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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /12 Uma cruz de integração e conectividade Uma cruz organizando um potente sistema de transporte coletivo, por teleféricos, permitindo trocas e contatos dos diversos estratos sociais dispersos por Vitória e das demais cidades do arco metropolitano, obrigando especular a superposição de modais diferenciados e eficientes, único meio de equilibrar o desafio do ir e vir das metrópoles brasileiras (BRT, ônibus, ciclovias, sistema de trasnporte marítimo). No ponto mais alto do maciço o transbordo central, somada a estação ambiental e belvedere como um novo ícone contemporâneo de conectividade e mobilidade. O marco cênico que antes separava agora é o símbolo de integração e da valorização da conectividade. Mais do que um passeio contínuo pelas orlas (Água, Canal, Mangue, Pedra) a proposta pretende a valorização do tecido urbano como um todo, articulado, muito além do sistema viário, pela superposição de todos os modais. Sai rodoviarismo concentrador entra binário inclusivo A paisagem urbana singular da orla noroeste de Vitória com densa massa construída, infraestrutura razoável, coloridíssima, naif, permeada por ruas estreitas, medievais na forma, não recomenda intervenções rodoviaristas (duplicações, túneis, desapropriações e demolições) que implicam perda de identidade e aumento de custo e tempo. Justifica-se a proposição de binário viário como alternativa ao rodoviarismo que concentra percursos e usa o lugar como simples passagem. A solução proposta de binário em mão única permitirá o usufruto, a permeabilidade desse espaço urbano através de caminhos complementares e a abertura desta paisagem renovada a visibilidade e ao uso dos locais e forasteiros. Devolverá esta área escondida, com sua singularidade vernacular ao usufruto de todos, diluindo percursos, permitindo a fruição dos diferenciados lugares, reforçando o papel das centralidades locais e, sobretudo, instaurando, sem desmanches, a continuidade urbana da Orla Noroeste de Vitória. Novos paradigmas urbanos e ambientais Organizar processos de reordenação urbana e de novas ocupações que considerem a revisão do paradigma atual e que garanta maior adensamento urbano em uma cidade compacta, abrindo espaço para recuperar e não invadir território do mangue. É necessário reforçar a conectividade morro/mangue criando estratégias para a barreira urbana que segrega esses dois ambientes, que inclui reduzir a velocidade das águas superficiais para evitar a contaminação das águas pela urbanização, aliado a tratamento de esgotos sanitários e filtragens de drenagens pluviais; recuperação de microbacias e vegetação. É necessário cotejar a recuperação do território do mangue, em entrelaçamentos sutis entre cidade e mangue que rompam com a visível linha de corte cirúgico que os separa. O mangue deve adentrar os lugares, bordas e tecidos, favorecendo a ambiência dos lugares. O lugar de toda pobreza? É fundamental conhecer o território do mangue, sistemicamente, desde a escala da macropaisagem (olhar de cima, de fora) à escala dos pequenos seres vivos (olhar de dentro) bem atendida pelos itens do edital (estações ambientais da Base da EEMIL, Ilha do Campinho, decks). O Maciço central (no Parque da Fonte Grande) ícone da macropaisagem, de onde se domina o discurso da paisagem natural e o avanço da paisagem construída, recebe uma estação ambiental e belvedere principal que revela o funcionamento dos ecossistemas e sua relação com a metrópole. Contará a história do “Lugar de toda pobreza”*, a cidade escondida fundada pelos catadores no passado recente sobre depósitos de lixo a aterrar o mangue, comprometendo o lugar de toda a riqueza ambiental. As crianças criadas junto ao lixo, hoje adultos, são testemunhas e depoentes da violência vivida. As crianças de hoje, com as novas proposições, aprenderão e certamente contarão novas histórias de riqueza ambiental e urbana. *vídeo “Lugar de toda pobreza”, Amylton de Almeida - TV Gazeta, 1983. MUITO ALÉM DA ORLA: ESTRATÉGIAS PARA UM DESENHO URBANO, ECOLÓGICO E INCLUSIVO A estrutura urbana da cidade de Vitória que gira em torno ao Maciço Central (Parque da Fonte Grande), define trechos de cidade formal visíveis, voltados para leste e para o mar, e trechos excludentes escondidos por este marco cênico que funciona como biombo. Soluções locais propostas pelo concurso agregam e fortalecem a vida comunitária, mas não garantem integração e articulação urbana desse lugar como parte da cidade formal voltada ao mar. É necessário um gesto integrador, revelador e inclusivo desta parte da cidade, representado pelo conjunto de análises e propostas. O direito a cidade: Centralidade viva Como umbigo urbano, proposição de potente centralidade na Faesa-Fazendinha, com intensa superposição de atividades (comércio, serviços, habitação, etc.), concretizando, não só a costura urbana pretendida pelo concurso, como a garantia do acesso à cidade qualificada, com usos vigorosos que completem a vida social urbana. Nela o verde dominante do Parque da Fonte Grande penetra o tecido urbano. O corredor ecológico preservado será o elo que conecta o parque com a Orla Mangue e a Orla Pedra na região da potente centralidade proposta para a Faesa-Fazendinha, passando sob ponte que recebea estação do teleférico, permitindo o fluir botânico, o ir e vir e da fauna (corredor ecológico) e dos homens (via teleférico). Lugar de trocas sociais A Orla Noroeste (cidade mangue) deve integrar-se fisicamente e socialmente a cidade mar (orla leste). É necessária a implantação de equipamentos urbanos de peso que possam expandir o interesse local, facilitando trocas e integração social, oportunizando novas atividades e empregos, articulando as diversas intervenções nas centralidades locais da área do concurso e atraindo turistas e moradores de toda a cidade a participar da vida deste lugar. Exemplificam as apresentações no palco flutuante itinerante, enriquecedor equipamento urbano como ponto focal da nova centralidade junto ao mangue preservado que se desloca, ancorando em diversas estações locais dispersas ao longo da orla. O potente mirante na Ilha do Crisógono, arquitetura chamariz no coração do mangue, que soma-se a uma rede de arenas comunitárias distribuídas pelos parques e áreas de lazer nas diversas alças do tecido urbano, como vigorosos equipamentos de sociabilização, garantindo efetiva compensação e inclusão urbana das comunidades da Orla Noroeste. É imperativo salvar o mangue Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Carapina, compõem o arco metropolitano que gira em torno a Vitória. Encarcerando um dos maiores mangues da América Latina foram construídas ganhando terra sobre este ecossistema. É imperativo salvar o mangue como território que deu origem e organiza a estrutura urbana metropolitana! Impõem-se a proposição prioritária de um consórcio de municípios da área metropolitana de Vitória, visando sua salvaguarda. Tudo que é proposto para a área do concurso, relativo à preservação do mangue, deverá sugerir soluções exemplares a serem replicadas às outras margens dos demais municípios. Desenvolvimento sustentável, conectividade e ecogênese Os conceitos dominantes das propostas, visando uma abordagem ambiental e urbana efetiva da área do concurso baseiam-se em uma visão sistêmica, onde todos os componentes da paisagem são levados em conta para formarem com suas redes de ligações e entrelaçamentos geológicos, climáticos, ecológicos e sociais, o desenvolvimento sustentável que impulsiona forças para a melhoria da qualidade de vida aliada à conservação e proteção do meio ambiente. A conectividade obriga ampla compreensão do modelado geomorfológico da paisagem natural, bem como da paisagem construída e da sua interação holística conformando a paisagem cultural. A ecogênese, compreendida como um processo de cicatrização e atenuação da violência e agressão ao meio ambiente, trabalha em busca da melhoria da qualidade ambiental urbana, aliando a vontade do homem ao dinamismo da natureza. Goiabeiras e a Estação Ecológica Municipal da Ilha do Lameirão ( Rota das Paneleiras e Base da EEMIL) Andorinhas (O Encontro) Ilha do Campinho (Uma entrada para o manguezal) Ilha do Crisógono (Mirante da Baía) Parque Municipal Baía Noroeste (Os Passos Verdes) Intervenção na Orla Pedra Ilha das Caieiras (O polo gastronômico) Faesa e Fazendinha (Um Plano de Ocupação) Estrelinha e Inhanguetá (Redesenvolvimento Urbano Intervenção na Orla Água Rodoviária/Estação Naútica Parque da Fonte Grande UFES Aeroporto CENTRO Caieiras PRAIA DE CAMBURI MARUÍPE CARIACICA VILA VELHA Parque Baía Noroeste PRAIA DO CANTO 1 Ponte Proposta Ilha do Crisógono Faesa/Fazendinha Estrelinha Ilha do Campinho Andorinhas Goiabeiras/EEMIL ILHA DO FRADE PRAIA DO SUÁ SÂO BENEDITO AV. DA PENHA AV. FERNANDO FERRARI

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Page 1: MUITO ALÉM DA ORLA: ESTRATÉGIAS PARA UM DESENHO URBANO ... · urbano da área do concurso, representado pela manutenção da Rodovia Serafim Derenzi em mão única, sentido centro

CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /12

Uma cruz de integração econectividadeUma cruz organizando um potente sistema de transporte coletivo, por teleféricos, permitindo trocas e contatos dos diversos estratos sociais dispersos por Vitória e das demais cidades do arco metropolitano, obrigando especular a superposição de modais diferenciados e eficientes, único meio de equilibrar o desafio do ir e vir das metrópoles brasileiras (BRT, ônibus, ciclovias, sistema de trasnporte marítimo). No ponto mais alto do maciço o transbordo central, somada a estação ambiental e belvedere como um novo ícone contemporâneo de conectividade e mobilidade. O marco cênico que antes separava agora é o símbolo de integração e da valorização da conectividade. Mais do que um passeio contínuo pelas orlas (Água, Canal, Mangue, Pedra) a proposta pretende a valorização do tecido urbano como um todo, articulado, muito além do sistema viário, pela superposição de todos os modais.

Sai rodoviarismo concentradorentra binário inclusivoA paisagem urbana singular da orla noroeste de Vitória com densa massa construída, infraestrutura razoável, coloridíssima, naif, permeada por ruas estreitas, medievais na forma, não recomenda intervenções rodoviaristas (duplicações, túneis, desapropriações e demolições) que implicam perda de identidade e aumento de custo e tempo. Justifica-se a proposição de binário viário como alternativa ao rodoviarismo que concentra percursos e usa o lugar como simples passagem. A solução proposta de binário em mão única permitirá o usufruto, a permeabilidade desse espaço urbano através de caminhos complementares e a abertura desta paisagem renovada a visibilidade e ao uso dos locais e forasteiros. Devolverá esta área escondida, com sua singularidade vernacular ao usufruto de todos, diluindo percursos, permitindo a fruição dos diferenciados lugares, reforçando o papel das centralidades locais e, sobretudo, instaurando, sem desmanches, a continuidade urbana da Orla Noroeste de Vitória.

Novos paradigmasurbanos e ambientaisOrganizar processos de reordenação urbana e de novas ocupações que considerem a revisão do paradigma atual e que garanta maior adensamento urbano em uma cidade compacta, abrindo espaço para recuperar e não invadir território do mangue. É necessário reforçar a conectividade morro/mangue criando estratégias para a barreira urbana que segrega esses dois ambientes, que inclui reduzir a velocidade das águas superficiais para evitar a contaminação das águas pela urbanização, aliado a tratamento de esgotos sanitários e filtragens de drenagens pluviais; recuperação de microbacias e vegetação. É necessário cotejar a recuperação do território do mangue, em entrelaçamentos sutis entre cidade e mangue que rompam com a visível linha de corte cirúgico que os separa. O mangue deve adentrar os lugares, bordas e tecidos, favorecendo a ambiência dos lugares.

O lugar detoda pobreza? É fundamental conhecer o território do mangue, sistemicamente, desde a escala da macropaisagem (olhar de cima, de fora) à escala dos pequenos seres vivos (olhar de dentro) bem atendida pelos itens do edital (estações ambientais da Base da EEMIL, Ilha do Campinho, decks). O Maciço central (no Parque da Fonte Grande) ícone da macropaisagem, de onde se domina o discurso da paisagem natural e o avanço da paisagem construída, recebe uma estação ambiental e belvedere principal que revela o funcionamento dos ecossistemas e sua relação com a metrópole. Contará a história do “Lugar de toda pobreza”*, a cidade escondida fundada pelos catadores no passado recente sobre depósitos de lixo a aterrar o mangue, comprometendo o lugar de toda a riqueza ambiental. As crianças criadas junto ao lixo, hoje adultos, são testemunhas e depoentes da violência vivida. As crianças de hoje, com as novas proposições, aprenderão e certamente contarão novas histórias de riqueza ambiental e urbana.

*vídeo “Lugar de toda pobreza”, Amylton de Almeida - TV Gazeta, 1983.

MUITO ALÉM DA ORLA: ESTRATÉGIAS PARA UM DESENHO URBANO, ECOLÓGICO E INCLUSIVOA estrutura urbana da cidade de Vitória que gira em torno ao Maciço Central (Parque da Fonte Grande), define trechos de cidade formal visíveis, voltados para leste e para o mar, e trechos excludentes escondidos por este marco cênico que funciona como biombo. Soluções locais propostas pelo concurso agregam e fortalecem a vida comunitária, mas não garantem integração e articulação urbana desse lugar como parte da cidade formal voltada ao mar. É necessário um gesto integrador, revelador e inclusivo desta parte da cidade, representado pelo conjunto de análises e propostas.

O direito a cidade:Centralidade vivaComo umbigo urbano, proposição de potente centralidade na Faesa-Fazendinha, com intensa superposição de atividades (comércio, serviços, habitação, etc.), concretizando, não só a costura urbana pretendida pelo concurso, como a garantia do acesso à cidade qualificada, com usos vigorosos que completem a vida social urbana. Nela o verde dominante do Parque da Fonte Grande penetra o tecido urbano. O corredor ecológico preservado será o elo que conecta o parque com a Orla Mangue e a Orla Pedra na região da potente centralidade proposta para a Faesa-Fazendinha, passando sob ponte que recebea estação do teleférico, permitindo o fluir botânico, o ir e vir e da fauna (corredor ecológico) e dos homens (via teleférico).

Lugar de trocas sociais

A Orla Noroeste (cidade mangue) deve integrar-se fisicamente e socialmente a cidade mar (orla leste). É necessária a implantação de equipamentos urbanos de peso que possam expandir o interesse local, facilitando trocas e integração social, oportunizando novas atividades e empregos, articulando as diversas intervenções nas centralidades locais da área do concurso e atraindo turistas e moradores de toda a cidade a participar da vida deste lugar. Exemplificam as apresentações no palco flutuante itinerante, enriquecedor equipamento urbano como ponto focal da nova centralidade junto ao mangue preservado que se desloca, ancorando em diversas estações locais dispersas ao longo da orla. O potente mirante na Ilha do Crisógono, arquitetura chamariz no coração do mangue, que soma-se a uma rede de arenas comunitárias distribuídas pelos parques e áreas de lazer nas diversas alças do tecido urbano, como vigorosos equipamentos de sociabilização, garantindo efetiva compensação e inclusão urbana das comunidades da Orla Noroeste.

É imperativosalvar o mangueVitória, Vila Velha, Cariacica, Serra e Carapina, compõem o arco metropolitano que gira em torno a Vitória. Encarcerando um dos maiores mangues da América Latina foram construídas ganhando terra sobre este ecossistema. É imperativo salvar o mangue como território que deu origem e organiza a estrutura urbana metropolitana! Impõem-se a proposição prioritária de um consórcio de municípios da área metropolitana de Vitória, visando sua salvaguarda. Tudo que é proposto para a área do concurso, relativo à preservação do mangue, deverá sugerir soluções exemplares a serem replicadas às outras margens dos demais municípios.

Desenvolvimento sustentável, conectividade e ecogêneseOs conceitos dominantes das propostas, visando uma abordagem ambiental e urbana efetiva da área do concurso baseiam-se em uma visão sistêmica, onde todos os componentes da paisagem são levados em conta para formarem com suas redes de ligações e entrelaçamentos geológicos, climáticos, ecológicos e sociais, o desenvolvimento sustentável que impulsiona forças para a melhoria da qualidade de vida aliada à conservação e proteção do meio ambiente. A conectividade obriga ampla compreensão do modelado geomorfológico da paisagem natural, bem como da paisagem construída e da sua interação holística conformando a paisagem cultural. A ecogênese, compreendida como um processo de cicatrização e atenuação da violência e agressão ao meio ambiente, trabalha em busca da melhoria da qualidade ambiental urbana, aliando a vontade do homem ao dinamismo da natureza.

Goiabeiras e a Estação Ecológica Municipal da Ilha do Lameirão ( Rota das Paneleiras e Base da EEMIL) Andorinhas (O Encontro)

Ilha do Campinho(Uma entrada para o manguezal)

Ilha do Crisógono(Mirante da Baía)

Parque Municipal Baía Noroeste(Os Passos Verdes)

Intervenção na Orla Pedra

Ilha das Caieiras(O polo gastronômico)

Faesa e Fazendinha(Um Plano de Ocupação)

Estrelinha e Inhanguetá(Redesenvolvimento Urbano

Intervenção na Orla Água

Rodoviária/Estação Naútica

Parque da Fonte Grande

UFES

Aeroporto

CENTRO

Caieiras

PRAIA DE CAMBURI

MARUÍPE

CARIACICA

VILA VELHA

Parque Baía Noroeste

PRAIA DO CANTO

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Ponte PropostaIlha do Crisógono

Faesa/Fazendinha

Estrelinha

Ilha do Campinho

Andorinhas

Goiabeiras/EEMIL

ILHA DO FRADE

PRAIA DO SUÁ

SÂO BENEDITO

AV. DA PENHA

AV. FERNANDO FERRARI

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /12

TELEFÉRICO METROPOLITANOE A NECESSÁRIA SUPERPOSIÇÃO DE MODAIS

A descontinuidade territorial representada pelas fraturas mangue/terra, pelo modelado topográfico das montanhas e pela evidencia da continuidade urbana, notavelmente estratificada, sugere a valorização da conectividade enquanto mobilidade como elemento de integração e articulação, obrigando especular a superposição de modais diferenciados e eficientes, único meio de equilibrar o desafio do ir e vir das metrópoles brasileiras.

No Concurso de Brasília, de 57, a cruz de Lúcio organizou o sistema viário de veículos. Para Vitória, 57 anos depois, propomos novamente a cruz organizando um potente sistema de transporte coletivo, por teleféricos, permitindo trocas e contatos dos diversos estratos sociais do arco metropolitano, aos demais modais. O teleférico alternativa eficiente e econômica para o transporte coletivo urbano. Já foi testato com sucesso em vários países como: Colômbia, Venezuela, Nigéria e, recentemente, no Rio de Janeiro. Em Santos e Florianópolis encontra-se em fase de projeto.

O náutico impõem-se em cidades organizadas em torno ao mangue, com valorização de vias hídricas, a enriquecer o ir e vir de moradores e visitantes, criando novos trajetos e equipamentos. As águas calmas do mangue, protegidas pelo maciço, permitindo a instalação de restaurantes flutuantes, em rede, ampliando as opções de estares urbanos, e as estações de parada de transporte coletivo articulado aos demais modais.

O modal rodoviário (coletivo e individual) se apropria do sistema anular de Vitória, que também gira didaticamente em torno ao mangue, articulado à rede de transporte coletivo, incluindo ao sistema de BRT que ligará Serra, passando pelo leste de Vitória (Av. Fernado Ferrari e Av. da Penha), voltando a Cariacica e Vila Velha. Ao setor do concurso o binário proposto anima com a passagem do transporte coletivo

Anima toda essa malha viária ordenadora, complementada pelas intervenções pontuais na Rota das Paneleiras e na Base da EEMIL, junto ao mangue profundo, ciclovias em todas as direções, a costurar o todo.

O BINÁRIO DA ORLA NOROESTE

A proposição de binário viário, em mão única, visa hierarquizar, integrar e estruturar o tecido urbano da área do concurso, representado pela manutenção da Rodovia Serafim Derenzi em mão única, sentido centro urbano-bairro, em direção à Ponte da Passagem, pela criação de Avenida Beira Mangue, em mão única, sentido bairro-centro urbano, em direção à planejada quarta ponte, articuladas por anéis rotatórios que fortalecem as diferentes pequenas centralidades locais.

Uma análise espacial da forma urbana destacam as (Mapa Axial - Space Syntax) revelam as linhas mais integradas do sistema (potencializadoras de encontros e trocas sociais) evidenciando as centralidades locais as quais o projeto proposto do binário procura valorizar como aneis de integração entre o Binário. É sobre estas linhas que comércios e serviços irão mais facilmente proliferar e sugerimos ser alvo de incentivos a melhorias urbanas que incluem a ganhos do espaço público e adensamentos qualificados.

Derenze e Beira Mangue se aproximam na Faesa e Fazendinha, distanciadas 20m, como as Ramblas de Barcelona, configurando espaço urbano contínuo, a reforçar a potente centralidade urbana principal, onde recebem a chegada do teleférico. Juntam-se também as duas vias na localidade da Ilha do Campinho, visto avanço do paredão granítico sobre o mangue. Teremos assim o binário viário conformando três grandes alças urbanas.

2

TELEFÉRICO CAPACIDADE: 10 PESSOAS POR CABINE3000 PESSOAS P/H EM CADA SENTIDOVELOCIDADE = 5M/S / 18KM/HTAM. ESTAÇÕES PEQUENAS = 600 M ²TAM. ESTAÇÕES DE TRANSBORDO = 1.200

X10 =

ABRANGÊNCIA TOTAL EST.LINHA N-S = 4,4 KMLINHA L-O = 7,7 KM

CUSTO ESTIMADO:50 MILHÕES P/ KM TOTAL= 385 MILHÕES

EX. FAESA/FAZENDINHA.:DURAÇÃO = 14 MIN

X600 X1200

ES

TAÇ

ÃO

P

EQ

UE

NA

ES

TAÇ

ÃO

DE

TR

AN

BO

RD

O

PONTE PROJETADA

ESTRELINHA

FAESA/FAZENDINHA

ANDORINHAS

UFES

ILHA DO CAMPINHO

GOIABEIRAS

EEMIL

AEROPORTO

SANTO ANTÔNIO

PARQUE DA FONTE GRANDE

AV. D

A PE

NH

A

AV. F

ERRA

RIILHA DAS CAIEIRAS

TABUAZEIRO

BARRO VERMELHO

ILHA DO FRADE

PRAIA DO SUÁ

SÃO BENEDITO

MATA DA PRAIA

REPUBLICA

PARQUE BAIA NOROESTE

ILHA DO CRISÓGONO

CENTRO

RODOVIÁRIA/TERMINAL NÁUTICO VILA VELHA

CARIACICA

N -

S

Esta

ção

Font

e G

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2,2

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2 km

4,6 km

3,1 km

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ção

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cica

L - O

Av. DerenzeBeira MangueAnéis Viários

ALÇA 2

ALÇA 1

ALÇA 3

FAESA/FAZENDINHA

MAPA AXIAL

ESTAÇÃO FAESA/FAZENDINHA

1:25.000

1:1257.5

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosDecks de OrlaCicloviaTrajetos de barcoBRTAtracadourosPalco FlutuanteArenas ComunitáriasEstações do Teleférico

2.0 4.0

SERAFIM DERENZE ORLA ÁGUA

1:125

2.07.5

0.8

5.63.6

1:125

ORLA CANAL

2.07.54.0

DET. 1 DET. 2

6.3

1:125

ORLA MANGUE

DET. 2

DET. 1

1:125

ORLA PEDRA

1:125

ORLA PEDRAANEIS VIÁRIOS (RUAS ESTRUTURANTES)RUA VIVA

2.02.0 7.5 2.04.0 5.5

A

B

C

D

Av. S. DerenzeBeira MangueOrla ÁguaOrla MangueOrla CanalOrla PedraRuas CompartilhadasAnéis Viários

A

B

C

D

E

F

E

F

A C B

DDFE

10.0

7.2 7.2

3.6

1:125 1:125

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /12

PERCOLAÇÃO DE ÁGUA DA CHUVA

ORLA MANGUEORLA ÁGUA ORLA CANALORLA PEDRA

ESTOCAGEM

LIMPEZA

QUEIMA

3

Palco flutuante com base de apoio na FAESA/FAZENDINHA, quando rebocado permite apresentações itinerantes ao longo de pontos estruturados na orla.

Recorte de aplicação de equipamentos orla água. (item 3.1.1.1 do edital).

Inventário Botânico para aplicação paisagística na proposta

A orla define um conjunto de atividades e equipamentos que serão replicados.

ORLA MANGUE. Sistema de bancos em peças modulares de concreto, o que permite um desenho de orla com quebra de continuidade e capilaridade de espaços verdes, conformação de lugares/estares.

Dois modelos de passarelas. Na orla pedra, estruturada em elementos metálicos, na orla água, uma solução leve em madeira laminada colada que possibilita adequar-se a diversidade do terreno.

Pérgula estruturante de equipamentos públicos, sua modulação permite integrar elementos de sombreamento, suportes para vegetação (trepadeiras), sanitários e conformação dos queimadores de mariscos que utilizam três módulos contíguos.

TRELIÇA EM MADEIRA LAMINADA COLADATELA DE PROTEÇÃO

CORRIMÃO

PLACA APOIADA NAS TRELIÇAS

SAPATA FLUTUANTE EM 3 CAMADAS DE TORAS DE MADEIRA

APOIO EM ESTRUTURA TIPO ÁRVORE

CONEXÃO METÁLICA PARA VARIAÇÃO DE

PALCO APOIO

PLATAFORMA HORIZONTAL DE CONEXÃO

ALICERCE TERRA

GUARDA CORPO ESTRUTURAL

PLATAFORMA INCLINADA

ALICERCE ÁGUA

PLATAFORMA HORIZONTAL DE APOIO

Rhizophora mangle(Mangue-vermelho)

Avicennia schaueriana(Mangue-preto)

Laguncularia racemosa(Mangue-branco)

Hibiscus pernambucensis(Hibisco-do-mangue)

Spartina alterniflora(Capim-marinho)

Conocarpus erectus(Mangue-de-botão)

Acrostichum aureum (Avencão)

Thypha domingensis (Taboa)

Triplaris brasiliensis(Pau formiga)

Syagrus psuedococcocus(Coco-amargoso)

Tibouchina granulosa(Quaresmeira)

Schinus molle(Aroeira-salsa)

Syagrus romanzoffiana(Jerivá)

Schinus terebinthifolius(Aroeira)

Handroanthus umbellata(Ipê-amarelo-do-brejo)

Caesalpinia ferrea(Pau-ferro)

Bauhinia forficata(Pata-de-vaca)

Callistemon(Escova-de-garrafa)

Inga vera(Ingá-do-brejo)

Handroanthus impetiginosus(Ipê-roxo-de-bola)

Senna macranthera(Cássia aleluia)

Cassia fistula(Chuva-de-ouro)

Erythrina speciosa(Mulungu-do-litoral)

maré altanível médio

maré baixa

Rhizophora mangle

Avicennia schaueriana

Laguncularia racemosa

Hibiscus pernambucensis

Spartina alterniflora

Acrostichum aureum

Vegetação terrestre

GRELHA BUEIRA

CESTA ECOLÓGICA BUEIRO

DRENO

CONTENÇAÕ BUEIRO

ACÚMULO LAMA

SUB BASE PARA DISTRIBUIÇÃO DE CARGA E RETENÇÃO DE MATERIAL

TIPO GEOCELLS

TRECHOS DE PISO EM CONCRETO INTERTRAVADO TIPO PAVER COM REAPROVEITAMENTO DE MATERIAL

LOCAL

DRENO PARA ACÚMULO DE ÁGUA EM CANTEIRO

BUEIRO

CICLOVIA

CANTEIRO DE PERCOLAÇÃO

CONTENÇÃO CANTEIRO

PLACAS DE CONCRETOA

A

A

A

B

B

B

B

B

B

C

C

C

C

A

B

B

C

D

D

DCORTE BANCO

ESCOAMENTO ÁGUA CHUVA

PISO COM RANHURASPARA DIRECIONAMENTODE ÁGUA

ABERTURAS NO MEIO FIO PARA ESCOAMENTO DE ÁGUA PARA CANTEIRO DE PERCOLAÇÃO

3,6m

3,6m

1:500

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /124

Goiabeiras e Estação Ecológica Municipal da Ilha do Lameirão A Rota das Paneleiras e Base da EEMIL

A Ponte da Passagem, sobre o canal de Santa Maria da Vitória, valoriza o nó de mobilidade representado pela Avenida Fernando Ferrari e pelos meandros em direção ao mangue profundo, garantindo articulação rodoviária, cicloviária e náutica à universidade e às áreas, contíguas, das duas intervenções.Desde a Avenida Fernando Ferrari o acesso viário ao Centro Cultural da Panela de Barro, que deverá abrigar unidade de produção artesanal tradicional com instalações de visitação, pesquisa e documentação, com proposta de praça organizadora, que valoriza de um lado o pavilhão existente abrigando auditório, biblioteca, laboratório, exposição, lojas e oficinas e de outro, novo conjunto com espaço para armazenagem de argila e madeira, pavilhão para modelagem, tingimento e secagem, e local de queima das panelas em espaço aberto. A praça tem como pontos focais a Orla Água, representada pelo atracadouro, que garante o acesso náutico dos visitantes, o transporte do tanino, retirado do manguezal, que dá cor às panelas; as arquiteturas e o pórtico do Parque Tecnológico de Vitória.Um eixo articulador das arquiteturas do Parque Tecnológico, reforçado por passeio contínuo e ciclovia, junto ao mangue, liga a Rota das Paneleiras, à Base da EEMIL e ao campo de futebol de Goiabeiras, proporcionando deslocamento e lazer à comunidade.Passarelas suspensas articulam nova praça, no encontro do eixo organizador com o passeio contínuo e ciclovia, ancorando as arquiteturas do Centro de Visitantes da Estação Ecológica (auditório, biblioteca, administração, recepção) ao atracadouro, facilitando a visitação, com rampa, guarda de barcos e equipamentos náuticos. Viveiro de mudas complementa a proposta de educação ambiental e valorização da Orla Mangue na Base da Estação Ecológica Municipal da Ilha do Lameirão, com território de 892ha. O Conjunto das duas intervenções articula-se com a Ufes por passarela, por sobre o mangue, junto ao atracadouro do Centro Cultural da Panela de Barro.

Itens 3.2 e 3.3 do Termo de Referência do Concurso

1:5000

1:2500

1:500

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadePontos de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

DEP. ARGILA

LAB.+BIBLIOTECADEP. MADEIRA

QUEIMADORES EXPOSIÇÃO

MODELAGEM CIRC. VERTICAL

DEPÓSITO

CIRCULAÇÃO

BWC

TINGIMENTO

SECAGEM

AUDITÓRIO

QUEIMADORES DE PANELAS / ORGANIZAÇÃO E ESQUEMATIZAÇÃO: COIFA MÓVEL SOBRE TRILHOS

VIVEIROS DE MUDAS

MANGUE

RECUPERAÇÃO DE MANGUE(VEGETAÇÃO DE TRANSIÇÃO)

ATRACADOURO

PASSAGEM DE SERVIÇO

PASSEIO CONTINUO

PRAÇA

ATRACADOUROCOMUNITÁRIO

PÁTIO DE MATERIAIS E QUEIMA

INTERLIGAÇÃO COM A UFES

PRAÇA DE ACESSOBASE DA EEMIL

EDIFICAÇÃO PROPOSTAPANELEIRAS

PORTAL

PRAÇA

RUA COMPARTILHADA

EDIFICAÇÃOEXISTENTE

EIXO

ART

ICU

LAD

OR

PORTAL

PASSEIO CONTINUO

ESTACIONAMENTO

PASSEIO CONTINUO

EEMIL

CANAL

MANGUE

MANGUE

PASSARELA P/ UFES

ÁREA DE QUEIMA

ESTACIONAMENTO

DEP. MADEIRA

DEP. ARGILA

APOIO

APOIO

APOIO

PINTURA

MODELAGEM

PORTAL

PRAÇA

RUA COMPARTILHADA

RUA COMPARTILHADA

ATRACADOURO

GALPÁO EXISTENTEMANGUE

PRAÇA

PARQUE TECNOLÓGICOPARTIDO DE IMPLANTAÇÃO

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /125

Andorinhas | O Encontro

A velha Ponte da Passagem, renovada por intervenção que a transformou em marco visual urbano, ressaltando o importante papel das pontes na paisagem urbana da Ilha de Vitória, por ser o “ponto exato onde o canal passa de endereço valorizado em direção à praia a relegado no sentido oposto” como comprova, nesta área de intervenção, a sofrida qualidade urbana do bairro Andorinhas, limite de uma das três alças organizadoras do binário viário do projeto urbano, justifica as propostas de revitalização do lugar, hoje inseguro e marginalizado pela presença ostensiva de droga sob a ponte, com requalificação possibilitada pela renovação de usos urbanos atrativos chamando equipamentos e olhares diversos de uma nova clientela, visando aumentar, também, os níveis de segurança.Na margem direita do canal, praça em dois níveis, com playground, quadra esportiva e área para a feira comunitária de Andorinha, com deck junto ao canal (Avenida Beira Mangue), conectada a parque verde próximo preexistente, interno ao bairro, equipado com Arena Comunitária, e articulada, por passarela, sobre pista em trincheira ligando Andorinhas, à plataforma Mirante Saturnino de Brito, por sobre o penhasco, com sombreamento protetor, tendo como ponto focal o eixo da trepidante centralidade, representada pela Avenida e Convento da Penha. Complementa a proposta Centro Náutico, junto ao canal, recompondo o aterro da velha ponte, com galpão para barcos, cais, marina, decks e ciclovias.Na margem esquerda do canal, no nível do rio e junto à passarela de pedestres/ciclovia, no lugar mais escondido e degradado, a proposta de uma vigorosa praça, com áreas para esportes (pista de skate), conjunto de mastro para bandeiras, e ampliada por decks sobre estruturas metálicas que aproveitam os embasamentos estruturais em concreto, das pontes, possibilitando a articulação, por sob as pontes, da ciclovia em direção ao campus universitário. Complementam a margem do canal, em frente ao centro esportivo da universidade, arquibancadas para remo, restaurantes e trapiches. Fazendo frente à praça e ao deck, que recompõem o aterro da velha ponte, barra arquitetônica com Centro Gastronômico e boêmio. Por sobre a elevação, atrás do centro gastronômico, Restaurante Panorâmico que descortina o lugar qualificado pelo conjunto de propostas.

Item 3.4 do Termo de Referência do Concurso

BIBLIOTECABIBLIOTECA

RECEPÇÃORECEPÇÃO

BWCBWC

CANTINACANTINA

COZINHACOZINHA

VESTIÁRIOVESTIÁRIO

COPACOPA

ADMINISTRAÇÃOADMINISTRAÇÃO

SALASALA

AUDITÓRIOAUDITÓRIO

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadePontos de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

MANGUE

RESTAURANTE PANÔRAMICO

PIER

CLUBE DE REMO/ARQUIBANCADAS

SKATE

PLAY

ESTAR

BARCO/ RESTAURANTE

AV. BEIRA MANGUE

CASAS/ INCENTIVO RESTAURANTE

PRAÇA/ FEIRA

CONTINUAÇÃO DO PASSEIO

DA ORLA

MIRANTE

MARINA PÚBLICA

TERRAÇO

QUADRA

CONTORNO EM TRINCHEIRA

VIA GASTRÔNOMICA

AV. NO

SSA SENH

ORA D

A PENH

A

AV. F

ERNA

NDO

FER

RARI

RUA ARGEU PEREIRA

PASSEIO CONTINUO

PASSARELA/ RAMPA

PASSARELA/ RAMPA

ACESSO SERVIÇO

ESTAR

RECUPERAÇÃO DE MANGUE

PÉRGULAESTRUTURANTE

PÉRGULAESTRUTURANTE

ATRACADOURO

GARAGEM DE BARCOS

PASSEIO CONTINUO

VÍVEIROS DEMUDAS

VÍVEIROS DEMUDAS

ESTAR

PASSEIO CONTINUO

CENTRO DE VISITA

BÍBLIOTECA

AUDITÓRIO

PARQUE TECNOLÓGICO

1:5000

1:500

1:1250

Base da EEMIL | Centro de visitantes (3.3.1)

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /126

MANGUE

MANGUE JARDIM DE MANGUE

ESTACIONAMENTO

CICLOVIA

SKATE

LÁMINA D’AGUA

PONTEPONTE

PROJEÇÃOPASSARELA

DECK DECK

ACESSO RESTAURANTE PANORÂMICO

RESTAURANTE

RESTAURANTE

RESTAURANTE

PÉRGULA ESTRUTURANTE

PÉRGULA ESTRUTURANTE

RUA COMPARTILHADA

RUA COMPARTILHADA

MIRANTE

PASSARELA

PÉRGULA ESTRUTURANTE

PRAÇA/ FEIRA

TERRAÇO

RUA COMPARTILHADA

DECK

PASSARELA CONTORNO EM TRINCHEIRA

AV. BEIRA MANGUE

PONTE

PONTE

QUADRA POLIESPORTIVA

RUA ARGEU PEREIRA

ILHA DO CAMPINHO

PASSEIO CONTINUO

1:500 1:500

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /127

Ilha do Campinho | Uma entrada para o manguezal

Priorizando a proteção do mangue o ideário da proposta reforça seu papel como portal de acesso às rotas de navegação, educação ambiental e de interligação pelo manguezal, através de eixo unindo a rua de maior centralidade, da Habitação de Interesse Social, às passarelas elevadas de penetração ao manguezal, que organizam e ancoram as arquiteturas do Centro de Visitantes (auditório, biblioteca, administração, recepção, cantina e sanitários), funcionando como mirante linear que leva ao atracadouro. Proposta da Habitação de Interesse Social como lugar de máxima centralidade urbana, com implantação em alta densidade, com usos variados, em áreas já impactadas, pontuando a alça urbana conformada pelas avenidas Serafim Derenzi e Beira Mangue, organizadoras do binário viário principal.Reforçam a centralidade urbana largos de pedestres funcionando como corredores de conectividade mangue/maciço e praça comunitária voltada às feiras-livres, como interface entre o preexistente e o novo. Quatro pátios internos organizam as arquiteturas conformadas por barras de habitação de 1 a 3 dormitórios, em unidades duplex, superpostas e com ventilação cruzada; comércio nos térreos voltados às ruas com estacionamentos, que recriam em suas coberturas áreas de lazer.Junto à orla da Avenida Beira Mangue, a área de lazer voltada ao esporte, com campo de futebol society, duas quadras de bocha, playground infantil, academia para terceira idade.Estacionamentos para visitantes (20 carros e 2 ônibus) margeiam a Avenida Beira Mangue.

Item 3.5 do Termo de Referência do Concurso

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadePontos de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosPátiosParques

HABITAÇÃO 3 DORM.

HABITAÇÃO 2 DORM.

HABITAÇÃO 1 DORM.

COMÉRCIO

CANAL

MANGUE

MANGUE

QUADRAS

FUTEBOL

ESTAÇÃO ESGOTO

PASSARELA

PASS

AREL

A

ATRACADOURO

ESCOLA COM PRAÇA ABERTA

ESTACIONAMENTO

CENTRO DE VISITANTES

POSSÍVEL EXPANSÃO DE HABITAÇÃO

PÁTIO

PEATONAL

PÁTIO

PÁTIO

PÁTIO

PEATONAL

AV. BEIRA MANGUE

ROD

OVIA SERAFIM

DERENZI

COMÉRCIO/SERVIÇO

PRAÇA /FEIRA

RUA OZÍAS SARMENTO RODRIGUES

RUA

JOSÉ M

ARTIN

S DELA

ZARI

COMÉRCIO/SERVIÇO

COMÉRCIO/SERVIÇO

PASSEIO CONTINUO

PASSEIO CONTINUO

PÁTIO/ ESTACIONAMENTO

COMÉRCIO/SERVIÇO

COMÉRCIO/SERVIÇO

COMÉRCIO/SERVIÇO

COMÉRCIO/SERVIÇO

PRAÇA FEIRAS

PLAYGROUND

ROD

OVIA SERAFIM

DERENZI

RUA OZIAS SARMENTO RODRIGUES

CAMPOBOCHA

BOCHA

CANAL

MANGUEMANGUE

QUADRA

AV. BEIRA MANGUE

PASSARELA

CENTRO DE VISITANTES

CANAL MANGUE

SKATE

PÉRGULAESTRUTURANTE

ACADEMIA 3ª IDADE

PLAYGROUND

PRAÇA

PRAÇA

1:1250

1:500

1:5000

1:500

Centro de visitantes (3.5.3)

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /128

Ilha do Crisógono | Mirante da Baía

Pontua a ilha colossal derrame granítico, em altura, determinando o topo da pedra como potente mirante (360°) da paisagem natural e construída que gira em seu entorno: rias/baías, canais, mangue profundo, serras portentosas, cidades, etc. Em que pese a definição da área como de preservação permanente, a discursiva vocação do mirante natural sugere proposição de elemento arquitetônico leve, mas marcante, com elevadores, escadas e passarelas elevadas, em nível do mirante, garantindo acessibilidade a todos, além de trilhas.Para alcançar a ilha, passarela em altura (4m) por sobre o mangue, também garantindo acessibilidade a todos e a navegação, desde praça, junto ao canal, com estacionamentos, criada na Avenida Beira Mangue, próxima às escolas de educação infantil e fundamental, articulada por anel rotatório à Avenida Serafim Derenzi. O novo plano de massa, solicitado pelo concurso para as escolas (EMEF e CEMEI), facilita a implantação da Avenida Beira Mangue junto às mesmas e a nova relação com o entorno esboçada pela proposta urbana.A principal proposição para o conjunto escolar baseia-se na liberação do térreo com construção de uma nova barra, com 4000m2, em três níveis, articulados por rampas, no primeiro, creche do CEMEI e o auditório, no segundo creche do CEMEI e biblioteca e no terceiro pátio esportivo coberto e telado. Os volumes centrais preexistente serão mantidos abrigando o EMEF e refeitório. O pátio da escola abrirá suas portas para a Avenida Beira Mangue, nos fim de semana e feriados, para uso da comunidade. O espaço verde em torno à pedra existente será também devolvido, como praça, para uso comunitário. O remanejamento da escola permite sua integração à nova Avenida Beira Mangue, enriquecida pela criação de uma praça linear, ao longo da orla canal, com denso plantio de vegetação de mangue, visando sombreamento, com pérgula central ladeada por equipamentos urbanos abrindo para o canal, colorido pelos barcos do píer flutuante. O conjunto proposto para a praça funciona como portal de acesso, articulado por passarela, ao mirante da Ilha do Crisógono.Na Ilha do Crisógono, ao final da passarela, junto ao atracadouro, Torre de circulação vertical (elevador, escadas e banheiros) e sustentação dos estais das passarelas elevadas, em nível do mirante no topo da pedra, iniciando com balcão estaiado como mirante, em um extremo, e pontuadas com estares equipados com bar, café, loja de souvenires, etc., em direção ao mirante. Próximo ao atracadouro, também, um anfiteatro natural assentado na pedra, permitindo apresentações no palco flutuante itinerante proposto. A Ilha enriquecida pela proposta arquitetônica do mirante será permeada por uma rede de trilhas incentivadoras do turismo de aventura propiciado pelo monumento natural do mangue e do derrame granítico.

Item 3.6 do Termo de Referência do Concurso

SALAS

CIRCULAÇÃO

CIRC. VERTICAL

AUDITÓRIO

BWC

DEPÓSITO

BIBLIOTECA

REFEITÓRIO

PÁTIO C/ QUADRAS

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadePontos de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

MANGUE

PASSARELA MANGUE

PRAÇA LINEAR

ESCOLA

RUA JOSÉ COELHO DAS FLORES

ATRACADOURO

MIRANTE

CLUBE

ATRACADOURO/PLATÉIA/

PALCO FLUTUANTE

PASSARELA PEDRA

ILHA DO CRISÓGONO

MANGUE

RUA DAS FLORES

EDIFÍCIO AMPLIAÇÃO

RUA SÃO PEDRO

CAFÉ

PASSEIO CONTINUO

PASSEIO CONTINUO

ATRACADOURO

PASSARELAILHA DO

CRISÓGONO

CANALCANAL

PÉRGULAESTRUTURANTE

AV. BEIRA MANGUE

PRAÇA

PRAÇA CENTRO DE VISITANTES

RUA JOSÉ CO

ELHO

DAS FLO

RES

RUA

DA

S FL

ORE

S

MANGUE MANGUE

AV. BEIRA MANGUE

RUA

SÁO

PED

RO

ESTACIONAMENTO

EDIFÍCIO EXISTENTE

EDIFÍCIO PROPOSTO

PATIO CRECHE

MANGUE

PASSEIOCONTINUO

EDIFÍCIOPROPOSTO

PATIO ESCOLA ABERTA

1:5000

1:1250

1:500

1:500

Orla Canal | Item 3.1.1.3 do Termo de Referência

Partido de Implantação EMEF (3.6.6)

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /129

Parque Municipal Baía Noroeste | Os Passos Verdes

Esta intervenção consolida mais uma das arenas comunitárias propostas, como efetiva compensação urbana às sofridas comunidades fundadoras da Orla Noroeste (Condessa, São Pedro, Santos Reis, São José, Santo André, Ilha das Caieiras, Conquista, Redenção, Nova Palestina e Resistência) cenário do impactante video de 1983. Na área de lazer, conquistada pelas comunidades ao mangue, em frente ao canal, conformando a Arena Comunitária, duas passarelas/ mezanino, com pé direito duplo, ancoram os itens do programa (auditório, biblioteca, recepção e administração do Centro de Visitantes, quadras de bocha, vestiários, academia de terceira idade) articuladas por praça central descoberta, de usos variados (sociais, esportivos e culturais) guarnecidos por arquibancadas; junto ao mangue, quadra de futebol society; na outra extremidade quadra poliesportiva, contígua à mancha de mangue existente. Pontes em altura resguardam a navegação por sobre o canal, ligando as passarelas à ciclovia e às calçadas da Avenida Beira Mangue. Atrás da Arena, estacionamento, com acesso junto ao canal. O canal, margeado pela Avenida Beira Mangue, que separa a área urbana da imensa ilha verde, será o elemento estruturador da proposta que pretende a valorização da paisagem marinheira, pela presença de barcos, pontes, ciclovias e decks, a garantir o passeio contínuo pretendido pelo Termo de Referência do Concurso. Completa a proposta pista de caminhada junto ao Parque e ao longo da Avenida Beira Mangue.

Intervenção na Orla Pedra

O conceito de ecogênese embasa a proposta da via de circulação de veículos para ligação dos bairros Resistência e Nova Palestina, solicitada pelo concurso, enriquecendo paisagisticamente a presença marcante da imensa pedra, que sustenta a ocupação urbana e que se derrama sobre o mangue e a beira do rio. Valorização do topo da pedra com criação de espaço público urbano margeado por barras edificadas, visando a relocação da população local, com densidades que garantam segurança ao lugar; com equipamentos comunitários e esportivos nas coberturas, reforçando o terraço capixaba com usos coletivos; garantindo a conectividade dos níveis altos e baixos, através de rampas contínuas, animadas por botecos, que mergulham por sob a Beira Mangue elevada, reveladora da paisagem, em direção a decks que recriam porto/praia, junto à ciclovia, onde a pedra toca o rio, com equipamentos de fruição da água pela comunidade, permitindo a conectividade urbana e ambiental.

Item 3.7 do Termo de Referência do ConcursoItem 3.1.1.4 do Termo de Referência do Concurso

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadePontos de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

CAMPO ARENA

ARENA

JARDIM DE MANGUE

PÉRGULA ESTRUTURADORA

PRAÇA CENTRAL

ATRACADOURO

AV. BEIRA MANGUE

AV. B

EIRA

MAN

GU

E

ESTACIONAMENTO

ARQUIBANCADAS

ARQUIBANCADAS

ARQUIBANCADAS

ARQUIBANCADAS

BOCHA

BOCHA

PÉRGULA ESTRUTURADORA

PÉRGULA ESTRUTURADORA

CENTRO DE VISITANTES

CENTRO DE VISITANTES

VEST. VEST.

SALAS MULTIUSOPASSARELA

PASS

ARE

LA PASS

ARE

LA

AV. B

EIRA

MAN

GU

E

PASSEIOCONTINUO

PASSEIOCONTINUO

DECK

JARDIM DE MANGUE

MANGUE

MANGUE

MANGUE

CANAL

MANGUE

CANAL

MANGUE

MANGUE

ATRACADOURO

PASSEIOCONTINUO

PASSEIOCONTINUO

AV. B

EIRA

MAN

GU

E

PRAÇA

AV. B

EIRA

MAN

GU

E

PASSARELA/ RAMPA

EDIFÍCIOHABITACIONAL

PEDRA

ILHA DO CRISÓGONO

ILHA DAS CAIEIRAS

ILHA DOCRISÓGONO

1:500

1:5000

1:500

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /1210

Ilha das Caieiras | O polo gastronômico

A intervenção na chamada Ilha das Caieiras evidencia a transformação da paisagem resultante dos aterros de lixo, praticados em passado não muito distante. Desde lá avança o derrame contínuo da paisagem construída sobre a paisagem natural totalmente modificada. A ex-ilha das Caieiras, fruto da queima das conchas dos mariscos para a produção de cal, pontua a paisagem, como um pólo gastronômico, com linguagem arquitetônica e urbana vernacular atrativa, equipada (três escolas e posto de saúde), mas desprovida de infraestrutura mínima.Propostas visando sua qualificação a serem implantadas gradativamente:Criação de dois estacionamentos, de maior porte, próximos das escolas existentes, para abrigar a clientela dos diferenciados restaurantes, viabilizando a transformação da exígua via frontal em Rua Viva como estar urbano; com rede elétrica subterrânea no trecho; valorizando identidades locais como o Museu do Pescador; incentivando o uso intensivo da cor em suas fachadas naifs; transformando o muro morto, na Rua Felicidade Corrêa dos Santos, da CMEI Georgina da Trindade Faria, em praça com comércio de artesanatos e serviços; priorizando pedestre, ciclista e cadeirantes; com tráfego de veículos proibido para visitantes, articulada com praças verdes, como marcos urbanos referenciais, sobre as coberturas dos estacionamentos. A construção do estacionamento, próximo ao Posto de saúde e escola, implicará em desapropriações.Transformação da vegetação bastante densa nos fundos de lote, em Parque escarpado no topo da Ilha, com domínio da vista, incentivando trabalho associativo de vizinhança e visando a qualificação ambiental do lugar. O parque será espacialmente conectado através de ruas existentes ligando, por exemplo, a Rua Dr Bezerra de Meneses e seus meandros, continuação da Rua Coragem, por funicular, com o Museu do Pescador e dos Queimadores de Marisco, junto à orla.Como continuação da imensa praça, junto à orla, atracadouros, trapiches e decks contínuos, em frente aos restaurantes que abrem para a vista, em níveis diversos, com soluções flutuantes, visto a variação da maré, desde os Queimadores de Marisco e Peixaria Comunitária até a Central de Beneficiamento de Pescados.Incentivar o uso pela comunidade, em fim de semana e dias festivos, dos espaços abertos das escolas e do campo do futebol enriquecido por fachadas comerciais e de serviços, vivas e reforçadoras da centralidade. Valorizando a preservação do Polo Gastronômico, com sua fachada náutica, representada pelos restaurantes, atracadouros, trapiches e decks, a Avenida Beira Mangue interioriza, contornando a Ilha das Caieiras pela rua Felicidade Corrêa dos Santos, voltando a ser Beira Mangue na esquina da praça recém implantada, junto ao posto de saúde e o estacionamento.

Item 3.8 do Termo de Referência do Concurso

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadeP. de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

SALA DE EXPOSIÇÃO

LAVAGEM DE UTENSÍLIOS

COPA

ADMINISTRAÇÃO

VESTIÁRIOS

WC

ESTOCAGEM

EMBALAGEM

CONGELAMENTO

BENEFICIAMENTO

RECEPÇÃO E LAVAGEM DE PRODUTO

CENTRAL DE BENEFICIAMENTO

DECK/ ATRACADOURO

DECK/ ATRACADOURO(3.8.4)

DECK/ ATRACADOURO

DECK

QUEIMADORES DE MARÍSCOS (3.1.6)

CENTRO DE SAÚDE

ESCOLA

PEIXARIA COMUNITÁRIA

PRAÇA/ ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO

PARQUE VERDE

ILHA DAS CAIEIRAS

FUNICULAR

PRAÇA/ ESTACIONAMENTO SUBTERRÂNEO

IGREJA

ELEVADOR

TERRAÇO DA ESCOLA SOBRE COMÉRCIO

ESCOLA

PRAÇA DE CONEXÃO

PRAÇA DE CONEXÃO

PASSEIO CONTINUO

PARQUE BAÍANOROESTE

Central de Beneficiamento de pescados (3.8.1)

PASSEIOCONTINUO

DECK

ATRACADOURO

CENTRAL DE BENEFICIAMENTO

RUA VIVA/COMPARTILHADA RUA VIVA

PRAÇA SOBRE ESTACIONAMENTO(item 3.8.3)

PERGOLADO ESTRUTURADOR

RUA COMPARTILHADA

1:1250

1:5000

1:500 1:500

Deck de Orla na Ilha das Caieiras: sistema para instalação de lajes em etapas para ampliação do número de restaurantes locais

etapa 1 . deck de orla (passeio contínuo) etapa 2 . instalação de lajes superiores para os restaurantes locais

trecho principal de orla (3.8.7)

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /1211

Faesa e Fazendinha Um Plano de Ocupação

Propomos a intervenção na Faesa e na Fazendinha como cunha inclusiva da cidade formal qualificada na Orla Noroeste, possibilitando o convívio dos diversos estratos sociais atraídos pelas oportunidades proporcionadas pela nova centralidade, com usos vigorosos que completem a vida social urbana, possibilitando desenvolvimento com redução de deslocamentos, chamando equipamentos urbanos de peso, como aqueles institucionais voltados a decifrar o paradoxo da ocupação urbana sobre o mangue.Desde o nível da água a avenida Beira Mangue sobe, pelo lado da Faesa, como via panorâmica e pelo outro lado, contornando a imensa pedra, para juntar-se à Avenida Serafim Derenzi, conformando rótula em mão única organizadora da potente centralidade urbana. O umbigo da proposta é a estação de transbordo, junto às pontes elevadas, sobre o verde do talvegue/mangue, como corredor ecológico preservado, conectando os ecossistemas do lugar, dominando a visão da paisagem natural e construída, garantindo conectividade pela mobilidade, em escala urbana e metropolitana, com superposição dos diferenciados modais, em um mesmo ponto. Nele, junto às balaustradas das pontes, como parte da rótula viária central, em mão única, representada pelas Avenidas Serafim Derenzi e Beira Mangue, ancoram as cabines dos teleféricos, indo e vindo em direção à estação ambiental e belvedere, no ponto mais alto do maciço do Parque da Fonte Nova, que conecta a Orla Noroeste com as demais centralidades metropolitanas.A alta densidade das barras arquitetônicas propostas, paralelas, envolvendo pátios, organizando quadras, definindo esquinas e eixos de transição aos parques, garante atrativa e convergente centralidade urbana, em torno ao espaço agregador da superposição dos usos diversos, representado pelo afastamento de 20m, entre as duas avenidas, tratado como ramblas verdes reforçadas pela superposição de modais. Nos térreos e sobrelojas das barras, frontais às ramblas, pórticos a proteger o ir e vir, dos pedestres, e as atividades externas dos comércios; acima dois níveis de serviços e por sobre, recriação do verde dos térreos e barras de habitação. Estacionamentos sob as barras.Na área predominantemente verde em frente à centralidade principal proposta, a mancha de mangue é guarnecida por duas imensas formações rochosas, sendo a mais discursiva apropriada para receber estação ambiental, jardim botânico e Parque de Esculturas voltados à celebração e estudo do ecossistema pedra, articulada por rede de trilhas e ligada a praça verde organizadora das barras arquitetônicas, na outra formação rochosa, por esbelta passarela, em cota elevada. Trilhas articulam, também, a pedra maior à rótula viária por entre as barras arquitetônicas.Um palco flutuante itinerante, somado a anfiteatro fixo na margem, complementado por equipamento cultural de apoio, no edificio existente preservado, coroa a proposta, reforçando o passeio contínuo proporcionado por fartos decks, pairando sobre o mangue, com ciclovia e passeio de pedestre, abrigando, estares urbanos com mobiliário adequado.

Item 3.9 do Termo de Referência do Concurso

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadeP. de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

MANGUE

DECK ORLA PEDRA

ESPAÇO DE EXPOSIÇÃO

PASSARELAELEVADOR

RAMBLA CENTRAL

CORREDOR ECOLÓGICO

PRAÇA

PRAÇA

CORREDOR ECOLÓGICO

TERRAÇO

ESTAÇÃO AMBIENTAL;JARDIM BOTÂNICO/

PARQUE DE ESCULTURAS

EDIFICIODE APOIOCULTURAL

TERRAÇO

PALCO FLUTUANTE/PLATÉIA

EDIFICIODE APOIOCULTURAL

ESTAÇÃO DE TRANSBORDO FAESA FAZENDINHA

(TELEFÉRICO/ ÔNIBUS)

PORTAL DO PARQUE DA FONTE GRANDE

ACESSO PEATONAL

ROD

OVI

A S

ERA

FIM

DER

REN

ZI

RODOVIA SERAFIM DERRENZI

AV. QUATRO DE SETEMBRO

RUA MAN

OEL RO

SIND

O D

A SILVA

AV. B

EIRA

MA

NG

UE

PAN

ORÂ

MIC

A

AV. BEIRA MANGUE

DECK ORLA PEDRA

TRILHAS

TRILHAS

TRILHAS

PASSEIO CONTINUO

PASSEIO CONTINUO

1:2000

1:7500

PLANO DE OCUPAÇÃOÁREA TOTAL DA GLEBA 200.000,00m²ÁREA LIQUIDA CONSTRUÍDA APROXIMADA (HABITAÇÃO / COMÉRCIO / SERVIÇOS)

375.000,00m²

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA APROXIMADA (INCLUINDO ESTACIONAMENTOS, ÁREAS DE LAZER E USO COMUM)

600.000,00m²

PÁTIO VERDE TÉRREO VIVO

GABARITO

VARIÁVELPAISAGEM

HABITAÇÃO

HABITAÇÃO INTERESSE SOCIAL

COMÉRCIO

SERVIÇO

LAZER

USOS ÁREA LIQUIDA APROX. HABITAÇÕES POPULAÇÃO / DIAHABITAÇÃO (60%) 225.000,00 2.500 10.000,00HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL (15%)

56.250,00 1.125 4.500,00

COMÉRCIO (10%) 37.500,00 - 12.000,00SERVIÇOS (15%) 56.250,00 1.000 5.000,00TOTAL 375.000,00 4.625 31.500,00

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CONCURSO NACIONAL DE URBANISMO PARA A ORLA NOROESTE DE VITÓRIA /1212

Estrelinha e Inhanguetá | Redesenvolvimento Urbano

O assunto principal da proposta trata da relocação de habitações construídas em área alagada de mangue. Neste sentido, a proposta organiza, em lotes vizinhos, com topografia em declive, a serem desapropriados, barras paralelas de habitação superposta a comércio, em maior densidade, abrigando a população local relocada e novos moradores, com acesso pelo térreo e topo do morro, organizado em terraços capixabas de usos coletivos, articulado por elevadores, por sobre, mais dois níveis de habitação. No térreo, frontal à Avenida Beira Mangue (Rua 8 de Julho, remodelada), o passeio contínuo (veículos, ciclovias e calçadas) reforçado como centralidade por barra contínua de comércios e serviços. Em frente, Arena Comunitária voltada a atividades sociais, culturais e esportivas e a grande mancha de mangue, em cota baixa, a ser recuperado. No eixo da rua 8 de Julho, passarela leva a anfiteatro na margem do mangue para apresentações do palco flutuante itinerante proposto.O projeto proposto para Estrelinha e Inhanguetá visa atender à demanda social e a preservação do território do mangue, que obrigam soluções urbanas mais compactas, com aumento de densidade, a diminuir a projeção das construções sobre a natureza.

Item 3.10 do Termo de Referência do Concurso

Av. S. DerenzeBeira MangueAnéis ViáriosCicloviaCaminhos sobre mangueConectividadeP. de interesseNovas edificaçõesPraças e equipamentosParques

ATRACADOURO

PALCO FLUTUANTE

PASS

ARELA

DECK/PLATÉIA

PRAÇA DA

ESCOLA

AV. B

EIRA

MAN

GUE

MANGUE RECUPERADO(RELOCAÇÃO)

MANGUE RECUPERADO(RELOCAÇÃO)

ARENACOMUNITÁRIA

PEQUENA PRAÇA

ELEVADOR PÚBLICO

PRAÇA LINEA

R

PÁTIOS COLETIVOS

PÁTIOS COLETIVOSEDIFÍCIOS

HABITACIONAIS COLETIVOS

EDIFÍCIOS

HABITACIONAIS COLETIVOS

RUA CANOEIRO

S

RUA DA GALERIA

RUA O

ITO D

E JULH

O

TRAVESSA CONOEIROS

ELEVADOR PÚBLICO

RUA BELA VISTA

PASSEIO CONTINUO

AV. BEIRA M

ANGUE

CAMPO

ESTACIONAMENTO

EDIFÍCIOSHABITACIONAIS

EDIFÍCIOSHABITACIONAIS

CALÇADÃO/COMÉRCIO

CALÇADÃO/COMÉRCIO

CALÇADÃO/COMÉRCIO

PRAÇA

ELEVADORPÚBLICO

SKATEESTACIONAMENTO

PRAÇA/ ARENA

SALASMULTIUSO

SALASMULTIUSO

VESTIÁRIOSPÉRGULA

ESTRUTURANTE

PÉRGULAESTRUTURANTE

CENTRO DE VISITANTES

PRAÇA

PÁTIOCOBERTO

PÁTIOCOBERTO

MANGUE RECUPERADO(RELOCAÇÃO)

MANGUE RECUPERADO(RELOCAÇÃO)

1:1250

1:5000

1:500

Exemplo de Orla Mangue | Item 3.1.1.3 do Termo de Referência