mulher e homem

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MULHER E HOMEM A construção do ser social

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As grandes mudanças sociais e políticas ainda não foram capazes de conferir dignidade plena à mulher, nem a outras minorias, acobertadas por um discurso democrático que, de fato, é injusto para com a parcela majoritária que deve se submeter a projetos derivados da ação de minorias que se assentam no poder.

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Page 1: Mulher E Homem

MULHER E HOMEM

A construção do ser social

Page 2: Mulher E Homem

Mulher e Homem: Seres Sociais

O homem é um ser social. Desde os mais primitivos, a necessidade de convivência é demonstrada em suas ações.

Aristóteles aponta o homem (e a mulher) como um “animal social”, ou seja, como um ser que vive e se realiza por meio do convívio social.

Page 3: Mulher E Homem

Toque humano: Kamala, após a morte de Amala, recebe comida das mãos da

senhora Singh

Page 4: Mulher E Homem

Socialização

O comportamento do indivíduo é determinado e determina a cultura (ambiente) em que vive. A esse processo de assimilação da cultura em que vivemos damos o nome de socialização.

Na verdade, a assimilação é uma das formas de adaptação; a outra é a acomodação.

Page 5: Mulher E Homem

Tornar-se aquilo que é!

Apesar do passar dos tempos, das evoluções mais variadas (sobretudo na área tecnológica), em relação aos seres humanos ainda persistem alguns mitos, a compreensão sobre o fenômeno humano ainda se encontra circundado de ideologias.

Page 6: Mulher E Homem

Tornar-se o que se quiser!!

QUEM modela a sociedade em que vivemos??

Page 7: Mulher E Homem

Exemplo

Após décadas de aumento de violência, o que explicaria a queda da mesma, no início dos anos 90, nos EUA?

(Levitt & Dubner, Freakonomics, 2005)

Page 8: Mulher E Homem

Explicação para a queda da criminalidade

Nº de menções

Estratégias policiais inovadoras 52

Crescente confiança nas prisões 47

Mudanças nos mercados de crack e outras drogas

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Envelhecimento da população 32

Leis rígidas de controle de armas 32

Melhora da situação econômica 28

Número maior de policiais 26

Todas as outras explicações (aumento da pena capital, leis contra armas escondidas, remuneração pela devolução de armas e outros...

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Page 9: Mulher E Homem

Caso Roe x Wade

Norma McCorvey: 21anos, pobre, alcoólatra, usuária de drogas, baixa escolaridade, nenhuma aptidão profissional, já entregara dois filhos à adoção e, em 1970, estava novamente grávida.

Foi tornada autora de uma ação coletiva em prol da legalização do aborto.

No dia 22 de janeiro de 1973, o tribunal decidiu a favor da Srta. Roe, o que acarretou a legalização do aborto em todo o país.

Page 10: Mulher E Homem

Então...

QUEM (E COMO) MODELA A SOCIEDADE EM QUE VIVEMOS??

Page 11: Mulher E Homem

Mulheres - Dados População nacional (IBGE, 2000): 169.799.170

Mulheres: 86.223.155 (50,78%) Homens: 83.576.015 (49,22%) Estimativa populacional (08/abril/2006, 10h30):

185.994.517

Possuem ascendência étnico-racial branca e negra 38% das brasileiras, só branca 29%, só negra 6%; branca, negra e indígena 12%, branca e indígena 9%.

Distribuição etária (cotas amostrais): 9% entre 15 e 17 anos, 20% entre 18 e 14, 24% entre 25 e 34, 19% entre 35 e 44, 16% entre 45 e 60 e 12% com 61 anos ou mais.

Page 12: Mulher E Homem

Situação conjugal: 26% solteiras (12% virgens,15% não virgens), 57% casadas (36% com registro civil, 21% sem registro), 8% separadas e 9% viúvas.

Maternidade: 75% têm filho/a(s) – sendo 55% com filho/a(s) até 18 anos, 20% com filho/a(s) maior(es) de idade – e 25% não têm filho/a.

Grau de escolaridade: 7% nunca freqüentaram escola, 59% não passaram do ensino fundamental (18% com primário incompleto, 13% completo; outras 18% com ginásio incompleto, apenas 10% completo), 27% chegaram ao ensino médio (11% incompleto, 16% completo) e apenas 6% com alguma formação superior (3% incompleta, 2% graduadas e 1% com pós-graduação).

Page 13: Mulher E Homem

No Brasil, a taxa de fertilidade das mulheres mais educadas (com mais de 10 anos de estudo) é de apenas dois filhos por mulher. Entre as analfabetas, é de 7 filhos por mulher.

Entre as mulheres mais educadas, a taxa de fertilidade desejada é de 2 filhos por mulher e a que ocorre de fato é de 2,2. Entre as analfabetas, a desejada também é de 2 filhos, mas a que ocorre é de 6,2 filhos por mulher.

Page 14: Mulher E Homem

Entre as mulheres mais educadas, a abstinência sexual depois do parto é respeitada por 3,5 meses, em média. Entre as analfabetas, é de apenas 1,5 mês.

Entre as adolescentes mais educadas (13-20 anos), o número de grávidas não chega a 20 em cada mil mulheres. Entre as analfabetas, é quase 200 por mil.

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Nos últimos 15 anos, entraram no mercado de trabalho do Brasil mais de 12 milhões de mulheres. Em 1998, a proporção de mulheres ocupadas era de 42%. Na década de 60, foi de apenas 23%.

Nos dias atuais, mais de 30 milhões de mulheres trabalham fora de casa no Brasil. Cerca de 50% estão no comércio, serviços e administração; 22% estão na agricultura; 16% na área social; 9% na indústria; 3% em outros setores.

Page 16: Mulher E Homem

Para a maioria dos casos, os salários das mulheres brasileiras são cerca de 25% menores do que os homens - para a mesma jornada de trabalho e com o mesmo nível educacional.

As mulheres estão pouco representadas nos estratos de salários altos. Entre os homens que trabalham em tempo integral (44 horas por semana), cerca de 10% ganham mais de 10 salários mínimos; entre as mulheres, são apenas 6%.

Em contrapartida, elas predominam nos estratos de salários mais baixos. Quase a metade das mulheres que trabalham em tempo integral (44 horas por semana) ganham até 2 salários mínimos; entre os homens, essa proporção é menos de 40%.

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Trabalho remunerado: 53% estão na PEA (População Economicamente Ativa), mas apenas 17% no mercado formal, outras 23% no informal e 12% desempregadas. Fora da PEA somam 47%, sendo 9% aposentadas, 8% estudantes e 30% donas-de-casa (embora estas atinjam 46%, se somadas às aposentadas, desempregadas e estudantes que exercem essa função). Apenas 17% nunca exerceram alguma atividade remunerada.

Moram em domicílios com renda familiar mensal até 2 salários mínimos 42% (hoje (2001), até R$ 360,00); mais de 2 a 5 salários 34%, 12% mais de 5 a 10, 6% mais de 10 a 20 e apenas 2% acima de 20 salários (R$ 3.600,00).

Page 18: Mulher E Homem

Dois terços do trabalho de casa são realizados pelas mulheres. A mulher gasta, em média, mais de 30 horas de trabalho por semana com os afazeres domésticos. O trabalho que mais consome tempo é a limpeza da casa e a preparação da comida.

Mesmo quando as mulheres trabalham fora, elas fazem a maioria parte do serviço de casa. Em raros casos, há ajuda dos homens. Mas o tempo que eles alocam nas atividades profissionais e do lar tende a ser o mesmo ao longo de toda a sua vida. No caso da mulher isso é muito diferente. O tempo de trabalho da mulher flutua de maneira expressiva. Em certos ciclos de vida, o trabalho se torna extremamente intenso. Isso ocorre quando se combinam o trabalho fora de casa, com os afazeres domésticos e o cuidado das crianças pequenas.

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Apesar dessa sobrecarga, a mulher vive mais do que o homem. No Brasil as expectativas de vida são de 68,4 anos para os homens e 76,1 para as mulheres (média de 72,2 anos).

As mulheres estão menos sujeitas à morte por doenças que afetam muito os homens. Dentre os brasileiros que morrem de infecções intestinais, 56% são homens e 44% mulheres. No caso de doenças parasitárias, as proporções são de 67% para os homens e 33% para as mulheres. A morte por moléstias isquêmicas do coração se divide em 59% para os homens e 41% para as mulheres. Entre as vítimas fatais de homicídios 85% são homens e apenas 15% mulheres.

Page 20: Mulher E Homem

É BOM VIVER MAIS??!

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As pessoas com mais de 65 anos estão aumentando na base de 800 mil pessoas por mês! São quase 10 milhões de pessoas por ano!

A população do Brasil aumenta menos de 2% ao ano. Mas, o grupo de pessoas entre 65-74 anos, aumenta 3,5%; e os que têm mais de 75 anos, 4% ao ano - o dobro da população em geral.

No Brasil, há cerca de 12 milhões de pessoas com mais de 60 anos - 5 milhões de homens e 7 de mulheres. O problema surge quando se constata que, dentre esses 7 milhões de mulheres, uma parcela crescente vive sozinha.

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Cerca de uma em cada cinco brasileiras (19%) declara espontaneamente ter sofrido algum tipo de violência por parte de algum homem: 16% relatam casos de violência física, 2% citam alguma violência psíquica e 1% lembra do assédio sexual.

Quando estimuladas pela citação de diferentes formas de agressão, o índice de violência sexista ultrapassa o dobro, alcançando a marca de 43%. Um terço das mulheres (33%) admite já ter sido vítima, em algum momento de sua vida, de alguma forma de violência física (24% de ameaças com armas ao cerceamento do direito de ir e vir, de 22% de agressões propriamente ditas e 13% de estupro conjugal ou abuso); 27% sofreram violências psíquicas e 11% afirmam já ter sofrido assédio sexual. Um pouco mais da metade das mulheres brasileiras declara nunca ter sofrido qualquer tipo de violência por parte de algum homem (57%).

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Dentre as formas de violência mais comuns destacam-se a agressão física mais branda, sob a forma de tapas e empurrões, sofrida por 20% das mulheres; a violência psíquica de xingamentos, com ofensa à conduta moral da mulher, vivida por 18%, e a ameaça através de coisas quebradas, roupas rasgadas, objetos atirados e outras formas indiretas de agressão, vivida por 15%.

A projeção da taxa de espancamento (11%) para o universo investigado (61,5 milhões) indica que pelo menos 6,8 milhões, dentre as brasileiras vivas, já foram espancadas ao menos uma vez. Considerando-se que entre as que admitiram ter sido espancadas, 32% declararam que a última vez em que isso ocorreu foi no período dos 12 meses anteriores, projeta-se cerca de, no mínimo, 2.160.000 espancamentos/ano no país (ou teriam ocorrido em 2001, pois não se sabe se estariam aumentando ou diminuindo), 180 mil/mês, 6.000/dia, 250/hora ou 4/minuto – um a cada 15 segundos.

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Outros “rostos”

Criança / adolescente População de 58 milhões (35,9%) 2,9 milhões (4,7%) têm alguma

deficiência Maior causa de óbito de meninos

entre 5 e 14 anos (de 1999 a 2003): agressão

Page 27: Mulher E Homem

Adolescente / jovem

em 2000, 2/3 (70,3%) do total dos jovens falecidos no Brasil morreram por causas externas (que dizem respeito a homicídio, acidentes automobilísticos e suicídios), contra apenas 12,2% dos demais falecidos na população (também por causa externa). A maioria das mortes decorrentes de homicídio: 39,2% (contra 4,7% do restante da população); em seguida, 14,2% de mortes em decorrência de acidentes em meios de transportes e 3% devidas a suicídio – a cada 100 mil jovens, 98,8 são vítimas de homicídio, tendo como momento crítico a idade de 20 anos

Page 28: Mulher E Homem

Negros

O Brasil é o país com a maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, com os negros ou afrodescendentes representando cerca de 46% dos brasileiros. De acordo com o IBGE/PNAD, do total de 173.966.052 brasileiros, 10.282.049 são pretos e 72.013.673 são pardos (os brancos alçando os 90.573.832), sendo que a população brasileira do zero aos 17 anos, dividida por cor/raça, é composta por 29.382.476 de pessoas brancas, 2.775.077 de pessoas pretas, 25.940.859 de pessoas pardas e 205.680 de pessoas amarelas ou indígenas.

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Idoso

A população daqueles com mais de 60 anos alcançará, em 2025, o patamar de 32 milhões de pessoas. A isso some-se o fato de que é constante a redução da taxa de fecundidade/natalidade e a taxa de mortalidade, aliadas a um aumento da expectativa de vida. Estima-se (conf. OMS) que até 2025 haverá um aumento de 3,5 anos de expectativa de vida, que hoje é de 68,5 anos. A médio prazo esse quadro fará com que a idosa cresça, até o início do próximo século, 8 vezes mais que a população jovem e 2 vezes mais que a população total do país.

Page 30: Mulher E Homem

Indígena

Apesar de não haver um censo oficial sobre as populações indígenas no Brasil, a Fundação Nacional do Índio – Funai estima que hoje, no Brasil, vivam cerca de 345 mil índios, distribuídos entre 215 sociedades indígenas, falando em torno de 180 línguas, que perfazem cerca de 0,2% da população brasileira.

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Pessoa Portadora de Deficiência (PPD)

Apenas a partir de 2002 o IBGE passou a incluir em suas pesquisas um inquérito sobre pessoas portadoras de deficiências (PPD’s), e então o Brasil começou a perceber uma outra realidade até então não reconhecida: são 24,5 milhões de portadores de alguma deficiência, sendo 6,59 milhões (ou 3,91% da população) portadores “apenas” de deficiência motora e física. Expressando de outro modo, 14 em cada 100 brasileiros são portadores de alguma deficiência. O menor índice relativo de portadores de deficiência encontra-se na Região Sudeste – 13,1%.

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Os portadores de deficiências são, predominantemente, do sexo feminino: 13.179.712 mulheres frente a 1.420.544 homens. E as deficiências mais presentes, proporcionalmente falando, seriam: visual (48,1%); motora (22,9%); auditiva (16,7%); mental (8,3%); física (4,1%). Mesmo assim, dos 24,5 milhões de portadores de deficiência, 9 milhões trabalham, sendo que mais da metade (4,9 milhões) ganha até 2 S.M.