mudas de jatobá hymenaea coubaril l.)

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Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes Dissertação Substratos para a Produção de Mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril L.) Laísa Leocádio Silva Pelotas, 2017

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Universidade Federal de Pelotas Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel

Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes

Dissertação

Substratos para a Produção de

Mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril L.)

Laísa Leocádio Silva

Pelotas, 2017

Laísa Leocádio Silva

Substratos para a Produção de

Mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril L.)

Dissertação apresentada à

Universidade Federal de Pelotas, sob a

orientação do Eng. Agr. Dr. Géri Eduardo

Meneghello, como parte das exigências do

Programa de Pós-Graduação em Ciência e

Tecnologia de Sementes, para a obtenção do

título de Mestre Profissional.

Orientador: Eng. Agr. Dr. Géri Eduardo Meneghello

Pelotas, 2017

Universidade Federal de Pelotas / Sistema de BibliotecasCatalogação na Publicação

S586s Silva, Laísa LeocádioSilSubstratos para a Produção de Mudas de Jatobá(Hymenaea Coubaril L.) / Laísa Leocádio Silva ; Geri Eduardo Meneghello, orientador. — Pelotas, 2017.Sil33 f. : il.

SilDissertação (Mestrado) — Programa de Pós-Graduaçãoem Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade deAgronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas,2017.

Sil1. Espécie florestal. 2. Reflorestamento. 3. Crescimento.I. Meneghello, Geri Eduardo, orient. II. Título.

CDD : 631.521

Elaborada por Gabriela Machado Lopes CRB: 10/1842

Laísa Leocádio Silva

Substratos para a Produção de Mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril L.)

Dissertação aprovada, como requisito parcial, para obtenção do grau de Mestre em Ciências, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas. Data da Defesa: Fevereiro de 2017. Banca examinadora:

___________________________________________

Eng. Agr. Dr. Géri Eduardo Meneghello

(FAEM/UFPEL)

____________________________________________

Prof. Dr. Luis Osmar Braga Schuch

(FAEM/UFPEL)

____________________________________________

Eng Agr. Drª. Vanessa Nogueira Soares

(Bolsista PNPD - FAEM/UFPEL)

_____________________________________________

Bióloga Dra. Simone Pohl

(Faculdade América do Sul - Unidade Novo Cabrais)

RESUMO

SILVA, Laísa Leocádio. Substratos para a produção de mudas de jatobá (Hymenea coubaril L.). 2017. 33f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Sementes) - Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Sementes, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.

Mato Grosso foi o segundo estado em que mais ocorreu desmatamento, entre 2013 e 2014 com 1075 Km² de área desmatada. Visando a recuperação dessas áreas, o reflorestamento induzido é uma alternativa viável que pode ser empregada e estimulada. Nesse sentido, uma das espécies indicada para o reflorestamento é o jatobá (H. coubaril L). O presente trabalho teve por objetivo avaliar o melhor substrato para a produção de mudas com utilização de baixo nível tecnológico. Foram testados seis substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1: 1). Avaliou-se aos 20, 40, 60 e 80 dias após a semeadura a altura das plantas, número de folhas por planta, diâmetro de caule e determinação de matéria seca, sendo as duas últimas variáveis avaliadas somente na última época. A análise de variância mostrou que não houve diferença entre os substratos avaliados. É possível a produção de mudas de Jatobá (H. coubaril L.) com todos os substratos testados, com adoção de baixo nível tecnológico.

Palavras-chave: Espécie florestal; reflorestamento; crescimento.

ABSTRACT

SILVA, Laísa Leocadio. Substrates for seedlings production of jatobá (Hymenea coubaril L.). 2017. 33f. Thesis (Master in Seeds Science and Technology) – Graduate Program in Seeds Science and Technology, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, Federal University of Pelotas, Pelotas, 2017. Mato Grosso was the second state in which deforestation occurred the most, between 2013 and 2014 with 1075 km² of deforested area. In order to recover these areas, induced reforestation is a viable alternative that can be employed and stimulated. In this sense, one of the species indicated for the reforestation is jatobá (H. coubaril L). The objective of this work was to evaluate the best substratum for the production of seedlings using low technological level. It was evaluated sis substrates. T1: soil, T2: washed sand, T3: commercial substrate, T4: soil and commercial substrate (ratio 1:1), T5: washed sand and commercial substrate (ratio 1:1), T6: soil, washed sand and commercial substrate (ratio 1:1:1). It was evaluated the plant height, number of leaves per plant, stem diameter and dry matter determination at 20, 40, 60 and 80 days after sowing. The last two variables only in the last season. The analysis of variance showed that there was no difference between the substrates evaluated. It is possible the production of seedlings of Jatobá (H. coubaril L.) with all the substrates tested, with adoption of low technological level.

Keywords: Forest species; reforestation; growth

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Frutos e sementes de Hymenaea coubaril. ....................................................... 12

Figura 2 - Detalhe das folhas e flores de jatobá - Hymenaea coubaril. ............................. 13

Figura 3 - Detalhe do tronco e da madeira de jatobá – Hymenaea coubaril. .................... 14

Figura 4 - Vista da exempla de jatobá Hymenaea coubaril. .............................................. 14

Figura 5 - Telado construído para condução do experimento ........................................... 17

Figura 6 - Árvore matriz utilizada para coleta das sementes. ............................................ 18

Figura 7 - Número de folhas em mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 20(A), 40

(B), 60 (C) e 80 (D) dias após a semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra,

T2: areia lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1),

T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato

comercial (proporção 1:1:1) ............................................................................................... 21

Figura 8 - Altura de planta de Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 20(A), 40 (B), 60 (C) e 80

(D) dias após a semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia

lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia

lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato

comercial (proporção 1:1:1) ............................................................................................... 23

Figura 9 - Evolução da altura de plantas de Jatobá (Hymenaea coubaril) ao longo dos

períodos avaliados, produzidas em distintos substratos: T1: terra (A), T2: areia lavada (B),

T3: substrato comercial (C), T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1) (D), T5: areia

lavada e substrato comercial (proporção 1:1) (E), T6: terra, areia lavada e substrato

comercial (proporção 1:1:1); (F) equivale ao T6, vem depois da explicação; Está certo.

Pode tirar as interrogações e o destaque em amarelo ...................................................... 24

Figura 10 – Diâmetro do caule de mudas Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 80 dias após a

semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato

comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato

comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1).

........................................................................................................................................... 24

Figura 11 - Matéria seca de mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 80 dias após a

semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato

comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato

comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1).

........................................................................................................................................... 25

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 8

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ..............................................................................10

2.1. Descrição do Jatobá (Hymenaea coubaril L.) ............................................10

2.2. Substratos para a Produção de Mudas ......................................................15

3. MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................17

3.1. Tratamentos ...............................................................................................17

3.2. Avaliações ..................................................................................................19

3.3. Delineamento Experimental e Procedimento Estatístico ............................20

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .........................................................................21

5. CONCLUSÕES .................................................................................................26

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................27

ANEXOS

8

1. INTRODUÇÃO

O Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência,

Tecnologia e Inovação (MCTI), concluiu o mapeamento e o cálculo da taxa de

desmatamento na Amazônia Legal, que compreende os estados do Acre,

Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e

Tocantins. No período agosto de 2013 a julho de 2014, atividades realizadas

através do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal

(PRODES), teve como resultado final do estudo, uma taxa de desmatamento

de 5.012 km2 ano-1 (INPE, 2016). Mato Grosso foi o segundo estado em que mais ocorreu desmatamento,

com 1.075 Km2, ficando atrás apenas do estado do Pará. Para o Ministério do

Meio Ambiente, os fatores que estimularam esse aumento no corte da floresta,

foram às autorizações provisórias de funcionamento para propriedades rurais e

desembargos de áreas em Mato Grosso.

Salienta-se que no passado, sobremaneira nos primeiros anos de

colonização da região, as taxas de desmatamento eram muito maiores das que

são observadas atualmente. Naquela época o controle do estado era muito

incipiente neste sentido. Recentemente, com o lançamento do novo código

florestal, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (BRASIL 2012), juntamente com o

restante da legislação Brasileira, uma série de restrições foram impostas, gerando

sanções que podem variar de advertência, necessidade de medidas

compensatórias, multas e até prisão em situações mais graves.

Nos casos em que há necessidade de se recuperar áreas degradas, não

raras vezes há dificuldade em se conseguir mudas de espécies nativas da região.

Via de regra esta dificuldade tem origem na falta de informações sobre as

técnicas de produção das mudas, em especial aos substratos utilizados. Salienta-

se também que, em alguns casos, o processo de produção não requer condições

controladas, podendo ser realizado nas propriedades e utilizando-se substratos

disponíveis na região.

Visando a recuperação dessas áreas, o reflorestamento induzido é uma

alternativa viável que pode ser empregada e estimulada. Nesse sentido, uma das

9

espécies indicada para o reflorestamento é o jatobá (Hymenea coubaril ), cujos

nomes populares variam muito de região para região.

Esta espécie é considerada uma árvore de grande porte, que

frequentemente ultrapassa 30m de altura, possuindo folhas compostas,

inflorescência em panículas terminais e frutos em forma de vagens indeiscentes,

duros e pardo-escuros, com até 6 sementes, envoltas por uma farinha comestível

e com grande valor nutritivo, sendo muito consumida pelo homem como alimento

e por animais, principalmente roedores (PRANCE; SILVA, 1975; CARVALHO

FILHO et al., 2003; GORCHOV et al., 2004).

Segundo Guarim Neto (1997), a espécie também possui potencial

medicinal, tradicionalmente utilizada na Amazônia brasileira. Sua resina é

conhecida como “jutaicica” pelos índios ou “copal da América”, possuindo tanto

utilização medicinal, como sendo utilizada também como incenso em rituais

(CASTELLEN, 2005). Indicada para o tratamento diarréia, bursite, infecções da

bexiga, hemorragias, infecções fungicas, artrites e infecção de próstata

(OLIVEIRA, 2006).

Além do uso medicinal, esta planta, é utilizada também como fonte de

alimento, madeira, sombra, adubo e lenha. Na medicina tradicional é utilizada da

mesma forma como no passado (LORENZI; MATOS, 2002), que, e, segundo

Chau Ming et al. (2002), espécies amplamente conhecidas e utilizadas são

conservadas espontaneamente por comunidades, não por sugestões ou

imposição, mas pela percepção de sua importância para a população local.

Devido o potencial da Hymenaea coubaril, e suas aplicações o presente

trabalho teve por objetivo avaliar opções de substratos para a produção de mudas

com utilização de baixo nível tecnológico.

10

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Descrição do Jatobá (Hymenaea coubaril L.)

O jatobá (Hymenaea coubaril) pertence a família Fabaceae e subfamília

Caesalpinoideae. O termo jatobá vem do tupi e significa: “fruto de casca dura”. É

encontrado em todo o continente americano, em margens de rios e áreas de mata

(FARIAS et al., 2006; SILVA JÚNIOR, 2005; SOUSA et al., 2012). No Brasil, pode

ser encontrado desde o estado do Piauí até o norte do Paraná, desenvolvendo-se

em florestas semidecidual (MENDONÇA et al., 1998). Tem importância florestal e

ambiental pelo potencial que possui como planta fixadora e armazenadora de

carbono (MELO; PÓLO, 2007). Além do nome comum já citado, dependendo da

região também é chamado de jatai, jataí amarelo, jatai peba, jatai vermelho, jitai,

farinheira, jataiba, burandã, imbiuva, jatobá miúdo e jatobá da caatinga. Possui

diversas sinonímias botânicas, sendo as mais comuns H. stilbocarpa, H.

splendida e H. confertifollia (LORENZI, 2008).

Ocorrem cerca de quinze espécies no gênero Hymenaea L., espalhadas

pelo México e partes tropicais da América Central e do Sul. Dessas espécies,

treze ocorrem no Brasil uma delas é Hymenaea coubaril, (Costa et al. 2011).

As folhas são pecioladas, bifoliadas e com disposição alterna; os folíolos

são subsésseis, com disposição oposta e formato oblongo-lanceolado e

falciforme; a base é desigual; o ápice é atenuado a acuminado; a margem é

inteira; a lâmina é lustrosa, glabra, coriácea e com pontos translúcidos; a nervura

central é proeminente e as secundárias são planas na face abaxial. O fruto é um

legume indeiscente, lenhoso, de cor verde quando imaturo, marrom escuro

quando maduro e preto quando velho, oblongo a cilíndrico, que mede de 8 a 15

cm de comprimento; o exocarpo é espesso e vermelho-escuro; o endocarpo é

farináceo, adocicado e amarelo-claro. O fruto é composto por sementes (25 a

40% do peso), vagem (50 a 70%) e polpa (apenas 5 a 10%). O valor protéico da

farinha de jatobá é semelhante ao do fubá de milho e superior ao da farinha de

mandioca. Cem gramas do fruto fornecem 115 calorias, 29,4 gramas de glicídios

e 33 miligramas de vitamina C. As sementes se apresentaram ovóides, cor

vermelho-escuro, glabras, onde as médias do peso, comprimento, largura e

11

espessura (3,53 g, 2,29 cm 1,79 cm e 1,22cm) lhe conferiram a sua forma (Barros

et al., 2011).

A casca é utilizada na medicina popular para tratar gripe, cistite,

bronquite, infecções de bexiga e verminoses (OLIVEIRA et al., 2006.).

A casca externa de Hymenaea coubaril é geralmente de cor bege a cinza,

mas ás vezes apresenta-se na cor marrom-clara, além disso, a casca externa

apresenta estrias finas e superficiais além de lenticelas salientes ao longo do

tronco. A casca morta (casca externa) é fina, mas a casca viva (casca interna) é

geralmente bem grossa e de cor vermelho-escuro com pontuações brancas ou

amarelas, além disso, do alburno de cor branco-amarelado sai uma resina de cor

transparente. Com relação ao corte a casca de Hymenaea coubaril é mole, ou

seja, de fácil manejo, enquanto que as outras espécies de Hymenaea a madeira é

mais dura, ou seja, difícil trabalhabilidade. As resinas naturais de Jatobá são

empregadas em obras de arte desde a antiguidade para fins variados, mas

principalmente como componentes de vernizes. A resina de jatobá, conhecida

como jutaicica, também pode ser usada como remédio. Antigamente, em tempos

de guerra, as tribos indígenas usavam a resina na ponta da flecha para atear fogo

nas casas dos inimigos. As resinas terpênicas têm sido bastante utilizadas, devido

ao seu alto índice de refração e baixo peso molecular proporciona um filme de

verniz com alta saturação de cores. Com o transcorrer do tempo, no entanto, o

material sofre deteriorações de origem fotoquímica e térmicas, tornando-se

amarelado e quebradiço. A resina é um líquido amarelado transparente que exuda

das cascas e se concentra cristalizado em pedaços ou massas por sobre as

raízes, com cheiro aromático e brilho, tendo grande aplicação medicinal e poder

terapêutico (OLIVEIRA et al., 2006.).

Portanto, a árvore de jatobá fornece muitos produtos de grande

importância. A casca possui uso medicinal contra gripe, bronquite e diarréia e age

como um tônico recuperando a saúde do corpo. A madeira possui alta

durabilidade, por isso, foi utilizada para construir a estrada de ferro de Carajás.

Além disso, o jatobazeiro fornece fruto comestível. Lorenzi (2008) descreve a

madeira como sendo pesada, com densidade de 0,96 g cm-3, muito dura ao corte,

de média resistência ao ataque de insetos, alburno branco amarelado espesso e

nitidamente diferenciado do cerne. É possível ser utilizada na construção civil,

como vigas, caibros, acabamentos internos, assoalho, além de ser utilizada em

12

artigos de esportes, cabos de ferramentas, peças torneadas, esquadrias e

móveis.

O jatobá é uma árvore grande, com 30 a 40 metros de altura, e possui

tronco reto, com cerca de 2 metros de diâmetro (ou mais de 5 metros de rodo) e

casca grossa com até 3 centímetros. A árvore de jatobá tem ampla distribuição na

América do Sul e América Central, do México até o Paraguai; ocorre de forma

dispersa nas matas de terra firme e de certas várzeas altas, mais frequentemente

em solos argilosos e pobres. Por ser uma árvore de fácil multiplicação, não pode

faltar na composição de reflorestamentos heterogêneos e na arborização de

parques e grandes jardins (LORENZI, 2008). Nas figura 1 a 4 é possível observar

detalhes morfológicos da espécie.

Figura 1 - Frutos e sementes de Hymenaea coubaril. Fonte: LORENZI, 2008.

O estudo de metodologias que promovam a germinação e o desempenho

das mudas no viveiro é fundamental para acelerar, bem como uniformizar o

estabelecimento inicial das plântulas e o plantio direto no campo (POPINIGIS,

1985; MATHEUS et al., 2010). Dentro dessas perspectivas, os métodos de

13

escarificação mecânica, química e física vêm sendo utilizados como tratamentos

pré-germinativos no intuito de otimizar o processo de germinação de sementes

dormentes.

Para a obtenção de sementes é necessário colher os frutos diretamente

da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhê-los no chão após sua

queda durante o mês de setembro. Em ambos os casos levá-los ao terreiro para

secagem quebrando-os em seguida para a liberação das sementes; estas se

encontram envolvidas por um material farináceo existente dentro do fruto, que

deve ser removido superficialmente. Um quilograma contém cerca de 250

sementes (LORENZI, 2008).

Figura 2 - Detalhe das folhas e flores de jatobá - Hymenaea coubaril. Fonte: LORENZI, 2008

14

Figura 3 - Detalhe do tronco e da madeira de jatobá – Hymenaea coubaril. Fonte: LORENZI, 2008

Figura 4 - Vista da exempla de jatobá Hymenaea coubaril. Fonte: LORENZI, 2008

15

2.2. Substratos para a Produção de Mudas

A produção de mudas de qualidade depende de vários fatores, sendo a

composição dos substratos um fator de grande importância, pois a germinação de

sementes, a iniciação radicular e o enraizamento estão diretamente ligados às

características químicas, físicas e biológicas do substrato (Caldeira et al., 2000).

O tipo de substrato é um dos primeiros aspectos que deve ser pesquisado

para se garantir a produção de mudas de boa qualidade, pois exerce uma

influência marcante na arquitetura do sistema radicular e no estado nutricional das

plantas, afetando profundamente a qualidade das mudas (CARVALHO FILHO,

2003).

O substrato influencia no comportamento germinativo das espécies de

maneira não uniforme, de forma que algumas são mais exigentes e com melhor

desempenho em apenas um tipo de substrato ou pela mistura deste. A prática de

cultivar plantas utilizando substratos objetiva a determinação do melhor padrão

vital de cultivo no menor tempo, nesse sentido, a sua escolha ocorre em função

da facilidade e da eficiência do uso e do tipo de semente, pois, é onde o sistema

radicular contribuirá no crescimento da parte aérea até o transplantio (BRAGA

JUNIOR et al., 2010).

A opção pelo cultivo em substrato, em substituição ao solo natural, se deve

aos seguintes fatores: 1 - Maior facilidade de transporte, devido ao menor peso; 2

– O cultivo intensivo em solo natural pode apresentar fatores limitantes como

presença de patógenos de solo e sementes de plantas daninhas, salinidade,

desequilíbrio entre arejamento e umidade; 3 – Maior facilidade de se uniformizar a

granulometria do substrato; 4 – Maior produtividade e rentabilidade da atividade

(OLIVEIRA et. al., 2016). Além das vantagens no uso de substratos para a

produção de mudas, deve considerar o tipo de recipiente utilizado, sendo um dos

mais comuns são os sacos plásticos de polietileno que possuem baixo custo e o

tamanho varia de acordo com a espécie utilizada.

Segundo Carvalho Filho (2003), para a produção de mudas de jatobá,

poderá ser recomendada uma mistura de substratos contendo solo, areia e

esterco. Por outro lado Oliveira et al. (2014) relatam que o uso de rejeito de

indústria de caulim é potencialmente promissor na produção de mudas de jatobá.

16

Por fim, Costa et al. (2011) sugerem que o substrato comercial Plantmax®

promove crescimento uniforme em diversos ambientes, especialmente na estufa

agrícola, porém não é indicado utilizar substrato com 100% de composto orgânico

na formação de mudas de jatobá. Os resultados evidenciam a versatilidade aos

viveiristas no uso de substratos, porém é necessário realizar-se pesquisas com o

intuito de viabilizar a produção de mudas em condições artesanais.

17

3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na cidade de Rondonópolis – Mato Grosso.

No período de dezembro de 2015 a março de 2016. Utilizou-se uma área com

dimensões de 1,60 m de comprimento, 2 m de largura e 2 m de altura, protegida

por uma tela sombrite com luminosidade de 50% (Figura 5).

Figura 5 - Telado construído para condução do experimento

3.1. Tratamentos

Para realização desse experimento foram utilizadas sementes de Jatobá

(Hymenaea coubaril), que foram coletadas na segunda quinzena de setembro na

zona rural de Rondonópolis. Os frutos que foram coletados, já estavam maduros

caídos no chão, a partir de árvores matrizes selecionadas considerando a

presença das características da espécie segundo bibliografia especializada. Na

figura 6 é possível observar um destes exemplares. As sementes foram extraídas

18

do fruto e beneficiadas manualmente, retirando-se as quebradas e furadas, sendo

então, acondicionadas em recipientes plásticos previamente higienizados e secos,

afim de não comprometer a conservação das sementes.

Figura 6 - Árvore matriz utilizada para coleta das sementes.

Foi realizado o processo de superação de dormência com escarificação

mecânica (lixa d’água número 120) na região oposta ao hilo. As sementes foram

semeadas em sacos de polietileno 10 x 15 cm, na profundidade de quatro cm,

sendo utilizadas quatro repetições, cada uma composta por com dez unidades

para cada tratamento, totalizando 24 unidades experimentais.

Foram testados os seguintes substratos, que para fins experimentais

foram considerados tratamentos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato

comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e

substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial

(proporção 1:1:1).

Durante a condução do experimento, as mudas foram deixadas sob

telado, apenas com retenção parcial da luz, as demais condições ambientais não

19

foram controladas. Foram realizadas irrigações diárias, utilizando-se regador

manual, de forma a suprir a demanda hídrica, exceto quando ocorreram

precipitações. Esta atividade foi realizada sempre no mesmo horário, ao final da

tarde visando padronizar o procedimento experimental. Não foram realizadas

adubações e tampouco foi necessário a realização de controle de pragas e

doenças. Havendo o surgimento de plantas competidoras (daninhas), oriundas do

bando de semente do substrato, estas foram removidas manualmente.

3.2. Avaliações

Foram realizadas quatro avaliações, as quais aconteceram de vinte em

vinte dias, ou seja, aos 20, 40, 60 e 80 dias após a semeadura. Em cada uma das

épocas foram realizadas as seguintes avaliações:

Número de folhas: Realizada a partir de contagem manual, sendo

computadas as folhas completamente abertas. Foram avaliadas todos os

exemplares em cada unidade experimental, sendo computado para fins de análise

o valor médio. Os resultados foram expressos em número médio de folhas por

planta.

Altura de plantas: Realizada com auxílio de uma régua graduada,

avaliando-se o comprimento deste o colo, até o meristema apical. Da mesma

forma que para número de folhas, foram avaliadas todos os exemplares em cada

unidade experimental, sendo computado para fins de análise o valor médio. Os

resultados foram expressos em centímetros por plantas.

Diâmetro do Caule: Realizada com auxílio de um paquímetro, na região

do colo (ponto de transição entre parte aérea e sistema radicular). Esta avaliação

foi realizada somente na última avaliação. Resultados expressos pela média em

centímetros por planta.

Matéria seca da parte aérea das plantas: Realizada somente na

avaliação final. A parte aérea das plantas foi acondicionada em sacos de papel,

que foram acondicionadas em estufa com circulação de ar a 65°C e após 72

horas foram pesadas em balança com precisão de 0,01 grama. Esta atividade foi

realizada em laboratório pertencente a Universidade Federal do Mato Grosso,

campus Rondonópolis. Os resultados foram expressos em gramas por planta.

20

3.3. Delineamento Experimental e Procedimento Estatístico

O experimento foi conduzido em blocos casualizados (DBC) com quatro

repetições, sendo que cada uma continha 10 sacos para produção de mudas,

totalizando 24 unidades experimentais. Para a realização das análises

estatísticas, as médias foram a análise de variância (ANOVA) e havendo

significância para a variável em estudo, utilizou-se teste de separação de médias,

do contrário a análise tornou-se conclusiva, sendo que para tanto utilizou–se o

programa SISVAR (FERREIRA, 2008). Objetivando maximizar a informação

obtida no experimento realizou-se uma análise comparativa entre as diferentes

épocas e entre os tratamentos avaliados. Não foi possível considerar um

experimento fatorial, pois algumas avaliações por serem destrutivas foram

realizadas somente na última época.

21

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise de variância mostrou que não houve diferença entre os

substratos avaliados. Na figura 7 é apresentado o número médio de folhas que as

plantas apresentavam em cada uma das quatro avaliações em cada tratamento.

Não foram encontradas diferenças estatísticas entre os substratos utilizados, o

que permite fazer uma inferência inicial que todos possuem potencial para serem

utilizados na produção de mudas da espécie.

Figura 7 - Número de folhas em mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 20(A), 40 (B), 60 (C) e 80 (D) dias após a semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1)

Transcorridos vinte dias após a semeadura as plantas apresentavam em

torno de 4 folhas em cada muda (Figura 7A). Na segunda avaliação que

corresponde aos 40 dias o número de folhas sofreu pouca alteração, passando

para cerca de cinco em cada muda (Figura 7 B). A causa provável desta pequena

variação tem origem no fato de que a espécie privilegiar nesse período o

desenvolvimento radicular, buscando guarnecer a planta de água e nutrientes.

A

C D

B

22

Da segunda para a terceira avaliação (Figura 7C) houve variação

considerável para sete a oito folhas, verificando-se novamente uma tendência de

redução na intensidade de surgimento de novas folhas na quarta época (Figura

7D), quando verificou-se 8 folhas.

Este comportamento demonstra que, aparentemente, a espécie não

apresenta um crescimento linear (constante), possivelmente esta seja uma

estratégia adaptativa no processo de evolução das espécies, ou de adaptação as

condições ambientais que podem ser distintas entre um período e outro.

A respeito da altura das plantas é possível observar na Figura 8 que não

foi encontrado diferenças significativas entre os substratos estudados em

nenhuma das épocas avaliadas. Na primeira época, transcorridos apenas 20 dias

da semeadura as plantas apresentavam-se com mais de 15 cm (Figura 8A),

alcançando aproximadamente 25 cm aos 40 dias (Figura 8B), 30 cm aos 60 dias

(Figura 8C), com pequeno acréscimo estre esta época e a posterior, aos 80 dias

(Figura 8D). Neste momento identificou-se uma maior variação entre os

tratamentos mas não a ponto de ser identificada como significativa do ponto de

vista estatístico. Os resultados diferem de Carvalho et al. (2004) que observaram

variação na altura das plantas em função da utilização de diferentes tipos de

substratos.

Este pequeno crescimento verificado entre o período compreendido entre

os 60 e 80 dias após a semeadura, pode estar associado a característica genética

da espécie, ou ao fato da planta ter, eventualmente, demandado todos os

nutrientes disponíveis no substrato utilizado e na quantidade disponibilizada para

cada planta, em função do tamanho da embalagem utilizada.

A evolução do crescimento em altura das plantas, em cada um dos

substratos utilizados pode ser observado na Figura 9. Chama atenção o maior

crescimento observado na primeira época, seguido de incrementos com

intensidade diferenciada entre os substrato, porém em todos, conforme

mencionado, merece ser registrado o menor crescimento entre as duas últimas

épocas avaliadas. O crescimento inicial rápido só foi possível graças a superação

de dormência, pois Carvalho Filho et al. (2003) relata que o processo de

germinação e emergência pode se estender por até 180 dias.

23

Figura 8 - Altura de planta de Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 20(A), 40 (B), 60 (C) e 80 (D) dias após a semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1)

No que tange ao diâmetro do caule aos 80 dias após a semeadura não

foram observadas diferenças entre os substratos utilizados (Figura 10). Aliando os

valores desta variável, em torno de 2,5 cm, com a altura da planta, por volta de 30

cm, é possível inferir que as mesmas estavam em condições adequadas para

serem transplantadas, evidenciando que os substratos testados são adequados

para a produção de mudas de jatobá, mesmo sendo empregado um baixo nível

tecnológico, apenas com controle parcial de luminosidade (retenção de 50% da

luz) e realização de irrigações diárias.

A

D C

B

24

Figura 9 - Evolução da altura de plantas de Jatobá (Hymenaea coubaril) ao longo dos períodos avaliados, produzidas em distintos substratos: T1: terra (A), T2: areia lavada (B), T3: substrato comercial (C), T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1) (D), T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1) (E), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1); (F) equivale ao T6, vem depois da explicação; Está certo. Pode tirar as interrogações e o destaque em amarelo

Figura 10 – Diâmetro do caule de mudas Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 80 dias após a semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1).

25

A exemplo das demais variáveis avaliadas neste estudo, não foi possível

identificar diferenças significativas entre a matéria seca de plantas aos 80 dias

após a semeadura (Figura 11).

Figura 11 - Matéria seca de mudas de Jatobá (Hymenaea coubaril), aos 80 dias após a semeadura, produzidas em distintos substratos: T1: terra, T2: areia lavada, T3: substrato comercial, T4: terra e substrato comercial (proporção 1:1), T5: areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1), T6: terra, areia lavada e substrato comercial (proporção 1:1:1).

Evidenciando com isso, novamente que os substratos utilizados

possuem similar eficiência entre si, podendo todos serem utilizados para a

produção de mudas da espécie, ficando a escolha por um, ou por outro para

critérios secundários, como a disponibilidade na região e até mesmo para

questões econômicas, com destaque para o preço dos mesmos.

26

5. CONCLUSÕES Conclui-se que é possível a produção de mudas de Jatobá (H. coubaril L.)

com todos os substratos testados (terra; areia lavada; substrato comercial; terra e

substrato comercial; areia lavada e substrato comercial; terra, areia lavada e

substrato comercial).

É viável a produção de mudas de jatobá com adoção de baixo nível

tecnológico.

27

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ANEXOS

Anexo A - Detalhe do fruto de jatobá, colhido para posterior extração das sementes

Anexo B - Sementes de jatobá utilizadas no experimento

Anexo C - Agressividade do sistema radicular de mudas de jatobá

Anexo D - Mudas de Jatobá