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MUNICÍPIO DE COLOMBO

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PROGNÓSTICO

II

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE COLOMBO

Rua XV de Novembro, 105, Centro, Colombo - PR

CEP 83414-000

Telefone: (41) 3656-8080

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS -

PMGIRS

PROGNÓSTICO

VOLUME 2

2018

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE COLOMBO

ESTADO DO PARANÁ

Rua XV de Novembro, 105, Centro, Colombo - PR

CNPJ: 76.105.634/0001-70

CEP: 83414-000

Fones: (41) 3656-8080

Site: http://colombo.pr.gov.br

Gestão 2017 – 2020

O PMGIRS consiste como parte integrante do Plano Municipal de Saneamento

Básico – PMSB, em conformidade com as diretrizes nacionais preconizadas pelas

Leis Federais nº 12.305/2010 e 11.445/2007

Plano elaborado com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente

Prefeitura do Município de Colombo/PR.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS: Volume II – Prognóstico - 2017.

65f.: il.color. 30 cm

Esta obra é um dos volumes referentes ao Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de Colombo/PR.

1. Prognóstico. 2. Projeção de serviços 3. Sistemas Públicos e Infraestruturas. 3. Política e gestão dos Serviços. 4. Infraestrutura de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos.

MUNICÍPIO DE COLOMBO

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PROGNÓSTICO

III

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE COLOMBO

ESTADO DO PARANÁ

Rua XV de Novembro, 105, Centro, Colombo - PR

CNPJ: 76.105.634/0001-70

CEP: 83414-000

Fones: (41) 3656-8080

Site: http://colombo.pr.gov.br

Gestão 2017 – 2020

Izabete Cristina Pavin

Prefeita Municipal

Sérgio Roberto Pinheiro Vice-Prefeito Municipal

Evandro Luis Busato Secretário Municipal de Meio Ambiente

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PROGNÓSTICO

IV

EMPRESA RESPONSÁVEL

EVOLUA AMBIENTAL ENGENHARIA E CONSULTORIA

CNPJ 16.697.255/0001-95

END.: Rua Umbelino Damásio de Brito, nº 127

CEP 88303-050, Itajaí – SC.

Fone: 47 2125 1014 | e-mail: [email protected]

EQUIPE TÉCNICA

Nayla Motta Campos Libos

Eng. Sanitarista e Ambiental

CREA/SC 90377-1/D | V/PR 110861

CREA/SP 5069592536

Marcelo Gonçalves

Geógrafo | Doutor em Geografia, Meio

Ambiente e Desenvolvimento

CREA/PR 95232/D

Thiago Henrique Silva

Desenhista Técnico

Engenharia Ambiental

Claudia Barboza Camillo

Arquiteta e Urbanista

CAU A169530-4

Deise Beatriz Farias

Gestora de Finanças

CRA/PR 200469

Marilda Motta Campos

Pedagoga

Naym Libos

Jornalista e Economista

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PROGNÓSTICO

V

COMISSÃO INTERNA DE AVALIAÇÃO

PREFEITURA MUNICIPAL DE COLOMBO

CNPJ 76.105.634/0001-70

END.: Rua XV de Novembro, 105, Centro, Colombo - PR

Fone: (41) 3656-8080

EQUIPE TÉCNICA COMRESI – PORTARIA 729/2016

Daniele Costacurta Gasparin

Presidente

Matrícula nº 11.860

Jumara Adriana Pessini de Almeida

Membro

Matrícula nº 2.891

Robério Marcolino Filho

Membro

Matrícula nº 12.252

Tatiane Martins Soares

Membro

Matrícula nº 12.031

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PROGNÓSTICO

VI

INDICE GERAL

Volume 1

DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DOS SERVIÇOS

Volume 2

PROGNÓSTICO

Volume 3

PROPOSIÇÕES

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PROGNÓSTICO

VII

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 14

2 OBJETIVOS ............................................................................................................................... 15

3 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA ................................................................................ 16

4 INFRAESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................ 17

4.1 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA OS

RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES (RCD)........................................................................... 19

4.1.1 GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES ......................................................... 19

4.1.2 ESTIMATIVAS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO ..... 22

4.2 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA A COLETA

SELETIVA.................................................................................................................................... 26

4.3 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA a LIMPEZA

PÚBLICA ..................................................................................................................................... 32

4.4 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA OS

RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ....................................................................................... 33

4.5 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA OS

RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE ....................................................................................... 35

4.6 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA OS

RESÍDUOS VOLUMOSOS.......................................................................................................... 36

4.7 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA RESÍDUOS

VERDES ...................................................................................................................................... 37

4.8 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS PARA OS

RESÍDUOS DE LOGÍSTICA OBRIGATÓRIO ............................................................................. 39

5 REGRAS PARA O TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS .......................................................................................................................... 41

6 CRITÉRIOS PARA PONTOS DE APOIO AO SISTEMA DE LIMPEZA NOS DIVERSOS

SETORES DA ÁREA DE PLANEJAMENTO ....................................................................................... 43

7 ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO E REDES DE ÁREAS DE MANEJO LOCAL .......... 45

8 IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO, INCLUÍDAS AS ETAPAS DO PLANO DE

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................... 50

8.1 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA ÁREA PARA LOCALIZAÇÃO DO BOTA-FORA DOS

RESÍDUOS INERTES GERADOS .............................................................................................. 52

8.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS A SEREM ADOTADOS

NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS ..................................................................................................................................... 58

8.2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................ 58

9 EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA .................................................................. 60

10 REFERENCIAS .......................................................................................................................... 64

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PROGNÓSTICO

VIII

LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 - Projeção apresentada para o município de Colombo pelo Método Geométrico. ............. 16

Tabela 4.1 – Geração de RSU no município de Colombo (2016) ........................................................ 20

Tabela 4.2 - Estimativa anual de geração de resíduos ao longo do horizonte do plano do município

Colombo - PR ........................................................................................................................................ 21

Tabela 4.3 – Massa média de resíduos sólidos recuperada per capita, por faixa populacional, Brasil,

2009. ...................................................................................................................................................... 22

Tabela 4.4 - Estimativas de composição dos resíduos de acordo com a classificação (2016 – 2037) 24

Tabela 4.5 – Densidade dos resíduos sólidos domésticos ................................................................... 25

Tabela 4.6 - Estimativa de volume dos resíduos de acordo com a classificação (2016 – 2037) ......... 25

Tabela 4.7 - Estimativa de recuperação de materiais recicláveis para o cenário atual (2017 – 2037) 27

Tabela 4.8 - Estimativa de recuperação de materiais recicláveis para o cenário otimista (2017 – 2037)

............................................................................................................................................................... 28

Tabela 4.9 – Valor economizado com custo de transbordo, transporte e destinação final ao longo do

projeto (cenário otimista). ...................................................................................................................... 31

Tabela 4.10 – Projeção futura do serviço de varrição e geração de resíduos de limpeza pública de

acordo com cenário proposto ................................................................................................................ 32

Tabela 4.11 – Projeção futura da geração e coleta de RCC ................................................................ 34

Tabela 4.12 – Projeção futura da geração e coleta de RSS ................................................................. 36

Tabela 4.13 – Projeção futura da geração e coleta de Resíduos Verdes ............................................ 38

Tabela 7.1 – Rede de instalações de acordo com a quantidade de população ................................... 46

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PROGNÓSTICO

IX

LISTA DE QUADROS

Quadro 7.1 - Recepção e remoção diferenciada dos resíduos nos pontos de entrega ....................... 47

Quadro 8.1 – Condições de implantação de áreas de bota-fora .......................................................... 53

Quadro 8.2 – Condições gerais para projeto de áreas de bota-fora ..................................................... 54

Quadro 8.3 – Condições operacionais de áreas de bota-fora .............................................................. 54

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PROGNÓSTICO

X

LISTA DE FIGURAS

Figura 4.1 – Destinação final de RS em 2016 (toneladas) 20

Figura 4.2 – Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos (Brasil) 23

Figura 4.3 – Composição média gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos de Colombo em 2017 23

Figura 4.4 – Comparação da taxa de material passível de reciclagem entre os cenários 29

Figura 4.5 – Comparação da massa em toneladas/ano entre o cenário atual e o cenário proposto 30

Figura 7.1 - Modelo de layout de PEVs 48

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PROGNÓSTICO

XI

LISTA DE PRANCHAS

Prancha 1 - Mapa com Áreas Potenciais para Instalação de Aterros de Resíduos da Construção Civil

............................................................................................................................................................... 57

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PROGNÓSTICO

XII

LISTA DE SIGLAS

ABINEE Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

AC Agência Correio

AGC Agência Correio Comunitária

ANA Agência Nacional das Águas

ANIP Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária

ASSOMEC Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba

CADRI Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental

CEADEC Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento do Emprego e Cidadania

CGR Centro de Gerenciamento de Resíduos

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

CONRESOL Consórcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos

CREA Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura

DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito

DEPRN Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais

DETRAN Departamento Estadual de Trânsito

ECT Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos

ESF Estratégia Saúde da Família

ETEC Escola Técnica Estadual

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas

IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação

IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

INDE Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais

INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

InpEV Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias

IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e social

IPRS Índice Paulista de Responsabilidade Social

IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano

IQR Índice de Qualidade do Resíduo

IUCN União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais

LEV Local de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis

MMA Ministério do Meio Ambiente

NBR Norma Brasileira Regulamentadora

PEAD Polietileno de Alta Densidade

PET Polietileno Tereftalato

PEV Ponto de Entrega Voluntária

PGRCC Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

PGRSI Plano de Gerenciamento do Resíduos Sólidos Industriais

PGRSS Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviços da Saúde

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PROGNÓSTICO

XIII

PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

PNRS Política Nacional de Resíduos Sólidos

PRAD Plano de Recuperação de Área Degradada

PSF Programa de Saúde da Família

RAA Resíduos de Atividades Agrossilvopastoris

RCC Resíduo da Construção Civil

RDC Resolução da Diretoria Colegiada

RDO Resíduos Domiciliares

RI Resíduos Industriais

RM Resíduo da Mineração

RMC Região Metropolitana de Curitiba

RPU Resíduos Públicos

RSS Resíduos de Serviço da Saúde

RSU Resíduos Sólidos Urbanos

SAMU Serviço de Atendimento Móvel de Urgência

SEMMA Secretaria Municipal de Meio Ambiente

SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente

SNIS Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento

SNSA Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

SNVS Sistema Nacional de Vigilância Sanitária

SSE Secretaria de Saneamento e Energia

SUASA Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária

TCRA Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental

UGRHI Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos

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PROGNÓSTICO

14

1 INTRODUÇÃO

Este prognóstico consistiu na compilação e projeção das informações

apresentadas no Diagnóstico do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos

Sólidos. A partir das projeções foram criados possíveis cenários de acordo com as

infraestruturas e estruturas organizacionais atuais, para entendimento da situação

futura em caso de estagnação das ações relacionadas ao setor de resíduos sólidos

no município.

Com o objetivo de universalização dos serviços e melhoria na eficiência e

efetividade de ações, foram elaborados cenários otimizados para que o município

consiga atingir os objetivos no horizonte do plano, levando em consideração a

realidade do Município de Colombo.

Por fim, este prognóstico servirá de base para os programas, projetos e ações

que deverão constar neste plano para que os objetivos e diretrizes da legislação

nacional vigente sejam alcançados.

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PROGNÓSTICO

15

2 OBJETIVOS

Os objetivos do desenvolvimento do Plano Municipal de Gestão Integrada dos

Resíduos Sólidos de Colombo são:

Ampliar a participação e controle social para a gestão dos resíduos;

Definir as ações preventivas e corretivas das atividades a serem

praticadas;

Definir estratégias, para a gestão dos resíduos de responsabilidade

pública e/ou privada;

Definir política e estratégias para a educação ambiental;

Estimular programas municipais para a sensibilização da população

para segregação e destinação final dos resíduos sólidos;

Incorporar novas alternativas de destinação de resíduos;

Identificar a necessidade da criação de Planos de Gerenciamentos de

Resíduos Sólidos para estabelecimentos específicos no município,

levando em conta a quantidade e a qualidade do resíduo gerado, e os

hábitos de consumo vigentes;

Potencializar parcerias com agentes sociais e econômicos envolvidos no

ciclo de vida dos materiais;

Propor o compartilhamento de responsabilidades e os processos de

logística reversa previstos na PNRS – Plano Nacional de Resíduos

Sólidos.

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PROGNÓSTICO

16

3 PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URBANA

Para a estimativa das demandas, cálculo de geração dos Resíduos e todo

planejamento da gestão dos resíduos no horizonte do PMGIRS, utilizou-se o cálculo

de projeção da população. O diagnóstico apresentou em seu item 4.2.2, todo o

processo estatístico para se obter uma projeção coerente com a evolução histórica

populacional. Sendo assim, a Tabela 3.1 apresenta a projeção populacional para os

próximos 20 anos.

Tabela 3.1 - Projeção apresentada para o município de Colombo pelo Método Geométrico.

ANO POPULAÇÃO TOTAL

(HAB) POPULAÇÃO URBANA

(HAB) POPULAÇÃO RURAL

(HAB)

2016 234.941 224.956 9.985

2017 238.818 228.801 10.016

2018 242.758 232.713 10.046

2019 246.764 236.691 10.073

2020 250.836 240.737 10.099

2021 254.975 244.852 10.123

2022 259.182 249.038 10.145

2023 263.459 253.295 10.164

2024 267.806 257.625 10.182

2025 272.225 262.029 10.197

2026 276.717 266.508 10.209

2027 281.283 271.064 10.220

2028 285.925 275.697 10.227

2029 290.643 280.410 10.233

2030 295.439 285.204 10.235

2031 300.314 290.079 10.235

2032 305.269 295.038 10.231

2033 310.306 300.081 10.225

2034 315.427 305.211 10.216

2035 320.631 310.428 10.203

2036 325.922 315.735 10.187

2037 331.300 321.132 10.168

Vale ressaltar que a dinâmica populacional ao longo dos anos pode ser

influenciada por eventos de ordens distintas, mudando os padrões de evolução da

população, amplificando a necessidade de revisão do plano (no máximo em cada 4

anos), afim de ajustar possíveis nuances imprevisíveis.

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PROGNÓSTICO

17

4 INFRAESTRUTURA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O comando das infraestruturas de gerenciamento de resíduos sólidos do

município de Colombo é realizado pela Administração Pública Direta, ou seja,

administrados pela Prefeitura Municipal, por intermédio da SEMMA – Secretaria

Municipal de Meio Ambiente e pela SEMOV – Secretaria de Obras e Viação.

Os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, como pode ser

observado no diagnóstico é executado por uma empresa terceirizada. Dentre os

serviços prestados pela empresa estão a coleta de resíduos domésticos, coleta dos

resíduos recicláveis e serviços de varrição manual de vias e logradouros públicos sem

repasse, este último com previsão de início em 2018.

Além de contar com a terceirização dos serviços supracitados, a prefeitura

executa programas especiais como o Programa Coleta Verde, que, em parceria com

a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, faz a troca dos materiais recicláveis por

produtos hortifrútis. Esse programa é importante por integrar a agricultura familiar no

Programa de Coleta Pública Seletiva, além de incentivar o munícipe a segregar o

material reciclável, o qual é destinado para as Associações de Catadores cadastradas

na Secretaria de Meio Ambiente, garantindo assim a promoção do ganho ambiental e

acesso a um alimento saudável e seguro aos munícipes que integram o programa,

além de garantir uma fonte de renda para os associados e para o pequeno agricultor.

A cargo da Prefeitura, ainda restam alguns serviços de limpeza pública, seja

por não possuir terceirização ou por exceder valores de contrato, quais sejam: poda

de árvores, limpeza e desobstrução de bueiros, pintura do meio fio, varrição, coleta

de RCC, coleta de material verde, entre outros.

Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), nas unidades públicas municipais

são coletados e destinados por empresa terceirizada, cuja fiscalização do

cumprimento do referido contrato, cabe à Prefeitura Municipal, por intermédio da

Secretaria Municipal de Saúde. Geradores privados possuem a responsabilidade de

destinar o RSS, sob fiscalização da Vigilância Sanitária do município.

A coleta dos resíduos de construção civil - RCC oriundos de geradores

particulares é feita em caçambas intercambiáveis. Os entulhos dispostos em vias e

locais públicos são recolhidos pela Secretaria de Obras e Viação por meio de mutirões

de limpeza ou por solicitação dos munícipes.

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PROGNÓSTICO

18

De acordo com o Art. 26º da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos no

12.305/2010, o titular dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de

resíduos sólidos é responsável pela organização e prestação direta ou indireta desses

serviços.

De modo geral, a prestação dos serviços de limpeza pública e manejo de

resíduos sólidos demanda de modernização de seus equipamentos, infraestruturas,

manutenção da qualidade da prestação dos serviços, com investimentos em recursos

humanos, materiais e financeiros, tudo isso a longo prazo, não apenas no âmbito

municipal, mas a nível nacional. Diante da impossibilidade enfrentada pelos gestores

públicos, de custear diretamente os investimentos necessários, a Lei Federal no

12.305/2010 facultou à Administração a realização de formas de delegação do serviço

que possibilitam tais investimentos a longo prazo, e amortizados da própria exploração

do serviço.

As estratégias e diretrizes representam os principais caminhos e orientações

sobre componentes fundamentais que, sem esse direcionamento, podem

comprometer o atendimento das condições favoráveis à implementação do Plano

(BRASIL, 2011). Estas diretrizes referem-se a:

Universalização da prestação dos serviços;

Recuperação de resíduos e minimização dos rejeitos

encaminhados à disposição final ambientalmente adequada;

Programas e ações de Educação Ambiental voltados para a não

geração, redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos;

Manejo diferenciado e integrado, regulado, em instalações

normatizadas;

Proposição de normas e diretrizes para a disposição final de

rejeitos;

Metas para o aproveitamento energético dos gases gerados na

biodigestão e disposição final dos resíduos sólidos, considerando-

se que a fração orgânica dos resíduos é geradora de metano, gás

causador do efeito estufa (GEE).

Proposição de medidas a serem aplicadas em áreas degradadas

objeto de recuperação em razão da disposição inadequada de

resíduos sólidos ou rejeitos;

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PROGNÓSTICO

19

Medidas para incentivar e viabilizar a gestão consorciada dos

resíduos sólidos;

Capacitação das equipes gestoras locais;

A obrigatoriedade de estruturar e implementar sistemas de

logística reversa mediante retorno dos produtos após o uso pelo

consumidor é dos fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes dos seguintes produtos:

Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como

outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua

resíduo perigoso;

Pilhas e baterias;

Pneus;

Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;

Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e

de luz mista;

Produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Para a obtenção de êxito nas ações voltadas à gestão desses serviços, a

prospectiva e planejamento apresenta as estratégias para as demandas projetadas

para a evolução do município nos próximos 20 anos.

4.1 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA OS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES (RCD)

4.1.1 GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES

Conforme diagnosticado, a abrangência do sistema convencional de coleta dos

resíduos domiciliares e comerciais urbanos, realizado porta-a-porta, utilizando

caminhões compactadores, é feita para 100% da população urbana do município, cuja

estimativa populacional é de 224.134 habitantes, com abrangência do distrito-sede e

localidades, e para 10.807 habitantes residentes na área rural do município,

totalizando 234.941 habitantes atendidos.

O referencial para base de cálculos é o ano base 2016, visto que representa o

cenário atual da gestão dos resíduos no município, considerando os programas de

MUNICÍPIO DE COLOMBO

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PROGNÓSTICO

20

incentivo a reciclagem e educação ambiental atualmente instalados. A Figura 4.21

apresenta o volume mensal destinado de resíduos sólidos durante o ano.

Figura 4.1 – Destinação final de RS em 2016 (toneladas)

Fonte: Adaptado de Estre Ambiental S/A (2017).

Como definido no diagnóstico foi utilizado para o cálculo de geração de

resíduos sólidos dados da destinação final da coleta convencional, que possui

cobertura de 100% do território do município e realiza a coleta dos resíduos com

características domiciliares originários de residências, estabelecimentos públicos,

institucionais, comerciais e dos serviços de varrição, além de dados estimados da

quantidade de coleta seletiva terceirizada e do programa municipal “Coleta Verde”. O

valor de geração pode ser observado na Tabela 4.1

Tabela 4.1 – Geração de RSU no município de Colombo (2016)

TIPO DE RESÍDUO E COLETA GERAÇÃO

(T/ANO) (%)

GERAÇÃO PER CAPITA (KG/HAB/DIA)

Coleta Convencional Resíduos

domiciliares 48.657,30 76,41 0,568

Coleta Seletiva

Coleta Seletiva Terceirizada

14.400,00 22,61 0,168

Coleta Verde 567,00 0,98 0,007

Total de RSU 63.624,30 100,00 0,743

O cálculo realizado para a obtenção de geração per capita pode ser observado

através da Equação 1 abaixo:

4.2

33

,3

4.2

57

,2

4.2

89

,5

3.9

80

,5

4.0

25

,4

3.9

19

,8

3.8

08

,2

3.9

77

,3

3.7

68

,9

3.9

41

,6

4.0

39

,6

4.4

16

,0

J A N F E V M A R A B R M A I J U N J U L A G O S E T O U T N O V D E Z

DESTINAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - 2016

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𝐺𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 =

(48.657,30)+(14.400,00)+(567,00)𝑡𝑜𝑛

𝑎𝑛𝑜

365∗ 1000 𝐾𝑔

234.941 hab.= 𝟎, 𝟕𝟒𝟑

𝐊𝐠

𝐡𝐚𝐛./𝐝𝐢𝐚 (1)

A geração per capita do município de Colombo foi de 0,743 kg/hab/dia, menor

que a média do Estado do Paraná de 0,793 kg/hab/dia, calculada por ABRELPE

(2015).

Com a obtenção da geração per capita e a taxa de incremento dessa geração,

juntamente com a evolução populacional dentro do horizonte de projeto estimou-se a

geração anual de resíduos por habitante, conforme pode ser observado na Tabela 4.2.

Tabela 4.2 - Estimativa anual de geração de resíduos ao longo do horizonte do plano do município Colombo - PR

ANO POPULAÇÃO TOTAL

(HAB)

GERAÇÃO PER CAPITA DE RESÍDUOS SÓLIDOS (KG/HAB/DIA)

GERAÇÃO DIÁRIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(TON/DIA)

GERAÇÃO ANUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

(TON/ANO)

2016 234.941 0,742 174,31 63.627,29

2017 238.818 0,744 177,80 64.897,00

2018 242.758 0,746 181,21 66.140,36

2019 246.764 0,748 184,69 67.412,04

2020 250.836 0,749 187,99 68.617,65

2021 254.975 0,751 191,60 69.933,89

2022 259.182 0,753 195,28 71.276,97

2023 263.459 ‘’’0,755 199,03 72.645,51

2024 267.806 0,757 202,85 74.039,64

2025 272.225 0,759 206,74 75.460,07

2026 276.717 0,761 210,70 76.907,24

2027 281.283 0,763 214,74 78.381,60

2028 285.925 0,765 218,86 79.883,85

2029 290.643 0,767 223,05 81.414,17

2030 295.439 0,769 227,32 82.973,28

2031 300.314 0,771 231,68 84.561,64

2032 305.269 0,772 235,80 86.068,28

2033 310.306 0,774 240,31 87.714,95

2034 315.427 0,776 244,91 89.393,01

2035 320.631 0,778 249,59 91.101,78

2036 325.922 0,780 255,67 93.320,56

2037 331.300 0,782 259,22 94.616,77

Quando observamos a geração per capita de resíduos nota-se que os valores

de geração apresentam crescimento constante dentro do horizonte do plano. Ao

comparar a geração média per capita de RSU calculada no município de Colombo,

com a massa média apontada pelo Ministério do Meio Ambiente, conforme a Tabela

4.3 em municípios com 100 mil a 250 mil habitantes que é de 0,81 Kg/hab./dia, conclui-

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se que a geração per capita apresenta-se pouco abaixo da média nacional, fato que

pode ser explicado por uma série de fatores.

Colombo por estar na RMC, se caracteriza como uma cidade dormitório, sendo

que muitos habitantes trabalham na capital paranaense, gerando uma parcela de seus

resíduos fora de seus domicílios de origem. Apresenta uma industrialização não muito

significativa e com uma população com baixo/médio poder aquisitivo, além disso, boa

parte do território municipal é enquadrado como ZDR – Zona de Desenvolvimento

Rural pela Lei nº 875/2004, que define prioridades especificas para esse território.

Tabela 4.3 – Massa média de resíduos sólidos recuperada per capita, por faixa populacional, Brasil, 2009.

FAIXA POPULACIONAL - HAB.

MASSA COLETADA PER CAPITA (INDICADOR MÉDIO) – KG/HAB./DIA

Até 30 mil 0,81

30 mil a 100 mil 0,77

Mais de 100 mil a 250 mil 0,81

Mais de 250 mil a 1 milhão 0,97

Mais de 1 milhão a 3 milhões 1,19

Mais de 3 milhões 0,95

Fonte: Adaptado de MMA (2013).

4.1.2 ESTIMATIVAS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE ACORDO COM A

CLASSIFICAÇÃO

O Guia para a Elaboração dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos,

elaborado pelo MMA (2011; 2013), aponta uma composição média nacional de

materiais com 31,9% de reciclável, 51,4% de orgânico, e 16,7% de rejeitos.

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Figura 4.2 – Composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos (Brasil)

Fonte: Brasil (2011).

Analisando a Figura 4.3, que mostra a composição gravimétrica dos resíduos

do município de Colombo, nota-se um comportamento diferente quando comparado

aos valores nacionais.

Colombo apresenta cerca de 34% de material orgânico, 42% de matéria

reciclável e 24% de rejeito. Com isso, é possível estimar a evolução dos resíduos de

acordo com a sua classificação.

Figura 4.3 – Composição média gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos de Colombo em 2017

Orgânico51%

Reciclavel 32%

Rejeito17%

Metal (Alumínio)2%

Metal (Outros)2%

PET (Politereftalato de etileno)

3%

Plástico duro (Polietileno de alta densidade - PEAD)

7%

Plástico mole (Poliestileno - OS)

9%

Vidro 6%

Papel5%

Papelão ondulado6%

Embalagem longa vida2%

Orgânico34%

Rejeito24%

COMPOSIÇÃO GRAVIMÉTRICA DO RSU

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Conhecendo as proporções e características do resíduo gerado pode-se fazer

uma nova abordagem sobre a geração dos resíduos, estimando a proporção gerada

em toneladas pela sua classificação conforme apresenta a Tabela 4.4.

Tabela 4.4 - Estimativas de composição dos resíduos de acordo com a classificação (2016 – 2037)

ANO

População Total

Atendida (hab)

Geração anual de RSD

(1.000 x ton/ano)

Orgânico (1.000 x ton/ano)

Reciclável (1.000 x ton/ano)

Rejeito (1.000 x ton/ano)

2016 234.941 63.624,29 21.591,19 26.631,0 15.402,14

2017 238.818 64.897,00 22.023,09 27.163,68 15.710,23

2018 242.758 66.140,36 22.445,03 27.684,11 16.011,23

2019 246.764 67.412,04 22.876,58 28.216,39 16.319,07

2020 250.836 68.617,65 23.285,71 28.721,01 16.610,93

2021 254.975 69.933,89 23.732,38 29.271,95 16.929,56

2022 259.182 71.276,97 24.188,16 29.834,12 17.254,69

2023 263.459 72.645,51 24.652,58 30.406,94 17.585,99

2024 267.806 74.039,64 25.125,68 30.990,47 17.923,48

2025 272.225 75.460,07 25.607,71 31.585,02 18.267,34

2026 276.717 76.907,24 26.098,82 32.190,76 18.617,67

2027 281.283 78.381,60 26.599,15 32.807,87 18.974,58

2028 285.925 79.883,85 27.108,94 33.436,66 19.338,24

2029 290.643 81.414,17 27.628,26 34.077,20 19.708,70

2030 295.439 82.973,28 28.157,36 34.729,79 20.086,13

2031 300.314 84.561,64 28.696,37 35.394,63 20.470,64

2032 305.269 86.068,28 29.207,66 36.025,26 20.835,37

2033 310.306 87.714,95 29.766,46 36.714,50 21.233,99

2034 315.427 89.393,01 30.335,92 37.416,87 21.640,21

2035 320.631 91.101,78 30.915,80 38.132,11 22.053,87

2036 325.922 93.320,56 31.668,75 39.060,81 22.590,99

2037 331.300 94.616,77 32.108,63 39.603,36 22.904,78

Ao avaliar as estimativas de volumes gerados anualmente, existem materiais

com potencial para reciclagem, e ou compostagem, os quais devem ser tratados

especificamente, sendo consideradas densidades diferentes para a massa dos

resíduos elencados, sendo as mesmas apresentadas na Tabela 4.5.

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Tabela 4.5 – Densidade dos resíduos sólidos domésticos

MATERIAL DENSIDADE EM KG/M3

Recicláveis 96

Orgânicos 600

Rejeitos 300

Densidade Geral (sem compactação) 250

Fonte: Brasil (2011).

A Tabela 4.6 apresenta a estimativa de volume dos resíduos sem compactação

de acordo com a classificação no horizonte de planejamento do PMGIRS.

Tabela 4.6 - Estimativa de volume dos resíduos de acordo com a classificação (2016 – 2037)

ANO

População Total

Atendida (hab)

Geral sem compactação

(m³/ano)

Orgânico (m³/ano)

Reciclável (m³/ano)

Rejeito (m³/ano)

2016 234.941 254.497.178,2 35.985.317,8 277.405.900,8 51.340.458,1

2017 238.818 259.588.001,5 36.705.148,5 282.954.977,7 52.367.444,7

2018 242.758 264.561.440,9 37.408.381,5 288.376.104,3 53.370.751,1

2019 246.764 269.648.153,1 38.127.630,9 293.920.700,1 54.396.908,4

2020 250.836 274.470.590,7 38.809.512,5 299.177.232,4 55.369.752,8

2021 254.975 279.735.545,8 39.553.965,1 304.916.115,7 56.431.867,5

2022 259.182 285.107.897,7 40.313.603,4 310.772.063,3 57.515.647,8

2023 263.459 290.582.025,0 41.087.632,4 316.738.947,6 58.619.959,4

2024 267.806 296.158.540,9 41.876.139,0 322.817.437,0 59.744.926,2

2025 272.225 301.840.276,1 42.679.523,3 329.010.617,2 60.891.119,3

2026 276.717 307.628.973,1 43.498.031,8 335.320.387,3 62.058.890,0

2027 281.283 313.526.385,9 44.331.912,5 341.748.659,5 63.248.592,3

2028 285.925 319.535.398,0 45.181.573,0 348.298.576,5 64.460.807,8

2029 290.643 325.656.675,0 46.047.107,6 354.970.864,2 65.695.670,9

2030 295.439 331.893.129,6 46.928.927,9 361.768.697,1 66.953.769,1

2031 300.314 338.246.571,2 47.827.290,0 368.694.047,8 68.235.467,4

2032 305.269 344.273.128,5 48.679.431,4 375.263.089,4 69.451.222,4

2033 310.306 350.859.798,0 49.610.771,4 382.442.662,1 70.779.970,4

2034 315.427 357.572.027,9 50.559.865,3 389.759.097,5 72.134.048,1

2035 320.631 364.407.122,4 51.526.332,0 397.209.457,2 73.512.911,6

2036 325.922 373.282.247,3 52.781.254,3 406.883.482,1 75.303.316,5

2037 331.300 378.467.081,6 53.514.378,0 412.535.032,5 76.349.268,2

Analisando a evolução populacional é possível observar que a produção dos

resíduos gerados aumenta proporcionalmente com a população. Tal resultado

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demanda que o sistema atual de coleta e destinação dos resíduos acompanhe essa

evolução afim de não comprometer os serviços prestados, como a coleta dos resíduos

domiciliares, coleta de materiais recicláveis, limpeza urbana, etc.

4.2 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA A COLETA SELETIVA

O serviço de coleta seletiva no município de Colombo, assim como a coleta de

RSU, é realizado por empresa terceirizada e fiscalizado pela Secretaria Municipal de

Meio Ambiente, especificamente pelo Departamento de Serviços Urbanos e Controle

de Resíduos.

A cobertura da coleta de materiais recicláveis atualmente é de 100% do

território do município, segundo apontamentos do plano de trabalho apresentado por

Transresíduos (2017). Além do roteiro disposto pela empresa responsável pela coleta,

a Prefeitura Municipal também possui um programa de incentivo a separação de

recicláveis chamado Coleta Verde, que incentiva a segregação na fonte, onde o

cidadão troca 10 Kg de material reciclável por um vale-sacola, o qual pode ser trocado

duas vezes por mês nos horários e locais pré-determinados por uma sacola composta

de produtos da agricultura familiar local.

Considerando o total de material reciclável gerado no município de 26.631,00

toneladas/ano em 2016, a taxa de material reciclável coletado foi de 56,20%,

apresentando um montante de 14.967,00 toneladas/ano. Esse volume destinado a

reciclagem representa cerca de 23,52% do volume total de RSU gerado no município.

Pode-se construir três cenários para a evolução do manejo de RSU no

município, sendo eles:

Cenário Estagnado – Mantendo a estrutura atual: considera a estrutura

de serviço atual existente sem a ampliação do sistema;

Cenário Bom – Mantendo a taxa de recuperação: neste cenário os

serviços prestados acompanham as taxas de crescimento de geração

de RSU no município, entretanto não são implementadas novas

melhorias;

Cenário Otimista (ótimo): neste cenário as ações propostas nos planos

são efetivadas e o sistema segue ampliando cumprindo das as taxas de

recuperação propostas.

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Para a análise dos cenários observa-se a taxa de recuperação de materiais

recicláveis, isto é, o volume de material reciclável presente na massa total de resíduos

com potencialidade de ser destinado a reciclagem.

No cenário atual (mantendo a taxa de coleta) analisando a Tabela 4.7, observa-

se uma taxa de coleta de 56,20% em relação à massa total de recicláveis.

Considerando que os programas atuais de incentivos acompanhem gradativamente a

evolução populacional ao longo dos 20 anos, a estrutura de atendimento à população,

e a capacidade de absorção das associações também deve acompanhar a evolução

gradativa do município, necessitando de um aumento de aproximadamente 50% em

relação a estrutura atual.

No entanto, se os programas atuais continuarem com a mesma capacidade de

coleta, recuperação e atendimento, pode-se observar na coluna “Cenário Estagnado

(mantendo estrutura) da Tabela 4.7 que o percentual de material reciclável vai caindo

ao longo dos anos passando de 56,20% para 37,79% uma queda de 18,41%.

Tabela 4.7 - Estimativa de recuperação de materiais recicláveis para o cenário atual (2017 – 2037)

ANO População Total Atendida (hab)

Geração anual de

RSD (1.000 x ton/ano)

Reciclável (1.000 x ton/ano)

Cenário Bom (mantendo taxa de recuperação)

Cenário Estagnado (mantendo estrutura)

2017 238.818 63.624,31 27.163,68 15.266 55,10%

2018 242.758 64.853,42 27.684,11 15.558 54,06%

2019 246.764 66.100,58 28.216,39 15.858 53,04%

2020 250.836 67.371,51 28.721,01 16.141 52,11%

2021 254.975 68.574,80 29.271,95 16.451 51,13%

2022 259.182 69.892,47 29.834,12 16.767 50,17%

2023 263.459 71.234,88 30.406,94 17.089 49,22%

2024 267.806 72.602,71 30.990,47 17.417 48,30%

2025 272.225 73.996,14 31.585,02 17.751 47,39%

2026 276.717 75.415,85 32.190,76 18.091 46,49%

2027 281.283 76.862,30 32.807,87 18.438 45,62%

2028 285.925 78.335,91 33.436,66 18.791 44,76%

2029 290.643 79.837,41 34.077,20 19.151 43,92%

2030 295.439 81.366,96 34.729,79 19.518 43,10%

2031 300.314 82.925,30 35.394,63 19.892 42,29%

2032 305.269 84.512,86 36.025,26 20.246 41,55%

2033 310.306 86.018,70 36.714,50 20.634 40,77%

2034 315.427 87.664,55 37.416,87 21.028 40,00%

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ANO População Total Atendida (hab)

Geração anual de

RSD (1.000 x ton/ano)

Reciclável (1.000 x ton/ano)

Cenário Bom (mantendo taxa de recuperação)

Cenário Estagnado (mantendo estrutura)

2035 320.631 89.341,54 38.132,11 21.430 39,25%

2036 325.922 91.049,59 39.060,81 21.952 38,32%

2037 331.300 92.789,99 39.603,36 22.257 37,79%

Por fim, foi considerado para o setor de materiais recicláveis, um cenário

otimista, onde 100% do material reciclável seria coletado, programas de educação

ambiental fariam o papel de sensibilização quanto a segregação na fonte, as

associações existentes seriam fortalecidas. A Tabela 4.8 apresenta a projeção dos

valores para este cenário.

Tabela 4.8 - Estimativa de recuperação de materiais recicláveis para o cenário otimista (2017 – 2037)

ANO Geração anual

de RSD (1.000 x ton/ano)

Geração anual de reciclável

(1.000 x ton/ano)

Taxa adicionada

agregada/ano

Taxa adicionada/ano

Taxa adic./ciclo

2017 64.897,00 27.163,68 0,0% 56,20%

2018 66.140,36 27.684,11 0,0% 56,20% 1%

2019 67.412,04 28.216,39 1,0% 57,20%

2020 68.617,65 28.721,01 1,3% 58,50%

7,8% 2021 69.933,89 29.271,95 1,5% 60,00%

2022 71.276,97 29.834,12 2,0% 62,00%

2023 72.645,51 30.406,94 3,0% 65,00%

2024 74.039,64 30.990,47 3,0% 68,00%

13,5% 2025 75.460,07 31.585,02 3,0% 71,00%

2026 76.907,24 32.190,76 3,5% 74,50%

2027 78.381,60 32.807,87 4,0% 78,50%

2028 79.883,85 33.436,66 3,5% 82,00%

12,5% 2029 81.414,17 34.077,20 3,0% 85,00%

2030 82.973,28 34.729,79 3,0% 88,00%

2031 84.561,64 35.394,63 3,0% 91,00%

2032 86.068,28 36.025,26 2,0% 93,00%

7,0% 2033 87.714,95 36.714,50 2,0% 95,00%

2034 89.393,01 37.416,87 1,5% 96,50%

2035 91.101,78 38.132,11 1,5% 98,00%

2036 93.320,56 39.060,81 1,0% 99,00% 2,0%

2037 94.616,77 39.603,36 1,0% 100,00%

MUNICÍPIO DE COLOMBO

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

PROGNÓSTICO

29

O cenário otimista considera uma taxa de coleta de 100% sobre a massa de

material reciclável projetado para o horizonte do plano. Nos dois primeiros anos

iniciais (2017-2018) utiliza-se a taxa de recuperação já existente e são destinados ao

planejamento das execuções dos programas a serem implantados. Para o ano de

2019 inicia-se o processo de evolução acumulada da porcentagem de material

reciclado, sendo que, a cada quatro anos projeta-se uma taxa de incremento de

recuperação da massa total dos materiais recicláveis em torno de 7,8%, 13,5%, 12,0%

e 7,0% consecutivamente. Por fim, nos dois últimos anos do plano temos o valor da

taxa de 2,0%.

Figura 4.4 – Comparação da taxa de material passível de reciclagem entre os cenários

Analisando a Figura 4.4 vê-se a variação da massa recuperada ao longo dos

anos do horizonte do plano. Como proposto, os anos iniciais apresentam valores em

comum, no entanto, a evolução gradativa da taxa de recuperação proposta no cenário

otimista garante um crescimento constante no volume recuperado, se estabilizando

no final dos 20 anos.

Quando se avalia em termos de volume (toneladas/ano), ao longo dos 20 anos

nota-se a importância da variação da massa passível à reciclagem. Como já

observado, em um cenário estagnado, onde mantem-se a estrutura atual, temos um

volume constante de material reciclável de 14.967 toneladas/ano e consequentemente

a queda média de 0,86% ao ano da taxa de material reciclável, devido ao aumento da

massa de resíduos gerada. Neste cenário o volume total de resíduos passíveis de

reciclagem é de 314.307 toneladas ao longo do horizonte do plano.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

20

17

20

18

20

19

20

20

20

21

20

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20

23

20

24

20

25

20

26

20

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20

28

20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

20

36

20

37

C O M P A R A Ç Ã O D A T A X A D E M A T E R I A L P A S S I V E L D E R E C I C L A G E M E N T R E O S C E N Á R I O S

Cenário Otimista Cenário Bom Cenário Estagnado

MUNICÍPIO DE COLOMBO

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PROGNÓSTICO

30

Já no cenário bom, onde a taxa de recuperação é mantida, implicando em um

aumento da estrutura atual, com investimentos graduais, onde a capacidade atual

deve ser dobrada, temos um montante de material recuperada em 389.726 toneladas

ao longo do plano.

No cenário otimista proposto, onde a taxa de material coletado ao longo do

projeto é de 100%, é necessário estruturar o sistema de coleta, fortalecer as

associações, promover a educação ambiental, entre outras atividades e programas,

tem-se um volume acumulado de matéria recuperada ao longo do horizonte do plano

em 693.463 toneladas.

A Figura 4.5 apresenta o valor em toneladas/ano ao longo do projeto,

realizando a comparação do cenário bom, mantendo a taxa de recuperação atual e o

cenário otimista proposto. Uma vez que o cenário estagnado mantém a mesma

quantidade de recuperação de materiais, não foi utilizado nesta comparação.

Figura 4.5 – Comparação da massa em toneladas/ano entre o cenário bom e o cenário otimista

A importância de se alcançar os valores propostos de recuperação está

relacionada ao ganho ambiental, onde se reintroduz os materiais recicláveis

recuperados a cadeia produtiva, aumento da vida útil do aterro, entre outros, tem-se

o ganho social com o fortalecimento das cooperativas, garantindo renda a muitas

famílias. Mas também se tem um ganho econômico sobre as finanças da prefeitura

destinadas a coleta e destinação dos resíduos gerados no município.

15.2

65,9

9

15.5

58,4

7

15.8

57,6

1

16.1

41,2

1

16.4

50,8

3

16.7

66,7

7

17.0

88,7

0

17.4

16,6

5

17.7

50,7

8

18.0

91,2

1

18.4

38,0

2

18.7

91,4

0

19.1

51,3

9

19.5

18,1

4

19.8

91,7

8

20.2

46,1

9

20.6

33,5

5

21.0

28,2

8

21.4

30,2

4

21.9

52,1

8

22.2

57,0

9

15.2

66,3

9

15.5

58,8

8

16.1

40,1

9

16.8

02,2

2

17.5

63,6

0

18.4

97,6

0

19.7

64,9

6

21.0

73,9

8

22.4

25,8

3

23.9

82,5

9

25.7

54,6

7

27.4

18,5

6

28.9

66,1

3

30.5

62,7

4

32.2

09,6

4

33.5

04,0

3

34.8

79,3

2

36.1

07,8

4

37.3

70,0

3

38.6

70,7

9

39.6

03,9

5

20

17

20

18

20

19

20

20

20

21

20

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20

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20

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20

26

20

27

20

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20

29

20

30

20

31

20

32

20

33

20

34

20

35

20

36

20

37

C O M P AR AÇÃO DA M AS S A DE R ES ÍDUO S (T O N/ ANO ) P AS S ÍVEL DE R EC IC LAGEM

Cenário Atual (mantendo taxa de recuperação) Cenário Otimista

MUNICÍPIO DE COLOMBO

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PROGNÓSTICO

31

Para efeito comparativo, pode-se projetar a redução dos custos em valores no

decorrer do horizonte do plano utilizando as metas de recuperação de material

reciclável da massa total de resíduos gerados. Isto significa que para a realização do

cálculo, considera-se os gastos com a destinação final dos resíduos, fazendo a média

de despesa nos últimos 4 anos, obtendo um valor médio de R$ 2.984.950,48 reais.

Diluindo o valor gasto ao valor destinado em toneladas para tratamento final

tem-se então o valor por tonelada de R$ 61,35 reais. Considera-se também o valor

gasto para o transbordo e transporte do material coletado até o destino final. O valor

fixado pelo contrato Nº 058/2017, concorrência pública Nº 001/2017, é de R$ 50,40

reais, assim, tem-se o total de R$ 113,24 reais.

Considerando somente esses dois serviços, tem-se um gasto anual médio de

R$ 5.510.193,70 reais por ano. Com isso é possível projetar, a partir dos valores

percentuais estimados no estudo de evolução da geração de resíduos, o valor

economizado ao recuperar o material reciclável da massa destinada ao aterro

sanitário. A Tabela 4.9, apresenta os valores economizados por ano.

Tabela 4.9 – Valor economizado com custo de transbordo, transporte e destinação final ao longo do projeto (cenário otimista).

ANO Reciclável (1.000 x

ton/ano) Taxa de reciclagem

adicionada (ano) Taxa de reciclagem

agregada (ano) Valor Economizado

(ano)

2017 27.163,68 0% 56,20% -

2018 27.684,11 0% 56,20% -

2019 28.216,39 1% 57,20% R$ 31.953,58

2020 28.721,01 1% 58,50% R$ 42.282,55

2021 29.271,95 3% 60,00% R$ 102.177,24

2022 29.834,12 5% 62,00% R$ 178.524,98

2023 30.406,94 8% 65,00% R$ 295.673,12

2024 30.990,47 11% 68,00% R$ 417.250,16

2025 31.585,02 14% 71,00% R$ 543.381,41

2026 32.190,76 17% 74,50% R$ 694.259,51

2027 32.807,87 21% 78,50% R$ 871.168,57

2028 33.436,66 25% 82,00% R$ 1.033.758,65

2029 34.077,20 28% 85,00% R$ 1.181.009,19

2030 34.729,79 31% 88,00% R$ 1.333.513,68

2031 35.394,63 34% 91,00% R$ 1.491.415,32

2032 36.025,26 36% 93,00% R$ 1.607.809,72

2033 36.714,50 38% 95,00% R$ 1.730.110,76

2034 37.416,87 39% 96,50% R$ 1.833.177,79

MUNICÍPIO DE COLOMBO

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PROGNÓSTICO

32

ANO Reciclável (1.000 x

ton/ano) Taxa de reciclagem

adicionada (ano) Taxa de reciclagem

agregada (ano) Valor Economizado

(ano)

2035 38.132,11 41% 98,00% R$ 1.939.525,61

2036 39.060,81 42% 99,00% R$ 2.035.457,86

2037 39.603,36 43% 100,00% R$ 2.113.101,60

4.3 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA A LIMPEZA PÚBLICA

Levando em consideração que são previstas para 2017 a varrição diária de 60

km de vias, em quatro setores pré-definidos no município, e levando em consideração

que o município possui cerca de 600 km de vias urbanas, é possível dizer que a

cobertura dos serviços abrange cerca de 10% da malha viária de Colombo.

Mesmo com a existência de serviço municipal em outras vias não cobertas pelo

contrato de terceirização, a cobertura dos serviços não passa de 15%, longe da

universalização prevista em lei.

Para se chegar à universalização, é possível traçar um cenário ideal, onde a

cobertura dos serviços teria abrangência territorial de 100%, mesmo tendo

frequências variáveis, sendo diária nas vias principais e semanal nas demais vias.

Os cálculos do prognóstico levaram em consideração este cenário e uma taxa

de incremento de vias de acordo com o crescimento populacional, demandando

evolução na atual infraestrutura dos serviços públicos de limpeza urbana de varrição,

conforme apontado na Tabela 4.10.

Tabela 4.10 – Projeção futura do serviço de varrição e geração de resíduos de limpeza pública de acordo com cenário proposto

ANO População

Total (hab)

Quantidade total de

vias urbanas no município

(km)

Quantidade de vias

com serviço

diário de varrição

(km)

Quantidade de vias

com serviço

semanal de varrição

(km)

Quantidade de vias varridas

por ano (km/ano)

Geração anual de

resíduos de varrição (ton)

2017 238.818 590 60 0 18.720 1.872

2018 242.758 599 61 100 24.201 2.420

2019 246.764 608 62 200 29.686 2.969

2020 250.836 617 63 300 35.175 3.518

2021 254.975 626 64 400 40.669 4.067

2022 259.182 636 100 536 59.051 5.905

2023 263.459 645 102 544 59.937 5.994

2024 267.806 655 103 552 60.836 6.084

2025 272.225 665 105 560 61.748 6.175

2026 276.717 675 150 525 74.079 7.408

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PROGNÓSTICO

33

ANO População

Total (hab)

Quantidade total de

vias urbanas no município

(km)

Quantidade de vias

com serviço

diário de varrição

(km)

Quantidade de vias

com serviço

semanal de varrição

(km)

Quantidade de vias varridas

por ano (km/ano)

Geração anual de

resíduos de varrição (ton)

2027 281.283 685 152 532 75.190 7.519

2028 285.925 695 155 540 76.318 7.632

2029 290.643 705 157 549 77.463 7.746

2030 295.439 716 200 516 89.232 8.923

2031 300.314 727 203 524 90.570 9.057

2032 305.269 738 206 532 91.929 9.193

2033 310.306 749 209 540 93.308 9.331

2034 315.427 760 212 548 94.707 9.471

2035 320.631 771 215 556 96.128 9.613

2036 325.922 783 219 564 97.570 9.757

2037 331.300 795 222 573 99.033 9.903

Além do incremento dos serviços nas vias, foi possível estimar a evolução da

quantidade anual de resíduos gerados decorrentes dos serviços de varrição, utilizando

como base Melo et all. (2012), que fez um levantamento em um município com

características semelhantes à Colombo, de porte médio e localizado em região

metropolitana, chegando a uma média de 100 quilos de resíduos coletados por

quilômetro de via varrida.

O cenário construído também levou em consideração esforços e melhoria na

frequência da varrição, com aumentos previstos para 2022, 2026 e 2030, melhorando

a cobertura diária dos serviços nas vias principais.

4.4 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA OS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Verificou-se que no município de Colombo não há uma exigência da prefeitura

municipal para apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção

Civil - PGRCC de obras ou reformas. Não há também um plano de reciclagem do RCC

gerado, bem como, não é realizada a regulamentação do serviço de coleta, com

fixação e regulamentação da taxa de coleta exercidas no município por empresas

particulares.

Não existe legislação que regulamente as responsabilidades dos geradores ou

que classifique grandes e pequenos geradores, fazendo com que o município arque

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PROGNÓSTICO

34

com a coleta de quase 2 mil toneladas por mês de entulhos, a maioria resíduos da

construção civil.

Essas condições fazem com que o município não tenha controle algum sobre

a geração e destinação dos resíduos deste tipo, contribuindo para quadros de

descartes irregulares e dificultando o planejamento das ações futuras por falta de

dados quantitativos e qualitativos.

Utilizando dados repassados pela prefeitura do município e dados de fontes

secundárias, especialmente ABRELPE (2015), foi possível estimar a geração de RCC

e quantificar o que é coletado pela prefeitura e o que é coletado por empresas

privadas. Com estes dados foi possível chegar ao quadro de evolução da situação em

caso de manutenção da atual estrutura.

Tabela 4.11 – Projeção futura da geração e coleta de RCC

ANO POPULAÇÃO TOTAL (HAB)

QUANTIDADE PER CAPITA DE RCC

(KG/HAB/DIA)

QUANTIDADE DIÁRIA DE RCC

(TON/DIA)

QUANTIDADE ANUAL DE RCC

(TON/ANO)

2017 238.818 0,571 136,365 49.773,41

2018 242.758 0,572 138,859 50.683,48

2019 246.764 0,573 141,398 51.610,41

2020 250.836 0,574 143,984 52.554,26

2021 254.975 0,575 146,617 53.515,34

2022 259.182 0,576 149,298 54.493,93

2023 263.459 0,577 152,029 55.490,53

2024 267.806 0,578 154,809 56.505,24

2025 272.225 0,579 157,640 57.538,57

2026 276.717 0,580 160,523 58.590,80

2027 281.283 0,581 163,458 59.662,26

2028 285.925 0,582 166,448 60.753,45

2029 290.643 0,583 169,492 61.864,46

2030 295.439 0,584 172,591 62.995,83

2031 300.314 0,585 175,748 64.147,85

2032 305.269 0,586 178,961 65.320,85

2033 310.306 0,587 182,234 66.515,35

2034 315.427 0,588 185,567 67.731,89

2035 320.631 0,589 188,960 68.970,35

2036 325.922 0,590 192,416 70.231,70

2037 331.300 0,591 195,934 71.516,05

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35

Em um cenário pessimista, pensando na manutenção da atual estrutura, o

município teria o ônus de realizar a coleta e destinação final de mais de 71 mil

toneladas de RCC no ano de 2037, sendo necessário repensar a estrutura física e

especialmente a estrutura legal do gerenciamento dos RCC no município.

Para isso, sugere-se a adoção de medidas gerenciais e legais que

regulamentem as obrigações dos geradores e defina o que são grandes geradores,

devendo o município optar pela realização da coleta apenas em casos de

impossibilidade econômica do pequeno gerador.

Assim, em um cenário intermediário o município reduziria pela metade a

quantidade de resíduos coletada, sendo que, em 2037 o quantitativo seria igual ao

que é coletado atualmente, podendo o município direcionar essa coleta para a

população de menor renda, o que praticamente eliminaria os pontos de disposição

irregular de entulhos.

Caso adote o cenário extremista, o que é algo plausível para o gerenciamento

do RCC, praticamente todo o resíduo gerado seria de responsabilidade do gerador e

coletado e destinado por empresas privadas, porém, este cenário poderia causar o

descarte irregular para geradores com menores rendas.

4.5 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA OS RESÍDUOS DE SERVIÇO DE SAÚDE

A prestação de serviços de coleta regular de RSS tipo A, B e E, transporte,

tratamento e disposição final de resíduos de saúde de estabelecimentos municipais

de saúde da Prefeitura Municipal de Colombo são realizados de maneira terceirizada

e de acordo com a RDC 306/2004 (ANVISA) e resoluções 237/97 e 358/2005

(CONAMA) e demais determinações estaduais e federais.

O contrato atual prevê a coleta em todos os estabelecimentos municipais

geradores de RSS, onde, estima-se, sejam geradas pouco mais de 61 toneladas por

ano, com uma produção anual per capita de 0,26 quilos, números esses utilizados

para a projeção futura, incluindo o incremento de população e a necessidade de

aumento da quantidade de unidades de saúde.

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PROGNÓSTICO

36

Tabela 4.12 – Projeção futura da geração e coleta de RSS

ANO POPULAÇÃO TOTAL

(HAB)

QUANTIDADE PER CAPITA DE RSS (KG/HAB/ANO)

QUANTIDADE ANUAL DE RSS (TON/ANO)

2017 238.818 0,260 62.093,59

2018 242.758 0,259 62.877,10

2019 246.764 0,258 63.670,75

2020 250.836 0,257 64.474,39

2021 254.975 0,256 65.288,12

2022 259.182 0,255 66.112,05

2023 263.459 0,254 66.946,53

2024 267.806 0,253 67.791,39

2025 272.225 0,252 68.646,98

2026 276.717 0,251 69.513,40

2027 281.283 0,250 70.390,71

2028 285.925 0,249 71.279,27

2029 290.643 0,248 72.178,89

2030 295.439 0,247 73.089,90

2031 300.314 0,246 74.012,37

2032 305.269 0,246 74.946,38

2033 310.306 0,245 75.892,24

2034 315.427 0,244 76.850,25

2035 320.631 0,243 77.819,98

2036 325.922 0,242 78.802,23

2037 331.300 0,241 79.796,80

Vale ressaltar que para essa projeção devem ser previstas a implantação de

10 Unidades de Saúde, um Pronto Atendimento 24 horas, um Capes e o aumento da

capacidade do Hospital Infantil e Maternidade, CEO, CTA, SIATE e Central de

Ambulância, devendo o município manter a responsabilidade de coleta em 100% de

seus estabelecimentos e fiscalizar a coleta em estabelecimentos privados.

4.6 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA OS RESÍDUOS VOLUMOSOS

Atualmente, não existem registros de dados com a quantificação dos resíduos

volumosos gerados em Colombo, impossibilitando a projeção quantitativa e a

estimativa de geração deste tipo de resíduo. Porém, foi possível diagnosticar alguns

aspectos do serviço prestado e deficiências por parte destes serviços.

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37

Assim como os RCC, os resíduos volumosos não possuem regulamentação,

dificultando ações de fiscalização e planejamento dos serviços de coleta ou definição

de responsabilidades por parte dos geradores.

Atualmente os serviços de coleta são executados pela prefeitura por meio de

solicitação individual, sendo que após a solicitação de coleta dos resíduos volumosos,

o munícipe deve guardar o material em sua residência ou terreno, até que a coleta

agenda seja efetuada, pois o descarte em via pública, segundo informações da

Prefeitura de Colombo, é passível de multa.

Foram mapeados 9 locais classificados como vazadouros de resíduos

volumosos e RCC que devem passar por fiscalização periódica e campanhas de

sensibilização acompanhadas de programas de coleta específica e, posterior à

regulamentação, o município deve realizar fiscalização e aplicação de penalidades.

Caso mantenha o atual quadro, o número de vazadouros deverá dobrar nos 20

anos de horizonte do plano, aumentando o passivo e o risco ambiental decorrente da

disposição deste tipo de resíduo em local inadequado.

4.7 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA RESÍDUOS VERDES

Os serviços de limpeza pública urbana de roçada, capina e jardinagem nas

áreas verdes são executadas por empresas terceirizadas com previsão de execução

em 2.500.000 m² de áreas verdes públicas, as empresas que prestam o serviço

terceirizado, são responsáveis por dar a destinação adequada ao resíduo coletado.

Já a remoção de resíduos verdes de geradores particulares continua sendo

feita pela Secretaria de Obras e Viação por meio de solicitações ou demandas

específicas.

Os serviços de limpeza e coleta de resíduos verdes são frequentes em todo o

município, sendo que o trabalho envolve a roçada de canteiros, coleta de madeira, e

resíduos vegetais, como restos de vegetação e galhos de árvores.

De acordo com a Secretaria de Obras e Viação, que executa diretamente a

remoção dos resíduos verdes em Colombo, estima-se um total mensal de 840

toneladas de resíduos, sendo este valor utilizado para a estimativa de geração anual

e demandas futuras, acrescidos do incremento da população, conforme Tabela 4.13.

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38

Tabela 4.13 – Projeção futura da geração e coleta de Resíduos Verdes

ANO POPULAÇÃO TOTAL (HAB)

QUANTIDADE PER CAPITA DE

RESÍDUOS VERDES

(KG/HAB/DIA)

QUANTIDADE DIÁRIA DE RESÍDUOS VERDES

(TON/DIA)

QUANTIDADE ANUAL DE RESÍDUOS VERDES

(TON/ANO)

2017 238.818 0,12 29,09 10.617,13

2018 242.758 0,12 30,01 10.954,18

2019 246.764 0,13 30,96 11.301,97

2020 250.836 0,13 31,95 11.660,79

2021 254.975 0,13 32,96 12.031,01

2022 259.182 0,13 34,01 12.412,96

2023 263.459 0,13 35,09 12.807,06

2024 267.806 0,14 36,20 13.213,65

2025 272.225 0,14 37,35 13.633,16

2026 276.717 0,14 38,54 14.065,99

2027 281.283 0,14 39,76 14.512,56

2028 285.925 0,14 41,02 14.973,34

2029 290.643 0,15 42,33 15.448,72

2030 295.439 0,15 43,67 15.939,20

2031 300.314 0,15 45,06 16.445,24

2032 305.269 0,15 46,49 16.967,33

2033 310.306 0,15 47,96 17.506,00

2034 315.427 0,16 49,48 18.061,83

2035 320.631 0,16 51,06 18.635,22

2036 325.922 0,16 52,68 19.226,87

2037 331.300 0,16 54,35 19.837,29

A projeção apresenta uma geração per capita que varia de acordo com a taxa

de crescimento populacional, pois não há registro de dados históricos referentes a

esse tipo de resíduos, impossibilitando o cálculo de uma taxa de crescimento

específica.

No cenário atual, e levando em consideração o incremento aplicado neste

plano, o município seria responsável pela coleta de pouco mais de 19 mil toneladas

de resíduos verdes no ano de 2037. Assim, é preciso planejar e propor ações e

programas que melhorem a eficiência dos serviços.

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39

4.8 PROJEÇÃO DE DEMANDAS FUTURAS E PROSPECTIVAS TÉCNICAS

PARA OS RESÍDUOS DE LOGÍSTICA OBRIGATÓRIO

Colombo apresenta um quadro bastante evoluído na destinação dos resíduos

de logística reversa obrigatória, com diversos programas instaurados, pertencentes

aos acordos setoriais firmados junto ao Ministério do Meio Ambiente, cumprindo o seu

papel de apoiador na cadeia de reciclagem.

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos, em seu Capítulo III, Art. 8o, III, faz

referência à logística reversa, como um sistema relacionado à implementação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. Dessa forma, é um

instrumento que tende a facilitar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos aos

fabricantes, para que sejam tratados ou reaproveitados em seu próprio ciclo produtivo

ou no ciclo produtivo de outros produtos.

A aplicação da logística reversa no manejo dos resíduos sólidos é voltada ao

fluxo de produtos e embalagens e outros materiais; esses são encaminhados do ponto

de consumo até o local de origem, onde recebem o tratamento necessário para

retornar ao fluxo de utilização.

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, ou em normas técnicas; II - pilhas e baterias; III - pneus; IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes. (Lei Federal no 12.305, Capítulo III, Art. 33).

A Política Nacional de Resíduos Sólidos também define acordo setorial o ato

de natureza contratual firmado entre o Poder Público e fabricantes, importadores,

distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade

compartilhada pelo ciclo de vida do produto, de modo a incentivar a gestão integrada

na adoção de sistemas de logística reversa.

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40

Os resíduos especiais são todos os resíduos que tem características tóxicas,

radioativas e contaminantes; devido a isso passam a merecer cuidados especiais em

seu manuseio, acondicionamento, estocagem, transporte, tratamento e sua

disposição final.

O recolhimento é de responsabilidade dos fabricantes, distribuidores,

revendedores e assistências técnicas, que darão a destinação adequada conforme a

resolução CONAMA no 257/1999.

Serão propostas diretrizes relacionadas à Logística Reversa na Política

Municipal de Saneamento, ou em lei específica, fortalecendo as ações relativas à

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

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41

5 REGRAS PARA O TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO

GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O transporte de resíduos sólidos urbanos deve estar em conformidade com a

NBR 13.221/2003, que especifica os requisitos para o transporte terrestre de resíduos,

de modo a evitar danos ao meio ambiente e a proteger a saúde pública, devendo

atender os seguintes requisitos gerais:

Ser realizado por meio de equipamento adequado, obedecendo às

regulamentações pertinentes;

O estado de conservação do equipamento de transporte deve ser tal

que, durante o transporte, não permita vazamento ou derramamento dos

resíduos;

O resíduo, durante o transporte, deve estar protegido de intempéries,

assim como deve estar devidamente acondicionado para evitar o seu

espalhamento na via pública ou via férrea;

Os resíduos não podem ser transportados juntamente com alimentos,

medicamentos ou produtos destinados ao uso e/ou consumo humano ou

animal, ou com embalagens destinados a estes fins;

O transporte de resíduos deve atender à legislação ambiental específica

(federal, estadual ou municipal), quando existente, bem como deve ser

acompanhado de documento de controle ambiental previsto pelo órgão

competente, devendo informar o tipo de acondicionamento;

A descontaminação dos equipamentos de transporte deve ser de

responsabilidade do gerador e deve ser realizada em local e sistema

previamente autorizados pelo órgão de controle ambiental competente.

Quanto ao transporte de resíduos perigosos (Classe I):

Todo o transporte terrestre de resíduos perigosos deve obedecer ao

Decreto nº 96044; à Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes; e as

NBR 7500; NBR 7501; NBR 7503; e NBR 9735. A classificação do

resíduo deve atender a Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes, de

acordo com as exigências prescritas para a classe ou subclasse

apropriada, considerando os respectivos riscos e critérios, devendo

enquadrá-los nas designações genéricas. Porém, se o resíduo não se

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42

enquadrar em nenhum dos critérios estabelecidos, mas apresentar

algum tipo de risco abrangido pela Convenção da Basiléia, deve ser

transportado como pertencente à classe 9;

Os resíduos perigosos devem ser transportados obedecendo aos

critérios de compatibilidade, conforme a NBR 14619;

Quando não houver legislação ambiental específica para o transporte de

resíduos perigosos, o gerador do resíduo deve emitir documento de

controle de resíduo, conforme procedimentos específicos da NBR

13.221/2003;

Os resíduos perigosos e suas embalagens devem obedecer ao disposto

na Portaria nº 204 do Ministério dos Transportes. As embalagens devem

estar identificadas com rótulos de segurança e rótulos de risco conforme

previsto na NBR 7500;

No caso do transporte de big bags contendo diversos produtos ou

embalagens contaminadas, deve-se proceder conforme a diretriz da

ONU, ou seja, marcar a embalagem externa (big bag), por exemplo, com

as marcações de cada um dos produtos perigosos ou embalagens

contaminadas contidas nela, devendo ser garantida a sua

estanqueidade.

Um bom veículo coletor deve apresentar as seguintes características:

Não permitir derramamento de resíduos e chorume em vias públicas;

Apresentar boa taxa de compactação volumétrica (pelo menos 3:1);

Altura de carregamento apropriada (na linha da cintura dos garis

coletores), apresentando no máximo 1,20 m do chão;

Possuir carregamento preferencialmente traseiro;

Local para transporte dos garis coletores;

Sistema de descarga rápida;

Capacidade para o menor número de viagens.

Para que as normas citadas acima tenham efeitos positivos perante à

população e empreendimentos industriais, recomenda-se que seja feita a divulgação

por meio de projetos educativos, e exigências por meio de leis municipais.

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43

6 CRITÉRIOS PARA PONTOS DE APOIO AO SISTEMA DE LIMPEZA NOS

DIVERSOS SETORES DA ÁREA DE PLANEJAMENTO

Deverão ser estruturados centros de coleta voluntária de resíduos sólidos em

todas as localidades do município, sendo recebidos nesses pontos, apenas resíduos

secos, pois os resíduos com potencial compostável podem ser tratados na origem.

Os Centros de Coleta Voluntária devem ser estruturados pela Prefeitura

Municipal, utilizando-se de caçambas estacionárias com tampas, de modo que anule

a incidência de águas pluviais, evitando a proliferação de vetores de doenças.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2010) na coleta feita

em PEVs ou LEVs são apontadas as seguintes vantagens:

a) diminui custos de transporte, pois concentra a coleta em pontos pré-

determinados;

b) evita que a população necessite de local próprio para acumulação dos

recicláveis;

c) permite exploração do espaço do PEV para publicidade e parcerias que

diminuem os custos de implantação e manutenção;

d) facilita a separação por tipo de resíduo, facilitando a triagem.

Também a coleta em PEVs tem problemas:

a) requer muitos recipientes, que devem ser adquiridos pelo poder público;

b) demanda maior disposição da população;

c) não permite identificar as adesões;

d) não facilita contato direto com os usuários, o que não permite correção da

segregação mais de perto;

e) os containers ficam sujeitos a atos de vandalismo;

f) exige constante manutenção e limpeza.

A ABNT NBR 15.112/2004 que fixa os requisitos exigíveis para projeto,

implantação e operação de áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção

civil e resíduos volumosos, define:

Área de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e

resíduos volumosos (ATT): Área destinada ao recebimento de resíduos da

construção civil e resíduos volumosos, para triagem, armazenamento temporário dos

materiais segregados, eventual transformação e posterior remoção para destinação

adequada, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente;

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44

Ponto de entrega de pequenos volumes: Área de transbordo e triagem

de pequeno porte, destinada a entrega voluntária de pequenas quantidades de

resíduos de construção civil e resíduos volumosos, integrante do sistema público de

limpeza urbana.

Os itinerários de coleta deverão ser estudados, viabilizando a coleta semanal

em localidades com maior número de habitantes, e quinzenal para demais localidades

com densidade populacional menor. Após a coleta, a administração pública deverá

encaminhar os materiais passíveis de reciclagem para a central de triagem ou

associações de catadores e os resíduos considerados rejeitos devem ser destinados

para o aterro sanitário.

Ressalta-se que para a obtenção de sucesso quanto à segregação dos

materiais e aproveitamento para compostagem, devem ser realizadas campanhas

educativas que viabilizem tais procedimentos. Essas campanhas deverão esclarecer

a população das localidades rurais, quanto à periodicidade da coleta, e importância

da separação de resíduos orgânicos, o quais se misturados na caçamba, geram

odores desagradáveis com sua decomposição, e também dificultar a potencialidade

de reciclagem dos resíduos.

Recomenda-se que sejam elaborados panfletos educativos, contendo o

itinerário de coleta, divulgação por meio de rádio, e orientações em reuniões

comunitárias, dentre outras ações de mobilização social. Também deverá ser alertado

quanto à destinação dos resíduos agrossilvopastoris, como embalagens de

agrotóxicos, insumos agrícolas, dentre outros, para que os produtores rurais não

descartem esse tipo de resíduo nos Centros de Coleta Voluntária de Resíduos,

evitando riscos de contaminação dos resíduos sólidos domésticos.

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45

7 ESTRATÉGIAS DE IMPLEMENTAÇÃO E REDES DE ÁREAS DE MANEJO

LOCAL

A Lei 12.305/2010 é bastante incisiva na definição das responsabilidades dos

diversos agentes, devendo ser definidas as estratégias e propostas de implementação

de redes de áreas de manejo local ou regional dos diversos resíduos urbanos gerados

no município (coleta, armazenamento, triagem, tratamento, transporte adequado e

destinação final), com respectivo projeto conceitual, etapas de implementação, e

estudos comparativos de viabilidade das alternativas.

De acordo com Brasil (2013) o Ministério do Meio Ambiente incentiva a

implantação de um Modelo Tecnológico que privilegia o manejo diferenciado e a

gestão integrada dos resíduos sólidos, com inclusão social e formalização do papel

dos catadores de materiais recicláveis, com compartilhamento de responsabilidade

com os diversos agentes. Este modelo pressupõe um planejamento preciso do

território, com a definição do uso compartilhado das redes de instalações para o

manejo de diversos resíduos, e com a definição de uma logística de transporte

adequada, para que baixos custos sejam obtidos.

As instalações para o manejo diferenciado e integrado, regulado e normatizado,

são:

PEVs – Pontos de Entrega Voluntária (Ecopontos) para acumulação

temporária de resíduos da construção e demolição, de resíduos

volumosos, da coleta seletiva e resíduos com logística reversa (NBR

15.112);

LEVs – Locais de Entrega Voluntária de Resíduos Recicláveis –

conteineres, sacos ou outros dispositivos instalados em espaços

públicos ou privados monitorados, para recebimento de recicláveis;

Galpões de triagem de recicláveis secos, com normas operacionais

definidas em regulamento;

Unidades de compostagem/biodigestão de orgânicos;

ATTs – Áreas de Triagem e Transbordo de resíduos da construção e

demolição, resíduos volumosos e resíduos com logística reversa (NBR

15.112);

Áreas de Reciclagem de resíduos da construção (NBR 15.114);

Aterros Sanitários (NBR 13.896);

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46

ASPP - Aterros Sanitários de Pequeno Porte com licenciamento

simplificado pela Resolução CONAMA 404 e projeto orientado pela nova

norma (NBR 15.849);

Aterros de Resíduos da Construção Classe A (NBR 15.113).

Estas instalações devem contemplar todo o território do município de Colombo,

e ter local fixo determinado para atrair e concentrar diversas tipologias de resíduos,

sem os quais o processo indisciplinado de descarte aleatório de resíduos se impõe.

Os PEVs (Ecopontos) devem ser alocados nos bairros, a partir de vários

critérios e irão permitir a transformação de resíduos difusos em resíduos

concentrados, propiciando a partir disso uma logística de transporte adequada, com

equipamentos adequados e custos suportáveis. Os PEVs precisam ter seu uso

compartilhado entre vários resíduos que precisam ser concentrados, tais como

resíduos da construção civil, volumosos, domiciliares secos e resíduos com logística

reversa.

O Ministério do Meio Ambiente (2013) propõe a adequação da rede de

instalações ao porte dos municípios, definindo o número de PEVs e ATTs – Áreas de

Triagem e Transbordo (também atuando com resíduos diversificados) em função da

população e, em municípios menores, agregando as duas funções em uma única

instalação (PEV Central).

Como a população total do município de Colombo é superior a 200 mil

habitantes é recomendado a instalação de 08 (dois) PEVs Centrais, 02 (duas) ATT e

02 (dois) Aterro RCD coligado, seguindo as recomendações do Ministério do Meio

Ambiente, apresentado na Tabela 7.1.

Tabela 7.1 – Rede de instalações de acordo com a quantidade de população

REDE DE INSTALAÇÕES

POPULAÇÃO DA SEDE MUNICIPAL PEVs ATT PEV Central Aterro RCD

coligado

até 25 mil 1 1

de 25 a 50 mil 2 1

de 50 a 75 mil 3 1 1

de 75 a 100 mil 4 1 1

Acima de 200 mil 8 2 2

Fonte: Adaptado de Brasil (2013).

De acordo com Brasil (2010) o projeto de Ponto de Entrega Voluntária deve

seguir as especificações da NBR 15.112/2004 e incorporar os seguintes aspectos:

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47

Prever a colocação de uma cerca viva nos limites da área, para reforçar

a imagem de qualidade ambiental do equipamento público;

Diferenciar os espaços para a recepção dos resíduos que tenham de ser

triados (resíduos da construção, resíduos volumosos, resíduos secos da

coleta seletiva etc.), para que a remoção seja realizada por circuitos de

coleta, com equipamentos adequados a cada tipo de resíduo (ver

quadro);

Aproveitar desnível existente, ou criar um platô, para que a descarga dos

resíduos pesados — resíduos da construção — seja feita diretamente

no interior de caçambas metálicas estacionárias;

Garantir os espaços corretos para as manobras dos veículos que

utilizarão a instalação — como pequenos veículos de geradores e

coletores, além dos veículos de carga responsáveis pela remoção

posterior dos resíduos acumulados;

Preparar placa, totem ou outro dispositivo de sinalização que informe à

população do entorno e a eventuais passantes sobre a finalidade dessa

instalação pública, como local correto para o descarte do RCD, de

resíduos volumosos, da coleta seletiva e da logística reversa.

No quadro a seguir estão apresentados os elementos básicos para um projeto

e uma operação eficientes dos pontos de entrega.

Quadro 7.1 - Recepção e remoção diferenciada dos resíduos nos pontos de entrega

RECEPÇÃO E REMOÇÃO DIFERENCIADA DOS RESÍDUOS

Organização Em Caçambas No platô ou em baias

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plo

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RC

D

So

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Reje

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Lo

gís

tica

reve

rsa

Como chega A granel Em partículas maiores

Características de massa

Densos Leves (1)

Características do

equipamento para remoção

Veículo para transporte de elevada tonelagem: limitar pelo

peso

Veículo para transporte de elevado volume: limitar pelo volume

Melhor opção de transporte

Caminhão poliguindaste

Caminhão carroceria com laterais altas

(1). Comumente os resíduos metálicos ferrosos ou não-ferrosos captados estão na forma de utensílios ou componentes, que, como tal, podem ser caracterizados como leves.

Fonte: Adaptado de Brasil (2010).

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48

Figura 7.1 - Modelo de layout de PEVs

Fonte: Adaptado de Brasil (2010).

Para uma operação correta e eficiente do ponto de entrega, deverá ser dado

treinamento aos colaboradores responsáveis pela unidade, devendo abordar os

seguintes aspectos operacionais no treinamento:

O limite estabelecido para o volume máximo das cargas individuais de

resíduos que possam ser recebidos gratuitamente na unidade.

Recomenda-se utilizar como parâmetro de pequeno volume a

quantidade limitada a 1 m³;

Impedimento do descarte de resíduos orgânicos domiciliares, de

resíduos industriais e de resíduos dos serviços de saúde;

A organização racional dos resíduos recebidos, para possibilitar a

organização de circuitos de coleta que devem ser executados com o

auxílio de equipamentos e meios de transporte adequados.

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49

Os circuitos de coleta destinados a cobrir a rede de pontos de entrega voluntária

permitirão a concentração de cargas, de mesma natureza e, por conseguinte, a

transformação de pequenos em grandes volumes.

De acordo com Brasil (2010) deverá ser dada atenção para as organizações

das atuações do Programa de Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários

de Saúde. São atualmente nítidos os ganhos em saúde decorrentes das melhorias em

saneamento. Os agentes de saúde, tem presença capilar nas regiões onde atuam e

desenvolvem uma compreensão muito clara do território onde trabalham. Devendo

ser mantido um contato direto com a coordenação desses programas, buscando maior

eficiência e disseminação das informações referentes ao Ponto de Entrega.

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50

8 IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO, INCLUÍDAS AS ETAPAS DO

PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Buscando atribuir as responsabilidades quanto à implementação de

operacionalização, incluídas as etapas do PMGIRS, devem ser considerados

diferenciadamente os agentes envolvidos para atender as diretrizes da Política

Nacional de Resíduos Sólidos, a que se refere seu art. 20 da Lei no 12.305/2010 a

cargo do poder público.

Segundo o Art. 27 da Lei no 12.305/2010, as pessoas físicas ou jurídicas

referidas no Art. 20 são responsáveis pela implementação e operacionalização

integral do plano de gerenciamento de resíduos sólidos aprovado pelo órgão

competente na forma do art. 24.

§ 1º A contratação de serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as pessoas físicas ou jurídicas referidas no art. 20 da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos. § 2º Nos casos abrangidos pelo art. 20, as etapas sob responsabilidade do gerador que forem realizadas pelo poder público serão devidamente remuneradas pelas pessoas físicas ou jurídicas responsáveis, observado o disposto no § 5º do art. 19. Art. 28. O gerador de resíduos sólidos domiciliares tem cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada para a coleta ou, nos casos abrangidos pelo art. 33, com a devolução. Art. 29. Cabe ao poder público atuar, subsidiariamente, com vistas a minimizar ou cessar o dano, logo que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado ao gerenciamento de resíduos sólidos. Parágrafo único. Os responsáveis pelo dano ressarcirão integralmente o poder público pelos gastos decorrentes das ações empreendidas na forma do caput.

Quanto à Responsabilidade Compartilhada o Art. 30 institui a responsabilidade

compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, a ser implementada de forma

individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes, importadores, distribuidores

e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza

urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições e procedimentos

vistos nesta seção.

Parágrafo único. A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos tem por objetivo: I – compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis;

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II – promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas; III – reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais; IV – incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de maior sustentabilidade; V – estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis; VI – propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e sustentabilidade; VII – incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental (BRASIL, 2010).

O Art. 20 define que estão sujeitos à elaboração de Plano de Gerenciamento

de Resíduos Sólidos:

I – os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas e, f, g e k do inciso I do art. 13; II – os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal; III – as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama; IV – os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea j do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte; V – os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. Parágrafo único. Observado o disposto no Capítulo IV deste título, serão estabelecidas por regulamento exigências específicas relativas ao plano de gerenciamento de resíduos perigosos (BRASIL, 2010).

O Art. 33 obriga a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,

mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente

do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, os fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes de:

I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II – pilhas e baterias; III – pneus; IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes (BRASIL, 2010).

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De acordo com Brasil (2012) basicamente, sem prejuízo da responsabilidade

compartilhada, estas responsabilidades são as seguintes:

Pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos

domiciliares – responsabilidade a ser exercida pelo órgão público

competente (autarquia intermunicipal na forma de Consórcio Público ou

órgão municipal, isoladamente);

Pelos resíduos gerados em prédios públicos – responsabilidade do

gestor específico (RSS gerado em hospitais públicos, RCC gerado em

obras públicas, resíduos de prédios administrativos etc.);

Pelos resíduos gerados em ambientes privados – responsabilidade do

gerador privado (atividades em geral);

Pelos resíduos definidos como de logística reversa – responsabilidade

definida em lei (fabricantes, importadores, distribuidores e

comerciantes);

Pelos resíduos com Plano de Gerenciamento obrigatório –

responsabilidade do gerador privado (instalações de saneamento,

indústrias, serviços de saúde, mineradoras, construtores, terminais de

transporte e outros);

Os resíduos industriais são de responsabilidade dos seus respectivos

geradores, os quais devem contratar empresas especializadas em

coleta, transporte e destinação final dos mesmos.

Pelo acondicionamento adequado e diferenciado, e pela disponibilização

adequada para coleta ou devolução – responsabilidade do

consumidor/gerador domiciliar.

8.1 CRITÉRIOS DE ESCOLHA DA ÁREA PARA LOCALIZAÇÃO DO BOTA-

FORA DOS RESÍDUOS INERTES GERADOS

Verificou-se que no município de Colombo não há uma exigência da prefeitura

municipal para apresentação do PGRCC. Não há também um plano de reciclagem do

RCC gerado, bem como, não é realizada a regulamentação do serviço de coleta, com

fixação e regulamentação da taxa de coleta exercidas no município por empresas

particulares.

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O município deverá buscar a obtenção de licença ambiental para disposição de

resíduos inertes para a área de “bota-fora”, atendendo as exigências técnicas e legais

e anulando os riscos de contaminação.

Recomenda-se que os materiais lançados no “bota-fora” sejam separados, de

forma que o potencial de utilização para a pavimentação de estradas e aterramentos

seja otimizado. Também deverá ocorrer fiscalização dos materiais lançados e a

proibição do lançamento de quaisquer resíduos que sejam incompatíveis com os

autorizados, tais como latas de tintas, solventes, dentre outros.

Os critérios de escolha da área para a localização do bota-fora dos resíduos

inertes (excedente de terra dos serviços de terraplenagem, entulhos, etc.) gerados,

deverá atender às diretrizes para projeto, implantação e operação de áreas de

transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, dispostos

na ABNT NBR 15.112/2004.

As condições de implantação dessas áreas devem possuir no mínimo as

especificações apresentadas no Quadro 8.1.

Quadro 8.1 – Condições de implantação de áreas de bota-fora

ITEM DETALHAMENTO

ISOLAMENTO

Portão e cercamento no perímetro da área de operação, impedindo o

acesso de pessoas não autorizadas, e anteparo para proteção quanto aos

aspectos relativos à vizinhança tais como, ventos e estética, sugere-se a

instalação de cerca viva arbustiva ou arbórea no perímetro da área.

IDENTIFICAÇÃO Deverá ter na entrada do local a identificação visível quanto às atividades

desenvolvidas e quanto à aprovação do empreendimento.

EQUIPAMENTOS

DE SEGURANÇA

Deverá dispor de equipamentos de proteção individual, de proteção contra

descargas atmosféricas e de combate a incêndio. Possuir iluminação e

energia, permitindo ações de emergência.

SISTEMAS DE

PROTEÇÃO

AMBIENTAL

Deverá contemplar sistema de controle de poeira, ativo tanto nas

descargas como no manejo e nas zonas de acumulação de resíduos.

Dispositivos de contenção de ruído em veículos e equipamentos, sistema de

drenagem superficial com dispositivos para evitar o carreamento de materiais,

e revestimento primário do piso das áreas de acesso, operação e estocagem,

executado e mantido de maneira a permitir a utilização sob quaisquer

condições climáticas.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 15.112/2004.

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As condições gerais para projeto, segundo a ABNT NBR 15.112/2004 são:

Quadro 8.2 – Condições gerais para projeto de áreas de bota-fora

ITEM DETALHAMENTO

Informações cadastrais

Documento de propriedade ou autorização do proprietário para a implantação do empreendimento, e qualificados do empreendedor e operador responsáveis.

Memorial descritivo

Conter informações sobre o local destinado a atividade para avaliação da adequabilidade da atividade quanto a topografia, acessos e vizinhança, descrição da implantação e operação, equipamentos utilizados no empreendimento, e equipamentos de segurança.

Croqui do empreendimento

O arranjo físico da área do empreendimento deverá conter indicação do posicionamento das fotos do relatório fotográfico e as dimensões gerais, com localização e identificação de confrontantes, dispositivos de drenagem superficial, acessos, edificações, local de recebimento e triagem. Local de armazenamento temporário dos resíduos recebidos, local de armazenamento temporário de resíduos classe D, equipamentos utilizados, local de eventual transformação dos materiais segregados.

Relatório fotográfico

Deverá permitir a visualização do empreendimento, apresentando os principais aspectos da área.

Plano de controle de recebimento de

resíduos Deverá conter as medidas a serem adotadas durante a operação.

Responsabilidade e autoria do projeto

Todos os documentos relativos ao projeto devem ter assinatura do responsável e o número de seu registro no conselho de classe, com indicação da comprovação de Responsabilidade Técnica.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 15.112/2004.

As condições de operação, segundo a ABNT NBR 15.112/2004 são:

Quadro 8.3 – Condições operacionais de áreas de bota-fora

ITEM DETALHAMENTO

CONTROLE DE RECEBIMENTO DOS

RESÍDUOS

Os resíduos devem ser controlados quanto à procedência, quantidade e qualidade.

CONTROLE QUALITATIVO E QUANTITATIVO

Disponibilização à fiscalização de relatórios contendo a quantidade mensal e acumulada de cada tipo de resíduos recebido, e quantidade e destinação dos resíduos triados, com a comprovação dos destinos.

Fonte: Adaptado de ABNT NBR 15.112/2004.

Deverão ser observadas as seguintes diretrizes para operação:

a) Só devem ser recebidos resíduos de construção civil e resíduos

volumosos;

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b) Não devem ser recebidas cargas de resíduos da construção civil

constituídas predominantemente de resíduos classe D;

c) Só devem ser aceitas descargas e expedição de veículos com a

cobertura dos resíduos transportados;

d) Os resíduos aceitos devem estar acompanhados do CTR - controle de

transporte de resíduos;

e) Os resíduos aceitos devem ser integralmente triados;

f) Deve ser evitado o acúmulo de material não triado;

g) Os resíduos devem ser classificados pela natureza e acondicionados em

locais diferenciados;

h) Os rejeitos resultantes da triagem devem ser destinados

adequadamente;

i) A transformação dos resíduos triados deve ser objeto de licenciamento

específico;

j) A remoção de resíduos da ATT deve estar acompanhada do CTR -

controle de transporte de resíduos;

k) Os resíduos da construção civil:

Classe A: devem ser destinados à reutilização ou reciclagem na forma

de agregados ou encaminhados a aterros de resíduos da construção civil

e de resíduos inertes, projetados, implantados e operados em

conformidade com a ABNT NBR 15113;

Classe B: devem ser destinados à reutilização, reciclagem e

armazenamento ou encaminhados para áreas de disposição final de

resíduos;

Classe C: devem ser armazenados, transportados e destinados em

conformidade com as Normas Brasileiras específicas;

Classe D: devem ser armazenados em áreas cobertas, transportados,

reutilizados e destinados em conformidade com as Normas Brasileiras

específicas;

l) Os resíduos volumosos devem ser destinados a reutilização, reciclagem

e armazenamento ou encaminhados para disposição final de resíduos.

A ABNT NBR 15.113/2004 que fixa os requisitos mínimos exigíveis para

projeto, implantação e operação de aterros de resíduos sólidos da construção civil

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classe A e de resíduos inertes, estabelece os seguintes critérios para a localização de

implantação:

a) O impacto ambiental a ser causado pela instalação do aterro seja

minimizado;

b) A aceitação da instalação pela população seja maximizada;

c) Esteja de acordo com a legislação de uso do solo e com a legislação

ambiental.

Foi realizada uma análise preliminar de áreas potenciais aptas para instalação

de aterro de resíduos sólidos da construção civil Classe A e de resíduos inertes, de

acordo com critérios ambientais, de infraestrutura e de logística.

Para isso foram delimitadas as áreas de influência de acordo com a facilidade

de acesso, por meio de uma análise de proximidade em um raio de 300 metros das

principais estradas e vias do município.

Após a realização dessa delimitação, foram excluídas as áreas sob influência

de Áreas de Preservação Permanente, incluindo uma margem de 20 metros para além

da APP, com objetivo de garantir a qualidade ambiental, sendo também excluídas as

áreas com uso do solo classificadas como vegetação arbórea densa,

independentemente da localização.

Por fim, foram excluídas as áreas com declividade superior à 24%, que

segundo Moreira et al. (2008 apud Leite e Zuquette ,1996), são locais em que o

material inconsolidado torna-se instável, podendo gerar acidentes com

escorregamento e movimento de massa.

Cabe ressaltar que a maior parte das áreas delimitadas como potencialmente

aptas estão localizadas em áreas de proteção de mananciais de abastecimento da

Região Metropolitana de Curitiba, sendo que apenas a bacia do Rio Atuba não é

classificada como tal, devendo as áreas localizadas na demais bacias, em caso de

construção de aterro, passar por análise de grupo técnico específico, de acordo com

o Decreto Estadual Nº 4.435/2016.

Além disso, as áreas localizadas na zona urbana, além dos critérios utilizados

nesta análise, precisam também da aceitação e aprovação da população local.

Prancha 1 - Mapa com Áreas Potenciais para Instalação de Aterros de Resíduos da Construção Civil

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8.2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS A

SEREM ADOTADOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE

MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O gerenciamento dos resíduos sólidos gerados em Colombo deverá ser voltado

para a efetividade da redução da quantidade de materiais a serem disposto no aterro

sanitário consorciado, visando o aumento de sua vida útil, bem como a diminuição dos

custos logísticos para encaminhamento dos materiais, ou seja, somente os resíduos

sólidos domésticos que não sejam recicláveis deverão ser encaminhados ao aterro

sanitário.

Para isso, a recuperação dos materiais recicláveis por meio de uma coleta

seletiva eficiente deve ser considerada um dos principais instrumentos da gestão dos

resíduos sólidos, visando a reutilização e/ou reciclagem dos materiais e consequente

aumento da vida útil do aterro sanitário municipal. Além disso, ações de Coleta

Seletiva, triagem e venda de produtos reciclados trazem ganho econômico e social

para os membros das associações de catadores.

8.2.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já desenvolve um importante trabalho

de educação ambiental nas escolas públicas municipais. Essas atividades de

conscientização, panfletagem, palestras e ações conjuntas são fundamentais para a

disseminação da importância da reciclagem e logística reversa.

Nesse contexto, a educação ambiental relacionada aos resíduos sólidos deverá

ocorrer de maneira permanente no município, sendo ferramenta de sensibilização da

população, e auxiliará nas mudanças de comportamentos e consequentemente

ocorrerão ações adequadas relacionadas aos resíduos sólidos.

A população deverá ser informada, participando de todo o processo e sentindo-

se como parte fundamental do processo, entendendo suas funções e auxiliando nas

atividades, adequando-se à nova realidade do sistema.

Colombo possuí o bom Programa Municipal de Educação Ambiental Colombo

Sustentável (COLOMBO, 2017), que traz em suas metas para os resíduos sólidos o

fortalecimento dos processos de educação para o consumo consciente em vista do

desenvolvimento de ambientes saudáveis, bem cuidados e com estética que favoreça

viver com qualidade e o fomento à produção de materiais didáticos e a formação

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continuada de educadores para atuação em ambientes formais e não formais de

educação, tendo como base a política nacional de resíduos sólidos e suas

problemáticas.

Além disso, o Programa traz entre suas estratégias o incentivo, pelas SEMMA

e SEMED, a ações educativas que correlacionem consumo e consciência cidadã,

especialmente pelas práticas de reaproveitamento e recuperação dos bens de

consumo em vista da qualidade dos ambientes de vida; o desenvolvimento de trabalho

educativo formal e não formal, pelas SEMMA e SEMED, na linha de reflexão

transformadora articulada à realidade colombense, quanto às questões de resíduos

sólidos e saneamento, em vista da superação do ativismo, sem sentido político-

educativo; e o apoio, pelas SEMMA e SEMED, a projetos e programas educativos na

comunidade e em escolas, relacionados à gestão dos resíduos sólidos e ao

saneamento, visando à redução da geração de resíduos pelo consumo consciente e

cuidado com os ambientes de vida.

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9 EVENTOS DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

Com base nas informações anteriormente descritas neste produto e também

dispostas no Diagnóstico, dentre as possíveis eventualidades de emergência e

contingência, destacam-se:

Danos à saúde pública: em caso de acúmulo de resíduos sólidos

urbanos domésticos nas vias públicas, como os RCD e os recicláveis

que são dispostos sem cobertura e sem pavimentação adequada nas

residências dos coletores; tais locais poderão se tornar criadouros de

vetores de doenças, como ratos, baratas e insetos em geral. Há também

problemas na frequência de coleta dos resíduos domiciliares na área

rural que ocasiona a disposição final incorreta dos resíduos, o que leva

a probabilidade de danos à saúde pública.

Danos à saúde do coletor de resíduos sólidos: estes danos podem

ser ocasionados pela incorreta separação de resíduos sólidos

recicláveis, uma vez que objetos perfurocortantes quando não

acondicionados de forma correta (embalados ou colocados em

embalagens lacrados) podem rasgar sacos e perfurar aquele que realiza

seu manejo.

Prejuízos financeiros: os prejuízos podem ocorrer em decorrência do

déficit verificado no setor de gestão de resíduos; existe o controle das

receitas que contribuem para o gerenciamento do setor de resíduos

sólidos e limpeza urbana proveniente das taxas cobradas na tarifa de

água; no entanto o valor é deficitário entre o total arrecado com a taxa

de lixo e o valor gasto para a oferta dos serviços.

Ausência de usinas de triagem e compostagem: que ocasiona a

diminuição da vida útil do aterro e gera um passivo ambiental. Deverão

ser implantados esses setores com urgência, para a diminuição de

agravantes na má disposição atual dos resíduos recicláveis do município

e melhorar a separação por tipo de resíduo, que como foi verificado há

deficiências na separação na fonte geradora.

Em decorrência de eventualidades de emergências e contingências no sistema

de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, como greves dos funcionários que

trabalham na coleta de resíduos e deficiências nos equipamentos, deverá ser

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desenvolvido um programa que disponha de um sistema de prevenção e mitigação

dos impactos relacionados ao acontecimento desses eventos.

As situações imprevistas que venham a alterar a gestão ou o manejo dos

resíduos sólidos exigem ações emergenciais que devem ser aplicadas através de um

conjunto de procedimentos corretivos, tais como:

Paralisação do serviço de varrição pública e capina: devido à greve

dos colaboradores contratados para a execução dos serviços ou de

colaboradores envolvidos. Inicialmente a população deverá ser

informada oficialmente pela administração pública, de modo que

colabore em manter a cidade limpa. Na sequência, deverá ser

contratada em caráter emergencial, uma empresa especializada na

prestação dos respectivos serviços;

Paralisação do Sistema de Coleta Domiciliar: devido à greve geral

dos colaboradores envolvidos na execução dos serviços, avaria ou falha

mecânica nos veículos coletores. Nos casos de greve, a população

deverá ser informada oficialmente pela administração pública, de modo

que colabore em manter a cidade limpa, na sequencia deverá ser

contratada em caráter emergencial, uma empresa especializada na

prestação dos respectivos serviços. Nos casos em que ocorrer avarias

nos veículos da prefeitura por motivos diversos, deverá dispor de

veículos reserva para a substituição, devendo providenciar o reparo

imediato dos mesmos, e quando tratar-se de coleta por empresa

terceirizada, a administração pública deverá solicitar à empresa

responsável a disponibilização imediata de veículo para substituição,

sendo recomendada a exigência do veículo no ato da contratação dos

serviços, evitando possíveis desacordos;

Paralisação do serviço de coleta de resíduos especiais e resíduos

de serviços de saúde: devido à greve geral da empresa operadora do

serviço, ou avaria/falha mecânica nos veículos e equipamentos de

coleta. Devendo de caráter emergencial contratar outra empresa

especializada, exigir da empresa prestadora do serviço, agilidade no

reparo de veículos e/ou equipamentos avariados. Os resíduos devem

ser acondicionados de forma adequada até que a situação normalize;

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Inoperância ou paralização total da unidade de triagem: Os

problemas podem ocorrer devido à escassez de equipamentos,

avaria/falha em equipamentos ou veículos envolvidos na entrega do

material na unidade, falta de mercado para a comercialização do

material reciclável, falta de operador em um dos setores da unidade,

greve dos colaboradores ou empresa transportadora.

As ações emergenciais que devem ser adotadas para esta situação, seria

buscar a viabilidade econômica para adquirir os equipamentos necessários,

providenciar imediatamente o reparo/conserto do equipamento avariado, substituir o

veículo danificado por veículo reserva e solicitar o reparo imediato do veículo,

viabilizar local/contentores para depósito junto à unidade até que a situação se

normalize, buscar novos compradores de material, contatar novas unidades de

reciclagem, acondicionar de forma adequada os materiais recicláveis até que a

situação se normalize, substituir o operador por outro previamente treinado, contatar

com novas unidades de reciclagem, contratar em caráter emergencial empresa

coletora;

Paralisação parcial ou total da operação do aterro: devido à ruptura

de taludes, vazamento de chorume, avaria/falha mecânica nos veículos

que realizam o transporte até o aterro. O Consórcio deverá solicitar a

empresa responsável pelo aterro os reparos imediatos, substituir os

veículos/ equipamentos avariados, informar a população de todos os

municípios para que colaborem até a situação se normalizar, contratar

em caráter emergencial nova empresa para a disposição final dos

resíduos, e em caso de encerramento definitivo, contratar nova empresa

com aterro próprio para a destinação final dos resíduos;

Obstrução do sistema viário: decorrente de acidentes de transito,

protestos e manifestações populares, obras de infraestrutura. Deverão

ser estudadas rotas alternativas para o fluxo dos resíduos.

As ações preventivas para contingências podem ser minimizadas através de

um conjunto de procedimentos preventivos com ações de controle operacional, com

o acompanhamento do serviço de coleta por meio da fiscalização da execução dos

serviços, acompanhamento do serviço de triagem dos resíduos sólidos urbanos por

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meio da fiscalização da execução dos serviços, registro e análise do número de

reclamações, e situações que venham a ocorrer com frequência.

Devem ser tomadas ações administrativas, mantendo o cadastro de empresas

prestadoras de serviços na gestão de resíduos para a contratação em caráter

emergencial, cadastro de aterros sanitários próximos para serviços de contratação em

caráter emergencial, caso aconteça algum problema com o aterro consorciado ou com

o próprio consórcio; manter cadastro de recicladoras ou unidades de triagem para a

contratação em caráter emergencial, etc.

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10 REFERENCIAS

ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, 2014.

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MOREIRA, M.A.A.; LORANDI, R.; MORARES, M.E.B. Caracterização de áreas preferenciais para a instalação de aterros sanitários no município de Descalvado (SP), na escala 1:50.000. Revista Brasileira de Cartografia, n 60/02. P 177-194, 2008.

RIO DE JANEIRO. Armando Borges de Castilhos Junior. Prosab (Org.). Resíduos sólidos urbanos: aterro sustentável para municípios de pequeno porte. Rio de

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Janeiro: Abes, 2003. 294 p. Disponível em: <https://www.finep.gov.br/images/apoio-e.../prosab/ProsabArmando.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2016