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Página 1 de 85 Este Roteiro é de autoria da palestrante, atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação pública, mesmo que sem fins comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil. CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – CRCRJ Departamento de Desenvolvimento Profissional Prof.ª Inês Oliveira [email protected] Tel: (21) 98131-7765 ou 3129-3855 ICMS Substituição Tributária Mudanças a partir de JAN/16 Rio de Janeiro - RJ MAI /2016 | V.02 Em face da publicação do Decreto nº 45.607/2016 - DOE RJ de 22.03.2016; Decreto nº 45.612/2016 - DOE RJ de 23.03.2016, este procedimento foi atualização.

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Este Roteiro é de autoria da palestrante, atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação pública, mesmo que sem fins

comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – CRCRJ

Departamento de Desenvolvimento Profissional

Prof.ª Inês Oliveira [email protected]

Tel: (21) 98131-7765 ou 3129-3855

ICMS Substituição Tributária Mudanças a partir de JAN/16

Rio de Janeiro - RJ MAI /2016 | V.02

Em face da publicação do Decreto nº 45.607/2016 - DOE RJ de 22.03.2016; Decreto nº 45.612/2016 - DOE RJ de 23.03.2016, este procedimento foi atualização.

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Este Roteiro é de autoria da palestrante, atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação pública, mesmo que sem fins

comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

Módulo I – Princípios Fundamentais do ICMS ................................ 8

1.1 – ICMS | Legislação Tributária do ICMS ............................................... 8

1.1.1 | Benefícios Fiscais ......................................................................................... 8

1.1.1.1 | Imunidade Tributária .................................................................................................... 9

1.1.1.2 | Não Incidência .............................................................................................................. 9

1.1.1.3 | Isenção .......................................................................................................................... 9

1.1.1.4 | Redução de Base de Cálculo ....................................................................................... 10

1.1.1.5 | Formas Diferenciadas de Aplicação do Benefício ....................................................... 11

1.1.1.6 | Emissão de Documento Fiscal .................................................................................... 12

1.2 – ICMS | Mudanças da Lei – Novo sistema de recolhimento do ICMS

Interestadual ............................................................................................... 12

1.2.1 | Procedimento a ser observado – Convênio ICMS 093/2015 ............................. 17

1.2.1.1 | Serviços de Transporte ............................................................................................... 18

1.2.1.2 | FECP - Considerações quanto às operações e prestações destinadas a consumidor

final não contribuinte ................................................................................................................ 18

1.2.1.3 | Simples Nacional......................................................................................................... 18

1.2.1.4 | Construção Civil .......................................................................................................... 19

1.2.1.5 | Contribuinte domiciliado em outra UF com inscrição no Estado do Rio de Janeiro .. 20

1.2.1.6 | Apuração e recolhimento do DIFAL para o Rio de Janeiro, quando este for o estado

de origem .................................................................................................................................. 20

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Este Roteiro é de autoria da palestrante, atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação pública, mesmo que sem fins

comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

1.2.1.7 | Devolução de mercadoria vendida em operação interestadual a não contribuinte do

ICMS do RJ ................................................................................................................................. 21

1.2.1.8 | Guia de Recolhimento ................................................................................................ 22

Módulo II – Regras Gerais do Regime de Substituição

Tributária ................................................................................................... 23

2.1 – ICMS ST | Legislação Pertinente ao ICMS ST .................................. 23

2.1.1 | Regras Gerais ............................................................................................. 23

2.1.2| Dependência de Convênio e Aplicação............................................................ 24

2.1.2.1| Normas Gerais sobre Convênios ................................................................................. 24

2.1.3 | Operações ou Prestações Antecedentes ........................................................ 31

2.1.4 | Operações ou Prestações Concomitantes ....................................................... 32

2.1.5 | Operações ou Prestações Subsequentes ........................................................ 33

2.1.6 | Tributação Única ......................................................................................... 34

2.2 – ICMS ST | Contribuinte Substituto e Substituído ............................ 34

2.2.1 | Contribuinte Substituto ................................................................................ 34

2.2.2 | Contribuinte Substituído ............................................................................... 35

2.2.3 | Contribuinte Industrial ................................................................................. 36

2.2.4 | Contribuinte Importador .............................................................................. 36

2.2.5 | Industrial distribuidor ou Atacadista em outra UF ........................................... 37

2.2.6 | Adquirente de Mercadoria ............................................................................ 37

2.2.7 | Desqualificação do Contribuinte Substituto .................................................... 37

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2.2.8 | Uso, Consumo ou Ativo Permanente ............................................................. 38

2.2.9 | Mercadoria adquirida de empresa do Simples Nacional ................................... 38

2.2.10 | Equiparação a Industrial para efeito de Substituição Tributária ...................... 39

2.3 – ICMS ST | Responsável Solidário ...................................................... 39

2.4 – ICMS ST | Produtos Sujeitos ao Regime de ST ................................ 40

2.4.1 – ICMS ST | CEST- Código Especificador da Substituição Tributária .................... 42

2.5 – ICMS ST | Levantamento de estoque ............................................... 43

2.5.1 | Inclusão de Produtos no Regime de ST ......................................................... 43

2.5.2 | Mercadoria Excluída do Regime de ST ........................................................... 44

2.5.2.1 | Contribuintes Sujeito ao Regime Normal ................................................................... 44

2.5.2.2 | Contribuintes Sujeito a Outro Regime, exceto o normal ........................................... 45

2.6 – ICMS ST | Devolução de Mercadoria sujeita ao regime de ST ........ 46

2.6.1 | Mercadoria adquirida “com” ICMS Retido pelo remetente ................................ 46

2.6.2 | Mercadoria adquirida “sem” ICMS Retido pelo remetente ................................ 47

2.7 – ICMS ST | Alteração de Regime ........................................................ 49

2.8 – ICMS ST | Base de Cálculo ................................................................ 49

2.8.1 | BC nas Operações Antecedentes ................................................................... 50

2.8.2 | BC nas Operações Subsequentes .................................................................. 50

2.8.3 | BC nas Operações Concomitantes ................................................................. 51

2.8.4 | BC nas Transferências de Mercadorias .......................................................... 52

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2.9 – ICMS ST | Margem de Lucro ............................................................. 53

2.10 – ICMS ST | Hipótese de Adequação de MVA Ajustada .................... 55

2.11 – ICMS ST | Alíquotas ......................................................................... 56

2.12 – ICMS ST | FECP (Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às

Desigualdades Sociais) ............................................................................... 57

2.13 – ICMS ST | Apuração do Imposto Retido ........................................ 59

2.14 – ICMS ST | Recolhimento do Imposto Retido ................................. 60

2.14.1 | Operações interestaduais disciplinadas pela Resolução SEFAZ n° 537/12 ........ 61

2.15 – ICMS ST | Restituição e Ressarcimento ......................................... 65

2.15.1 | Operação Interna ...................................................................................... 65

2.15.2 | Operação Interestadual .............................................................................. 66

2.16 – ICMS ST | Quando não se aplica a Substituição Tributária .......... 67

2.17 – ICMS ST | Escala Industrial não relevante não se aplica o ICMS ST

...................................................................................................................... 68

2.18 – ICMS ST | Infrações e Penalidades ................................................ 69

Módulo III – Obrigações Acessórias ................................................ 71

3.1 – ICMS ST | Obrigações Acessórias ..................................................... 71

3.1.1 | Contribuinte Substituto ................................................................................ 71

3.1.2 | Emissão de Documento Fiscal e Escrituração dos Livros Fiscais ....................... 71

3.1.3| Apresentação de Arquivo e Elaboração da GIA-ST ........................................... 72

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3.1.4| Obrigações do Distribuidor ou Atacadista ....................................................... 72

3.1.5 | Obrigações do Estabelecimento Varejista ...................................................... 73

3.1.6 | Operação realizada fora do Estabelecimento .................................................. 73

3.1.7 | Operação realizada em Ponto de Venda ........................................................ 75

3.1.8 | Contribuinte Substituto localizado em outra Unidade da Federação .................. 76

3.1.9 | EFD – Apuração do ICMS Bloco E ................................................................. 76

3.1.9.1 | EFD – Registro E-200................................................................................................... 77

3.1.9.2 | EFD – Registro E-210................................................................................................... 77

3.1.9.3 | EFD – Registro E-220 ................................................................................................ 78

3.1.9.4 | EFD – Registro E-230 ................................................................................................ 78

3.1.9.5 | EFD – Registro E-240 ................................................................................................ 78

3.1.9.6 | EFD – Registro E-250 ................................................................................................ 78

Módulo IV – Empresas Substitutas do SIMPLES NACIONAL .... 80

4.1 – ICMS ST | Simples Nacional .............................................................. 80

4.1.1 | Atuando como Contribuinte Substituto .......................................................... 80

4.1.2 | Recolhimento do Imposto Retido .................................................................. 81

4.1.3 | Recolhimento do Diferencial de Alíquota ........................................................ 81

4.1.4 | FECP .......................................................................................................... 82

4.1.5 | Recolhimento do Imposto Próprio na Sistemática do Simples Nacional ............. 83

4.1.6 | Obrigação Acessória .................................................................................... 83

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4.1.7 | Mercadoria que sai do Regime de ST ............................................................ 83

4.1.8 | Levantamento de Estoque e pagamento do imposto por inclusão no regime ..... 84

Módulo V – Casos Práticos ................................................................... 85

Módulo VI – Legislação Referenciada .............................................. 85

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Módulo I – Princípios Fundamentais do ICMS

1.1 – ICMS | Legislação Tributária do ICMS

A obrigação tributária, a ser cumprida pelo sujeito pass ivo na condição de

contribuinte ou de substituto tributário, é denominada principal ou acessória .

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador , a qual tem por

objeto o pagamento do tributo ou de penalidade pecuniária e extingue-se com o

crédito dela decorrente.

Enquanto a obrigação acessória tem por objeto as prestações, positivas ou

negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos,

como por exemplo, apresentação de declarações, preenchimento de guias,

escrituração de livros, emissão de notas fiscais.

Sua regulamentação constitucional está prevista na Lei Complementar 87/1996 (a

chamada “Lei Kandir”), alterada posteriormente pelas Leis Complementares 92/97,

99/99 e 102/2000.

No Rio de Janeiro, vigoram também a Lei n° 2.657/96 e o Regulamento do

ICMS (RICMS) , aprovado pelo Decreto n° 27.427/2000.

1.1.1 | Benefícios Fiscais

Os benefícios fiscais, assim entendidos os mecanismos que concedam subsídio,

isenção, redução de base de cálculo, crédito presumido e outros , devem ser

concedidos mediante Lei específica, observada a necessidade de celebração do

acordos entre as Unidades da Federação para ratificação dos benefícios.

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comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

Em razão destas regras de convalidação, antes de se aproveitar de algum benefício

fiscal é conveniente fazer uma análise jurídica da norma concedente com o objetivo

de se prevenir de uma impugnação do benefício através da declaração de

inconstitucionalidade, o que poderia acarretar em débitos tributários.

1.1.1.1 | Imunidade Tributária

São operações e prestações fora do campo da incidência do ICMS , conforme

previsão constitucional , ou seja, é um tipo de não incidência prevista na

Constituição Federal, que exclui do campo tributário certos bens, pessoas,

patrimônios ou serviços.

Na imunidade não ocorre o fato gerador do imposto, no caso o ICMS.

1.1.1.2 | Não Incidência

Assim como a imunidade tributária, a não incidência coloca operações e

prestações fora do campo da incidência do ICMS, no entanto sem previsão

constitucional, sendo sua instituição amparada por Lei ou Lei Complementar .

Em relação ao ICMS, a Lei Complementar Federal 87/96 estabeleceu as operações e

prestações amparadas pela não incidência do ICMS, no entanto, as Unidades da

Federação, em suas legislações relacionam outras sit uações em que o contribuinte

pode se beneficiar da não incidência do ICMS.

1.1.1.3 | Isenção

A isenção do ICMS é um benefício específico concedido a determinados

produtos ou serviços tributados pelo imposto, cujo objetivo é desonerar,

ainda que temporariamente, o custo tributário e assim permitir a redução ou a

manutenção de preços para o consumidor.

A legislação que rege a concessão de isenção do ICMS determina que o benefício

deve ser concedido através de Lei, com o aval das demais Unidades da Federação

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através da celebração de Convênios conforme, a qual deve especificar as condições e

requisitos exigidos para a sua concessão e, se for o caso, o prazo de sua duração.

A isenção, exceto no caso de concessão por prazo certo e em função de

determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por Lei, a qualquer

tempo, observando-se que a extinção ou redução da isenção entra em vigor no

primeiro dia do exercício seguinte ao da publicação.

O benefício, quando não concedido em caráter geral, será confirmado, em cada caso,

por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o

interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos

requisitos para concessão previstos em Lei.

Os procedimentos para requerimento do benefício, o qual será reconhecido pelo

Fisco, são disciplinados por Atos do Poder Executivo.

1.1.1.4 | Redução de Base de Cálculo

Assim como a isenção, a redução de base de cálculo do ICMS é um benefício

específico concedido a determinados produtos ou serviços tribu tados pelo imposto,

cujo objetivo é desonerar, ainda que temporariamente, o custo tributário e assim

permitir a redução ou a manutenção de preços para o consumidor, observadas as

demais regras.

APLICAÇÃO DAS REDUÇÕES

Os legisladores, ao elaborarem os atos de concessão de redução de base de cálculo

do ICMS, adotam redações variadas para a aplicação do benefício, o que em

determinados momentos pode gerar dúvidas para os contribuintes.

Vejam, a seguir, exemplos de redações verificadas na legislação, com uma breve

análise sobre cada caso:

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a) “...redução de 60% na base de cálculo do ICMS...” ou “...redução em 60%

da base de cálculo do ICMS...”

Tomando como exemplo uma Unidade da Federação que fixa uma alíquota de 18%

para a operação sem o benefício, o objetivo do ato concedente é reduzir a carga

tributária para 7,2%, pois se aplicarmos a alíquota de 18% sobre 40% do valor da

operação (100% – 60%), teremos uma carga efetiva de 7,2%.

Exemplo: Valor da Operação: R$ 3.000,00;

Alíquota: 18%;

Base de cálculo reduzida:

100 x carga efetiva = > 100 x 7,2 = 40%

alíquota 18

Cálculo da Carga Tributária Efetiva

R$ 3.000,00 x 40% = R$ 1.200,00 (Base de cálculo reduzida)

R$ 1.200,00 x 18% = R$ 216,00 (Imposto devido correspondente a 7,2% da

operação)

1.1.1.5 | Formas Diferenciadas de Aplicação do Benefício

É possível constatar na legislação de algumas Unidades da Federação formas de

aplicação do benefício que simplificam o cálculo da redução, existindo, inclusive, a

autorização para que o contribuinte aplique como alíquota do ICMS, no

preenchimento da Nota Fiscal relativa à operação interna, a carga tributária efetiva

após a redução, como é o caso do Estado do Rio de Janeiro, conforme determina o

artigo 20 do Livro VI do Decreto 27.427/2000 – RICMS-RJ.

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Art. 20. O contribuinte que realizar operação interna com redução da base de cálculo pode

se debitar do ICMS pela aplicação direta da alíquota efetiva sobre o valor da operação,

salvo disposição em contrário.

1.1.1.6 | Emissão de Documento Fiscal

Para que um contribuinte deixe de destacar o ICMS quando a operação ou prestação

for amparada por isenção, imunidade, não incidência ou qualquer outro benefício, o

respectivo dispositivo legal deve ser indicado no campo “Informações

Complementares” do documento fiscal que acobertar a operação ou prestação.

Constituição Federal de 5-10-88 – artigo 150, inciso VI e §§ 2º, 3º, 4º e 6º; Lei

5.172, de 25-10-66 – CTN – artigo 175 a 179; Lei Complementar 24, de 7-1-75 –

artigo 1º; Lei Complementar 87, de 13-9-96 – artigo 3º; Convênio Sinief S/N, de 15-

12-70 – artigo 9º.

1.2 – ICMS | Mudanças da Lei – Novo sistema de recolhimento do

ICMS Interestadual

A Emenda Constitucional nº 87, de 16 de abril de 2015 , alterou a sistemática

de incidência do ICMS nas operações e prestações que destinem bens e

serviços a consumidor final, não contribuinte, localizado em outros Estados ,

conferindo nova redação ao art. 155, § 2º, VII e VIII, da Constituição da República.

Além disso, estabeleceu disposições transitórias quanto à par tilha das receitas

correlatas.

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Em síntese, a EC 87/2015:

i) extinguiu a cobrança , nas operações interestaduais a consumidores

finais, da alíquota interna pelo Estado de origem ;

ii) determinou que a diferença entre a alíquota interna do Estado de

destino e a alíquota interestadual (denominado diferencial de alíquotas) seja

recolhida a tal ente da federação em todas as operações e prestações

interestaduais a consumidores finais;

i i i) estabeleceu um regime de transição consubstanciado pela partilha

temporária da arrecadação do diferencial de alíquotas.

Com a alteração haverá a necessidade de recolhimento de um diferencial de

alíquota entre a alíquota interestadual a qual pode ser 4%, 7% ou 12%, em

comparação com a alíquota interna do estado de destino , a responsabilidade pelo

recolhimento do imposto será atribuída da seguinte forma:

1. Ao destinatário, quando esse for contribuinte do imposto;

2. Ao remetente , quando o destinatário não for contribuinte do imposto.

A nova regra começou a vigorar a partir de 2016 e será aplicada de forma

gradativa anualmente conforme os prazos estabelecidos na tabela a seguir. As

proporções indicadas referem-se ao valor que seria devido a título de diferencial de

alíquotas.

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Ano Recolhimento do Diferencial de ICMS

UF Origem UF destino

2015* 80%* 20%*

2016 60% 40%

2017 40% 60%

2018 20% 80%

A partir de 2019 – 100%

* A aplicação destes percentuais, em 2015, é inócua, já que o art. 3º da referida

Emenda estipula que a mesma produzirá efeitos no ano subsequente e após 90

(noventa) dias desta, portanto, a partir de 2016.

É importante observar que a referida mudança afeta todos os contribuintes que

realizem operações com outros estados e não tal somente as empresas de E-

commerce e ou vendas pela internet, como se vem noticiando.

Abaixo elencamos um exemplo prático de aplicação da nova sistemática:

Supomos uma Venda de Mercadoria, de origem nacional, iniciada no Estado do Rio de

Janeiro com destino para o Estado da Bahia a ser efetivada em 31.03.2016 onde a

alíquota interestadual aplicável seja de 7%, valor este recolhido para o Estado do Rio

de Janeiro.

Considerando que a mercadoria esteja sujeita a alíquota interna de 17% para o

Estado da Bahia, a diferença a ser recolhida será de 10% de ICMS, sendo que deste

montante, em 2016, 60% será destinado ao Rio de Janeiro e 40% deve ser pago ao

estado de destino, ou seja, Estado da Bahia, conforme tabela acima.

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Considerando ainda um valor tributável de R$ 1.000,00, teremos então:

ICMS interestadual devido ao estado de origem (RJ) = R$ 70,00

(7% x R$ 1.000,00) ICMS diferencial de alíquota, devido ao estado de origem (RJ) = R$ 60,00.

(diferencial de alíquota 10% x R$ 1.000,00 x 60%):

ICMS diferencial de alíquota, devido ao estado de destino (Bahia)= R$ 40,00

(diferencial de al íquota 10% x R$ 1.000,00 x 40%)

Total do ICMS devido: R$ 70,00 + R$ 60,00 + R$ 40,00 = R$ 170,00.

RJ – R$ 130,00

BA – R$ 40,00

Anteriormente:

RJ – 19% x 1.000,00 = R$ 190,00

BA – 0%

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Estes quadros sintetizam as mudanças no sistema de tributação:

Sistemática Original

Alíquota de ICMS aplicáveis às Operações de Mercadorias e Prestações de

Serviços a “CONSUMIDOR FINAL” localizados em outros Estados

Destinada a Contribuinte do ICMS Destinado a NÃO contribuintes do

ICMS

Alíquota Interestadual Alíquota INTERNA

Diferencial de Alíquota a cargo do

ADQUIRENTE

-

Sistemática Estabelecida pela EC 87/2015

Alíquota de ICMS aplicáveis às Operações de Mercadorias e Prestações de

Serviços a “CONSUMIDOR FINAL” localizados em outros Estados

Destinada a Contribuinte do ICMS Destinado a NÃO contribuintes do

ICMS

Alíquota Interestadual

Responsabilidade pelo recolhimento do DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA

Destinatário REMETENTE

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No novo regime constitucional, estabelecido pela EC 87/2015, o fato de o

destinatário ser, ou não ser, contribuinte do ICMS tornou-se irrelevante para a

definição das alíquotas aplicáveis:

“em ambos os casos, recolhe-se o imposto, à alíquota interestadual, ao

Estado de origem; e o diferencial de alíquotas ao Estado de destino”

1.2.1 | Procedimento a ser observado – Convênio ICMS 093/2015

O Convênio ICMS 93/2015 dispõe sobre os procedimentos a serem observados nas

operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não

contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada.

Nas operações e prestações de serviço de que trata este convênio, o contribuinte que

as realizar deve:

I – se remetente do bem:

a) utilizar a alíquota interna prevista na unidade federada de destino para calcular o

ICMS total devido na operação;

b) utilizar a alíquota interestadual prevista para a operação, para o cálculo do

imposto devido à unidade federada de origem;

c) recolher, para a unidade federada de destino, o imposto correspondente à

diferença entre o imposto calculado na forma da a l ínea “a” e o calculado na forma da

alínea “b”.

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1.2.1.1 | Serviços de Transporte

Da mesma forma, em se tratando de prestação de serviço de transporte iniciado

em outra UF e destinado a consumidor final não contribuinte do imposto, localizado

em território fluminense, o recolhimento do diferencial de alíquotas é de

responsabilidade do prestador do serviço de transporte.

Considera-se unidade federada de destino do serviço de transporte aquela onde

tenha fim a prestação.

(Constituição Federal/1988 , art. 155, § 2º, VII e VIII; Lei nº 2.657/1996 , art. 3º ,

XVIII e XIX)

1.2.1.2 | FECP - Considerações quanto às operações e prestações destinadas a

consumidor final não contribuinte

Conforme anteriormente mencionado, o adicional referente ao FECP deve ser

considerado para o cálculo do diferencial de alíquota, cujo recolhimento observará a

legislação da respectiva unidade federada de destino.

Entretanto, não será considerado no cálculo da parti lha do diferencial , pois o FECP

deve ser recolhido integralmente para a unidade federada de destino.

(Convênio ICMS nº 93/2015, cláusula segunda, § 4º, cláusula décima, § 2º)

1.2.1.3 | Simples Nacional

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5464 suspendeu a cláusula nona do

convênio ICMS nº 93/2015 que incluía as empresas do Simples Nacional ao

pagamento do diferencial de alíquotas incidente nas operações que destinem bens e

serviços ao consumidor final localizado em outro estado.

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(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13 , § 1º, XIII, "g" Resolução Sefaz n°

720/2014 , Parte III , art. 10, V, ADI 5464; Convênio ICMS nº 93/2015 , cláusula

nona)

1.2.1.4 | Construção Civil

A empresa que se limita apenas a executar obras de construção civil ,

promovendo a circulação de mercadorias adquiridas de terceiros para uso nas

respectivas obras, não está sujeita ao recolhimento de ICMS , uma vez que não é

considerada contribuinte do imposto, apesar de possuir inscrição no Cadastro de

Contribuintes do ICMS (CAD-ICMS).

Assim, não há que falar em recolhimento de diferencial de alíquota quando

fizer aquisições de outros Estados.

Neste caso, a construtora deverá informar ao fornecedor das mercadorias sua

condição de não contribuinte para que a nota fiscal seja emitida com a alíquota

interna da UF de origem.

Entretanto, o diferencial será exigido nas aquisições de mercadorias para emprego

em obras que executar se a empresa agir, ainda que excepcionalmente, como

contribuinte, ou seja, se produzir mercadorias fora do local em que presta

serviços , conforme orientação do Fisco no processo de Consulta nº E-

04/583.691/1995.

Na hipótese de operação interestadual quando o destinatário for inscrito no CAD -

ICMS da unidade federada de destino, o remetente deverá entregar à repartição

fiscal de sua vinculação, até o dia 30 do mês subsequente ao da opera ção, cópia do

comprovante de recolhimento do imposto correspondente ao diferencial de alíquota,

efetuado pelo destinatário ou pelo próprio remetente à unidade federada de destino.

A não apresentação do documento exigido, no prazo nele fixado, sujeitará o

remetente ao recolhimento do ICMS correspondente à diferença entre a alíquota

interna vigente no Estado do Rio de Janeiro e a interestadual, com os acréscimos

legais cabíveis, a contar do término do prazo estabelecido no calendário fiscal para o

recolhimento do imposto devido no período de apuração em que ocorreu a operação.

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O mencionado recolhimento deverá ser efetuado em DARJ em separado,

independente do resultado do confronto do período.

(Resolução Sefaz n° 720/2014 , Parte II , Anexo I, art. 20, XIII e Anexo XIII, art.

101)

1.2.1.5 | Contribuinte domiciliado em outra UF com inscrição no Estado do Rio

de Janeiro

Os contribuintes domiciliados em outra Unidade da Federação que possuem inscrição

estadual no Estado do Rio de Janeiro efetuarão o pagamento do imposto por

período de apuração.

O imposto devido apurado deverá ser pago até 15º dia do mês subsequente à saída

do bem ou ao início da prestação de serviço , por meio do Documento de Arrecadação

do Estado do Rio de Janeiro (DARJ), disponível no Portal de Pagamentos da SEFAZ.

(Convênio ICMS nº 93/2015 , cláusula quinta, § 2º; Resolução Sefaz nº 468/2011 )

1.2.1.6 | Apuração e recolhimento do DIFAL para o Rio de Janeiro, quando este

for o estado de origem.

O percentual do DIFAL devido ao estado de origem é 60% em 2016, 40% em 2017 e

20% em 2018. A partir de 2019 o DIFAL será devido integralmente ao estado de

destino. Para pagamento do ICMS deve ser util izado o DARJ.

A parcela devida ao Rio de Janeiro deverá ser paga em código de receita específico,

na mesma data prevista para vencimento do pagamento do ICMS normal , em geral

dia 10 do mês subsequente à saída.

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Não é permitida a compensação desse valor com os créditos provenientes das demais

operações realizadas pelo contribuinte.

(Convênio ICMS nº 93/2015 , cláusula 10, II; Resolução Sefaz nº 468/2011 )

1.2.1.7 | Devolução de mercadoria vendida em operação interestadual a não

contribuinte do ICMS do RJ

Segundo orientação da Sefaz , na hipótese do consumidor fluminense, não

contribuinte do imposto, efetuar a devolução de mercadoria à contribuinte de outro

Estado, inscrito no CAD-ICMS, este deverá emitir nota fiscal eletrônica de entrada

(NF-e), com o valor correspondente ao diferencial de alíquotas devido ao Estado do

Rio de Janeiro, e o procedimento relativo ao crédito do imposto se fará com o

lançamento na EFD da NF-e de entrada relativa à devolução.

Já no caso do contribuinte não ser inscrito no CAD-ICMS, este deverá requerer a

restituição de indébito nos termos da Resolução SEEF nº 2.455/94 .

(Resolução SEEF nº 2.455/1994 , RICMS-RJ/2000 , Anexo I, art. 3º, VI)

O Despacho SE/CONFAZ no 34/16 tornou sem efeito o Convênio ICMS 12/2016, que

dá nova redação ao Convênio 9/2016, que altera o Convênio ICMS 152/2015, que

altera o Convênio 93/2015, que dispõe sobre os procedimentos a serem observados

nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não

contribuinte do ICMS, localizado em outra unidade federada. O Convênio ICMS no

9/2016 acresceu ao Convênio ICMS no 152/2015 a cláusula terceira-A, que dispõe

sobre o recolhimento, pelo contribuinte remetente, do valor devido a título de

diferencial de alíquotas em face de operação interestadual para consumidor final não

contribuinte.

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1.2.1.8 | Guia de Recolhimento

A guia de recolhimento a ser utilizada é a GNRE, com a util ização dos códigos de

recolhimento a seguir, conforme o caso:

a) ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por operação, código 10010 -2;

b) ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza, recolhimento por operação, código

10012-9.

(Convênio ICMS nº 93/2015 , cláusula quarta; Convênio ICMS nº 06/1989 , art. 88 -A,

§ 1º, I, "n" e "p")

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Módulo II – Regras Gerais do Regime de

Substituição Tributária

2.1 – ICMS ST | Legislação Pertinente ao ICMS ST

Conforme prevê o art. 128 da Lei nº 5.172/66 - Código Tributário Nacional (CTN), a

responsabilidade pelo pagamento do imposto pode ser atribuída à terceira pessoa

vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação tributária.

Dessa forma, o CTN permite que os Estados e o D istrito Federal excluam a

responsabilidade pelo recolhimento do imposto de um contribuinte e a transfira a

outro, instituindo, assim, o regime de substituição tributária do ICMS em relação às

operações e prestações de serviços sujeitos a este imposto.

A presente matéria visa apresentar os aspectos gerais do regime de substituição

tributária no Estado do Rio de Janeiro, com base no Livro II do Decreto nº 27.427/00

(RICMS-RJ).

2.1.1 | Regras Gerais

A responsabilidade pelo pagamento do ICMS, como regra, é da pessoa que promove

a circulação de mercadorias ou a prestação de serviços sujeitos ao imposto.

A substituição tributária pode ser aplicada às operações ou prestações anteriores

(diferimento), concomitantes ou subsequentes.

A lei poderá atribuir ao sujeito passivo de obrigação tributária a condição de

responsável pelo pagamento de imposto, cujo fato gerador deva ocorrer

posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga,

caso não se realize o fato gerador presumido.

(Constituição Federal/1988, art. 150, § 7º; Lei Complementar nº 87/1996, art. 6º, §

1º)

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2.1.2| Dependência de Convênio e Aplicação

A adoção do regime de substituição tributária em operações interestaduais

dependerá de acordo específico celebrado pelos Estados interessados.

O contribuinte substituto para cálculo e recolhimento do ICMS da substituição

tributária observará as normas da legislação da unidade da Federação de destino

da mercadoria.

Exemplo: empresa situada no estado do RJ, remetendo mercadorias sujeitas à

substituição tributária para SP, deverá observar às disposições da legislação paulista,

no que se refere à alíquota, base de cálculo, margem de valor agregado e demais

normas aplicáveis ao recolhimento do ICMS da substituição tributária.

2.1.2.1| Normas Gerais sobre Convênios

Concessão de benefício do ICMS depende de aprovação de Convênio entre as

Unidades da Federação

Neste Comentário analisamos as normas a serem observadas quanto à celebração dos

Convênios ICMS para a concessão de benefícios fiscais.

As normas para a aprovação de isenções, reduções de base de cálculo e outros

benefícios do ICMS, segundo determinações constitucionais, devem observar os

fundamentos aprovados em Lei Complementar.

Para isso, foi sancionada a Lei Complementar 24, de 7 -1-75, que disciplina a

concessão de benefícios fiscais através da celebração de Convênios ICMS.

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FINALIDADE

O principal objetivo da aprovação de benefícios fiscais mediante a celebração de

Convênios ICMS é coibir a concessão de reduções tributárias para atrair

investimentos em uma Unidade Federada em detrimento da economia de outra

Unidade, o que é denominado pelos especialistas como “guerra fiscal”.

Os Convênios ICMS são ferramentas necessárias para a aprovação ou revogação dos

seguintes benefícios fiscais:

• isenção;

• redução de base de cálculo;

• devolução total ou parcial, direta ou indireta, condicionada ou não, do ICMS ao

contribuinte, ao responsável ou a terceiros;

• créditos presumidos;

• prorrogações e extensões dos benefícios vigentes; e

• quaisquer outros incentivos ou favores fiscais ou financeiros -fiscais, concedidos

com base no ICMS, dos quais resulte redução ou eliminação, direta ou indireta, do

respectivo ônus.

CELEBRAÇÃO DOS CONVÊNIOS

Nos subitens a seguir comentaremos os procedimentos básicos que os Estados e o

Distrito Federal devem adotar para a celebração dos Convênios ICMS

REUNIÕES DO CONFAZ

Os Convênios ICMS são celebrados pelos Estados e pelo Distrito Federal, através das

Reuniões do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), onde são convocados

representantes de todas as Unidades da Federação (Secretários de fazendas ou

finanças dos Estados e do Distrito Federal).

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As reuniões, que são presididas pelo Ministro de Estado da Fazenda ou por

representante de sua indicação, além da concessão de benefícios fiscais, também

tratam de outros assuntos, como normas para emissão de documentos fiscais,

procedimentos para fiscalização e acordos para implantação de regimes de

substituição tributária do ICMS, entre outros.

QUANTIDADE MÍNIMA DE REPRESENTANTES POR REUNIÃO

As reuniões devem ser realizadas com a presença de representantes da

maioria das Unidades da Federação.

Como temos 27 Unidades da Federação em nosso País (26 Estados e o Distrito

Federal), as reuniões devem ter pelo menos 14 participantes para serem

realizadas. A maioria é caracterizada com a presença da metade dos

representantes mais um.

CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS

A concessão de benefícios depende sempre de decisão unânime dos

representantes das Unidades da Federação presentes. Se determinado Estado

propuser um benefício e dos representantes apenas um for contra, o benefício

não é concedido, ou melhor, a proposta de Convênio não se tornará um

Convênio.

REVOGAÇÃO DE BENEFÍCIOS

A revogação total ou parcial de isenções, incentivos e benefícios fiscais já

concedidos (Convênios que já estejam em vigor), depende sempre de

aprovação de 4/5, pelo menos, dos representantes presentes.

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PUBLICAÇÃO

Os Convênios ICMS celebrados nas reuniões, sejam ordinárias ou extraordinárias,

devem ser publicados no Diário Oficial da União no prazo de 10 dias, contados da

data final da reunião.

INÍCIO DA VIGÊNCIA

Os Convênios para entrarem em vigor devem obedecer ao que estiver disposto em

seu texto, regra geral estabelecido em sua última cláusula.

Analisamos, a seguir, as possibil idades que observamos nas publicações de

Convênios:

1ª HIPÓTESE: IMEDIATAMENTE

(Sem necessidade de ratificação nacional ou estadual)

Basta que em seu texto esteja disposto que: “Este Convênio entrará em

vigor na data da sua publicação no Diário Oficial da União” ou redação

com o mesmo objetivo.

RATIFICAÇÃO ESTADUAL EXPRESSA

No processo de ratificação estadual, o Governo de cada Estado ou do Distrito

Federal deve publicar Decreto, ratificando/confirmando que concorda com o

que foi estabelecido nos Convênios celebrados.

Este Decreto deve ser publicado dentro de 15 dias , contados da data da

publicação dos Convênios no Diário Oficial da União, independentemente de

qualquer outra comunicação.

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RATIFICAÇÃO ESTADUAL TÁCITA

Se no prazo de 15 dias, contados da data da publicação dos Convênios, não

houver manifestação de rejeição ou ratificação , os Convênios serão

considerados tacitamente ratificados pela Unidade da Federação que não se

manifestou, tendo a ratificação tácita o mesmo valor da ratificação através de

Decreto.

RATIFICAÇÃO FEDERAL

Após o prazo de ratificação estadual, os Convênios ICMS devem ser

declarados ratificados, no âmbito federal , através de Ato Declaratório do

Confaz, que deve ser publicado no Diário Oficial da União, até 10 dias após o

prazo de sua ratificação pelos Estados.

REJEIÇÃO ESTADUAL

É considerado como rejeitado o Convênio que se enquadrar nas situações a

seguir:

• For rejeitado, no prazo estipulado para ratificação estadual ,

por uma das Unidades da Federação, nos casos de concessão de

isenções ou outros benefícios fiscais, ficando vedada a aplicação do

benefício em todas as Unidades da Federação;

• For rejeitado, por mais de 1/5 das Unidades da Federação , na

hipótese de revogação total ou parcial de benefícios; e

• For rejeitado pela maioria das Unidades , nos demais casos.

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REJEIÇÃO FEDERAL

Ocorrendo a rejeição pelos Estados e o Distrito Federal, os Convênios devem

ser declarados rejeitados, no âmbito federal através de Ato

Declaratório da COTEPE-ICMS ou do CONFAZ. O Ato Declaratório de

rejeição deve ser publicado no Diário Oficial da União, até 10 dias após o

término do prazo para a ratificação ou rejeição estadual .

Considerando o exposto, observamos que os prazos para publicação no DO -U

dos Atos Declaratórios de ratificação ou rejeição são os mesmos.

APLICAÇÃO

Analisando a forma com que são elaborados e a sua finalidade, podemos dizer que:

• Os Convênios podem determinar que a aplicação de qualquer de suas

cláusulas seja limitada a uma, a algumas ou a todas as Unidades da

Federação; e

• Em alguns casos, os Estados firmam Convênios que são aplicáveis em sua

totalidade apenas para um dos estados presentes na reunião.

CONVÊNIOS AUTORIZATIVOS E IMPOSITIVOS

Os Convênios ICMS são divididos em Autorizativos e Impositivos, conforme

conceituação que segue:

“AUTORIZATIVOS”

São os Convênios que PERMITEM (não impõem) às Unidades da Federação que

concedam determinados benefícios fiscais, hipótese em que tal concessão somente se

efetivará caso a Unidade da Federação interessada modifique, EXPRESSAMENTE, a

sua legislação neste sentido ou se manifeste estabelecendo textualmente através de

algum ato

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CONVÊNIO ICMS 3, DE 15-1-2014

(DO-U DE 16-1-2014)

O Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, na sua 212ª reunião

extraordinária realizada em Brasília, DF, no dia 14 de janeiro de 2014, tendo em

vista o disposto na Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, resolve

celebrar o seguinte CONVÊNIO:

Cláusula primeira – Fica o Estado do Espírito Santo autorizado a conceder

isenção do ICMS nas aquisições de máquinas e equipamentos destinados às

empresas afetadas pelas enchentes, enxurradas ou catástrofes climáticas que

assolaram o Estado no .........

“IMPOSITIVOS”

São aqueles Convênios que estabelecem normas ou CONCEDEM benef ício fiscal,

impondo as suas determinações independentemente da Unidade da Federação

envolvida alterar ou não, expressamente, a sua legislação.

Significa dizer que basta o Convênio entrar em vigor para que passe a ser aplicado.

O estado não precisa alterar seu RICMS para que seus contribuintes apliquem as

determinações impostas pelo Convênio.

CONVÊNIO ICMS 48, DE 12-6-2013

(DO-U DE 14-6-2013)

O Conselho Nacional de Polít ica Fazendária – CONFAZ, na sua 199ª reunião

extraordinária, realizada em Brasília, DF, no dia 12 de junho de 2013, tendo em vista

o disposto no art. 199 do Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172, de 26 de outubro

de 1996), resolve celebrar o seguinte CONVÊNIO:

Cláusula primeira – Os estabelecimentos localizados nos estados da Bahia,

Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa

Catarina e São Paulo e no Distrito Federal, que realizem operações sujeitas a

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não incidência do imposto sobre as operações com o papel destinado à impressão de

livro, jornal ou periód ico deverão se credenciar nas Secretarias da Fazenda e no

Sistema de Registro e Controle das Operações com Papel Imune Nacional – RECOPI

NACIONAL.

§ 1º – Com o credenciamento do contribuinte, será gerado número ..........

2.1.3 | Operações ou Prestações Antecedentes

Nas operações ou prestações antecedentes ou anteriores a responsabilidade pelo

recolhimento do imposto fica atribuída ao industrial, comerciante ou a outra

categoria de contribuinte (art. 1º do Livro II do RICMS-RJ).

As operações ou prestações antecedentes são aquelas que, como o próprio nome já

diz, foram praticadas em momento anterior , ou seja, antes de chegar às mãos do

adquirente contribuinte-substituto.

Um exemplo claro de operação antecedente é a operação com ICMS diferido .

Vejamos:

O contribuinte remetente pratica o fato gerador, mas não recolhe o ICMS pela saída

do produto, pois a operação está amparada por diferimento. Dessa forma, sua nota

fiscal é emitida sem destaque do imposto , que será recolhido pelo adquirente,

contribuinte substituto em momento posterior, ou seja, fica diferido.

Operações Antecedentes

Diferimento | Substituição para trás

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2.1.4 | Operações ou Prestações Concomitantes

Dá-se a substituição tributária concomitante quando duas

operações/prestações ocorrem simultaneamente e um dos sujeitos passivos

(contribuinte) substitui o outro relativamente à obrigação tributária principal

(recolhimento do ICMS).

Nas operações ou prestações concomitantes a responsabilidade pelo

recolhimento do imposto fica atribuída ao depositário (quem recebe para

depósito), a qualquer título, em relação à mercadoria depositada por contribuinte e

ao contratante do serviço ou terceiro que participe da prestação de serviços de

transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (art. 1º, III e IV, do

Livro II, do RICMS-RJ).

Vejamos:

A substituição tributária relativa à venda (B) promovida pelo contribuinte de outro

Estado ocorre no mesmo momento em que o armazém-geral promove a remessa da

mercadoria depositada (B), caracterizando assim, a substituição tributária

concomitante.

Nessa operação o imposto é devido ao Estado no qual estiver localizado o armazém -

geral, remetente da mercadoria depositada. A Nota Fiscal de Venda emitida pelo

depositante não contém destaque do ICMS. O destaque será efetuado na nota fiscal

emitida pelo armazém-geral, que recolherá, na qualidade de contribuinte -substituto,

o imposto devido pelo depositante (art. 11, inciso II, item 5, Anexo XIII, Parte II da

Resolução SEFAZ nº 720/14).

Operações Concomitantes

Remetente Tomador | Substituto do Transportador

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2.1.5 | Operações ou Prestações Subsequentes

As operações ou prestações subsequentes, consideradas as mais conhecidas, são

aquelas em que a responsabilidade pelo recolhimento do ICMS, por toda a cadeia

comercial até o consumidor final, ficará atribuída ao contribuinte que iniciou o ciclo

mercantil da mercadoria ou serviço. Nesta hipótese, a responsabilidade pelo

recolhimento do imposto ficará atribuída ao produtor, extrator, gerador, inclusive de

energia, importador, industrial, distribuidor, comerciante ou transportador (art. 1º,

II, do Livro II, do RICMS-RJ).

Em regra geral, o contribuinte substituto será o fabricante ou o importador da

mercadoria, que ficará responsável pela retenção e recolhimento do imposto dev ido

nas operações ou prestações subsequentes.

Considera-se ocorrido o fato gerador, relativo às operações ou prestações

subsequentes, tão logo a mercadoria seja posta em circulação ou o serviço seja

iniciado pelo contribuinte substituto (art. 1º, parágrafo único, do Livro II, do RICMS-

RJ).

Operações Subsequentes

Retenção na Fonte

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2.1.6 | Tributação Única

Em relação às operações subseqüentes, em razão da sistemática substitutiva do

ICMS, as posteriores operações e prestações internas realizadas pelos c ontribuintes

substituídos não mais terão recolhimento do ICMS, encerrando -se o ciclo de

tributação.

Também não cabe restituição ou cobrança complementar do imposto quando a

operação ou a prestação subseqüente à cobrança do ICMS se realizar com valor

inferior ou superior àquele estabelecido – desde que a operação seja realizada

dentro do próprio estado do contribuinte substituído .

Observe que, se a mercadoria for objeto de nova saída interestadual, haverá

necessidade de calcular novamente o ICMS substituição - desde que o Estado

destinatário das mercadorias exija tal procedimento.

2.2 – ICMS ST | Contribuinte Substituto e Substituído

2.2.1 | Contribuinte Substituto

É aquele eleito para efetuar a retenção e/ou recolhimento do ICMS.

Os contribuintes substi tutos tributários são definidos em Convênios e/ou Protocolos

ICMS, bem como em Atos Estaduais específicos, que, caso a caso, submetem

determinadas mercadorias/serviços ao regime de substituição tributária.

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2.2.2 | Contribuinte Substituído

É aquele que, nas operações ou prestações antecedentes ou concomitantes é

beneficiado pelo diferimento do imposto e nas operações ou prestações subsequentes

sofre a retenção.

A responsabil idade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma

ou mais operações ou prestações, sejam antecedentes, concomitantes ou

subsequentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas

interna e interestadual nas operações e prestações que destinem bens e serviços

a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto.

A atribuição de responsabilidade dar-se-à em relação a mercadorias, bens ou serviços

previstos em lei de cada Estado.

A qualidade de contribuinte substituto - responsável pela retenção e pelo

recolhimento do imposto incidente em operações ou prestações antecedentes,

concomitantes ou subsequentes, inclusive do valor decorrente da diferença entre

as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que destinem

bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado que seja contribuinte

do imposto - poderá ser atribuída, nas hipóteses e condições definidas pela

legislação tributária:

a) ao industrial, comerciante ou outra categoria de contribuinte , pelo

pagamento do imposto devido em operações ou prestações anteriores;

b) ao produtor, extrator, gerador , inclusive de energia, importador,

industrial, distribuidor, comerciante ou transportador , pelo pagamento

do imposto devido nas operações ou prestações subsequentes ;

c) ao depositário , a qualquer título, em relação a mercadoria depositada por

contribuinte;

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d) ao contratante de serviço ou terceiro que participe da prestação de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.

Nessas hipóteses, considera-se ocorrido o fato gerador, relat ivo às operações ou

prestações subsequentes, tão logo a mercadoria seja posta em circulação ou o

serviço seja iniciado pelo contribuinte substituto.

(RICMS-RJ/2000, Livro II , art. 1º )

2.2.3 | Contribuinte Industrial

Na saída das mercadorias relacionadas no Anexo I do Livro II do RICMS-

RJ/2000, fica atribuída ao estabelecimento industrial , na qualidade de

contribuinte substituto, a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento

do ICMS relativo às operações subsequentes realizadas por estabelecimento

distribuidor, atacadista ou varejista .

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 2º )

2.2.4 | Contribuinte Importador

É atribuída ao estabelecimento importador a condição de responsável pela

retenção e pelo recolhimento do ICMS incidente nas operações seguintes quando

este importar mercadorias sujeitas ao referido regime.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 2º , § 1º)

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2.2.5 | Industrial distribuidor ou Atacadista em outra UF

O Secretário de Estado de Fazenda, nos casos previstos em convênio ou protocolo,

pode atribuir ao estabelecimento industrial, distribuidor ou atacadista, ou

prestador de serviço localizado em outra Unidade da Federação, o encargo da

retenção e do recolhimento do imposto relativo às operações ou prestações

subsequentes realizadas no Estado do Rio de Janeiro .

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 2º , § 2º)

2.2.6 | Adquirente de Mercadoria A responsabil idade pelo recolhimento do imposto pode ser atribuída também ao

adquirente da mercadoria, em substituição ao alienante.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 2º , § 3º)

2.2.7 | Desqualificação do Contribuinte Substituto Sem prejuízo das penalidades aplicáveis, pode ser desqualificado o contribuinte

substituto que reiteradamente descumprir a legislação , cabendo a

responsabilidade pelo recolhimento do imposto ao contribuinte que receber a

mercadoria.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 2º , § 4º)

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2.2.8 | Uso, Consumo ou Ativo Permanente Aplica-se também a diferença entre a alíquota interna e a interestadual

quando da entrada destinada ao ativo permanente ou ao uso ou consumo do

estabelecimento destinatário, sendo a base de cálculo corresponde ao preço

efetivamente praticado na operação, incluídos, quando for o caso, os valores de

frete, seguro, impostos e outros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário.

Exemplo:

A) Valor de aquisição R$ 1.000,00

B) Base de Cálculo do ICMSR R$ 1.000,00

C) Cálculo do ICMS/ST (R$ 1.000,00 x (18-12%)) R$ 60,00

D) Cálculo do FECP referente à ST (R$ 1.000,00 x 1%) R$ 10,00

E) Valor total do ICMS/ST (C+D) R$ 70,00

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 2º , § 5º)

2.2.9 | Mercadoria adquirida de empresa do Simples Nacional Na aquisição de mercadoria em operação interestadual remetida por ME/EPP optante

pelo Simples Nacional, o contribuinte localizado no Estado d o Rio de Janeiro

qualificado como responsável pelo recolhimento do ICMS devido por substituição

tributária adotará, na determinação da base de cálculo da substituição, a MVA ST

original. Caso o remetente esteja impedido de recolher o ICMS pelo Simples Naci onal,

nos termos do disposto no art. 12 da Resolução CGSN nº 94/2011 , deverá ser

adotada a MVA ajustada para a determinação da base de cálculo da substituição

tributária.

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2.2.10 | Equiparação a Industrial para efeito de Substituição Tributária Para efeito de aplicação da substituição tributária, equipara-se a estabelecimento

industrial e, por consequência, sujeitam-se às obrigações pertinentes ao regime:

a) o contribuinte que receber mercadoria sujeita ao regime, de fora do

Estado ou do exterior , para comercialização em território fluminense,

exceto quando o imposto já tiver sido retido em outro Estado, nos termos de

convênio ou protocolo;

b) o contribuinte de outra Unidade da Federação que realizar, inclusive

por meio de veículo, operação com mercadoria sujeita ao regime, em território

fluminense, sem destinatário certo;

c) o abatedor, o avicultor, o pregoeiro e o importador , no caso de,

respectivamente, carne, ave, peixe e fruta e alho importados.

Na hipótese letras "a" e "b", o imposto retido pode se r cobrado na entrada da

mercadoria no território do Estado.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 3º )

2.3 – ICMS ST | Responsável Solidário

Será considerado solidariamente responsável pelo recolhimento do imposto

retido o contribuinte que receber, em operações internas ou interestaduais,

mercadoria sujeita à substituição tributária, sem que tenha sido feita a retenção total

na operação anterior.

A referida responsabilidade também se aplica em relação às mercadorias sujeitas ao

regime de substituição tributária apenas nas operações internas , bem como não

exime da aplicação de penalidade qualquer contribuinte que, designado substituto,

deixar de fazer a retenção do imposto.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 4º , caput e §1º, itens 1 e 2)

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2.4 – ICMS ST | Produtos Sujeitos ao Regime de ST

A seguir, relacionamos os produtos sujeitos ao regime de substituição tributária nas

operações internas e interestaduais, os respectivos percentuais de Margens de Valor

Agregado conforme dispõe o Anexo I, do Livro II do RICMS/RJ e no Livro IV do

RICMS/RJ-00.

Para a verificação quanto à sujeição ao regime de ST deve-se considerar,

simultaneamente, a NCM/SH e a descrição da mercadoria.

Ressalta-se que desde 1º.01.2016, o mencionado Anexo, além de relacionar os

produtos sujeitos à substituição tributária, a MVA original, MVA Ajustada, NCM e

descrição do produto, traz ainda, o Código Especificador da Substituição

Tributária (Cest).

O Cest identifica a mercadoria passível de sujeição aos regimes de substituição

tributária e antecipação do recolhimento do imposto, relativos às operações

subsequentes.

Neste sentido, nas operações com os produtos relacionados nos subtópicos a seguir

, o contribuinte deverá, a partir de 1º.10.2016, mencionar o Cest no

documento fiscal que acobertar a operação, ainda que a operação, mercadoria ou

bem não estejam sujeitos aos regimes de substituição tributária ou de antecipação

do recolhimento do imposto.

(Convênio ICMS nº 92/2015, cláusula terceira; Lei nº 7.175/2015, art. 7º )

(VIDE PLANILHA – TABELAS DE ICMS)

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Livro IV - Do Regime de Substituição Tributária Aplicável às

Operações com Combustível e Lubrificante

É atribuída à refinaria de petróleo ou ao industrial estabelecidos no Estado do

Rio de Janeiro, nas operações internas , e ao remetente loca lizado em outra

unidade federada, nas operações interestaduais , a condição de sujeito passivo

por substituição tributária, relativamente ao ICMS incidente sobre as operações com

combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo, a seguir relaciona dos,

com a respectiva classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM e com o

respectivo Código Especificador da Substituição Tributária - CEST a partir da

operação que estiverem realizando, até a com o consumidor final:

gasolinas, exceto de aviação, 2710.12.59, 06.002.00;

gasolina de aviação, 2710.12.51, 06.003.00;

querosenes, exceto de aviação, 2710.19.19, 06.004.00;

querosene de aviação, 2710.19.11, 06.005.00;

óleos combustíveis, 2710.19.2, 06.006.00;

óleos lubrificantes, 2710.19.3, 06.007.00;

outros óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) e

preparações não especificadas nem compreendidas noutras posições, que

contenham, como constituintes básicos, 70% ou mais, em peso, de óleos de

petróleo ou de inerais betuminosos, exceto os que contenham biodiesel e

exceto os resíduos de óleos, 2710.19.9, 06.008.00;

resíduos de óleos, 2710.9, 06.009.00;

gás de petróleo e outros hidrocarbonetos gasosos, exceto GLP, GLGN e Gás

Natural, 2711, 06.010.00;

gás l iquefeito de petróleo (GLP), 2711.19.10, 06.011.00;

gás l iquefeito de gás natural (GLGN), 2711.11.00, 06.012.00;

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gás natural, 2711.21.00, 06.013.00;

coque de petróleo e outros resíduos de óleo de petróleo ou de minerais

betuminosos, 2713, 06.014.00;

biodiesel e suas misturas, que não contenham ou que contenham menos de

70%, em peso, de óleos de petróleo ou de óleos minerais betuminosos,

3826.00.00, 06.015.00;

preparações lubrificantes, exceto as contendo, como constituintes de base,

70% ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerai s betuminosos,

3403, 06.016.00;

óleos de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) e

preparações não especificadas nem compreendidas noutras posições, que

contenham, como constituintes básicos, 70% ou mais, em peso, de óleos de

petróleo ou de minerais betuminosos, que contenham biodiesel, exceto os

resíduos de óleos, 2710.20.00, 06.017.00.

2.4.1 – ICMS ST | CEST- Código Especificador da Substituição Tributária

Desde 1º.01.2016, foi incluído o código Especificador da Substituição Tributári a

(Cest) na relação de mercadorias sujeitas a substituição tributária de que trata o

Livro II do Regulamento do ICMS.

O Cest é um novo código que visa uniformizar e identificar as mercadorias e os bens

passíveis de sujeição aos regimes de substituição tributária e de antecipação de

recolhimento, conforme definições do Convênio ICMS nº 92/2015 .

É composto por 7 caracteres com a seguinte descrição:

a) o 1º e o 2º correspondem ao segmento da mercadoria ou do bem;

b) o 3º ao 5º correspondem ao item de um segmento de mercadoria ou bem;

c) o 6º e o 7º correspondem à especificação do item.

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Para o correto enquadramento das mercadorias na substituição tributária e para

evitar problemas de validação nos documentos fiscais eletrônicos, as empresas

deverão informar corretamente o referido código levando em consideração a

Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e a descrição da mercadoria.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II ; Lei nº 7.175/2015, art. 7º ; Convênio ICMS nº 92/2015 )

2.5 – ICMS ST | Levantamento de estoque

2.5.1 | Inclusão de Produtos no Regime de ST Quando nova espécie de mercadoria for submetida ao regime de substituição

tributária, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

a) levantamento do estoque no dia anterior ao da entrada da mercadoria no regime

de substituição tributária, que deverá ser lançado no l ivro Registro de Inventário,

com anotação de quantidades e valores:

a.1) pelo distribuidor ou atacadista: pelo preço de aquisição mais recente da

mercadoria;

a.2) pelo varejista: pelo preço de venda a consumidor, da referida mercadoria

no dia anterior ao da implantação do regime de substituição tributária;

b) cálculo do imposto:

b.1) pelo distribuidor ou atacadista: mediante a aplicação da alíquota vigente nas

operações internas, sobre o valor do estoque apurado na forma da letra "a.1",

acrescido da MVA prevista no Anexo I do Livro II do RICMS-RJ/2000 ;

b.2) pelo varejista: mediante a aplicação da alíquota vigente nas operações internas

sobre o valor do estoque referido na letra "a.2";

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c) pagamento do imposto, calculado na forma da letra "b", em quota única ou em

até 6 parcelas mensais, iguais e consecutivas, mediante pedido de parcelamento

dirigido à repartição fiscal de circunscrição do contribuinte, com vencimentos na

forma que dispuser a legislação.

O pagamento em cota única deverá ser efetuado até a data fixada para o pagamento

da 1ª parcela.

Ressalte-se que o pagamento desse imposto será feito mediante DARJ.

O atraso no pagamento de cada uma das parcelas acarretará cobrança de atua lização

monetária e dos acréscimos moratórios previstos na legislação.

Esclarecemos, ainda, que, nas hipóteses referidas nas letras "b.1" e "b.2", o

contribuinte que possua saldo credor apurado em seu livro RAICMS no período

poderá deduzi-lo do valor do imposto devido nos termos desses itens.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 36 )

2.5.2 | Mercadoria Excluída do Regime de ST

2.5.2.1 | Contribuintes Sujeito ao Regime Normal

Quando da saída de mercadoria do regime de substituição tributária, o contribuint e

sujeito ao regime normal de apuração e pagamento do ICMS, deve:

a) apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das

operações no último dia do mês anterior, efetuando o respectivo lançamento

no livro Registro de Inventário;

b) em relação à mercadoria inventariada, creditar -se proporcionalmente do

ICMS retido e do destacado no documento fiscal correspondente à aquisição

mais recente, à razão de 1/12 por mês; e

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c) a partir do primeiro dia do mês, debitar -se normalmente do imposto por

ocasião da saída da mercadoria.

Caso a quantidade da mercadoria inventariada seja superior à discriminada no

documento fiscal referido na letra "b", o crédito da parte remanescente será

aproveitado, à razão de 1/12 por mês, proporcionalmente ao imposto retido e

destacado, em operações com a mesma mercadoria, na Nota Fiscal imediatamente

anterior, e assim sucessivamente até que todo o estoque mencionado seja levado à

crédito.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 36-A )

2.5.2.2 | Contribuintes Sujeito a Outro Regime, exceto o normal

Quando da saída de mercadoria do regime de substituição tributária, o contribuinte

enquadrado em qualquer outro regime de tributação que não seja o regime normal

de apuração e pagamento do ICMS, deve:

a) apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das operações no

último dia do mês anterior, efetuando o respectivo lançamento no l ivro Registro de

Inventário;

b) em relação à mercadoria inventariada, calcular o montante passível de restituição

proporcional ao ICMS retido no documento fiscal correspondente à aquisição mais

recente;

c) requerer restituição de indébito, observadas as normas aplicáveis;

d) a partir do 1º dia do mês, recolher normalmente o imposto incidente por ocasião

da saída da mercadoria na forma do Simples Nacional ou de qualquer outro regime

de tributação que não seja o de apuração do ICMS pelo confronto entre débitos e

créditos.

Caso a quantidade da mercadoria inventariada seja superior à discriminada no

documento fiscal referida na letra "b", deverá ser calculada a parte remanescente

proporcionalmente ao imposto retido, em operações com a mesma mercadoria, na

Nota Fiscal imediatamente anterior, e assim sucessivamente até que todo o estoque

mencionado seja levado à restituição.

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A restituição de que trata a letra "c" será efetivada em espécie, em 12 parcelas

mensais e consecutivas.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 36-B )

2.6 – ICMS ST | Devolução de Mercadoria sujeita ao regime de ST

2.6.1 | Mercadoria adquirida “com” ICMS Retido pelo remetente Na operação realizada entre contribuintes, o estabelecimento que devolver, total ou

parcialmente, ou trocar mercadoria, deverá emitir Nota Fiscal, na qual deverão

constar, além dos demais requisitos exigidos:

a) a natureza da operação;

b) referência à Nota Fiscal emitida quando da remessa.

Na Nota Fiscal de devolução devem ser aplicadas a mesma base de cálculo e a

mesma alíquota constante do documento fiscal que acobertou a remessa da

mercadoria.

Esse procedimento aplica-se também à devolução de mercadoria ou bem

recebido em transferência.

Relativamente à devolução de mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária

em que o imposto tenha sido anteriormente retido pelo remetente , o contribuinte,

além das disposições mencionadas, deve informar nos campos próprios do documento

fiscal a base de cálculo de retenção e o valor do imposto retido.

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Na devolução de mercadoria recebida com imposto retido por substituição tributária ,

o contribuinte deverá efetuar normalmente o lançamento da NF -e com débito do

imposto próprio, informando o Registro C113 com a nota original. O valor do débito

deve ser estornado mediante preenchimento do Registro E111 com o código RJ

030006, devendo informar essa nota de devolução no Registro E113. Os valores

relativos ao imposto retido, destacado na NFe, não deverão ser informados na EFD.

(Resolução Sefaz n° 720/2014, Parte II , Anexo XIII, art. 35 e Parte II, Anexo VII,

Tabela XXII "Normas relativas à EFD)

2.6.2 | Mercadoria adquirida “sem” ICMS Retido pelo remetente Em operação com mercadoria proveniente de outro estado sujeita ao regime de

substituição tributária em que não há convênio, protocolo ou termo de acordo

atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente, fica atribuída ao

contribuinte fluminense destinatário localizado neste Estado a condição de

substituto, responsável pela retenção e o pagamento do ICMS devido nas saídas

internas subsequentes àquela interestadual, nos termos do art. 21 , inciso VI, da Lei

nº 2.657/1996 , observado o disposto nos pa rágrafos deste artigo.

No caso de devolução ou remessa interestadual de mercadoria, cujo imposto por

substituição tributária tenha sido pago antecipadamente por DARJ pelo adquirente ou

pelo remetente em seu nome, este deve adotar emitir nota fiscal com destaque do

imposto, indicando no campo "Informações Complementares":

a) o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;

b) no caso de devolução, as razões que deram causa;

c) o valor do ICMS substituição tributária referente à entrada, calculado

proporcionalmente à quantidade que está sendo devolvida ou remetida para outra

Unidade da Federação;

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d) o valor e a data da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE)

ou do DARJ referente à aquisição original.

A nota fiscal relativa a devolução ou remessa interestadual será lançada no livro

Registro de Saídas em "Operações com débito do ICMS", anotando na coluna

"Observações" que se trata de "devolução/ST" ou "remessa interestadual/ST";

O contribuinte deve util izar como créditos fiscais, t otal ou proporcionalmente,

conforme o caso, o imposto destacado na nota fiscal de aquisição da mercadoria e o

pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto,

escriturando-os no quadro "Crédito do Imposto - Outros Créditos" do livro Registro

de Apuração do ICMS, na mesma folha destinada à apuração relacionada com as suas

próprias operações.

Caso o contribuinte utilize a EFD, a nota fiscal de devolução ou remessa

interestadual deverá ser informada no registro C100, sem o preench imento dos

campos 23 e 24, devendo ser informados:

a) o registro C113 com o número e a data da nota fiscal relativa à aquisição;

b) o registro C112 com o valor e a data da GNRE ou do DARJ referente à aquisição

original;

c) o registro C197 com código RJ10100000 "Outros Créditos (devolução/ST ou

remessa interestadual/ST)", com o valor total ou proporcionalmente, conforme o

caso, do imposto destacado na nota fiscal de aquisição da mercadoria e do

pagamento antecipado constante no documento relativo ao pagamento do imposto.

Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS pago por substituição

tributária no momento da aquisição da respectiva mercadoria, tomar -se-á o valor do

imposto pago por ocasião da última aquisição do mesmo produto, proporciona lmente

à quantidade saída.

(Resolução Sefaz nº 537/2012, art. 16 , I, II e III e § 2º)

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2.7 – ICMS ST | Alteração de Regime

No interesse da arrecadação e da administração fazendária, o Secretário de Estado

de Fazenda pode determinar que, em relação a qualquer das mercadorias sujeitas ao

regime de substituição tributária:

a) seja alterado o percentual de MVA , observados os l imites máximos

estabelecidos na Lei nº 5.171/2007;

b) seja suspensa temporariamente a aplicação do regime de substituição

tributária;

c) o contribuinte substituto seja qualquer dos estabelecimentos participantes

do ciclo de comercialização da mercadoria;

d) não seja feita a retenção do imposto na operação entre estabelecimentos

industriais.

Nas hipóteses descritas nas letras "a " e "b", devem ser levadas em consideração as

peculiaridades do setor econômico encarregado da retenção do imposto, bem como

as condições de comercialização da mercadoria produzida no Estado.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 37 )

2.8 – ICMS ST | Base de Cálculo

A base de cálculo da substituição tributária, salvo disposição em contrário em

legislação específica, será o preço máximo, ou único, de venda a varejo fixado

pela autoridade competente ou, na falta desse preço, ao montante formado pelo

valor da operação ou prestação própria realizada pelo contribuinte substituto.

Nesse valor, é incluído o valor do IPI, acrescido do frete e carreto, seguro e

outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de

serviço, adicionado da parcela resultante da aplicação, sobre o referido montante,

da margem de valor agregado (MVA), relativa às operações ou prestações

subsequentes, determinada pela legislação.

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As bonificações, os descontos e quaisquer outras deduções concedidas no

valor total ou unitário da mercadoria, integram , também, a base de cálculo da

substituição tributária.

Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou importador, a

base de cálculo será este preço.

2.8.1 | BC nas Operações Antecedentes Nas operações antecedentes a base de cálculo corresponderá ao valor das operações

ou prestações anteriores (art. 5º, I, do Livro II, do RICMS-RJ);

Base de cálculo = valor da operação/prestação praticada pelo contribuinte substituído

2.8.2 | BC nas Operações Subsequentes Nas operações subsequentes a base de cálculo será pela ordem (art. 5º, II, do Livro

II, do RICMS-RJ):

a.1) o preço final da mercadoria ou prestação de serviço, caso seja fixado por órgão

ou entidade competente da administração pública;

Base de Cálculo = Preço Fixado (pauta fiscal)

a.2) o preço final ao consumidor sugerido pelo fabricante ou importador (art. 5º, II,

c.c., § 4º, do Livro II, do RICMS-RJ);

Base de Cálculo = Preço sugerido pelo fabricante ou importador

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comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

a.3) no caso de inexistir os valores referidos nos itens “b.1” e “b.2” anteriormente

citados, a Base de Cálculo (BC) corresponderá ao somatório dos seguintes valores

(art. 5º, II, e art. 7º, do Livro II, do RICMS-RJ):

a.3.1) valor da Operação ou Prestação Própria (OP) realizada pelo contribu inte

substituto;

a.3.2) soma dos valores correspondentes ao seguro, frete, IPI e outros encargos

cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço;

a.3.3) Margem de Valor Agregado (MVA) relativa às operações ou prestações

subsequentes, estabelecida com base nos preços praticados no mercado, considerado

por meio de levantamento efetuado por entidades representativas dos respectivos

setores, adotando-se a média ponderada dos preços coletados;

Base de Cálculo = Operação Própria + Frete + Seguro + IPI + Encargos Cobrados ou Transferíveis ao Destinatário + MVA

2.8.3 | BC nas Operações Concomitantes

Nas operações concomitantes, a base de cálculo será (art. 5º, III, do Livro II, do

RICMS-RJ):

c.1.) o valor da mercadoria, adotando-se na sua falta, o preço corrente desta ou sua

similar, no mercado atacadista do local da operação;

c.1.2) inexistindo mercado atacadista no local da operação, será adotado o preço

corrente no mercado atacadista regional, no caso de remetente produtor, extrator ou

gerador (inclusive de energia);

c.1.3) no caso de remetente industrial, será adotado o preço FOB estabelecimento

industrial à vista; ou

c.1.4) no caso de remetente comerciante, a base de cálculo será o preço FOB

estabelecimento comercial à vista, nas vendas a out ros comerciantes ou industriais;

d) nas prestações concomitantes, a base de cálculo será o valor da prestação ou, na

sua falta, o valor corrente do serviço (art. 5º, IV, do Livro II, do RICMS -RJ).

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1ª) Os parâmetros adotados para se chegar ao percentual da Margem de Valor

Agregado (MVA) estão elencados no art. 7º e seguintes do Livro II, do RICMS -RJ.

2ª) Os percentuais de MVA estão relacionados no Anexo I, do Livro II, do RICMS -RJ.

2.8.4 | BC nas Transferências de Mercadorias

Na hipótese de transferência de mercadoria para estabelecimento varejista do

contribuinte substituto, a base de cálculo para retenção será:

a) o preço efetivamente praticado pelo estabelecimento varejista do

contribuinte substituto, se possuir sistema integrado de contabilidade ou

tabela de preços;

b) a descrita no início deste tópico, tomando-se como valor inicial aquele

estabelecido para o depositário, a qualquer título, em relação a mercadoria

depositada por contribuinte, ou seja, o valor da mercadoria ou, na sua falta:

b.1) o preço corrente da mercadoria, ou de sua similar, no mercado

atacadista do local da operação, ou, na sua falta, no mercado

atacadista regional, caso o remetente seja produtor, extrator ou

gerador, inclusive de energia;

b.2) o preço FOB estabelecimento industr ial à vista, caso o remetente

seja industrial;

b.3) o preço FOB estabelecimento comercial à vista, nas vendas a

outros comerciantes ou industriais, caso o remetente seja comerciante.

Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, seguro ou outro encargo na

composição da base de cálculo, o recolhimento do imposto correspondente a essas

parcelas será efetuado pelo estabelecimento destinatário , acrescido dos

percentuais de MVA.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 5º , caput, II, III, e §§ 1º, 4º e 5º)

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2.9 – ICMS ST | Margem de Lucro

Os percentuais de margem de lucro constantes do RICMS-RJ/2000 , Livro II , Anexo I

, são determinados com base em preços usualmente praticados no mercado, obtidos

por levantamento, ainda que por amostragem ou através de informações e outros

elementos fornecidos por entidades representativas dos setores, adotando -se a

média ponderada dos preços coletados, devendo-se observar ainda os seguintes

parâmetros:

a) levantamento de preços efetuado por órgão oficial de pesquisa ou pela

Secretaria de Estado de Fazenda;

b) o levantamento deverá abranger um conjunto de municípios que represente

pelo menos 40% do valor adicionado fiscal previsto na legislação que define o

índice de participação dos municípios na arrecadação do imposto;

c) as informações resultantes da pesquisa deverão conter os dados cadastrais

dos estabelecimentos pesquisados, as respectivas datas das coletas de preços

e demais elementos suficientes para demonstrar a veracidade dos valores

obtidos.

Quando uma nova espécie de mercadoria for submetida ao regime de substituição

tributária, relativamente às operações subsequentes, a Secretaria de Estado de

Fazenda e Controle Geral, através de seu órgão técnico, convocará as entidades

representativas do setor na produção e comerc ialização da mercadoria, a fim de que

sugiram a MVA a ser utilizada, na composição da base de cálculo do ICMS devido por

substituição tributária, bem como forneçam as informações que julgarem pertinentes

para justificar sua sugestão.

A MVA será estabelecida através do cálculo da relação percentual entre os preços do

varejo e da indústria ou entre os preços do varejo e do atacado, adotando -se a

média ponderada dos preços coletados.

Observado o disposto no item 5, nas operações internas ou interestaduais com

destino ao Estado do Rio de Janeiro, o contribuinte ou o responsável por substituição

observarão a MVA:

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a) original: quando o remetente for designado contribuinte substituto nas

operações internas;

b) ajustada:

b.1) na hipótese de o remetente ser designado contribuinte substituto

nas operações interestaduais;

b.2) na hipótese de aquisições realizadas em operações provenientes

de outra Unidade da Federação por contribuinte substituto localizado

neste Estado com mercadoria sujeita à substituição tributária quando

não há convênio, protocolo ou termo de acordo atribuindo a qualidade

de contribuinte substituto ao remetente.

Na hipótese de operações interestaduais destinadas ao Estado do Rio de Janeiro com

a adoção de alíquota de 4%, os sujeitos passivos por substituição deverão observar a

MVA ajustada prevista neste subitem a partir da referida alíquota.

Aplica-se a MVA original nas operações interestaduais destinadas ao território

fluminense quando não houver previsão de ajuste no Anexo I do Livro II do RICMS -

RJ/2000 ou em instrumentos normativos de que o Estado do Rio de Janeiro seja

signatário.

No caso de operações interestaduais destinadas ao Estado do Rio de Janeiro em que

a alíquota aplicável, nominal ou efetiva decorrente de isenção ou redução de base de

cálculo, seja inferior ao percentual de 12%, em substituição às margens de valor

agregado ajustadas constantes do Anexo I, o contribuinte substituto deve adotar a

margem obtida com a aplicação da fórmula prevista no subitem 5.2.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , arts. 7º , 8º , caput, 11 e 13-A)

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2.10 – ICMS ST | Hipótese de Adequação de MVA Ajustada

Nos casos em que as MVAs ajustadas constantes no Anexo I do Livro II do

RICMS-RJ/00 foram calculadas com base na alíquota interestadual de 12% e na

interna de 20%, e a carga tributária interna for inferior à alíquota interna padrão de

20%, é necessário adequar a MVA ajustada.

Tal adequação deve ser realizada apenas nas operações com os itens descritos no

artigo 13-B do Livro II do RICMS-RJ/00, reproduzido a seguir:

Produtos relacionados nos itens 5 a 20 e 22 a 27 do Anexo I do Livro II ( Vide Item

2.4 da apostila)

"MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter)/(1- ALQ intra) ] -1", em

que:

a) "MVA ST original" é a margem de valor agregado fixada para as operações

internas no Anexo I;

b) "ALQ inter" é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual

aplicável à operação;

c) "ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquota interna (nominal ou

efetiva decorrente de redução de base de cálculo) aplicável às operações

realizadas pelo contribuinte substituto industrial localizado no Estado do Rio

de Janeiro com as mesmas mercadorias.Na hipótese de alíquota efetiva

inferior ao percentual de 20%, esse procedimento somente se aplica caso a

redução de base de cálculo seja concedida em caráter geral,

independentemente de termo de acordo ou da prática de ato administrativo de

enquadramento do contribuinte.

A MVA ajustada e adequada não poderá ser inferior à MVA original aplicada às

operações internas.

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Caso sejam adotadas as disposições mencionadas, o contribuinte substituto deve

consignar no documento fiscal, no campo "Informações Complementares", o

dispositivo normativo que fundamenta a aplicação da alíquota interna incidente

(nominal ou efetiva) infer ior a 20%, a alíquota respectiva e a MVA ajustada utilizada

no cálculo.

Na hipótese de aquisições realizadas em operações provenientes de outra Unidade da

Federação por contribuinte substituto localizado neste Estado, com mercadoria

sujeita à substituição tributária quando não há convênio, protocolo ou termo de

acordo atribuindo a qualidade de contribuinte substituto ao remetente, as

informações referidas no parágrafo anterior deverão ser consignadas no Documento

de Arrecadação do Estado do Rio de Janeiro (DARJ) que acompanha as mercadorias,

no campo "Informações Complementares".

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 13-B )

2.11 – ICMS ST | Alíquotas

Para obtenção do valor do ICMS Substituição ou Antecipação, o contribuinte

substituto deverá aplicar sobre a base de cálculo, a alíquota vigente para as

operações/prestações internas praticadas no Estado do Rio de Janeiro.

(VIDE PLANILHA – TABELAS DE ICMS)

As alíquotas praticadas no Estado do Rio de Janeiro estão relacionadas no art. 14, do

Livro I, do RICMS-RJ.

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2.12 – ICMS ST | FECP (Fundo Estadual de Combate à Pobreza e às

Desigualdades Sociais)

INCIDÊNCIA

Nas operações com Substituição Tributária, o valor da parcela do adicional relativo

ao FECP em razão da substituição tributária será obtido:

I - em operações internas, aplicando-se o percentual de 2% (dois por cento)

sobre a diferença entre o valor da base de cálculo de retenção do imposto e o

valor da base de cálculo da operação própria;

II - em operações interestaduais que destinem mercadorias ao Estado do Rio

de Janeiro, aplicando-se o percentual de 2% (dois por cento) sobre o valor da

base de cálculo de retenção do imposto.

(Artigo 3º da Resolução SEFAZ nº 987/16)

O ICMS e o Adicional do ICMS destinado ao FECP podem ser recolhidos num único

DARJ ou numa única GNRE RJ Online, mas devem ser informados separadamente , em

campos distintos, na tela de preenchimento.

NÃO INCIDÊNCIA

Não será devida a parcela do adicional correspondente ao FECP sobre:

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I - operações de circulação de mercadorias que integrem a cesta básica do Estado do

Rio de Janeiro;

II - atividades previstas no Livro V, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto

nº 27.427/2000 , de 17 de novembro de 2000; (Inês estimativa)

III - o ICMS devido pelas microempresas e empresas de pequeno porte relativas ao

Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples Nacional , de que trata a Lei

Complementar nº 123 , de 14 de dezembro de 2006;

IV - dos Medicamentos Excepcionais previstos na Portaria nº 1.318, de 23.07.2002,

do Ministério da Saúde, e suas atualizações e em Lei estadual específica;

V - operações com material escolar definido no Anexo do Decreto nº 36.376/2004 ;

VI - operações com gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha);

VII - o fornecimento de energia elétrica residencial até 300 quilowatts/horas

mensais;

VIII - o consumo residencial de telefonia fixa até o valor de uma vez e meia a tarifa

básica.

O contribuinte com atividades previstas por estimativa fica “obrigado” a recolher a

parcela do adicional relativo ao FECP em virtude:

I - de substituição tributária;

II - da existência de mercadorias em estoque por ocasião do pedido de baixa

de inscrição ou declaração de falência e suas consequentes vendas, alienações

ou liquidações;

III - da diferença de alíquota, na entrada de mercadoria proveniente de outra

unidade da Federação, destinada a consumo ou ativo fixo;

IV - de importação.

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A dispensa do SIMPLES NACIONAL não abrange o ICMS ST previsto na

legislação.

Resolução SEFAZ nº 987, de 15.03.2016, art.5º

2.13 – ICMS ST | Apuração do Imposto Retido

Os valores relativos ao imposto retido serão apurados no último dia do respectivo

período, no livro RAICMS, em folha subsequente à destinada à apuração rel acionada

com as suas próprias operações, com a indicação da expressão "Substituição

tributária", uti lizando, no que couberem, os quadros "Débitos do Imposto", "Crédito

do Imposto" e "Apuração dos Saldos", devendo lançar:

a) o valor de que trata o § 1º, do art. 22 do Livro II do RICMS-RJ/2000 , no

campo "Por Saídas com Débito do Imposto";

b) o valor de que trata o § 1º, do art. 35 do Livro II do RICMS -RJ/2000 , no

campo "Por Entradas com Crédito do Imposto";

c) para as operações interestaduais, em folha subsequente às operações

internas, pelos valores totais, os valores relativos a cada Unidade da

Federação nos quadros "Entrada" e "Saída", nas colunas "Base de Cálculo"

(para base de cálculo do imposto retido), "Imposto Creditado" e "Imposto

Debitado" (para imposto retido, identificando a Unidade da Federação na

coluna "Valores Contábeis").

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 23 )

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2.14 – ICMS ST | Recolhimento do Imposto Retido

O recolhimento do ICMS retido pelo contribuinte substituto deverá ser realizado a té o

dia 9 do mês subsequente ao da saída da mercadoria, com exceção às operações com

cimento, cujo prazo de recolhimento do imposto retido por substituição tributária

será até o dia 10 do mês subsequente ao da saída da mercadoria.

O imposto retido pelo contribuinte substituto será recolhido na operação interna,

mediante DARJ, observando-se que, no preenchimento do DARJ online, desde

1º.01.2012, não é necessário informar o código de receita, bastando selecionar a

receita desejada, conforme disposto na Resolução Sefaz nº 468/2011.

Em se tratando de contribuinte substituto localizado em outro Estado, o imposto

retido será recolhido em agente arrecadador autorizado, localizado na praça do

estabelecimento remetente, em conta especial, a crédito do Estado do Rio de

Janeiro, mediante Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE),

sendo uma para cada convênio ou protocolo, sempre que o substituto operar com

mercadorias sujeitas ao regime regidas por normas diversas.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , arts. 14 , caput, 15, parágrafo único, e 16; Resolução

Sefaz nº 468/2011 , art. 7º , § 3º; www.fazenda.rj.gov.br)

Nota:

A Portaria SAF nº 730/2010 faculta ao contribuinte estabelecido em outra Unidade da

Federação a firmar termo de acordo, conforme modelo estabelecido na Portaria, para

a retenção e o recolhimento do ICMS na remessa para o Rio de Janeiro de

mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária somente nas operações

internas.

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2.14.1 | Operações interestaduais disciplinadas pela Resolução SEFAZ n°

537/12

Os quadros esquemáticos a seguir visam a ilustrar as operações interestaduais

com destinatário localizado no Estado do Rio de Janeiro , nos termos

disciplinados pela Resolução n° 537, de 28 de setembro de 2012 .

Existem 3 possiblidades que podem ocorrer:

1) Quando há convênio ou protocolo entre as Unidades Federadas;

2) Quando não há convênio ou protocolo entre as Unidades Federadas , mas

há Termo de Acordo entre o Estado do Rio de Janeiro e o contribu inte

localizado em outra UF;

3) Quando não há convênio ou protocolo entre as Unidades Federadas e não

há Termo de Acordo entre o Estado do Rio de Janeiro e o contribuinte

localizado em outra UF.

(CTN - Art. 102. A legislação tributária dos Estados, do D istrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos l imites em que lhe reconheçam extraterritorial idade os convênios de que participem, ou do que disponham esta ou outras leis de normas gerais expedidas pela União).

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Remetente de outra UF e destinatário do RJ.

Quando HÁ Convênio ou Protocolo entre as UFs. (Convênio 81/93)

Remetente Adquirente Outra UF RJ

REMETENTE DEVE SER INSCRITO NO CADASTRO DE CONTRIBUINTES DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO (SICAD) (CONFORME ARTIGO 21, CAPUT, DO LIVRO II DO RICMS-RJ/00 C/C CONVÊNIO

81/93).

No Estado do Rio de Janeiro, o artigo 21, caput, do Livro II do RICMS-RJ/00 prevê que o sujeito

passivo por substituição localizado em outra unidade da Federação deve providenciar sua inscrição

no CADERJ, nos termos da legislação específica.

● Remetente Inscrito: GNRE único por período de apuração, pago até o dia 9 do mês

subsequente (com exceção do cimento, até o dia 10). (Responsável: REMETENTE – Art. 3°, caput

da Resolução n° 537/2012).

● Remetente Não Inscrito: GNRE emitida a cada operação. (Responsável: REMETENTE – Art.

3°, §3° da Resolução n° 537/2012)

Adquirente

Remetente

Recolhimento do ICMS-ST por GNRE

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Quando NÃO há Convênio ou Protocolo e HÁ TERMO DE ACORDO entre as

UFs.

(Art. 3°, §1° da Resolução n° 537/12)

Remetente Adquirente Outra UF RJ

Adquirente

Remetente

Inscrito no

Cadastro RJ

Recolhimento do ICMS-ST por GNRE único por período de apuração, pago

até o dia 9 do mês subsequente (com

exceção do cimento, até o dia 10).

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Quando NÃO há Convênio ou Protocolo e NÃO HÁ TERMO DE ACORDO entre

as UFs.

(Art. 4° da Resolução n° 537/12).

Remetente Adquirente Outra UF RJ

Adquirente

Remetente

Recolhimento do ICMS-ST por GNRE ou DARJ

Quando pago espontaneamente pelo remetente

em nome do destinatário

DDARDARJ

Contribuinte Substituto é o DESTINATÁRIO em

Cada Operação

DDARDARJ

Recolhimento do ICMS-ST por DARJ

em separado quando pago pelo

destinatário

DDARDARJ

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2.15 – ICMS ST | Restituição e Ressarcimento

O contribuinte substituído, ou seja, aquele que no regime de substituição tributária

recebe as mercadorias já com o imposto retido, fará jus à restituição do valor do

imposto pago por força da substituição tributária quando o fato gerador presum ido

não se realizar.

O fato gerador presumido e não realizado caracteriza -se pela inocorrência de

operação subsequente por motivo de perda, roubo, quebra, extravio, inuti lização ou

consumo de mercadoria, salvo disposição em contrário em legislação específi ca.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , arts. 17 e 18 )

2.15.1 | Operação Interna O contribuinte deverá comunicar a repartição fiscal de sua circunscrição, no prazo de

10 dias a contar da data em que ocorrer o evento que caracterize a não realização do

fato gerador. Posteriormente ao recebimento da comunicação, a repartição fiscal, no

prazo máximo de 90 dias, efetuará as verificações cabíveis e autorizará o crédito do

valor correspondente ao imposto retido, devidamente atualizado segundo os mesmos

critérios aplicáveis à atualização do tributo, na escrita fiscal do contribuinte.

O crédito será lançado no campo 007 "Outros Créditos" do livro Registro de Apuração

do ICMS (RAICMS), consignando-se a expressão "restituição de imposto retido".

Não havendo deliberação no prazo de 90 dias, o contribuinte substituído poderá

efetuar o crédito objeto do pedido, observado o disposto no parágrafo seguinte.

Sobrevindo decisão contrária irrecorrível, o contribuinte substituído, no prazo de 15

dias da respectiva notificação, efetuará o estorno dos créditos lançados, também

devidamente atualizados, com o pagamento dos acréscimos legais cabíveis.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 18 , parágrafo único e art. 19 )

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2.15.2 | Operação Interestadual Na hipótese de operação interestadual, de mercadoria cujo imposto já tenha sido

objeto de retenção anterior, neste ou em outro Estado, o remetente pode se

ressarcir do imposto retido, mediante a emissão de nota fiscal, exclusiva para esse

fim, em nome do estabelecimento que tenha efetuado a retenção, pelo valor do

imposto retido, que deverá ser visada pela repartição fiscal e acompanhada de

relação discriminando as operações interestaduais, facultada sua apresentação em

meio magnético, na forma estabelecida pela Secretaria de Estado de Fazenda.

O remetente pode creditar-se do imposto relativo à entrada dessa mercadoria, na

proporção da quantidade saída, calculando-o sobre o valor que serviu de base de

cálculo da operação própria do contribuinte substituto original, escriturando -o, no

mesmo período de apuração, no campo "007 - Outros Créditos", do livro RAICMS.

O valor do ICMS a ser ressarcido não poderá ser superior ao valor retido na operação

de que decorreu a entrada da mercadoria no estabelecimento.

Quando for impossível determinar a correspondência do ICMS retido na aquisição da

respectiva mercadoria, tomar-se-á o valor do imposto retido na sua aquisição mais

recente pelo estabelecimento, proporcional à quantidade saída.

O estabelecimento fornecedor, de posse da nota fiscal mencionada, visada, poderá

deduzir o valor do imposto retido do próximo recolhimento ao Estado do Rio de

Janeiro.

A cópia da GNRE relativa à operação interestadual que gerar direito a ressarcimento

será apresentada à repartição fiscal, no prazo máximo de 10 dias após o pagamento.

Cabe observar que a empresa que descumprir esse procedimento não terá visada

outra nota fiscal de ressarcimento, até que se cumpra o exigido.

O descrito no parágrafo anterior não se aplica na hipótese de a Unidade da

Federação de destino não ser signatária de protocolo ou convênio que determine a

substituição tributária com as mesmas mercadorias.

Na hipótese de desfazimento do negócio, se o imposto já houver sido recolhido,

aplica-se o descrito neste subitem, no que couber. ( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art.

20 )

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2.16 – ICMS ST | Quando não se aplica a Substituição Tributária

Não se aplica a Substituição Tributária:

a) à operação que destine mercadoria a sujeito passivo por substituição da

mesma mercadoria;

b) à transferência para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito

passivo por substituição, hipótese em que a obrigação pela retenção e

recolhimento do imposto recairá sobre o estabelecimento que promover a

saída da mercadoria com destino a empresa diversa;

c) à operação que dest inar mercadoria para utilização em processo de

industrial ização;

d) na saída para consumidor final, salvo se a operação for interestadual e o

destinatário contribuinte do ICMS, uma vez que alguns Protocolos/Convênios

que dispõem sobre o regime da Substitui ção Tributária atribuem a

responsabilidade ao remetente em relação à entrada para uso e consumo ou

ativo imobilizado, ou seja, em relação ao diferencial de alíquotas.

Obs.: A qualidade de contribuinte substituto não pode ser atribuída ao

Microempreendedor Individual (MEI), conforme dispõe o inciso V do artigo 94 da

Resolução CGSN 94/11.

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2.17 – ICMS ST | Escala Industrial não relevante não se aplica o ICMS

ST

Os regimes de substituição tributária ou de antecipação do recolhimento do ICMS

com encerramento de tributação, relativos às operações subsequentes, não se

aplicam:

às operações com bebidas não alcoólicas,

massas alimentícias,

produtos lácteos,

carnes e suas preparações,

preparações à base de cereais,

chocolates,

produtos de padaria e da indústr ia de bolachas e biscoitos,

preparações para molhos e molhos preparados,

preparações de produtos vegetais,

telhas e outros produtos cerâmicos para construção e detergentes, se

fabricados em escala industrial não relevante em cada segmento.

A referida inaplicabil idade estende-se a todas operações subsequentes à

fabricação das mercadorias ou dos bens em escala não relevante até o

consumidor final.

A mercadoria ou bem ora descrito será considerado fabricado em escala industrial

não relevante quando produzido por contribuinte que atender,

cumulativamente, as seguintes condições:

a) ser optante pelo Simples Nacional;

b) auferir, nos últimos 12 meses, receita bruta igual ou inferior a R$ 180.000,00;

c) possuir estabelecimento único.

(Convênio ICMS nº 149/2015)

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2.18 – ICMS ST | Infrações e Penalidades

O descumprimento de obrigações tributárias, principal ou acessórias, instituídas pela

legislação do ICMS sujeita o infrator às penalidades relacionadas nos arts. 60 a 66 da

Lei nº 2.657/1996.

É importante ainda, que o contribuinte conheça as regras gerais para aplicação das

penalidades abordadas nos arts. 67 a 67-D da referida Lei e a possibilidade do

contribuinte se excluir da responsabil idade por infrações por meio da denúncia

espontânea da infração, antes de qualquer procedimento fiscal, desde que seja pago

o tributo devido, com seu valor atualizado monetariamente e os acréscimos

moratórios.

Das Infrações e Multas

Art. 60. O descumprimento da legislação tributária em relação a obrigação principal

sujeita o infrator, contribuinte ou responsável, além da exigência do tributo, às

seguintes multas:

I - 75% (setenta e cinco por cento) do valor do imposto:

a) creditado, deduzido ou compensado em desacordo com a legislação;

b) não destacado, não debitado, não retido, não estornado ou não pago;

II - 120% (cento e vinte por cento) do valor do imposto retido por

substituição tributária e não declarado no documento de informação e

apuração, se deixar de pagá-lo.

(Lei nº 2.657/1996 , arts. 60 a 68 )

Das Infrações Relativas a Estoque de Mercadorias

Art. 62-A. O descumprimento de obrigações acessórias relativas ao estoque de

mercadorias ensejará a aplicação das seguintes penalidades:

I – possuir ou manter mercadoria isenta ou não tributada em estabelecimento,

quando não inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS e estivesse obrigado à

inscrição, ou quando com inscrição inabilitada:

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1) MULTA: 5% (cinco por cento) do valor da mercadoria existente no estoque, sem

prejuízo das penalidades previstas no inciso I do art . 62;

II - deixar de adotar as providências previstas na legislação, quando:

a) da entrada das mercadorias existentes em estoque no regime de

substituição tributária, ou da sua saída desse regime;

1) MULTA: 1% (um por cento) do valor da mercadoria existente no estoque

sem prejuízo de penalidade prevista no art. 60.

Das Infrações Relativas a Emissão de Documentos Fiscais e à Escrituração

de Livros Fiscais

Art. 62-C. O descumprimento de obrigações acessórias relativas à emissão de

documentos fiscais e escr ituração de livros fiscais ensejará a aplicação das seguintes

penalidades:

VIII – deixar de destacar imposto em documento fiscal ou fazê-lo

indevidamente ou ainda transferir crédito em desacordo com a legislação:

1) MULTA: 30% (trinta por cento) do destaque indevido ou omitido ou do

crédito transferido;

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Módulo III – Obrigações Acessórias

3.1 – ICMS ST | Obrigações Acessórias

3.1.1 | Contribuinte Substituto O contribuinte substituto localizado em outra Unidade da Federação deve

providenciar sua inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Estado do Rio de

Janeiro (CADERJ), nos termos da legislação, sob pena de, não possuindo referida

inscrição, efetuar o recolhimento do imposto devido ao território fluminense por

ocasião da saída da mercadoria de seu estabelecimento por meio de GNRE, devendo

uma via acompanhar o transporte da mercadoria.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 21 , caput e § 2º)

3.1.2 | Emissão de Documento Fiscal e Escrituração dos Livros Fiscais Por ocasião da saída da mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, o

contribuinte emitirá documento fiscal contendo, além das indicações exigidas na

legislação, o valor que serviu de base de cálculo para a retenção e o valor do

imposto retido.

O referido documento fiscal será escriturado no l ivro Registro de Saídas, com

util ização das seguintes colunas:

a) nas colunas próprias, os dados relativos à sua operação;

b) na coluna "Observações", na mesma linha do lançamento descrito na letra "a", os

valores do imposto retido e da respectiva base de cálculo, uti lizando colunas

distintas para tais indicações, sob o título comum "Substituição Tributária".

No caso de contribuinte que util ize o sistema eletrônico de processamento de dados,

os valores relativos ao imposto retido e à respectiva base de cálculo serão lançados

na l inha abaixo do lançamento da operação própria, sob o título comum "Substituição

Tributária" ou código "ST". ( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 22 , I e II)

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3.1.3| Apresentação de Arquivo e Elaboração da GIA-ST O contribuinte substituto estabelecido em outro Estado deverá remeter à repartição

fiscal de sua circunscrição no Estado do Rio de Janeiro arquivo magnético com

registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, inclusive

daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária, em conformidade

com a legislação, até o dia 20 do mês subsequente ao da realização das operações,

bem como elaborar mensalmente a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS

Substituição Tributária (GIA-ST), relativamente ao imposto retido.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 22 , III)

3.1.4| Obrigações do Distribuidor ou Atacadista

O estabelecimento distribuidor ou atacadista que receber mercadoria com imposto

retido deve:

a) escriturar a nota fiscal do fornecedor na coluna "Outras", de "Operações sem

Crédito do Imposto", do livro Registro de Entradas;

b) emitir nota fiscal, por ocasião da saída da mercadoria, sem destaque do imposto,

contendo, além dos demais requisitos, a declaração "imposto ret ido por

substituição", citando o dispositivo da legislação que determinou a retenção;

c) lançar a nota fiscal mencionada na letra "b" na coluna "Outras", de "Operações

sem Débito do Imposto", do livro Registro de Saídas.

Ressalte-se que a parcela do imposto retido correspondente à operação do varejista

será calculada à parte pelo distribuidor ou atacadista e cobrada no corpo da nota

fiscal de que trata a letra "b", da seguinte forma:

a) deduz-se o valor do imposto destacado pelo contribuinte substituto, do que seria

devido na operação própria do atacadista ou distribuidor, segundo as normas comuns

de tributação;

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b) o resultado encontrado nos termos da letra anterior é abatido do total do imposto

retido.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , arts. 27 e 28 )

3.1.5 | Obrigações do Estabelecimento Varejista

Na operação com mercadoria cujo imposto tenha sido retido anteriormente, o

estabelecimento varejista deve:

a) escriturar a nota fiscal do fornecedor na coluna "Outras", de "Operações

sem Crédito do Imposto", do livro Registro de Entradas;

b) emitir documento fiscal por Emissor de Cupom Fiscal (ECF) na saída da

mercadoria, se for o caso;

c) lançar o documento fiscal na coluna "Outras", de "Operações sem Débito do

Imposto", do l ivro Registro de Saídas.

Quando o contribuinte não estiver obrigado ao uso de ECF, o documento fiscal por

ele emitido conterá a declaração "Imposto retido por substituição".

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 30 )

3.1.6 | Operação realizada fora do Estabelecimento

Na operação realizada fora do estabelecimento, inclusive por meio de veículo, com

mercadoria sujeita ao regime de substituição tributária, o contribuinte substituto

emitirá nota fiscal que contenha, além das indicações exigidas na legislação, o

número e a série dos documentos fiscais a serem emitidos por ocasião das entregas

da mercadoria, devendo, ainda, destacar o imposto correspondente à própria

operação e reter o imposto relativo às operações subsequentes, sobre o total do

carregamento.

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Na nota fiscal emitida por ocasião da ent rega efetiva da mercadoria, deverá conter o

número e a série da nota fiscal originária.

No retorno do veículo, caso não tenham sido entregues todas as mercadorias, o

contribuinte pode se creditar dos respectivos impostos, o destacado e o retido, desde

que cumpra as seguintes providências, cumulativamente:

a) lance no verso da 1ª via da nota fiscal originária:

a.1) número, série e valor dos documentos fiscais referentes às vendas realizadas;

a.2) valores do imposto destacado e do imposto retido correspondente às vendas

realizadas;

a.3) valor das mercadorias em retorno;

a.4) valores do imposto destacado e do imposto retido correspondentes às

mercadorias em retorno;

a.5) a quantidade de mercadoria vendida e a quantidade de mercadoria em retorno;

b) emita nota fiscal (entrada) que especifique as mercadorias em retorno e os

respectivos valores dos impostos destacado e retido.

O contribuinte de outra Unidade da Federação que realize, em território fluminense,

operação sem destinatário certo, com mercadoria submetida ao regime de

substituição tributária, adotará este mesmo procedimento, devendo ser recolhidos

antecipadamente o imposto devido pela própria operação e o retido e visados, pela

repartição fiscal de circunscrição, o documento de arrecadação e a nota fiscal da

totalidade do carregamento.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 31 )

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3.1.7 | Operação realizada em Ponto de Venda

O regime de substituição tributária também se aplica à operação realizada em ponto

de venda fixo ou permanente, podendo estar situado em via ou logradouro público ou

particular, ou em área de circulação de shopping center ou assemelhado, sendo

dispensado de inscrição, salvo quanto às mercadorias cujo imposto já tenha sido

retido anteriormente.

A responsabilidade pela retenção do ICMS é atribuída ao estabelecimento inscrito no

Estado, ao qual o ponto de venda está vinculado.

O imposto retido é calculado pela aplicação da alíquota vigente nas operações

internas, sobre o preço de venda a varejo a ser praticado no ponto de venda,

deduzindo-se, do valor obtido, o ICMS destacado na nota fiscal do remetente,

correspondente à sua operação própria.

Na hipótese de desconhecimento do preço a ser praticado no ponto de venda, o

imposto retido pelo contribuinte substituto é calculado aplicando -se a alíquota

interna sobre o preço praticado pelo estabelecimento remetente com o comércio

varejista, computada a parcela correspondente ao IPI, se incidente nessa operação,

sendo adicionados, ainda, frete, seguro e demais despesas porventura existentes e

acrescida a MVA de 40%. Caso a mercadoria esteja relacionada no Anexo I do

RICMS-RJ/2000 , serão aplicados os percentuais lá previstos.

No caso de o remetente não realizar operação diretamente com o comércio varejista,

será tomado como valor de partida, para o cálculo do imposto retido, o preço

praticado pelo distribuidor.

O imposto retido pelo contribuinte substituto será recolhido, mediante DARJ, até o

dia 9 do mês subsequente ao da saída.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , arts. 32 a 34 )

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3.1.8 | Contribuinte Substituto localizado em outra Unidade da Federação

Quando localizado em outra unidade da Federação:

1 – deve remeter à repartição fiscal de sua circunscrição neste Estado arquivo

magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês

anterior, inclusive daquelas não alcançadas pelo regime de substituição tributária,

em conformidade com o artigo 8º, do Livro VII, até o dia 20 do mês subsequente ao

da realização das operações.

2. elaborar mensalmente a Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS

Substituição Tributária - GIA-ST, Anexo III, relativamente ao imposto retido, em

conformidade com o artigo 25 do RICMS/RJ.

3.1.9 | EFD – Apuração do ICMS Bloco E

Composição dos registros de apuração de ICMS - Nas operações com substituição

tributária

No tocante a apuração do ICMS retido em face do regime de substituição tributária, o

substituto tributário deverá apresentar os seguintes registros da EFD (ICMS/IPI):

No tocante a apuração do ICMS retido em face do regime de substituição

tributária, o substituto tributário deverá apresentar os seguintes registros

da EFD (ICMS/IPI):

Descrição Registro Nível

hierárquico

Período de apuração de ICMS-Substituição tributária E200 2

Apuração do ICMS-Substituição tributária E210 3

Ajuste/benefício/incentivo da apuração do ICMS E220 4

Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS-

Substituição tributária

E230 5

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Informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS-

Substituição tributária - Identificação de documentos

fiscais

E240 5

Obrigações do ICMS recolhido ou a recolher-Substituição

tributária

E250 4

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 )

3.1.9.1 | EFD – Registro E-200

O registro E200 tem por objetivo informar o(s) período(s) de apuração do ICMS -

Substituição tributária para cada Unidade da Federação (UF) onde o informante seja

inscrito como substituto tributário, inclusive para o seu Estado, nas operações

internas que envolvam substituição, e também para a UF para a qual o declarante

tenha comercializado e que não tenha inscrição como substituto. Os períodos

informados devem abranger todo o período previsto no registro 0000, sem haver

sobreposição ou omissão de datas, por UF.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 )

3.1.9.2 | EFD – Registro E-210

O registro E210 tem por objetivo informar valores relativos à apuração do ICMS de

substituição tributária, mesmo nos casos de períodos sem movimento. Desta forma,

sempre que o responsável tributário estiver promovendo informações relativamente

ao seu Estado ou com outra UF, em que tenha obtido inscrição de substituto

tributário, deverá ser apresentado este registro ainda que sem movimento,

assinalando para isto o indicador de movimento "0" - SEM OPERAÇÕES COM ST.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 )

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3.1.9.3 | EFD – Registro E-220

O registro E220 tem a mesma função do registro E111 da apuração do ICMS nas

operações próprias, devendo ser apresentado para discriminar os ajustes lançados

nos campos VL_OUT_CRED_ST, VL_OUT_DEB_ST e VL_DEDUÇOES_ST e os valores

informados no campo DEB_ESP_ST, todos do registro E210.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 )

3.1.9.4 | EFD – Registro E-230

O registro E230 (informações adicionais dos ajustes da apuração) será preenchido

quando os ajustes de apuração forem relacionados a processos judiciais ou fiscais ou

a documentos de arrecadação, observada a legislação estadual pertinente.

Este registro é, portanto, utilizado nas mesmas hipóteses do registro E112.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 )

3.1.9.5 | EFD – Registro E-240

Este registro (informações adicionais dos ajustes da apuração do ICMS substituição

tributária - Identificação dos documentos fiscais) deve ser apresentado para

identificação dos documentos fiscais relacionados ao ajuste.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 )

3.1.9.6 | EFD – Registro E-250

Os contribuintes que realizem operações interestaduais sujeitas ao regime de

substituição tributária devem ter registros E200 e E210 para cada UF com a qual

efetuaram operações que implicaram recolhimento do imposto na condição de

responsável tributário.

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Dessa forma, teremos um registro E250 para cada Guia Nacional de Recolhimento de

Tributos Estaduais (GNRE) ou documento equivalente que for pago, devendo os

contribuintes ficar atentos ao seguinte:

a) contribuinte com inscrição de substituto tributário irá gerar uma única

GNRE, para pagamento em data única - preencher um registro E250;

b) contribuinte sem inscrição de substituto com a UF destinatária - o

recolhimento ocorre por ocasião da saída da mercadoria, existindo uma GNRE

para cada recolhimento - gerará um registro E250 para identificar cada

recolhimento.

Exemplo:

Empresa fluminense efetua venda de mercadoria sujeita à substituição tributária para

o Estado de São Paulo e para o Estado de Minas Gerais. O sujeito passivo por

substituição possui inscrição de substituto tributário apenas com o Estado de Sã o

Paulo.

Como no Estado de São Paulo o referido contribuinte providenciou a inscrição

estadual, haverá apenas um único recolhimento referente a todas as vendas do

período e, com isto, uma única GNRE e um único registro E250.

Já em relação ao Estado de Minas Gerais, o fornecedor fluminense não providenciou

a inscrição de substituto e, com isto, fica obrigado a recolher o valor devido a título

de substituição tributária a cada operação realizada. Assim, efetuando três operações

de venda em um determinado período para Minas Gerais, ele terá um registro E200 e

um registro E210 para este Estado; no entanto, terá três registros E250.

Observa-se que, nas operações e prestações que destinem bens e serviços a

consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra Unidade Federada, o

Convênio ICMS nº 93/2015 determina que a critério da UF de destino, e conforme

dispuser a sua legislação tributária, pode ser exigida ou concedida ao contribuinte

localizado na UF de origem inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS. Os

Estados já estão incorporando à legislação estadual referida disposição.

(Guia Prático EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.18; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008 ; Convênio

ICMS nº 93/2015 , cláusula quinta)

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Módulo IV – Empresas Substitutas do SIMPLES

NACIONAL

4.1 – ICMS ST | Simples Nacional

4.1.1 | Atuando como Contribuinte Substituto

A ME/EPP optante pelo Simples Nacional, nas operações em que atuar como

contribuinte substituto tributário, deverá efetuar a retenção do ICMS devido por

substituição tributária para o Estado do Rio de Janeiro, em operação interna ou

interestadual, observando o disposto nos §§ 1º a 4º do art. 28 da Resolução CGSN

nº 94/2011.

Em operação interestadual com mercadoria sujeita ao regime de substituição

tributária, instituído por protocolo ou convênio, a ME/EPP optante pelo Simples

Nacional aplicará a "MVA ST Original", sendo que o percentual de margem de valor

agregado (MVA) será aquele estabelecido em convênio ou protocolo ou pela UF

destinatária da mercadoria.

Nessa hipótese, a receita de venda ou revenda das mercadorias deverá ser registrada

no campo "Sem substituição tributária/tributação monofásica/antecipação com

encerramento de tributação" do PGDAS-D, de forma que o ICMS devido pela operação

própria seja calculado de acordo com o Simples Nacional, conforme o disposto na

Resolução CGSN nº 94/2011 , art. 28 , I e II.

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A ME/EPP, optante pelo Simples Nacional, nas operações de venda ou revenda de

mercadorias em que o imposto tenha sido retido anteriormente, deverá informar a

receita decorrente dessas operações no campo "Com substituição

tributária/tributação monofásica/ antecipação com encerramento de tributação" do

PGDAS-D, para que o ICMS não seja cobrado novamente, conforme o disposto no art.

29 da Resolução CGSN nº 94/2011 .

(Resolução Sefaz n° 720/2014 , Parte III , arts. 11 a 13)

4.1.2 | Recolhimento do Imposto Retido

O recolhimento do imposto retido por substituição tributária pelo contribuinte

substituto optante pelo Simples Nacional, deve ser realizado até o dia 2 do segundo

mês subsequente ao da saída da mercadoria.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 14 , § 3º)

4.1.3 | Recolhimento do Diferencial de Alíquota

No que tange ao diferencial de alíquotas, ocorre o fato gerador do ICMS:

a) na entrada, no estabelecimento do contribuinte, de mercadorias provenientes de

outra UF, destinadas a consumo ou Ativo Fixo;

b) na uti lização, por contribuinte, de serviço cuja prestação se tenha iniciado em

outra UF e não esteja vinculada a operação ou prestação subsequente alcançada pela

incidência do imposto.

Desta forma, nas hipóteses em que ocorre a incidência do diferencial de alíquotas, o

contribuinte fluminense obriga-se a recolher o imposto resultante da diferença entre

as alíquotas interna e interestadual que houver incidido sobre aquela operação ou

prestação.

Cabe ressaltar que as aquisições de matérias -primas, produtos intermediários,

embalagens e insumos que integram o produto final, bem como mercadorias

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destinadas à comercialização, não estão sujeitas ao recolhimento do citado

diferencial.

( RICMS-RJ/2000 , Livro I , art. 3º , VI e VII, e art. 14 , V)

4.1.4 | FECP

Não será devida a parcela do adicional correspondente ao Fundo Estadual de

Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais (FECP) para as empresas

optantes pelo Simples Nacional, entretanto a legislação determina que estejam

excetuadas dessa dispensa:

a) as operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;

b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação

estadual ou distrital vigente;

c) a entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, inclusive

lubrificantes e combustíveis l íquidos e gasosos dele derivados, bem como energia

elétrica, quando não destinados a comercialização ou indust rialização;

d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;

e) a aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de

documento fiscal;

f) a operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;

g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do

recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:

g.1) com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV do §

4º do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 ;

g.2) sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a

diferença entre a alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a

agregação de qualquer valor;

h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou mercadorias,

não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, relativo à

diferença entre a alíquota interna e a interestadual.

(Resolução Sefaz nº 987/2016, art. 5º , § 2º; Lei Complementar nº 123/2006 , art.

13 , § 1º, XIII)

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4.1.5 | Recolhimento do Imposto Próprio na Sistemática do Simples

Nacional

Conforme observado, o imposto recolhido na sistemática do Simples Nacional

não exclui a incidência do ICMS , devido na qualidade de contribuinte ou

responsável, em relação aos quais será observada a legislação aplicável às demais

pessoas jurídicas, devido nas operações sujeitas ao regime de substituição tributária,

tributação concentrada em uma única etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de

antecipação do recolhimento do imposto com encerramento de tributação .

Lei Complementar nº 123/2006 , art. 13 , XIII, "a";

4.1.6 | Obrigação Acessória

Os contribuintes do Simples Nacional obrigados a entrega da Declaração de

Substituição Tributária, Diferencial de Alíquotas e Antecipação (DeSTDA) estão

dispensados da entrega da GIA-ST.

4.1.7 | Mercadoria que sai do Regime de ST

Quando da saída de mercadoria do regime de substituição tributária, o contribuinte

enquadrado no Simples Nacional deve:

a) apurar o estoque da mercadoria existente após o encerramento das operações no

último dia do mês anterior, efetuando o respectivo lançamento no l ivro Registro de

Inventário;

b) em relação à mercadoria inventariada, calcular o montante passível de restituição

proporcional ao ICMS retido no documento fiscal correspondente à aquisição mais

recente;

c) requerer restituição de indébito, observadas as normas aplicáveis;

d) a partir do 1º dia do mês, recolher normalmente o imposto incidente por ocasião

da saída da mercadoria na forma do Simples Nacional.

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Este Roteiro é de autoria da palestrante, atualizado até a data do curso. É proibida sua reprodução para divulgação pública, mesmo que sem fins

comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

Caso a quantidade da mercadoria inventariada seja superior à discriminada no

documento fiscal referida na letra "b", deverá ser calculada a parte remanescente

proporcionalmente ao imposto retido, em operações com a mesma mercadoria, na

Nota Fiscal imediatamente anterior, e assim sucessivamente até que todo o estoque

mencionado seja levado à restituição.

A restituição de que trata a letra "c" será efetivada em espécie, em 12 parcelas

mensais e consecutivas.

( RICMS-RJ/2000 , Livro II , art. 36-B )

4.1.8 | Levantamento de Estoque e pagamento do imposto por inclusão no

regime

Quando nova espécie de mercadoria for submetida ao regime de substituição

tributária, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:

a) levantamento do estoque no dia anterior ao da entrada da mercadoria no

regime de substituição tr ibutária, que deverá ser lançado no livro Registro de

Inventário, com anotação de quantidades e valores:

a.1) pelo distribuidor ou atacadista: pelo preço de aquisição mais

recente da mercadoria;

a.2) pelo varejista: pelo preço de venda a consumidor, da re ferida

mercadoria no dia anterior ao da implantação do regime de substituição

tributária;

b) cálculo do imposto:

b.1) pela microempresa (ME) e pela empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo

Simples Nacional: mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas

sobre o valor adicionado à mercadoria em estoque, calculado conforme a MVA

prevista no Anexo I do Livro II do RICMS-RJ/2000 ;

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comerciais, sem a permissão expressa da autora. Os infratores estão sujeitos às penas da Lei nº 9.610/98, que rege os direitos autorais no Brasil.

Módulo V – Casos Práticos

Módulo VI – Legislação Referenciada

Convênio ICMS nº 132/1992

Convênio ICMS nº 135/2006

Convênio ICMS nº 18/1985

Convênio ICMS nº 37/1994

Convênio ICMS nº 52/1993

Convênio ICMS nº 74/1994

Convênio ICMS nº 83/2000

Convênio ICMS nº 85/1993

Convênio ICMS nº 92/2015

RICMS-RJ/2000

Emenda Constitucional nº 87/2015

Lei Complementar nº 87/1996

Lei nº 2.657/1996

Lei nº 5.171/2007

Lei nº 7.175/2015

Portaria SAF nº 730/2010

Protocolo ICM nº 11/1985

Protocolo ICM nº 16/1985

Protocolo ICM nº 17/1985

Protocolo ICMS nº 11/1991

Protocolo ICMS nº 20/2005

Protocolo ICMS nº 26/2004

Protocolo ICMS nº 41/2008

Protocolo ICMS nº 76/2014

Resolução CGSN nº 94/2011

Resolução Sefaz nº 468/2011

Sefaz nº 537/2012

Resolução Sefaz nº 720/2014

Constituição Federal/1988