mundo social

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M Mundo Social Memórias da Ria Maravilhas Naturais “Se queremos salvar alguma coisa, primeiro precisamos de saber apreciá-la realmente” Vila Nova de Poiares “Tentamos manter os valores da cordialidade, da fraternidade e da amizade entre as pessoas” Museu do Côa “A visita ao Museu está dividida por salas temáticas que explicam o trajecto da Humanidade” » “Navegar na Ria é sentir, é recordar a história, as tradições, as salinas, os barcos, as suas proas coloridas que dão vida aos canais que serpenteiam esta linda cidade” EDIÇÃO Nº 3 | OUTUBRO DE 2010 ESTA REVISTA FAZ PARTE INTEGRANTE DO “JORNAL DE NOTÍCIAS” NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE

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Outubro de 2010

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Page 1: Mundo Social

MMundo Social

Memórias da Ria

Maravilhas Naturais“Se queremos salvar alguma coisa, primeiro precisamos de saber apreciá-la realmente”

Vila Nova de Poiares“Tentamos manter os valores da cordialidade,

da fraternidade e da amizade entre as pessoas”

Museu do Côa“A visita ao Museu está dividida por salas temáticas

que explicam o trajecto da Humanidade”

» “Navegar na Ria é sentir, é recordar a história, as tradições, as salinas, os barcos, as suas proas coloridas que dão vida aos canais que serpenteiam esta linda cidade”

EDIÇÃO Nº 3 | OUTUBRO DE 2010ESTA REVISTA FAZ PARTE INTEGRANTE DO “JORNAL DE NOTÍCIAS”

NÃO PODE SER VENDIDA SEPARADAMENTE

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Page 3: Mundo Social

Outubro | 2010 | 3

Índice03 Editorial04 NOTICIAS Universidade de Aveiro Rota da Bairrada Hotel Rural Mira Serra07 ESPECIAL Grutas de Mira D’Aire CM de Porto de Mós Água do Fastio Empresa Hoteleira do Gerês CM de Terras de Bouro14 PONTO DE VISTA Unidade de Arqueologia

da Universidade do Minho Mola Olivarum Ordem dos Médicos Veterinários18 DESFRUTAR Refúgio da Vila Hotel Rural Zoo da Maia CM de Aveiro Maria da Apresentação da Cruz

e Herdeiros Glicínias Plaza Fábrica Centro Ciência Viva

de Aveiro Nova Casa dos Leitões Restaurante Espelho D’água Douro Acima31 PODER LOCAL CM de Vila Nova de Poiares CM de Moimenta da Beira CM de Miranda do Douro CM de Sátão CM de Montalegre CM de Fornos de Algodres JF de Cunha Baixa JF de Abrunhosa-a-Velha Museu do Côa JF de Castelo Melhor JF de Muxagata JF de Numão JF de Sebadelhe JF de Custóias54 ACÇÃO SOCIAL Associação de Infância e Terceira

Idade de Lamego Fumeiros Porfírios

FICHA TÉCNICA Editor: Carlos Borges | Redacção: Carene Monteiro, Elsa Carvalho, Marina Barros | Departamento Gráfico: 2x7 Design ([email protected]) - Mónica Fonseca, Vanessa Taxa | Banco de Imagens: Stock.xchng | Director Comercial: Rui Martins | Departamento Comercial: André Lopes, Elisabete Martins, Ferreira da Silva, Leonardo Vasconcelos | Departamento Financeiro: Nelson Cabral | Propriedade: Pagimodelo – Edições Periódicas, Lda. - Rua Nova do Souto, 179 - 4470- 205 Maia | | Telefone: 22 955 14 64 | Fax: 22 955 14 60 | Contribuinte: 50865288 | Director Geral: António Alpoim | Coordenador Geral: Raul Pereira | Impressão: Gráfica de Paredes | Distribuição: Com o jornal: Jornal de Notícias | Periodicidade: Mensal | Registo Depósito Legal 305309/10

Em Setembro entramos num mês de recomeços e stress, o chamado stress pós-férias. Estudos indicam que 40 por cento dos trabalhadores têm dificuldade em ligar de novo o interruptor do quotidiano. A rotina centra-se no recome-ço da escola ou do trabalho. Porque entramos numa nova estação e as 24 horas do dia parecem pequenas, porque há reencontros e porque se conhecem pessoas novas.

Na redacção do Mundo Social o verdadeiro stress acon-teceu, como em qualquer fecho de edição nos últimos dias, telefonemas, entrevistas, fotografias e um Portugal que se quer novo, um Mundo Social renovado. Uma equipa nova com vontade de fazer mais e melhor, de percorrer Portugal como um todo. Olhar para a rosa-dos-ventos e mostrar a iniciativa pública e privada. Lazer, destaques e opinião, pura, “nua e crua” destacando cada identidade do poder local. Partímos da curiosidade e ouvimos vários pontos de vista, através deles fomos em descoberta de algumas das maravilhas naturais e edificadas deste país. Gravuras rupestres e castelos. Histórias e estórias. Pessoas e lugares gravados em pedras e elevados em muralhas contam o perfil de vitórias e desgraças.

Hoje, os reis estão esquecidos e são heróis nos filmes de animação. Os políticos e as suas políticas não geram consenso.

A frase do Almirante Cândido dos Reis, nas vésperas do 5 de Outubro de 1910, foi motivadora e tal como nessa altura, hoje quando se celebram os 100 anos da Republi-ca, é actual, apela à união, a um dever que não pode ser adiado e no Mundo Social não estamos sozinhos porque queremos que todos cumpram o seu dever. “A Revolução não será adiada: sigam-me, se quiserem. Havendo um só que cumpra o seu dever, esse único serei eu.”

editorial

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Page 4: Mundo Social

0 4 | Mundo Social

Universidade de Aveiro abre candidaturas para 27 Cursos de Especialização Tecnológica

A Universidade de Aveiro, através de três das

suas escolas superiores: Escola Superior Aveiro

Norte (ESAN), Escola Superior de Tecnologia e

Gestão de Águeda (ESTGA) e Instituto Superior de

Contabilidade e Administração da Universidade

de Aveiro (ISCA-UA), vai ministrar, este ano lecti-

vo 27 Cursos de Especialização Tecnológica (CET)

praticamente todos em regime pós-laboral.

A criação de oportunidades de formação para

públicos diversos, com necessidades específicas,

tem sido, uma prioridade para a Universidade de

Aveiro. Neste sentido, a oferta formativa desta

instituição procura dar resposta aos desafios

com que os indivíduos se deparam em termos

profissionais, oferecendo alternativas válidas e

reconhecidas internacionalmente.

Os cursos de especialização tecnológica são

cursos pós-secundários não superiores que visam

a aquisição do nível IV de formação profissional.

Os planos de formação destes cursos estão

direccionados para uma efectiva inserção profis-

sional e para assegurar também o reconhecimen-

to dessas aprendizagens para efeitos de prossegui-

mento de estudos no ensino superior. Estes planos

compreendem as componentes de formação geral

e científica e de formação tecnológica.

Este ano lectivo, Águeda, Albergaria-a-Velha,

Aveiro, Cantanhede, Estarreja, Oliveira de Aze-

méis, Ovar, S. João da Madeira, Sever do Vouga

e Vagos são os concelhos onde vão decorrer os

Cursos de Especialização Tecnológica, em áreas

tão variadas como Automação, Robótica e Con-

trolo Industrial, Banca e Seguros, Desenvolvimen-

to de Produtos Multimédia, Energias Renováveis,

Gestão da Qualidade, Instalações Eléctricas e

Automação Industrial, Instalação e Manutenção

de Redes e Sistemas Informáticos, Logística e

Organização e Planificação do Trabalho.

A oferta contempla ainda as áreas de Práticas

Administrativas e Tradução, Projecto de Moldes,

SIG - Sistemas de Informação Geográfica, Técni-

cas de Gestão de Turismo, Tecnologia Mecatró-

nica, Tecnologias e Programação de Sistemas de

Informação e Topografia e Desenho Assistido por

Computador.

A Universidade de Aveiro (UA) é uma ins-

tituição pública que tem como missão

a intervenção e desenvolvimento

da formação graduada e pós-

graduada, a investigação e

a cooperação com a sociedade. Criada em 1973,

rapidamente se transformou numa das mais dinâ-

micas e inovadoras universidades do país.

Frequentada por cerca de 13 mil alunos em

programas de graduação e pós-graduação, a UA

desde cedo assumiu um papel de relevância no

panorama universitário do país, inserindo-se no

grupo da frente no que diz respeito à qualidade

das infra-estruturas que oferece, à qualidade da sua

investigação e à excelência do seu corpo docente.

A UA é um parceiro privilegiado de empresas

e de outras entidades nacionais e internacionais,

com as quais coopera em diversos projectos e

programas e às quais presta importantes ser-

viços, sendo por isso um espaço de investiga-

ção onde se desenvolvem produtos e soluções

inovadoras que contribuem para o avanço da

ciência e tecnologia.

» Notícias

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Page 5: Mundo Social

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Page 6: Mundo Social

0 6 | Mundo Social

A Promoção da marca Bairrada!

A singularidade do Mira Serra

Associação Rota da Bairrada

Hotel Rural Mira Serra

A Rota da Bairrada é uma asso-

ciação sem fins lucrativos, criada

em 2006, que tem como principal

objectivo a promoção da marca

Bairrada. Desta forma, é a respon-

sável por reunir os vários interve-

nientes na área do turismo, de toda

a região, e proporcionar a todos,

associados e turistas, momentos

mágicos.

Um desses momentos mágicos é a

3ª Gala do Espumante Bairrada, que

se vai realizar no dia 13 de Novem-

bro de 2010, no emblemático Curia

Palace Hotel. As expectativas são

altas e acredita-se em mais um

sucesso. Como refere Jorge Sam-

paio, Vereador da Câmara Munici-

pal da Anadia e um dos principais

impulsionadores da Rota: “A Gala

do Espumante é um dos pontos

altos da Rota da Bairrada, onde

criamos uma noite de charme e

magia em torno do espumante e da

nossa região”.

A Rota da Bairrada é também

responsável por outras iniciativas,

nomeadamente, Bairrada Gourmet,

um jantar onde se dá a conhecer os

melhores vinhos e iguarias da região.

Momentos Bairrada, um evento a

nível nacional, que apresenta toda

a oferta turística da região, não só

a actividade vitivinícola, mas numa

perspectiva mais integrada. Recen-

temente inauguraram um espaço

em Coimbra, Bairrada Lounge, em

parceria com o Dolce Vita, onde

vão promover, durante meio ano,

os produtos da região. As iniciativas

da Associação não seriam possíveis

sem a presença forte e motivada

de todos os associados, os oito

municípios, os diferentes produto-

res, hotéis e instituições. Sinal de

que este é um projecto com futuro e

que está no bom caminho.

Vale a pena visitar a sede da

Rota da Bairrada na antiga esta-

ção de caminhos-de-ferro da Curia

“uma obra que enche de orgulho

a Câmara Municipal da Anadia e

todos os membros da Associação”

afirma Jorge Sampaio. Neste espaço

é possível comprar vinhos, artesa-

nato local, produtos regionais, fazer

marcações de visitas, conhecer com

mais detalhe todas as iniciativas

da Associação, participar em várias

sessões de provas e de leitura. Para

o futuro fica o desejo de abrir um

espaço como este nos oito municí-

pios que integram a Rota.

Visite o Espaço Bairrada e surpre-

enda-se com as maravilhas desta

região.

» Notícias

O fim da ruela mais alta de

Abrunhosa-a-velha, em Man-

gualde, esconde o conforto

e a singularidade do Hotel

Rural Mira Serra. O majes-

toso portão que assinala a

entrada deixa transparecer,

mais ao longe, o imponente

edifício, a apetitosa piscina, a

inebriante vista sobre a Serra

da Estrela.

Uma pequena escadaria

separa o exterior do interior

do Hotel. O sorriso e a sim-

patia de quem lá trabalha

fazem-nos sentir em casa. Em

cada um dos 20 quartos a

subtileza e requinte da deco-

ração criam um ambiente

especial e acolhedor. Casa

de banho completa, televisão

e telefone são apenas alguns

dos serviços que têm para

oferecer.

Mais do que um Hotel,

o Mira Serra é um refúgio

onde se respira tranquilidade,

onde se descansa do frenesim

citadino. Com as preocupa-

ções do lado de fora, o mais

importante é aproveitar os

momentos únicos da vida.

O parque infantil mantém

os miúdos ocupados e em

segurança enquanto os pais

podem dar longos passeios

por toda a quinta ou jogar

ténis. Um pouco por todo o

espaço que envolve o edifício

principal encontram-se poe-

mas cravados em azulejos,

pequenos bancos de pedra

que outrora acolheram casais

apaixonados. E eis que no

ponto mais alto da proprie-

dade surge, soberba, a cape-

linha.

E quando a fome apertar, o

Mira Serra disponibiliza igua-

rias inigualáveis e caseiras.

As uvas da própria vinha,

as sobremesas acabadas de

fazer, as compotas de vários

sabores, o pão ainda quente e

a água pura são algumas das

especialidades.

E se tudo isto não for sufi-

ciente lembre-se que não há

nada melhor do que desfrutar

do melhor da vida na compa-

nhia de quem mais ama.

06_ROTA BAIRRADA E MIRA SERRA.indd 1 13-10-2010 19:34:56

Page 7: Mundo Social

“7 Maravilhas da Natureza®”

“7 MARAVILHAS NATURAIS DE PORTUGAL®”

Para a New 7 Wonders Portugal® o

nosso Património é o nosso Futuro

e por isso inspira e sensibiliza a

população em geral para a necessi-

dade de preservar o legado que dei-

xamos às futuras gerações, através

de projectos baseados na votação

popular.

A eleição das “Novas 7 Maravilhas do Mundo®” em 2007 foi

o primeiro exercício democrático a nível mundial, da história

da Humanidade. Pela primeira vez todos os povos, de todos

os países, de todos os continentes, se uniram para escolher

algo em comum. Dessa gigantesca campanha a nível mundial

foram eleitas as “Novas 7 Maravilhas do Mundo®”, a partir do

Estádio da Luz, em 07.07.2007. Pela primeira vez foi criada

uma “memória comum”: 7 coisas que todos devemos recordar

e 7 símbolos de união que respeitam, honram e celebram a

diversidade cultural do nosso planeta. Com as “7 Maravilhas

da Natureza®”, a realizar em 2011 a nível mundial, vai ser

destacada e celebrada a beleza do nosso planeta. O mote

do projecto, “se queremos salvar alguma coisa, primeiro

precisamos de saber apreciá-la realmente”, reforça a

mensagem de que a Natureza e a Biodiversidade

são o grande património comum a todos os habi-

tantes do Planeta Terra e devem ser preservados

de forma consistente e urgente.

A Natureza e a sua preservação é hoje um tema

que ocupa o topo da agenda a nível mundial,

obrigando governos e líderes políticos de todo

mundo a desenvolver esforços para encontrar o

equilíbrio entre o desenvolvimento Humano e sus-

tentabilidade dos ecossistemas naturais. A iniciativa de

eleger as “7 Maravilhas da Natureza®” vai chamar a

atenção da opinião pública para a necessidade

de preservar todas as belezas naturais.

Em 2010 foram eleitas as “7 Maravilhas Naturais

de Portugal®”, em que a New 7 Wonders Por-

tugal® antecipa todo o movimento global em

torno da eleição das “7 Maravilhas da Natureza®”

– seremos o primeiro país a nível mundial a eleger

as suas maravilhas da natureza, o que nos coloca na

linha da frente em termos de preservação ambiental e de

sustentabilidade.

A eleição das “7 Maravilhas Naturais de Portugal®” surge em antecipação à

campanha mundial, para eleger as “Novas 7 Maravilhas da Natureza®” em

2011. É um projecto pioneiro, que coloca os olhos do mundo nas imensas bele-

zas naturais de Portugal.

A eleição das “7 Maravilhas Naturais de Portugal®” pretende sensibilizar os por-

tugueses para a necessidade de preservar o património natural do nosso país.

Porque 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade, este projecto vem reforçar

um movimento ambientalista que cresce a nível global e pretende ser uma refe-

rência no contributo para a sustentabilidade ambiental no nosso país.

Foram consideradas “Maravilhas Naturais de Portugal”, os monumentos naturais

em território nacional que contenham um ou mais aspectos de raridade ou repre-

sentatividade em termos ecológicos, estéticos, científicos e culturais.

Os nomeados são organizados nas seguintes 7 categorias, que representam a diversidade paisagística de Portugal:

as 7 Maravilhas

mundial, vai ser

planeta. O mote

oisa, primeiro

reforça a

sidade

abi-

dos

ma

al,

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ar o

e sus-

ciativa de

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de

ais

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em

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eleger

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biental e de

Outubro | 2010 | 0 7

7 Maravilhas Naturais de Portugal Especial «

Zonas MarinhasParque Natural da Ria Formosa

Grandes RelevosPaisagem Vulcânica

da Ilha do Pico

Grutas e CavernasGrutas de Mira de Aire

Zonas ProtegidasParque Nacional

da Peneda-Gerês

Praias e FalésiasPortinho da Arrábida

Zonas Aquáticas não MarinhasLagoa das Sete Cidades

Florestas e MatasFloresta Laurissilva da Madeira

Zonas MarinhasParque Natural da R1 Grandes Relevo

Paisagem Vulcânica

da Ilha do Pico

5Zonas ProtegidaParque Nacional

da Peneda-Gerês

6Zonas Aquáticanão MarinhasLagoa das Sete Cida

7

Grutas e CavernGrutas de Mira de A2Praias e FalésiasPortinho da Arrábid3Florestas e MatFloresta Laurissilva 4 info in:www.7maravilhas.sapo.pt/#/pt/press-center

VisãoSegundo Bernard Weber, fundador da New 7 Wonders

Foundation® e criador deste movimento mundial, “se

queremos salvar alguma coisa, primeiro precisamos de

saber apreciá-la realmente”. O que nos é dado pela

natureza e se perde é irrecuperável, devendo por isso

ser ainda mais valorizado e estimado.

Missão

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Page 8: Mundo Social

0 8 | Mundo Social

» Especial Grutas de Mira de Aire

s maiores grutas de Portu-

gal, que podem ser percor-

ridas por turistas, já recebe-

ram mais de seis milhões e

meio de visitantes. Para Carlos Alber-

to, administrador das Grutas, este é

um prémio importantíssimo para a

divulgação do nome das grutas, da

freguesia e do concelho, “Embora

Mira de Aire já tivesse posto, há muito,

o Concelho de Porto de Mós no

mapa. O prémio originou que todo o

Concelho ficasse conhecido pela sua

beleza natural. Ao visitarem as grutas,

as pessoas vão querer visitar outros

locais de interesse e isso vai ser uma

mais-valia para a região de turismo de

Leiria-Fátima”, explica satisfeito.

“As grutas são uma dádiva da

natureza e de Deus, para compensar

tanta pedra e terreno árido”, refere

Carlos Alberto devido à caracterís-

tica do solo.

Natural(mente) famosas a divulga-

ção das grutas ultrapassa os meios

tradicionais, a Internet e os visitantes

deslumbrados. Participa, também, em

séries, como os “Morangos com Açú-

car” ou filmes, como a adaptação da

obra literária de Alexandre Dumas,

A

“Aqui tão perto...”...uma das recentes 7 Maravilhas Naturais de Portugal, eleita em Setembro, na categoria de “Grutas e Cavernas”. As Grutas de Mira de Aire são as maiores na sua categoria, não só porque foram eleitas mas turisticamente também. Dos 11 quilómetros descobertos podemos visitar 700 metros de beleza natural.

PUB

“O Conde de Monte Cristo” e em

vários espectáculos de variedades.

O entrevistado garante que as

preocupações ambientais e de pre-

servação são as mesmas desde a

descoberta das grutas em 1947. Dez

anos depois foi criada uma zona de

protecção interditando a construção

num raio de 100 metros à volta da

entrada natural da gruta. Já nesta altu-

ra, no agora remoto ano de 1958, as

Grutas de Mira de Aire, maravilha de

Portugal, foram consideradas imóveis

de interesse público.

Parcerias que garantam a sobrevi-

vência natural das Grutas são vital

para a administração e a Socieda-

de Portuguesa de Espeleologia é o

primeiro parceiro nas preocupações

diárias. “Ao longo destes anos todos,

têm sido um parceiro importantíssi-

mo, temos um protocolo de apoio

científico, que nos ajuda a combater

os fungos que vão aparecendo e a

descobrir novas galerias.”

A história pessoal do administrador

confunde-se com a das Grutas de

Mira de Aire, “a minha juventude

foi basicamente passada nos bura-

cos”. Carlos Alberto explica que quan-

do foi constituída a sociedade que

explora as grutas, em Junho de 1971,

era necessário alguém que gostasse,

conhecesse e descesse ao interior

para poderem começar a explorar, um

processo na altura muito rudimentar.

“Vim porque era necessário entrar

nas zonas mais difíceis, controlar os

trabalhos porque existiam algumas

zonas muito sensíveis. Por exemplo,

o arquitecto, que era excepcional,

faltava-lhe sensibilidade para a Gruta.

Tínhamos que fazer tudo e estragar

o menos possível, o fio eléctrico, por

vezes, tinha de dar uma volta de 20

metros”, conta animado. Uma par-

ceria apenas interrompida durante o

serviço militar mas mesmo assim aos

fins-de-semana o amor telúrico falava

mais alto e em 1975, já com a Gruta

aberta ao público, voltou, “digamos

que o grosso da gruta foi realizado sob

minha orientação”.

“Existiam aqui moinhos tão velhos,

que ninguém se lembra de alguma

vez terem trabalhado. As grutas eram

conhecidas por Grutas dos Moinhos

Velhos”, explica Carlos Alberto para

referir alguns projectos de futuro.

A distinção desta maravilha natural

trouxe apenas mais vontade de tra-

balho e divulgação do melhor que

Mira de Aire produz ou produziu.

“Existem moinhos que restauramos e

temos mais um em conclusão, vão ter

painéis explicativos desde a sementei-

ra até à moagem dos cereais. Depois

queremos que as pessoas possam

levar um saquinho de farinha como

recordação, ou um pão com chouriço

cozido na hora. Por parte do poder

local, gostaríamos que fosse criado

um parque de auto-caravanas, para

criar melhores condições aos turistas.

Queríamos também que se criasse

uma sinalética mais apropriada”.

Carlos Alberto, Administrador das Grutas

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Page 9: Mundo Social

Outubro | 2010 | 0 9

Câmara Municipal de Porto de Mós Especial «

A s Grutas são bastante

importantes para Porto

de Mós, sobretudo este

Maciço Calcário que em termos

de turismo de natureza é um gran-

de pólo de atracção de toda esta

região”, revela João Salgueiro. Afi-

nal, este era o complemento que

faltava numa região intermunicipal

por si só maravilhosa. “Sabemos

que em termos de turismo uma

região deve ser complementar e

é isso que acontece. Este prémio,

de certo modo, é a cereja em cima

do bolo. Em termos históricos a

vila da Batalha tem o Mosteiro, e

o nosso Concelho tem o Centro

de Interpretação da Batalha de

Aljubarrota. Temos também, Fáti-

ma, como grande pólo de atracção

turística religioso, e as Grutas de

Mira de Aire complementam esta

oferta a nível natural”, realça o

autarca satisfeito.

Cada recanto é um encanto e

em parceria com a Sociedade de

Espeleologia, nacional e interna-

cional, as Grutas são analisadas,

descobertas, catalogadas e, essen-

cialmente, preservadas. Segundo o

autarca “são um ponto de interesse

e temos incursões de várias equipas

ao subterrâneo. Com uma extensão

de 11 km descobertos estas galerias

implicam cuidados especiais”.

Cada vez mais o stress dos centros

urbanos impulsionam a população

a procurar refúgios, locais de dis-

tracção e descanso onde podem

conciliar a Natureza com outros

atractivos locais como gastronomia

e artesanato. “Aqui temos a terapia

certa”, assegura João Salgueiro que

consegue aliar e enumerar os fac-

tores descritos como atracções do

Município de Porto de Mós.

Maravilhas de PedraEm Setembro o concurso “Sete Maravilhas Naturais de Portugal” deu outro relevo ao Município de Porto de Mós e às Grutas de Mira de Aire com a eleição destas na categoria de “Grutas e Cavernas”. A Revista “Mundo Social” entrevistou o autarca orgulhoso que também analisou o Município.

O Município...Para João Salgueiro a localização

central de Porto de Mós é uma mais

valia para a região. No entanto,

a rede viária isolava o Município

dessa posição estratégica. “Com

os novos traçados que estamos a

executar na região ficamos com o

principal nó rodoviário que tem

de ser aproveitado para a fixação

de empresas e empresários que

procuram soluções para escoar e

receber as matérias-primas”, expli-

ca o presidente objectivo. Afinal,

este desenvolvimento económico

permite melhorar as condições de

vida dos munícipes, “portanto seria

uma asneira, um erro, não aprovei-

tarmos essa futura rede viária do

país”, reforça satisfeito.

A economia permite, para além do

desenvolvimento da região, melho-

rar a qualidade de vida criando

novas condições e oportunidades

que neste momento são necessida-

des reais do Concelho. “Em Porto

de Mós podemos dizer que se vive

bem. Estamos acima da média a

nível regional e dentro da média

nacional”, assegura. Neste momen-

to o desemprego afecta maioritaria-

mente a mão-de-obra feminina com

mais de 40 anos, uma dificuldade

a todos os níveis, nomeadamente

a adaptação a novas realidades, o

que se reflecte na realidade social

do Município.

Quando caminhamos, quer por

diversas cidades de Portugal, quer

por cidades internacionais como

nas da China, Macau ou Brasil,

70 por cento da pedra usada é

nacional. Afinal, a famosa calçada

portuguesa embeleza estes e outros

locais, por isso, a pedra é um factor

de orgulho para a região e para

as empresas locais que extraem,

exportam e transformam com o

saber dos cerca de 200 mestres

calceteiros de Porto de Mós.

A destacar como projectos em

curso e a realizar: a conclusão do

saneamento e da Casa da Cultura

em Mira de Aire; o Parque Verde

da vila de Porto de Mós; a extensão

de saúde em Juncal, e claro, a con-

clusão de mais uma fase do parque

industrial. Obras que “estão a ser

comparticipadas pelo QREN, pois

sem este apoio não haveria possi-

bilidade económica para os supor-

tar”, conclui João Salgueiro.

PUB

João Salgueiro, Presidente

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Page 10: Mundo Social

1 0 | Mundo Social

Grupo Águas do Arieiro

inicia o engarrafamento

e distribuição da Água

do Fastio- Água Mineral

Natural, em 1979, em plena Serra

do Gerês. Foi uma aposta segu-

ra já que esta Água, nascida na

Gruta Nossa Senhora do Fastio,

é reconhecida há mais de 100

anos pela sua origem, naturalidade,

características minerais únicas e

composição equilibrada. António

José Curado, Director de Marketing

da Água do Fastio S.A dá-nos a

conhecer, em detalhe, esta marca

e faz uma reflexão dos ganhos que

a mesma poderá obter ao estar

inserida numa das sete maravilhas

de Portugal, o Parque Nacional da

Peneda do Gerês.

Mundo Social: O Grupo Águas

do Arieiro conta já com 80 anos

de história. Quais são os principais

marcos de referência à evolução

do grupo?

António Curado: Podemos afir-

mar que o Grupo Águas do Arieiro

é um exemplo de sucesso no nosso

país. Teve início em 1930, com a

família Perez e tem centrado, desde

então, a sua actividade empresarial

na área das bebidas não alcoólicas

(produção, engarrafamento e distri-

buição). Em 1963, e acompanhan-

do as evoluções tecnológicas e

legislativas, o Grupo centrou a sua

actividade nas Caldas da Rainha,

engarrafando desde essa altura a

Água do Arieiro (com e sem gás),

e uma diversidade de Marcas de

refrigerantes, como o Frutol, Trevo,

Spent e sob licença a RCCola. Em

1979, e adequando-se à evolução

do comportamento e necessidades

do consumidor, inicia o engarra-

famento e distribuição da Água

do Fastio – Água Mineral Natural,

que é hoje a Marca âncora do

Grupo. Em 2008, adquiriu a Água

Campilho – Água Mineral Natural,

afim de reforçar o seu portfólio

nas diferentes categorias de Água

Engarrafada.

MS: O que é que a população

ganha com a vossa presença na

região?

AC: Não podemos deixar de real-

çar o papel relevante do Grupo

em termos de empregabilidade das

populações locais nessas áreas geo-

gráficas mais interiores, ao que

acresce a forte estabili-

dade de permanência

dos colaboradores e

das numerosas famí-

lias que trabalham

no Grupo Arieiro,

por todo o País.

MS: Centrando as

atenções na Água

do Fastio, quais são

as principais carac-

terísticas desta água,

o que a torna a âncora

do grupo?

AC: É uma água com

características minerais úni-

» Especial Água do Fastio

Água do Fastio, a marca âncora do Grupo Águas do Arieiro, tem origem numa das Sete Maravilhas de Portugal

Água que primapela inovação

A Água Fastio, tem sido, desde sempre pioneira na inovação”

Ocas e de composição equilibrada. A

nossa máxima é a oferta constante

de um produto natural e quanto a

isso não há desvios. Trabalhamos

afincadamente para que a qualida-

de seja garantida. Só assim se expli-

ca os 30 anos de grande sucesso da

Água do Fastio.

MS: O Prémio World Lifestyle,

atribuído á Água do Fastio, é uma

prova dessa aposta no natural, na

qualidade?

AC: Foi com dupla satisfação que

recebemos a notícia da atribuição

á Água do Fastio, do Prémio World

Lifestyle. Em primeiro lugar, porque

a Água do Fastio foi distinguida por

milhares de consumidores através

de votação online e pelos membros

da Comissão de Honra, que a ele-

geram a Marca preferida na catego-

ria das Águas Minerais Naturais.

Em segundo lugar, porque a World

Lifestyle premeia e divulga Marcas

de Excelência e Prestígio, social-

07_13_7MARAVILHAS.indd 10 12-10-2010 16:28:34

Page 11: Mundo Social

Água do Fastio Especial «

Outubro | 2010 | 1 1

mente responsáveis e que actuam

em benefício de projectos concre-

tos de inclusão social, contando

ainda com a SIC Esperança para a

sua selecção e implementação.

MS: Qual é o conceito da Fastio

Family, foi criada para responder a

que público?

AC: A Água Fastio, tem sido,

desde sempre pioneira na inova-

ção em termos de Packing, sendo

Fastio Family uma embalagem

claramente inovadora, e facilita-

dora do consumo de Água. Engar-

rafada, nomeadamente em casa,

é uma embalagem que cabe na

porta do frigorífico, é ergonómica,

vai à mesa, e tem uma pega que

lhe permite um fácil manusea-

mento.

É pois uma estratégia que assenta

num conjunto de embalagens, para

os diferentes momentos de consu-

mo, em diferentes locais.

MS: O Parque Nacional Peneda

do Gerês foi eleito como uma das

Sete Maravilhas de Portugal, como

é que o grupo viu esta distinção?

AC: Em primeiro lugar, gostaría-

mos de aproveitar esta oportunida-

de para saudar todas as entidades

envolvidas neste projecto, que fina-

lizou com a atribuição ao Parque

Nacional da Peneda Gerês como

uma das sete Maravilhas Naturais

de Portugal. É ainda de saudar as

“gentes do Gerês “ que souberam

ao longo de décadas e gerações

conservar e preservar este rico

património natural.

MS: O que é que a marca ganha

com essa nomeação?

AC: A Água do Fastio, que sem se

desviar da naturalidade do produto

oferecido, tem desde 1979 pugna-

do pela sua valorização – o nosso

rótulo é uma paisagem da Serra

do Gerês, a Marca está sempre

associada à Serra do Gerês, sendo

inclusive o nosso claim – “A Serra

do Gerês em garrafas”.

Temos, em conjunto com a

Câmara de Terras do Bouro, através

da nossa rede de vendas, espa-

lhado documentação junto dos

retalhistas da restauração e consu-

É pois uma grande vantagem para a Água do Fastio, ter a sua origem numa das sete maravilhas”

PUB

midores finais no sentido de con-

tribuirmos para a valorização de

algumas acções desenvolvidas na

Serra, nomeadamente as caminha-

das. Aquando da nomeação do

Parque como Maravilha de Portu-

gal também contribuímos com a

divulgação do evento, distribuímos

documentação de explicitação à

votação nas Maravilhas de Portu-

gal. É pois uma grande vantagem

para a Água do Fastio, ter a sua

origem, numa das sete Maravilhas

Naturais de Portugal.

MS: Apresente alguns argumentos

para que se continue a consumir Água

do Fastio?

AC: A Água do Fastio é uma água

mineral natural com uma composição

única, muito baixa mineralização o que

a torna bastante equilibrada e tem ori-

gem na beleza natural da Serra do Gerês.

Um produto com o carimbo nacional.

07_13_7MARAVILHAS.indd 11 12-10-2010 16:30:11

Page 12: Mundo Social

1 2 | Mundo Social

» Especial Empresa Hoteleira do Gerês, Lda.

á notícia da existência de

unidades hoteleiras, nas

Termas do Gerês, desde

finais do século XIX. Em

1884, António Joaquim Ribeiro inau-

gurou o Hotel Ribeiro. Seguiu-se o

Hotel Universal, na mesma época.

Quando a Empresa Hoteleira do

Gerês iniciou as suas actividades, na

década de 20, do século passado,

acrescentou, a essas duas unidades, o

Hotel do Parque, o Hotel das Termas

e o Hotel Moderno, o qual viria a

ser destruído por um incêndio em

1961. Durante décadas a vida e a

animação termais giraram em torno

destes Hotéis.

Nos últimos anos foram reconstru-

ídos os Hotéis Termas e Universal e

muito recentemente foi completamen-

te reedificado o antigo Hotel Ribeiro

dando origem ao novíssimo Hotel

Apartamentos Gerês Ribeiro. Entre-

tanto a E.H.Gerês já fez investimentos

complementares destinados à moder-

nização, no Parque de Estacionamen-

to, criação de Zonas Comerciais e

outras de lazer; Piscina, Campos de

Ténis, Discoteca, Sala de Conferên-

cias, Adega Regional e Bar da Adega.

A E.H.Gerês está ainda inserida no

ramo de actividade “Outros Transpor-

tes Terrestres de Passageiros Diversos.”

A estratégia da Empresa privilegia

a modernização das unidades hote-

leiras, bem como os Transportes de

Passageiros, tendo em vista melhorar

os serviços aos clientes, asseguran-

do-lhes melhor qualidade, confor-

to e mais segurança. Relativamente

aos serviços de transportes, criámos

diversos circuitos turísticos, com visi-

tas aos pontos referenciais do Parque

Nacional da Peneda-Gerês.

Estamos agradados e cada vez

mais responsabilizados com a

recente eleição do Parque Nacio-

nal Peneda-Gerês, como uma das

“Sete Maravilhas Naturais de Por-

tugal”. Ficamos contentes e espera-

mos que a divulgação da Região a

nível nacional e internacional, tenha

reflexos positivos, quer em termos

promocionais, quer económicos a

médio e longo prazo. Actualmente a

E.H.Gerês mantém ao serviço cerca

de cinquenta postos de trabalho,

mas atinge um número superior a

oitenta, durante o período termal.

A evolução da Empresa permane-

ce sempre presente no nosso pla-

neamento. Atestam a nosso favor,

os investimentos substanciais, rea-

lizados ao longo das duas últimas

décadas. Os investimentos efectu-

ados foram orientados para a nova

tecnologia e modernização, através

da introdução de novos serviços

turísticos. Estivemos e continuamos

conscientes da necessidade e inte-

resse em levarmos a cabo os cursos

de formação profissional, direccio-

nados para a Empresa, nos transpor-

tes públicos e unidades hoteleiras.

Congratulamo-nos com a realização

dos vários cursos e com o bom apro-

veitamento registado nos mesmos.

Ainda que expectantes, estamos

relativamente confiantes na maior pro-

cura do Gerês, quer no fluxo turístico,

quer no aproveitamento das Termas,

pois é oportuno e justo referir que o

Gerês oferece já, boas condições, com

estadia confortável, gastronomia típica

e variada, e escolha diversificada.

O plano estratégico de desenvolvi-

mento da E.H.Gerês, mantém-se acti-

vo, porque entendemos que o Gerês

é um pólo turístico a desenvolver e

só com infra-estruturas de qualida-

de poderemos prosseguir, contando

naturalmente com a ajuda do poder

político, local e central, para assim

atrairmos os turistas nacionais e estran-

geiros, a bem do Gerês e do País.

Por fim, pretendemos referenciar a

visita e estadia nas unidades hotelei-

ras do Gerês, no passado, de alguns

ilustres (D. Luís, D. Maria Pia, D. Car-

los, D. Amélia, Brito Capelo, Roberto

Ivens, Ramalho Ortigão, Miguel Torga,

Cardeal Cerejeira, Oliveira Salazar

e tantos outros), tendo o Gerês, na

época, sido palco de numerosos e

variados acontecimentos sociais, que

lhe confere um lugar impar na memó-

ria da hotelaria termal nacional e

internacional.

H“Faça Férias no Gerês”

O convite está feito por uma das empresas com mais tradição no ramo hoteleiro e que melhor conhece a região. Carlos Oliveira Padrão e Ernestina Lopes, directores, contam-nos esta história de sucesso entre uma empresa com tradição e a natureza que os acolhe e envolve, agora eleita maravilha natural de Portugal.

PUB

07_13_7MARAVILHAS.indd 12 12-10-2010 16:33:19

Page 13: Mundo Social

Outubro | 2010 | 1 3

Câmara Municipal Terras de Bouro Especial «

A quando da decisão da

participação do Gerês

no concurso, a Câmara

Municipal de Terras de Bouro não

poupou esforços para o divulgar,

foram implementadas várias activi-

dades para promoção e angariação

de votos. Estiveram presentes em

vários programas televisivos, rea-

lizaram uma prova de ciclismo

entre a Póvoa de Varzim e Terras de

Bouro, onde os 300 ciclistas vesti-

ram uma camisola com a seguinte

mensagem: “Gerês – Maravilha

Natural”. A campeã olímpica Rosa

Mota foi a figura pública escolhida

para madrinha da candidatura.

Depois deste esforço, a eleição

das terras do Gerês como uma das

sete maravilhas naturais de Portugal

encheu a região de muito orgulho e

honra. Algo visível no discurso do

Presidente da Câmara Municipal

de Terras de Bouro, Joaquim Cracel:

“A nossa vitória é, antes de tudo,

um orgulho para todos os terrabou-

renses e para todos os habitantes

do Parque Nacional e dos quatro

concelhos que o integram: Arcos

de Valdevez, Ponte da Barca, Mel-

gaço e Montalegre.”

Foco no desenvolvimento do concelho a nível turísticoPara o autarca esta vitória é uma

excelente oportunidade para por

em prática um dos seus grandes

objectivos: o desenvolvimento do

concelho a nível turístico. Acre-

dita que seja fácil de o conseguir,

mas pede algum apoio às entida-

des centrais no que diz respeito

à requalificação das estradas e

melhoramento dos acessos. Como

refere, “ainda é muito difícil chegar

a muitas das freguesias, as estradas

são muito sinuosas”. No âmbito da

Câmara Municipal compromete-se

a requalificar as vias municipais,

a alargar as estradas, a limpar

as matas e a recolher o lixo nos

parques de merendas, “a limpeza

também é uma forma de receber”.

Tem ainda na manga projectos

como a construção do Parque

Urbano, na Vila de Terras do Bouro,

o Aqua Cávado, que consiste na

implementação de trilhos pedes-

tres, centros de promoção turística

e criação de espaços de lazer. A

Ecovia do Gerês, na barragem de

Caniçada, que vai ter um percurso

pedonal e alguns trilhos para bici-

cleta. A construção, na Barragem

de Vilarinho da Furna, de uma

pista de canoagem, “porque não

queremos ter lá barcos a motor,

queremos continuar a preservar

aquela área e a canoagem é uma

actividade não poluente e seria um

pólo de atracção para os amantes

desta actividade”, assegura o pre-

sidente.

Joaquim Cracel tem ainda outro

desafio, o de combater a desertifi-

cação do concelho. A sua recandi-

datura depende da concretização

ou não desta meta. Neste sentido

faz um apelo a todos os empre-

sários para que invistam naque-

la região e que contribuam para

a criação de empregos e para a

fixação dos mais jovens na terra.

“Relativamente à desertificação não

temos tido grandes frutos, tem sido

uma tarefa muito complicada, mas

continuamos com esperança”.

Fica assim a esperança de que a

eleição das terras do Gerês como

uma das sete maravilhas de Por-

tugal traga à região mais do que

visitantes.

Maravilha NaturalNo Parque Nacional da Peneda Gerês respiramos beleza e harmonia. É a única área protegida portuguesa com essa denominação e é também uma das Sete Maravilhas Naturais de Portugal, eleita recentemente no âmbito do concurso organizado pela New 7 Wonders Portugal, no dia 11 de Setembro, na cidade de Ponta Delgada, nos Açores.

PUB

Rosa Mota, Madrinha da Candidatura do Parque Nacional da Peneda - Gerês e Joaquim Cracel, Presidente

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Page 14: Mundo Social

1 4 | Mundo Social

» Ponto de Vista Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho

Sinónimo de Património

rqueologia é cada vez

mais uma actividade

complexa e que exige

muita dedicação e for-

mação contínua. Os avanços tec-

nológicos provam que se trata de

uma ciência social em constante

mutação e que não corresponde

ao mito criado pelo Indiana Jones.

Como explica Manuela Martins,

Responsável pela Unidade de

Arqueologia da Universidade do

Minho e Professora Catedrática da

mesma Universidade, “a arque-

ologia é um ciclo complexo que

começa no trabalho de campo,

passa pela produção de relatórios,

tratamento de dados e deve termi-

nar na publicação dos resultados

e na produção de novo conheci-

mento”.

A Unidade de Arqueologia da

Universidade do Minho (UAUM),

criada em 1977, tem um papel

muito importante na parte final do

ciclo, ou seja, na transformação

da investigação em conhecimen-

to, em publicações variadas. Os

alunos da Licenciatura e dos Mes-

trados em Arqueologia integram-

se nessa função tão importante.

A Unidade depende da Reitoria,

mas não é responsável pelos cur-

sos de ensino, apenas assume um

papel fundamental na formação

dos estudantes, no âmbito da rea-

lização de estágios de campo e

na produção de teses, porque

todos ganham. A Unidade porque

vê parte dos resultados do seu

trabalho de campo estudado, os

alunos porque ganham experiên-

cia de campo e de tratamento da

informação.

Esta Unidade foi criada para dar

resposta à expansão urbanística

da cidade de Braga, tendo como

função garantir a preservação do

património de Bracara Augusta,

cujo espólio pode ser visto actu-

almente no Museu D. Diogo de

Sousa, Museu de Arqueologia

em Braga. Desde meados dos

anos 90 o âmbito da acção da

Unidade tem vindo a alargar-se,

desenvolvendo vários projectos a

nível nacional, “cumprindo assim

com uma das normas estatuídas

pela Universidade do Minho, a de

se envolver com a comunidade

na perspectiva de estudo, defe-

sa, conservação e divulgação do

património”, refere Luís Fontes,

Assessor da Unidade de Arque-

ologia. A UAUM desenvolve as

suas actividades sobretudo em

quatro áreas principais, o estudo e

reconstituição Paleo-ambiental do

Norte de Portugal, a arqueologia

do povoamento e da paisagem,

a arqueologia urbana e a difusão

de informação através das novas

tecnologias. Alguns exemplos

dos projectos que desenvolveu,

ou desenvolve são: o Estudo e

reconstituição paleo-ambiental do

vale do Rio Côa, o Estudo da

Vila Medieval de Valença, ou a

Valorização do complexo mineiro

romano do Vale do rio Terva, em

Boticas.

Todas as iniciativas e actividades

da Unidade podem ser vistas no

site www.uaum.uminho.pt.

ALuís Fontes, Assessor da Unidade de Arqueologia. Manuela Martins, Professora Catedrática da Universidade do Minho

14_UMINHO E IGESPAR.indd 14 12-10-2010 16:37:17

Page 15: Mundo Social

arlos Almeida, Professor de

Arqueologia da Universi-

dade do Porto e sócio da

Mola Olivarum, defende a

necessidade de medidas que invertam

a conjuntura e acredita que a compo-

nente prática dos cursos é crucial na

formação de futuros arqueólogos.

A Universidade do Porto é a núme-

ro um em Portugal e uma das 500 a

nível Europeu, mas Carlos Almeida,

Professor de Arqueologia da Faculda-

de de Letras da Universidade garante

que “o objectivo é passar para as

melhores 100”. “O Porto está clara-

mente à frente nas preferências dos

alunos e é evidente que isto se reflec-

te na maneira de ensino”, garante o

professor.

Quando no ano 2000 Portugal

conheceu o Processo de Bolonha,

através da assinatura da Declaração

de Lisboa, muita coisa mudou no

Ensino Superior. Foram retirados anos

aos cursos e reduziram-se disciplinas.

Para Carlos Almeida essa situação não

favoreceu o curso de arqueologia:

“Ao tirarmos dois anos a uma licen-

ciatura que é muito específica dentro

do campo das Ciências Sociais, per-

demos sempre alguma qualidade”.

O Professor defende a existência

de uma componente teórico-prática

no curso e destaca a necessidade

dos futuros arqueólogos participarem

em escavações, o que deixou de ser

“essencial”. “Eu hoje posso licenciar

um arqueólogo que nunca foi a uma

escavação e isto antes de Bolonha era

impensável”, garante.

Para Carlos Almeida “o curso de

Arqueologia é muito especial dentro

da História”, mas acredita que o ensi-

no está entre “o que se pretende e o

que realmente é”.

O mestrado veio diminuir as dife-

renças entre os licenciados antes e

depois da implementação do proces-

so de Bolonha. Ainda assim, para o

arqueólogo, o título de mestre pode

não ser suficiente para a execução de

trabalho de campo. “Teoricamente,

um aluno com mestrado pode dirigir

uma escavação. O bom senso diz

que não e por isso é que o IGESPAR

(Instituto de Gestão do Património

Arquitectónico e Arqueológico) exige

um currículo”, acrescenta.

Ainda sobre as competências dos

recém-licenciados, Carlos Almeida

destaca a necessidade dos “arqueó-

logos terem, no final do curso normal,

um estágio profissional para, no final,

ver se servem ou não”.

Com o interesse dos jovens pela

arqueologia a aumentar, torna-se

essencial perceber o que diferen-

C

Mola Olivarum Ponto de Vista «

“O arqueólogo faz História a partir de pedras e cacos”

Outubro | 2010 | 1 5

cia os bons dos maus profissionais.

Para Carlos Almeida, um “arqueólo-

go faz História a partir de pedras e

cacos”. Enquanto o historiador trata

dos documentos escritos, “a função

de um arqueólogo é fazer História

com ferramentas criadas pelo histo-

riador”. A diferença entre os dois está

sobretudo no facto de “enquanto o

documento em papel continua lá e

pode ser reinterpretado, o que foi

escavado e destruído não pode ser

recuperado”, conta.

Carlos Almeida vai ainda mais

longe dizendo que “um arqueólogo

se não for um historiador não é nada.

É um técnico que produz coisas que

não têm interesse nenhum”. Com um

trabalho intenso no terreno e uma

análise alargada de pedras, pinturas

e tantas outras descobertas os arque-

ólogos vão, aos poucos, dando vida a

Historia ainda desconhecida.

Mola OlivarumParalelamente ao cargo de professor

Universitário, Carlos Almeida desem-

penha o papel de sócio na empresa

de arqueologia Mola Olivarum onde

tem que lidar com a enorme concor-

rência. “A forte competição que existe

nas muitas empresas (dada a alta

saída de licenciados todos os anos)

obriga a baixar preços de tal modo

que quase obriga os arqueólogos a

pagar para trabalhar”.

O arqueólogo defende o fim da

“desregulamentação no mercado”,

reforça a necessidade de medidas

por parte de “quem tem a respon-

sabilidade de tutelar a arqueologia

portuguesa” e sublinha a urgência

em instituir “uma tabela de preços

mínimos” referentes aos salários dos

trabalhadores.

A comunidade nem sempre é a

favor das escavações em determina-

das obras devido aos custos que isso

acarreta. “Num país rico e teorica-

mente evoluído, isto devia ser feito

pelo Estado”, declara Carlos Almeida,

mas a verdade é que apesar de quase

todas as Câmaras terem arqueólo-

gos municipais, “não têm equipas de

arqueologia e a lei proíbe que as

equipas municipais intervenham nos

privados”, acrescenta. Com todos

estes entraves, “na sobrevivência da

empresa, há trabalho, mas o arqueó-

logo é que sofre”, conclui.

PUB

15_MOLA.indd 15 12-10-2010 20:15:00

Page 16: Mundo Social

undo Social (MS): Quan-

do é que surge a Ordem

dos Médicos Veterinários

e com que objectivos?

Quais são as suas directrizes?

Laurentina Pedroso (LP): Com o

evoluir dos tempos e as preocupa-

ções com a independência, rigor

e profissionalismo do exercício

profissional, os médicos veteri-

nários sentiram necessidade de

atingir um estatuto já obtido em

outras Profissões Liberais. Assim,

foi-se tomando consciência que se

impunha a criação de uma orga-

nização com as características de

uma Ordem, pelo que ganhou

corpo e se foi generalizando essa

vontade. A Ordem dos Médicos

Veterinários surge assim a 4 de

Outubro de 1991, como institui-

ção representativa dos licenciados

em Medicina Veterinária.

A Ordem é uma associação

pública independente dos órgãos

do Estado e tem como objectivo

essencial a defesa do exercício da

profissão veterinária, contribuindo

para a sua melhoria e progresso

nos domínios científico, técnico e

profissional, o apoio aos interesses

profissionais dos seus membros

e a salvaguarda dos princípios

deontológicos que se impõem em

toda a actividade veterinária.

MS: Quando é que actual

Direcção tomou posse e quais

foram as principais alterações?

LP: A tomada de posse dos Órgãos

Nacionais e Regionais da Ordem

dos Médicos Veterinários, eleitos

teve lugar no dia 27 de Janeiro,

no Centro de Congressos de Lis-

boa. Pela primeira vez, foi eleita

uma Bastonária, para liderar os

destinos da Ordem durante os

próximos 3 anos. Os principais

objectivos da nova Direcção são

prestigiar e dignificar o papel do

Médico Veterinário na sociedade

e modernizar a Ordem.

MS: O que é necessário, quais

os requisitos para se fazer parte

da OMV? Actualmente contam

com quantos membros?

LP: Só os médicos veterinários

com inscrição em vigor na Ordem

podem exercer a actividade médi-

ca veterinária. Podem inscrever-se

na Ordem como membros efec-

tivos os portugueses ou estran-

geiros que residam em Portugal

licenciados em Medicina Veteri-

nária por escolas ou universidades

portuguesas autorizadas a con-

Pela primeira vez, a 27 de Janeiro foi eleita uma bastonária para liderar a Ordem dos Médicos Veterinários. A nova Ordem pretende, em 2011, continuar a estratégia de trabalhos apresentada no início do mandato e implementar o Projecto Confiança no Futuro – pioneiro no apoio aos recém-licenciados.

Laurentina Pedroso, Bastonária da Ordem dos Médicos Veterinários

Bastonária, para liderar os destinos da Ordem durante os próximos 3 anos. Os principais objectivos da nova Direcção são prestigiar e dignificar o papel do Médico Veterinário na sociedade e modernizar a Ordem”

M

16 | Mundo Social

» Ponto de Vista Ordem dos Médicos Veterinários

A nova era da Ordem dos M

ceder licenciaturas e, ainda, os

portugueses e os nacionais dos

Estados membros das Comuni-

dades Europeias habilitados com

cursos ministrados em universida-

des daqueles Estados equiparados

ou reconhecidos nos termos da

legislação aplicável.

MS: Que meios a Ordem dos

Médicos Veterinários tem para

o esclarecimento e apoio aos

vários membros que a consti-

tuem? Quais são as principais

vantagens de se ser membro?

LP: Para além da obrigatoriedade

legal de inscrição na OMV para

exercício profissional, os nossos

Membros usufruem actualmente de

uma série de regalias e benefícios:

16_17_OM VETERINARIOS.indd 2 13-10-2010 19:39:02

Page 17: Mundo Social

Outubro | 2010 | 1 7

s Médicos Veterinários

PUB

MS: Na Ordem dos Médicos

Veterinários têm por hábito assi-

nalar algumas temáticas? Por

exemplo, dia 4 de Outubro é

o dia mundial do animal, estão

a pensar assinalar este dia com

alguma actividade?

LP: O dia 4 de Outubro é um

dia especial para a OMV, pois

representa a data da sua criação.

Assim, foi instituída neste dia

a celebração do Dia do Médi-

co Veterinário, comemorando-

se igualmente o aniversário da

OMV e o Dia Mundial do Ani-

mal. Nesta ocasião, é entregue

a todos os médicos veterinários

recém-licenciados, um diploma

que é testemunho do juramento

no qual se obrigam ao respeito

das regras e princípios de ética

e deontologia próprias da pro-

fissão. São igualmente home-

nageados, com uma medalha

de mérito, Médicos Veterinários

que se distinguiram no exercício

da profissão.

Pretende-se que estas come-

morações tenham ampla distri-

buição geográfica, com inicia-

tivas em todas as Delegações

Regionais da Ordem dos Médi-

cos Veterinários.

MS: Qual é o plano de activi-

dades da Ordem dos Médicos

Veterinários para o próximo

ano? Já está estruturado?

LP: O Conselho Directivo da

OMV pretende continuar a sua

estratégia de trabalho no ano

2011, através do desenvolvi-

mento de iniciativas que valori-

zem o contacto personalizado

da Ordem com os colegas, o

apoio ao exercício da profissão,

o acesso a informação científica,

o acompanhamento e integração

dos jovens licenciados no mer-

cado de trabalho e a promoção e

divulgação da actividade médi-

co-veterinária na Sociedade.

Para além da continuação de

projectos como o Gabinete de

Apoio Profissional, a Forma-

ção Profissional Gratuita ou a

Biblioteca Online, pretende-se

a implementação do Projecto

Confiança no Futuro – pioneiro

no apoio aos recém-licenciados,

quer através da divulgação de

ofertas de emprego e estágios,

quer também pela promoção

de eventos que aproximem os

jovens do mercado de trabalho

(jobshops).

Gabinete de Apoio ao Exercício da Profissão e Informaçao Jurídica:Pretende-se, através deste Gabinete, dispo-

nibilizar aos membros da Ordem dos Médi-

cos Veterinários informação objectiva, fide-

digna e em tempo útil sobre questões que

se prendem com o exercício da profissão.

Biblioteca Online: A B-Online-OMV. Este espaço permitirá

o acesso à versão integral de 25 publicações

científicas internacionais de publicação

periódica. Esta biblioteca conta ainda com

uma área de publicações com contribuição

nacional, com as publicações das associa-

ções profissionais do sector médico-veteri-

nário, bem como com informação científi-

ca veiculada pela indústria farmacêutica,

de alimentos para animais e outras de rele-

vante impacto económico no nosso sector.

Encontro de Formação Ordem dos Médicos Veterinários 2010:

A OMV iniciou uma estratégia de suporte ao

aperfeiçoamento científico e desenvolvimento

profissional continuado para a classe médico

veterinária, garantindo assim acesso gratuito a

um programa de formação de valor científico

ímpar nas diferentes áreas de intervenção.

Protocolos: Desde há algum tempo que a Ordem tem

vindo a estabelecer protocolos com entida-

des de vários sectores, de modo a facilitar

o acesso aos serviços prestados por essas

entidades em condições especiais para os

membros da Ordem.

Ordem dos Médicos Veterinários Ponto de Vista «

16_17_OM VETERINARIOS.indd 3 12-10-2010 20:18:52

Page 18: Mundo Social

1 8 | Mundo Social

» Desfrutar Refúgio da Vila - Hotel Rural

Harmonia e tranquilidade, são bens preciosos

o Refúgio da Vila, conver-

tido num Hotel Rural em

1999, a harmonia e tran-

quilidade, são bens pre-

ciosos a saborear demoradamente

onde estão reunidas as condições,

para uma magnífica estadia. Este

espaço requintado tem as caracte-

rísticas ideais como ponto de parti-

da de uma aliciante viagem à des-

coberta desta região por explorar.

O Hotel dispõe de 30 luxuosos

quartos, dos quais 9 suites, equipa-

dos com ar condicionado, telefone

de acesso directo ao exterior, tele-

visão via satélite e mini-bar. Dis-

põe ainda de salas de conferência

e reunião, oferecem as condições

ideais para congressos, apresen-

tações empresariais e programas

de incentivo, num ambiente de

tranquilidade.

No Alentejo há outra noção do tempo e em

Portel, por entre as vastas planuras e

montados infinitos, descobrem-se as

riquezas da região e a sua herança cultural. Erguida a 341 metros de

altitude, num dos últimos contrafortes

da serra que lhe deu o nome, a vila crescia aos pés do castelo como que

prestando-lhe uma doce homenagem e no centro o charme

do Hotel Refúgio da Vila instalado

numa antiga casa agrícola.

NNo exterior, foi construído um

conjunto de quartos habilmente

decorados, que permitem usufruir

com excelente conforto e uma

total comunhão com a natureza.

Têm entrada directa pelo jardim,

pretendendo criar a sensação de

tratar-se de casinhas independentes.

O jardim, com frescos recantos de

sombra, integra também uma agra-

dável piscina, assim como, uma

horta típica onde poderá obser-

var o desenvolvimento de alguns

dos produtos próprios da região,

com destaque para os figos, romãs,

loureiros, laranjeiras, diospiros,

ervas aromáticas como coentros,

salsa, poejo, hortelã da ribeira, etc.

No terraço, preparado para reconci-

liadores banhos de sol, terá acesso a

um salão de convívio e jogos e ser-

virá de palco a agradáveis serões.

A sedução da cozinha alentejana

Utilizando as especiarias e pro-

dutos típicos desta rica região

agrícola, despertamos os autên-

ticos e genuínos sabores alente-

janos, estimulados com vinhos

regionais, transformando a tra-

dição da boa mesa numa desco-

berta única.

O Restaurante Adega do Refú-

gio está integrado no magní-

fico edifício do século XIX e

ocupa a antiga garagem das

charretes. Num espaço ele-

gante, requintado e tranquilo,

coberto por amplas abóbodas,

está essencialmente direccio-

nado para a comida regional.

Sob a batuta do Chef Miguel

Amaral, as especiarias e os pro-

dutos típicos desta rica região

(muitos deles provenientes

da horta biológica do próprio

hotel) são confeccionados, des-

pertando os clientes para os

autênticos e genuínos sabores

da deliciosa cozinha alente-

jana. “É obvio que a opinião

dos críticos é muito importante

para nós mas o que dá mesmo

prazer é ver o cliente comum

sair satisfeito”, refere orgulhoso

o chef Miguel Amaral.

PUB

18_REFUGIO DA VILA.indd 18 12-10-2010 20:46:30

Page 19: Mundo Social

om a quarentena, com

jaulas novas para os feli-

nos e com uma piscina

nova para as focas, temos

as condições necessárias e entendo

que o licenciamento vá ser con-

cedido ao Jardim Zoológico, em

Dezembro”. Esta é a convicção do

presidente da Junta de Freguesia da

Maia, Carlos Teixeira, responsável

pela criação do zoo em 1985. O

empenho para conseguir o licen-

ciamento é total e Carlos Teixeira

vai ainda mais longe: “temos um

projecto elaborado que ultrapassa

largamente estas obras e tem que

ser financiado pela Câmara e até

por um privado”.

Com o passar dos anos a legis-

lação tornou-se menos permeável,

as autoridades começaram a visitar

o zoo e as obras tornaram-se cada

vez mais necessárias. “O nosso

problema era o espaço, o jardim

era pequeno. Havia um excesso

de animais mas começámos lenta-

mente a enviá-los para outros jar-

dins e a dar-lhes outras condições.

Passámos a ter menos animais com

mais condições”, afirmou Carlos

Teixeira.

Um pouco por todo o jardim as

melhorias já se fazem notar: o urso

pardo já dá grandes mergulhos no

seu novo habitat, a arca de Noé está

totalmente renovada e o projecto

pedagógico já mostra a miúdos e

graúdos o nascimento de várias

espécies.

Depois do licenciamento con-

cedido, o objectivo é criar uma

fundação. “Queremos consolidar o

jardim porque a Junta de freguesia

é um órgão político. O zoo tem que

ficar entregue a uma administração,

o que não vai ser difícil porque se

trata de uma obra que é emblema

da Maia”, acrescenta.

O restaurante, o bar e a clíni-

ca veterinária aberta ao público

iam ajudando nas despesas mas a

necessidade de obras começou a

ser maior, as despesas mais aper-

tadas e o bilhete passou a cus-

tar 50 escudos. “O jardim recebia

milhares e milhares de visitantes, e

o bilhete, mesmo sendo limitado,

dava para suportar as despesas”.

Cerca de 35 anos depois da fundação,o Zoo da Maia está a sofrer obras de melhoramento que lhe irão valer o tão esperado licenciamento. O presidente da Junta de Freguesia da Maia acredita que se vai tornar “um dos maiores jardins do país, não em área, mas em qualidade.”

C

Zoo da Maia Desfrutar «

“Vamos ser dos maiores do país”

Outubro | 2010 | 1 9

PUB

A clínica veterinária está também

a ser modernizada, mas agora, de

forma a ajudar os animais do jar-

dim. “Foi fechada ao público, não

por falta de condições mas porque a

direcção geral de veterinária enten-

deu que não deviam entrar aqui

outros animais que podiam transmi-

tir doenças”, relatou o presidente.

Para Carlos Teixeira, “a função do

autarca é fazer qualquer coisa pela

sua terra: divulgá-la, projectá-la e às

populações”. O jardim é também

uma forma de ajudar a freguesia,

quer a nível financeiro, quer a nível

social. “Temos aqui a trabalhar

pessoas que não tinham lugar no

mercado de trabalho: pessoas com

deficiência, pessoas que cumpriram

penas de prisão, que estão recupe-

rados e estão cá”, disse o autarca.

Depois de dez mandatos na Junta

de Freguesia da Maia, Carlos Tei-

xeira diz-se “totalmente realizado

e feliz”. “Tive com pessoas que não

acreditavam no jardim e que são

os primeiros a dar-me os parabéns.

Valeu a pena a persistência porque

venci, venceu a terra, venceu a

obra”, concluiu.

19_ZOOMAIA.indd 19 12-10-2010 20:47:54

Page 20: Mundo Social

undo Social (MS): Quais

os principais recursos

económicos?

Élio Maia (EM): Os prin-

cipais recursos económicos advêm

da actividade dos sectores secun-

dário e terciário. O tecido empresa-

rial está organizado no movimento

associativo e caracteriza-se pela

vocação inovadora e pela responsa-

bilidade social.

MS: Quais têm sido as principais

apostas desde a tomada de posse?

EM: A maior iniciativa municipal

de sempre feita em Aveiro é o Parque

da Sustentabilidade, cujo orçamento

ascende a 14 milhões de euros. O

projecto passa pela renovação de

zonas verdes degradadas, requali-

ficando uma zona envelhecida do

território urbano. A reabilitação de

edifícios históricos, a construção do

centro de educação ambiental, de

pontes pedonais, de novos equipa-

mentos desportivos e a ligação gra-

tuita à Internet são também pontos

importantes.

Outra aposta é a construção de

Centros Educativos, em que as con-

dições de ensino e de aprendizagem

sejam as mais qualificadas. Em Avei-

ro apostamos na requalificação de

acessibilidades e é, para nós, uma

prioridade renovar e humanizar as

zonas industriais.

MS: Já passaram 6 anos da euforia

do EURO 2004, em Aveiro temos um

dos estádios que resultaram dessa

campanha. Que uso e analise é feito

dessa obra?

EM: O pagamento da obra ainda se

reflecte nas despesas do Município.

O pagamento mensal da manutenção

do estádio tem, também, um peso

relevante nas despesas da autarquia.

Se analisarmos com inteira raciona-

lidade o custo - benefício do novo

estádio perceberemos que, muito

certamente, haveria outras priorida-

des, outros investimentos, mais bara-

tos, com mais retorno e com mais

interesse estratégico e social.

MS: Qual a importância da Rede

Social no Município e quais as prio-

ridades que estão definidas?

EM: Considero a Rede Social do

Município muito importante para

que o nosso Concelho seja mais

justo, mais fraterno, mais solidário e

onde seja bom viver. As prioridades

são as de organizar as entidades que

oferecem respostas sociais, o fomen-

to da empregabilidade, o apoio no

acesso à habitação condigna e a

prossecução dos fins que assegurem

a saúde pública.

MS: As medidas do Ministério da

Educação que prevêem o fecho de

escolas com menos de 20 alunos

afectaram o município?

EM: A vereação sentiu-se afectada

e manifestou à Direcção Regional de

Educação do Centro o agravo que

provocou a decisão de encerrar as

escolas do 1º ciclo do Ensino Básico

de Aradas e de Eirol. A Autarquia

aveirense estranhou a forma extem-

porânea como foi divulgada a lista,

sem qualquer aviso ou comunicação

prévios, já que os estabelecimentos

de ensino básico previstos encerrar,

estariam dependentes do protocolo

ainda por celebrar entre a Câmara

Municipal de Aveiro e o Ministé-

Com cerca de 77 mil habitantes, 199.77 m2 e 14 freguesias, o Município de Aveiro ainda alia o desenvolvimento da cidade à luta para pagar o estádio construído no Euro 2004. Para o presidente, Élio Maia, é importante ter esperança e implementar as respostas sociais que as comunidades requerem.

M

2 0 | Mundo Social

» Desfrutar Câmara Municipal de Aveiro

Aveiro: Inovação é palavra de ordem

rio de Educação. Esta

situação afigurou-se

grave já que, depois

das decisões toma-

das centralmente,

os municípios são

chamados a dialo-

gar com a Comu-

nidade Educativa e

a garantir os trans-

portes, condições e

refeições nas escolas de acolhimen-

to, motivando receios e dúvidas por

parte dos Encarregados de Educação,

e gerando resistências e protestos que

têm as autarquias como primeiros

destinatários.

MS: Em termos de património natu-

ral e histórico, que “monumentos”

existem e qual a importância dos

mesmos para o Município, nomea-

damente no turismo?

EM: A Ria de Aveiro é uma pérola

da natureza cuja paisagem encanta

qualquer pessoa. A praia de São

Jacinto é outro brinde da

natureza que deve ser conhecido, a

par da Reserva Natural existente na

freguesia. Em termos de património

histórico refiro dois museus, cuja

visita permite conhecer a cultura e

a identidade aveirenses: o Museu da

Cidade e o Museu de Aveiro.

MS: Mensagem para os leitores e

para os habitantes?

EM: Quero deixar uma mensagem

de esperança, em que o futuro sorria

para aqueles que se debatem com

dificuldades.

Élio Maia, Presidente

de acolhimen- Jacinto é outro brinde da

20_CM AVEIRO.indd 20 12-10-2010 21:28:39

Page 21: Mundo Social

ça de Queirós escreveu:

“um dos lugares mais

deliciosos do mundo”.

Desconfio que o mesmo

tinha provado um dos doces tra-

dicionais, cuja receita nasceu nos

conventos e secularizou-se para

poder fazer sonhar quem se delicia

com os frutos do mar recheados

com gema de ovo. Numa modesta

porta de Aveiro, conhecida outros

tempos por “as velhinhas da Beira-

Mar”, a frase do escritor continua a

ser actual, afinal, este é o lugar mais

delicioso do mundo.

Maria da Apresentação da Cruz e

Herdeiros, doces tradicionais, era

da sogra da nossa entrevistada, e

este é um saber familiar transmi-

tido e guardado como se de uma

confissão se tratasse. O segredo

não é nenhum, desvenda a entre-

vistada, a arte está na perfeição, no

empenho, na promessa. “Não exis-

tem segredos nenhuns, é a mesma

receita que passou gerações, desde

a tia da minha sogra, fazemos da

mesma maneira há mais de 100

anos” revela Silvina Raimundo que

continua, “sempre vivi separada

mas em conjunto com a minha

sogra e comecei a ganhar o gosto

pelo fabrico dos ovos moles. A

minha sogra quando começou a

ficar debilitada, devido à idade, vi

que da parte dela havia um prazer

muito grande pela feitura dos ovos

moles e prometi que íamos continu-

ar a fazê-los, não havia razões para

estar aflita”, conta-nos com a bonita

idade de 82 anos.

Um fogão a lenha, pedaços de

madeira, tachos de cobre, colheres,

tradição, gosto e sabedoria, muita

tradição, muito gosto e muita sabe-

doria, a repetição é propositada e

Silvina Raimundo, com 82 anos,

recebeu-nos com o suave peso de

E

Maria da Apresentação Cruz e Herdeiros Desfrutar «

A divulgar sabores desde

1882

Outubro | 2010 | 2 1

uma actividade iniciada em 1882.

Os ovos moles da confeitaria Cos-

teira eram os melhores e os mais

famosos de Aveiro e foi quando esta

fechou que a entrevistada garan-

tiu à sua sogra que a Maria da

Apresentação da Cruz e Herdeiros

continuaria a produzir e vender os

mais famosos e procurados doces

tradicionais. “Começamos a vender

à porta, primeiro em quantidades

pequenas mas depois foram divul-

gando e, felizmente, montamos este

pequeno negócio”, o saber apenas

era vendido na origem, sem inter-

mediários para gáudio dos clien-

tes. Hoje continuam a vender no

mesmo local mas ter espaços de

revenda é algo que está a ser anali-

sado para continuarem a divulgar a

doçaria tradicional.

O espaço continua a ser o mesmo

com as alterações necessárias ao

longo dos anos mas sempre com a

mesma modéstia. Silvina Raimundo

já teve a oportunidade de modificar

a fachada mas não seria apenas

essa a mudança, toda uma tradição

e conhecimento teriam de ser adap-

tados e as “velhinhas da Beira-Mar”

perderiam a sua característica porta

de garagem cujo nome é símbolo

de ovos moles.

No interior da fábrica os sonhos

continuam e as expectativas não são

em vão, Silvina Raimundo explica-

nos o processo. As gemas depois

de misturadas na calda convidam a

doces sabores e as hóstias em forma

de conchas, búzios, amêijoas ou

peixes, separadas em duas, esperam

pelo recheio, depois para ficarem

unidas e com um aspecto brilhan-

te é espalhada calda... espera-se...

espera-se e com alguma paciência,

saber e mestria finta-se o tempo até

podermos provar o doce regional

na casa mais tradicional.

Silvina Raimundo e Maria João os rostos da tradição

Uma fábrica que não devia ser frequentada por diabéticos, ou pelo menos evitado, mas este

pequeno doce torna-se grande e atractivo nas palavras de Silvina Raimundo. Esta é a doçaria

por excelência de Aveiro. A tradição de um peso ancestral e familiar continua a mover todos os dias “as velhinhas da beira-mar”.

PUB

21_OVOS MOLES.indd 21 13-10-2010 19:40:03

Page 22: Mundo Social

Glicínias Plaza tem 25 mil

m2, 85 lojas, 7 salas de

Cinema Lusomundo, alguns

quiosques, um hipermercado Jumbo

com 8.160 m2, uma área de influência

com a população de 200.000 habi-

tantes, um parque de estacionamento

de 2000 lugares gratuito e coberto.

No sector dos serviços disponibiliza:

Bancos, Lavandaria, Sapateiro, Infor-

mática, Chaves e Cofres, Cabeleireiro,

Telecomunicações. No sector da moda

tem algumas marcas âncora como a

C&A, Lanidor, Sephora e Multiópticas.

É conhecido pela sua zona de restau-

ração, bastante variada e completa,

com 700 lugares sentados, competiti-

va em termos de preços, o que a torna

num dos pontos fortes deste shopping.

Situado numa zona privilegiada, na

entrada principal da cidade de Avei-

ro, com ligação ao Norte e ao Sul, o

Glicínias Plaza tem tudo o que precisa

para o seu dia-a-dia.

“Procuramos crescer e evoluir ao

ritmo das novas tecnologias”

Ana Pinhal, Directora de Marke-

ting da LBM (Le Brion-Manage-

ment), empresa que gere os cen-

tros comerciais, fala das várias ini-

ciativas e actividades do shopping.

“Nos últimos tempos o Glicínias

Plaza tem procurado crescer e

evoluir ao ritmo das novas tecnolo-

Existem espaços que devem ser visitados e o Glicínias Plaza, em

Aveiro, é um deles. Um espaço comercial e de lazer que prima

pelo seu dinamismo e actualidade. Abriu as suas portas em 1999 e recebe uma média

de 25 mil visitantes por dia. O Director

de Exploração, Jorge Buco, caracteriza

o cliente Glicínias: “Estudos de mercado

mostram que o cliente Glicínias é um cliente

de todas as classes sociais, de todas as

idades, proveniente de vários pontos do país,

algo que se justifica pela nossa oferta

variada”.

O

» Desfrutar Glicínias Plaza

O lado bom da vida!

gias. Neste sentido tivemos a pre-

ocupação de implementar várias

campanhas a nível interno e mais

recentemente a nível externo”.

A nível interno, a equipa de

marketing, investe em várias cam-

panhas tendo como finalidade

atrair novos clientes e fidelizar os

que já são frequentadores. Com

este objectivo de fundo apostam

em campanhas de verão, com

concertos no exterior do edifí-

cio. Em campanhas de Natal, nas

comemorações dos aniversários,

em Novembro comemoraram o

11º aniversário com o tradicio-

nal bolo de anos e um desfile

de moda. Em exposições, vão ter

uma de automóveis antigos de

9 a 23 de Outubro, ofereceram

bilhetes duplos para cinema de 14

de Setembro a 14 de Outubro e ao

longo do ano vão oferecendo vales

de desconto para serem usados

nas várias lojas. Futuramente vão

investir na comunicação externa,

com Outdoors, publicidade na

rádio e na imprensa. Todas estas

acções só comprovam a dinâmica

deste shopping.

Ana PinhalDirectora de Marketing da LBM

Jorge BucoDirector de Exploração

22_ 23_GLICINIAS.indd 2 12-10-2010 20:58:22

Page 23: Mundo Social

Glicínias Plaza Desfrutar «

Outubro | 2010 | 2 3

A preocupação com o social e os mais carenciados

A preocupação de cariz social

tem sido um marco deste shopping,

apesar de não o divulgarem. Ana

Pinhal admite que “os nossos clien-

tes precisam de saber que o nosso

objectivo não é só o lucro, também

nos preocupamos com as questões

sociais, com os mais desfavoreci-

dos”. Todos os anos o Glicínias Plaza

disponibiliza gratuitamente o espaço

para o Banco Alimentar fazer a reco-

lha de alimentos. Em cooperação

com a Câmara Municipal de Aveiro

oferece, duas vezes por ano, sessões

de cinema para idosos, chegam a

Aveiro 10 autocarros cheios de pes-

soas que vão ter a oportunidade, de

pela primeira vez, ver um filme. Têm

também um concurso de Árvores de

Natal, as escolas mais carenciadas

do concelho são convidadas a parti-

cipar, só têm de decorar as 13 árvo-

res segundo um determinado tema.

Existe um prémio para a escola ven-

cedora, mas todas elas recebem pré-

mios tendo em conta as principais

necessidades. Já foram entregues

computadores, instalaram Internet

numa das escolas e oferecem mate-

rial escolar, fatos de treino, sapati-

lhas, entre outras coisas. Em 2010,

no dia Mundial da Criança, fizeram

um concurso, em que convidaram

uma marca automóvel a disponibi-

lizar quatro carros para que quatro

escolas desfavorecidas os pudessem

pintar. Mais uma vez entregaram

vários prémios e proporcionaram a

todas aquelas crianças um dia diver-

tido e diferente. A preocupação de

cariz social vai continuar a ser uma

preocupação para este shopping.

As novidades para 2011Em 2008 o shopping sofreu uma

ampliação onde se apostou no seg-

mento de beleza, saúde e moda.

Esta ampliação surge porque apesar

de ser um centro comercial de servi-

ços, a moda representa, em termos

de facturação, uma fatia bastante

representativa. Já para 2011 estão

previstas obras de remodelação,

onde se vai apostar numa imagem

mais actual e uniforme de todo o

edifício. As diferenças vão ser nota-

das de forma gradual.

A adesão ao Cartão Cliente Glicí-

nias Plaza vai continuar a dar acesso

a vários descontos, ofertas e promo-

ções na maioria das lojas. A gestão

continua a acreditar nos benefícios

deste cartão e como tal foi criada

uma base de dados de todos os clien-

tes, conta já com 15 mil pessoas.

Esta é uma forma simples e directa

de dar a conhecer aos clientes habi-

tuais todas as campanhas e acções

promocionais. A adesão ao cartão

é gratuita e as condições podem ser

consultadas no site do centro comer-

cial www.glicinias.pt.

Actualmente, a aposta nas novas

tecnologias já é visível, a Glicínias

TV, uma televisão com conteúdos

internos, que pode ser vista na zona

da restauração, os directórios touch,

o Wi-Fi gratuito. No próximo ano

essa aposta vai ser ainda mais evi-

dente, com algumas novidades que

ainda não podem ser reveladas.

Deixamos a garantia de que o

Glicínias Plaza vai continuar a tra-

balhar para a satisfação dos seus

clientes e visitantes. Fique atento às

novidades.

22_ 23_GLICINIAS.indd 3 12-10-2010 20:58:45

Page 24: Mundo Social

iência por detrás da man-

teiga é o nome do primei-

ro de dez episódios do

Fábrika, ciência a brincar.

Totalmente desenvolvido na Fábri-

ca Centro Ciência Viva de Aveiro, o

magazine resulta de uma parceria

entre a SIC, a Universidade de Avei-

ro e a Fábrica Centro Ciência Viva.

“O desafio foi lançado há cerca de

oito meses. Temos know how, temos

conteúdo, começámos a trabalhar

e conseguimos dar resposta”, conta

Pedro Pombo, director do Centro.

“Já tínhamos uma equipa dedicada a

televisão porque o Ciência Viva tem

um canal na internet, a CVTV, e toda a

componente relacionada com vídeo é

realizada por nós. Contratámos alguns

serviços fora, investímos em equipa-

mentos e foi uma aposta que acha-

mos interessante”, acrescenta.

Com duração de cerca de cinco

minutos, os episódios permitem

encontrar ciência nas coisas mais

simples, desde gelados científicos até

aos foguetões que lançam “ciência”.

O objectivo é “de uma forma simples

“Fábrika, ciência a brincar” é o mais

recente desafio da Fábrica Centro

Ciência Viva de Aveiro. O magazine

estreou a 14 de Setembro, na SIC

K, e é dedicado ao público infantil

com o objectivo de mostrar a

simplicidade e a beleza da ciência.

C

2 4 | Mundo Social

» Desfrutar Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro

Fábrica Centro Ciência Viestreia-se na SIC K

e directa mostrar a ciência em cada

tema de uma forma experimental”.

O magazine da SIC K desenrola-se

nos vários espaços da Fábrica e é

também uma forma de a promover.

“Pretende-se que os jovens experi-

mentem em casa com os pais ou

levem a ideia para a escola. Algumas

experiências são feitas com materiais

de supermercado, que se encontram

no dia-a-dia, outras são coisas mais

sofisticadas. Nesses casos, convida-

mos o público a vir à Fábrica expe-

rimentar. É uma forma de promover

a visita de pessoas que estão mais

afastadas”, garante o responsável.

Paralelamente, o Centro tem projec-

tos para todas as idades que decor-

rem dentro e fora das instalações.

“Na barriga do caracol” é uma sala

dedicada aos mais novos onde, para

além de outras actividades, é possível

entrar na barriga de um caracol gigan-

te e ouvir histórias com ciência.

Na Fábrica é possível fazer pão,

gelados, suspiros, scones ou chá e

perceber um bocadinho da química

alimentar. “A cozinha é um labora-

tório” é a prova de que por detrás

das coisas simples do dia-a-dia estão

experiências bastante simples.

O “Laboratório com paredes de

vidro”, a exposição “Mãos na massa”,

os “Filmes 3D”, o “Sítio dos robôs” e

a “Oficina dos robôs” ou o espaço

“Mente bola”, onde é possível movi-

mentar uma bola só com o poder do

cérebro, são apenas algumas das acti-

vidades que o Centro disponibiliza.

Para além disso, há espectáculos

e teatro sobre ciência, concursos de

fotografia, exposições temporárias e

diversas iniciativas resultantes de par-

cerias. “Temos várias ofertas para as

famílias, actividades ao fim de semana

que decorrem na Fábrica ou num

hotel onde as crianças vão falar com

um cientista ao pequeno-almoço”,

relata o director.

As festas permitem aos mais peque-

nos celebrar os aniversários com

ciência, enquanto as happy hours de

ciência são uma mais-valia para as

escolas. “Temos uma lista de temas

que a escola pode escolher e, desta

forma, os estudantes podem ter uma

conversa com um cientista”

Para quem não pode ter o Centro

perto de casa, “existem os “serviços

de ciência” em que há um conjunto

variado de propostas e actividades

disponíveis. É apresentado um orça-

mento que serve para viabilizar a des-

locação, que pode ser em qualquer

parte do país e do mundo”, diz.

A itinerância é cada vez mais uma

aposta da Fábrica uma vez que leva

a informação a um maior número de

pessoas. Ao mesmo tempo, “promove

a sustentabilidade do Centro, pois

permite obter algum financiamento

directo e promover as receitas pró-

prias ”, refere Pedro Pombo.

Há seis anos a popularizar ciênciaEm 2004, a Fábrica Centro Ciência

Viva de Aveiro começou a dar os

primeiros passos. Propôs-se “popula-

rizar a ciência, divulgá-la e promover

a sua compreensão pública”, e seis

anos depois continua a melhorar.

“Temos vindo a crescer, especialmen-

te ao nível de itinerâncias porque o

Pedro Pombo, Director do Centro

24_25_ CCVIVA.indd 2 13-10-2010 19:41:13

Page 25: Mundo Social

Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro Desfrutar «

Viva de Aveiro

Outubro | 2010 | 2 5

Centro tem que interagir mais para

que consigámos levar a nossa mis-

são o mais longe possível”, garante

Pedro Pombo. Apesar de o Centro

ser dirigido a toda a população, 85%

dos 30 mil visitantes que recebe por

ano são escolas. “As escolas já vêem

os Ciência Viva como parceiros e é

importante que se veja o ensino de

ciência como um todo: envolvendo o

ensino formal e não formal, a compo-

nente que se faz nas escolas e a que

se faz fora”, assegura o director.

Fruto de uma parceria entre a

Universidade de Aveiro e a Agência

Nacional para a Cultura Científica

e tecnológica e situada na antiga

Fábrica de Moagens de Aveiro, o

Centro Ciência Viva é um dos vinte

a funcionar no país. “Foi criado para

que na região existisse uma entidade

dedicada à promoção da cultura cien-

tífica e da divulgação da ciência junto

do público em geral”, conta.

Em Aveiro, o Centro possui uma

ligação próxima com a Universida-

de de Aveiro e, para Pedro Pombo,

isso traz muitas vantagens. “ Temos

à disposição variados laboratórios,

equipas, colegas, um conjunto enor-

me de ideias que podemos utilizar,

implementar e adaptar para o con-

texto da comunicação de ciência.

Isso traz-nos uma diversidade muito

grande a nível de programação, uma

riqueza muito interessante ao nível

de conteúdos, um rigor científico

de alto nível e uma capacidade de

resposta bastante grande”.

O espírito lúdico e experimental

da Fábrica cativa facilmente os mais

pequenos, mas também os pais. “Os

pais já se preocupam em trazer os

filhos para ver se eles se interessam

por estes assuntos”, relata o director

que sublinha a importância do ensi-

no não formal. “Aqui podem dedicar

umas horas a um tema da ciência e

é claramente um momento lúdico,

pois os espaços e laboratórios não

são como os das escolas. Sentem que

é algo longe do ambiente escolar e,

sem dar conta, discutem e exploram

temas de ciência”.

Pela frente estão, ainda, inúmeros

projectos que querem ver concretiza-

dos. “Ideias não faltam, falta tempo e

pessoas. Somos uma equipa relativa-

mente grande no contexto dos Cen-

tros de Ciência. Ainda assim, somos

cerca de 16, não somos 30”, diz

sorridente Pedro Pombo. O direc-

tor está perfeitamente convicto da

importância da Fábrica. “Qualquer

país desenvolvido deve ter este tipo

de serviço público, pois cultura não

é só música, teatro, poesia, pintura, é

também ciência”, conclui.

PUB

24_25_ CCVIVA.indd 3 12-10-2010 17:22:16

Page 26: Mundo Social

omo afirma Lídia San-

tos, filha dos fundadores

e sócia, “Não queremos

desvirtuar o conceito ini-

cial do restaurante. Continuamos a

apostar na comida tradicional, no

regional, nas receitas antigas, mas

também queremos inovar. Como

costumo dizer, é fazer pratos novos

com ingredientes velhos”. Para a

consecução desse objectivo contam

com o apoio do Chef Jorge Pardal,

quer na confecção de novos pratos

quer na elaboração de ementas.

O NCL (Nova Casa dos Leitões)

continua a ter como pedra basilar

o “Leitão Assado à moda da Bair-

rada”, conseguindo assegurar um

elevado padrão de qualidade na

sua preparação pelo facto de pos-

suir matadouro próprio para abate

de leitão. Não obstante, procu-

ra, para além de oferecer pratos

típicos da Bairrada tais como a

“Chanfana”, a “Cabidela de Lei-

tão”, o “Cabrito Assado”, apostar

na diversificação gastronómica, de

O “Nova Casa dos Leitões” é um

restaurante familiar prestes a perfazer

meio século de existência. São

cinquenta anos a apostar na qualidade, no bom atendimento,

e na fidelização dos seus clientes.

Provenientes de vários pontos do país

e frequentadores assíduos há vários

anos, os clientes do NCL são já parte da

família, propiciando-se um clima de

encontro de gerações.

C

2 6 | Mundo Social

» Desfrutar Nova Casa dos Leitões

“Inovar a partir do trad

mais indicado. Note-se o facto de

possuirmos a nossa própria adega,

a Quinta da Mata Fidalga. Situada

na proximidade do restaurante, a

mesma é responsável pela produ-

ção da maioria dos vinhos e espu-

mantes consumidos no NCL”.

A clientela do NCL é ela pró-

pria bastante diversificada. Um dos

objectivos a curto prazo passará

pela criação de atmosferas específi-

cas para cada uma das quatro salas

existentes, de modo a oferecer aos

clientes o ambiente mais procurado,

e que poderá ir do estilo mais rús-

tico ao mais sofisticado e urbano,

seja pela utilização de copos mais

altos e elegantes, seja pela diferente

disposição das mesas, ou ainda por

uma decoração mais actual.

“Projectos para o futuro”Ana Santos, gestora do restauran-

te, encara o seu trabalho como

um desafio diário e acredita que

é importante apresentar novidades

Lídia Santos, proprietária, e Ana Santos, gestora

que são exemplo o “Peixe Fresco

Grelhado”, o “Menu Infantil” e até

mesmo um “Prato Vegetariano”. As

ementas são periodicamente revis-

tas e adaptadas à estação do ano.

O restaurante NCL gosta de marcar

a diferença e arriscar em novos

pratos, sendo o mais recente o

“Leitão Braseado com salteado de

cogumelos brancos e feijão verde

com batata”. Uma outra nova igua-

ria posta à disposição dos clientes

do NCL é o “Paté de Leitão”. Extre-

mamente aromático, pode dizer-se

que o mesmo já fidelizou um gran-

de número de clientes. Em resumo:

ao sucesso do NCL subjaz a aposta

em produtos frescos, naturais e de

grande qualidade!

Segundo Ana Santos, gestora do

NCL, “Indissociáveis da gastrono-

mia são os vinhos de mesa e os

espumantes. No NCL, os vinhos

espumantes têm um consumo mais

expressivo do que os vinhos de

mesa. Isto porque, para o prato

de leitão o espumante tinto é o

26_27_ LEITOES.indd 2 13-10-2010 19:44:30

Page 27: Mundo Social

Nova Casa dos Leitões Desfrutar «

adicional”

Outubro | 2010 | 2 7

aos clientes. Apesar de defender

que “O leitão é um produto dife-

renciador da nossa gastronomia,

podendo mesmo ser elevado à con-

dição de embaixador de Portugal”,

acha importante variar a oferta e

introduzir novidades na ementa.

“Até à data, as reacções dos clien-

tes às nossas escolhas têm sido bas-

tante positivas, como comprovado

pelas sugestões deixadas pelos nos-

sos clientes”, acrescenta. Nas suas

palavras: “O NCL vai continuar

a investir fortemente na formação

dos seus recursos humanos pois

considera que este é um dos cami-

nhos para o seu crescimento. Em

virtude de parcerias estabelecidas

com escolas profissionais da zona,

recebemos frequentemente estagiá-

rios do ramo de hotelaria, que, não

raro, passam a integrar os quadros

da empresa. Somos responsáveis

por empregar uma média de ses-

senta pessoas. O funcionário mais

antigo está na casa há quarenta e

dois anos, o que é um indicador

claro de que oferecemos boas con-

dições de trabalho”.

De referir que o público-alvo do

NCL está em mutação, sendo cada

vez mais as camadas mais jovens a

frequentá-lo. “Agrada-me muito ter

uma clientela jovem porque é sinal

que temos continuidade, que ainda

estamos para durar” acrescenta

com visível satisfação Lídia Santos,

herdeira do legado familiar.

Recentemente, o NCL realizou um

investimento avultado na moderni-

zação dos seus meios informáticos

com vista a facilitar a gestão. As

novas tecnologias são também usa-

das como forma de contacto com

os clientes habituais aquando da

divulgação das várias iniciativas

levadas a cabo pelo restaurante.

O NCL marca igualmente pre-

sença na Rota da Bairrada. Como

refere Ana Santos: “Temos de estar

associados a quem queira promo-

PUB

ver a Bairrada e a sua gastronomia.

Agrada-me bastante que os outros

restaurantes também estejam a tra-

balhar para alcançar mais e melhor.

Uma concorrência saudável tradu-

zir-se-á em proveito para todos’’.

(Veja a oferta do Nova Casa dos Leitões

em www.novacasadosleitoes.pt

e prove as suas iguarias e pratos

tradicionais na Estrada Nacional 1 –

Peneireiro, Aguim.)

26_27_ LEITOES.indd 3 12-10-2010 17:27:00

Page 28: Mundo Social

ara além da selecção de

produtos de primeira tam-

bém têm cinco fornos a

lenha, onde diariamente

ardem cascas de eucalipto e vides.

O leitão é assado na hora e ainda a

fumegar, passado 1 hora e 45 minu-

tos, retalhado à frente dos clientes.

Um manjar pronto a ser dividido por

quem o aprecia. Esta foi a forma que

o gerente encontrou de mostrar que

confia no seu produto e que assume

todo e qualquer risco. A cozinha

é aberta, ou seja, o cliente tem a

oportunidade de ver como é que os

pratos estão a ser confeccionados,

mais uma prova dessa segurança.

No Restaurante Espelho d’Água,

também, são conhecidos pela qua-

lidade no atendimento, a equipa

é jovem e com anos de experiên-

cia em hotelaria. Como afirma José

Pereira, habituado a estas lides e a

trabalhar com os melhores desde

os 12 anos: “Existem muitos res-

taurantes de qualidade na Mea-

lhada, podemo-nos destacar pelo

atendimento, pela simpatia, pela

boa disposição e profissionalismo”,

princípios que têm pautado a vida

do entrevistado que sempre esteve

ligado à restauração. Sabem inter-

pretar a disposição e os sinais que

o cliente transmite e dessa forma

primam por um atendimento de

excelência, este é o “O Bem Servir,

o Bem Receber” que é lema deste

espaço de requinte e atenção.

A gerência não tem qualquer

pudor em assumir que apostam no

cliente de classe média/alta. Aquele

cliente que quer fazer a sua refei-

ção calmamente, num ambiente

moderno, acolhedor, agradável e

de confiança. Com este objectivo o

Restaurante não aposta no conceito

das diárias, mas oferece uma refei-

ção completa com: Entradas, Leitão,

Sobremesa e Café. Um menu de

demonstração e degustação onde o

leitão e a qualidade do mesmo são

posta à prova pelo exigente paladar

dos clientes.

O cardápio ao longo dos anos

tem vindo a diminuir para poderem

focar-se no mais importante, a quali-

dade do manjar. As suas especialida-

des são: Leitão Assado da Bairrada,

Posta à Mirandesa, Polvo à Lagarei-

ro, Paelha de Marisco, Franguinho

de Churrasco, Costeleta de Novi-

lho Gandaresa, Bacalhau assado na

brasa com batata a murro e grelos.

O Restaurante Espelho d’Água

O Restaurante Espelho d’Água foi distinguido pela Câmara Municipal da Mealhada com o Símbolo de Qualidade em Leitão assado

da Bairrada. Para o gerente do espaço, José Pereira, o segredo do sucesso “passa por trabalhar com produtos de qualidade, a

banha, a pimenta, o alho e a carne têm de ser escolhidos com rigor”.

P

2 8 | Mundo Social

» Desfrutar Restaurante Espelho d’Água

Deixe-se surpreender p

José Pereira

Gerente

28_29_ RESTAURANTE.indd 2 12-10-2010 21:03:47

Page 29: Mundo Social

Restaurante Espelho d’Água Desfrutar «

r pelo bom gosto!

Outubro | 2010 | 2 9

Percurso do assador de leitões: Alcino Ferreira de Jesus:Belarmino dos Leitões e Espelho d`água

Percurso do chefe de cozinha: José Manuel Pereira DuarteRei dos leitões, Churrasqueira Rocha, Aires dos Leitões e Espelho D água

Percurso do chefe de mesa: Rogério Simões de AlmeidaPompeu dos Frangos, Floresta dos Leitões, Restaurante Barril, Churrasqueira Rocha e Espelho D água

Percurso do gerente: José Carlos PereiraChurrascaria Tem Tem, Rei dos leitões, Portão e Espelho d àgua

PUB

assume como estratégia de divul-

gação o fazer parte das várias ini-

ciativas promovidas por entidades

da região. São membros da Rota

da Bairrada e patrocinadores ofi-

ciais das “4 Maravilhas da Mesa

da Mealhada”, a Água do Luso,

o Pão, o Vinho das castas da

Bairrada e o tradicional Leitão.

José Pereira considera que este é

um projecto com muito poten-

cial, a única condição imposta é

que cada casa utilize os produ-

tos da região, com enfoque nos

quatros elementos anteriormente

referidos, o melhor que a região

oferece, afinal aqui é onde a

vida tem mais sabor. Esta é uma

oportunidade para todos os res-

taurantes se unirem e trabalharem

para a promoção da Mealhada,

também poderá ser uma oportu-

nidade de deixarem de fazer con-

corrência directa mas trabalharem

em uníssono pelos produtos da

terra, produtos que exportam e

pelos quais são sobejamente reco-

nhecidos. Algo que ainda tem de

ser conquistado. O projecto 4

Maravilhas da Mesa da Mealhada

é o casamento perfeito entre os

restaurantes e os produtores. O

orgulho nos produtos da região e

a merecida distinção que o Res-

taurante Espelho d’Água mereceu,

originou que José Pereira fizesse,

na entrada, uma exposição com

os produtos distinguidos.

Conheça as instalações e as ofer-

tas do restaurante Espelho d’Água

em www.restauranteespelhodea-

gua.com mas para poder degustar,

saborear e comprovar o risco, que

José Pereira assume com a sua

equipa, as portas estão sempre

abertas para o receber. À segunda-

feira a equipa tem o merecido

descanso para poder recebê-lo

como sempre foi apanágio e para

prepararem os leitões, o molho e

a batata-pála característica deste

prato suculento ao qual nem a

dupla Obelix e Astérix resistiam.

Afinal este é o segredo dos Deu-

ses onde diariamente, qual ritual

sagrado, a tradição funde-se com a

modernidade para o satisfazer.

28_29_ RESTAURANTE.indd 3 12-10-2010 21:04:09

Page 30: Mundo Social

um projecto antigo, e que

demorou a ser concreti-

zado, mas estamos muito

satisfeitos com a nossa pre-

sença em Aveiro. Está finalmente em

acção”. Não interessa precisar tempo

e hora mas destacar a presença activa,

a novidade e a diferenciação de uma

empresa que traz consigo a experiên-

cia de anos a navegar por outros rios.

Este é um projecto ainda jovem pois,

apenas, navegam na Ria há pouco

mais de um mês. “Queremos cres-

cer, fazer um bom trabalho e a cada

passo mais e melhor. Desenvolver um

bom projecto em Aveiro onde temos

ligações familiares, todo este cunho e

dedicação pessoal para além do pro-

fissional traz outro carinho aos nossos

projectos”.

No início de Agosto a Ria de Aveiro

foi invadida pelo Douro, desta vez

desceram, mas para continuar a prestar

um bom serviço pelo turismo e pelas

maravilhas de Portugal. “Tínhamos de

tentar marcar, diferenciar, e julgo que

fomos bem aceites pela cidade, popu-

lação e entidades. Neste momento os

próprios turistas sentem vontade de

nos conhecer. A implementação não

foi fácil, até pela espera para podermos

operar, mas julgo que a nossa presença

é notória”. Uma presença visual como

é hábito dos coloridos e típicos barcos

de Aveiro, o Moliceiro e o Mercantel,

usados no comércio de apanha do

moliço e transporte de sal, respecti-

vamente, mas que estende-se também

aos monitores e mestres dos barcos. “A

nossa presença visual capta bastante e

temos turistas que cruzam a rua por

essa situação, estamos no caís oposto

ao núcleo central do turismo”, explica

Alexandra Almeida, enquanto na Ria

os monitores acenam a quem passa.

“Foi algo espontâneo que cria uma

boa relação não só com os clientes do

barco mas também nas margens. Foi

natural, o que é importante, e nota-se

que a aposta foi positiva”, conclui.

Para além dos passeios na Ria a

Douro Acima também disponibiliza

passeios em autocarros panorâmicos,

em sistema de hop on / hop off, onde,

num período de 24 horas, podem

sair e entrar as vezes que desejarem.

“O percurso está em oito idiomas,

disponibilizados por auriculares aos

clientes. Podem conhecer a história,

os monumentos e a cidade no idioma

que assim entenderem”.

Programas à medida do cliente,

sejam empresas, agências de turismo

ou particulares, são uma mais-valia

onde a viagem idealizada torna-se

realidade.

A exploração da Ria de Aveiro é

sazonal, apenas nos meses em que

o Sol aparece, aquece e a cidade

transforma-se cuja graciosidade tem

outro encanto se for apreciada num

moliceiro. Neste sentido no final deste

mês, os projectos adaptam-se mas a

presença e exploração da Ria manter-

se-á activa, “não tão regular mas junto

de alguns operadores turísticos. Temos

de esperar dias simpáticos” revela.

Ainda recentes para poderem fazer

considerações sobre o estado da Ria

e do seu aproveitamento, a Douro

Acima e Alexandra Almeida garantem

sensações ímpares e memórias ines-

quecíveis.

Memorias que perduram no tempo,

das gentes e locais, e no final o visi-

tante também fará parte desta história

comum, afinal, “navegar na Ria é sen-

tir, é recordar a história e as tradições,

as salinas, os barcos, as suas proas

coloridas que dão vida aos canais que

serpenteiam esta linda cidade”, garan-

tem sempre com um sorriso.

É

3 0 | Mundo Social

» Desfrutar Douro Acima

“Memórias da Ria”Especializaram-se em oferecer o melhor que o Norte apresenta, natural ou edificado. Do Rio Douro para a Ria de Aveiro o processo foi natural e há muito desejado. Uma empresa familiar perita em sensações e memórias. Recebidos em Aveiro, em pleno coração da cidade, onde o turismo e a Ria se encontram, Alexandra Almeida descreve animada este projecto.

PUB

30_DOUROACIMA.indd 30 12-10-2010 17:37:57

Page 31: Mundo Social

Poder Local

31_SEPARADOR.indd 31 12-10-2010 17:42:12

Page 32: Mundo Social

ortugal está um país

desordenado”, afirma

Jaime Soares, presidente

da Câmara de Vila Nova

de Poiares numa altura em que o país

recupera de um dantesco período

de fogos florestais. Para o Presidente

as medidas de coação aplicadas aos

incendiários não são as mais eficazes

e acredita na existência de uma “Cul-

tura imprópria”. “Alguns comerciantes

de Madeiras deixam a floresta com-

pletamente suja, cheia de combustível

altamente inflamável e ninguém põe

cobro a isso”, garante.

O autarca defende convictamente

a prevenção dos incêndios através

de “planeamento e ordenamento da

floresta, só que, para isso, é necessá-

rio ser feito o cadastro florestal, que

não existe” mas, ainda assim, nem

tudo no país é negativo: “Portugal

pode vangloriar-se de ter bombeiros

que são capazes de dar a própria

vida para defender as vidas e os

bens das populações. São os melhores

bombeiros do mundo e evitam que

Portugal se torne numa calamidade

constante”.

Apesar das constantes dificuldades nos acessos,

o desenvolvimento industrial e comercial

em Vila Nova de Poiares é cada vez maior. O

presidente da Câmara, Jaime Soares, afirma que

o município está com “grande capacidade de

trabalho” e no “caminho certo”, acreditando que

Poiares, em termos de desenvolvimento, está

“imparável”.

3 2 | Mundo Social

» Poder Local Câmara Municipal Vila Nova de Poiares

Terra de costumes, tradições e arte-

sanato, Vila Nova de Poiares continua

a dar cartas no Panorama Nacional.

O Presidente cuida do Concelho há

mais de 35 anos, luta pelos interesses

da população e acompanha as modi-

ficações que vão surgindo.

“Estamos com muita pujança, muita

capacidade de trabalho”, assegura

Jaime Soares orgulhoso. Desde o 25

de Abril que o Concelho vem dando

mostras de grande crescimento a

todos os níveis. A população come-

çou, aos poucos, a crescer. Os jovens,

que antes escolhiam outras terras para

trabalhar e constituir família, come-

çaram a fixar-se em Vila Nova de

Poiares. “Nos censos de 1991-2001

tivemos percentagens relativas de 15

por cento em aumento de população

e 15 por cento de construção de

novos edifícios que nos colocou no

3º lugar, não só no distrito de Coim-

bra, mas também na região centro”,

afirma o Presidente.

O país inteiro mudou em 1974 e

Vila Nova de Poiares não foi excep-

ção. “Foi preciso criar dinâmica, assu-

mir a personalidade forte deste povo,

dar-lhes a perceber que, se pusessem

as suas capacidades ao serviço da

terra, ela podia mudar, e mudou”,

conta Jaime Soares.

Durante anos o esforço foi grande,

delinearam-se estratégias, criaram-se

infra-estruturas básicas que o Conce-

lho não possuía. Com o fundamen-

tal assegurado, tornou-se necessário

apostar na qualidade. “Começámos

a desenvolver melhorias no ensino,

na cultura, nos aspectos sociais nas

mais variadas vertentes e também

na afirmação do desenvolvimento

económico-financeiro do município”,

relembra.

Da estratégia desenvolvida nasceu

o parque industrial de Vila Nova de

Poiares. “Começou com cerca de 700

mil metros quadrados (70 hectares)

e que a curto prazo vai ultrapassar o

milhão e duzentos mil metros (120

hectares)”, diz.

O parque industrial é só uma das

apostas do Concelho. O novo estádio

municipal tem cerca de 3000 luga-

res sentados e o Centro Cultural de

Poiares, com museu, um cineteatro,

com 280 lugares, e um centro de

“Tem havido uma evolução pno crescimento económico d

P“

32_33_VILA NOVA DE POIARES.indd 2 12-10-2010 21:07:22

Page 33: Mundo Social

Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares Poder Local «

congressos, com 500 lugares, já foi

inaugurado. O novo centro educativo

está todo equipado com as melhores

infra-estruturas: salas de aula, refeitó-

rios e biblioteca. “São estruturas de

alta qualidade para o bem-estar das

crianças e que permitem o sossego

dos pais”, menciona.

Jaime Soares acredita que a trans-

formação do Concelho também se

ficou a dever à grande capacidade

dos poiarenses, que foram capazes de

“criar uma cultura industrial e comer-

cial, digna de relevo”. “Se assim não

fosse o Concelho estaria condenado

ao que aconteceu no passado, ter

sido extinto”, refere o autarca.

Concelho ainda luta pelas acessibilidadesApesar do desenvolvimento que vem

alcançando, o caminho não tem sido

fácil para Vila Nova de Poiares. Os

principais acessos ao Concelho, o IP3

e a estrada da Beira, não potenciam o

desenvolvimento local. “Não temos

tido sorte nesse aspecto. A respeito

da nova via que vai ser construída, o

IC3, fizemos variadíssimas propostas

para que ela passasse numa zona que

permitisse uma interligação com a

Estrada da Beira”, transformando-se

na “rampa de lançamento” do conce-

lho, o que ainda não aconteceu.

“Temos vindo a combater com todas

as nossas forças, fazendo propostas

objectivas e concretas, tecnicamente

viáveis e economicamente praticáveis,

mas temos tido algumas dificuldades”,

acrescenta Jaime Soares.

A Estrada da Beira é, actualmente,

uma via de subdesenvolvimento. Não

só não acompanha o crescimento

da região, como leva à ausência de

investidores interessados. Jaime Soa-

res defende a criação de “três túneis

que permitiriam uma ligação rápida a

Coimbra”, contudo, apresenta algu-

mas dúvidas: “O actual Governo e as

concessionárias não estão muito vira-

dos para essa tecnologia. Há outras

soluções que já demos a conhecer à

Estradas de Portugal”.

Mesmo com as dificuldades nas

acessibilidades, Vila Nova de Poia-

res tem resistido e provado a sua

importância no distrito. Para o Presi-

dente, o Concelho “respira saúde”,

tanto a nível social como cultural e

económico. “Este desenvolvimento

progressivo leva-nos a acreditar que

Poiares está no caminho certo e com

este ritmo será imparável em termos

de crescimento”.

Reparação de habitações de pes-

soas carenciadas, apoio à terceira

idade, e aposta na formação são ape-

nas algumas das ajudas que o Muni-

cípio presta aos seus habitantes, em

termos de acção social. Neste âmbito

salienta-se também o trabalho reali-

zado pela Irmandade Nossa Senhora

das Necessidades e pela ADIP - Asso-

ciação de Desenvolvimento Integrado

de Poiares. Enquanto a primeira se

dedica ao apoio à terceira idade, a

segunda aposta num conjunto mais

alargado de valências, que vão desde

a primeira infância à terceira idade,

a que se junta uma grande aposta

na formação, nas suas mais variadas

vertentes, de modo também a atrair

jovens para o artesanato e dar novos

caminhos a Vila Nova de Poiares.

“Tentamos manter os valores da

cordialidade, da fraternidade e da

amizade entre as pessoas. Tentamos

combater as dificuldades de um con-

celho de superfície pequena, geogra-

fia agressiva, mas com uma popula-

ção extremamente simpática e aco-

lhedora”, assegura Jaime Soares.

Os atractivos turísticos existentes

incluem um kartódromo de referência

na região e um bowling com sete pis-

tas. A oferta turística será enriquecida

com os vários importantes projectos

que a Autarquia tem em carteira, com

especial destaque para o aeródromo,

a praia fluvial e a requalificação das

Piscinas Naturais da Fraga que torna-

rão o concelho ainda mais atractivo,

provando que Vila Nova de Poiares

não é só artesanato e gastronomia

mas também desenvolvimento.

o positiva o do município”

Jaime SoaresPresidente

32_33_VILA NOVA DE POIARES.indd 3 12-10-2010 21:21:36

Page 34: Mundo Social

3 4 | Mundo Social

» Poder Local Câmara Municipal de Moimenta da Beira

“Retomar a liderança regionde produtos e cultura de exc

C

O Município de Moimenta da Beira,

implantado numa zona granítica, de transição e

paisagem tipicamente beiraltina, confronta a Norte com Armamar, e Tabuaço, a Sul com

Sátão, Sernancelhea Leste e a poente

Tarouca e Vila Nova de Paiva.

Tem a área de 219.48 Km2 e 11.500

habitantes, distribuídos por 20 Freguesias:

Aldeia de Nacomba,Alvite, Arcozelos,

Ariz, Baldos, Cabaços, Caria, Castelo, Leomil,

Moimenta da Beira, Nagosa, Paradinha,

Paçô, Peravelha, Peva, Rua, Sarzedo,Segões, Sever, Vilar.

É relativamente recente a história

da Municipalidade Moimentense, mas

não as origens do território que

constituiu o actual Município.

om a responsabilidade

de afirmar o Município

de Moimenta da Beira no

mapa do desenvolvimento e da qua-

lidade de vida, emerge actualmente,

desde as últimas eleições autárqui-

cas, o nome de um “filho da terra”:

José Eduardo Ferreira afigura-se hoje

um autarca que reúne a unanimidade

e esperança dos munícipes em torno

de uma mudança que se deseja ver

operada em Moimenta. E a estratégia

é clara: como foi possível apurar

junto do edil, a aposta no

que melhor distingue

o Município, como

produtos endó-

genos altamente

apreciados mas

ainda sem a visi-

bilidade merecida

mas igualmente

em políticas e pro-

gramas que cativem o

tecido empresarial como motor de

desenvolvimento da qualidade de

vida na região.

Na área social, José Eduardo Fer-

reira elege políticas integradoras e

fomenta a participação universal

como forma de evitar a exclusão.

Como refere o autarca, “Um pro-

cesso de desenvolvimento social

integrador conta com o envolvi-

mento e participação de todos. As

pessoas são o trunfo de qualquer

modelo de crescimento e, por isso

ninguém deve ficar de fora”.

Para tal, defende, “é neces-

sário operacionalizar um

verdadeiro programa de

intervenção que, simul-

taneamente, combata,

integre e previna, envol-

vendo todos os parceiros

com capacidade instala-

da, nas diversas vertentes,

possibilitando o acesso a

todos os recursos, prevenido os ris-

cos de exclusão social, possibilitan-

do uma vida mais justa e solidária”.

Reconhecendo que, isoladamente,

ninguém pode almejar incrementos

na índole social, José Eduardo Fer-

reira aposta claramente no trabalho

em rede, concedendo muito espaço

de intervenção e apoio à rede social

local: “Este trabalho, efectuado de

uma forma subsidiária, permite um

maior e melhor aproveitamento e

utilização dos recursos, decorren-

te de um envolvimento efectivo e

toda a comunidade na Rede Social

local. Pretende-se, efectivamente, dar

resposta às reais necessidades da

população através de uma planifica-

ção e programação exequível com

uma parceria efectiva”, explica o

autarca, salientando que “a autar-

quia intervém articuladamente com

outras instituições, actuando nos

vários domínios sectoriais, de forma

integrada, levando mais longe o seu

esforço, de uma forma mais objectiva

e pragmática, disponibilizando recur-

sos humanos, logísticos e matérias,

para criar melhores condições de

vida aos munícipes”.

José Eduardo FerreiraPresidente

34_35_CM MOIMENTA DA BEIRA.indd 2 12-10-2010 21:20:37

Page 35: Mundo Social

Câmara Municipal de Moimenta da Beira Poder Local «

onal através xcelência”

PUB

Outubro | 2010 | 3 5

Mundo Social (MS): Será legítimo afirmar

que, finalmente, Moimenta da Beira reco-

nheceu o valor de um “filho da terra”?

José Eduardo Ferreira (JEF): Não iria tão longe… As pessoas fazem as suas escolhas e, neste caso, partindo do nosso programa eleitoral, decidiram que seria a nossa vez. Entendemos que o mais importante para um concelho não é tanto o que se passa na Câmara Municipal mas antes o que se passa lá fora, com as pessoas e as empre-sas. Vamos valorizar os nossos melhores produtos e dedicar-nos ao desenvolvimen-to económico para, com isso, estancar a debandada de pessoas do concelho.

MS: Quais são esses produtos e caracte-

rísticas que diferenciam positivamente o

concelho e em que pretende apostar?

JEF: Nós temos a melhor maçã do país e

uma quantidade de produção muito apreciá-vel, temos, também, um espumante de muito boa qualidade. Somos um Concelho central em relação a alguns vizinhos, o que faz com que tenhamos boas condições de liderança sub-regional. A valorização destes produtos é um caminho que estamos a trilhar.

MS: Essas potencialidades do município

estavam esquecidas?

JEF: Parece-me que havia visões dife-rentes desta. Estamos a fazer uma aposta muito determinada nos produtos culturais, incluindo Aquilino Ribeiro, um mestre das Terras da Beira que mexe muito com a nossa identidade. É um trabalho que tem que ser centrado nestes vectores: cultura, virar Moi-menta para o exterior, e assim retomar uma liderança regional que Moimenta e os seus produtos merecem.

Desafio: o exterior

34_35_CM MOIMENTA DA BEIRA.indd 3 12-10-2010 21:11:43

Page 36: Mundo Social

3 6 | Mundo Social

» Poder Local Câmara Municipal de Miranda do Douro

A perfeita comunhão ent

iranda do Douro, sede

do Concelho, está situ-

ada num espigão que

domina a pique a margem direi-

ta do rio Douro, no troço inter-

nacional que separa a província

portuguesa de Trás-os-Montes da

província espanhola de Castilla

y León.

A Vila de Miranda surgiu com o

Rei D. Dinis que existia sobre as

arribas do Douro e era banhado

pelos rios Douro e Fresno. Um dos

privilégios deste foral era Miranda

nunca sair da coroa. A partir desta

altura, Miranda torna-se progressi-

vamente na mais importante das

vilas cercadas de Trás-os-Montes.

Em 10 de Julho de 1545, D.

João III eleva Miranda do Douro

à categoria de cidade, passando a

ser a primeira diocese de Trás-os-

Montes (por bula do Papa Paulo

III de 22 de Maio de 1545) que

amputava à arquidiocese de Braga

da maior parte do território trans-

montano. Assim, Miranda ficou a

ser a capital de Trás-os-Montes,

sede do bispado, residência do

M

A “Cidade Museu” de Trás-os-Montes encontra-se a 86 quilómetros da capital do

distrito e mantém a sua traça medieval e renascentista. O clima do Concelho é de tal

forma áspero, que é comum dizer-se que “Em Miranda há nove meses de Inverno e três de Inferno”. Os de Inferno são os de Verão, quentes e secos, e os de Inverno

são rigorosos, com frequentes nevadas. O concelho de Miranda tem 484,08 Km2, quase 9 mil habitantes, divididos por 17 freguesias,

cada uma delas com aspectos surpreendentes de uma cultura e história únicas para oferecer.

bispo, cónegos e mais autoridades

eclesiásticas bem como, militares

e civis.

Graças à construção das barra-

gens de Picote e Miranda, já no

século XX, o Concelho assumiu-

se como uma região em fran-

co desenvolvimento e a cidade,

mercê da perfeita harmonia entre

o passado e o presente é, hoje, um

verdadeiro museu vivo. A cidade

vive de numerosos comércios (têx-

teis, calçado e ourivesaria) desti-

nados aos vizinhos espanhóis, que

atravessam a fronteira para fazer

as suas compras.

Por isso, o Concelho de Miranda

do Douro é detentor de um vasto,

diversificado e valioso património

cultural e arquitectónico espa-

lhado pelas suas freguesias, que

continuam a preservar e divulgar

parte da sua cultura por meio

das suas peças manufacturadas

como as colchas feitas nos teares

tradicionais, os tecidos de Sarago-

ça e Buréis, os Bordados, Gaitas

de Foles, Flautas, Castanholas e

Rocas.

Artur NevesPresidente

36_37_MIRANDA DO DOURO.indd 2 12-10-2010 21:22:31

Page 37: Mundo Social

Câmara Municipal de Miranda do Douro Poder Local «

Outubro | 2010 | 3 7

ntre cultura e paisagemPaisagens que o viajante

jamais esquecerá

Quando se fala em parque natural subentende-se que seja uma área que se caracteriza por conter paisagens naturais, semi-naturais e humanizadas, de interesse nacional, sendo exemplo de integração harmoniosa da actividade humana, da Natureza e que apresenta amostras de um bioma ou região natural. O Parque Natural inclui os concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Miranda do Douro e Moga-douro, totalizando uma área de 85.150 ha, e abrange o troço fronteiriço do Rio Douro assim como as superfícies planálticas con-finantes. Sendo assim, o Concelho aquire ainda mais valor, pois torna-se o local escolhido por muitas espécies animais para constituir o seu habitat, oferecendo também condições ideais para prolifera-ção de determinadas espécies vegetais. O relevo é caracterizado por declivosas vertentes ou arribas onde o Rio Douro assume uma estrutura de canhão fluvial graças à sua geomorfológia. A sua orogra-fia adquire por isso características geoló-gicas e climáticas únicas condicionando a população vegetal e animal. A avifauna adquire uma importância significativa a nível nacional, e até internacional, quando associado às actividades humanas e ao património cultural local, a conjugação de todas estas condições justificaram a deno-minação desta área como Parque Natural do Douro Internacional.

Um Concelho que vale a pena descobrir….

Mundo Social (MS): Pelo que é

possível testemunhar num péri-

plo pelo concelho de Miranda

do Douro, cujos destinos polí-

ticos dirige, existe aqui uma

comunhão quase perfeita entre

cultura e paisagem. Pergunto-

lhe se estes dois predicados

atingidos encontram correspon-

dência na qualidade de vida dos

munícipes…

Artur Nunes (AN): Entendo

que sim… Quem nos visita, vem

comprar essas duas condições e

fá-lo permanecendo aqui algum

tempo com satisfação face ao

que encontra. A cultura não é

algo que esteja ao virar da esqui-

na, embora a excelência da pai-

sagem esteja, numa região em

que o Douro se assume como

um dos grandes pilares, para

além de toda a riqueza repre-

sentada entre cada aldeia e cada

povo. A cultura, essa, é algo que

se vai descobrindo a pouco e

pouco. Por muito que promova-

mos eventos, em que tentamos

partilhar um pouco da nossa

identidade, a cultura é algo que

está enraizado no próprio povo

mirandês. Daí que a sua desco-

berta obrigue a uma maior per-

manência ou a mais visitas. Se

repararmos, cada aldeia é uma

tradição, um museu vivo. Miran-

da também tem uma etiologia

própria, um dos elementos de

união, para além do povo miran-

dês, que tanto gosta de mostrar o

bom acolhimento e a boa recep-

ção, num contexto cultural e pai-

sagístico ímpar. Por outro lado,

temos a língua enquanto factor

de coesão do povo mirandês. A

qualidade de vida passa por tudo

isto: as pessoas, ao receberem

bem, traduzem um sentimento,

que é o de se sentirem bem. Os

que cá estão têm qualidade de

vida, gostam de aqui estar, de

receber e de partilhar.

MS: O facto de estarmos numa

região transfronteiriça minimiza

de alguma forma o peso da

interioridade?

AN: Miranda é quase um caso

único em Trás-os-Montes. Temos

cerca de 150 mil visitantes por

ano, dos quais cerca de 80 por

cento são espanhóis. Sobretudo

aos fins-de-semana e no perí-

odo de Verão, ou aquando de

feriados espanhóis, temos aqui

muitíssimos visitantes. Também

vêm cá holandeses, belgas e

franceses que procuram essen-

cialmente aquelas duas caracte-

rísticas que, inicialmente, referi.

Esta singularidade da fronteira, a

par da paisagística e da cultura,

é o que Miranda “vende” e lhe

confere esta projecção não só

nacional mas também interna-

cional. Gostaríamos de ter mais

visitantes portugueses e é nesse

sentido que também estamos a

trabalhar.

36_37_MIRANDA DO DOURO.indd 3 12-10-2010 21:23:11

Page 38: Mundo Social

visitante que tiver dedica-

do algum do seu tempo à

descoberta deste acolhedor

Concelho, não poderá par-

tir sem levar na memória as delícias

gastronómicas típicas da região, repre-

sentadas nos diversos restaurantes

locais, salientando-se o arroz e a açor-

da de Míscaros, os enchidos, o cabrito

assado no forno, a vitela na padela ou

o feijão vermelho com couves e carne

de porco. Para acompanhar estes sabo-

rosíssimos pratos, aconselham-se os

bons vinhos da região, do Dão. Para

a sobremesa, poderá contar com as

cavacas, o arroz-doce, o leite-creme,

papos de anjo e barrigas de freira.

O Concelho de Sátão, repleto de

história e de património, merece, por

todas as suas características e poten-

cialidades, uma visita mais atenta que

permita descobrir as verdadeiras rique-

zas desta região tipicamente beirã.

Foi o que fez a Revista Mundo

Social, descobrindo ainda, a par destas

riquezas, uma obra de excelência pro-

jectada no domínio social pelo autarca

de Sátão, Alexandre Vaz. Um périplo,

contado na primeira pessoa…

Aposta em políticas e programas sociais

“A acção social assegura protecção

às pessoas e grupos desfavorecidos

da sociedade através da atribuição

de vários tipos de prestações que

visam a melhoria da sua qualidade

de vida. Temos no Município diversos

programas, entre os quais destacaria o

SOLARH - Programa de Solidariedade

e Apoio à Recuperação de Habitação,

cujo objectivo consiste na concessão

de um empréstimo sem juros a pagar

até 30 anos, consoante os rendi-

mentos, a agregados familiares de

fracos recursos económicos, de modo

a permitir a realização de obras nas

habitações de que são proprietários,

desde que seja a sua residência per-

manente”.

Rendimento Social de Inserção (RSI)

O Rendimento Mínimo Garantido,

surgido em 1997 e que hoje se apre-

senta como Rendimento Social de

Inserção, tendo sido encaminhado a

um número significativo de benefi-

ciários da prestação pecuniária para

as diversas áreas de inserção e deste

modo favorecido a sua progressiva

inserção laboral, social e comunitária.

Neste sentido, a Câmara Municipal

de Sátão integrou juntamente com

outros parceiros a Comissão Local

de Acompanhamento e respectivo

Núcleo Executivo constituído por Enti-

dades tais como, Segurança Social,

Educação, Saúde, Emprego, várias

IPSS do Concelho, e integrando uma

equipa de Técnicos Superiores de Ser-

viço Social que efectuam acompanha-

mento directo às famílias beneficiárias

desta Medida de Política Social”.

O

3 8 | Mundo Social

» Poder Local Câmara Municipal de Sátão

O político habituado a diagne a aplicar terapêuticas

O Concelho de Sátão demarca-se pela riqueza das abundantes paisagens naturais e arquitectónicas, adquirindo alma através

das suas típicas festas e romarias. Ao longo do ano, o visitante pode contar

com festas muito animadas, entre as quais a do Sr. dos Caminhos, que se realiza no oitavo Domingo de Santíssima Trindade,

em Rãs, freguesia de Romãs.

“A Rede Social concretiza-se a

nível local através do Conselho

Local de Acção Social e das Comis-

sões Sociais de Freguesia ou Comis-

sões Sociais Inter-Freguesias. A

Rede Social pretende ser um fórum

de articulação e congregação de

esforços com vista à erradicação

ou atenuação da pobreza e exclu-

são social.

Os objectivos específicos prevê-

em a elaboração do diagnóstico

social, o planeamento participado,

a promoção e a coordenação das

intervenções sociais a nível con-

celhio, constituindo-se como um

método inovador de trabalhar e

participar, visando soluções para os

problemas das famílias e pessoas

em risco ou em situação de exclu-

são social e sua prevenção.

Esta prevenção pode ser reali-

zada fomentando a formação e

qualificação dos agentes envolvidos

nos processos de desenvolvimento

local, promovendo uma cobertura

adequada do Concelho de servi-

ços e equipamentos, potenciar e

divulgar o conhecimento sobre as

realidades concelhias.”.

Autarquia de Sátão dispõe de um Gabinete de Apoio ao Emigrante

“O Gabinete de Apoio ao Emi-

grante é uma estrutura criada

através da celebração de um

acordo de cooperação entre a

Câmara Municipal de Sátão e

a Direcção-Geral dos Assuntos

Consulares e das Comunidades

Portuguesas. Este gabinete, des-

tina-se a prestar auxílios diversos

aos munícipes que estejam ou

tenham estado emigrados, aos

que estão em vias de regresso,

aos que residem ainda no país

de acolhimento e àqueles que

desejam emigrar. Sob os desíg-

nios de informar os emigrantes

sobre os seus direitos, contribuir

para a resolução dos proble-

mas apresentados, prestar apoio

junto de outros organismos

públicos e prestar um serviço

eficiente, atencioso e humano, o

serviço destina-se ao emigrante

reformado, inválido, jovens em

situação escolar, viúva e filhos

órfãos ou jovens com ambições

empresariais”.

A Rede Social vista pelo autarca Alexandre Vaz

Alexandre VazPresidente

38_39_CM SATAO.indd 2 12-10-2010 21:31:45

Page 39: Mundo Social

Outubro | 2010 | 3 9

gnosticar

PUB

Câmara Municipal de Sátão Poder Local «

Mundo Social (MS): O Presidente é médico

de profissão, logo, está habituado a diag-

nosticar para aplicar uma terapêutica…

Enquanto autarca, as coisas também funcio-

nam assim?

Alexandre Vaz (AV): (risos) As coisas fun-

cionam um pouco assim, é verdade… Desde

logo, diria que a semelhança entre o médico

e o autarca é que ambos lidam com bastante

gente e, tanto um como o outro, têm conhe-

cimentos profundos sobre os problemas das

pessoas. É lógico que, a nível autárquico

também se faz o diagnóstico, procurando-se

a terapêutica mais adequada. Mas se nos cen-

trarmos no campo económico, constatamos

que é muitas vezes mais fácil aplicar a tera-

pêutica a nível médico do que autárquico,

onde os recursos são muitas vezes escassos.

MS: Com uma vida de médico, provavel-

mente mais descansada, o que o levou a

enveredar por esta carreira autárquica?

AV: Eu já estou ligado à vida autárquica

há alguns anos. Enquanto vereador e vice-

presidente, embora nunca ter tido qualquer

pelouro, tinha algum conhecimento daquilo

que se passava no meu Concelho. Sempre

gostei da política, senão nunca me teria dedi-

cado à causa pública. Entendi há quatro anos

que chegou a altura, também porque a minha

situação económica me permitiu dedicar-me

mais à política e ao Concelho do que até

então e enveredei por aí, sentindo que de

alguma maneira poderia contribuir para um

futuro melhor do Concelho de Sátão. Cá estou

e vamos ver quando me for embora. Diria

que os alicerces já foram feitos, havendo já

resultados positivos a todos os níveis, desde

as obras mais necessárias, sobretudo nos

campos da educação e do saneamento.

Médico e autarca: descubra as semelhanças

38_39_CM SATAO.indd 3 12-10-2010 21:32:14

Page 40: Mundo Social

m verdadeiro Ecomuseu,

com tudo o que a natu-

reza e a mão humana

podem ter de melhor. Pai-

sagens asfixiantes, o Parque Nacio-

nal da Peneda Gerês como anfitrião,

cultura, gastronomia, histórias, mui-

tas estórias para reviver raízes de

um país que o Município, liderado

por um visionário edil, teima em

preservar, em prol de quem lhe

depositou confiança absoluta. Em

troca… devolve uma qualidade de

vida quase invejável!

No interior do país são vários os

momentos, da agenda anual, que

colocam o Município no centro das

atenções. De referir alguns como

a Feira do Fumeiro, a primeira do

país, a par da de Vinhais, à Noite

das Bruxas, passando pela Feira do

Cabrito ou da Vitela, entre outros

eventos internacionais. Rareiam

os motivos para o português não

conhecer ou pelo menos visitar este

ex-líbris da geografia nacional.

Fernando Rodrigues fala do “seu”

Município como se da sua alma

se tratasse. Empresta ao discurso

a racionalidade, coerência e prag-

matismo que mais convêm aos

munícipes que lhe vão renovando

confiança e destaca um projec-

to de excelência, o Ecomuseu de

Barroso.

Mundo Social esteve em Monta-

legre e testemunhou um projecto

autárquico diferenciado, e sustenta-

do nas reais necessidades e expec-

tativas dos actuais e potenciais

munícipes.

O Ecomuseu de BarrosoPara o presidente da Câmara

Municipal de Montalegre, “é a

noção de desenvolvimento justo e

solidário que estamos a promover”,

ao consolidar um projecto como

o Eco Museu de Barroso. “Moder-

nizar a sede do Concelho para ser

o pólo atractivo e dinamizador de

desenvolvimento e emprego, mas

não esquecer as necessidades das

O olhar fixa-se, a respiração sustem-

se, não haverá qualquer sentido humano que não

seja altamente estimulado

aquando de um périplo pelo

Município de Montalegre.

U

» Poder Local Câmara Municipal de Montalegre

Um património feito de gente, natureza e muita estória para viver

PUB

aldeias e a sua ligação à vila, ao

exterior e entre si, são obrigações

estratégicas definidas e que temos

cumprido”, refere o autarca. “A

minha principal preocupação é ser-

vir a nossa terra, criando melhores

condições para o bem-estar das

suas gentes. É este o nosso objec-

tivo e é para isso que trabalhamos

permanentemente. O que temos

conseguido nesta área, em termos

de imagem e desenvolvimento, é

francamente satisfatório e reconhe-

cido por todos”, salienta.

O âmbito de intervenção do Eco-

museu de Barroso abrange a maioria

dos propósitos convencionalmente

atribuídos aos museus. Iniciou a

sua actividade no momento em

que começou a trabalhar com as

instituições locais e os munícipes.

Não estando confinado a um edifí-

cio ou a um conjunto de edifícios,

nem a horários de visita, dir-se-ia

que o Ecomuseu visita-se quando se

transpõe qualquer uma das estradas

que nos trazem ao Barroso.

O Ecomuseu é sustentado por

uma relação das pessoas com o seu

território e destes com todos aque-

les que procuram usufruir da sua

riqueza. Pretende-se, por isso, que

seja um espaço de valorização do

Barroso na divulgação dos recursos

e do património, na representação

identitária e de cidadania, de con-

certação e cooperação, de inova-

ção e mobilização das pessoas para

novas actividades.

Para que estes propósitos sejam

conseguidos é a relação da comu-

nidade com o seu território que

constituem elementos centrais de

intervenção, conferindo-lhes a fun-

ção de acervo museológico. Admi-

te-se como condição fundamental

da salvaguarda deste acervo, a sua

vitalidade e a capacidade de auto-

sustentar alguns novos desafios no

sentido da qualificação da vida

das populações da sustentabilidade

deste território e da viabilização de

actividades de foro económico.

4 0 | Mundo Social

Fernando RodriguesPresidente

40_CM MONTALEGRE.indd 40 12-10-2010 21:33:59

Page 41: Mundo Social

Poder Local «Câmara Municipal de Fornos de Algodres

Outubro | 2010 | 4 1

PUB

undo Social (MS): Como

é gerir uma autarquia

numa altura em que o

tema do dia é “crise”?

José Miranda (JM): A solução é sim-

ples, acudir àquilo que é essencial

e seleccionar muito criteriosamente

todo o tipo de investimento.

MS: Quais é que são os objectivos

estratégicos para este mandato?

JM: A minha determinação e dedi-

cação ao Concelho e às pessoas

será: dotar o Concelho de todas as

infra-estruturas necessárias e esta-

belecer parcerias públicas/ privadas

de modo a podermos criar empre-

go e tornar o Concelho economica-

mente sustentável.

MS: Como é promovida a susten-

tabilidade económica do Município

numa altura em que o interior parece

estar riscado das agendas políticas?

JM: A sustentabilidade económica

de todo o interior do País corre sérios

riscos, principalmente nos municípios

dominantemente rurais como é o

caso do nosso, onde a produção do

queijo da serra ocupa ainda cerca de

metade da população activa. Temos

a promessa da criação de um plano

de Desenvolvimento Rural por parte

do Secretário de Estado da Agricul-

tura, o que dará alguma esperança a

todos aqueles que ainda se dedicam

à agricultura.

MS: Como é promovida a Acção

Social escolar no Município?

JM: Traduz-se na implementação de

medidas compensatórias que favore-

cem particularmente os alunos eco-

nomicamente mais carenciados do

ensino pré-escolar e do 1º CEB da

rede pública do Município. A Câmara

Municipal decidiu, neste ano lectivo,

custear a totalidade da despesa com

manuais escolares a todos os alunos

do 1º CEB, por considerar necessário

Massegurar melhores condições de vida

às famílias que vivem neste Concelho.

MS: O que significa o ano Europeu

de Combate à Pobreza e à Exclusão

Social para o executivo de Fornos de

Algodres?

JM: A decisão do Parlamento Europeu

e do Conselho da U.E. foi oportu-

na e importante, dada a actual crise

social em que vivemos, no esforço de

erradicação da pobreza. O executivo

propõe-se a realizar um conjunto de

acções como é o caso do Banco de

Roupa e de alimentos, do Banco Local

de Voluntariado, entre outros.

MS: Quais as áreas que merecem espe-

cial atenção por parte da autarquia?

JM: Atendendo a que o Município

apresenta profundos constrangimen-

tos ao desenvolvimento social, con-

siderou-se prioritário investir a nível

na melhoria da rede de respostas

sociais, na melhoria da acessibilidade

aos Serviços de Saúde na criação de

oportunidades de qualificação pro-

fissional e diversificação do leque de

respostas educativas e formativas.

MS: De que benefícios sociais pode

gozar a população de Fornos de Algo-

dres por parte da Câmara Municipal?

JM: A população deste Município

distribuída por 16 freguesias pode,

actualmente, gozar de uma boa

cobertura de respostas de apoio à

terceira idade em todo o município,

boa capacidade de respostas educati-

vas desde o ensino pré-escolar ao 12º

ano de escolaridade. Outros aspectos

importantes são também o apoio às

crianças e jovens com necessidades

educativas especiais, uma boa rede

de infra-estruturas e equipamentos

públicos essenciais. Temos igualmen-

te um centro de saúde com valências

diversificadas e cuidados de saúde no

domicílio proporcionados por equipas

de saúde/ Unidade Móvel de Saúde.

Um interior rumo ao futuroHá 20 anos que a condução de Fornos de Algodres visa dotar o município de infra-estruturas para que a interioridade seja apenas um ponto no mapa. O autarca José Miranda cria condições e benefícios sociais para que a população, dividida por 16 freguesias, seja activa na sociedade global.

eja

l.

José MirandaPresidente

41_FORNOS.indd 41 12-10-2010 21:35:31

Page 42: Mundo Social

aloiro nos comandos

da Freguesia, mas com

experiência autárquica

de mandatos anteriores,

António Fernandes caracteriza a

Cunha Baixa como uma das maio-

res de Mangualde e já definiu prio-

ridades: Abrunhosa do Mato tem de

ser abastecida com uma rede de

água.Temos de recuperar os cami-

nhos florestais, que se degradam

devido à morfologia do terreno e

na sede da Freguesia o saneamen-

to está saturado, “os hábitos de

higiene foram alterados e as fossas

sépticas não acompanharam essas

transformações, estamos também a

tentar ter apoio no melhoramento

da via pois serve outras freguesias

e concelhos”, exemplifica António

Fernandes.

Para o entrevistado o bem-estar da

população é fundamental e nesse

sentido a relação com o edil de

Mangualde é muito boa, mas reco-

nhece que existem 18 freguesias e

todas têm necessidades. “Eu gos-

tava que a Câmara Municipal visse

cada realidade pela localização dos

sítios e das necessidades

que apresenta, ou seja, a

atenção aos pormenores

são iguais tanto na sede

de concelho como nas fre-

guesias ou nos lugares que

compõem as mesmas”.

As preocupações sociais, uma análise actual

Estamos em Outubro,

mas os fogos que asso-

laram a região no Verão

ainda marcam, não só o território

ardido mas as preocupações do

presidente atento, “a Protecção Civil

tem de ser mais áspera no comba-

te a estes crimes, e em conjunto

com os órgãos autárquicos assumir

soluções”.Outra preocupação é a

ausência de jovens, algo constatado

nas últimas eleições, “o número

de recenseados é maior do que

votantes e foram os jovens que não

compareceram”. O Associativismo

passa por algumas dificuldades mas

a tradição, a força e vontade do

povo mantém no activo, grupos

corais e ranchos folclóricos, “onde

o lema é a confraternização e a par-

tilha de saberes e tradições que nos

levam a viajar no tempo”. Cunha

Baixa tem também um importante

legado, um Dólmen do período

Megalítico com 3000 anos A.C,

um dos mais importantes dentro do

género na península. “Relativamen-

te à Anta da Cunha Baixa tenho de

tecer críticas ao pelouro da Cultura

da Câmara Municipal de Mangualde

pois embora tenhamos o local limpo

este não se encontra vedado e com

placas elucidativas. O Presidente da

Junta, no meu entender, não tem de

ser arqueólogo, nem ter os conhe-

cimentos necessários para opinar

numa construção que merecia mais

atenção pois encontra-se despreza-

do. Este monumento é visitado por

especialistas quer a nível nacional

como internacional”, preocupações

actuais e históricas relacionadas

com o ex-líbris cunhense.

Para António Fernandes a men-

sagem final ultrapassa as fronteiras

de Cunha Baixa ou Mangualde, são

palavras de incentivo: “Temos de

ter consciência da zona raiana e da

zona litoral, a rosa-dos-ventos de

Portugal não é dividida em duas. A

certeza é que é nas freguesias que

o país e a democracia começam,

temos de aproveitar as pessoas pois

não somos ricos em matérias-pri-

mas que nos destaquem mas numa

força laboral extraordinária”, con-

cluiu pedido mais atenção para as

regiões isoladamente que se inse-

rem num todo.

Topógrafo de profissão habituado a fazer levantamentos e analisar as medidas de um terreno, António Fernandes desenha-nos a freguesia de Cunha Baixa. Considera que 10 meses não são suficientes para uma análise profunda mas as realidades conhecem-se no dia-a-dia e conversando com as pessoas.

C

4 2 | Mundo Social

» Poder Local Junta de Freguesia de Cunha Baixa

“É nas freguesias que o país e a democracia começam”

PUB

qu

ate

de

gu

co

Asa

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António Fernandes

42_JFCUNHABAIXA.indd 42 12-10-2010 18:38:18

Page 43: Mundo Social

PUB

Abrunhosa-a-Velha Poder Local «

s ruas apertadas, as casas

cuidadas feitas de pedra,

as fontes e os azulejos

que identificam as ruas, o pelourinho

em frente ao edifício da Junta. Tudo

em Abrunhosa-a-Velha parece saído

de um livro de História, tudo parece o

interior de um castelo medieval onde

se escondem segredos de reis, onde

toda a gente se conhece.

Em qualquer direcção, a Serra da

Estrela enche os olhos e tudo na fre-

guesia é genuíno. As pessoas conhe-

cem-se pelo primeiro nome, trocam

sorrisos, bons dias e conversas cúm-

plices enquanto as crianças correm,

seguras, de um lado para o outro.

Não há quem não conheça o Pre-

sidente da Junta. Júlio Mendes está

no cargo há 16 anos e este irá ser

o seu último mandato. Em 1979 foi

convidado para fazer parte da equi-

pa do então Presidente da Câmara

e até chegar a Presidente foi um

passo. “É um serviço que prestamos

à população e que me agrada bas-

tante”, garante.

Abrunhosa-a-Velha tem cerca de

A

A Terra encantada500 habitantes e uma das coisas que

o Executivo da Junta tentou fazer

foi “prender a juventude” à terra. O

espaço internet, a piscina, a biblio-

teca e o polidesportivo tiveram gran-

de importância nessa missão, assim

como a banda, o futebol e a secção

de bombeiros. “É uma forma de man-

ter aqui a juventude e fazer com

que os jovens das outras freguesias

limítrofes também venham”, conta

Júlio Mendes.

Sem grandes apoios e sem bens pró-

prios, Abrunhosa-a-Velha vai contor-

nando a crise. “Nas aldeias é sempre

mais fácil. Há sempre um espírito de

entreajuda na vizinhança. As pessoas

têm os seus quintais, os bens essen-

ciais para a sua subsistência”, assegu-

ra Júlio Mendes.

A vontade de vencer as dificuldades

é grande e o Presidente vê-se a braços

com um grande desafio: a rede viária.

“Abrunhosa é das freguesias mais

distantes da sede do concelho. A

população em geral trabalha na sede

do concelho e temos dificuldade em

lá chegar”, constata o Presidente.

O parque infantil, o parque de

merendas e o circuito de manutenção

da freguesia ficaram reduzidos a cin-

zas este verão e Júlio Mendes acredita

que a limpeza de matas devia ser

vista como uma forma de reinserção

social. A pequena escola, tem agora

27 alunos. “Possivelmente e contra

os meus desejos, no futuro irão todos

para Mangualde”, diz o Presidente.

Depois de 16 anos à frente da

Junta, nem no último mandato Júlio

Mendes baixa os braços: “Orgulho-

me de tudo o que fiz. Ainda falta

fazer muita coisa, mas vale a pena o

esforço”, conclui.

Outubro | 2010 | 4 3

Júlio MendesPresidente

43_JF ABRUNHOSA.indd 43 12-10-2010 21:38:49

Page 44: Mundo Social

A procura turística pelas gravuras rupestres no Vale do Côa foi alvo de elevado crescimento desde a abertura do Museu do Côa. Aberto ao público desde 30 de Julho de 2010, já foram mais de 10000 pessoas que o visitaram. Numa fase em que ainda não se encontra criada a fundação Coa Parque, que irá gerir o Museu e Parque Arqueológico, a integração do Museu no Parque Arqueológico do Vale do Côa veio melhorar a qualidade do turismo da região.

4 4 | MMundo Social Mundo Social

» Poder Local Museu do Côa

Mais de 10000 pessoas visitaram as gravuras

44_MUSEU.indd 44 12-10-2010 20:38:16

Page 45: Mundo Social

nquanto conversámos,

José Paulo deixou esca-

par por algumas vezes a

tristeza que sente ao ver os jovens

partirem da aldeia, “eles vêm cá

nas férias e gostam de cá estar, mas

depois têm que partir, não temos

condições para que se instalem”,

desabafou o presidente.

Classificado pela Unesco como

Património Natural Mundial por

abranger parte do Douro Vinhateiro

e do Parque Arqueológico do Vale

do Côa, Castelo Melhor prima pela

simpatia dos seus habitantes, pela sua

beleza natural e por todas as peculia-

ridades de uma aldeia do interior.

As paredes rústicas que nos fazem

adivinhar os segredos ali vividos, os

olhares curiosos de quem ainda não

se habituou à constante presença de

pessoas de outras terras e a disponi-

bilidade demonstrada quando pedi-

mos uma informação são alguns dos

pormenores que nos fazem adorar

Castelo Melhor.

Anfitrião de uma das mais alarga-

das mostras de gravuras rupestres

do paleolítico no Vale do Côa, José

Paulo quer aproveitar o potencial

turístico da região para dinamizar

a Freguesia. Agora que a aposta

no azeite, na amêndoa e no mel é

escassa, o presidente da Junta vê a

Freguesia sem grandes possibilida-

des de desenvolvimento, “para além

do turismo, mas é difícil, não temos

condições para receber os turistas

mais do que um dia, é nisso que

pretendemos investir”.

A oferta gastronómica é outro dos

pontos altos da freguesia. “Temos

um restaurante, “O Paleolítico” que

oferece os melhores e mais típicos

pratos da região”, refere José Paulo,

formulando com isto um convite aos

turistas que passam por Vila Nova

de Foz Côa todos os dias. Peixe do

rio, Migas de Peixe, Caça, Doce

de amêndoas, Súplicas, Lampreias,

Coscorões, Folares e Bolos toscos,

livrados e picados, Fumeiro, Azeite

e Vinhos Generosos são algumas

das maravilhas que podemos provar

durante a visita a Castelo Melhor.

A Queijaria Tradicional e o Depó-

sito de Engarrafamento de Azeite são

outros pontos de visita obrigatória à

freguesia que conta com pouco mais

de 350 eleitores.

E

Uma beleza rústica e natural

Outubro | 2010 | 4 5

Vítima da falta de oportunidades de emprego e da procura pelo “sonho americano” pelos jovens, esta freguesia de Vila Nova de Foz Côa, há muito que foi afectada pela desertificação. “Temos uma criança na aldeia”, conta José Paulo, Presidente da Junta da Freguesia de Castelo Melhor.

Junta de Freguesia Castelo Melhor Poder Local «

Castelo de Castelo Melhor

Sem conhecimento sobre a história do Castelo até 1209, José Paulo refe-re mais um motivo para visitar a sua freguesia. A beleza desta construção ancestral, foi reconstruída em 1209, sob ordem de Afonso Leão VII, e em 1297, a mando de D. Dinis, foi recuperado. Nos reinados dos reis D. Fernando, D. João e D. Afonso V, foram sendo realizados obras de manutenção e restauro.

. Capela e Miradouro do Arcanjo S. Gabriel. Capela de Santa Bárbara. Igreja Matriz

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José Paulo Presidente

Outros pontos de interesse:

45_CASTELO MELHOR.indd 1 13-10-2010 19:47:56

Page 46: Mundo Social

4 6 | Mundo Social

rederico Lobão, presidente

da Freguesia de Muxagata,

tem uma visão muito clara,

do que pode preservar a

aldeia que o viu crescer. Presiden-

te de Junta desde os 24 anos, este

já é o segundo mandato. Queixa-se

que durante o primeiro mandato, “a

incompatibilidade que se gerou entre

a freguesia de Muxagata e o município

de Foz Côa, não permitiu fazer qual-

quer investimento. Ficámo-nos essen-

cialmente pelas manutenções do que

já existia ”.

O actual mandato ainda é recen-

te, mas a aposta no desenvolvimen-

to turístico da freguesia já é uma

realidade. Para que esta aposta

surta os efeitos pretendidos,

a Freguesia tem contado com o apoio

de várias associações: A APDARC, a

Associação Cultural de Muxagata – A

Terra das Tomatas, e o Clube de Caça

e Pesca de Muxagata.

A revista Mundo Social conheceu

alguns dos inovadores projectos que o

Executivo detém. Como referiu Frede-

rico Lobão, a adopção e consequente

implementação destes projectos, têm

por objectivo alcançar o sucesso local,

regional, e talvez nacional.

Mundo Social (MS): Qual é a rea-

lidade de Muxagata relativamente à

desertificação que se vem notando no

Interior do País?

Frederico Lobão (FL): Cada vez

mais, notamos o

Abençoada pelo terroir único, conferido pelo solo e clima óptimos para a agricultura do amendoal, do olival, da vinha e da horticultura, Muxagata, freguesia no concelho de Vila Nova de Foz Côa, com cerca de 300 habitantes, é contemplada pelas mais belas paisagens do mágico Vale do Côa e pelo potencial turístico que emana das suas origens. Comunga do fatídico destino a que está sujeita a região, a desertificação.

F

» Poder Local Junta de Freguesia de Muxagata

abandono dos nossos jovens. Prova

disso é a enorme quantidade de

casas devolutas existentes na Fre-

guesia, o reduzido índice de nata-

lidade verificado e a consequente

descida demográfica, resultante

deste fenómeno.

M.S.: Existem projectos para

combater este factor?

F.L.: Grande parte da população

sobrevive exclusivamente do cul-

tivo da amêndoa, do azeite e do

vinho. Sabemos no entanto, que

a melhor aposta para Muxagata

e para todo o Vale do Côa é no

turismo.

Quem nos visita quer conhecer e

experimentar um pouco da nossa

vivência. Logo, torna-se óbvio, o

interesse em investir no turismo.

M.S.: O que falta para esta aposta

se tornar realidade?

F.L.: Actualmente, com a cria-

ção da Associação Cultural, “Os

Amigos de Muxagata – A Terra

das Tomatas”, pretendemos criar

um espaço de comercialização dos

produtos da terra, os hortícolas e

frutícolas. A Associação tem cerca

de 7 meses. No entanto, já organi-

zou o 1º Festival das Tradições de

Entre Douro e Côa, que resultou

num sucesso.

M.S.: O que trouxe de novo o

Festival?

F.L.: No primeiro fim-de-semana

de Agosto, em honra de Santa Maria

Madalena, Muxagata organiza a sua

romaria. Até agora era uma festa

normalíssima, este ano, a Associa-

ção e a Junta de freguesia tentaram

dar uma nova abrangência.

O objectivo era dar a conhecer a

nossa cultura. Falamos com o povo,

convidando-o a comercializar os

seus produtos hortícolas e o seu

artesanato, em espaços intempo-

rais, ou em tendas.

Executivo da Junta

“Existem imensas soluções para combate à desertificação”

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Page 47: Mundo Social

Junta de Freguesia de Muxagata Poder Local «

Outubro | 2010 | 4 7

Animámos a aldeia com um grupo

de gaiteiros, decorámos as ruas com

maquinarias antigas ligadas à agri-

cultura e aos trabalhos domésticos e

fizemos demonstrações da ordenha,

do processo de criação do sabão,

do fabrico artesanal do pão no anti-

go Forno Comunitário, da cresta do

mel e fizemos visitas ao antigo lagar

de azeite e a uma atafona. Foi uma

romaria muito mais desenvolvida

do que era habitual.

M.S.: Apesar do calor durante o

Verão no Vale do Côa, houve muita

adesão por parte de turistas?

F.L.: A abertura oficial do festival

estava marcada para as 15h00 e o

número de pessoas que nos visitavam

a essa hora era diminuto. O calor a

essa hora ronda os 35/40 graus.

No final, o saldo foi bastante

positivo, as pessoas ficaram mara-

vilhadas com as iniciativas. Conse-

guimos transmitir o que somos e o

que pretendemos com esta iniciati-

va, consistindo isto na elevação do

bom nome de Muxagata.

M.S.: Se o turismo é a solução

para Muxagata, que lugar ocupa a

agricultura?

F.L.: A agricultura continua a ser o

recurso económico por excelência.

A maioria dos muxagateiros não

tem empregos estatuais ou no sec-

tor privado, vivendo exclusivamen-

te da agricultura. É para eles que

grande parte do esforço da Junta é

dirigido, para que possam trabalhar

nas melhores condições.

Sem a agricultura e principalmen-

te a vinha, não há outro recurso

económico que, com facilidade e

a curto prazo, mantenha Muxagata

activa. A vinha é o expoente máxi-

mo, de seguida o olival e o amen-

doal, sendo penoso verificar que

estes dois últimos recursos estejam

a ser abandonados.

Julgo, por isso, ser coerente pen-

sarmos que a aposta no Turismo

pode caminhar lado a lado com a

agricultura aqui praticada. Senão

vejamos, quem nos visita procura

as nossas origens, vivências, no

fundo as nossas Tradições. Prova

disso são as gravuras rupestres do

Vale do Côa. Somos um povo anti-

go, que ainda recorre a algumas

práticas centenárias de agricultura,

no que concerne essencialmente

à horticultura, olivicultura e pas-

torícia. Temos é que, de forma

harmoniosa, conciliar estas duas

valências.

M.S.: A média de idades de Muxa-

gata é avançada. Têm alguns pro-

jectos designados para esta faixa?

F.L.: Temos um programa que

quero ver concretizado: um lar de

terceira idade. Podemos com este

projecto colmatar dois problemas

de Muxagata. Por um lado, iremos

apoiar os nossos idosos nas suas

dificuldades, por outro, consegui-

remos criar novas oportunidades de

trabalho para os jovens, permitindo

que se fixem na Freguesia.

Vejo este projecto com muitos

bons olhos e tudo faremos para que

se torne realidade.

M.S.: O Lar de Muxagata servirá

só as pessoas da freguesia?

F.L.: Primordialmente responderá

às necessidades dos nossos idosos

e às listas de espera que se sabe

existir noutros lares, depois, como

forma de viabilizar o projecto, que-

remos divulgá-lo além fronteiras

e proporcionar a idosos de outros

países uns dias de paz e tranquili-

dade numa das zonas mais bonitas

da Península Ibérica.

Sabemos de antemão que o Douro

e o Vale do Côa têm imenso turismo

e devemos aproveitá-lo. Existem

imensos problemas, mas também

existem imensas soluções. Temos

que perceber quais as melhores

soluções para a nossa realidade e

fazer por implementá-las.

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46_47_JF MUXAGATA.indd 3 12-10-2010 20:22:44

Page 48: Mundo Social

umão deriva de “Naumen”,

que em linguagem lusitana,

significa povoação fortifica-

da sobre pontos escarpados

e penhascosos. Foi desta forma que a

Revista “Mundo Social” se encontrou

com o presidente Abel Pinto, fortifi-

cado na esperança de fazer mais e

melhor como tem sido pautado o seu

trabalho, já no terceiro mandato.

A freguesia está assinalada no mapa

de Portugal desde 1130, quando D.

Fernando de Mendes de Bragança atri-

buiu o primeiro foral. É por esse motivo

que os trabalhos executados pela Junta

de Freguesia têm sempre um cunho de

união, de força, de um povo que está

habituado a lutar pela defesa da nação.

Nos dias de hoje lutam por melhores

condições de vida e pela afirmação

pessoal. A interioridade que afecta as

freguesias da região do Vale do Côa,

muitas vezes em falta de oportunida-

des, origina que a população jovem

migre e emigre à procura de melhores

condições de vida. “A população é

muito envelhecida, temos alguma juven-

tude ainda a residir em Numão mas são

sobretudo pessoas mais velhas”, explica

Abel Pinto. A esta situação alia-se a falta

de indústria ou melhores empregos, que

não sejam obrigatoriamente na agricul-

tura afinal por muito nobre que seja

trabalhar a terra, e colher o que plan-

tamos ou semeamos, este é um sector

também em crise. “Temos uma produ-

ção mais dedicada ao vinho, azeite e

amêndoa mas não é fácil viver-se da

agricultura, é uma actividade difícil,

está muito em baixo e cada vez com

menos apoios”, revela o presidente

que fez uma pausa na vindima para

conceder-nos a entrevista.

Uma freguesia turisticamente apete-

cível e desejável não só pelo patrimó-

nio histórico edificado mas também

pelo turismo de natureza. Com esta

intenção foi construído o Centro de

Interpretação Turística de Numão (ver

caixa), sendo a freguesia o ponto de

partida para a descoberta de sabores

e saberes, de tradições e “estórias”

sem nunca perder o fio da história que

sempre se fez na região.

A importância do Castelo, como

um todo para a região, originou uma

candidatura conjunta entre várias enti-

dades para a sua requalificação.”A

importância desta iniciativa prende-

se pelo facto de ser uma actividade

Numão é uma população muito antiga, provavelmente habitada por povos celtas antes da romanização. Uma freguesia que respira história. Existem ainda vários monumentos, nomeadamente fontes, a ponte sobre a ribeira Teja, inscrições, e as colunas do fórum romano situadas no castelo. Abel Pinto recebeu-nos no edifício da Junta, sempre com o castelo no horizonte mas o presente faz-se com olhos no futuro.

N

4 8 | Mundo Social

» Poder Local Junta de Freguesia de Numão

A história: Importânciae Significado

conjunta da Autarquia, da Direcção

Regional de Cultura do Norte, e da

Junta de Freguesia de Numão, que irá

permitir por um lado uma requalifi-

cação das acessibilidades do castelo,

permitindo a todos uma maior fruição

do castelo e do património a ele

associado. E por outro lado é sem

dúvida o reconhecimento do Castelo

de Numão, como um elemento patri-

monial que faz parte da identidade

cultural de Numão e da região onde

ele se insere”, acrescentam.

O encerramento de escolas que mar-

cou a abertura de mais um ano lectivo

não afectou a Freguesia de Numão

pois a escola tem mais de 20 alunos.

Estes são a alegria e a esperança dos

anos vindouros. São eles que per-

correm alegremente as ruas nas suas

brincadeiras de criança e tomam de

assalto um castelo indefeso contra o

riso e a inocência.

No canto oposto da vida, a maio-

ria neste momento, e que marcam a

freguesia por historias saudosas dos

tempos de mocidade, os idosos têm

ao seu dispor as valências necessárias

para com dignidade poderem fazer-se

novos aos olhos das crianças. Um cen-

tro de dia e apoio domiciliário. Outras

carências são centros de saúde ou

hospitais que sabiamente foram pre-

cavidos pelo protocolo entre a Junta

de Freguesia e a Câmara Municipal. O

Projecto “Saúde sobre Rodas” desloca

os cuidados de saúde básicos até á

população e não espera o contrário.

“Vêm alguns enfermeiros, uma vez por

semana, fazer exames e prestar apoio.

A Junta disponibilizou as instalações”,

conta Abel Pinto. Outro projecto, que

ainda não teve a aceitação necessária,

é a ajuda disponibilizada pela psi-

cóloga, algo que a população mais

idosa ainda não entende ser necessá-

ria. “É um funcionário da Câmara que

está sempre disponível. As pessoas

mais novas encaram bem e procuram

apoio, os mais idosos ainda têm algum

complexo sobre isso”.

“Numão é uma freguesia com um

património muito rico e que para além

das paisagens historicamente merece

ser visitada. Estamos empenhados em

trabalhar para o desenvolvimento da

freguesia”. Estas são as palavras de

Abel Pinto, para os fregueses e para

os turistas, para o presente e para o

futuro.

Abel Pinto Presidente

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Page 49: Mundo Social

Junta de Freguesia de Numão Poder Local «

Outubro | 2010 | 4 9

Cen

tro

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tativ

oC

entr

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terp

reta

tivo

ZONA DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO

A qualidade do atendimento e o tipo de

recepção são fundamentais. Este espaço, per-

mite o acesso fácil e rápido a um conjunto

diversificado da informação do castelo, da

sua envolvente e da região. Disponibiliza-se

também um conjunto de serviços não só para

quem nos visita, mas para os habitantes, nome-

adamente na organização e acompanhamento

de excursões de carácter turístico.

SALA DE LEITURA

Inicialmente pretendia-se uma sala com um

elevado acervo literário e diversificado sobre o

Castelo de Numão bem como sobre arqueolo-

gia, especialmente direccionado aos turistas,

estudantes e aos especialistas, além de com-

putadores com acesso a internet. A sala foi

transformada numa sala de estar para todos

os jovens. Aqui eles podem encontrar uma

consola, livros, computadores e um conjunto

de actividades de ocupação de tempos livros.

Trata-se de uma iniciativa para “dar vida” a

este Centro. Actualmente foi feita uma candi-

datura à Glubenkian para aumentar o acervo

bibliográfico.

ZONA DE EXPOSIÇÕES TEMPORÁRIAS

Trata-se de um espaço dedicado a exposições

temporárias, de variadíssimos autores interes-

sados em fazê-lo.

ZONA DE EXPOSIÇÃO PERMANENTE

Esta zona é ocupada por uma exposição per-

manente, para receber o espólio de arte local

e de elementos do quotidiano para mostrar a

trajectória da localidade. O centro interpreta-

tivo tem essa pretensão: resgatar o que se está

perdendo, colocando os objectos

“Sem importância e carregados de significa-

do”, contribuindo para a documentação de um

acervo oral e visual dos costumes e riquezas

da terra, que não constam dos documentos

oficiais.

O novo Centro Interpretativo apresenta condições para a sua rápida percepção e identificação por parte dos visitantes. Este centro possui condições excepcionais para ser um espaço atractivo, com uma linguagem moderna e uma atmosfera de qualidade geral, constituída por várias zonas:

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48_49_JF FREIXO NUMAO.indd 3 12-10-2010 18:55:09

Page 50: Mundo Social

urante a visita do “Mundo

Social” a Vila Nova de Foz

Côa este assunto foi algu-

mas vezes referido, pelos

viticultores. De acordo com o repre-

sentante do Movimento, estas vinhas

devem ter direito ao benefício para

produção de vinho generoso. “por-

que foram plantadas com o suor e

com as poupanças dos viticultores

sem qualquer ajuda comunitária”.

O Movimento representa 6477 viti-

cultores em toda a região do Douro,

numa área de 3052 ha. Até hoje, já

reuniram com vários elementos do

Governo e António Felix garante que

nunca disseram que não dariam o

benefício, “no dia 26 de Junho de

2008 estivemos numa reunião com

o Ex. Ministro da Agricultura, Jaime

Silva. Ele deu-nos razão e pediu uma

semana para resolver o problema,

mas até agora não obtivemos qual-

quer resposta.”

A falta de benefício vivida pelos

Um grande número de vinhas dos pequenos e médios viticultores do Douro foram, durante muitos anos, plantadas ilegalmente. Em 1985, foram legalizadas ao abrigo do decreto-lei 504/I, mas nunca tiveram direito a benefício para Autorização ao Mosto Generoso (Mosto do Vinho do Porto), conta António Felix, representante do Movimento dos Viticultores da região demarcada do douro Vinhas legalizadas ao abrigo do decreto-lei 504/I.

D

5 0 | Mundo Social

» Poder Local Junta de Freguesia de Sebadelhe

pequenos e médios viticultores vem

ressaltar um dos grandes proble-

mas da região do Douro Vinhateiro,

a desertificação. “Se estas parce-

las, nos tempos mais próximos, não

forem autorizadas a produzir vinho

generoso, corremos o risco de cerca

de 6000 famílias abandonarem a

actividade e consequentemente

abandonarem a região”, alertou o

representante.

Perante esta constatação, Antó-

nio Felix deixa uma mensagem

ao governo e a todos os leitores,

“temos um Alto Douro Vinhateiro,

Património Mundial, do qual todos

nos orgulhamos, se não tivermos

o benefício teremos um Douro de

Pinheiros.”, O responsável pelo

Movimento apela ainda para a con-

sideração e contemplação destes

viticultores “ como medida de justi-

ça económica e social, para o bem

dos Dourienses”.

Nos últimos meses solicitou três

reuniões com o actual ministro da

Agricultura e apesar de ainda não ter

conseguido resposta, o Movimento,

promete não desistir, “quem luta

nem sempre ganha, mas, quem não

luta não ganha nada. Quem tem

inteligência, sabedoria, vocação e

responsabilidade política deve colo-

cá-los ao serviço dos mais indefesos”.

António Felix deixa ainda escapar

que, na impossibilidade de reunir

com o ministro da Agricultura, soli-

citarão um reunião com o Primeiro-

ministro e esperam que ele “tenha

coragem para resolver um problema

tão simples e humilde, como o bene-

fício para os dourienses”.

Por fim, o representante do Movi-

mento deixa uma pergunta para o

actual governo, “Será que irei conse-

guir o apoio da minha família política

madastra e não o conseguirei por

parte da minha família socialista?

Será que os ilustres dirigentes socia-

listas irão ter coragem para, daqui a

três anos, me convidarem para me

candidatar à Junta de Freguesia da

minha terra, que é a freguesia mais

socialista de Vila Nova de Foz Coa?”.

Sebadelhe quer acompanhar o desenvolvimento

António Felix é presidente da Junta

de Freguesia de Sebadelhe, conce-

lho de Vila Nova de Foz Côa, uma

das freguesias mais afectadas pela

inexistência do benefício, porque as

vinhas tem lugar de destaque quan-

do perguntamos sobre os recursos

económicos da aldeia.

Mais uma vez, o presidente refe-

rencia a crescente desertificação

na região e particularmente na sua

aldeia, pela força que se faz sentir

do desemprego. Para além da vinha,

o azeite e a amêndoa são também

recursos económicos importantes,

mas cada vez mais escassos, por

isso, “é muito difícil que os jovens se

fixem em Sebadelhe”.

“Queremos benefício paraos viticultores do Douro”

António FélixPresidente

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Page 51: Mundo Social

Junta de Freguesia de Sebadelhe Poder Local «

Outubro | 2010 | 5 1

ra todos ”

Obras realizadas durante o mandato:. Reabilitação das estradas;

. Reconstrução da Mina de Vendas, que se encontrava desactivada para fornecimento de água para a agricultura;

. Disponibilização de um terreno para recolha de monos (Televisões, Colchões, Frigoríficos, etc) com uma área de 1000m2, para combater o abandono destes materiais nos ribeiros e nos montes.

Património cultural:. Casa Donnas Botto, mais conhecida

por casa dos marcais;. Ponte romana na ribeira Teja, situada no cabeço.. Torre do relógio.. Capela do Martir S. Sebastião. Igreja Matriz

Património Mundial:

. Alto Douro Vinhateiro;

. Vale da Teja.

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“Temos uma Mini Loja do Cidadão”

António Felix e a sua equipa, transforma-ram a sede da Junta de Freguesia numa Mini Loja do Cidadão, para facilitar aos seus habitantes o pagamento das contas mensais e o preenchimento do IRS por via Electrónica. Aberta um dia útil por semana, esta iniciativa tenta colmatar alguns dos problemas que as freguesias com uma faixa etária elevada sofrem.

Apesar de ainda faltar trabalho pela frente, António Felix convida todos os interessados e apaixonados por turismo rural e pelas belas paisagens do Douro a visitarem esta freguesia “de gente soli-

dária e hospitaleira, com uma história muito longa, da qual nos orgulhamos”. A riqueza da história, das tradições e o valor dos antepassados de Sebadelhe, con-jugada com a beleza natural dos seus espa-ços, são os melhores pontos de visita que a Junta de Freguesia pode apresentar.

“Convido-o a visitar Sebadelhe, no Alto Douro Vinhateiro, onde o Douro atinge o seu representante máximo de atractividade. Oferecemos tranquilidade e sossego, assente na natureza plenamente preservada” rema-tou o presidente da Junta de Freguesia de Sebadelhe.

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Page 52: Mundo Social

4 6 | Mundo Social

revista “Mundo Social”

deslocou-se à Freguesia

de Custóias para conhe-

cer a sua realidade com

o Presidente Raul Anciães que se

fez acompanhar de dois jovens que

pertencem às forças vivas da fre-

guesia. Uma entrevista a três onde

o passado, presente e futuro são

analisados com a vontade de fazer

mais e melhor, por uma povoação,

como a maioria do interior, sofre

da falta de jovens e consequente

envelhecimento da população mas

sempre activos e com vontade de

não parar no tempo.

Os acessos neste momento não

ajudam os fregueses nas deslocações

até porque a sede de concelho se

encontra a 25 quilómetros de Cus-

tóias e a rede viária nem sempre é

a desejável mas o cenário está em

constante mudança e no futuro o IC2

será um factor de proximidade entre

as freguesias e a população.

Como em muitos outros casos os

habitantes procuram na migração

e emigração melhores condições e

oportunidades. No entanto, estes

regressam sempre e no período de

férias a freguesia triplica, conta o

presidente que aponta a falta de

condições para a fixação de jovens

como a principal condicionante e

motivo de desertificação. Os cader-

nos eleitorais apontam para 340 ins-

critos mas em habitantes contam-se

aproximadamente 230 pessoas.

Os principais recursos económi-

cos numa freguesia onde não existe

indústria passam pelo sector primá-

rio e é na agricultura que encontram

o principal meio de sub-

sistência. A qualida-

de de produtos que

são marca de uma

região como o bom

Em 1130 Custóias já aparece nos anais de Portugal. Um lugar estratégico de defesa relacionado com castelos e cercas medievais mas de gente hospitaleira. Nos dias de hoje a hospitalidade continua a ser apanágio de quem vive na freguesia e bem receber a palavra-chave de uma região naturalmente bela.

A

» Poder Local Junta de Freguesia de Custóias

Uma saudável interioridade

vinho, de mesa e generoso, o conhe-

cido vinho do Porto. O azeite puro,

virgem e rejuvenescedor, juntamente

com outro famoso postal ilustrativo

da região, as amendoeiras em flor,

cujo fruto coloca a região no mapa.

Existe uma cooperativa de azeite,

para ajudar os agricultores na trans-

formação e escoamento deste puro

néctar. No vinho existem pequenos

produtores, pessoas da terra, que pro-

duzem individualmente o que neces-

sitam para durante o ano e também

enviam para a Cooperativa da Teja.

Este ano o Verão foi quente e seco

mas não afectou a produção, antes

pelo contrário, “foi um bom ano a

nível de produção. A qualidade do

grau depende das terras, as mais

perto do Douro têm mais e nos

terrenos mais elevados é a situação

contrária mas quanto mais grau mais

vantagens e melhor é o vinho e a sua

fabricação”, explica Raul Anciães.

Para além deste sector existe ainda o

pequeno comércio de alimentação,

cafés e pequenas empresas particula-

res dedicadas à construção, aqueci-

mento e canalização.

Depois de quatro anos onde a

relação e as ajudas da Câmara Muni-

cipal nem sempre foram do agrado

da administração, neste segundo

mandato Raul Anciães revela que

“existe uma relação muito boa com

executivo camarário e, finalmente,

podemos aos poucos idealizar pro-

jectos para Custóias”.

As necessidades mais básicas da

freguesia estão confirmadas a todos

os níveis e áreas, como a rede de

distribuição de água, de saneamento

e electricidade. Necessidades pri-

márias que garantem a qualidade de

vida dos residentes.

A freguesia também é conheci-

da no Concelho e arredores pela

musicalidade que brota dos agora

silênciosos instrumentos da Banda

Filarmonica outrora apelidada de

“Música do Ferro” e que se encontra,

de momento, inactiva.

As estruturas para que a população

possa ter apoio no seu quotidiano

são asseguradas na terceira idade

pelo centro de dia que também tem

apoio domiciliário. Para além desta

valência os idosos têm todos os anos

um passeio que a Câmara Municipal

organiza. Este ano a Junta de Fregue-

sia já lhe deu a conhecer o museu de

Foz Côa dedicado às figuras rupes-

tres e nos dias 16 e 17 de Outubro

tiveram um passeio de barco no rio

Douro. Estas são acções que ajudam

esta faixa etária a manter-se ocupada

4 64 6 4 64 6 4 6 4 64 6 4 6 4 6 4 6 4 64 6 4 66 64 64 64 6 4 64 64 664 64 64 64 644 6 66664 6666666 6 |||||||||||||||||||||||||| MunMMMMMMMunMMMMMMunMunMunMunMuunuununnunMunMMMMMMMMunnMunMMMMMMMuMunMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMuMMMMMMunMunMunMMunMMMMunMMunMMMMMMMM nMMunMMMunMunMunMMunMunMMunMMMMunMMMMMMMunMMMMMunnMunMMMMMMMMunMMMunMMM nnnnMMMM nnMunMMMMunnnnnMMMMM nnnnnMMMMM nnnnnMMunnnnnnnMMMM nnnnnndddddddoddododo do do do dododo dodo dododo ooddddddddddddododdddddododododdddddoddddddodo dodddddddodododddddooddddddoddddddodddddodddddddddddddddddddooodd SocSoSocSocSocSSocSocSoSocSocSocSocSocococoSocSocSocSococSocSocSocSoocSocSoSooSocSocSSocSocSocSocoSococSooccSSSSocSSSSSoSSoocialiaiaiaiialialialalialialalalliaiaiaialiaaliaiiaiaiaiaiiiallialiaalaiialaaliaiaiiiii lii laai

oportunidades. No entanto

regressam sempre e no perío

férias a freguesia triplica, c

presidente que aponta a fa

condições para a fixação de

como a principal condicion

motivo de desertificação. Os

nos eleitorais apontam para 3

critos mas em habitantes con

aproximadamente 230 pessoa

Os principais recursos ec

cos numa freguesia onde não

indústria passam pelo sector

rio e é na agricultura que enc

o principal meio d

sistência. A q

de de produt

são marca d

regr ião como

Raul AnciãesPresidente

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Page 53: Mundo Social

Junta de Freguesia de Custóias Poder Local «

Outubro | 2010 | 5 3

e a combater a solidão, fomentar o

encontro e a união é essencial, asse-

guram os entrevistados.

No campo oposto, a juventude e o

ensino. A escola primária e jardim-de-

infância já se encontram encerradas

desde 2006. O agrupamento escolar

de Vila Nova de Foz Côa deu preferên-

cia a Custóias mas o então executivo

camarário preferiu o encerramento de

um edifício renovado e com condições,

desde essa altura os alunos deslocam-

se a outra freguesia e concelho.

O edifício da extinta escola será,

brevemente, aproveitado para acolher

os enfermeiros do projecto “Saúde

sobre Rodas”. Outra oferta é a psicó-

loga que se desloca à freguesia todos

os quinze dias.

Para o futuro Raul Anciães pretende

que este espaço seja também de con-

vívio e festas.

Numa freguesia rural é normal a

partilha, a troca de ideias e saberes, de

convívio e reunião, que se construam

condições que muitas vezes não se

podem suportar individualmente mas

sendo comunitário é de todos e para

todos. Em Custóias temos esse exem-

plo com o forno que a população usa

frequentemente para todo o género

de cozinhados, desde o tradicional

pão a assados. A lenha cada um traz

consigo, juntamente com o saber, pois

como explica o presidente é necessá-

rio conhecer este utensílio cada vez

menos usado pelo mais novos mas

sempre apreciado por todos.

O Executivo agradece a todos que

com ele colaboraram para o bom fun-

cionamento e o desenvolvimento da

Freguesia e neste espírito desejam no

futuro continuar com as benfeitorias

para a freguesia e para o bem-estar da

população. Querem melhor a qualida-

de de vida já por si boa. Convida ainda

todos aqueles que ainda não conhe-

cem Custóias a subir ao Miradouro de

Nossa Senhora do Viso pelo menos um

dia, e daí poderem deslumbrar-se com

uma paisagem maravilhosa e uma

vista privilegiada e para a freguesia.

Paisagens apelativas onde os sentidos perdem-se e

vagueiam desde as oliveiras, as vinhas, as amendoeiras em

flor e toda uma área abrangente de beleza natural que pode

ser deslumbrada no miradouro de Nossa Senhora do Viso ou

os montes de pedras chamados cabeços fraga do corvos.

O património edificado é rico essencialmente na arte sacra, seja

exteriormente pelas diversas capelas como no seu interior desde a

talha dourada ou a antigas alfaias litúrgicas perduram. A destacar a

Igreja Matriz pelas suas características arquitectónicas, e segundo

alguns registos, data dos sécs. XVI/XVII.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DO VISO - Serve de miradouro à

freguesia e à própria linha do horizonte e tudo o que está abaixo dela.

Aqui realiza-se, todos os anos em Agosto, a principal festa de Custóias

com a duração de três dias. Este miradouro é também um dos pontos

mais altos de Portugal com 813 metros acima da linha do mar.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO - Dizem ser uma das

mais antigas, mas sofreu remodelações nos anos 70.

CAPELA DE SANTA BÁRBARA - Encontra-se construída em cima de

umas rochas, na Rua do Outeiro; tem um belíssimo miradouro.

CAPELA DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA - Embora com uma bonita

traça românica, encontra-se actualmente em ruínas, junto à estrada.

IGREJA DE S. JOÃO BAPTISTA - Trata-se de uma construção muito

recente, data do ano de 1994.

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Page 54: Mundo Social

5 4 | Mundo Social

manuel Seixas, director

técnico e assistente social

da APITIL, mostra-se orgu-

lhoso do trabalho reali-

zado nas duas valências (Infância

e Terceira Idade), mas garante que

ainda há muito trabalho pela frente.

Certo das dificuldades financeiras

que as IPPS (Instituição Pública de

Solidariedade Social) sofrem face

ao desenvolvimento de novas acti-

vidades, revela que “existem sempre

projectos, queremos, por exemplo,

aproximar a APITIL da comunidade

de Lamego apostando no Marketing

ligado às IPSS”.

“Para um bom serviço, não pode-

mos depender dos fundos comu-

nitários”

Entre as actividades disponíveis,

no Centro de Dia, surge a cons-

trução de bonecas de trapos. “Esta

iniciativa quer conciliar a imprescin-

dível actividade física e lúdica dos

nossos utentes, com a possibilidade

de rentabilizarmos os seus trabalhos,

como ajuda à associação”, explica

Emanuel Seixas invocando o apoio

da comunidade, “se toda a gente

comprasse um boneco por um euro,

esse dinheiro daria para colmatar

algumas das nossas falhas”.

Outra das pretensões da APITIL,

no âmbito de alguma independên-

cia financeira, é a criação de ciber-

A Associação pela Infância e Terceira Idade de Lamego

(APITIL) comemora 30 anos no próximo mês

de Julho de 2011. Nos últimos três anos

tem apostado no avanço tecnológico,

na aproximação à comunidade e na

auto-suficiênciafinanceira.

“Trabalhamos para o seu bem-estar” é o

lema da instituição que começou como

Centro de Dia, a 1 de Julho de 1981, e conta, actualmente, com três centros de Dia, duas creches,

dois jardins-de-infância, um ATL e

uma sala de estudo e um serviço de apoio

domiciliário.

E

» Acção Social Associação pela Infância e Terceira Idade de Lamego

Amândio da Fonseca, Fundador da APITIL

APITIL aposta no avanço t

nética e rentabilizá-la ao serviço

da IPSS. A publicidade de serviços

e pessoas relacionadas com a área

é, para o director técnico, uma

possível fonte de rendimento para

a Instituição.

Sediada no centro de Lamego,

a APITIL preocupa-se em oferecer

um bom serviço à comunidade do

concelho por isso, nos últimos anos,

estendeu o Centro de Dia para as

freguesias de Magueija e Avões.

“Eles preferem estar no Centro de

Lamego, porque se sentem rotula-

dos pelas pessoas da terra, daí as

candidaturas serem em excesso para

a sede”, conta o director. Perante

a persistência dos candidatos, a

APITIL tenta persuadi-los a integrar

o Centro de Dia das suas freguesias,

garantindo todas as actividades,

conforto e apoio que eles merecem.

Por esta altura, o Centro de Dia

de Lamego acolhe 70 idosos, um

número muito superior ao das fre-

guesias, com 10 utentes cada um.

A associação considera que a

melhor solução para estes e outros

constrangimentos passará pela

construção de um novo edifício,

“queremos centralizar os nossos

serviços e criar melhores condi-

ções”. A actual sede da APITIL é um

edifício antigo no centro da cidade,

com dois andares e sem eleva-

dor, factor que impossibilita muitas

das ideias que a administração vai

criando. Emanuel Seixas explica

“os idosos quando são admitidos na

associação ainda têm muita mobili-

dade, mas com o tempo começam

a perdê-la, por isto é-nos impossí-

vel utilizar o segundo andar, para

benefício deles”. Sem data prevista

para construção do novo edifício, a

única certeza é a oferta de terreno

por parte da Câmara Municipal de

Lamego.

Objectivo: Construir um larServir a comunidade de Lamego

é a vontade da equipa de técni-

cos e auxiliares que trabalham nas

várias valências da APITIL. Quando

questionado sobre os próximos pro-

jectos, Emanuel Seixas mostra-se

esperançoso de alcançar um sonho,

“a construção de um lar, essa é a

única valência que falta à APITIL na

área da Assistência Social”.

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Page 55: Mundo Social

Associação pela Infância e Terceira Idade de Lamego Acção Social «

Outubro | 2010 | 5 5

o tecnológico“Quero acreditar que posso mudar o mundo”

Emanuel Seixas está na Asso-

ciação há três anos. Durante os

dois primeiros anos foi assistente

social, no último ano exerce as

funções de Director Técnico da

APITIL. O director apela a todos

os assistentes sociais a não desis-

tirem do que os moveu a apos-

tarem nesta profissão. “Quando

saímos da faculdade pensámos

que somos super-heróis e com as

adversidades que vamos encon-

trando, esmorecemos e desisti-

mos dos nossos objectivos, mas

isso não pode acontecer. Temos

que continuar a acreditar que

podemos mudar o mundo”, desa-

bafa o assistente social.

Actividades dedicadas ao desenvolvimento da motricidade

Os dias dos idosos são preen-

chidos com actividades pensadas

para o desenvolvimento da sua

motricidade fina e grossa. Boccia

- jogo de precisão que desenvol-

ve e obriga a um bom controlo

motor, para proporcionar bons

lançamentos, cujo objectivo é

aproximar o maior número de

bolas de cor (vermelha ou azul)

da bola alvo - é a iniciativa

que mais curiosidade desperta

aos utentes. Actualmente com

20 participantes, Emanuel Sei-

xas lembra como foi difícil cati-

var os idosos para esta prática,

“começámos com cinco idosos

porque eles não compreendiam

as vantagens destas iniciativas,

com a adaptação, tornou-se na

actividade preferida”.

A hidroginástica, a educação

física, inseridas no projecto

sénior+60 e os trabalhos manuais

(por exemplo, a construção de

bonecas de trapos) estão entre o

leque de preferências dos idosos.

Para colmatar as necessidades

dos idosos de Lamego sem mobi-

lidade, a APITIL tem a valência de

apoio domiciliário, “os pedidos

mais usuais são a alimentação e

a higiene pessoal”. Consciente

da falta de disponibilidade de

muitos familiares no acompanha-

mento dos idosos, a Associação

tenta também integrar os utentes

do apoio domiciliário nas suas

actividades.

A dificuldade na organiza-

ção de iniciativas para os uten-

tes de apoio domiciliário não é

impossível de transpor. O direc-

tor técnico garante que “arran-

jamos sempre algo para fazer,

nos últimos tempos criaram um

tapete. Distribuímos pequenos

quadrados e farrapos e pedimos

que usassem a imaginação, no

final construímos um tapete que

temos exposto na sede”. Para

além dos trabalhos manuais, os

idosos também são convidados

para os passeios organizados

pela instituição.

“Os pais sabem que a APITIL é

a melhor escolha”

Comprovando o investimento

nas novas tecnologias e na pro-

cura de segurança na educação

dos mais novos, a APITIL acom-

panha as inovações tecnológicas

e instala um sistema de controlo

de entradas e saídas em todas as

respostas para a infância. “Para

uma maior segurança dos pais, as

entradas e saídas do são regista-

das electronicamente. A porta só

permite acesso através de impres-

são digital”, anuncia o director

técnico.

PUB

Emanuel Seixas Director técnico

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Page 56: Mundo Social

5 6 | Mundo Social

» Acção Social Associação pela Infância e Terceira Idade de Lamego

Sónia Mesquita é directora do pólo infantil há

cinco anos. Questionada sobre o alargamento

do horário nas escolas e a possibilidade de

alguns alunos abandonarem o ATL e a sala de

estudo, não mostrou qualquer preocupação,

“este é o ano que leccionamos com mais meni-

nos”, conta a directora. As principais razões

para este acréscimo é fácil de encontrar “as

AECS funcionam até às 17h30, os pais não têm

como os ir buscar a essa hora, preferem-nos na

APITIL. Ficam connosco, fazem cá os trabalhos

de casa, estudam e às vezes só ao início da noite

vão para a casa”.

RESPOSTAS SOCIAIS

INFÂNCIA: Creche; Infantário; ATL (actividades

de Tempos Livres); Sala de estudo;

TERCEIRA IDADE: Centro de Dia;

Apoio Domiciliário

APITIL aumenta número de alunos

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Carla Marinho, psicóloga da

APITIL desde Abril, está satis-

feita com o trabalho prestado

pela associação à comunidade.

O comportamento das crian-

ças é exemplar, “ os alunos que

recebemos não têm problemas

educacionais, as questões que

encontro são as habituais da

infância e da adolescência”,

refere a psicóloga.

O bom comportamento

das crianças

Sónia Mesquita, Directora do Pólo Infantil Carla Marinho, Psicóloga da APITIL

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Page 57: Mundo Social

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Page 58: Mundo Social

Esta é uma das características dos produtos Porfírios pois a confecção mantém o vinho, o alho e o “suave aroma a fumo” que coloca esta empresa de raiz familiar na mesa de todos os portugueses. “Os nossos produtos têm o mesmo sabor ao longo dos anos”, quem o garante é Daniel Porfírio que “apenas tenta manter viva a tradição do bom fumeiro”.

M

» Acção Social Fumeiros Porfírios

Um Paladar Intemporal

5 8 | Mundo Social

undo Social (MS): Como

é que surge a ideia da

criação dos Fumeiros

Porfírios?

Daniel Porfírio (DP): Nos anos

80, Manuel Porfírio e Maria de Lur-

des Porfírio, decidiram diversificar

começando a produzir pequenas

quantidades de carne em casa.

Mais tarde surge a criação da “Casa

Rita” para a produção de alguns

produtos inicialmente pouco diver-

sificados, como: Salpicão, chouri-

ça, moira e carnes frescas. Durante

a década de 80 dá-se o primeiro

grande passo: a ampliação da fábri-

ca com a entrada dos produtos no

grupo Jerónimo Martins. Com o

novo cliente surgiu a necessidade

de implementar regras de higiene

e segurança alimentar num espaço

que já era diminuto e não oferecia

a oportunidade de diversificar os

produtos. Em 1993 concluiu-se a

construção de uma nova fábrica e

a constituição da empresa actual, a

Fumeiros Porfírio.

MS: O que é que já foi feito

desde a criação da empresa até

agora?

DP: Desde a criação da Fumeiros

Porfírios que se optou por criar

vários pontos de venda. Neste

momento temos quatro estabele-

cimentos. O último foi aberto este

ano em Lamego, “A Taberna do

Porfírio”, uma casa de petiscos.

Estes contribuem em cerca de 40

por cento da facturação anual da

empresa.

Hoje tem um espaço quatro vezes

maior e em certos períodos do ano,

produz acima da capacidade nor-

mal. A nível de qualidade apresen-

ta todos os requisitos preenchidos,

começando em 2010 o processo

de certificação pela ISO 22000.

MS: Quais são as principais espe-

cialidades que a empresa tem aos

dispor dos clientes?

DP: A empresa apresenta pro-

dutos que seguem as tradições da

região utilizando o vinho, sal e

alho como únicos condimentos

para o tempero dos produtos, que

depois passam pela secagem a

lenha de azinho. Como produtos

de referência temos: as moiras, o

salpicão e o presunto, produtos

típicos da região de Lamego. Mas

o seu portfolio apresenta também

outros produtos, como: chouriças,

alheiras, morcelas, farinheiras,

barriga fumada ou salgada entre

outros.

Nos pontos de venda dispomos

de uma variedade maior de oferta

em carnes frescas, uma vez que

utilizamos carne de aves, bovinos,

pequenos ruminantes entre outras.

MS: O que é que vos distingue

dos restantes concorrentes do sec-

tor?

DP: Primamos pela diferencia-

ção através de rigorosos critérios

de qualidade que usamos desde

a criação da empresa. Os nossos

produtos têm o mesmo sabor ao

longo dos anos. Optamos por téc-

nicas mais rentáveis de forma a

diminuir o preço de produção e

não cortar na qualidade da maté-

ria-prima.

MS: Onde é que os Fumeiros

Porfírios podem ser encontrados?

DP: Os nossos produtos podem

ser encontrados um pouco por

todo o país. Os principais pontos

são Lisboa, e a região entre Vila

Real e Porto. Podem também ser

encontrados no grupo Jerónimo

Martins com Moira Adouro e Sal-

picão Adouro.

MS: Quais são os projectos que

têm em mente, tendo em conta

o problema actual da economia

portuguesa.

DP: Não estão previstos mais

investimentos, para além do que

está a ser realizado na formação

e qualificação dos colaboradores.

Se a situação melhorar no próximo

ano abriremos mais dois pontos

de venda.

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Page 59: Mundo Social

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