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MUROS DE ARRIMO Tipos Drenagem Estabilidade Dimensionamento

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MUROS DE ARRIMO

Tipos

Drenagem

Estabilidade

Dimensionamento

DEFINIÇÃOMuros são estruturas corridas de contenção de

parede vertical ou quase vertical, apoiadas em uma

fundação rasa ou profunda.

DEFINIÇÃOPodem ser construídos em alvenaria (tijolos ou

pedras) ou em concreto (simples ou armado), ou

ainda, de elementos especiais.

TIPOS

Muros de arrimo por gravidade

Muros de arrimo de concreto armado

INTRODUÇÃO

Os muros de arrimo

podem ser de vários tipos:

• gravidade (construídos

de alvenaria, concreto,

gabiões ou pneus),

• de flexão (com ou sem

contraforte) e com ou

sem tirantes.

MUROS DE ARRIMO POR

GRAVIDADE

DEFINIÇÃO

TIPOS/PRÉ-DIMENSIONAMENTO

Muros de arrimo por gravidade

• Muros de Gravidade são estruturas corridas que

se opõem aos empuxos horizontais pelo peso

próprio.

• Geralmente, são utilizadas para conter desníveis

pequenos ou médios, inferiores a cerca de 5m.

• Os muros de gravidade podem ser construídos de

pedra ou concreto (simples ou armado), gabiões

ou ainda, pneus usados.

Muros de arrimo por gravidade

Muros de arrimo por gravidade

Muros de arrimo por gravidade

Muros de arrimo por gravidade

MUROS DE ARRIMO DE

CONCRETO ARMADO OU

FLEXÃO

DEFINIÇÃO

TIPOS/PRÉ-DIMENSIONAMENTO

Muros de arrimo de concreto

armado

• Geralmente são aplicados em aterros ou

reaterros;

• O muro de flexão conta com uma laje de

fundo e outra vertical;

• São estruturas mais esbeltas com seção

transversal em forma de “L” que resistem aos

empuxos por flexão;

• A laje da base apresenta, em geral, largura

entre 40 e 70% da altura do muro.

Muros de arrimo de concreto

armado

Muros de arrimo de concreto

armado• São mais leves que os muros de arrimo por

gravidade;

• O fato de ter uma forma de “T” ou “L” invertido faz

com que o peso do próprio terreno auxilie na

obtenção da força de atrito que combate o

deslizamento e impede o seu tombamento;

• Os esforços de flexão na união do “T” são bastante

grandes, exige pesadas armaduras de aço e a

execução de contraforte para alturas maiores.

Muros de arrimo de concreto

armado

Muros de arrimo de concreto

armado• Esse contrafortes são, em geral, espaçados entre

30 a 60% da altura do muro;

• Muros de flexão podem também ser ancorados na

base com tirantes ou chumbadores (rocha) para

melhorar sua estabilidade;

• Esta solução de projeto pode ser aplicada quando

na fundação do muro ocorre material competente

(rocha sã ou alterada) e;

• Quando há limitação de espaço disponível para

que a base do muro apresente as dimensões

necessárias para a estabilidade.

Muros de arrimo de concreto

armado

• Construídos em concreto armado, tornam-se

antieconômicos para alturas acima a 5 ou 7

metros.

• A base apresenta largura entre 40 e 70% da altura

do muro.

Muros de arrimo de concreto armado

Muros de arrimo de concreto armado

MUROS DE GABIÃO

Muros de GabiãoOs muros de gabiões são constituídos por gaiolas

metálicas preenchidas com pedras arrumadas

manualmente e construídas com fios de aço

galvanizado em malha hexagonal com dupla torção.

Muros de Gabião

As dimensões usuais dos gabiões são: comprimento de

2m e seção transversal quadrada com 1m de aresta.

Muros de Gabião• No caso de muros de grande altura, gabiões mais baixos

(altura = 0,5m), que apresentam maior rigidez e

resistência, devem ser posicionados nas camadas

inferiores, onde as tensões de compressão são mais

significativas.

Muros de GabiãoAs principais características dos muros de gabiões são a

flexibilidade, que permite que a estrutura se acomode a

recalques diferenciais e a permeabilidade.

DRENAGEM

Sistemas de drenagem superficiais

Sistemas de drenagem subsuperficiais

Introdução

• Para um comportamento satisfatório de uma

estrutura de contenção, é fundamental a

utilização de sistemas eficientes de drenagem.

• Os sistemas de drenagem podem ser superficiais

ou internos.

• Em geral, os projetos de drenagem combinam

com dispositivos de proteção superficial do talude.

Sistema de drenagem superficial

Sistemas de drenagem superficial devem captar e

conduzir as águas que incidem na superfície do talude,

considerando-se não só a área da região estudada

como toda a bacia de captação.

Sistema de drenagem superficial

Diversos dispositivos:

• canaletas transversais,

• canaletas longitudinais de descida (escada),

• dissipadores de energia,

• caixas coletoras podem ser selecionados para o

projeto, dependendo da natureza da área (ocupação

densa, com vegetação etc.), das condições

geométricas do talude, do tipo de material

(solo/rocha).

Sistema de drenagem superficial

Sistema de drenagem subsuperficial

Sistemas de drenagem subsuperficiais têm como

função controlar as magnitudes de pressões de água

e/ou captar fluxos que ocorrem no interior dos taludes:

• drenos horizontais;

• trincheiras drenantes longitudinais;

• drenos internos de estruturas de contenção;

• filtros granulares e;

• Geodrenos.

Sistema de drenagem subsuperficial

Sistema de drenagem subsuperficial

Sistema de drenagem subsuperficial

DRENO VERTICAL

FILTRANTE

Dreno FiltranteÉ um dreno que serve para retirar a água de um talude

mas que "filtra" a água não deixando as partículas sólidas

passarem.

Dreno Filtrante

• O dreno vertical filtrante é formado por

várias camadas de areia e brita que são

calculadas em função da altura do muro

do volume de água que precisa ser

drenada do talude.

• A sua construção é feita por etapas e por

fases.

Construção

Para se evitar que as diversas camadas se

misturem, coloca-se na Fase 1, uma tábua entre

as camadas

Construção

• Nesta fase deve-se evitar a compactação dos materiais

pois a compactação dificulta a remoção das tábuas. As

camadas são feitas com no máximo 20 centímetros de

altura.

• Normalmente a largura mínima das camadas é de 15

centímetros por camada, podendo chegar a 30

centímetros dependendo da vazão e da quantidade de

camadas.

• Completado o enchimento das camadas, então remove-

se as tábuas e aplica-se vigorosa compactação:

Construção

Construção• Após a compactação, prossegue-se com a segunda camada,

repetindo-se o ciclo, isto é, coloca-se as tábuas separadoras,

preenche-se as camadas com brita, areias e argila.

• E, assim por diante, repete-se as etapas até completar a

altura do muro.

Construção

Tubo de drenagem

• O tubo de drenagem deve ser dimensionado para não

afogar mesmo com a chuva de maior recorrência.

• O tubo de drenagem deve ter um caimento mínimo de

2% para permitir que o fluxo transporte as partículas

sólidas que eventualmente venha a passar pelo filtro.

• Nas cabeceiras do tubo deve ser construídas aberturas

no muro de contenção para inspeções periódicas e

também para a lavagem do tubo de drenagem.

DRENO HORIZONTAL

PROFUNDO

Dreno horizontal profundo

• A rede de drenagem horizontal é um conjunto

de tubos enfiados no maciço do talude a grande

profundidade, de até 20 metros.

• Esses drenos são tubos com furos que captam

as águas do lençol freático.

• Desse modo, o terreno fica livre da água e o

muro não recebe a pressão hidrostática da

água.

Dreno horizontal profundo

Dreno horizontal profundo

Sistema de drenagem subsuperficial

Sistema de drenagem subsuperficial

Sistema de drenagem subsuperficial

ESTABILIDADE

DIMENSIONAMENTO

Na verificação de um muro de arrimo, seja qual for a sua seção,

devem ser investigadas as seguintes condições de estabilidade:

tombamento, deslizamento da base, capacidade de carga da

fundação e ruptura global.

INTRODUÇÃO

O projeto é conduzido assumindo-se um pré-

dimensionamento e, em seguida, verificando-se as

condições de estabilidade.

INTRODUÇÃO

A segunda etapa do projeto envolve a definição dos

esforços atuantes.

INTRODUÇÃO

ESTABILIDADESegurança contra o

Tombamento

Para que o muro não

tombe em torno da

extremidade externa

(ponto A da Figura), o

momento resistente

deve ser maior do que o

momento solicitante.

ESTABILIDADESegurança contra o

Tombamento

• O momento resistente

(Mres) corresponde ao

momento gerado pelo

peso do muro.

• O momento solicitante

(Msolic) é definido como

o momento do empuxo

total atuante em

relação ao ponto A.

Segurança contra o Deslizamento

A segurança contra o deslizamento consiste na verificação do

equilíbrio das componentes horizontais das forças atuantes, com a

aplicação de um fator de segurança adequado:

ΣFRes = somatório dos esforços resistentes

ΣFsolic = somatório dos esforços solicitantes

FSdesliz = fator de segurança contra o deslizamento

ESTABILIDADE

5,1Re

solic

s

DeslizF

FFS

ESTABILIDADE

Segurança contra o Deslizamento

• A Figura ao lado ilustra osesforços atuantes no muro.

• O fator de segurança contra odeslizamento será: :

Ep= empuxo passivo

Ea= empuxo ativo

S = esforço cisalhante na base domuro

5,1

a

p

DeslizE

SEFS

Segurança contra o Deslizamento

O valor de S é calculado pelo produto da resistência ao

cisalhamento na base do muro vezes a largura:

ESTABILIDADE

Capacidade de Carga da Fundação

• A capacidade de carga consiste na verificação da

segurança contra a ruptura e deformações excessivas

do terreno de fundação.

• A análise geralmente considera o muro rígido e a

distribuição de tensões linear ao longo da base.

• Se a resultante das forças atuantes no muro localizar-

se no núcleo central da base do muro, o diagrama de

pressões no solo será aproximadamente trapezoidal.

• O terreno estará submetido apenas a tensões de

compressão.

ESTABILIDADE

Capacidade de Carga da Fundação

ESTABILIDADE

ESTABILIDADE

Capacidade de Carga da Fundação

• A excentricidade é calculada pela resultante de

momentos em relação ao ponto A:

• Deve-se garantir, que a base esteja submetida a

tensões de compressão (σmin ≥ 0) a resultante deve

estar localizada no terço central; ou seja, e ≤ B/6,

para evitar pressões de tração na base do muro.

ESTABILIDADE

'2

' eb

eF

Me

FV

v

v

Capacidade de Carga da Fundação

• Para evitar a ruptura do solo de fundação do muro, o

critério usualmente adotado recomenda que:

• Sendo qmax a capacidade de suporte calculada pelo

método clássico de Terzaghi-Prandtl), considerando a

base do muro como sendo uma sapata, conforme

mostra a equação

ESTABILIDADE

5,2

maxmaxmax

q

FS

q

yfqsc NBNqNcq ...5,0.'.max

Capacidade de Carga da Fundação

ESTABILIDADE

Segurança contra a Ruptura Global

• A última verificação refere-se à

segurança do conjunto muro-solo.

• A possibilidade de ruptura do

terreno segundo uma superfície de

escorregamento ABC também deve

ser investigada.

• Para isso, devem ser utilizados os

conceitos de análise da estabilidade

geral.

• Para o cálculo do fator de

segurança pode ser utilizado

qualquer método de cálculo de

equilíbrio limite, normalmente

empregado para avaliação da

estabilidade de taludes.

ESTABILIDADE

Segurança contra a ruptura global

Método das Fatias - Fellenius

O método consiste em dividir a massa de solo em fatias e

considerar as forças atuantes em cada uma delas como ilustra a

figura.

ESTABILIDADE

Segurança contra a ruptura global

ESTABILIDADE

Segurança contra a ruptura global

ESTABILIDADE

Segurança contra a ruptura global

ESTABILIDADE