja possível, deve ser realizado estudo de influência das cargas externas de terra e tráfego sobre todos os dutos existentes na faixa de domínio, visando definir, caso necessário, critérios para implementar medidas de proteção, tais como execução de sobre-cobertura ou estiva. 10.15 Não são admitidos transportes de pessoal em veículos de carga, a não ser na cabine ou que estejam devidamente adaptados para isso, de acordo com a legislação específica. 10.16 Deve ser prevista, em todas as frentes de serviço, a existência de sistema de comunicação eficiente, de forma a atender de maneira imediata situações de emergência. 10.17 Deve ser previsto um plano de comunicação prévia, englobando todas as atividades de construção, montagem e condicionamento, destinado às autoridades competentes e grupos de combate de emergências, bem como às comunidades existentes ao longo da faixa. 10.18 Para trabalhos com máquinas em faixa existente, deve haver um isolamento da pista, com uso de fita de segurança provisória, visando sinalizar e evitar o tráfego sobre os dutos existentes. 10.19 As áreas de injeção de ar e/ou nitrogênio, lançamento e recebimento de “pig”, captação e descarte de água, devem ser isoladas e sinalizadas, de modo a se evitar acesso de pessoas não autorizadas, providas de sistema de iluminação artificial e possuir sistema de comunicação com um canal ou linha exclusiva. 10.20 As tubulações, mangueiras de alta pressão e acessórios provisórios, devem ser fornecidos com certificado de qualidade, inspecionados e pré-testados, antes de sua utilização. 10.21 As tubulações provisórias ou mangueiras utilizadas para pressurização, captação ou descarte, devem ser adequadamente ancoradas visando suportar os esforços gerados pelo fluxo e evitar movimentos que possam causar acidentes. 10.22 As válvulas dos sistemas de enchimento ou descarte devem ser fechadas gradativamente, a fim de minimizar os efeitos dinâmicos oriundos de golpe de aríete. 10.23 Deve ser analisado o impacto ambiental causado pelo volume, vazão e qualidade da água captada e descartada.

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10.24 A energia da água de descarte deve ser dissipada por meio de instalação de difusor na tubulação de descarte ou outro meio que impeça a erosão do terreno. 10.25 No descarte da água deve-se utilizar sistema para decantação de resíduos sólidos existentes na água antes de sua reintegração ao meio ambiente. 11 EMISSÃO DE DOCUMENTAÇÃO “CONFORME CONSTRUÍDO” 11.1 Durante a execução dos serviços de construção, montagem e testes, devem ser preparados documentos “conforme construído” (“as built”) das instalações, reunidos em meio digital, constando, no mínimo, das informações abaixo:

a) desenhos de planta e perfil, compatíveis com sistema de informações geográficas (GIS), apresentados em escala igual ao levantamento topográfico cadastral, e contendo as seguintes informações: - georeferenciamento do duto em toda a sua extensão, inclusive pontos

notáveis, origem, destino, entroncamentos, saídas de ramais; as coordenadas UTM usadas devem especificar o DATUM definido pelo projeto básico;

- eixo da vala em relação à linha de centro da faixa; - limites da faixa de domínio e de pista realmente abertas; - locação e posição dos marcos topográficos, quilométricos e de sinalização

dos limites de faixa e de dutos; - indicação georeferenciada das juntas soldadas, destacando as juntas dos

niples marcadores de “pig” instrumentado; - classificação dos solos e rochas encontrados, conforme norma

ABNT NBR 6502; - distribuição de tubos, com indicação do diâmetro, material e espessura de

parede; - revestimento (tipo e espessura), concretagem; - indicação, locação e respectivos afastamentos típicos dos dutos existentes na

faixa, com suas seções típicas; - cruzamentos e travessias, referindo-se aos desenhos de detalhe

correspondentes; - locação e detalhamento das instalações relativas aos complementos e

acessórios instalados, referindo-se aos respectivos desenhos de detalhe (válvulas, suportes, ancoragens, suspiros, sistema de proteção catódica);

- locação e detalhamento das instalações existentes na faixa, referindo-se aos desenhos de detalhe correspondentes a interferências com instalações aéreas e subterrâneas, tubos e caixas de drenagem, rodovias, ferrovias, pontes, diques, indicando o nome e divisa das propriedades e municípios envolvidos;

- classe de locação para gasoduto; - estaqueamento progressivo e desenvolvido, realizado sobre o eixo da vala; - indicação e locação das sinalizações, proteções da faixa e dutos enterrados; - indicação da resistividade do solo; - indicação das estações de compressão ou bombeamento, áreas cercadas de

lançadores / recebedores de “pig” e estações de medição e controle; - indicação seqüencial das juntas soldadas, inclusive “tie-ins”; - indicação da cota de cobertura ao longo do duto;

b) tabela em planilha eletrônica contendo, no mínimo, comprimento desenvolvido e elevação, acidentes naturais, espessura, material, diâmetro, classe de locação (para gasodutos), pontos de testes, retificadores, travessias e cruzamentos, limites de municípios;

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c) relatórios dos testes hidrostáticos realizados; d) relatório de inspeção com “pig” geométrico; e) relatório de inspeção do revestimento anticorrosivo após a cobertura; f) todos os certificados de qualidade de materiais recebidos e incorporados à

obra; g) procedimentos de soldagem e registros de ensaios não-destrutivos das juntas

soldadas, bem como, todos os procedimentos listados no item 4.1; h) demais documentos de fornecedores de equipamentos e instrumentos

incorporados à obra; i) planilha de distribuição de tubos conforme item 6.3.4; j) acompanhamento fotográfico das principais fases da obra.

11.2 Para cada cruzamento e/ou travessia executada, devem ser indicados nos desenhos de detalhe específicos, os seguintes elementos:

a) detalhes, em escala, do duto ao longo do cruzamento ou travessia, em planta e em corte, com todas as dimensões, cotas em relação ao terreno natural, ao fundo do curso d’água (travessia) ou ao topo da estrada (cruzamento) e distâncias às instalações e construções existentes nas proximidades;

b) posição do eixo da tubulação em relação à linha de centro da faixa; c) tipo de instalação e método de construção utilizado; d) acessórios instalados (tubos-camisa, válvulas de bloqueio, suportes e

ancoragens); e) classificação dos solos e rochas encontrados, conforme norma

ABNT NBR 6502; f) outras informações, conforme relacionadas no item 11.1 quando aplicáveis; g) especificações dos tubos; h) georeferenciamento das soldas.

11.3 Todos os desenhos citados nos itens 11.1 e 11.2 devem conter o seguinte alerta, em local de fácil visualização:

“Para determinação exata da posição do duto, em caso de escavação e outros serviços que possam comprometer sua integridade, complementar as informações deste desenho através de métodos mais precisos de localização.”

11.4 Todos os desenhos citados no item 11.1 devem ser elaborados em formato digital, abrangendo, no máximo, 1 000 m de faixa em escalas compatíveis com a norma PETROBRAS N-2047. 11.5 Todos os desenhos citados no item 11.2 devem ser elaborados em formato digital, em escala horizontal de 1:200.

_____________

/ANEXO A

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TABELA A-1 - LISTA DE MATERIAL DA FIGURA A-1

Item Descrição Diâmetro Serviço

1 Tubo Ø duto 2 Flange pescoço Ø duto 3 Flange cego Ø duto 4 Válvula esfera Ø duto

Lançamento/recebimento de “pig” ou pressurização do duto

5 Tubo Ø derivação 6 Flange pescoço Ø derivação 7 Válvula esfera Ø derivação 8 Flange cego Ø derivação

Entrada ou saída de água

9 Luva encaixe 2” 10 Niple extrem. planas 2” 11 Válvula esfera 2”

Injeção de ar comprimido ou purga de ar

12 Luva encaixe 1.1/2” 13 Niple extrem. planas 1.1/2” 14 Flange encaixe 1.1/2”

Poço de termômetro ou de registrador de temperatura

15 Luva encaixe 1/2” 16 Niple extrem. planas 1/2” 17 Válvula esfera 1/2”

Manômetro, registrador contínuo de pressão e balança de peso morto

TABELA A-2 - DIMENSÕES DA FIGURA A-1

∅ Duto (pol)

L1 (mm)

L2 (mm)

∅ Derivação (pol)

6 510 620 4 8 680 650 4 10 900 650 6 12 1 050 700 6 14 1 130 750 6 16 1 140 940 8 18 1 310 970 8 20 1 380 1 110 8 22 1 550 1 140 10 24 1 630 1 260 10 26 1 800 1 290 12 28 1 890 1 410 12 30 2 080 1 420 12 32 2 160 1 540 14 34 2 410 1 490 16 36 2 500 1 600 16 38 2 600 1 700 18 40 2 770 1 750 18 42 2 840 1 880 18

Nota: O valor indicado para L1 é o mínimo admissível.

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/ANEXO B

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TABELA B-1 - SELEÇÃO DA MALHA DA TELA

Diâmetro Externo da

Tubulação (mm) Tipo de Malha

Largura da Tela (mm)

Diâmetro do Fio (mm)

Largura da Fita (mm)

Espessura da Fita (mm)

Até 50 DP-10 100 2,0 75 0,10 De 50 a 300 DP-15 150 2,0 75 0,10

Acima de 300 DP-20 200 2,0 75 0,10

TABELA B-2 - FITA DE POLIETILENO

Valores Especificados Propriedades

Mínimo Máximo Métodos de Ensaio

Cor Alaranjado-Segurança 1867 Visual

Inscrição Preto 0010 (inclusive o desenho da caveira) -

Variação de espessura (%) -0 +20 Micrômetro Variação de largura (%) 10 Escala Densidade (g/cm³) 0,915 0,930 ASTM D1505 Alongamento na ruptura (%) > 400 - ASTM D882 Tensão na ruptura (MPa) 17 22 ASTM D882

Notas: 1) Soldagem por brasagem da fita na tela.

2) Camada de filme de polietileno incolor sobre as inscrições.

TABELA B-3 - FIO DE POLIETILENO

Valores Especificados Propriedades

Mínimo Máximo Métodos de Ensaio

Cor Alaranjado-Segurança 1867 Visual

Variação no diâmetro do fio (%) -0 +20 Paquímetro

Densidade (g/cm³) 0,940 0,965 ASTM D792, Método B Alongamento no escoamento (%) 7 ASTM D638, CP tipo IV Tensão no escoamento (MPa) 25 ASTM D638, CP tipo IV

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/ANEXO C

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ANEXO C - TABELAS

TABELA C-1 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM E PRESERVAÇÃO DE

ÁGUA PARA TESTE HIDROSTÁTICO (PARÂMETROS QUÍMICOS)

Determinação Recipiente Volume

Mínimo de Amostra (mL)

Preservação Período

Máximo de Estocagem

RecomendadoAlcalinidade P, V 200 Refrigerar 24 horas

Carbono Orgânico Total V 100

Analisar imediatamente ou refrigerar e acrescentar H2SO4

até pH < 2 7 dias

Cloreto P, V 500 Analisar imediatamente 0,5 horas Condutividade P, V 500 refrigerar 28 dias

Óleos e Graxas V, boca larga 1 000 Acrescentar HNO3 até pH < 2,

refrigerar 28 dias

Dureza P, V 100 Acrescentar HNO3 até pH < 2 6 meses

Cálcio e Ferro P(A), V(A) -

Para metais dissolvidos, filtrar imediatamente, acrescentar

HNO3 até pH < 2 6 meses

Nitrogênio P, V 500 Analisar assim que for

possível ou acrescentar H2SO4 até pH < 2; refrigerar

7 dias

Oxigênio Dissolvido

Frasco de DBO 300 Analisar imediatamente 0,5 hora

Turbidez P, V - Analisar em poucos dias,

manter em local escuro por 24 horas

24 horas

PH P, V - Analisar imediatamente 2 horas Sílica P - Refrigerar, não congelar 28 dias Sólidos Totais P, V - Refrigerar 7 dias Sólidos Suspensos P, V - Refrigerar 7 dias Sulfato P, V - Refrigerar 28 dias

Sulfeto P, V 100 Refrigerar; adicionar 4 gotas de

2N (CH3COO)2Zn pH alcalino

Imediato

Onde:

P = plástico (polietileno ou equivalente); V = vidro; V(A) ou P(A) = lavado com solução de HNO3, proporção de 1:1.

Notas: 1) Para determinações não listadas, deve ser usado recipiente de vidro ou

plástico; é preferível refrigerar durante a estocagem e analisar o mais rápido possível.

2) A refrigeração e a estocagem devem ser a 4 °C, no escuro.

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TABELA C-2 - METODOLOGIAS DE AMOSTRAGEM DE ÁGUA PARA TESTE

HIDROSTÁTICO PARÂMETROS MICROBIOLÓGICOS

Determinação Recipiente Volume

Mínimo da Amostra

(mL) Preservação

Período Máximo de Estocagem Recomendado

Bactérias Redutoras de Sulfato (BRS) V(C) 1 50

Manter refrigerado (não congelar). O frasco deve ser completamente

preenchido.

24 horas

Bactérias Anaeróbias Heterotróficas Totais (BANHT)

V(C) 1 50

Manter refrigerado (não congelar). O frasco deve ser completamente

preenchido.

24 horas

Bactérias Facultativas Heterotróficas Totais (BFHT)

V(C) 1 50

Manter refrigerado (não congelar). O frasco deve ser completamente

preenchido.

24 horas

Bactérias Aeróbias Totais (BAHT) V(C) 2 100 Manter refrigerado

(não congelar) 24 horas

Bactérias Produtoras de Ácidos (BPA) V(C) 2 50 Manter refrigerado

(não congelar) 24 horas

Bactérias Precipitadoras de Ferro (BPF) V(C) 2 50 Manter refrigerado

(não congelar) 24 horas

Onde:

V(C) 1 = frasco de vidro tipo antibiótico (cap. 50 mL), lavado com detergente, enxaguado com água corrente, seco em estufa a 100 °C, lacrado e esterilizado em autoclave por 15 minutos a 121 °C/1 atm;

V(C) 2 = frasco de vidro (cap. 125 mL), boca larga e esmerilhada. Lavado com detergente, enxaguado com água corrente, seco em estufa a 100 °C e esterilizado em autoclave por 15 minutos a 121 °C/1 atm.

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TABELA C-3 - CLASSIFICAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA PARA

HIBERNAÇÃO DE DUTOS, EM FUNÇÃO DE PARÂMETROS QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS

Parâmetro Resultado Classificação da

Água Tempo de

Hibernação Procedimento

Sólidos suspensos (após filtro de 30 micra)

> 30 mg/L Ruim Independe Filtrar com filtro de 15 micra

Turbidez (após filtro de 30 micra) > 10 NTU Ruim Independe Filtrar com filtro de 15 micra

O2 < 5 mg/L Classificar pelas Bactérias Independe Seguir o estabelecido para

as bactérias Óleos e graxas > 10 mg/L Ruim Independe Remover o óleo

≤ 30 dias Não necessita dosar biocida 0 UFC/mL a 103 UFC/mL Boa a Razoável

> 30 dias Dosar biocida (2 e 3) Bactérias Aeróbias Totais

> 103 UFC/mL Ruim Independe Dosar biocida (2 e 3)

≤ 30 dias Não necessita dosar biocida 0 NMP/mL a 102 NMP/mL Boa a Razoável

> 30 dias Dosar biocida (2 e 3) Bactérias

Anaeróbias Totais

> 102 NMP/mL Ruim Independe Dosar biocida (2 e 3)

≤ 30 dias Não necessita dosar biocida 0 UFC/mL a 103 UFC/mL Boa a Razoável

> 30 dias Dosar biocida (2 e 3) Bactérias

Heterotróficas Facultativas

> 103 UFC/mL Ruim Independe Dosar biocida (2 e 3)

≤ 30 dias Não necessita dosar biocida 0 UFC/mL a 10 UFC/mL Boa a Razoável

> 30 dias Dosar biocida (2 e 3) Bactérias

Precipitantes de Ferro

> 10 UFC/mL Ruim Independe Dosar biocida (2 e 3)

≤ 30 dias Não necessita dosar seq. O2≤ 10 mg/L Boa > 30 dias Dosar seq. O2 (1 e 3) ≤ 30 dias Dosar seq. O2 (1 e 3)

Cloretos e/ou Sulfatos

> 10 mg/L Ruim > 30 dias Dosar seqüestrante de O2 e

biocida (1, 2 e 3) 6,5 a 8,0 Boa Independe Não necessita dosar seq. O2

< 6,5 Ruim Independe Dosar seq. O2 (1 e 3) pH

> 8,0

Ruim (se alcalinidade e/ou dureza total

> 250 mg/L)

Independe Não empregar esta água

(possibilidade de precipitação de incrustação)

Notas: 1) O seqüestrante de O2 para água doce é a hidrazina (N2H4) catalisada. É um

produto líquido normalmente fornecido na concentração de 35 %. Recomenda-se para dutos, um residual de 150 mg/L a 200 mg/L de hidrazina. Pode ser empregado o bissulfito de sódio catalisado com cobalto, quando o teor de íons sulfatos na água for superior a 200 mg/L e, neste caso, recomenda-se empregar 20 mg/L de solução de bissulfito de sódio a 35 %, para cada mg/L de oxigênio dissolvido, com um excedente de 10 % como segurança. [Prática Recomendada]

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2) O biocida recomendado é o glutaraldeído que é fornecido nas concentrações

de 25 %, 50 % ou 42 % (combinado a um sal quaternário de amônio = 8 %). Sua dosagem deve ser: 500 ppm (25 %), 250 ppm (50 %), 200 ppm (42:8). Outros biocidas de menor toxicidade, como o THPS, podem ser empregados, porém os biocidas de menor toxicidade devem ser previamente avaliados e aprovados, em laboratório, em relação à eficiência biocida, toxicidade e compatibilidade com o seqüestrante de oxigênio. [Prática Recomendada]

3) A água de descarte deve ser previamente avaliada relativamente a impactos ambientais.

_____________

/ANEXO D

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ANEXO D- INSPEÇÕES ADICIONAIS

D-1 INSPEÇÃO INTERNA DO DUTO COM “PIG” DO TIPO ULTRA-SÔNICO D-1.1 Deve ser passado “pig” ultra-sônico, depois da inspeção com o “pig” geométrico com a finalidade de se obter a “assinatura 0” (primeiro registro de passagem de “pig” tipo ultra-sônico no duto) e detectar eventuais defeitos que possam vir a ser confundidas com corrosão em futuras inspeções de perda de espessura. D-1.2 O Equipamento para bombeamento deve estar dimensionado conforme o item 6.19.1. D-1.3 Os defeitos detectados na passagem do “pig” ultra-sônico devem estar caracterizados conforme definido na TABELA D-1 e na FIGURA D-1.

TABELA D-1 - DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE DEFEITOS

Tipo de Defeitos Definição Ponto de Referência

para POD em Função de L x l

Generalizada ([l ≥ 3A] e [L ≥ 3A]) 3A x 3A

“Pit” {([1A ≤ l < 6A] e [1A ≤ L < 6A) e [0,5 < L/l <2]) e não ([l ≥ 3A] e [L ≥ 3A])} A x A

Risco axial ([1A ≤ l < 3A] e [L/l ≥ 2]) 2A x A

Risco circunferencial ([L/l ≤ 0,5] e [1A ≤ L < 3A]) A x 2A

Cavidade {[0 < l < 1A] e [0 < L < 1A] 1/2A x 1/2A

Canal axial ([0 < l < 1A) e [L ≥ 1A]) A x 1/2A

Canal circunferencial ([l ≥ 1A] e [0 < L < 1A]) 1/2A x A Onde:

POD = probabilidade de detecção da ferramenta de inspeção; L = comprimento do defeito (direção longitudinal); I = largura do defeito (direção circunferencial); e A = parâmetro geométrico que está relacionado aos métodos de ensaios não

destrutivos (END) da seguinte maneira: - se t (espessura de parede) < 10 mm, então A = 10 mm; - se t (espessura de parede) ≥ 10 mm, então A = t.

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GERAL

"PITS"RISCO AXIAL

COMPRIMENTO DO DEFEITO (A)

CANAL AXIAL

RIS

CO

CIR

CU

NFE

RE

NC

IAL

CA

NA

L C

IRC

UN

FER

ENC

IAL

LAR

GU

RA

DO

DEF

EIT

O (A

)

CAVIDADE

8

7

5

6

4

3

2

1

00 21 3 4 65 7 8

FIGURA D-1 - REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS DEFINIÇÕES DO TIPO DE

DEFEITO D-1.3.1 Embora os defeitos descritos no item D-1.3 sejam defeitos clássicos de perda de espessura, busca-se, com a inspeção inicial do duto, detectar, localizar e identificar, além dos defeitos listados: trechos com mudanças de espessura, defeitos de fabricação tais como duplas laminações, inclusões e incrustrações. D-1.3.2 Os defeitos indicados devem ser avaliados de acordo com a norma ASME B31.4 e ASME B31.8. Os defeitos que forem aceitos devem ser registrados e incorporados no “as built”. D-1.4 As cabeças de teste a serem utilizadas nas extremidades dos trechos a serem inspecionados com “pig” ultra-sônico, devem ter suas dimensões adaptadas às dimensões do “pig” utilizado. D-2 INSPEÇÃO INERCIAL D-2.1 A inspeção com “pig” inercial tem como objetivo adquirir informações de posição e mudança de direção do duto, definindo seu traçado e a localização de outros pontos notáveis, tais como: válvulas, outros acessórios, soldas circunferenciais e outras indicações de mesma natureza com base em um levantamento de coordenadas “x, y” e “z” no sistema UTM (“Universal Transversa de Mercator”). Tal inspeção visa também a monitoração futura dos dutos que atravessem regiões sujeitas a movimentação do solo.

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D-2.2 A base para definir o geoposicionamento do duto pelo “pig” inercial, deve ser o conjunto de coordenadas UTM levantadas para os niples instalados conforme definido no item 6.7.14 desta Norma.

_____________

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IR 1/3

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A, B, C, D, E e F

Não existe índice de revisões.

REV. G

Partes Atingidas Descrição da Alteração

1.3 Incluído

2 Revisado

3 Revisado

4 Incluído

4.2.7 Excluído

4.8.5 Excluído

4.10.6 Excluído

4.10.10.2 e 4.10.10.3 Excluídos

4.13.7 Excluído

5 Renumerado

5.1.1.1 Incluído

5.1.2.4 Incluído

5.1.3.1 e 5.1.3.3 Revisados

5.1.4.1 Revisado

5.1.5.1 a 5.1.5.8 Revisados

5.1.6.1 Revisado

5.1.7.1 e 5.1.7.2 Revisados

5.1.8.1 Revisado

5.1.9.1 Revisado

5.1.9.2 Incluído

5.2.1.1 alínea b) Revisada

5.2.2.1 Revisado

5.2.2.3 Incluído

5.2.3.2 Incluído

5.2.6.1 Revisado

5.2.6.5 Incluído

5.4.1 a 5.4.3 Revisados

5.5 Revisado

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IR 2/3

REV. G

Partes Atingidas Descrição da Alteração

5.6.1 alínea e) Incluída

5.6.6 Revisado

5.7.5 Revisado

5.7.6 alínea b) Revisada

5.8.4 alínea j) Revisado

5.8.7 e 5.8.8 Revisados

5.9.2 Nota Incluída

5.9.19 alínea a) Incluída

5.10.2 Nota Renumerada

5.10.7 Revisado

TABELA 1 Excluída

5.10.9 Nota Revisada e renumerada

5.11.1 alíneas a) e b) Revisadas

5.13.4 Revisado

5.13.9 alínea a) Excluída

5.13.13 Revisado

5.13.16 Revisado

5.13.17 Incluído

5.14.1 Revisado

5.14.4 alínea c) Revisada

5.16.1 Nota Renumerado

5.16.5 Revisado

5.16.10 e 5.16.11 Revisados

5.17 e 5.18 Revisados

TABELA 1 Incluída

6 Incluído

7 Renumerado

8 Incluído

9.1 Revisado e renumerado

9.3 Incluído

9.4 Renumerado

ANEXO A Incluído

ANEXO B Renumerado

TABELA C-3 Incluída

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IR 3/3

REV. H

Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

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GRUPO DE TRABALHO - 13-11

Membros

Nome Lotação Telefone ChaveCarlos A. Cardoso Manzano ENGENHARIA/IEGEN/IEDT/CMDT1 861-9868 SGIM

Paulo F. Scofield de Lemos ENGENHARIA/IEGEN/EGE/EDUT 816-5689 SG1E

Walter Manoel Ribeiro TRANSPETRO/DT/SUPORTE/SE 813-6266 TG54

Antonio Geraldo de Sousa TRANSPETRO/DT/SUPORTE/TEC 811-9211 TG10

Celso Araripe D’Oliveira ENGENHARIA/IEGEN/IEDT/CMDSJJ 813-6939 SGGJ

Flavio Ramos Torres UN-BC/ST/EE 861-3322 JMAI

Mauro Eduardo de Souza Silva UN-BC/ST/EIS 845-6681 KZQ7

Ronaldo Romeu Costa TRANSPETRO/DT/OLEODUTOS/TTOL 856-5498 SG1H

Secretário Técnico Rodrigo Mendes Alves Côrtes ENGENHARIA/SL/NORTEC 817-7467 ENIV

_____________

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PETROBRAS N-2328 - Revestimento de Junta de Campo para Duto Enterrado;

PETROBRAS N-2432 - Revestimento Externo de Concreto para Dutos Terrestres e Submarinos;

PETROBRAS N-2624 - Implantação de Faixas de Dutos Terrestres; PETROBRAS N-2634 - Operações de Passagem de “Pigs” em Dutos; PETROBRAS N-2719 - Estocagem de Tubo em Área Descoberta; PETROBRAS N-2726 - Dutos; PETROBRAS N-2776 - Capacitação e Qualificação de Pessoal para Dutos

Construção e Montagem; ABENDE DC-001 - Qualificação e Certificação de Pessoal em END; ABENDE NA-001 - Qualificação e Certificação de Pessoal em END; ABNT NBR 5425 - Guia para Inspeção por Amostragem no Controle e

Certificação da Qualidade; ABNT NBR 5426 - Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção

por Atributos; ABNT NBR 5427 - Guia para Utilização da norma ABNT NBR 5426; ABNT NBR 6502 - Rochas e Solos; ABNT NBR 12712 - Projeto de Sistemas e Distribuição de Gás

Combustível; ABNT NBR 9061 - Segurança de Escavação a Céu Aberto; ABNT NBR 14842 - Critérios para a Qualificação e Certificação de

Inspetores de Soldagens; ISO 9712 - Non-Destructive Testing - Qualification and

Certification of Personnel; API RP 1110 - Recommended Practice for the Pressure Testing of

Liquid Petroleum Pipelines; API SPEC 5L - Line Pipe; API SPEC 6D - Specification for Pipeline Valves (Gate, Plug, Ball and

Check Valves); API STD 1104 - Welding Pipelines and Related Facilities; ASME B 1.1 - Unified Inch Screw Threads; ASME B 16.5 - Pipe Flanges and Flanged Fittings; ASME B 16.20 - Metallic Gaskets for Pipe Flanges - Ring Joint, Spiral

Wounds and Jacketed; ASME B 16.34 - Valves - Flanged, Threaded and Welding End; ASME B 31.4 - Liquid Transportation Systems for Hydrocarbons,

Liquid Petroleum Gas, Anhydrous Ammonia and Alcohols;

ASME B 31.8 - Gas Transmission and Distribution Piping Systems; ASME Section IX - Qualification Standard for Welding and Brazing

Procedures, Welders, Blazers and Welding and Brazing Operators;

ASTM E 1961 - Standard Practice for Mechanized Ultrasonic Examination of Girth Welds Using Zone Discrimination with Focused Search Units;

BSI BS8010 Section 2.8 - Pipelines on land: Design, Construction and Instalation. Section 2.8 Steel for Oil and Gas;

BSI BS EN 473 - Non-Destructive Testing - Qualification and Certification of NDT Personnel - General Principles Supersedes PD;

BSI BS EN 45013 - General Criteria for Certification Bodies Operating Certification of Personnel;

MSS SP-6 - Standard Finish for Contact Faces of Pipe Flanges and Connecting End Flanges of Valves and Fittings;

MSS SP-44 - Steel Pipeline Flanges;

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8.2 Todos os pontos onde forem levantadas falhas no revestimento devem ser inspecionados, mediante escavação, e os defeitos constatados devem ser reparados de acordo com o procedimento aplicável. 9 MONTAGEM E INSTALAÇÃO DE COMPLEMENTOS 9.1 Complementos são as instalações necessárias à segurança, proteção e operação dos dutos, as quais devem ser montadas ou construídas de acordo com as especificações do projeto e recomendações técnicas, compreendendo, mas não se limitando ao seguinte:

a) lançadores/recebedores de “pig”; b) válvulas de bloqueio e retenção, derivações e by-pass; c) sistema de proteção catódica, incluindo:

- pontos de teste eletrolítico; - leitos dos anodos; - retificadores e equipamentos de drenagem; - juntas de isolamento;

d) instrumentação e automação; e) provadores de corrosão; f) sistemas de alívio.

Notas: 1) As válvulas, instrumentação, lançadores/recebedores de “pig” e provadores de

corrosão devem ser instalados quando da conclusão da limpeza final e precedendo à secagem do duto conforme item 7.2.4.1.

2) Devem ser garantidas condições permanentes de acesso às áreas onde forem instaladas as válvulas de bloqueio, lançadores/recebedores de “pig” e retificadores.

3) Deve ser previsto um sistema de proteção catódica provisório para todo duto enterrado, por um período superior a 3 meses, enquanto o sistema definitivo de proteção catódica não estiver em operação.

9.2 Antes da instalação das válvulas, deve ser garantida que não há presença de água no interior do sistema de bloqueio, by-pass, drenos e suspiros. 9.3 Os lançadores/recebedores de “pig” e as respectivas tubulações de interligação às unidades devem ser limpos e secos, com o mesmo critério de aceitação do duto. 9.4 Todos os complementos devem ser previamente verificados e testados de acordo com procedimentos específicos. 10 REQUISITOS GERAIS DE SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E SAÚDE 10.1 Os serviços devem ser executados de acordo com os parâmetros de segurança, meio ambiente e saúde estabelecido pelas autoridades competentes com jurisdição sobre a faixa de trabalho ou de servidão do duto.

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ANEXO D- INSPEÇÕES ADICIONAIS

D-1 INSPEÇÃO INTERNA DO DUTO COM “PIG” DO TIPO ULTRA-SÔNICO D-1.1 Deve ser passado “pig” ultra-sônico, depois da inspeção com o “pig” geométrico com a finalidade de se obter a “assinatura 0” (primeiro registro de passagem de “pig” tipo ultra-sônico no duto) e detectar eventuais defeitos que possam vir a ser confundidas com corrosão em futuras inspeções de perda de espessura. D-1.2 O Equipamento para bombeamento deve estar dimensionado conforme o item 6.19.1. D-1.3 Os defeitos detectados na passagem do “pig” ultra-sônico devem estar caracterizados conforme definido na TABELA D-1 e na FIGURA D-1.

TABELA D-1 - DEFINIÇÃO DOS TIPOS DE DEFEITOS

Tipo de Defeitos Definição Ponto de Referência para POD em Função de L x l

Generalizada ([l ≥ 3A] e [L ≥ 3A]) 3A x 3A

Pit {([1A ≤ l < 6A] e [1A ≤ L < 6A) e [0,5 < L/l <2]) e não ([l ≥ 3A] e [L ≥ 3A])} A x A

Risco axial ([1A ≤ l < 3A] e [L/l ≥ 2]) 2A x A

Risco circunferencial ([L/l ≤ 0,5] e [1A ≤ L < 3A]) A x 2A

Cavidade {[0 < l < 1A] e [0 < L < 1A] 1/2A x 1/2A

Canal axial ([0 < l < 1A) e [L ≥ 1A]) A x 1/2A

Canal circunferencial ([l ≥ 1A] e [0 < L < 1A]) 1/2A x A Onde:

POD = probabilidade de detecção da ferramenta de inspeção; L = comprimento do defeito (direção longitudinal); L = largura do defeito (direção circunferencial); e A = parâmetro geométrico que está relacionado aos métodos de ensaios não

destrutivos (END) da seguinte maneira: - se t (espessura de parede) < 10 mm, então A = 10 mm; - se t (espessura de parede) ≥ 10 mm, então A = t.

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