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A revista “Trajetórias Humanas Transcontinentais” (Trayectorias Humanas Transcontinentales, TraHs) da Rede internacional América latina, África, Europa Caribe (ALEC) “Territórios, Populações Vulneráveis, Políticas Públicas” da Universidade de Limoges (França), convoca a participar para seu terceiro número, dentro da temática: MULHERES E CONFINAMENTO EM INSTITUIÇÕES TOTAIS Do ponto de vista sociológico, entendese como uma instituição total um « local de residência ou trabalho, onde um grande número de indivíduos na mesma situação, isolados da sociedade por um período de tempo considerável, compartilham em seu confinamento uma rotina diária, formalmente administrada » (Goofman, 2001) Essas instituições são classificadas em cinco tipos fundamentais: 1) As que abrigam pessoas socialmente consideradas incapazes e inofensivas; como asilos para idosos, orfanatos, instituições para cegos ou indigentes. 2) Para pessoas consideradas incapazes de cuidar de si mesmas e que constituem um perigo involuntário para o coletivo. Referimonos aqui a hospitais psiquiátricos e de enfermos(as) infecciosos (as). 3) São os organizados para proteger a comunidade visto que representam um risco, como cárceres e/ou prisões, campos de concentração. 4) Instituições destinadas ao cumprimento de uma tarefa laboral; tais como quartéis, navios, escolas de internamento, campos de trabalho; e 5) Instituições que servem formação religiosa, como mosteiros, abadias e claustros.

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                               A   revista   “Trajetórias   Humanas   Transcontinentais”   (Trayectorias   Humanas  Transcontinentales,   TraHs)   da   Rede   internacional   América   latina,   África,  Europa  Caribe  (ALEC)  “Territórios,  Populações  Vulneráveis,  Políticas  Públicas”  da   Universidade   de   Limoges   (França),   convoca   a   participar   para   seu   terceiro  número,  dentro  da  temática:  

 MULHERES  E  CONFINAMENTO  EM  INSTITUIÇÕES  TOTAIS    Do  ponto  de  vista  sociológico,  entende-­‐se  como  uma  instituição  total  um  

«  local   de   residência   ou   trabalho,   onde   um   grande   número   de   indivíduos   na  mesma  situação,  isolados  da  sociedade  por  um  período  de  tempo  considerável,  compartilham   em   seu   confinamento   uma   rotina   diária,   formalmente  administrada  »  (Goofman,  2001)  

Essas   instituições   são   classificadas   em   cinco   tipos   fundamentais:   1)   As  que  abrigam  pessoas  socialmente  consideradas   incapazes  e   inofensivas;  como  asilos   para   idosos,   orfanatos,   instituições   para   cegos   ou   indigentes.   2)   Para  pessoas  consideradas   incapazes  de  cuidar  de  si  mesmas  e  que  constituem  um  perigo  involuntário  para  o  coletivo.  Referimo-­‐nos  aqui  a  hospitais  psiquiátricos  e   de   enfermos(as)   infecciosos   (as).   3)   São   os   organizados   para   proteger   a  comunidade   visto   que   representam   um   risco,   como   cárceres   e/ou   prisões,  campos   de   concentração.   4)   Instituições   destinadas   ao   cumprimento   de   uma  tarefa  laboral;  tais  como  quartéis,  navios,  escolas  de  internamento,  campos  de  trabalho;   e   5)   Instituições   que   servem   formação   religiosa,   como   mosteiros,  abadias  e  claustros.    

   

           O   denominador   comum   entre   estes   é   que   o   contato   com   o   exterior   é  

limitado,   os   aspectos   da   vida   são   desenvolvidos   sob   as   ordens   de   uma   única  autoridade,  o   total  de  atividades  é  realizado  de   forma  homogênea  com  outros  assuntos   sob   a   mesma   lógica,   programada   pontualmente   por   regras   formais  aplicadas   por   um   grupo   de   funcionários   que   monitora   seu   cumprimento   de  forma  incessante  e  há  uma  estratificação  entre  este  grupo  e  as  pessoas  internas,  que  são  compreendidas  como  inferiores  ou  indignas.  

No   caso   das   mulheres,   e   considerando   os   esquemas   de   gênero  predominantes   que   as   posicionam   em   desvantagens   sociais,   culturais   e  econômicas,   a   experiência   de   internação   torna   sua   situação   particularmente  séria.  

Assim,  este  número  da  revista  pretende  analisar  alguns  processos  sociais  internos   das   mulheres   confinadas,   com   o   intuito   de   gerar   conhecimento  científico  que  nos  permita  aproximar-­‐nos  de  fenômenos  sociais  que  as  paredes  e  muros  não  permitem  visualizar.    Diretora   da  Publicação:  Dominique  Gay-­‐Sylvestre,  Universidade  de  Limoges,  França.    Diretor   do   número:   Carlos   Mejía   Reyes.   Instituto   de   Ciências   Sociais   e  Humanidades  da  Universidade  Autônoma  do  Estado  de  Hidalgo,  México.    Para  consultar  as  políticas  de  publicação,  acesse  o  sítio  :    http://www.unilim.fr/trahs/index.php?id=95    A  data   limite  para   envio  de   contribuições  de   acordo   com  os  padrões  da  revista  é  

15  de  Abril  de  2018    Envío  de  propostas  aos  seguintes  endereços  electônicos:          dominique.gay-­‐[email protected]  ,    [email protected]        y      [email protected]