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Valores em euros

Encargos com pessoal 1 989 404

Outras despesas de estrutura 75 600

Iniciativas directas 1 143 806

Total 3 208 810

Receitas 364 311

Exemplar à data da inauguração, em Outubro de 1969, desejou-se que oMuseu Gulbenkian mantivesse tal estatutona actualidade, vontade que obrigou aencerrá-lo pela primeira vez para uma amplacampanha de obras, que decorreu entre3 de Outubro de 1999 e 20 de Julho de 2001.

Procedeu-se à instalação de novosequipamentos técnicos de climatização,segurança e iluminação e também àimplementação de outros que correspondemàs modernas exigências de habitabilidadedos edifícios desta natureza, levantamentode materiais hoje conhecidos comoinconvenientes para os utentes, a alcatifasubstituída por soalhos de madeira, a adequação dos circuitos a deficientesmotores, a anulação de desníveis e instalação de um ascensor, valorizando-setambém os espaços de recepção ao público,da loja e restaurante, zonas que potenciamo conforto do público no Museu e, emconsequência, a repetição da visita.

O período de encerramento, podendo terparecido excessivo, foi afinal o estritamentenecessário para a concepção, planificação e realização das obras profundas das infra-estruturas e da museografia,complexos e difíceis desempenhos necessáriospara expor com a qualidade requerida umacolecção única num edifício de referência.

Consciente de que o público ficaria privadodo objecto primeiro do Museu, a ExposiçãoPermanente, empenhou-se a sua equipa emminimizar o facto com a realização

de actividades continuadas como exposiçõestemporárias, encontros científicos e publicações, de que se foi dandoconhecimento público através da Newslettere interno através dos relatórios deactividades dos dois últimos anos.

Reflectiu-se também sobre os modos de revitalização constante da comunicaçãodos públicos com o Museu, através da acçãodos Serviços Educativos, da informaçãodisponibilizada através das tecnologiasinformáticas e dos materiais gráficos aolongo do percurso da Exposição Permanente.

Exposição Permanente.Reabertura do MuseuCom a presença de Sua Excelência o Presidente da República e numerososconvidados nacionais e estrangeiros, foi reaberto o Museu a 20 de Julho,requalificado por obras nas estruturastécnicas e museográficas que, após mais de 30 anos de funcionamento, se haviam tornado obsoletas.

O primeiro semestre de 2001 foi o períodode finalização das obras de fundo, bem como de preparação dos espaços e remontagem da Exposição Permanente,implicando um esforço acrescido de toda aequipa do Museu que respondeu com grandeempenho e exemplar profissionalismo a estacomplexa tarefa museológica, contandoainda com o apoio de profissionaisexteriores à instituição nas mais diferentesdisciplinas, e coordenação técnica dosServiços Centrais da Fundação.

A introdução de mudanças na museografia e nas peças expostas foi fruto da colaboração próxima entre o arquitectoconvidado a reformular o Museu, Paul Vandebotermet, a Direcção e os conservadores do Museu, daí resultando

›› Museu Calouste Gulbenkian

um projecto cuja realização revela o maiorrespeito pela obra existente, edifício e exposição, acentuando no primeiro as qualidades excepcionais da estrutura e morfologia, e, na segunda, a intencionalidade do guião original.

A supressão de suportes de pinturas, o despojamento das paredes e vitrinas,

a uniformização dos espaços e respectivosacabamentos, permitiram oferecer aovisitante perspectivas amplas das galeriasde exposição, propiciando uma presençamais absoluta para as peças da Colecção.

A reformulação dos materiais gráficos, agoracomplementados com meios informáticosque dão ao visitante acesso a outros

Reabertura do MuseuCalouste Gulbenkian,

com a participaçãode Sua Excelência

o Presidente da República.

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Cerimónia dereabertura do MuseuCalouste Gulbenkian,

com a participação de Sua Excelência

o Presidente da República,

Dr. Jorge Sampaio.

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conhecimentos, como sejam os percursosbiográficos do Coleccionador, os espaços dasua casa em Paris ou fichas das peças emexposição, são outros dos melhoramentosintroduzidos que permitem uma fruição maiscompleta do edifício e das peças agora expostas.

Com efeito, também ao longo destes 30 anos desenvolveu-se a investigação sobre

os autores e as produções representados nascolecções, facto que obrigou a uma releituracrítica do conjunto e ao levantamento de algumas das peças expostas e à inclusãode outras em reserva.

Assim, na Arte da Antiguidade Clássicaintegrou-se agora o importante núcleo de pedras gravadas e reforçou-se a excelente

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Conferência sobreo Coleccionismo de Arte Islâmica,pelo ProfessorMichael Rogers,docente de Arte e ArqueologiaIslâmicas da Universidade de Londres, por ocasião dareabertura do Museu.

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Aspectoda Galeria de ArtesDecorativas – França,século XVIII.

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Aspecto da Galeria de

Artes Decorativas –França, século XVIII.

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Aspecto da Galeria de Pintura do Museu (séculos XVIII e XX).

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Aspecto da Galeria de Pintura

(século XIX).

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representação de moedas gregas; na Arte do Oriente ampliou-se o núcleo de azulejariaislâmica e de peças arménias; e na Arte daEuropa destacam-se as presenças da sumptuosanatureza-morta de Jan Weenix e as pinturas de costumes de Dagnan-Bouveret e GiovanniBoldini, e um retrato por Carpeaux, tendo-sevalorizado a apresentação do Apolo de Houdone do centro de mesa de René Lalique.

O lançamento do novo Álbum das Colecçõese uma conferência sobre o Coleccionismo deArte Islâmica pelo Professor Michael Rogers,antigo responsável pelas colecções de ArteIslâmica do British Museum e actualdocente de Arte e Arqueologia Islâmicas da Universidade de Londres, marcaram a reabertura do Museu.

Na mesma ocasião ficou disponível ao público a página do Museu na Internet(www.museu.gulbenkian.pt) constituindo uma eficaz forma de divulgação do Museu e das suas actividades.

A propósito da renovação do Museu, o director publicou o artigo “Revisitar o MuseuCalouste Gulbenkian”, no número de Outubroda revista especializada em conservação e recuperação arquitectónica Pedra e Cal.

Exposições InternacionaisFoi considerado que, aproveitando o factode o Museu estar encerrado, se deveriam

apresentar internacionalmente núcleos das colecções, em locais de prestígio. Assim, a exposição “Chefs-d’oeuvre du Musée Gulbenkian. Meubles et ObjectsRoyaux du XVIIIe Siècle Français”,apresentou-se no Palácio de Versalhes,permitindo o regresso temporário a Françade objectos de artes decorativas e livrosque, pertencentes a pessoas reais ou à nobreza no século XVIII, haviam habitado os seus palácios.

“Un Jardín Encantado. Arte Islámico en la Colección Calouste Gulbenkian” foi a terceira e última exposiçãointernacional realizada durante o encerramento do Museu, depois da apresentação de algumas das melhoresobras das suas colecções no MetropolitanMuseum of Art, em 1999-2000, e na referidaexposição de Versalhes.

Na sala de exposições da FundaçãoSantander Central Hispano, em Madrid, “Un Jardín Encantado” constituiu-se comoum selectivo conjunto de 65 obras de arteislâmica, produzidas entre os séculos XIIe XVIII, num espaço culturalgeograficamente alargado entre a Turquia e a Índia e representativas da atracção que o Coleccionador sentia pelas realidadesconcretas e do seu fascínio pelos materiaise pela perfeição na execução. Cerâmicas,tanto objectos como azulejos, vidros,tecidos, tapetes, indumentária e livrospreciosos pelas encadernações, iluminuras

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Aspecto da saladedicada à obra do pintor venezianoFrancesco Guardo(1712-1793).

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e caligrafia, deram a conhecer em Espanhao alto nível da exigência e do gosto de Calouste Gulbenkian.

O catálogo, editado pela instituição queacolheu a mostra, reproduzia todas as peçaspatentes e incluía dois textos, um intitulado“Calouste Gulbenkian, coleccionista de arteislámico”, da autoria das comissáriascientíficas Fernanda Passos Leite e MariaQueiroz Ribeiro, conservadoras do Museu, o outro “El arte islámico”, do Professor John Carswell, grande conhecedor da diversificada e rica cultura do Islão.

Estando o Museu aberto ao público, torna-se porventura impossível organizarexposições internacionais de excepcionalnível qualitativo sem incluir alargadonúmero de peças em exposição permanente– o que não é conveniente –, exceptuandoos núcleos de Arte Islâmica e de Livros,com obras de excelente qualidade tambémnas reservas e que, por razões deconservação, não podem estar expostasdurante largos períodos de tempo.

É conhecido o empenho de CalousteGulbenkian na aquisição de livros preciosos,

europeus e orientais, produzidos entre oséculo XIII e o século XX. Assim, ao longodo ano, as conservadoras Manuela Fidalgo e Maria Queiroz Ribeiro trabalharam no projecto de uma exposição sobre a artedo livro no Museu Gulbenkian, que se desejavir a concretizar-se numa itinerância aindanão totalmente definida e que seconstituirá, no seguimento das exposiçõesinternacionais ultimamente realizadas, comomais um exemplo da excelência das escolhasdo Coleccionador, desta vez como bibliófilo.

Exposições TemporáriasInaugurada a 13 de Dezembro de 2000, a exposição “Arte Efémera em Portugal”manteve-se aberta na Sala de ExposiçõesTemporárias do Museu até 25 de Fevereirode 2001. No Relatório do ano transactoforam referidos em detalhe a exposição e ocatálogo que a acompanhou, primeiraincursão global no nosso país a uma parteda historiografia de Arte queinternacionalmente e desde há anos temvindo a ser objecto de atenção – aparatospúblicos, arquitectónicos e artísticos,de duração breve, feitos expressamente paracomemorações de eventos precisos.

Aspectos da exposição

“O Mundo da Laca. 2000 Anos

de História”.

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“O Mundo da Laca. 2000 Anos de História”teve seguidamente lugar no mesmo espaço.Primeira exposição em Portugal dedicadaao tema, abrangia um vasto período e diferentes geografias culturais onde estaarte/técnica foi utilizada.Um conjunto de 106 objectos documentavaos diversos tipos de laca que se utilizaramno Oriente e no Ocidente, desde o século I a.C., na China (dinastia Han), até ao século XX, na Europa e no Japão. A exposição integrou um considerável númerode obras pertencentes ao Museu Gulbenkian,produzidas na China, no Japão, no MédioOriente e na Europa. Incluíram-se tambémobras cedidas pelo British Museum e peloVictoria & Albert Museum, bem comopelos Museu Nacional de Arte Antiga, Museu Nacional de Machado de Castro, Museu de São Roque, Museu de AlbertoSampaio e Museu da Música, para além de obras de colecções particulares. Em simultâneo, no átrio da Biblioteca e do Museu, dispôs-se um conjunto de instrumentos e materiais utilizados nas várias fases do trabalho da laca, no Japão, contributo didáctico para atravésda técnica melhor se entender a arte.

A exposição dividia-se em seis núcleos:China, Japão e Coreia, Índia, Islão, Europae Século XX. O projecto museográfico foiconcebido pelo designer Mariano Piçarra. O catálogo inclui artigos de Pedro de MouraCarvalho, comissário da exposição, Julia Hutt, Oliver Impey, Tim Stanley, Teresa Freitas Morna e Nuno Vassallo e Silva. O design gráfico do catálogo é de TVM Designers – Luís Moreira.

A exposição “Exotica. Os DescobrimentosPortugueses e as Câmaras de Maravilhasdo Renascimento” resultou de uma frutuosaparceria entre o Museu Gulbenkian e o Kunsthistorisches Museum que a haviaapresentado, com algumas alterações na selecção de peças, em Viena e noCastelo de Ambras, Innsbruck, durante 2000.A selecção de 115 peças, provenientesmaioritariamente do KunsthistorichesMuseum, incluía também objectos raroscedidos por outros museus estrangeiros,como o Museu Nacional da Baviera de Munique, o Grünes Gewölbe de Dresden,o MAK, Museu de Artes Decorativas de Viena, o Mosteiro das Descalças Reais de Madrid, o Mosteiro do Escorial,

Aspectos daexposição “Exotica.Os DescobrimentosPortugueses e as Câmaras de Maravilhas do Renascimento”.

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os Museus do Mobiliendepot de Viena, o Museu Nacional de Artes Decorativas de Madrid, o Museu de Etnologia de Viena,o Museu e Tesouro das Deutschen Ordens de Viena e a Colecção do Castelo de Ambrasde Innsbruck, e também de colecçõesprivadas e públicas portuguesas,nomeadamente da Casa-Museu Dr. AnastácioGonçalves, Fundação Medeiros e Almeida,Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva,Museus de Grão Vasco, de São Roque,Nacional do Traje e da Moda, Nacional de Machado de Castro, Nacional de Soaresdos Reis, Palácio Nacional da Ajuda e Sé Metropolitana de Lisboa.

Com esta mostra divulgaram-se peçaspreciosas originárias de África e do Orienteou, quando feitas na Europa, denotando a influência de outras culturas extra-europeias, constituindo-se como uma extraordinária evidência do fascínio que objectos raros e preciosos, estranhos às tradições ocidentais, exerceram nos séculos XVI e XVII sobre as casas reais e outros grandes coleccionadores.A influência da casa real portuguesa na aceitação e expansão deste novo gostona Europa era sobejamente patente na exposição.

O arquitecto Paul Vandebotermet ocupou-sedo projecto de museografia.

O catálogo, que teve versão portuguesa e inglesa, contou com estudos de PedroDias, Rudolf Distelberger, Pedro de MouraCarvalho, Jorge Manuel Flores e dos comissários Nuno Vassallo e Silva e Helmut Trnek.

O reflexo da qualidade da exposição ficoupatente numa notícia do InternationalHerald Tribune que a considerou a “mais brilhante e inovadora exposição do ano”.

Projectos de ExposiçõesA programação das exposições temporáriasnão contempla actividades em 2002,sendo a sala de exposições do Museu sujeita a obras de beneficiação nesse ano.

Para além da exposição centradanos livros da Colecção Gulbenkian,já referida anteriormente, desenvolveram-seoutros projectos com realização previstaa partir de 2003.

Em resposta a um pedido de colaboração do Museu Gulbenkian, a Tate Britainseleccionou um importante conjunto de aguarelas de William Turner e que,para melhor entendimento da obra destepintor, com notáveis peças na Colecção do Museu, incluirá também duas pinturas a óleo e várias gravuras.

Trabalhou-se igualmente na preparação de uma exposição que incidirá nas relaçõesculturais entre Portugal, através de Goa, e os imperadores da Índia mogol entre o século XVI e o início do século XVIIIe que será apresentada no Museu tambémem 2003, seguindo depois para a Freer Galleryde Washington.

Outra exposição, a realizar em 2004 e de que se fez uma pré-selecção das peças,é a de 100 desenhos de Arquitectura e Artes Decorativas europeias, do século XVIa 1900, pertencentes ao Cooper-HewittNational Museum of Design de Nova Iorque.

Como referido, nas obras realizadas noMuseu contemplou-se a reserva de umespaço entre as galerias da Arte do Orientee as da Arte Europeia, para apresentação de peças da Colecção que, por razões de conservação ou por não teremenquadramento no percurso museológico, se guardam nas reservas. Deste modo pode-seretomar, agora no espaço da ExposiçãoPermanente, a iniciativa “Obra em Foco”onde uma peça ou um pequeno conjunto de peças, menos divulgadas, serão motivode atenção especial durante alguns meses,acompanhadas pela edição de uma brochura.

Neste sentido se trabalhou para apresentar a partir de 2002, de modo continuado,obras merecedoras de maior conhecimentopor parte do público como o busto da Vestal Túcia, da oficina do escultorAntónio Canova, um desenho da Colecção e as vistas dos portos de Constantinopla e de Marselha de Felix Ziem, pinturasadquiridas pelo Coleccionador por teremespecial significado biográfico.

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Participações em ExposiçõesTemporáriasA presença de obras de arte da Colecção em exposições internacionais de grandequalidade proporciona a divulgação do Museu e muitas vezes a actualização do estudo das peças, através da investigaçãode grandes especialistas chamados a colaborar nesses eventos.

Os pedidos de obras de arte são analisadosem função do seu estado de conservação,dos seus empréstimos anteriores, da qualidade dos guiões das exposições a que se destinam e das condições desegurança das instituições que as solicitam.Igualmente se consideram os inconvenientesde retirar peças essenciais do discursoexpositivo, questão menos premente nesteano, dado o Museu ter estado encerradodurante o primeiro semestre.

Ao longo de 2001, o Museu CalousteGulbenkian cedeu as seguintes obras paraexposições nacionais e internacionais:

› “Glass of the Sultans”, no Corning Museumof Glass, Corning, EUA – duas peças de vidro da dinastia mameluca, um jarro e um vaso do século XIV;› “Un Jardín Encantado. Arte Islámico en la Colección Calouste Gulbenkian”, na galeria de exposições da FundaçãoSantander Central Hispano, em Madrid – 65 obras de arte islâmica, incluindocerâmicas, vidros, tapetes, têxteis e livros;› “L’Orient de Saladin”, no Institut du MondeArabe, Paris – quatro peças de cerâmica da Síria;› “Treasures from the Ark: 1700 Years ofArmenian Christian Art”, na British Library,Londres – cinco obras de arte arménia;› “Il Volto di Cristo”, no Palazzo delleExposizione, Roma – o livro manuscritoiluminado Apocalipse;› “Desenhos de Mestres Europeus nasColecções Portuguesas”, no Museu Nacionalde Soares dos Reis, Porto – 11 desenhos de Hans Holbein, Albrecht Dürer, Anthonyvan Dyck (atribuído), Jacob van Ruisdael,Antoine Watteau, François Boucher, Jean-Honoré Fragonard, Nicolas Cochin,filho, Jean-Michel Moreau (atribuído) e Clodion;

› “Rococo. A Foreign Style in Holland”, no Rijksmuseum, Amesterdão – a esculturaBusto de Baco de Jan van Logteren;› “La Natura della Natura Morta”, na Galleriad’Arte Moderna, Bolonha – a pintura Jarra com Rosas de Fantin-Latour;› “Manet. Les Natures Mortes” na Walters Art Gallery, Baltimore – a pinturaO Rapaz das Cerejas;› “Impressionist and Post-Impressionist Still-Life Painting”, na Phillips Collection,Washington – a pintura Natureza-Morta de Claude Monet;› “Rodin. 1900”, no Museu do Luxemburgo,Paris – a escultura As Bênçãos;

Anunciação, de Hans Holbein,Holanda, séculos XV-XVI, desenho sobrepergaminho (inv. 457).Obra cedida para a exposição “Desenhosde Mestres Europeusnas ColecçõesPortuguesas”, no MuseuNacional de Soares dos Reis, Porto.

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Carlos Azevedo

› ”L’arte del gioiello e il gioiello d’artistadal 1900 ad oggi”, no Palácio Pitti,Florença – seis jóias de René Lalique; › “Art Nouveau, 1890-1914”, no MuseuMetropolitano de Tóquio – cinco peças de René Lalique.

ConcertosDeu-se continuidade, em colaboração com o Serviço de Música, à realização dos habituais concertos de Domingo noátrio da Biblioteca e Museu. Devido às obrasde remodelação nesta zona, nomeadamenteao nível da Loja, reduziu-se ligeiramenteo número de espectáculos, tendo-se realizadoao longo de todo o ano 10 concertos, aos quais assistiram cerca de 1800 pessoas.

PublicaçõesPara além dos catálogos das exposições“O Mundo da Laca. 2000 Anos de História” e “Exotica. Os Descobrimentos Portugueses e as Câmaras de Maravilhas do Renascimento”, foram editadas as seguintes obras:

Álbum do Museu Calouste Gulbenkian,publicado por ocasião da reabertura do Museu, contendo uma selecção de 163de entre as obras mais representativas dos diferentes núcleos, de Arte Antiga,Artes Orientais e Arte Europeia, desde o Egipto à Art Deco.Textos da Direcção e dos conservadores,fotografias do laboratório fotográfico do Museu e design gráfico de Maria JoséSubiela Bernat.Foram feitas edições em português e inglês,prevendo-se para 2003 edições em espanhole francês.

A Catalogue of the Calouste GulbenkianCollection of Gems. Núcleo de peças sempreconservado em reserva, o de gemas e camafeus, foi estudado por Jeffrey Spier,em catálogo com 62 entradas, coordenadoeditorialmente por Mário Castro Hipólito e lançado no dia da reabertura do Museu.Trata-se de todas as pedras preciosas esemipreciosas gravadas, exemplares etruscos,gregos, itálicos, romanos imperiais e neoclássicos que Calouste Gulbenkianadquiriu entre 1898 e 1925.Fotografias do laboratório fotográfico do Museu e design gráfico de Alda Rosa.

O Peitoral-libélula,foi uma das jóias de René Lalique

cedidas para figurarna exposição

“Art Nouveau, 1890-1914”,

no Museu Nacionalde Arte Ocidental,

Tóquio, cujainauguração contoucom a presença dospríncipes imperiais

Takamada, do Japão(na imagem).

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Catálogo da exposição “O Mundo da Laca. 2000 Anos de História”.

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Catálogo da exposição “Exotica. Os DescobrimentosPortugueses e as Câmaras de Maravilhas do Renascimento”.

Álbum do Museu Calouste Gulbenkian.

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A Catalogue of the Calouste Gulbenkian Collection of Gems.

Desenvolveu-se o trabalho para as seguintespublicações:

› Catálogo das Porcelanas da China;› Catálogo das Lacas do Japão;› livro A Génese do Museu com ensaios sobrea Colecção na Avenida de Iéna em Paris, a exposição no Palácio Pombal em Oeiras e a Arquitectura e a Museografia do MuseuCalouste Gulbenkian; › primeira publicação para um públicojuvenil, comparando a produção da cerâmicaparietal na Turquia e em Portugal, feito emparceria com o Museu Nacional do Azulejo.

Divulgação, Permutae Ofertas de PublicaçõesA loja do Museu encerrou apenas durante os trabalhos de remodelação dos seusequipamentos, tendo-se produzido objectosrelacionados com as peças das colecções e com os temas das exposições temporárias,cerâmicas, têxteis e materiais de papelaria.A loja torna públicas, noutra perspectiva, as edições promovidas pelo Museu,catálogos das colecções e das exposiçõestemporárias.

O Museu enviou aos Museus tutelados peloInstituto Português de Museus os títulosmais recentes, considerados pertinentes paraas respectivas Bibliotecas, e também paranumerosos museus internacionais, em regimede permuta. As obras que se recebem sãopostas à disposição da Biblioteca de Arte.

O Museu deu continuidade à oferta de livros aescolas secundárias e a instituições de ensinosuperior e de formação nas artes visuais.

A Fundação Calouste Gulbenkian passou a dispor de distribuição de todas as suaspublicações no País, o que inclui as ediçõesdo Museu.

Laboratório FotográficoArquivo FotográficoAo longo de 2001 o Laboratório Fotográficoexecutou 292 negativos, 2334 provas

em papel, 3639 transparências a cor, 1745 diapositivos de 35 mm e 75 CD’s com imagens digitalizadas.

Deu-se ainda continuidade à actualizaçãodos ficheiros fotográficos, bem como aotratamento da documentação fotográficaentrada no Arquivo.

Continuou-se a introdução na base de dadosde registos (negativos, provas e transparências) de peças da Colecção.

A resposta às necessidades para as exposiçõestemporárias e respectivos catálogos, assimcomo a cobertura fotográfica de todas asactividades ligadas à reabertura do Museu,contaram com a participação dos elementosdo Laboratório Fotográfico.

Serviço EducativoEstando o Museu encerrado para obrasdurante o primeiro semestre, o ServiçoEducativo empenhou-se na organização devisitas orientadas às exposições temporáriasda responsabilidade do Museu: “Arte Efémeraem Portugal”, “O Mundo da Laca. 2000 Anosde História” e “Exotica. Os DescobrimentosPortugueses e as Câmaras de Maravilhas do Renascimento” e também a exposiçãoorganizada pelo Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian, “Entre o Espanto e o Esquecimento.Arqueologia das Sociedades Brasileiras antes do Contacto”.

As diferentes temáticas trazidas por estasexposições atraíram ao Museu novospúblicos que o Serviço Educativo tratou de cativar para futuras visitas às galerias doMuseu a reabrir no segundo semestre.

Foi preocupação do Serviço Educativomanter o público atento a essa reabertura,continuando o seu trabalho e contactopermanentes com escolas e universidades,com o público sénior, actualmente um dosgrandes caudais de afluência ao Museu (Universidade, Clubes, Centros de Dia), com as instituições de tratamento e/ouapoio a pessoas com problemas específicosde carácter físico, mental ou social(hospitais, IPSES, CERCIS, entre outros).

Organizaram-se encontros no Museu paraguias e intérpretes e actividades para as ATL(associações de tempos livres) e as monitorascolaboraram com o CAI (Centro ArtísticoInfantil da Fundação) nas actividades do Dia Mundial da Floresta, Dia Internacionaldos Museus e Dia Mundial da Criança.

O Serviço Educativo orientou no ano de 2001 um total de 416 visitas em que participaram 6376 pessoas.

Estágios no MuseuAs conservadoras do Museu prestaram apoioe coordenaram diversos estágios no âmbitode cursos de licenciatura e pós-graduaçãoda Faculdade de Ciências Sociais e Humanasda Universidade Nova de Lisboa,da Universidade de Coimbra e da Universidadede Paris IV – Sorbonne.

Conservação e RestauroForam alvo de tratamento 12 peças de vidroromano da Colecção do Museu CalousteGulbenkian, todas incluídas na ExposiçãoPermanente.

Retomaram-se as intervenções de conservação e restauro dos manuscritos islâmicos, tendo-se contado mais uma vez com acolaboração do especialista Professor IslamSecem, de Istambul.

Foram realizados trabalhos de conservação,restauro e montagem museográfica em painéis de azulejos otomanos dos séculos XVI e XVII, de Iznik e de Damasco, para figurarem na exposição “Un JardínEncantado. Arte Islámico en la ColecciónCalouste Gulbenkian”, em Madrid, e paraintegrarem o núcleo de azulejos das galeriasde Exposição Permanente do Museu. Estaintervenção foi feita no serviço de Conservaçãoe Restauro do Museu Nacional do Azulejo.

Concluiu-se o restauro do Biombo deCoromandel (inv. 1023) que passou aintegrar a Exposição Permanente do Museu.

Efectuaram-se intervenções de conservaçãonas três seguintes pinturas:

› Retrato de um Jovem e de uma Jovem(inv. 243), de anónimo flamengo, século XVI;› Retrato de M. e Mme Thomas Germain (inv. 4319) de Largillière;› A Floresta de Fontainebleu no Outono(inv. 85), de Diaz de la Peña.

As pinturas Auto-retrato (inv. 2386) de Lépicié e Le Tapis Vert (inv. 626) de Hubert Robert, foram sujeitas a examesradiográficos no Instituto Português de Conservação e Restauro.

A escultura Diana (inv. 1390) de Houdon foi submetida a tratamento de conservação,incluindo a limpeza do mármore e substituição de restauros antigos.

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Margarida Ramalho

Aspectos de animações comcrianças, no âmbito do Dia Mundial da Floresta, em colaboração como Centro ArtísticoInfantil (CAI).

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A escultura Jean d’Aire (inv. 567) de Auguste Rodin, foi sujeita a limpeza e impermeabilização da superfície do bronze, sendo depois recolocada no jardim interior da Recepção, mas agoraem local protegido de chuvas e sol directo.

O Museu enviou para a oficina De Wit de Malines, Bélgica, com excelentecurriculum no tratamento e limpeza de muitas das melhores tapeçariasexistentes, as suas tapeçarias daRenascença. Quando o Museu reabriu, já estavam expostas, depois de tratadas,quatro das seis tapeçarias italianas da série Jogos de Crianças, segundo cartões de Giulio Romano, e que, por razões de conservação, se deseja sejamapresentadas em rotatividade, e a tapeçariaflamenga Vertumno e Pomona.

Foram tratados nove desenhos de Rui Sanches e procedeu-se à descolagem de 40 desenhosde Ofélia Marques, a pedido do CAMJAP.

Foram tratados, restaurados e montados75 desenhos de plantas e alçados, pertencentesà Biblioteca da Universidade de Coimbra, a pedido do Serviço de Belas-Artes.

Foram realizados tratamentos em peças de mobiliário lacado de diferentes colecçõespúblicas, destinadas a integrar a exposição“O Mundo da Laca. 2000 Anos de História”.

Durante o primeiro semestre de 2001 a Divisão de Restauro desenvolveu aindaactividade de apoio aos trabalhos de remontagem da Exposição Permanente do Museu.

Conferências, Congressos,Colóquios e CursosO encontro “Cultura, Desenvolvimento e Emprego” foi uma actividade desenvolvidaem parceria com o Instituto Português de Museus e apoiada pela Comissão Nacionalda UNESCO, e teve lugar a 4 e 5 de Janeirono Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian.

O Museu, como entidade que potencia, pelas suas actividades, novos desempenhos

culturais dos indivíduos, entendeu alargaro espectro desses desempenhos às áreas dodesenvolvimento integrado das sociedadese das regiões, das Artes Performativas, dosmeios audiovisuais na Comunicação Social.

Durante o encontro várias personalidadesnacionais e internacionais, comresponsabilidades em diferentes actividades,desenvolveram uma reflexão sobre os modoscomo através da Cultura se promovemmecanismos de desenvolvimento social e económico, nomeadamente com a criaçãode novas profissões e empregos.

O colóquio internacional “O Faraó e a EliteDirigente” foi organizado pelo Museu em colaboração com o Instituto Oriental da Faculdade de Ciências Sociais e Humanasda Universidade Nova de Lisboa, e teve lugarentre 4 e 6 de Abril, também no Auditório 2da Fundação Calouste Gulbenkian.

Este encontro trouxe a Lisboa os maioresespecialistas em Egiptologia da actualidade,dando a conhecer alguns dos mais recentesavanços no conhecimento desta civilização,documentada no Museu por um núcleo de obras de arte de superior qualidade.

O director-adjunto e várias conservadoras do Museu Calouste Gulbenkian apresentaramno estrangeiro diversas comunicações e participaram em reuniões internacionais,nomeadamente no Fórum InternacionalRedes de Museu, organizado pela RedePortuguesa de Museus do IPM (InstitutoPortuguês de Museus), que decorreu noFórum Cultural do Seixal.

Colaboração com outrosServiços da Fundaçãoe Instituições no ExteriorA exposição “Para uma Cultura da Paz e da Não-Violência”, organizada pelo Museuem finais de 2000 em colaboração com aComissão Nacional da UNESCO, foi estruturadasobre seis princípios redigidos por um grupode Prémios Nobel da Paz no Manifesto 2000,e que foram interpretados em textosliterários e fotografias de diferentes autoresportugueses, publicados numa brochura.

A sua itinerância foi programada peloMuseu, tendo sido mostrada, ao longo do ano, em oito bibliotecas públicas,prevendo-se a sua circulação no próximoano. Não se tratando de uma actividadecentral do Museu, esta exposição deu corpoa uma atitude que é essencial à práticamuseológica – a preservação e transmissãode valores fundamentais à existênciahumana.

A mostra que em 1998 complementou a exposição “O Livro, Objecto de Arte.Colecção Calouste Gulbenkian, França,Séculos XIX e XX”, intitulada “Encadernação,Passo a Passo” e que posteriormente foilevada em itinerância pelo País através do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura,reiniciou o seu percurso, tendo sidoapresentada em Tomar e em Leiria, aqui como actividade colateral da respectiva Feira do Livro.Dela resultará uma publicação apoiada pela Fundação, através do Museu.

A conservadora Fernanda Passos Leitecolaborou na organização da exposição “Artes Tradicionais Portuguesas”, iniciativa do Serviço Internacional a ser apresentadaem Jacarta em 2002, e prestou apoio à Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalvesna elaboração do texto sobre têxteisorientais e ocidentais a incluir no roteirodeste Museu.

A conservadora Rosa Figueiredo deslocou-senuma Missão a Cabo Verde (ilhas do Fogo e Santiago), com o objectivo de estabelecerum primeiro contacto de sensibilização da realidade local, tendente à organizaçãode um Museu/Centro Cultural na cidade

de São Filipe (ilha do Fogo), a pedido da respectiva Câmara Municipal. Esta Missãofoi patrocinada pelo Serviço de Cooperaçãopara o Desenvolvimento da Fundação.

VisitantesA reabertura do Museu provocou umanatural curiosidade dos visitantes emrelação às novas propostas museográficas e às diferentes articulações entre as peçasexpostas com a inclusão de obrasaté então em reserva.

Contudo, o anterior encerramento nãopermitiu aos agentes turísticos agendar as habituais visitas de grupos internacionaisao Museu, facto que levou a uma quebradeste público que rapidamente será reparadacom a inclusão do Museu nos circuitoshabituais.

De 21 de Julho até ao final do anoa Exposição Permanente teve55 926 visitantes.

As exposições temporárias, duas realizadasna Sala de Exposições do Museu e uma nagaleria do Edifício da Sede, tiveram umtotal de 34 349 visitantes, dos quais 3734foram integrados em grupos acolhidos pelosServiços Educativos.

Entre as visitas especiais contam-se o Presidente da Assembleia Nacional de Cabo Verde, o Ministro dos NegóciosEstrangeiros do Mali, o Ministro da Culturada Bélgica, o antigo Presidente da Repúblicada África do Sul, Senhor Frederick De Clerk, e o Juiz Baltasar Garzón.

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See Blue Through, com coreografia de Didy Veldman, temporada 2000-2001 do Ballet Gulbenkian.

››Alceu Bett

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Valores em euros

Encargos com pessoal 1 055 505(com excepção dos quadros artísticos)

Despesas de funcionamento 151 507

Iniciativas directas 11 234 287(inclui despesas com pessoal e funcionamento)

Orquestra Gulbenkian 5 405 123

Coro Gulbenkian 749 234

Ballet Gulbenkian 2 560 180

Outras iniciativas

Grandes Orquestras Mundiais 911 654

Recitais e música de câmara 673 151

25.os Encontros Gulbenkiande Música Contemporânea 513 446

XXII Jornadas Gulbenkiande Música Antiga 359 969

Cursos de aperfeiçoamentoartístico, musicologiae edições discográficas 61 530

Subsídios e bolsas 517 502

Plano de descentralizaçãocultural 206 866

Subsídios e incentivoà criação musical 53 627

Bolsas de estudo 257 009

Investimento 133 527

Total 12 958 801

Receitas 1 818 708

Excelência, internacionalização e modernidade continuaram a ser em 2001os objectivos de fundo da actividade doServiço de Música nas suas várias vertentesentre si complementares. Estes objectivos,apesar de serem, naturalmente, os daprópria Fundação no seu conjunto, adquiremno plano da Música e da Dança umajustificação acrescida, dadas as carências

›› Serviço de Música

estruturais de Portugal nestes domíniosartísticos e a função muitas vezes única queneles continua a caber, por conseguinte, à Fundação desempenhar.

Trata-se, antes de mais, de assegurar a plenaparticipação do nosso País no circuitoprofissional internacional das Artes do Espectáculo, garantindo ao públicoportuguês uma oferta regular e intensa, ao longo de todo o ano, de actividadesmusicais do mais alto nível, simultaneamentecomparável aos de qualquer grande centrocultural europeu em termos qualitativosabsolutos e representativa das novastendências estéticas mais marcantes que vãosurgindo a cada momento no plano dainterpretação e da criação. E estes princípiossão hoje tanto mais difíceis de concretizarquanto o mercado internacional neste sectorse vai tornando cada vez mais competitivo ecomplexo, obrigando as instituições que neleparticipam a um esforço cada vez maisexigente em termos da dimensão dosinvestimentos necessários, da sua capacidade de programação e contratualização antecipadase da sua credibilidade profissional nos planosartístico, técnico e organizativo.

A exigência de estabilidade institucional e de planeamento plurianual que semelhanteactividade pressupõe, contrastando com as iniciativas de programação de carácterepisódico e de produção a curto prazo quecontinuam a marcar muita da vida musicalportuguesa, e a inexistência de potenciaisparceiros na sociedade civil com a solidezindispensável para assegurarem os mesmosobjectivos sob a forma de eventuais parceriascontratualizadas com o Serviço de Música, nãopodem deixar de obrigar a Fundação a umaresponsabilidade incontornável de intervençãodirecta neste sector. Essa intervenção assenta,pois, em dois pilares: os agrupamentosartísticos permanentes tutelados pelo Serviçoe a temporada de artistas e agrupamentosconvidados, equilibrando assim uma ofertaartística residente com a rotação dosprogramas do circuito internacional.

Trata-se, por último, de uma actividade quese pretende estruturante da própria vidacultural e artística nacional, peladistribuição temporal contínua dosacontecimentos programados, pela cobertura

das diversas áreas do repertório, pela manutenção mais exigente de padrões de referência qualitativa, pela conjugaçãoharmónica do respeito por uma tradiçãoviva com a abertura constante à inovação.

Iniciativas Directas

Orquestra Gulbenkian € 4 836 291

Durante o ano de 2001, a Orquestra Gulbenkianapresentou-se publicamente num total de 86 concertos, dos quais 49 integrados na Temporada Gulbenkian de Música e Dança.

Paralelamente à audição do repertórioorquestral mais comum na maioria das salasde concerto, também este ano estevepresente na actividade deste agrupamento a divulgação de obras orquestrais menosconhecidas entre o público do nosso País.Neste âmbito, foram dadas a ouvir obrasraramente ou nunca executadas entre nós,tais como o Concerto para Violino, Op. 35,de Erich Korngold, Memnon, de FranzSchreker, Le Nozze di Teti e di Peleoe Ommagio degli Artisti del San Carlo, de Rossini, ou Tresvariações, de AlexandreDelgado, esta última em estreia absoluta.

Também no que respeita à música do nossotempo, de salientar a presença da OrquestraGulbenkian nos 25.os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, participando em dois dos programas apresentados. Neste quadro, é de salientar a primeiraaudição absoluta das obras Divertimento para Orquestra, de Emanuel Frazão, e A Impaciência de Mahler, de António PinhoVargas, encomendadas a estes compositorespela Fundação.

A par com a intervenção da OrquestraGulbenkian na temporada regular do Serviço de Música, este agrupamento prosseguiu o seuplano de descentralização artística actuandoem 23 concertos fora de Lisboa, que o levarama Angra do Heroísmo, Aveiro, Castelo Branco,Covilhã, Damaia, Estremoz, Évora, Faro, Guarda, Lagos, Maia, Mesão Frio, Palmela,Ponta Delgada, Portimão, Porto, Queluz,Santa Maria da Feira, Tavira e Vila Real.

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Ainda no País, é de realçar a participaçãoda Orquestra Gulbenkian no ciclo “ConcertosComentados”, co-produzido pela Fundação,pelo Centro Cultural de Belém e pelaRadiodifusão Portuguesa, com um conjuntode concertos que, apresentados ao vivo porRui Vieira Nery, são transmitidos em directopara todo o País pela RDP/Antena 2, comretransmissão internacional no âmbito da UER. De igual referência é a participaçãodeste agrupamento no acompanhamento das provas finais com orquestra do ConcursoInternacional Vianna da Motta, assim comono concerto de laureados do Prémio “Jovens Músicos”, organizado pela RDP.

Já no plano internacional, a OrquestraGulbenkian realizou uma digressão à Suíçacom o Raschèr Saxofone Quartet sob a direcção do maestro Luca Pfaff, actuandoem Genebra, La Chaux-de-Fonds, Montreux,Neuchâtel, Visp e Zurique. No ano de 2001,a Orquestra Gulbenkian foi dirigida pelos

seguintes maestros: Rudolf Barshai, SergeBaudo, Frans Brüggen, Nicholas Cleobury,Michel Corboz, Manuel Ivo Cruz, FernandoEldoro, Osvaldo Ferreira, Djansug Kakhidze,Emanuel Krivine, Günther Herbig, JunichiHirokami, Luca Pfaff, Max RabinovitchClaudio Scimone, Muhai Tang, Gloria RamosTriano, Pierre-Henri Valade e Michael Zilm.

Participaram como solistas ao lado da Orquestra Gulbenkian, entre outrosartistas, os sopranos Angela-Maria Blasi,Cecilia Gasdia e Ruth Ziesak, o meio-sopranoKatia Lytting, o contralto Laura Brioli, os tenores Donald Litaker e Markus Schäfer,os barítonos Matthias Goerne e ThomasHampson, os baixos Alexandre Diakoff, PeterLika e Rudolf Rosen, os pianistas ElizabethAllen, Pedro Burmester, Gianluca Cascioli,Miguel Borges Coelho, Sequeira Costa, Louis Lortie, Mikhail Pletnev, António Rosado e Grigory Sokolov, os violinistas SergeiKhachatrian, David Garrett, Elmar Oliveira,

Coro e OrquestraGulbenkian, sob a direcção do maestro Muhai Tang.Grande Auditórioda Sede da Fundação.

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Daniel Rowland e Antje Weithaas, e o flautista Emmanuel Pahud.

O cargo de maestro titular da OrquestraGulbenkian continuou, até Julho de 2001, a ser desempenhado por Muhai Tang,mantendo-se Claudio Scimone como maestrohonorário e Michael Zilm como maestroconvidado principal.

Coro Gulbenkian € 684 443

Em 2001 o Coro Gulbenkian actuou em 34 concertos, 13 dos quais em colaboraçãocom a Orquestra Gulbenkian. A suaactividade principal, como anteriormente,esteve ligada à temporada de concertos daFundação, aí participando em 18 concertos.Entre o repertório interpretado, refira-se o Stabat Mater e Le Nozze di Teti e di Peleo,de Gioacchino Rossini, o Requiem e as Quatro Peças Sacras, de Giuseppe Verdi,Gloria, RV.589, de Antonio Vivaldi, e Elias, de Felix Mendelssohn-Bartholdy.

À parte das actuações com a OrquestraGulbenkian, e ainda no âmbito da Temporada de Música e Dança,

há a assinalar a apresentação do Coro Gulbenkian em dois concertos a cappella, na Igreja de São Vicente de Fora, um primeiro em que, sob a direcção do maestro Jorge Matta, foi apresentado um programa inteiramentepreenchido com obras dos compositoresFrancisco Garro e António Marques Lésbio, e um outro com obras de Vaughan Williams,Joly Braga Santos e Krzysztof Penderecki.

O Coro Gulbenkian participou, mais uma vez,nos 25.os Encontros Gulbenkian de MúsicaContemporânea, onde, sob a direcção de Luca Pfaff, actuou ao lado da Orquestrada Rádio da Flandres.

Ainda no que se refere à temporada, de referir igualmente a participação do Coro Gulbenkian no concerto da Orquestra Sinfónica da Rádiodo Norte da Alemanha integrado no ciclo “Grandes Orquestras Mundiais”, onde, sob a direcção de Christhoph Eschenbach,foi ouvida a Missa Solemnis, de Ludwig van Beethoven.

Fora do âmbito da temporada da Fundação,no quadro da política de descentralizaçãocultural do Serviço de Música,

O barítono Thomas Hampson,acompanhado pela

Orquestra Gulbenkian,sob a direcção do

maestro Michael Zilm.Grande Auditório

da Sede da Fundação.

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o Coro Gulbenkian apresentou-se,nomeadamente, em Angra do Heroísmo,Évora, Funchal, Lisboa (Centro Cultural de Belém e Igreja de São Roque), Palmela, Ponta Delgada, Portimão, Porto, Santa Maria da Feira e Tomar.

As funções de maestro titular do Coro Gulbenkian são desempenhadas por Michel Corboz, enquanto Fernando Eldoroe Jorge Matta assumem os cargos de maestrosadjunto e assistente, respectivamente.

Ballet Gulbenkian € 2 401 268

Destacam-se duas produções entre o total de 12 obras apresentadas pelo Ballet Gulbenkian ao longo de 2001:Cantata, coreografada especialmente para a Companhia pelo italiano Mauro Bigonzetti,e cuja estreia absoluta ocorreu no âmbitoda programação cultural de Porto 2001 –Capital Europeia da Cultura, e For Heaven’sSake, de Itzik Galili, co-produzida pelaFundação Calouste Gulbenkian e a GaliliDance, e que após a estreia mundial emLisboa viria a ser interpretada por bailarinosdo Ballet Gulbenkian e daquele agrupamento holandês dirigido pelocoreógrafo nos espectáculos que encerraramo Festival de Dança da Holanda, na cidade de Haia.

Estas duas novas produções mereceramreferências críticas muito elogiosas da imprensa especializada francesa e holandesa, respectivamente.

Cantata, coreografada a partir de cançõespopulares e tradicionais italianas, conta com a colaboração de Helena Medeiros, no desenho de figurinos, e de Carlo Cerri no das luzes. For Heaven’s Sake foi criadapor uma equipa liderada por Itzik Galili e de que fazem parte Jaap van Keulen,responsável pela componente musical que foisempre interpretada ao vivo por um grupode instrumentistas do Médio Oriente, a dramaturga Maaike Bleeker, Ascon de Nijs,que desenhou as próteses utilizadas pelosbailarinos, Natasja Lansen, autora dosfigurinos, Jannes Noorman, engenheiro de som, Jacqueline Zwiggelaar, Otto Eggersglüsse o próprio coreógrafo no desenho de luzes.

O Ballet Gulbenkian apresentou ainda trêsobras em estreia mundial: See Blue Through,Como Rebolar Alegremente sobre um VazioInterior e Exo. Na sua primeira colaboraçãocom a Companhia, a holandesa DidyVeldman coreografou See Blue Throughsobre a sonata para violino e orquestra de câmara de Alfred Schnittke. Stijn Celis é o autor do cenário e dos figurinos, e Ben Ormerod o autor do desenho de luzes.

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Ballet Gulbenkian,Cantata, coreografia do italiano Mauro Bigonzetti.

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For Heaven’s Sakede Itzik Galili,

co-produzida pela Fundação

Calouste Gulbenkiane a Galili Dance.

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Perspectivando um alargamento do vocabulário coreográfico da Companhia,duas autoras portuguesas foram chamadas a colaborar no programa de Março de 2001.Vera Mantero criou Como Rebolar Alegrementesobre um Vazio Interior com música originalde Nuno Rebelo, cenário e figurinos de André Guedes e desenho de luzes de Jorge Ribeiro. Exo foi coreografado por Né Barros, que contou com a colaboração de Alexandre Soares na composição da música original, Carlos Assis no desenho de luzes e vídeo, e Vera Castro como autora dosfigurinos. Ao longo do ano de 2001 foramainda repostas À Mesa em 15 Minutosde Rui Horta, Chameleon e Fragile, de Itzik Galili, Noces, de Angelin Preljocaj,Nuti, de Meryl Tankard, Perpetuum, de OhadNaharin, e Stamping Ground, de Jirí Kylián.

Para além dos espectáculos em Haia, acimamencionados, o Ballet Gulbenkian realizouuma digressão pela Alemanha, com actuaçõesnas cidades de Oldenburg, Wiesbaden e Heilbronn. Em Portugal, para além dos trêsprogramas apresentados em Lisboa, a Companhia deu espectáculos em Coimbra,

Amadora, Santa Maria da Feira (Europarque),Funchal (XXII Festival de Música da Madeira), Porto, Leiria (XIX Festival “Música em Leiria”), Viseu, Setúbal (21.º Festival dos Capuchos) e Viana do Castelo.

As funções de directora artísticacontinuaram a ser desempenhadas porIracity Cardoso; as de ensaiador por VítorGarcia, ao longo de todo o ano, e ElisabethGibiat até ao final de Julho. A partir de Setembro Pascale Mosselmans, a par das suas funções de bailarina, iniciou umacolaboração como ensaiadora. Marta Munso,José Grave, Simone Ferro, Ivan Kramar, LedaFernandes, Alphonse Poulin e Derrick Brown,foram os professores convidados quecolaboraram com o Ballet Gulbenkian.

Outras IniciativasGrandes Orquestras Mundiais € 194 192

Em 2001 voltou a realizar-se o ciclo “GrandesOrquestras Mundiais”, contando uma vez maiscom a participação de alguns dos mais

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Quarteto Borodin,Coliseu dos Recreios.››

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Ciclo “GrandesOrquestras Mundiais”.

PhilharmoniaOrchestra,

dirigida pelo maestroMstislav Rostropovitch,Coliseu dos Recreios.

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prestigiados agrupamentos sinfónicos,maestros e solistas do nosso tempo.

A temporada de 2000-2001 foi a última em que a Fundação teve nesta iniciativa como parceiros a Nestlé e a Caixa Geral de Depósitos. Nesta temporada realizaram-seem 2001 os seguintes cinco concertos:Philharmonia Orchestra, com direcção de Mstislav Rostropovitch, Nikolai Znaider(violino); Orquestra Sinfónica da Rádio do Norte da Alemanha, em colaboração com o Coro Gulbenkian, para a execução da Missa Solemnis de Beethoven, com direcção de Christoph Eschenbach;Philharmonia Orchestra, com direcção de András Schiff, que também foi o pianistasolista em três concertos de Mozart; Orquestra de Cadaqués, com direcção de Sir Neville Marriner; Royal PhilharmonicOrchestra, com direcção de Daniele Gatti e o soprano Elizabeth Norberg-Schultz.

Entrando já na temporada seguinte de 2001-2002, em que o ciclo passou a ser organizado em parceria com a ONI e o Banco Português de Investimentos, teve ainda lugar em 2001 o primeiro dosconcertos desta nova série, pela OrquestraFilarmónica de Viena, com direcção de Seiji Ozawa e tendo como solista o pianista Stefan Valdar.

Recitais por artistasconvidados € 518 332

Em articulação com as apresentações dosagrupamentos residentes e convidados, o Serviço de Música voltou a promoverdiversos ciclos de música de câmaracobrindo áreas tão distintas como o canto,o repertório pianístico e organístico e a literatura para várias formaçõesinstrumentais.

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Through the Looking Glass,com a violinistaViktoria Mullova.Grande Auditórioda Sede da Fundação.

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Nestes ciclos participaram, entre outrossolistas, os sopranos Maria Guleghina, Elena Prokina, Barbara Bonney e DorotheaRöschmann; o meio-soprano Ann Murray; os contratenores Andreas Scholl e DavidDaniels; os barítonos Thomas Hampson e Olaf Bär; os baixos Robert Holl e Paata Burchuladze; os pianistas Elena Bashkirova, Arcadi Volodos e Nikolai Lugansky, bem como o duoformado por Marta Argerich e Nelson Freire,a dois pianos; o organista Yves Rechsteiner;os violinistas Viktoria Mullova, à frente de um septeto de jovensexecutantes de música de câmara, Maxim Vengerov, Midori, Julian Ratchlin e Hilary Hahn; os quartetos Alban Berg,Petersen, Ysaÿe, e Prazak.

25.os EncontrosGulbenkian de MúsicaContemporânea € 506 290

“Venha conhecer os grandes desconhecidosda música do século XX” foi o convite que o Serviço de Música da Fundação Gulbenkiandirigiu ao público através da programaçãoespecial dos 25.os Encontros Gulbenkian

de Música Contemporânea que decorreram em Lisboa de 21 de Maio a 3 de Junho.Subordinada ao título “Le Salon des Refusés”(“A Galeria dos Recusados”), esta iniciativaproporcionou a audição de obras bemrepresentativas de compositores do séculopassado que foram marginalizados durantemuito tempo, ou permanecem ainda hojeesquecidos, por não terem correspondidoaos gostos da corrente dominante da historiografia musical, ou por teremsofrido o embate de fortes oposições de ordem política e social.

Realizou-se um total de 16 concertos, que se distribuíram entre os espaços do Grande Auditório Gulbenkian, Centro Cultural de Belém e Aula Magna da Universidade Clássica de Lisboa. Comointrodução, houve uma conferência pelomusicólogo belga Harry Halbreich, um dosmaiores especialistas em matéria de música do século XX, a quem a Fundação Gulbenkianconfiou a escolha dos compositores e das obras. No seu conjunto, esta programação constituiu uma importante achega para uma visãoalternativa da história da música do século XX.

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25.os EncontrosGulbenkian de Música

Contemporânea: Coro Gulbenkian

e Orquestra da Rádioda Flandres

sob a direcçãode Luca Pfaff,

no Grande Auditóriodo Centro Cultural

de Belém.

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Foram 16 os compositores seleccionadospara ilustrar o tema dos “Recusados” nestaedição dos Encontros Gulbenkian: Aarre Merikanto (Finlândia, 1893-1958),Roberto Gerhard (Espanha/Grã-Bretanha,1896-1970), Stefan Wolpe (Alemanha/EUA,1902-1972), Nikos Skalkottas (Grécia 1904-1949), Giacinto Scelsi (Itália, 1905-1988), Karl-Amadeus Hartmann(Alemanha, 1905-1963), Maurice Ohana(França, 1914-1992), Bernd AloysZimmermann (Alemanha, 1918-1970), Bruno Maderna (Itália, 1920-1973), Karel Goeyvaerts (Bélgica, 1923-1993),Morton Feldman (EUA, 1926-1987), Claude Vivier (Canadá, 1948-1983),Francisco Guerrero (Espanha, 1951-1997),Luc Ferrari (França, n. 1929), Horatiu Radulescu (Roménia/França, n. 1942),Julio Estrada (México, n. 1943).

Os 25.os Encontros Gulbenkian incluíramainda muitos outros compositores de diferentes países. Entre eles cincoportugueses: Emmanuel Nunes (com a intenção especial de o homenagearpor ocasião do seu 60.º aniversário), Jorge Peixinho, João Pedro Oliveira, António Pinho Vargas e Emanuel Frazão.

Colaboraram como intérpretes: EnsembleIntercontemporain de Paris (maestrosJonathan Nott e Pascal Rophé), Orquestrada Rádio da Flandres (maestro Luca Pfaff),Ensemble de Musique Contemporaine de Strasbourg (maestro Jan Latham-Koenig),Ensemble Musiques Nouvelles de Mons,Bélgica (maestro Jean-Paul Dessy),Orquestra Gulbenkian (maestros CharlesBornstein e Michael Zilm), Coro Gulbenkian(maestro Fernando Eldoro), Quarteto Arditti,Grupo de Percussão Drumming (direcção de Miguel Bernat), Grupo Oficina Musical(direcção de Álvaro Salazar), cravistaElisabeth Chojnacka e pianistas Pedro Burmester e Fausto Neves.

Menção especial é devida a seis obras que foram apresentadas em primeira audiçãomundial: A Impaciência de Mahler, de António Pinho Vargas; Comprender es Destruir, de Ignacio Miró-Charbonnier;Divertimento para Orquestra, de EmanuelFrazão; Labirinto, de João Pedro Oliveira;Quarteto de Cordas, de Alberto Posadas; e Ode ao Fado, de Jean-Paul Dessy. As quatro primeiras destas obras foramescritas por encomenda do Serviço de Música da Fundação Gulbenkian.

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Coro Gulbenkian;Fernando Eldoro,maestro;Drumming – Grupo de Percussão(direcção MiguelBernat);Pedro Burmester, piano;Fausto Neves, piano.Grande Auditórioda Sede da Fundação.

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XXII Jornadas Gulbenkiande Música Antiga € 268 001

Sob o título genérico “As Cordas na MúsicaAntiga”, a 22.ª edição das JornadasGulbenkian de Música Antiga procurouapresentar um mosaico significativo da literatura para arcos e cordas dedilhadascomposta entre o Renascimento e os alvoresdo Romantismo, cruzando as obras solísticascom os conjuntos de câmara e orquestraisem que as cordas desempenharam papeldecisivo e juntando ainda exemplos de composições em que estas famíliasinstrumentais se combinaram com a voz ou o cravo.

Da música inglesa para alaúde, viola-da-gamba ou conjuntos de arcos no período isabelino ao esplendor do repertório instrumental da corte de Luís XIV, das obras-primas do Barrocoitaliano às suas correspondentes no contexto português setecentista, da transição para os estilos galantes e sentimentais do Pós-Barroco na músicaalemã ao universo do Classicismo vienense,as Jornadas desenharam, desta forma, umpercurso de mais de três séculos da Históriada Música instrumental, vistos nos seustraços estilísticos globais através de um espaço tímbrico específico.

Participaram na programação o gambistaJordi Savall e os seus grupos Le Concert desNations e Hesperion XXI, a violinista ClaraBanchini e o Ensemble 415, com o sopranoMaria Cristina Kiehr, o violoncelista AnnerBylsma e o trio Archibudelli, o violoncelistaChristophe Coin e o Ensemble Baroque deLimoges, os alaudistas Toyjo Sato, ManuelMorais e Edin Karamazov, o cravista JoséLuis González-Uriol e o grupo Capela Real, o violinista Andrew Manze e a Academy of Ancient Music, e ainda o contratenorAndreas Scholl e a Akademie für alte Musik.

Cursos de aperfeiçoamentoartístico e musicologia € 6762

Em 2001 o Serviço de Música promoveuquatro cursos intensivos de aperfeiçoamentoartístico: as masterclasses de viola de arco

de Gérard Caussé e de trompa de RadovanVlatkovic, e os habituais cursos de Piano de Sequeira Costa e de Composição de Emmanuel Nunes.

Ao longo do ano foi sendo realizado o trabalho editorial do volume de actas do colóquio “A Música no Brasil Colonial”,com coordenação de Rui Vieira Nery, que teve lugar na Fundação em Outubro de 2000, e que deverá ser publicado em 2002.

Subsídios e Bolsas de EstudoPlano de descentralizaçãocultural € 206 866

A par das digressões dos agrupamentosartísticos da Fundação – Coro, Orquestra e Ballet Gulbenkian –, o Serviço de Músicacontinuou a promover e a apoiar a realizaçãode concertos fora de Lisboa, no âmbito do seu programa de descentralização cultural.Esta iniciativa contemplou três vertentesdistintas, no que se refere ao tipo de programação: recitais de órgão em instrumentos históricos do País, recitais de música de câmara poragrupamentos formados por instrumentistas da Orquestra Gulbenkian e apoio à extensãodo ciclo “Grandes Orquestras Mundiais” ao Porto 2001 – Capital Europeia da Cultura.No ano de 2001 foram realizados30 recitais e concertos, distribuídospor Arrábida, Coimbra, Évora, Faro,Leiria, Mafra, Óbidos, Palmela, Portimão,Porto, Setúbal, Torres Novase Vila Franca de Xira.

Incentivo à criação musical € 11 983

Sendo o incentivo à criação contemporâneaum dos objectivos prioritários da actividadeda Fundação na área da Música, também em 2001 foi elaborado um plano de encomendas a compositores,privilegiando, como é natural, os autores portugueses.

Três destas encomendas tiveram por objecto obras que foram apresentadasem primeira audição absoluta no âmbito

dos 25.os Encontros Gulbenkian de MúsicaContemporânea:

› João Pedro Oliveira, Labirinto, paraquarteto de cordas e fita magnética,interpretada pelo Quarteto Arditti;› Ignacio Miró-Charbonnier (compositor espanhol, nascido em 1962),Comprender es Destruir, para violino solo,interpretada por Irvine Arditti;› Emanuel Frazão, Divertimento para Orquestra,interpretado pela Orquestra Gulbenkian, sob a direcção de Charles Bornstein.

Um outro compositor português, João Rafael,foi contemplado com a encomenda (em regime de parceria com o grupoDrumming) de uma obra destinada a um conjunto de seis percussionistas, a ser estreada pelo referido grupo.Neste plano de incentivo à criação musicalse inseriu ainda a atribuição, ao compositorPedro Amaral, de um subsídio para lhepermitir a apresentação da obra Organa,para oito instrumentistas e electrónica em tempo real, pelo Ensemble Aventure, no centro cultural Herrenhaus, em Edenkoben (Alemanha).

Outros subsídios € 41 643

Paralelamente aos subsídios antes referidos,a Fundação apoiou financeiramente, comovem sendo hábito, diversas iniciativas daresponsabilidade de instituições nacionais e internacionais de mérito reconhecido quevêm demonstrando um contributoincontestável para a dinamização musical,quer no País quer no estrangeiro.

Entre as entidades apoiadas neste âmbitodestacam-se a Academia de Música Antigade Lisboa, a Associação Portuguesa deEducação Musical, o Círculo Portuense de Ópera,a Fundação João Jacinto de Magalhães, a Fundação Umberto Micheli, a JuventudeMusical Portuguesa e a Oficina Musical.

Bolsas de estudo no País € 31 424

Para a selecção de novos bolseiros, o Serviço de Música voltou, no ano de 2001,a colaborar com o Prémio Jovens Músicos,

organizado pela RDP, uma vez que seconstatou que este procedimentotem vindo a sustentar uma avaliaçãomais ponderada, assente na aferiçãodirecta do potencial técnico-artísticodos candidatos.

Paralelamente, foi aberto concurso pararenovação de bolsas de estudo, aplicando-sebasicamente os princípios definidos para o efeito em anos anteriores, queprivilegiam os casos de aproveitamentoescolar acima da média na área vocacionalem questão.

Para o ano de lectivo de 2001-2002 foram atribuídas 34 bolsas de estudo parafrequência de escolas de música no País,das quais 33 constituem renovações de bolsas concedidas em anos anteriores e uma resultante da selecção de novosbolseiros.

Verificou-se a seguinte distribuição por áreas de especialidade: flautatransversal (3), flauta de bisel (2), oboé (2), clarinete (3), fagote (2),trompete (1), trompa (1), violino (5), viola (3), violoncelo (5), contrabaixo (2)e piano (5).

Bolsas de estudono estrangeiro € 225 585

Também para o ano lectivo de 2001-2002,foram concedidas pelo Serviço de Música 21 bolsas de estudo para aperfeiçoamentoartístico ou pós-graduação emestabelecimentos de ensino superior no estrangeiro. Dessas bolsas, 13 corresponderam a renovações do apoio a bolseiros já seleccionados no ano anteriore em plena frequência dos cursos entretantoiniciados, e oito foram atribuídas a novoscandidatos.

As disciplinas abrangidas foram: canto (5),composição (1), direcção de orquestra (1),harpa (1), piano (2), violino (5), viola (2),violoncelo (3) e contrabaixo (1). Refira-seque este programa continua a ser o maissignificativo deste tipo no País para apoio à formação avançada de jovens músicosportugueses no estrangeiro.

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Manuel Botelho,Visitação, 1999-2000,

óleo s/ tela.Col. FCG/CAMJAP.

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José Manuel Costa Alves

Valores em euros

Encargos com pessoal 2 141 484

Subsídios 24 940

Iniciativas directas 2 847 445

Despesas de funcionamento 264 527

Investimento 486 909

Total 5 278 396

Receitas 293 190

No dia 21 de Janeiro de 2001 encerrou a exposição “Século 20: Arte do Brasil”, que ocupou todos os espaços expositivos do Centro e, consequentemente, implicou a retirada da colecção permanente.

Aproveitou-se esta inevitável interrupçãopara se proceder a uma série de obras e reparações gerais do edifício e procedeu-sea algumas correcções desde sempreconsideradas necessárias para um melhorfuncionamento do Centro.

No hall do Centro foi alterada a escada circular que conduz ao piso inferior e retirado umbanco de pedra situado nas proximidades daSala de Exposições Temporárias, bem comouma grande floreira situada à entrada doedifício, visando-se com estas modificaçõescriar uma zona de entrada mais ampla e ummelhor acesso àquela sala de exposições.

A recepção do Centro passou a estarinstalada num balcão situado na zonacentral, sendo as instalações até entãousadas para aquele fim transformadas num espaço de livraria, concessionado à FNAC.

Na grande nave do Museu foi removida a conduta inferior de ar condicionado, bemcomo o respectivo catwalk, elemento desdesempre considerado perturbador dasmontagens da colecção. Esta remoção foiantecedida por um estudo minucioso dascondições ambientais e permitiu alargar

a área de exposição permanente e potenciaro relacionamento do espaço com o jardim.

Nos pisos 1 e 01, bem como nalgumas áreasda grande nave, foi substituído o sistema de iluminação, considerado completamenteobsoleto e mesmo nocivo para a apresentaçãode certas obras. Para além de melhorar as condições de luminosidade, o novo sistemapermitiu uma maior maleabilidade de apresentação das obras da colecção.

No novo arranjo optou-se por uma organização – e não obstante todas as interrogaçõesformuladas ao longo da montagem pelaequipa de trabalho que a consubstanciou –predominantemente temporal, por razões dealgum modo didácticas. Ao situar o Amadeofinal em contraponto às produções dos anos60, procurou-se não só assinalar o tempo dasua redescoberta mas também a precisão de se pensar “estas coisas” em afinidades e tempos descontinuados. O piso 0 abre,assim, com uma proposta de enfrentamentoentre essa redescoberta de Amadeo e arevisitação ao célebre quadro de Picasso Les demoiselles d’Avignon, por António Areal,que constituiu parte da sua apresentação na IX Bienal de São Paulo, em 1967.Procurou-se aqui avançar pela segundametade do século XX português, salientandoalguns dos seus mais importantes momentose procurando casos relacionáveis na colecçãobritânica – não só através de afinidades mastambém pela forma substancialmentediferente de equacionar problemas eencontrar respostas. Desenhou-se para estepiso uma “arquitectura” que permitissemostrar de forma adequada as obrasescolhidas e que facilitasse a substituição deobras e a modificação dos espaços.

Para o piso 01 optou-se pela radical simplificação do espaço, por um lado, por se pensar queisso facilitaria futuros desenvolvimentos, e, por outro, por se entender que a sualinearidade constituiria um contrapontodesejável à carga de “construção” do piso 0.

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›› Centro de Arte ModernaJosé de Azeredo Perdigão – CAMJAP

Em ambos os pisos foram criadas pequenas zonas rotativas, para a apresentação de núcleos da colecção, dificilmente integráveis num discurso de ordem genérica, independentemente dos pontos da sua articulação.

Assinale-se ainda a maior presença dodesenho, a grande quantidade de artistasjovens e ainda o grande número de obrasinéditas ou raramente vistas.

O Restaurante do Centro recebeu igualmenteuma série de beneficiações ao nível dosrevestimentos e da iluminação que, semdúvida, o tornou muito mais confortável.

Tal como fora previsto o Centro reabriu ao público no dia 19 de Abril. Este conjunto de alterações, bem comoa nova apresentação da exposição permanente,foram recebidos muito positivamente pelopúblico e pela crítica especializada.

Exposições Temporárias € 851 734

Os custos reflectidos nesta rubrica incluemas despesas de funcionamento, gastos com as exposições e as despesas líquidascom a edição dos respectivos catálogos.

“Rui Sanches”

Exposição antológica do escultor Rui Sanches, figura central da renovação do panorama daescultura em Portugal que se verificou a partir dos anos 80. A exposição reuniu os mais significativos trabalhos do artista e,ainda, um importante núcleo de desenho. Foi comissariada por Leonor Nazaré.

“7 Artistas ao 10.º Mês”

Em 1997 realizou-se a primeira destasexposições. Esta foi a sua terceira edição.O comissário – Francisco Vaz Fernandes –procurou que fosse apresentado um grupo comafinidades de trabalho e que desenvolvesseuma temática aberta em torno do consumo da música e das duas representações na áreadas Artes Plásticas, em particular, e na“cultura de massas”, em geral. Pretendeu-se,assim, mostrar um núcleo de criadores capaz de contribuir para a renovação de linguagense discursos na área das Artes Plásticas.Participaram nesta exposição os seguintesartistas: Alexandre Estrela, Armando Ferraz,Carlos Roque, Inês Pais, Nuno Cera, Rui Toscano e Rui Valério.

“União Latina”

Foram mostrados nesta edição do prémio os seguintes artistas: João Onofre,

Exposição retrospectiva

de Rui Sanches,Museu do CAMJAP.

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Leonor Antunes, Noé Sendas e Rui Toscano.Um júri internacional premiou ex-aequoJoão Onofre e Rui Toscano.

“Ferdinand Gehr”

Mostrou-se nesta exposição um largoconjunto de obras deste artista suíço, que constitui um dos raros casos de forteligação entre a arte contemporânea e os valores da religião, muito embora

a sua obra não se esgote nesta relação.Ferdinand Gehr trabalhou em Portugaldurante os anos 60, por um breve período.A exposição foi posteriormente apresentada no Museu de Arte Contemporânea de St. Gallen.

“Eurico do Vale”

Apresentação de uma nova série de fotografias– “Nova Geração” – deste jovem artista, que foi bolseiro da Fundação em Düsseldorf.

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Exposição PrémioUnião Latina.Rui Toscano, Sede da FCG.

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Exposição “Ferdinand Gehr”,Sede da FCG.

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“Fernando Calhau – Desenhos Recentes”

Fernando Calhau não pôde mostrar a novasérie de desenhos que previra realizarexpressamente para o Centro. Assim, optou-sepela apresentação de uma outra série,igualmente inédita, chamada “PassageiroAssediado”, editada em livro pela Assírio & Alvim com texto de Clara Ferreira Alves.

“Fernando Calhau – Antológica: Work in Progress”

Pretendeu-se com esta exposição mostrar a obra de um importante artista que, porcircunstâncias diversas, nunca tinha sidoapreciado na sua globalidade. A exposiçãoreuniu um importante conjunto de obrasproduzidas entre os anos 60 e a actualidadee foi comissariada por Delfim Sardo.

“Sérgio Pombo”

Esta exposição foi concebida pelo artistapara a Sala de Exposições Temporárias do Centro. Sérgio Pombo constituiu uma referência para a geração de artistas emergente

em finais dos anos 60. O seu trabalho não tinha tido visibilidade nos últimosanos, pelo que se pretendeu marcar comesta iniciativa um regresso do artista aoscircuitos significativos de divulgação.

Em 2001, o Museu do Centro de Arte Moderna e as galerias de Exposições Temporárias do Centro e da Sede receberam 101 571 visitantes.

Aquisiçãode Obras de Arte € 213 403

Com o objectivo de valorizar o espólio de obras de arte do Centro de Arte Modernaprocedeu-se à aquisição de obras – telas,esculturas, desenhos, fotografias, vídeos,filmes e caligramas – dos seguintes artistas:Alexandre Estrela, Ana Jotta, Ana Marchand,Ângelo de Sousa, António Júlio Duarte, CarlosNogueira, Eurico do Vale, Fernando Calhau,João Onofre, João Paulo Feliciano, João PedroVale, José Luís Neto, Julião Sarmento, ManuelBotelho, René Bertholo, Rui Chafes, SérgioPombo, Susanne Themlitz e Vitor Pomar.

Fernando Calhau Exposição Antológica:

Work in Progress,vista parcial.

Museu do CAMJAP.››

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Curadoria de Arte Modernae Contemporânea € 24 940

Em Portugal, a formação especializada na áreada curadoria de exposições constituía umalacuna sentida, tanto ao nível universitário,como ao nível das instituições museológicasque lidam com arte contemporânea.

Neste contexto decidiu-se, em parceria com aFaculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, ministrar um curso de pós-graduação,extensível a mestrado, em Curadoria de ArteModerna e Contemporânea.O curso terá o seu início nos primeirosmeses de 2002 e será apoiado financeira e tecnicamente pelo CAM.

Iniciativas Pedagógicas,de Divulgaçãoe Incentivo € 255 376

Visitas

Intensificou-se o programa de visitas guiadasà colecção permanente e às exposições

temporárias. Estas visitas destinaram-se a um público de todas as faixas etárias,apesar de os grupos escolares continuarem a ser o destinatário preferencial: em 2001,totalizaram 256 visitas de escolas, sendo 35 às exposições temporárias e 221 à colecção permanente. As faixasetárias mais baixas (a partir dos 3 anos)foram contempladas com jogos novos,inventivos e variados e o aumento da suapresença no Museu tem sido particularmenterelevante. Também as visitas foramdiversificadas nos seus modelos e propósitosinteractivos. O universo temático das visitaspropostas ao fim-de-semana passou a contemplar artistas individualmenteconsiderados, questões transversais à colecção e de arte contemporânea em geral.

Cursos

Realizou-se um Curso de Formação Artísticapara Professores e três cursos teóricos parao público em geral intitulados “Escritos deArtistas”, “História da Fotografia no Século XX”e “A Fotografia em Portugal no Século XX”. A procura destes cursos tem sidomanifestamente crescente.

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Museu do CAMJAP, Apresentação da Colecção.

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Prémios

A atribuição do Prémio União Latina é um acontecimento que se realiza emcolaboração com a Caixa Geral de Depósitose em que se pretende distinguir a obra deartistas ainda jovens. As duas instituiçõesalternam a apresentação dos artistas. Em 2001 ano procedeu-se à 6.ª edição deste evento tendo-se distinguido com o prémio ex-aequo os artistas João Onofre e Rui Toscano.

Arquivo Fotográfico

O Arquivo Fotográfico desenvolveu umtrabalho de particular importância tanto noque respeita à sua actualização acompanhadade aperfeiçoamento técnico e apoio às exposições realizadas pelo Centro de ArteModerna, como a cedência de documentaçãopedida por entidades portuguesas e estrangeiras para reproduções de obras daColecção em livros, revistas, jornais, estudos,etc. Sublinhe-se o crescimento acentuado dautilização das novas tecnologias no trabalhoda imagem, o que terá, com certeza, umaevolução mais franca a partir do momentoem que todos os dispositivos técnicosnecessários estiverem instalados.

Gabinete de Design

O Gabinete de Design participou nasrealizações do Serviço executando catálogospara exposições, um livro para o ACARTE,desdobráveis, cartazes e convites, assimcomo no arranjo gráfico das exposições,especialmente apresentadas e organizadaspelo Serviço. Realizou ainda trabalhos paraos seguintes Serviços da Fundação: MuseuCalouste Gulbenkian, Internacional eGabinete de Comunicação. Facultou tambémmaterial a outras instituições com intuitos de divulgação. Colaborou finalmente naaferição de um design renovado paraequipamentos, papéis normalizados elogotipo da Fundação.

Conservaçãoe Cedências € 27 518

A nível estrutural deve referir-se o início da restruturação do sector de Conservação.

O Museu prosseguiu as actividades inerentesao estudo e desenvolvimento das colecçõesde Arte Portuguesa e Britânica e, em particular, à sua conservação.

O Centro de Arte Moderna colaborou comdiversas instituições nacionais e estrangeiras,contribuindo com informação e documentaçãorelativa a obras da Colecção, assim comocedendo várias obras que figuraram,nomeadamente, nos eventos seguintes:

“Les Années Pop” – Musée National d’ArtModerne Centre Georges Pompidou, Paris;“Exhibition of British Sculpture” – The BritishCouncil e Taipei Fine Arts Museum, Taiwan;“Arpad Szenes-Vieira da Silva – PeríodoBrasileiro” – Fundação Casa França-Brasil, Brasil; “Rachel Whiteread” – Serpentine Gallery e Scottish National Gallery of Modern Art; “Michael Andrews (retrospectiva)” – Tate Britain, Londres; “Portugal – La Mirada Cercana” –Galeria del Palacio de la Merced, Córdova;“Surrealismo em Portugal 1934-1952” –Meiac, Badajós; “Exposição de Obras deCruzeiro Seixas” – Fundación-Museu Eugenio Granell, Santiago de Compostela; “Um Pioneiro do Modernismo em Portugal” – Museu Pushkin, Moscovo; “Exposição do Pintor Luis Dourdil” –Casa Galveias; “Exposição de JoséGuimarães” – C. M. de Lisboa; “Exposição de Júlio Resende” – C. M. Matosinhos;“Exposição Inaugural do Museu de Tapeçariade Portugal” – C. M. Portalegre; “20 Grupos e Episódios Estéticos no Porto do Séc. XX” –C. M. Porto; “Exposição de AlmadaNegreiros” – C. M. Aveiro – Centro Cultural de Congressos; “Gravuras de Henry Moore” –Casa da Cerca, Almada e Centro Cultural deAveiro; “Exposição KWY” – Centro Cultural deBelém; “Exposição do Artista Amadeo de Souza-Cardoso” – Museu do Chiado;“Exposição Marcelino Vespeira” – Museu do Chiado; “Exposição de António Charrua” – Museu de Évora; “Modernismo e Vanguarda naArte Portuguesa do Séc. XX (1900-1940)” –Museu de Francisco Tavares Proença Júnior;“Azulejo Contemporâneo em Portugal” – Museu Nacional do Azulejo; “Exposição de Design Têxtil e de Moda de Sonia Delaunay” – Museu Nacional de Soares dos Reis; “Pintura Portuguesa Séc. XX” – Casa Municipalda Cultura de Coimbra; “Exposição CruzeiroSeixas” e “O Surrealismo em Portugal 1934-1952” – Fundação Cupertino de Miranda;

“Exposição Antológica de João Vieira”,“Exposição Arte de Vanguarda no Porto – Anos 60/70” e “Exposição Souza Cardoso eMondrian – Da Paisagem à Abstração” –Fundação de Serralves; “Exposição de Querubim Lapa” – Escola SecundáriaArtística António Arroio.

Departamento ACARTE

2001 foi um ano que serviu para consolidar a inserção do ACARTE no Centro de Arte Moderna, prosseguindo o trabalho desenvolvido noano anterior na perspectiva de oferecer aoCAM uma dimensão mais abrangente, quefacilite a conjugação de objectivos comunsno sentido de uma interpretação mais latada produção artística contemporânea. Esse processo realizou-se através de umafocagem sobre o universo das chamadas“artes de cruzamento” – disciplinas oumatérias híbridas, transversais às diferentesáreas artísticas. Uma focagem que elegeuainda como ângulo de análise a questão do impacte das tecnologias digitais na produção artística contemporânea.

Num ano marcado pela apresentação inéditade alguns nomes históricos do movimentoartístico internacional – Robert Ashley, The Residents, New York Art Quartet, entreoutros – destaca-se um importante númerode colaborações e co-produções com váriasinstituições nacionais dedicadas às artes do espectáculo, como são os casos do Teatro Nacional de São João, do Porto,da Experimentadesign ou do CEM – Centro em Movimento.

A tradicional aposta na pesquisa, naexperimentação, na formação e na reflexão,materializou-se em múltiplas acçõesdesenvolvidas ao longo do ano, muitas delasintegradas nos dois eventos de maiordimensão, o Jazz em Agosto e os EncontrosACARTE, festivais que em 2001 alcançaramuma excepcional visibilidade, tanto emtermos nacionais como internacionais. Estes factores contribuíram para darcontinuidade a uma política que privilegia o envolvimento dos criadores nacionais,destacando-se, a esse respeito, as criaçõesmais recentes do grupo de teatro Olho, comDQ, e de Rui Horta com Pixel, que foramduas estreias nos Encontros ACARTE 2001.

A terminar o ano, realce para a publicaçãodo livro Antonio Tabucchi – Geografia de umEscritor Inquieto, elaborado a partir das actasdo colóquio realizado em 1999, uma ediçãoque garante a fixação de um património de extraordinária valia para a compreensãoda obra daquele que é considerado o maisportuguês dos autores estrangeiros.

As verbas a seguir discriminadas respeitamàs despesas líquidas relativas aosrespectivos projectos e iniciativas.

Prémio ACARTE/Maria Madalenade Azeredo Perdigão € 13 022

O prémio referente ao ano de 2000 foiatribuído e entregue em 2001 a João PauloOliveira Santos, pelo seu inovador trabalhoartístico como director musical na obraThe English Cat, de Hans Werner Henze.

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Jazz em Agosto 2001,The Golden Quartet,Anfiteatro ao Ar Livre.

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Ao respectivo valor – € 7481,97 – acrescemos encargos com a sua organização.

Jazz em Agosto € 190 814

À semelhança da edição do ano anterior, o conjunto da programação do Jazz

em Agosto 2001 respeitou a imagem de marca de capilaridade do jazz actual.Novamente comissariada pelo especialista Rui Neves, a 18.ª edição compôs-se de doze concertos e três conferências em oito dias de festival. Apresentaram-se, entre outros: New York ArtQuartet, com Asmiri Baraka, Matthew Shipp,Henry Threadgill & Make a Move; Harriet

Jazz em Agosto 2001,Le Grand Lousadzak,

Anfiteatro ao Ar Livre.

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Encontros ACARTE2001,

Salomé, de Von Heiduck,Grande Auditório

da Sede da Fundação.

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Tubman + Double Trio; Le Grand Lousadzak;Lawrence D. “Butch” Morris; Rob Brown/JoeMorris Quartet e os The Golden Quartet.As conferências foram proferidas por Bill Shoemaker – “Jazz e o Síndroma de Frankenstein”, Matthew Shipp – “On the Creative Process and Improvisation”,e Alexandre Pierrepont/David Keenan – “Fire Music”.

Encontros ACARTE 2001€ 321 488

Na sua 15.ª edição, os Encontros ACARTEprosseguiram com um programa que tevecomo ponto de partida a exploração dasintersecções entre as novas tecnologiasdigitais e as artes contemporâneas. Esse propósito resulta das orientações queprioritariamente têm pautado a actividadedo ACARTE enquanto departamento do Centro de Arte Moderna. A reflexão sobre o fenómeno artístico contemporâneo,com a emergência acelerada de novasformas de criar, distribuir e consumir arte, a par da crescente tendência para atransposição das fronteiras entre génerosartísticos até há pouco distintos, e a vontade de disponibilizar um espaço

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Encontros ACARTE 2001,Icky Flix, The Residents,Grande Auditórioda Sede da Fundação.

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Encontros ACARTE 2001,Pixel, Rui Horta,Galeria de Entradado Museu do CAMJAP.

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Jorge Gonçalves

de referência alternativo para os artistasportugueses envolvidos neste diálogo,constituem as motivações centrais desta opção. Ao todo, ao longo de 16 dias, foram apresentadas 66 sessões,num total de nove espectáculos diferentes, por nove companhias,nomeadamente: Robert Ashley com Dust(EUA), Olho – Associação Teatral com DQ-Éramos Todos Nobres Cavaleiros a Atravessar Mundos Apanhados num Sonho(Portugal), Art Point M com Quelques Gensde Plus ou de Moins (França), WaxFactory com Lulu (EUA), Von Heiduck com Salomé (Dinamarca), The Residents com Icky Flix (EUA), Bruce Mau/André Lepecki/John Oswald com Stress e Rui Horta com Pixel.Como actividades complementares, saliente-se, entre outras, a realização das “Conferências de Lisboa – Arquitectura e Arquitectura de Cena”,coordenadas pela Experimentadesign,

e um workshop multidisciplinar orientadopelos WaxFactory.

Teatro

L’Autre € 17 342

Com a colaboração do Serviço de Belas-Artes e direcção artística de PaulaVasconcelos/Pigeons International.

Performance/Dança/Cinema//Workshops € 66 832

Did you ever see Piedmontese hills?

Poema cénico concebido por Célia Houdartcom instalação/performance de imagens de Anne-Marie Cornu e música electrónicaao vivo de Fred Bigot.

L’Autre, de Pigeons

International.

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This is just to do

Projecto transdisciplinar de Adriana Sá e Isabelle Schad.

C.CVIS21 – Ciclo de Cinema e Vídeono Início do Século XXI

› The Wake, filme de Christian Lemmerz e Michael Kvium (Dinamarca);› Juha, filme de Aki Kaurismäki (Finlândia),com música ao vivo pela Anssi TikanmäkiFilmorchestra;› Cinevideo X – mostra de vídeos com músicaao vivo, uma produção do Olho – AssociaçãoTeatral;› Dar o Corpo ao Manifesto, projecto coordenado por Cláudia Tomaz para o Serviço deBelas-Artes, com a apresentação de seis curtas-metragens de Susana Nobre, Renata Sancho, André Dias, Susana Nascimento/Nuno Lisboa, Hugo Vieira da Silvae Cláudia Tomaz.

La Musique des Mémoires

Workshop de música e artes plásticas,dirigido por Claire Renard (compositora) e Marie Claude Beck (pintora e responsávelpela acção educativa do Centre GeorgesPompidou – Paris), que decorreu no âmbitoda exposição, com o mesmo nome,promovida pela Câmara Municipal de Lisboa,na Cordoaria Nacional.

Never Stand Up In a Canoe

Instalação híbrida/performance, em colaboração com o CEM – Centro em Movimento.

Jornal Faladoda Actualidade Literária € 8853

Actividade promovida pelo ACARTE desdeMaio de 1988 a Novembro de 2001, em colaboração com o Pen Clube Português,com o objectivo de incentivar o público parao gosto pela leitura. Os temas foram:“A Poesia em 2000” (moderador: João Barrento,com a colaboração artística de Manuel FriasMartins); “HOMENAGEMÀPOESIA”, no âmbitodas comemorações do Dia Mundial da Poesia, nove poetas foram evocados por Ana Hatherly,

Casimiro de Brito e Gastão Cruz; “Leituraspara Refrescar o seu Verão” (moderador:Casimiro de Brito) e “A Primeira Vez, ou Quase” (moderadores: Casimiro de Brito e João Barrento).

Acções infantis

Natal na Gulbenkian € 13 454

Apresentação da peça Os Músicos de Brémenpelo Arte Pública – artes performativas de Beja, com texto, música e encenação de Gisela Cañamero e produção e direcçãoplástica de José Barbieri, durante umasemana, com duas sessões diárias.Para a sessão da manhã convidaram-seinstituições de crianças menos favorecidas:Caritas, Cerciama, Unicef, Crinabel, Cerci, Casa do Gaiato, Instituto de Apoio à Criança e internos nos Instituto Português de Oncologia e Hospital D. Estefânia. Estas crianças receberam todas um lanche e uma pequena festa no hall do CAMJAPcom duas escultoras de balões. As sessões da tarde foram destinadas a alunos do ensino básico.

Publicações

Antonio Tabucchi – Geografiade um Escritor Inquieto € 14 955

A edição deste livro, à semelhança da maioria das anteriores publicações editadas pelo ACARTE, é uma compilação das actas do colóquio“Antonio Tabucchi – Geografia de um EscritorInquieto”, realizado em Abril de 1999.

Saliente-se que com estas actividadesocorreram, ainda, despesas de estrutura e de logística (cena e produção), bem como os direitos de representação dos espectáculos. Estas despesas totalizaram o valor global de € 97 726

Centro Artístico InfantilO Centro Artístico Infantil (CAI) continuou a desenvolver o seu programa no âmbito da educação estética e da pedagogia

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da expressão artística, através de actividadessensibilizadoras e/ou formativas, tanto paracrianças como para adultos.

Atendendo à forte componente artística do Programa Integrado de Artes Visuais (IDE – Primeiro Olhar) realizado com profissionais da área da Educação e das Artes e, simultaneamente, com pais e filhos, e ainda ao arranque do novo Curso Integrado de Expressões Artísticas,houve necessidade imperiosa de recorrer ao património artístico do CAMJAPe do Museu Gulbenkian.

Com objectivos formativos, realizaram-secursos e ateliers na área das expressõesartísticas para crianças, educadores,professores, animadores culturais,estagiários e profissionais das áreas da educação, das artes, da comunicação e das ciências humanas e sociais.

No âmbito da sensibilização organizaram-seexposições temáticas e itinerantes, oficinasabertas, debates e formas de participação em iniciativas promovidas por outras entidades.

Durante o ano 2001, o número total de frequentadores do CAI foi de 9730,sendo 7654 crianças e 2076 adultos.

Cursos e oficinas € 57 876

Cursos

Cursos destinados a completar a formaçãopedagógica e/ou artística de actuais e/oufuturos professores, educadores, animadoresculturais, dinamizadores pedagógicos.

Os cursos anualmente ministrados no CAIcontemplam áreas de carácter global e de carácter específico.

Deu-se início a um Curso Integrado de Expressões Artísticas destinado a professores, educadores, animadores etécnicos de serviços educativos de museus.

Cursos em áreas de carácter global,frequentados por 32 alunos: psicologia do desenvolvimento e pedagogia criativa;metodologias da investigação na prática da pedagogia criativa; espaço e criatividade;diálogo criativo (filosofia para crianças).

Cursos em áreas de carácter específico, ministrados a 141 alunos: expressão artística musical; expressão artística plástica (1.º e 2.º anos); expressão artísticadramática; expressão artística poética e narrativa; IDE (dois grupos).

Workshops

Realizaram-se três workshops associados à temática da exposição “Da Galeria à Poesia”:

› “À Procura do Som Perdido”;› “Som, Palavra, Imagem”;› “Recursos Pedagógicos em Arte-Educação”.

As “Dinâmicas Criativas” e “Educativas emArte” desenvolveram as inseridas no CursoIntegrado de Expressões Artísticas.No total dos cinco workshops participaram 107 adultos.

Ateliers

Os ateliers de expressão artística para crianças que se realizaram ao longo do ano lectivo

Atelier“Percursos do Olhar”.

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permitiram a aplicação prática das metodologias leccionadas na formação de adultos e possibilitaram o contacto directo com crianças de níveis etários e escolares diferenciados.

As áreas contempladas foram as seguintes:

› Expressão Musical, Expressão Plástica; › Expressão Plástica com metodologia IDE;› Expressão Dramática, Expressão Poética– Animação do Livro, Expressão Audiovisual e Tecnológica – Criatividade e Computador.

Participaram nestas acções 332 crianças.

Os ateliers artísticos e experimentais paracrianças decorreram aos fins-de-semana e foram frequentados por 46 crianças. As temáticas seleccionadas foram as seguintes: modelagem, luz/sombra,sonoridades e escrita criativa.

Ludotecae ateliers abertos € 10 425

A Ludoteca – Actividade Lúdica Criativa, é o espaço por excelência para o encontrodas crianças em situação de férias escolares,

para despertar interesses ao níveldas linguagens não formais e das acçõesque se desenvolvem no CAI duranteo ano lectivo.

Entre Julho e Setembro, as criançasencontram um espaço com jogos e brinquedos que podem utilizar com ousem a intervenção dos monitores, para alémde actividades de carácter sensibilizador e informativo ligadas de um modo globale/ou específico às linguagens expressivas.Em 403 horas recebemos 3039 crianças. Os ateliers abertos foram frequentadospor 689.

Em 108 horas – ateliers abertos: 689 crianças.Em 295 horas – Ludoteca: 2350 crianças.

Exposições temáticase itinerâncias € 7079

A exposição temática “Da Galeria à Poesia”esteve aberta até ao final do ano lectivo(final de Junho). Delineada a partir de um conjunto de obras de arte daColecção do CAMJAP, esta exposição deuorigem ao aparecimento de várias propostas

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Trabalho infantil inspirado na obraTrás-os-Montes, de Joaquim Rodrigo, exposto (em reprodução) na exposição “Da Galeria à Poesia”.

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de intervenção pedagógica relacionadas como tema e que têm sido realizadas no CAIe noutras instituições.

Nas 147 visitas animadas à exposiçãoparticiparam 2533 crianças e 500 adultos.

Foi possível ter em vários pontos do Paísexposições itinerantes do CAI, registando-seuma afluência global de 3000 visitantes,nomeadamente: “Abraço a Picasso” emMontemor-o-Novo e na Casa Roque Gameiro,na Amadora.

Representatividade do CAI

O CAI esteve presente em congressos, reuniõese acções de formação, no âmbito da educaçãoe da pedagogia das artes, promovidos por entidades nacionais e estrangeiras.

A nível nacional participou em iniciativas de Universidades e Câmaras Municipais,designadamente:

› Tormes – Fundação Eça de Queiroz;› Mora – Câmara Municipal;› Oeiras – Câmara Municipal;› Santarém – Escola Superior de Educação;› Lisboa – Universidade Nova e EscolaSuperior de Belas-Artes;› Açores – Núcleo do Instituto de Apoio à Criança.

A nível internacional salientam-se o Congressode Ludotecas (Expressão Lúdica e Artística)e o Encontro Internacional de Ludotecas em Florença.

Da colaboração com outros Serviços da Fundação Calouste Gulbenkian, são de assinalar os programas decolaboração que implicam a concretizaçãode projectos concebidos e desenvolvidos apartir dos modelos e da filosofia de intervenção vivenciados no CAI; entre esses são de salientar os que se ligamaos serviços de:

› Bibliotecas e Apoio à Leitura: relaçõesentre as linguagens lúdica, poética e artística na criança.› Educação e Bolsas: continuidade noacompanhamento do projecto IDE, cuja parteexperimental se realiza no CAI e assenta

na relação deste com o Museu e o CAMJAP.› Museu: celebração do Dia Internacionaldos Museus e do Dia da Árvore, em actividades conjuntas com o ServiçoEducativo.

Documentação € 14 521

Foram adquiridos livros, produzidos documentose seleccionados textos relacionados com as exposições do CAI e editados quatro números do Jornal do CAI, que é trimestral, numtotal de 6000 exemplares. Foram igualmente publicados os CadernosPedagógicos sobre a exposição temática “Da Galeria à Poesia”.

O caderno “Da Galeria à Poesia” quesintetiza o trabalho desenvolvido em tornodo tema, está pronto para ser editado.

Centro de Imageme Técnicas Narrativas (CITEN)No âmbito dos objectivos gerais que se propõe concretizar anualmente – a realização de acções e actividades que evidenciem a importância da narrativa através da imagem e do movimento –, o CITENconcretizou o conjunto de actividades e acções programadas para 2001, queincluem cursos, workshops, encontros,debates e ciclos. Participou em festivaisnacionais e internacionais com filmesrealizados no âmbito das acções queapresentamos de seguida.

Cursos € 49 754

Os cursos do CITEN dividem-se em dois grupos:cursos de carácter de iniciação – cinema deanimação, animação de volumes, ilustraçãoe banda desenhada –, dirigidos a alunos de escolas de artes, cinema, animadores e a iniciantes nestas artes; com acolaboração do ICAM/MC o CITEN realizatambém cursos de carácter maisdesenvolvido. No ano de 2001, destaquepara o início de um Curso de Animação em Papel. Curso aprofundado,

com a duração de cerca de seiscentas horas,dirigido a doze futuros especialistas nestatécnica da animação. É a primeira vez que se realiza em Portugal um curso com talgrau de especialidade.Estes cursos envolveram cerca de 15 especialistas, entre monitores de animação, desenho, banda desenhada,música, linguagem audiovisual, argumento,montagem, produção, etc.

Livro e CD-Rom € 13 970

Dando continuidade e alargando o âmbitodo protocolo estabelecido com o ICAM/MCos coordenadores do CITEN iniciaram a realização de um livro sobre o ensino do cinema de animação. Este livro, que seráapoiado por um CD-Rom interactivo, constituirá um apoio fundamental para os iniciantes e pedagogos nesta variante da sétima arte.

Mostras, festivais,ciclos e debates

A exemplo de anos anteriores o CITENrealizou na sala polivalente ciclos de cinemade animação que contaram com a presençade numeroso público, tendo mesmo algumassessões sido repetidas, dada a quantidadede interessados.

Destas mostras destaque para a apresentação dos melhores filmes de animação do Cinanima (FestivalInternacional de Cinema de Animação de Espinho) ou a sessão dedicada aos filmesrealizados por alunos do CITEN.Em todas as sessões houve lugar a apresentação de cada filme e debatealargado com o público presente.Os filmes, desenhos e pranchas realizadosnos diferentes cursos do CITEN estiverampresentes em festivais nacionais – Cinanima(Espinho), Figueira da Foz, Fantasporto(Porto), Vila do Conde, Algarve, Mostra de Animação de Lisboa, BD da Amadora – e internacionais – Annecy, Valence(França), Hiroshima (Japão), Estugarda e Rostock (Alemanha), Rimouski (Canadá)Auch e Paris (França), Animamundi (Brasil).Os coordenadores e formadores do CITEN estiveram presentes em váriosdebates e seminários em diferentes festivaise encontros nacionais e internacionais – Annecy, Espinho, São Paulo, Rio de Janeiro, Fernandopolis, Rostock,Paris, Figueira da Foz, Porto, Lisboa, Nazaré,Caminha, entre outros.

Para complementar todos os encargosrelativos às actividades levadas a efeito pelo Centro de Arte Moderna (CAM)e enumeradas neste Relatório,nomeadamente de estrutura e de logística,foram efectuadas despesas gerais no montante global de € 2 509 593.

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Schhh... Um Ensaio sobre o Silêncio, de Beatriz Cantinho. Subsídio atribuído ao abrigo do Programa “Novos Encenadores”.

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Valores em euros

Encargos com pessoal 445 097

Despesas de funcionamento 149 846

Iniciativas directas 406 502

Subsídios e bolsas 1 362 554

Total 2 363 999

Receitas 271 099

O Serviço de Belas-Artes prosseguiu, em 2001, a actividade de apoio à criação,divulgação e investigação nas diferentesáreas artísticas no âmbito da suacompetência – Artes Plásticas, Arquitecturae Design, História da Arte, Arqueologia e Património, Cinema e Teatro – continuandoa dar prioridade à sua missão distributivapara a qual é especialmente vocacionado. A referida actividade concretizou-se atravésda atribuição de bolsas e subsídios, conformeos programas, normas e prazos aprovados.Os seus objectivos principais são apoiarnovos projectos de qualidade, individuais einstitucionais, dinamizando o meio artísticonacional e promover a arte e os artistasportugueses nos circuitos internacionais,privilegiando parcerias com entidadesrelevantes nacionais e estrangeiras.Em complemento, o Serviço de Belas-Artes temdesenvolvido actividades directas (exposições, prémios, conferências e workshops), emconsonância com a sua missão e objectivos.

Artes Plásticase Exposições € 415 936,43

Acordo tripartido € 50 471,34

À semelhança do que tem acontecido em anos anteriores, a Fundação Luso-Americana, o Instituto de Arte Contemporânea e a Fundação Calouste Gulbenkian têm mantido um protocolo de colaboração que visa o apoio à divulgaçãoda arte portuguesa no estrangeiro. Esteprograma materializa-se através da concessão

de subsídios que auxiliam as galerias de arteportuguesas a participarem em feiras de arte internacionais, bem como a desenvolverprojectos que envolvam artistas portuguesesem instituições, museológicas ou outras, fora do País. Em 2001, foram apoiadas 32 iniciativas, oriundas de galerias de arte, artistas,curadores independentes e instituições.

Projectosde criação artística € 13 716,93

Os projectos de criação artística apoiados em 2001 reforçaram a tónica de excelência queesta linha programática visa apoiar, tendosido atribuídos subsídios a cinco projectos de criadores portugueses radicados em Portugal.

Apoio à produçãode exposições € 59 194,99

O panorama artístico continua a serformado, sobretudo, por projectosexpositivos, sendo esta uma das áreas maisimportantes de concessão de apoios do Serviço de Belas-Artes. Partindo dopressuposto de que a visibilidade públicadas Artes Visuais passa pela existência deum cenário alargado de escolha e de opçãopossíveis, a Fundação tem vindo areconhecer a importância das produçõesexpositivas independentes que geremquestões artísticas e apresentam as novas gerações de artistas plásticos. Nesse sentido, embora privilegiando o apoio a artistasemergentes, é importante também nãodescurar a intervenção de outros agentes noprocesso artístico, tais como os curadores epromotores de exposições em espaços nãoconvencionais, e acompanhar o crescenterelevo da criação artística independente que se tem vindo a manifestar em Portugal.Durante o ano de 2001 foram apoiados 21 projectos, apresentados por artistas,organizações e curadores independentes,bem como por associações.

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›› Serviço de Belas-Artes

Apoio a instituições € 38 906,23

Este programa pretende colmatar lacunas no equipamento das instituições que sededicam à formação, difusão e divulgaçãoartísticas. À semelhança de anos anteriores,foram apoiadas instituições cujo trabalho se tem revelado estruturante na criação da massa criativa e crítica em Portugal, num total de cinco apoios concedidos.

Promoção, documentaçãoe divulgação artísticas € 37 035,74

Este programa parte do reconhecimento da necessidade de constituição de fundos de documentação dos artistas, bem como do carácter indispensável da formação dos agentes artísticos, visando a promoçãoqualificada dos percursos individuais e a constituição de espólios de documentaçãopor parte dos artistas e agentes culturais.Desta forma, foram atribuídos 15 subsídiosa agentes com competências diversas, o quereflecte, também, a crescente diversidade de agentes implicados no plano criativo.

Programas de formação € 32 771,02

Este programa tem por objectivo o apoio à formação tomada no seu sentido mais

amplo, privilegiando a organização de eventos, tais como colóquios,conferências e debates que surjamassociados a outros eventos artísticos. Nesse sentido, foram apoiados cinco projectosque procuraram estabelecer um contactomais amplo entre a criação artística e os seus públicos, ou o debate de ideiasdentro do próprio cenário criativo e crítico.

Apoio à ediçãoe investigação € 14 963,94

O apoio à edição processa-se através de um concurso anual dirigido às editorasque trabalham no campo artístico, do ensaio e da crítica. No ano de 2001foram apoiados três projectos editoriais.

Projectos específicos € 9 128

Ainda na área genérica das Artes Plásticas,foram atribuídos os seguintes subsídiosespeciais: ao Centro Cultural de São Lourenço para a edição de O Livro dos Artistas. 1981-2001; ao Centro de Estudos de Gestão do Instituto Superior de Economia e Gestão para a realização do seminário “Organizações, Cultura & Artes”;e à Fundação Mário Soares, para o apoio à edição do livro Gestos e Sinais, dedicado à obra do escultor José Aurélio.

Exposição “Daciano da Costa,Designer” € 98 946,91

A exposição “Daciano da Costa, Designer”,apresentada na Galeria de Exposições Temporáriasda Sede da Fundação, de 15 de Maio a 24 de Julho de 2001, pretendeu dara conhecer a obra de um dos mais importantese significativos designers portugueses. Daciano da Costa, que ocupa um lugar únicona história e na prática do Design em Portugal, é o autor de grande parte do projecto de interiores, equipamentos e mobiliário da Fundação nos anos 60 e, mais recentemente, da remodelação de algunsdos seus espaços interiores e equipamentos,intervenção visível na nova recepção na Sedee na Galeria de Exposições Temporárias,inaugurada com a exposição.

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Paulo Quintas, Girassol Frio,

óleo s/tela, 2000-2001. Subsídio atribuído

ao abrigo doPrograma de Apoio

a Projectos de Criação Artística.

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Daciano da Costa é, com o pintor FernandoCalhau, um dos vencedores dos prémios AICA 2001, atribuídos pela AssociaçãoInternacional de Críticos de Arte e pelo Ministério da Cultura.

Catálogo Daciano da Costa,Designer € 60 801,33

No âmbito da mostra, foi publicado um catálogo exaustivo da obra de Dacianoda Costa, com grafismo do designer José Brandão e com levantamentofotográfico a cargo do Estúdio PH3.

Estudos de Arte, Arqueologiae Património € 285 560,19

Arqueologia € 55 615,97

Foram concedidos nove subsídios a trabalhos de campo e investigação, levados a cabopor arqueólogos, investigadores e instituições especializadas, incluindo os projectos de escavação do Povoado

de Perdigões, a escavação da Anta 3 da Herdade de Santa Margarida, e a continuação da importante escavação do Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra; 12 subsídios para apoio a publicações científicas e de divulgação,incluindo o apoio à edição de dois volumes

Capa do catálogoda exposição“Daciano da Costa,Designer”.

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Exposição “Dacianoda Costa, Designer”,Galeria de ExposiçõesTemporárias da Sede da Fundação.

de O Arqueólogo Português, coordenadapelo Museu Nacional de Arqueologiae à publicação do volume AtravessandoFronteiras – A Arte Rupestre do Brasil,a partir das comunicações apresentadas emVila Real, na Universidade de Trás-os-Montese Alto Douro, quando da realizaçãodo congresso mundial da IFRAO; e oitosubsídios para possibilitar a participaçãoem estágios e reuniões científicasinternacionais de especialistas portuguesesde reconhecida e elevada qualidade.

História da arte € 19 363,35

Foram atribuídos, no âmbito deste programa,dois subsídios para apoio à realização de importantes congressos internacionais, o V Colóquio Luso-Brasileiro de História daArte, em Faro, organizado pela Universidadedo Algarve, e o II Congresso Internacionaldo Barroco no Porto, organizado pelaFaculdade de Letras da Universidade do Porto; dois subsídios para apoio apublicações de carácter científico; e 12 subsídios para possibilitar a participação em estágios e reuniões científicas internacionais de especialistas portugueses, de reconhecidae elevada qualidade.

Património € 39 903,83

O apoio para a recuperação e valorização do Património Artístico, relativo ao ano de 2000, foi atribuído a dois projectos – seleccionados entre um universo de setecandidaturas – que, pela sua qualidade e relevância dos objectos artísticosintervencionados, foram merecedores do parecer positivo da respectiva Comissão,dando origem às seguintes deliberações do Conselho de Administração:

› atribuição de um subsídio no montante de € 24 939,89 ao projecto classificado emprimeiro lugar, apresentado pelo Patriarcadode Lisboa, para o lançamento da primeirafase do seu projecto “Museu Virtual”, que pretende colocar na Internet umconjunto de dados sobre o património sob a sua alçada;› atribuição de um subsídio no montante de € 14 963,94 ao projecto classificado em segundo lugar, apresentado pela Paróquiado Salvador de Arraiolos, relativo à recuperação dos estuques e da talha dos retábulos da capela-mor, do altar de Nossa Senhora da Conceição e do altar do Beato Nuno Álvares Pereira do templo que é monumento nacional.

Cromeleque do Xarez,projecto MEGTHI-RM,

Reguengos de Monsaraz.

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Apoio a visitas de estudouniversitárias € 9 975,95

Consagrando uma prática iniciada por esteServiço há alguns anos, foi aberto concursopara o apoio a visitas de estudouniversitárias, para o estudo de temas de História da Arte e de Arquitectura,através de programas organizados pelasinstituições universitárias interessadas.Em 2001 foram concedidos os seguintesapoios:

› Faculdade de Arquitectura da UniversidadeTécnica de Lisboa – visita de estudo a Barcelona para 18 alunos finalistas do curso de Arquitectura do PlaneamentoUrbano e Territorial; e› Departamento de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanasda Universidade Nova de Lisboa – visita de estudo a Roma para 45 alunos dos 2.º,3.º e 4.º anos do curso de História da Arte.

Exposição “Arte Românicaem Portugal e Galiza” € 108 669,04

As Fundações Calouste Gulbenkian e PedroBarrié de la Maza da Corunha organizaram,no âmbito do seu protocolo no campo dasrelações artísticas entre Portugal e a Galiza,uma exposição dedicada à “Arte Românicaem Portugal e Galiza”.Esta exposição foi apresentada no momentoem que decorreu um milénio sobre o período de génese e difusão deste modoartístico que, oriundo da Borgonha,rapidamente se difundiu por toda a Europamedieval, chegando à Galiza e ao Norte de Portugal graças, sobretudo, à grande rotainternacional – de circuito religioso mastambém de circulação de pessoas, ideias e modelos artísticos – que foi o Caminho de Santiago, a fim de visitar o túmulo e as relíquias do Apóstolo Tiago Maior, em Compostela.Com um número total de visitantes queexcedeu as 40 000 pessoas, esta exposiçãofoi apresentada respectivamente naFundação Barrié de la Maza, Corunha, no Museu de Pontevedra, na FundaçãoCalouste Gulbenkian, Lisboa, e na Galeria de Exposições da Câmara Municipal de Matosinhos.

A exposição era composta por cerca de 200 fotografias e por um total de 62 peças de escultura decorativa,escultura devocional, ourivesaria e iluminura.

Durante a permanência da exposição nas sedes das duas referidas Fundaçõesorganizou-se um colóquio sobre o tema da exposição.

Catálogo da exposição “Arte Românicaem Portugal e Galiza” € 18 475,34

No âmbito da exposição foi editado umcatálogo com textos dos oito colaboradorese ilustrações da totalidade das imagens e peças expostas.

Exposição “Entre o Espantoe o Esquecimento. Arqueologiadas Sociedades Brasileirasantes do Contacto” € 21 086,76

Em finais de Janeiro de 2001 encerrou a exposição “Entre o Espanto e o Esquecimento. Arqueologia das SociedadesBrasileiras antes do Contacto”, que estevepatente ao público na Sede da Fundação

Capa do catálogo da exposição “Arte Românica em Portugal e Galiza”.

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desde Outubro de 2000. A mostra, organizada a partir do núcleo “Arqueologia” integradono conjunto de exposições comemorativasdos 500 Anos da Descoberta do Brasil,constituiu um assinalável êxito.

Prémio Gulbenkiande História da Arte € 12 469,95

Foi atribuído o Prémio Gulbenkian de História da Arte relativo aos trabalhos produzidos e publicados no biénio 1998-1999, o qual distinguiu a obra do Dr. Magno Moraes Mello, A Pintura de Tectos em Perspectiva no Portugal de D. João V.

Teatro € 189 273,34

O Sector de Teatro prosseguiu a sua acçãode apoio aos diversos agentes da cena artística teatral provando, uma vez mais, que a sua acção é determinante não só para a realização de eventos teatrais, como também para o desenvolvimento profissional dos intervenientes desta área.

As linhas programáticas que regem o seufuncionamento foram alteradas, o que tevecomo efeito a suspensão do programa de apoio aos festivais de teatro. A esta opção presidiu a constatação do crescente hiato entre os cada vez mais elevados orçamentos dos festivais e os subsídios possíveis por parte da Fundação.

Em 2001 verificou-se a criação de um grande número de novas companhias, situação reveladora da vitalidade do tecido teatral português.

Foi mantida e incrementada a política de intervenção junto dos novos criadores e companhias, que têm encontrado na Fundação um parceiro privilegiado para a realização dos seus projectos.

Dramaturgia portuguesa € 3 491,58

Com o objectivo de promover a dramaturgiaportuguesa foram atribuídos subsídios a várias companhias teatrais para a criaçãode projectos em colaboração com escritoresconvidados.

Gestão e administraçãoteatral € 8 998,31

Através deste programa foi possível a cincocompanhias de teatro a contratação detécnicos especializados em áreas de apoioà gestão e administração teatral.

Para as companhias que iniciaram umplaneamento anual ou bianual, estes apoiosforam de encontro às suas necessidades e expectativas, possibilitando uma maiorrentabilização dos seus recursos técnicos e humanos.

Planeamento da produção e pesquisade financiamentos € 14 714,53

Este programa permitiu às companhias teatraisa contratação de um técnico de produção que implementasse acções de pesquisa de financiamentos junto de entidades privadas, captando assim o interesse do mecenato para o investimento na áreateatral. No âmbito deste programa foramatribuídos seis subsídios.

“Novos Encenadores” € 69 472,58

Este programa visa apoiar criadores em iníciode carreira e tem sido um dos programas commaior solicitação por parte dos profissionaisde teatro, situação que reflecte a vitalidadee o crescimento do meio teatral português.Através deste programa, um grande númerode jovens encenadores têm encontrado os meios necessários para a concretizaçãodos seus projectos. Este ano foramsubsidiados 23 criadores.

Acções de formação € 5 486,77

No âmbito deste programa foram subsidiadasacções de formação que incidiram sobre as várias facetas do trabalho do actor, caso da iniciativa “Teatro, Teoria e NovasFormas Culturais” organizada pelo CEM – Centro em Movimento. O Ensemble – Sociedade de Actores foitambém subsidiado para organizaro seminário “O Estúdio de Actores”.

Deslocações e digressõesinternacionais € 14 991,21

Apoiou-se a participação de gruposportugueses em festivais internacionais deteatro no estrangeiro, assim como adeslocação de actores portugueses aoestrangeiro para participarem em acções deformação de evidente interesse para o seudesenvolvimento profissional. Foram, assim,concedidos 10 subsídios a actores e acompanhias teatrais.

“Arranque” de novas estruturasde produção € 39 696,49

Este programa destina-se a apoiarcompanhias em início de actividade, atravésda atribuição de um apoio financeiro para a constituição jurídica da companhia e para a sua instalação (aquisição deequipamento, etc). Este ano foram apoiadasoito companhias teatrais, destacando-se o apoio concedido aos Artistas Unidos.

Projectos específicos € 32 421,87

O Serviço manteve este ano o subsídioconcedido ao projecto “Estudoda Intervenção da Fundação Calouste Gulbenkianno Teatro em Portugal”. Este projecto, da responsabilidade do Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras de Lisboa,tem por objectivo a informatização

do arquivo do Sector de Teatro. Os dadosinventariados até ao momento estão já disponíveis para consulta na Internet.Foi atribuído um subsídio para a edição do livro comemorativo dos 25 anos de actividade da Companhia de Teatro “A Barraca”. A Cena Lusófona recebeu igualmente umsubsídio para a edição do álbum fotográficoFloripes Negra da autoria de AugustoBaptista. Ao Chapitô foi atribuído umsubsídio para a realização do programacomemorativo dos 20 anos da sua actividade,e ao Cendrev – Centro Dramático de Évora foitambém dado apoio financeiro para arealização de uma exposição comemorativados 25 anos da sua actividade teatral.

Cinema € 92 992,54

Filmes experimentais € 50 877,39

No âmbito da acção do Serviço que visaapoiar a realização de filmes de carácterexperimental, foram atribuídos subsídios ao Laboratório de Criação Cinematográficada Universidade Nova de Lisboa, à Produtora“Luz e Sombra” para a realização de umdocumentário histórico sobre a presençaportuguesa na Etiópia e à artista AnaHatherly. Manteve-se também o apoio aos cineastas Serge Saguenail e ReginaGuimarães, que têm em curso um projectode execução de seis videogramas sobre a história e a estética do cinema portuguêsdo último quartel do século XX.

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Fausto,de Amândio Pinheiro.Subsídio atribuído ao abrigo do Programa “Novos Encenadores”.

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Apoios à divulgação do cinemaportuguês no estrangeiro € 3 591,35

Foram concedidos subsídios a estudantesfinalistas de Cinema para a participação em seminários especializados, destacando-sea presença de duas alunas da EscolaSuperior de Teatro e Cinema no workshopde formação e realização de documentários,promovido pelo Groupement Européen desÉcoles de Cinéma et de Télévision, que teve lugar em Bratislava.

WorkshopLaboratório de cinema € 38 523,80

O projecto “Dar o Corpo ao Manifesto”,iniciado em 2000, teve a sua conclusão em2001, com a apresentação pública de seiscurtas metragens da autoria de sete jovensrealizadores. O objectivo deste projecto foio de provar que é possível desenvolver umcinema de qualidade, sem meios financeirosexcessivamente elevados, mas recorrendo aprocessos criativos inovadores, quer doponto de vista humano, quer técnico.Os subsídios concedidos para a realizaçãodos filmes experimentais Nadadoras, deSusana Nobre, Paisagem, de Renata Sancho,Máquina de Emaranhar Paisagens, de AndréDias, Cartografias, de Susana Nascimento eNuno Lisboa, Ínterim, de Hugo Vieira daSilva, e Procura-se Personagem, de CláudiaTomaz, elevaram-se a € 34 616,57

Os filmes foram exibidos em três sessõespúblicas, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão, sendo esta iniciativacomplementada com a edição de umapublicação com textos de todos osintervenientes e fichas técnicasdos filmes apresentados. O encargocom esta acção foi de € 3 907,23

Bolsas de Estudo € 471 017,45

Bolsas de estudo de especializaçãoe investigação € 440 498,55

Deu-se sequência à acção de concessão de bolsas de estudo de especialização einvestigação nos diversos domínios artísticosque correspondem à actividade do Serviço.Após uma análise detalhada de cerca de 250 candidaturas apresentadas ao concurso anual, a Comissão Consultivaconstituída para o efeito e integrandoespecialistas do quadro da Fundação e exteriores a ela, seleccionou um conjuntode 30 propostas de trabalho, cujos autoresvieram a ser contemplados com a atribuiçãode bolsas que se distribuíram pelas seguintesáreas de estudo

e se destinaram à execução de projectos quedecorreram em vários países, como segue:

Ínterim, filmeexperimental de

Hugo Vieira da Silva,realizado no âmbitodo projecto “Dar o

Corpo ao Manifesto”.

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Foram aprovados, no âmbito deste concurso,projectos de pós-graduação para a realização de doutoramentos e teses de mestrado em áreas consideradas de actualidade e interesse parao País e também projectos decriação artística e de aperfeiçoamentoe especialização profissional,com um encargo de € 260 629,29

Ainda no que se refere a estas bolsas, regista-se igualmente a prorrogação de bolsas concedidas em anos anteriores,para permitir o prosseguimento ou a conclusão de estudos já iniciados como nosso apoio. De acordo com as normasregulamentares em vigor, foram renovadas31 bolsas de estudo, com um encargo totalde € 179 869,26. Há a assinalar o excelenteresultado obtido pelos nossos bolseiros,sempre comprovado por relatórios dasactividades desenvolvidas e por parecereselaborados pelos seus orientadores.

A concessão de bolsas para estudos nos EUAprocessa-se ao abrigo do protocoloestabelecido com a Fundação Luso-Americanapara o Desenvolvimento, que colabora na apreciação e escolha das candidaturas e que assume metade das despesas envolvidaspelo plano anual de bolsas a atribuir e a renovar. O total indicado correspondeapenas ao encargo assumido pela FundaçãoCalouste Gulbenkian.

Bolsa “Ernesto de Sousa” € 8 670,96

Manteve-se o protocolo há anos existenteentre a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, a ExperimentalIntermedia Foundation e a FundaçãoCalouste Gulbenkian para a atribuição de uma bolsa de curta duração, como forma de premiar um artista que sedistinga com um projecto inédito na áreada arte experimental multimédia,proporcionando-lhe um estágio em Nova Iorque, junto da referida Instituição.Em 2001, a vencedora do concurso foi a artista Elga Ferreira.

Bolsas Exemplares € 21 847,94

Prosseguiu a linha programática, iniciadaem 2000, com o objectivo de contribuirpara a especialização, ao mais alto nível, de artistas e investigadores portugueses em áreas consideradas prioritárias, proporcionando-lhes a realização de estágios, com a duração de um ano, em escolas oucentros estrangeiros de reconhecido mérito,na sequência de acordos estabelecidos comesses mesmos centros e escolas.

O artista seleccionado para realizar um estágio em Berlim, na Künstlerhaus Bethanien, foi Nuno Cera que apresentou a concurso uminteressante projecto de pesquisa no campoda Fotografia. O rendimento do Legado João Hogan, a quem, assim, se presta homenagem, contribuiu de forma significativa para a realização desta acção inovadora. A contribuição deste Legado – € 9 975,96 –acresce ao encargo total acima referido.A segunda “bolsa exemplar” foi atribuída aMiguel Amado, para lhe permitir a realizaçãode uma especialização na área da Curadoria,no Royal College of Art, em Londres.

Arquivo de Arte € 52 241,46

Como em anos anteriores, o Arquivo de Artecontinuou a organizar e tratar as suasvastas e importantes colecções, com vista a facultar o seu acesso mais rápido e eficiente ao universo de consulentes, cujo número tem vindo a aumentar de formagradual. Definidas as regras de organização e funcionamento do acervo, continuou a procurar-se a organização, restauro e digitalização das colecções maisimportantes e/ou em maior risco físico,tendo-se elaborado um plano que passoupelas prioridades superiormente definidas.O ano de 2001 foi essencialmente dedicadoà conclusão das tarefas iniciadas no anotransacto e à preparação da transferência do Arquivo para as suas novas instalaçõesuma vez que, por decisão do Conselho de Administração, o Arquivo de Arte passoua depender da Biblioteca de Arte.

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Valores em euros

Encargos com pessoal 165 740

Despesas de funcionamento 25 955

Iniciativas directas 172 292

Total 363 987

Receitas 36 561

A actividade deste Serviço, durante o anode 2001, teve predominantemente doisgrandes objectivos: o estudo do passado da revista Colóquio/Letras e a preparação do seu futuro próximo.

Tendo sido dados à estampa, até à data, 158 números, acelerou-se tanto quantopossível a feitura dos índices da publicação,os quais passam pela constituição de umariquíssima base de dados visando permitir quea colecção da revista funcione comoinsubstituível manancial de informação sobreas literaturas de língua portuguesa (nas suasvertentes criativa e crítica) nos últimos trintaanos. Tal base de dados facilitará o acesso aoestudo de obras e autores, aos temas tratadosnos artigos, à produção inédita revelada, aos documentos analisados e reproduzidos em fac-símile e à respectiva transcrição, à iconografia utilizada e a um vastíssimorepositório de acontecimentos do âmbito das literaturas de língua portuguesa. Por outrolado, e utilizando até uma metodologiaestatística, será possível traçar variados perfis,nomeadamente o da crítica literária noreferido espaço de tempo, quer a partir do tipo e frequência dos conceitos utilizadosquer pela sua filiação em determinadascorrentes dominantes no panorama internacional.

Uma vez concluídos os trabalhos relativos às revistas publicadas, a base de dados seráregularmente alimentada por dados retiradosdos números que foram sendo editados.

Entretanto, muito se adiantou na preparaçãode quatro números a publicar nos anossubsequentes. O primeiro, intitulado“Prosadores Novecentistas”, é dedicado a dezdos ficcionistas contemporâneos menosestudados nas páginas da revista, incluindoensaios abrangentes sobre as respectivasobras, textos inéditos que possam serrecolhidos e abundante documentaçãoiconográfica. O segundo, que se debruçasobre Alexandre O’Neill, poeta e prosador,conterá, para além de artigos deespecialistas, muito material inédito oudisperso. Outro dos números que se encontraem fase de preparação e aturada investigaçãorevelará aos leitores a correspondência de Sebastião da Gama para os amigos e testemunhará com rigor aspectos importantesda vida literária em Portugal entre 1945 e 1952. Encontra-se ainda a ser ultimado um número dedicado às relações entre as literaturas de língua portuguesa e o Oriente, nomeadamente Macau e China,nelas sobressaindo, como é natural, a figura e a obra de Camilo Pessanha.

›› Revista Colóquio/Letras

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