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¦¦¦¦ ¦ . i ..y- -m^ Wè-' '.¦ ¦*AX .. ..%.¦¦¦ - - Anno TO. ¦+¦,- . ASSIGNATURAS (iíecíYe) Trimestre Anno 16$000 (Interior e Províncias) Trimestre 4$500 ¦i-nno 18$000 As assignaturas come- •jam em qualquer tempo e ^terminam no ultimo de Março, Junho, Setembro e Dezembro. FuTblica-se todos os dia». PAGAMENTOS ADIANTADOS. - y.--9;myy'¦¦' ~.,o 'f^-w-.-iví.<-,...',«.¦.;. Recife,—Sexta-feira 18 de Setembro de 1874 < m-ie ?I'- . ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERAL Vejo por odaa parteum symptoma, que me assusta pelaiiberdade das nações o da Igreja: a centralisaçào. Um dia os povos despertarà<rclamando :--Onde nos* sas liberdades? p. felix-Disc. no Gongr, ãe ?J.aline.s, 1864. N. 393 A CORRESPONDÊNCIA A Redacção acceita e agradecea collaboraçao. Acorrespondeneia política será dirigida árut Duque de Caxias n. 5C l* andar. Toda a demais correspon* dencia,annuncios ereclama- çõesserão dirigidos para o es- cript,OTÍodátvpepTaphi8 prua IMPEUABOB. N. 77. PAGAMENTOS ADIANTADOS mt Edicção de hoje 1580. O escriptorio e offi- cina desta folha mu- daram-se para-a rua do Imperador n. -77. 4 Recife, 17 de Setembro de 1874. Atei é:<& rècrróiáiHíéntó - \ Cada povo e digno do governo que tem : ' —«j máxima muito conhecida e inteiramente ¦ de acordo com as licções da historia. Se em 1868, quando foi chamado ao po- ! der o partido conservador, sem estarem rea- * lizadas as reformas cuja necessidade deter- minara a formação do partido progressista; se em Íè68, qnando o presidente do conse- lho de ministros, visconde de Itaborahy, proclamava—que a legislação não precisava j de reformas mas de ligeiros retoques, e que o rei devia reinar, governar e administrar ; o povo brazileiro se houvesse agitado de um extremo a outro do paiz, e houvesse protes- tado tão energicamente, quanto podia por todos os canaes da opinião contra tão des- communal retrocesso politico, forçando o poder a não zombar assim do espirito pu- blico e dos reclamos da nação, não seria- mos hoje presenteados çom a celebre lei do recrutamento, que vai cahir como a clava de Hercules sobre a população tão oppri- rnida, tão tyrannisada, tão... desgra- cada deste malfadado paiz. •**¦ _—_ A indiferença politica, porem, essa in- differença, que é a morte moral das nações, cercou do mais estranho silencio a primeira palavra, o primeiro golpe do absolutismo. Dir-se-hia que o paiz confessava haver errado, exigindo como urgentes reformas essenciaes, e que, tomando-se cúmplice do despotismo, sacrificava no altar deste os mais vitaes dos seus interesses. A punição, não se fez esperar, cercada do cortejo de todas as conseqüências do aban- dono de um direito. Desde que a nação cedeu de si o direito imprescriptivel. de regular os seus destinos, tolerando que fossem negadas reformas ina- diaveis, o poder pessoal, mais previdente e receioso de que a acção do tempo o tivesse de obrigar a mais largas concessões, resol- veu aproveitar o ensejo para illudir e so- phisrnar as reformas reclamadas, tomando ' para si a parte do leão na-partilha entre a autoridade e a liberdade. Dahi essa reforma judiciaria, quo veio dar incremento e protecção ao crime, sem pres- tar a devida garantia á liberdade individual, e sem libertar o cidadão da prepotência da policia. Dahi essa reforma da guarda nacional, que aniquilou* a milicia cidadã,* e que ao mesmo tempo jungio ainda mais o pobre guarda nacional ao arbitrio policial. Dahi esse projecto de eleição indirecta, at- tentado inaudito contra a vontade de umpovo livre, assassinato moral de uma nação con- summado perante o mundo esci.ndalisado de tão clamoroso abuso da paciência de umpovo Não era, porem, bastante tudo isso. Tornava-se preciso um acto de suprema energia do poder pessoal, que firmando o absolutismo c concentrando em suas mãos todas as forças do p«aiz, destruiusse do uma vez, para sempre a possibilidade de qual- quer resistência, e reduzisse o povo brazi- feiro á consciência de sua impotência. FOLHETIM .Pretendem levar a ferro e fogo o velho Pernambuco. Metade da população d'esta cidade tem ainda as faces lividas de terror pelo incêndio que no domingo ultimo consumio na Tama- rineira os barrcões presidenciaes. Foi um desastre enorme e que ninguém explica. Era á tardinha, proseguia-se na'festa da pedra. Aqui e ali vendiam-se bilhetes que davam, aos compradores direito a uma offer- ta tirada dos objectos do leilão. O povo, prasenteiro* como costuma diante de'tudo que lhe agrada, comprava, vendia, negociava, com os bilhetes da rifa presiden- ciai. Foi um prazer que durou alguns mi* nutos até quo cahisse a noite. Neste mo* mento foi preciso substituir á luz do dia a luz artificial. Foi um momento trágico.. O propheta que communicava fogo aos bicos da illuminação levou o seu desejo de luz ate incendiar o tecto do pavilhão ! Como ? Ninguém o sabe. O fogo é indispensável nas obras datyrau- nia. Ouvio-se um murmúrio rápido, confuso, que, em pouco,se fez desordem, confusão, ter- ror. Os homens corriam espavoridos, as se- nhoras desmaiavam, as' crianças choravam, o mundo official rugia. a Âssembléa Pro- vincial portou-se acima de todo o elogio. Via-se iima pleiade de bravos deputados a lutar com as chammas, de chapéo de sol em punho. Pretenderiam extinguir o "fogo zur- zindo-o á chapéo de sol. ? ! Imbecis! Não vêem que o numero dos bilhetes vendidos é muito superior aos prêmios que lhes cor- respondem. Porém não é isto: elles pretendem punir d ousado elemento que destruia a obra do excelso Lucena. Desta vez não comprehen- deram o pensamento de seu grande chefe. O incêndio é um dos grandes mysterios da festa do Asylo. Entre tanto a surra ao fogo é uma cone- encia histórica, qualquer que seja o pen* amento que a dictasse. Dahi essa lei do recrutamento, que vai militarisar a pacifica nação brazileira, e que ao pobreicidadáo, sujeito ao ver-se privado de sua liberdade a arbitrio da autoridade, sujeito a ser defráudado em seu direito de propriedade, vai acerescentar a triste rega- lia de ser escravo das armas,de ser soldado, na melhor, parte de sua vida. E' preciso que os hábitos da vida militar venham destruir os hábitos da liberdade; que o dever obediência passiva venha abater a altivez do cidadão livre. Soffra embora a agricultura, morra em- bora a industria brazileira, morra embora o commercio brazileiro. Ahi está o estran- geiro para prover ás necessidades do paiz. E demais, que importa que a população gose de mais ou de menos bem-estar*? Não faltará dinheiro ao governo, pois que é elle senhor da bolça do cidadão: brilhará na politica externa : el terá um exercito nu- meroso para comprimir a liberdade. Se o exercito brazileiro trepidar em der- ramar o sangue dos seus compatriotas, ahi estarão as legiões estrangeiras, a quem não fallará o sentimento do patriotismo. E tudo porque este povo, que combateu tanto pela liberdade, fez uma estranha ab- dicação da sua soberania, retrahindo-se no mais'condemnavel indifferentismo politico. Mire-se neste espelho o cidadão brazi* leiro. Veja que sorte o aguarda, si não protestar opportuna e inoportunamente contra o ter- rivel progresso que vai tendo o absolutismo entre nós. Soldado prussiano hoje, nesta pacifica terra brazileira, será amanhã miserável pa- raguyo, si, com o Situ silencio, conr a sua indiferença, continuar a ser complice do despotismo. . E nem pense que retrahindo-se ao egois- mo, refugiando-se na esphera do interesse privado, acastelando-se em uma criminosa UL_ neutralidade perante o esforço dos homens _ de boa vontade, conseguirão crear para s"- melhores co idições de vida social e garan- tir melhor os seus direitos e interesses. A acção do absolutismo alcança a todos, por mais garantidos que se julguem ; e a justiça da providencia, attestado pela expe- rien da da historia,,pune a cada qual na me- dida de sua partecipação no crime. Hoje, como se vê, terá cada um a obriga- ção de euvergar a farda de soldado ou de sa- crificar o frueto de suas economias. Amanhã, o capricho de um agente do des- potismo será suficiente para privar aquém se julgar mais protegido—da sua liberdade, henra e vida. Não ha, pois, duvidar. O paiz come- çou a soffrer as terríveis- consequencias de sua indiferença politica; e è chegado a oc- casião de exclamar com o grande orador romano: a nossa liberdade, honra o vida estão em pecigo ! (I1I1IE1 Ha inais de dous milannosXerxes.um rei idiota, mandava fustigar o oceano por lhe ter destruído sua.ponte de barcos sobre o He- lesponto;hoje,na epocha doLucana, espanca- se o fogo por ter destruído um barracão ! Povo de Pernambuco ! atende!- Derra- mam-t'e o sangue na praça publica e extor- quem-te o dinheiro com rifas fieticias! Momentos depois podia-se dizer: Ubi Trojafuit'? E via-se o fundador da pedra exclamar com ar de pertinácia: Tu es petra, et'super hanc petram edijicabo asglum meum. E a palavra do Evangelho parece reanimar todos as almas e todos se congregam, e todos se revolvem em torno do magnânimo. Novas ofertas, novo enthusiasmo, novo leilão e mais dinheiro. Houve quem desse cinco mil reis pela gravata do Mello Rego, eo duplo pelo colete do Picoté! Foi bèm servido quem íez a acquisição. A festa não foi portanto má. Alem de tudo, houve quem se destinguisse no fogo. O Lucena encheu uma lista para o governo, pedindo commendas e outras cousas. 0 Mel- lo Rego será o chefe de uma companhia de bombeiros que se projecta crear e o Moraes Piuheiro, sobre bombeiro-mór, terá uma commendinha. O incêndio não prejudicou as festas. O Sr. Fornié está incumbindo de estudar um systema do barracões, incombustiveis econs- truir alguns na Tamariueira para o domin- go vindouro. A idéia é boa, é bom também fazer prêmios incombustiveis. E' um modo simples de servir ao povo e ao Lucena. Seria mais .seguro construir barracões inaccessiveis á ira do povo. Quando o ministro Itaborahy solemnisou a terminação da guerra do Paraguay com uma obra architecta d'este gênero, e o Sr. Muritiba apresentou-se ao parlamento pe- dindo a votação d*essa despeza, porque, em ultima analyse, dizia elle—a camar a não tem remédio senão votal-a—pois estava, feita; o povo investio sobre o barracão e S. M., com o Sr. Muritiba, sahiu pelos ca- bellos. Alguns cabellos aristocráticos pelos du- zentos contos do povo que sangrava dinhei- ro por todos os poros.... O Barracão é imminentemente conserva* dbi*. O systema dos barracões e dos zimbonos foi inaugurado no dominio vermelho! Mal- ditos vermelhos ! As burricas desempenham outro papel—é com o Mello Rego. Esta palavra está hoje modificada; escreve-se—barriga! A historia talvez modifique um dia—bar- racãoe e screvendo—barregão.— Ha uiu ponto philosophico a estudar'n'és- ta questão: o barracão é incendiario e o bar- ração é conservador. O Moraes Pinheiro •oóde bem estudar a matéria. Escreva a. obra sem data. ¦¦!: Os destroços do incêndio começam a* apparecer O chapéo do Lucena figura car- bonisado na cabeça de Hamlet. Alguns farrapos de saias, que pareciam ter vendado as mais lindas graças, correm de mão em mão, e creio que serão arremata- dos domingo. Chinos, dentaduras e todo o cortejo dos postiços, estão expostos ás gar- galhadas da maledicencia. Que incêndio! Poz lhes a calva á mos- tra. Isto uão se calculou. Não faltam romances e aventuras. Os ra- pazes vieram apaixonados. Não se pôde ver uma mulher desmaiada, a menos quo essa íriulher seja a pátria ou a liberdade; então d desmaio é um faniquito, uma crise passageira que desfaz-se com um riso do poder ou com um pouco de elixir na taça da illusão e da gloria. Quantas mulheres pai- lidas nos braços de seus heróicos salvadores! o Jornal do- Recife publicou uma carta amorosa de um bravo moço cujo coração in- cendiou-se aos olhares languidos d'aquella que salvava da chamma. O fogo é também TeEegtf-as&MSÊSftS Transcrevemos das outras folhas diárias os seguintes : Amsterdam 14 de Setembro—Venderam- se em leilão 84,000 saccos de café. Liverpool 15 de Setembro Algodão : . venderam-se hoje 1,300 fardos, de proce- dencia brazileira ; as cotações foram : para o de Pernambuco 8; o do Ceará 7 3/4; 0 da Bahia 7 1/2; e o de Santos 8.. Assucar : mercado calme ; o da bania vendeu-se a 17. Couros : salgados do Uruguay 9 1/2. Londres 15 de Setembro—Café : merca- do firme, o de primeira qualidade do Rio de Janeiro 79., Havre 15 de Setembro—Café : as vendas de hoje montaram a 6,000 saccos; o do Rio pâdreT&z "casamentos. O commendador Lucena será Papa ? O Lucena e Padre Santo. Mello Rego sacristão, O Picoté toca o sino: Balão ! Balão! Balão ! Moraes Pinheiro discursa, •José Diniz faz leilão, O Moscoso toca flauta— Balão ! Balão! Balão,! Os Zimborios, as barricas Barracas e barracão , São a gloria do Luceua— Balão! Balão! Balão _ Não vale a pena dobrar. Dobrar.; se -hia ' a vida inteira. Deixem que dobre a Câmara Municipal. •_,' propósito: a Illm.* felicitou.o.presi- dente. era tempo. Falta a Luso-brazi- leira e o Lyoêo de artes e officios. —Zoilos, tremei! Posteridade, os mi* nha!— ... .,. Mais donativos: a exm. Fulana de Tal oferece ao Exm. presidente da Veneza Ame- ricana o seu trabalho de ponta de agulha, com o fim de auxiliar as obras do Asylo de Alienados. . Este qualificativo poético—Veneza Ame* ricana—deve-se a Gonçalves Dias. O gran- de poeta comparou a capital de Pernambuco á antiga escrava dos Doges. Umalitterata ! de hoje chama o presidente da província—o presidente da capital. Ha ahi uma deducação que se conhece ser do gênero feminino: A capital é Veneza.. Logo, a provincia é Veneza! A lógica dois tempos não e menos sabia. A historia da presidência do Sr. Lucena está escripta com ò sangue derramado no dia 16 de Maio, com o fogo no Asylo de Aue- nados. E' forçoso confessar a grandiosidade d'esta historia: foi escripta pela mão dog elementos!Graccho. I .-.*i---.';¦<-a ¦ KV

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Page 1: mt Edicção de hoje 1580. O escriptorio e offi- cina desta ...memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1874_00393.pdfabsolutismo c concentrando em suas mãos todas as forças do p«aiz,

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Anno TO.¦+¦,- .

ASSIGNATURAS(iíecíYe)

TrimestreAnno 16$000

(Interior e Províncias)Trimestre 4$500¦i-nno 18$000

As assignaturas come-•jam em qualquer tempo e

^terminam no ultimo deMarço, Junho, Setembro eDezembro. FuTblica-setodos os dia».

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

- y.--9;myy'¦¦'~.,o 'f^-w-.-iví.<-,...',«.¦.;.

Recife,—Sexta-feira 18 de Setembro de 1874< m-ie

I' - .

ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERALVejo por odaa parteum symptoma, que me assusta

pelaiiberdade das nações o da Igreja: a centralisaçào.Um dia os povos despertarà<rclamando :--Onde nos*sas liberdades?

p. felix-Disc. no Gongr, ãe?J.aline.s, 1864.

N. 393

A CORRESPONDÊNCIA

A Redacção acceita eagradecea collaboraçao.

Acorrespondeneia políticaserá dirigida árut Duque deCaxias n. 5C l* andar.

Toda a demais correspon*dencia,annuncios ereclama-çõesserão dirigidos para o es-cript,OTÍodátvpepTaphi8 pruaIMPEUABOB. N. 77.

PAGAMENTOS ADIANTADOS

mt

Edicção de hoje 1580.

O escriptorio e offi-cina desta folha mu-daram-se para-a ruado Imperador n. -77.

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Recife, 17 de Setembro de 1874.Atei é:<& rècrróiáiHíéntó - \

Cada povo e digno do governo que tem : '

—«j máxima muito conhecida e inteiramente ¦de acordo com as licções da historia.

Se em 1868, quando foi chamado ao po- !der o partido conservador, sem estarem rea-* lizadas as reformas cuja necessidade deter-minara a formação do partido progressista;se em Íè68, qnando o presidente do conse-lho de ministros, visconde de Itaborahy,proclamava—que a legislação não precisava jde reformas mas de ligeiros retoques, e queo rei devia reinar, governar e administrar ;o povo brazileiro se houvesse agitado de umextremo a outro do paiz, e houvesse protes-tado tão energicamente, quanto podia portodos os canaes da opinião contra tão des-communal retrocesso politico, forçando opoder a não zombar assim do espirito pu-blico e dos reclamos da nação, não seria-mos hoje presenteados çom a celebre lei dorecrutamento, que vai cahir como a clavade Hercules sobre a população já tão oppri-rnida, já tão tyrannisada, já tão... desgra-cada deste malfadado paiz.•** *» ¦ _—_

A indiferença politica, porem, essa in-differença, que é a morte moral das nações,cercou do mais estranho silencio a primeirapalavra, o primeiro golpe do absolutismo.

Dir-se-hia que o paiz confessava havererrado, exigindo como urgentes reformasessenciaes, e que, tomando-se cúmplice dodespotismo, sacrificava no altar deste osmais vitaes dos seus interesses.

A punição, não se fez esperar, cercada docortejo de todas as conseqüências do aban-dono de um direito.

Desde que a nação cedeu de si o direitoimprescriptivel. de regular os seus destinos,tolerando que fossem negadas reformas ina-diaveis, o poder pessoal, mais previdente ereceioso de que a acção do tempo o tivessede obrigar a mais largas concessões, resol-veu aproveitar o ensejo para illudir e so-phisrnar as reformas reclamadas, tomando' para si a parte do leão na-partilha entre aautoridade e a liberdade.

Dahi essa reforma judiciaria, quo veio darincremento e protecção ao crime, sem pres-tar a devida garantia á liberdade individual,e sem libertar o cidadão da prepotência dapolicia.

Dahi essa reforma da guarda nacional,que aniquilou* a milicia cidadã,* e que aomesmo tempo jungio ainda mais o pobreguarda nacional ao arbitrio policial.

Dahi esse projecto de eleição indirecta, at-tentado inaudito contra a vontade de umpovolivre, assassinato moral de uma nação con-summado perante o mundo esci.ndalisado detão clamoroso abuso da paciência de umpovo

Não era, porem, bastante tudo isso.Tornava-se preciso um acto de suprema

energia do poder pessoal, que firmando oabsolutismo c concentrando em suas mãostodas as forças do p«aiz, destruiusse do umavez, para sempre a possibilidade de qual-quer resistência, e reduzisse o povo brazi-feiro á consciência de sua impotência.

FOLHETIM.Pretendem levar a ferro e fogo o velho

Pernambuco.Metade da população d'esta cidade tem

ainda as faces lividas de terror pelo incêndioque no domingo ultimo consumio na Tama-rineira os barrcões presidenciaes. Foi umdesastre enorme e que ninguém explica.

Era á tardinha, proseguia-se na'festa da

pedra. Aqui e ali vendiam-se bilhetes quedavam, aos compradores direito a uma offer-ta tirada dos objectos do leilão.

O povo, prasenteiro* como costuma diantede'tudo que lhe agrada, comprava, vendia,negociava, com os bilhetes da rifa presiden-ciai. Foi um prazer que durou alguns mi*nutos até quo cahisse a noite. Neste mo*mento foi preciso substituir á luz do dia aluz artificial. Foi um momento trágico.. Opropheta que communicava fogo aos bicos dailluminação levou o seu desejo de luz ateincendiar o tecto do pavilhão ! Como ?Ninguém o sabe.

O fogo é indispensável nas obras datyrau-nia. Ouvio-se um murmúrio rápido, confuso,que, em pouco,se fez desordem, confusão, ter-ror. Os homens corriam espavoridos, as se-nhoras desmaiavam, as' crianças choravam,o mundo official rugia. Só a Âssembléa Pro-vincial portou-se acima de todo o elogio.Via-se iima pleiade de bravos deputados alutar com as chammas, de chapéo de sol empunho. Pretenderiam extinguir o "fogo zur-zindo-o á chapéo de sol. ? ! Imbecis! Nãovêem que o numero dos bilhetes vendidos émuito superior aos prêmios que lhes cor-respondem.

Porém não é isto: elles pretendem punird ousado elemento que destruia a obra doexcelso Lucena. Desta vez não comprehen-deram o pensamento de seu grande chefe.O incêndio é um dos grandes mysterios dafesta do Asylo.

Entre tanto a surra ao fogo é uma cone-encia histórica, qualquer que seja o pen*amento que a dictasse.

Dahi essa lei do recrutamento, que vaimilitarisar a pacifica nação brazileira, e queao pobreicidadáo, já sujeito ao ver-se privadode sua liberdade a arbitrio da autoridade, jásujeito a ser defráudado em seu direito depropriedade, vai acerescentar a triste rega-lia de ser escravo das armas,de ser soldado,na melhor, parte de sua vida.

E' preciso que os hábitos da vida militarvenham destruir os hábitos da liberdade;que o dever dá obediência passiva venhaabater a altivez do cidadão livre.

Soffra embora a agricultura, morra em-bora a industria brazileira, morra embora ocommercio brazileiro. Ahi está o estran-geiro para prover ás necessidades do paiz.

E demais, que importa que a populaçãogose de mais ou de menos bem-estar*? •

Não faltará dinheiro ao governo, pois queé elle senhor da bolça do cidadão: brilharána politica externa : el terá um exercito nu-meroso para comprimir a liberdade.

Se o exercito brazileiro trepidar em der-ramar o sangue dos seus compatriotas, ahiestarão as legiões estrangeiras, a quem nãofallará o sentimento do patriotismo.

• E tudo porque este povo, que já combateutanto pela liberdade, fez uma estranha ab-dicação da sua soberania, retrahindo-se nomais'condemnavel indifferentismo politico.

Mire-se neste espelho o cidadão brazi*leiro.

Veja que sorte o aguarda, si não protestaropportuna e inoportunamente contra o ter-rivel progresso que vai tendo o absolutismoentre nós.

Soldado prussiano hoje, nesta pacificaterra brazileira, será amanhã miserável pa-raguyo, si, com o Situ silencio, conr a suaindiferença, continuar a ser complice dodespotismo. .

E nem pense que retrahindo-se ao egois-mo, refugiando-se na esphera do interesseprivado, acastelando-se em uma criminosa_

neutralidade perante o esforço dos homens _de boa vontade, conseguirão crear para s"-melhores co idições de vida social e garan-tir melhor os seus direitos e interesses.

A acção do absolutismo alcança a todos,

por mais garantidos que se julguem ; e a

justiça da providencia, attestado pela expe-rien da da historia,,pune a cada qual na me-dida de sua partecipação no crime.

Hoje, como se vê, terá cada um a obriga-

ção de euvergar a farda de soldado ou de sa-crificar o frueto de suas economias.

Amanhã, o capricho de um agente do des-potismo será suficiente para privar aquémse julgar mais protegido—da sua liberdade,henra e vida.

Não ha, pois, duvidar. O paiz já come-çou a soffrer as terríveis- consequencias desua indiferença politica; e è chegado a oc-casião de exclamar com o grande oradorromano: a nossa liberdade, honra o vidaestão em pecigo !

(I1I1IE1

Ha inais de dous milannosXerxes.um reiidiota, mandava fustigar o oceano por lhe terdestruído sua.ponte de barcos sobre o He-lesponto;hoje,na epocha doLucana, espanca-se o fogo por ter destruído um barracão !

Povo de Pernambuco ! atende!- Derra-mam-t'e o sangue na praça publica e extor-quem-te o dinheiro com rifas fieticias!

Momentos depois podia-se dizer: UbiTrojafuit'? E via-se o fundador da pedraexclamar com ar de pertinácia: Tu es petra,et'super hanc petram edijicabo asglum meum.E a palavra do Evangelho parece reanimartodos as almas e todos se congregam, e todosse revolvem em torno do magnânimo.

Novas ofertas, novo enthusiasmo, novoleilão e mais dinheiro.

Houve quem desse cinco mil reis pelagravata do Mello Rego, eo duplo pelo coletedo Picoté! Foi bèm servido quem íez aacquisição.

A festa não foi portanto má. Alem detudo, houve quem se destinguisse no fogo. OLucena encheu uma lista para o governo,pedindo commendas e outras cousas. 0 Mel-lo Rego será o chefe de uma companhia debombeiros que se projecta crear e o MoraesPiuheiro, sobre bombeiro-mór, terá umacommendinha.

O incêndio não prejudicou as festas. OSr. Fornié está incumbindo de estudar umsystema do barracões, incombustiveis econs-truir alguns na Tamariueira para o domin-go vindouro. A idéia é boa, é bom tambémfazer prêmios incombustiveis. E' um modosimples de servir ao povo e ao Lucena.

Seria mais .seguro construir barracõesinaccessiveis á ira do povo.

Quando o ministro Itaborahy solemnisoua terminação da guerra do Paraguay comuma obra architecta d'este gênero, e o Sr.Muritiba apresentou-se ao parlamento pe-dindo a votação d*essa despeza, porque, emultima analyse, dizia elle—a camar a nãotem remédio senão votal-a—pois já estava,

feita; o povo investio sobre o barracão eS. M., com o Sr. Muritiba, sahiu pelos ca-bellos.

Alguns cabellos aristocráticos pelos du-zentos contos do povo que sangrava dinhei-ro por todos os poros....

O Barracão é imminentemente conserva*dbi*.

O systema dos barracões e dos zimbonosfoi inaugurado no dominio vermelho! Mal-ditos vermelhos !

As burricas desempenham outro papel—écom o Mello Rego. Esta palavra está hojemodificada; escreve-se—barriga!

A historia talvez modifique um dia—bar-racãoe e screvendo—barregão.—

Ha uiu ponto philosophico a estudar'n'és-ta questão: o barracão é incendiario e o bar-ração é conservador. O Moraes Pinheiro•oóde bem estudar a matéria. Escreva a.obra sem data.

¦¦!:

Os destroços do incêndio começam a*apparecer O chapéo do Lucena figura car-bonisado na cabeça de Hamlet.

Alguns farrapos de saias, que pareciamter vendado as mais lindas graças, corremde mão em mão, e creio que serão arremata-dos domingo. Chinos, dentaduras e todo ocortejo dos postiços, estão expostos ás gar-galhadas da maledicencia.

Que incêndio! Poz lhes a calva á mos-tra.

Isto uão se calculou.Não faltam romances e aventuras. Os ra-

pazes vieram apaixonados. Não se pôdever uma mulher desmaiada, a menos quoessa íriulher seja a pátria ou a liberdade;então d desmaio é um faniquito, uma crisepassageira que desfaz-se com um riso dopoder ou com um pouco de elixir na taça daillusão e da gloria. Quantas mulheres pai-lidas nos braços de seus heróicos salvadores!

Já o Jornal do- Recife publicou uma cartaamorosa de um bravo moço cujo coração in-cendiou-se aos olhares languidos d'aquellaque salvava da chamma. O fogo é também

TeEegtf-as&MSÊSftS — Transcrevemosdas outras folhas diárias os seguintes :

Amsterdam 14 de Setembro—Venderam-se em leilão 84,000 saccos de café.

Liverpool 15 de Setembro — Algodão : .venderam-se hoje 1,300 fardos, de proce-dencia brazileira ; as cotações foram : parao de Pernambuco 8; o do Ceará 7 3/4; 0 daBahia 7 1/2; e o de Santos 8. .

Assucar : mercado calme ; o da baniavendeu-se a 17.

Couros : salgados do Uruguay 9 1/2.Londres 15 de Setembro—Café : merca-

do firme, o de primeira qualidade do Rio deJaneiro 79. ,

Havre 15 de Setembro—Café : as vendasde hoje montaram a 6,000 saccos; o do Rio

pâdreT&z "casamentos.

O commendadorLucena será Papa ?

O Lucena e Padre Santo.Mello Rego sacristão,O Picoté toca o sino:Balão ! Balão! Balão !Moraes Pinheiro discursa,•José Diniz faz leilão,O Moscoso toca flauta—Balão ! Balão! Balão,!Os Zimborios, as barricasBarracas e barracão ,São a gloria do Luceua—Balão! Balão! Balão _Não vale a pena dobrar. Dobrar.; se -hia '

a vida inteira. Deixem que dobre a CâmaraMunicipal.

•_,' propósito: a Illm.* felicitou.o.presi-dente. Já era tempo. Falta a Luso-brazi-leira e o Lyoêo de artes e officios.

—Zoilos, tremei! Posteridade, os mi*nha!— ... .,.

Mais donativos: a exm. Fulana de Taloferece ao Exm. presidente da Veneza Ame-ricana o seu trabalho de ponta de agulha,com o fim de auxiliar as obras do Asylo deAlienados. .

Este qualificativo poético—Veneza Ame*ricana—deve-se a Gonçalves Dias. O gran-de poeta comparou a capital de Pernambucoá antiga escrava dos Doges. Umalitterata !de hoje chama o presidente da província—opresidente da capital.

Ha ahi uma deducação que se conheceser do gênero feminino:

A capital é Veneza. .Logo, a provincia é Veneza! A lógica dois

tempos não e menos sabia.

A historia da presidência do Sr. Lucenaestá escripta com ò sangue derramado nodia 16 de Maio, com o fogo no Asylo de Aue-nados. E' forçoso confessar a grandiosidaded'esta historia: foi escripta pela mão dogelementos! Graccho.

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Page 2: mt Edicção de hoje 1580. O escriptorio e offi- cina desta ...memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1874_00393.pdfabsolutismo c concentrando em suas mãos todas as forças do p«aiz,

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A Provincia iv*».

de 91 a 92: o de Santos de 97 a 98cado está frouxo.

Algodão: venderam-se 1,100 fardos, ode Pernambuco a 96 e o de Sorocaba a 91e92.

Lã, mercado calmo.Couros: sem alteração.

-Entrou dos portos

o mer- j mar por baze de calculo o orçamento an- | tem saldo de seus salários em mãos de seus! nual, que é de S:624,000 francos. ' patrões que ficam com elles.

« As sessões devendo recomeçar a 30 de j Porque se consente que esse subdelegadonovembro próximo, pode-se suppor que em ' assim proceda ?dezembro haverá pouco mais ou menos vin- I Será porque na qualidade de empregadote e cinco dias ou oitenta horas de traba- dos Carpinteiros, delles usufrue 150SÜU0lhos, o que elevará o total durante o anuo a530 horas.

« A divisão do total-dinheiro, pelo total-Para' 16 de Setembrodo Sul o paquete nacional «Ceará»

Cambio sobre Londres 26 1/4 no banco I -tempo dará o resultado seguinte :•jfatiá. i Cada hora de discussão politica•(agencia americana.) custa 16,272'frs,

New-York 15 de Setembro—Em Nova j Cada quarto de hora 4,086 «Orleans houve um grande conílicto entre a j Cinco minutos 1,356 «

Um minuto 271 spopulação branca e os negros, durante oqual trinta e seis pessoas morreram, e mui-tos ferimentos houveram.

New-York 16—Os insurgentes da NovaOrleans depozeram o governador da cidade,o Sr. Kellog, e installaram um novo gover-no. Os insurgentes brancos acham-se se-nhores de toda a cidade. O presidente

« Deste calculo muito simples resultaque quando um deputado grita : Isto r falso !

je perturbando assim o orador, mesmo o1

mais experimentado, fal-o perder ein cir-cumlocuções, em protestos ou em ajustarphrases, pelo menos um minuto, custa istoá França 271 francos. E' o custo pelo me-

Grant sustenta o governador Kellog. e acabai nos de um copo d'agoa que toma o orador.

mensaes ? !!!C subdelegado da Capunga, se tem tal

rendimento como escrevente de uma tabernae padaria, é porque a policia é o unico mo-vel, em detrimento da moralidade publica,e beneficio de seus patrões; taato mais •quando é sabido que o subdelegado, em ma- j

questões, tinha elle a do collegio que fun-dou com esmolas, e do qual se apropriou,como se o estabelecimento fosse de qualquersanto que nunca reclama pelo seu patrimo-nio.

O conego allegou,- finalmente, que esperado governo a retirada do Sr. Pedro Vicente,da presidência do Para, para elle pôr emdia as suas transacções contrariadas.

Foi dispensado de depor.BrilliatBiras «lo Sr. João

Alfredo—Lê-se aindana mesma folh a:O projecto de reforma eleitoral que devia

feria de escripturaçáo mercantil, é nullidade ' ser hontem retirado da ordem do dia, conti-como em todos os ramos sociaes. | nuou em discussão para dar lugar unica-

A reformai eleitoral. — Lè-se | mente a ultima arenga do Sr. ministro do

de ordenar a dissolução dos grupos insur- Quando M. Dufaure se assôa, são quinhen-j tos francos perdidos para o paiz. »

Depois disto passa o Figuro á oalcular oI tempo gasto com discussão acerca de di-

versos ramos do serviço publico, como : ne-gocios estrangeiros, agricultura e commer-cio, instrucção publica e bellas artes etc, edepois calcula quanto custou á França o

gentes.Paris 15—A eleição de um deputado pelo

parlamento do Maine et Loire prosegue.Loxdp.es 15—Chegou hoje a Soutampton

o paquete da real mala ingleza Douro, proce-dente do Rio da Prata pelo Brasil.

Lisboa 15—Aqui chegou hontem o paque-te inglez Potosi, procedente do Pacifico pelo que fez a assembléa com relação a cada umRio da Prata e Brasil. | d'esses objectos.

Londres 15—A taxa do desconto na pra- I Igual trabalho applicado ao nosso parla-ça continua a ser de 2 8/4 por cento. Conso- j mento, principalmente» á câmara dos depu-lidados de 3 ./• for account, a 92 5/8. Fun- ] tados daria bem curiosos resultados,dos brasileiros de 5 ./•, do anno de 1865, a Como se revelaria o dinheiro despendido á99 1/2 : ditos do uruguay de 6 ./• do anno ! baixo do valor do que se fez de útil para ode 187Í, a 64 1/2 ; ditos argentinos de 6 ./", paiz em relação aos seus interesses re-do anuo de 1871, a 91. O mercado de café aes ! ?está mais firme, havendo procuras de carre- Fatia lllílis grossa — Para 03

famintos vorazes que vivem á custa do the-souro, não bastam mais as piugues remunerações, as largas patotas pagas á bocea docofre.

Ládas bandas do Ceará veio uma ema embusca de mulhor clima, e installou-se logoaqui, onde a sorte parecia sorrir-lhe. Aépoca, porem, era critica, e ella andou va-gando á espera de inelhor estação. Emquanto não chegava, para viver-se bem,agiotava-se na advogaria, e sabia-se quantopodia valer um nome para inutilisar umjuiz

E assim foi, até que um dia mudaram ascousas e os tempos; e a emu, como o cavallo

gamentos good a 79 per cwt; venderam-se2,000 saccos do bom do Rio com alça de 1/ a2/ per cwt. Nos próximos leilões hollande-zes devem ser offerecidos 84,700 saccos:deposito total 20,000 toneladas, sendo34,000 saccos de procedência brasileira;durante a semana foram entregues 1.300saccos de procedência brasileira ; durante asemana foram entregues 1,300 toneladas,e desembarcaram 300 ditas. O deposito to-tal do assucar em Londres, Liverpool, Bris-tol, e Clyde eleva-se a 226,000 toneladas ;durante a semana foram entregues 16,000ditas, e desembarcou igual numero de ditas.

New-York 15 — Cambio sobre Londres4.84. Ouro 109 3/4. Carregamento ,de cafédo Rio fair a 16 cents. e ditos good

' 17 3/8cents por libra. Algodão mediano uplands16 7/8 cents por libra ; as chegadas de hoje I se de corpo e alma a todas as torpezas, emaos portos da America do Norte elevam-se" a ! paga do que a ema transformou-se em pa-5,000 fardos. O deposito total do café do ! rente da promotoria.Brasil, nos portos norte-americanos, é de j Não ha duvida que tão repugnantes ser-113,000 saccos, sendo 4,000 saccos de San- j viços mereciam recompensa larga : porquetos; durante á semana venderam-se em Novr- j discompor os liberaes é um titulo de gloria,York 62,000 saccos do Rio e do de Santos, j è mesmo uma virtude.

Liverpool 15—0 mercado de algodão está ' Mas, como o Sr. Luceua não será eternofirme ; venderam-se lõ.OOOJfardos, dos quaes j na presidência, e correm boatos que tem1,300 procedentes da America do Sul; o fair I feito muito* coração estremecer de medo e dede Pernambuco o de Santos a 8 d..e o dito de ' saudade, essa ema parente da humanidade,Maceió a 7 7/8 d. por libra. Mercado de as- j sabendo que a soi te deste mundo é mal sega-sucar sem alteração. ra...e que vem depois dos prazeres a desgraça,

Hamburgo 15—Ha mais animação no mer- j quer acautelar o seu futuro, abrigando-se nacado de café ; o de Santos avérage a 81/. I alfândega, onde pretende ser nomeado che-

Antuérpia 15— Nada se tem feito no mer- ; fe de secção, com flagrante e manifesta pre-cado de café. j teriçáo dos demais empregados que teem

(Havas-reuter) i direito á accesso.OlysareElia fourilie' — Iufor- j Será mais um escândalo, que, entretanto,

mani-uos de que no edificio mallogrado j não causará assombro !...da escola modelo, está funccionando

"nova | Nesta quadra, ein que o -filhotismo^elevou

escola para preparar conduetores, aponta

na Reforma :O próprio gabinete vai convencendo-se

da impossibilidade de levar a effeito a an-drajosa reforma eleitoral, que elle tem mo-din cado de dia para dia no interesse da per-manencia no poder.

Si no terreno das idéas foi-lhe mister a-ceitar todas as imposições e repudiar o pro-jecto primitivo, na discussão ficou igualmen-te constrangido a não levar de vencida oplano empenhado, apesar do numero e dosconstantes arrolhamentos.

No principio da sessão legislativa o minis-terio declarou que a reforma seria lei dopaiz este anuo; mas, depois embaraçado pe-Ias disparatadas disposições, foi reduzindoas suas promessas e cerceando elle pro-prio os triumphos com tanta antecedênciadecantados.

O Sr. João Alfredo, o pai putativo d'essemonstro eleitoral, com a arroganoia alque-brada nos declives por onde se arrastarana esperança de conseguir tudo com a mes •ma facilidade com que outrora César viu,veiu e venceu, retrahiu, esmagado pela de-sillusão, a quichotesca declararão para con-tentar-se com a passagem do projecto, esteanno, na câmara dos deputados, acentuan-do a seus amigos que desse propósito as-sente fazia questão de honra.

Mas ultimamente parece que recuou ain-da d'essa trincheira, onde á custo se asy-Iara; quebrando assim a philaucia caricata,pois o miuisterialista Heraclito Graça, re-quereu hontem o addiamento do artigo 6"d'esse projecto até a apresentação dos mui-tos retalhos ofierecidos como emendas àdeformidade d'esse artigo.

Si de facto não mandou á mesa essere-querimento, pelas contestações com que o

commendado á posteridade.Que mal faz que a lei soja menosprezada,

e o direito postergado '?

Arrange ce mais esse auxiliar lncenatico,

dores, desenhistas etc, da qual é professorunico o Sr. Fournié pai, que por isto per-cebe 11,000 francos por anuo. Ha alémd'isto n'essa escola um servente franee;".que não se sabe quanto ganha.

Se é isto verdade desejáramos que nos dis- ! e pôde desabar o ceu, que o ministro chinezsesse, quem para isto fór competente, qual a j não se move em seu pedestal de gloria, e oléi que creou semelhante escola e porque : seu delegado prolongará a sombra pavorosa,verba se faz tal despesa. i Que boa terra para ás aves depenua-

Informam-nos também que outros árran- das !...jos se preparam para aceomraodar o resto i Capaiinga—O mesmo informante nos-da familia Fauruié. ; so couirnunica-nos desta freguezia o seguinte:

E viva o Sr. Lucena, o grande inimigo dass; « O subdegado da Capunga continua abu-patotas, o zeloso /iscai dos dinheiros públicos:

' sivameute, e em detrimento do serviço pu-

Antes toleraríamos que se multiplicassem I blico.a prestar o seu apoio.e dos policias aoscs fiscaes da celebre empresa locomotora, | estrangeiros Carpinteiros, seus patrões;

de Caligula que foi elevado ás altas funeções j acolheu a opposiçao, nem por isso .desapdo consulado, chegou a figurar e fazer servi- 1 pareceu a confissão feita por um agente doços [...Prestou-os com dedicação,entregando- | Sr. João Alfredo, da necessidade de tempo

de que tão avaro tem sido nesta matéria oestadista de Goyanna.

Quando um addiamento-nào tivesse o mi-nimo alcance, o facto de ser retirada a re-forma eleitoral da ordem do dia para darlugar as emendas formuladas pelo senado ,á lei do recrutamento, prova que o gabi- !nete desistiu de enganar ao povo eom falsas !phantasuiugorias, que iam aiuda mais de- |turpar a representação nacional.

Si os escassos dias que restam ao encer-ramento da assembléa não testemunharemalguma pelotica escandalosa ou infracçãó deregimento e nova, affronta ao decoro, o hy-brido projecto, será condemnado a ancorarno porto, á espera de aragem mais propi-cia, a cujo sopro possa seguir a variadaòdyssèa, que o perigè de naufrágio, iuter-rompeu no segundo canto do seu burlescopoema.

O eoiiego do qa&iiiiai-».— Le sena me3ina folha.

O Sr. Leaudro Bezerra deu hontem comotestemunhas do crime que atribuía ao mi-nisterio relativamente ao seu procedimentoua questão religiosa".os seguintes deputa-dos : padres Thomaz Rego, Pessoa, CamilloBarreto, Siqueira Mendes o Pinto de Cam-

I um Lucena, este filhote bem pôde elevar oI seu filhote, porque e assim que se fica re-

do cunhado do Sr. João Alfredo : .mas istenão faz o Sr. Lucena com a felit empresaministerial.

Calculo CH-i-ÍOSO.—O Figuro ãe21 do passado, publicou o seguinte qne re-corda trabalho idêntico não ha muito tempo

Re.s non Vf-rjba :Todos os caixeiros,

dos estrangeiros srs.cem, são remettidos

pus.O Sr. Siqueira Mondes, porem, jurando

anspeiçãoj teve de ser eliminado do rol uastestemunhas.

Allegou o reverendo que a sua conscien-cia não estava integra para dizer a verdadedo que soubesse e fosse perguntado, porque tinka pendentes cora o governo certosnêijpcinhòs que lhe eram de máxima impor-taucia.

j Do quinino, disse o escrupuloso conego,creadós, ou fâmulos ; esperava ainda receber a quantia de

da Galliza, que adoe- ' 50:000^000, somma pela qual elle se sentiaao hospital, quando já ' resignado a ver enforcar todos os prelados

i moribundos, para que ali sejam enterrados a iI custa da caridade, ficando porém o espolio j

do universo.Além d'isso, acerescentou, ha duvidas so-

feito pela Refonin, com relação ao custo de j f* Podef ãos Pat;"es> (iue i.azcra *?}*» "T I ^ * arrematação de uma fazenda, que ellecada minuto o hora de trabalho da nossa < k*1*0 entre os outros fâmulos a titulo de conego, reahson por meio de interpostacâmara dos deputados í Pagamento de dividas pessoa como vice-presidente do Pará, em

* Se se quer saber diz o Fiqaro, o que I O subdelegado é disso o uuico culpado, | cujo caracter mandou pol-a em praça,nome-^ustão as discussões'dos nossos honorables \ porque é quem attestao estado de indigen- j ando peritos j?ara a respectiva avaliação.;equivalente ao nosso digníssimo) bzsta to-1 cia do enfermo, que sempre mais ou menos | .orno a chego a essas duaa tão vitaes

império sobre os seus elevados dotes pessoaes.E' singular a influencia que a pessoa do

Sr. João Alfredo exerce sobre os debates nacâmara!

Impedido, por vezes este anuo de compa-recer á sessão, a apparição de S. Exc. temsempre determinado os encerramentos !

Na ausência de S. Exc. foi quasi regrainvariável correrem calmas e por vezes ele-vadas as discussões.

O simples aspecto, porém, do encaipora-do ministro provocava irritação que mais re-crudescia com as rolhas immediatamentepropostas e approvadas.

O Sr. João Alfredo é tão amante do si-lencio que até descobriu um meio de so-phismar o regimento que prohibe encerra-rem-se as discussões depois de fallar o mi-nistro.

Devendo estar hoje retirado da discussãoo projecto de reforma eleitoral, o Sr. JoãoAlfredo realisou o milagre de fallar em ulti-mo lngar.

E com que fim failou hontem o Sr. mi-nistro do império'?

A câmara o ouviu.Deixando de parte todas as considerações

attinentes á materia em discussão, o Sr.João Alfredo repetiu na tribuua a sua auto-biographia escripta com todo esmero emcasa.

Na sua opinião não se assentou nos con*selhos da coroa ministro algum qua reunis-se tão elevados dotes de espirito.

S. Exo. é honesto, activo, zeloso, traba-lhador, fecundo, enérgico, cortez, amável,doce, justiceiro, paciente, tolerante, verda-deiro, etc, etc.

Tudo isto dito a um publico que aindatem presente na memória os incidentos leo-degario e raspadeira!

O Sr. João Alfredo esqueceu-se apenas dedizer o que é realmente.

Se houve modéstia da sua parte corremos-lhe em auxilio.,

O unico predicado incontestável que S.Exc. tem é a coragem.

AVISOSEspeCtaciliO— Terá lugar amanhã

o seguinte :No theatro Sauto Antônio, ultimo es- -

pectaculo pelos companologos escosseses,em beneficio dos irmãos Eduardo e AnselmoSavryez —Principiará as 8 heras da noite.

.Leilões - Devem'ser effectuados ho-je os seguintes :

—• De dividas activas da massa fallida deJosé Francisco Bittencourt, na importânciade 2:000S230, por intervenção do agentePinto, no seu escriptorio a rua do Bom Je-sus 43, primeiro r.ndàr, us 11 horas da ma-nhã.

Das dividas activas da massa falida deJoão Ferreira da Costa Soares, na impor-tancia de 98:5278230, por intervenção domesmo agente, no mesmo lugar e ás 11 B./2horas da manhã.

Da metade do sobrado de 2 andares esòtão e um armazém, sito a rua de ' PedroAfibuso u. 33, por intervenção du agente Pi-nho Borges, nu primeiro andar do sobradon. 53, á rua do Bom Jesus, ás 10 horas damanhã.

Da nona parte do sobrado c. 60 da ruado Duque de Caxias, e 8 sitios em Papacaça,pertencentes á massa fallida de Bento daSilva & C. por intervenção do agente Pinto,no seu escriptorio á rua cio Bom Jesus n.43 primeiro andar, ás 11 horas da manhã,

Das dividas pertencentes a massa falli-da do Thomaz Fernandes da Cunha, & C.na importância de 21:397*060, por inter-venção do agente Dias, no primeiro andarno sobrado u. 37 á rua do Marquez de Olin-da, as 11 horas da manhã.

De moveis, louças, farendas e caixaspara costura, por intervenção do agenteMartins no armazém da rua do Imperador.

ConcnrüO—Com o praso de 00 dias,a cantar de 10 do corrente, acha-ae a con-

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A Provínciacurso o provimento vitalício aos ofíicios decontador e partidor do termo cie Serinhaem,vagos pela desistência que íez o. respectivoserventuário.

ârreillittaçã» — No dia 24 do cor-rente, peraute a junta do thesouro nacionalserá arrematodo o imposto de 8 O/o sobre ocapin de planta, consomido na cidade, orca-doem 1:989 $460.

Jliveiltude -- São ranvidados todosos sócios desta sociedade recreativa, afim dereunirem-se no dia 20 do corrente pelas 7lioras da manhã, para em assomblea geralextraordinária, elegerem o vice-presidente,presidente, visto ter o offectivo sido eleitona sessão passada.

Bomba d«» Fragoso — Perantea junta do thezouro provincial tem de serarrematada, no dia 24 do corrente, a obrada bomba do Fragoso, orçada em 840$027.

Foriieciaiieilto — Perante a juntado mesmo thezoureiro, tem de ser arrema-tado, por quem por menos fizer, o forneci-mento dos prezos pobres da casa de deten-ção no trimestro de Outubro a Dezembro docorrente anno.

Loteria — A que se acha a venda ó a117.a á beneficio das obras do altar da con-fraria de S. Benedicto, a qual corre no dia22 do corrente.

Sciencia e Progresso—Sabba-do (19 do corrente) haverá sessão extraor-dinaria desta sociedade para tratar-se deseu encerramento, portanto, aviza-sé!aosSrs. sooios que não deixem de comparecer.

Ao publicoSenhores redactores—Tabellião e escrivão,

interino que sou á anuo e mezes nesta loca-lidade, presnmindo-me aelcso no cumpri-mento dos meus deveres, aponto do Sr. Dr.juiz municipal (com o qual, de paseagem se-*ja dito, tenho entretido até esta-data as me-lhores relações) dispensar-me a frase de sereu—severo de mais—o por me achar soffren-dó uma guerra surda, se bem que activa, jul-go de meu dever, com aquella calma e cir-cumspecção que me é conhecida, levar ao'domínio publico as causas, que Decorreram, átão descomuiunal hostilidade ! principiandopor transcrever os tres ofíicios abaixo,. diri-gidos por mim ao hdnrado Sr. Dr. ;,uiz mu-nicipal. Prudente e cautelloso que quero ser,eu calcnlad.imente emitto os nomes das pes-soas a quem elles se referem.

Aquelles que conhecerem os negócios des*ta localidade, com facilidade acharão nasubstancia1 de taes ofíicios a causa. da oge-risa que se me vota.

O Dr. Gervasio Campello, nesta mesmaterra, exclamava repetidas vezes « morronesta cadeira, cumprindo com os meus de-veres.i» e eu que jamais terei a velleidadede querer emi. ar tão distineto magistrado,pois que nem mesmo o tenho podido aneme-dar, não sendo barata em terreno de gali-nhas, e nem tão pouco, marinheiro em tem-po de rusga, por minha vez que tambem ex*clamo—hei-de aproximadamente cumprir comos meus deveres, em cpianto aqui estiver.—O quererem-nie expellir cVaqui a vim força,sem ao menos entregarem meu? passaportes...quer me parecer um pouco difíioil.— De Vv.Ss. attento creado—Ma thim dc Albuquerque.

Villa de Serinhaem 10 de Setembro de1874.

, Cartório do civel do termo de Serinhaem,ect.—Blm. Sr.—Entendo cie meu dever, fa-zer chegar ao conhecimento de V. S. que arequerimento de parte, procede hoje buscaneste cartório, sob motivo de dar certidãocontida em uns autos de inventario de !'•* * '•*

O qual teve lugar entre os anuos de 1865 á1860, sendo promovido o mesmo, pelo res-

pectivo Ajudante do Procurador Fiscal, ce-mo parte interessada em seu fazimento, to-cando a Fazenda Provincial a quantia de trescontos de reis, do sello de herança òs, lei, comodos mesmos se vê; e forque não conste dei-les,-indique o pagamento do dito sello deherança, assim o communico á V. S. parasua intelligencia e deliberação. (*)'Deus guarde a V. S.—IÜm. Sr. Dr. juizmunicipal.—Matldgs de Albuquerque.

Illm. Sr.—Vejo-me na indeclinável neces-sidade de renovar á V. S. minha communi-cação constante de officio anterior, com re-ferencia a falta, aliás sensível, do livro de jnotas deste cartório, sendo de anno de 1870—principio. O extravio de um livro de no-tas, de um cartório, e maxime de anno tãorecente, á não ser justificado por força maiorparece que deve de trazer grave detrimentoao foro do local em que elle se dá : não po-

, dendo ser comparado um livro a um papelavulso, susceptível de extravio, é reparavelque meus antecessores neste cartório, nãopossam dar uma sahida honesta, ao destinoqüe teve o li pro alludidò. Fazendo esta se-gunda communicação, á este juizo, eu soli-cito delle enérgicas providencias, no sentidode ser recolhido á este cartório o fallado li-vro. Com este meu-procedimento, tenhocumprido o dever de zelar e salvaguardarao futuro meu nome, como empregado pu-blico, que hei sido;—de dar satisfação aosrequeridos de partes, concorrendo assim ásalvação de seus direitos, .e finalmente tam-bem, e talvez, contribuir com meu fraco es-forço na sustenção da aureola do foro destetermo.—Deus guarde a V. S.—Illm. Sr. Dr.juiz municipal. — Mathias de Albuquerque eMello.

Cartório do civel, do termo do Serinhaem,etc—Illm. Sr.—A' requerimento da parte,exliibindo uns auto-carta. Executoria dosfeitos da fazenda da provincia, com o «cumpra-so » deste juizo, datado de 23 de Maiode 1860, dei fe, que o íeito proseguindo atédias de Julho de 1868, ficou paralysado atóa presente data; o que communico á V. S.para sua intelligencia e delibereção—Deusguarde a V S.—Illm. Sr. Dr. juiz munici-pai.—Mathias de Albuquerque e Mello.

Cartório do civel do termo de Serinhaem,etc—Illm. Sr.—Sendo-me hontem apresen-tada uma petição de * * * e^^ecução que cor-reu no juizo municipal deste termo, e res-pectivo cartório, procedendo eu a divida bus-ca, e não encontrando ditos autos,neste sen-tido despachei a parte. E porque me cons-te que em verdade dita execução correu poreste cartório, en assim communico a" V. S.Benovo a' V. S. que ató esta data, ê este oterceiro feito, inclusive o livro de notas.que.se procura neste cartório, com infrutíferoresultado.—Deus guarde a V. Sv— Illm. Sr.Dr. juiz municinaí.—Mathias de AlbuquerqueMello.

Continua,(,*) Esses autos, aos quaes attnbuo " priuei-

palinente" minha "perdição" (!) parece cpieem cada uma de suas folhas, se encerra mn cie-moido... em vista de suas peripécias... O caso'óque afinal de contas, " eviuliu-se " deste, termo,para a cidade do Eecife ; sendo que em seu se*guimento ( agora ja náo son eu) foi um dessesdia., o Sr. capitfio Antônio Fernandes <íe Albu*querque Catnara, fiscal da fazenda nesta locali*dade, a captural-os, quo om vista de sua demo-ra, por sem duvida que ainda não os pode agar-rar.".. E porque " cá e lá más fadas ha " parece-me como que me achar vendo os Bespectivos" agentes das thesourarias " nessa cidade, á offi-ciarem ao Dr. juiz municipal desta villa, no sen-tido de me metter em processo, pelo crime de terdep„rado com autos, a seis e mais annos deveu-do afa/.euea publica, e os rométier conclusos ao

muitas curiosidades dignas jie figurar narifa asglciia; como sejam: besouros e sapi-nhos dourados e oneras1 preciosidades.

O philaucioso fiei Amador da Catholica1poderá fazer uma, visitas ao referido buraco,e com os sens olhos fiscaes escolher o queali houver de mais aproveitável.

Dr. Picoté.

O incêndio tio barracãoComo é pusillanime o nosso Peixe-espada!Apenas manifestou-se o incêndio pula

como uma hyena, cae sobre o agente do poder

COMMERCIOPUiÇA DO UECIFE.17 DE SETliMBKO DE 1874—ÁS

TBESHR. DA TARDE¦

Dito __ do Sertão 1- sorte 7.$600 por 15Icils. hontem e sabbado.

Dito—l' sorte 7$ 600 por lú kils. hontem.Dito da Parahyba 1- sorte 7S250 por 15

l»ils. p. ab. frete 8f4 e 5 0/o hontem.Cambias—sobre Londres 90 V[d 26 3[8 d

nor 1 $000 hontem e hoje. -'V

Dito - sobre Londres 90 d/v 26 l/8)Por1$000 do banco hontem.

^iío-sobrá Paris 90 d/v 865 rs. o francodo banco. ' .

Bi de Vasconcellos,presidente,j. p. de Lcmox, secretario.

juízo;Na verdade o crime

terra!!horroroso... Donos da

o'l»uB*aco do MirandaPrevine-se ao excelso Sr. Lucena que no

respeitabilissbno buraco do Miranda existem

UÍFANDÉGADÉ PERNAMBUCO 17 DESETEMBBO DE 1874.

R-udimento do dial a 16 docorrente . .... 352:679$840

Idemdodia 17 41:938$041

394:617§881•

NavioH <v d escargaparaodialS de Setembro:Patacho inglez Gulatea, (atracado) mer*

cadorias para alfândega.Patacho inglez Anne Mitchcll, vários ge-

neros para o trapiche Conoeição para des-pachar.

Lugar portuguez Julio,vinho para deposi-to no Trapiche Cunha.

Hiate americano 5. t. Bal>er, farinha jádespachada para o Cães cVÀpollo.

popular, perde o chapéo e... deixa entregueas chamas do barracão a sua própria fami-lia!

Só Peixe-espada !A lagosta do Norte.

O administrador da typographia da Pro-vincia tendo declarado em tempo por estemeemo jornal, que a redacção do Brazil II-lustrado lhe era devedora de todos os nume-ros que alli se imprimiram, desde o n. 7 do1. trimestre ao 8* do 2-, cs vendo agora umadeclaração no Jornal do Recife feita pelo Sr.Herculano de tal, apressa-se em declararque não conhece o Sr. Herculano e nuncacom elle teve negocio algum.

Racife, 26 de Setembro de 1874.Job Pereira de Bastos.

THEÂ.TRÍ) ¦';:ESCHOLA DRAMÁTICA

DE

S. «JOSE'( Rua do Padre Nobrega )

Sabbado 19 do corrente

BENEFICIO DA EMPRESA

Espectaculo em cpie toma parte o distin-to artista :

. 1XAYIO WAUÍDEÇK.A quem a empreza acaba de Chamar, para

msaiador e mestre da companhiaiüim. de queesta possa (como almeja) tocar publico per-nambucano.

Começará, o espectaculo pela scena dra-matica composta em verso pelo illustre poe-ta cearense :

JUVENAL GALENODesempenhada pelo actor Flavio, intitulada

O VETERANOSeguir-se-ha a comedia em um acto do

Sr. Esdras de Souza :O DISTRICTO EM ESTADO^ DE SITIO

Em terceiro lugar a comedia em 1 acto :

Terminará o espectaculo com a muito ap*plaudida e sempre desejada scena cômica,desempenhada pelo artista Flavio :

O SB. DOMINGOS FORA. DO SEBIOiará as 3 horas.

Vende-se uma machina de dous pospon-tos por 60$000 rs. quem pretender dirija-sea rua Velha n. 7 ou na typographia da Pro-vincia rua do Imperador n. 77.

Toda AttençãoVende-se a casa térrea da rua do ííascen-

te n. 20 que olha para a estrada de ferrodo Recife a S. Francisco, feita a tres annose de uma construcção extraordinária, a ditapropriedade tem coinmodos para grande fa-milia ; trata-se na rua Imperial n. 217.

Boga-se a pessoa que no dia 7, foi ao ca-samento do Sr. Dionizio José de SanfAn-na, vir ou mandar destroçar o seu gardasol,sob pena de ser destroçado em publico. Es-cada 14 de Setembro de 1874.

Lustros, Candieiros eArandellas

A empreza do Gaz, tendo recebidoultimamente uma quantidade de lus-tros, candieiros, arandellas, globosetc. etc, tudo obra de gosto e de pri-meira qualidade, acha-se em posi-ção de supprir & seus fregttézes porpreços iijenores dí) que an%âíitoente,Para véí^m as amostras^ dirijam se arua do Imperador n. 81.

Hospital Portuauez fte Beneficência emDoming i 20 do corrente terá lugar a fes-

tado 19- anniversario da instalação destehospital.

As 8 horas da manhã celebrar *se-ha mis-sa cantada com musica de orcliestra em lou-vor a S. João de Deos patrono do mesmohospital.

As horas do costume será servido o jan-tar aos enfermos.

O estabelecimento estará franao a todasas pessoas que o.queirão. visitar, e as 7 ho-ras da noite resar-se-ha uma ladainha aomesmo patrono, cm .acçãó de graças e emlouvor de todas as pessoas qpe directa ouindirectameute tom auxiliado a missão decaridade deste pio estabelecimento.

Hospital Portuguez de Beneficência 15de Setembro de 1874.

O secretario.—Luiz Duprat.

m. wCirAfimRecebem-se assignaturas para este perio-

dico na typographia do Commercio, a ruade Paulino Câmara, n. 28 e nas livrariasIndustrial e Popular, á rua Nova (hoje do 'Barão da Victoria).—Condicções de assigna-turas: 8|0O0 por trimestre, 11 $000 poranno.

ANNUNCIOSCompanhia Pernambucana de

navegação costeira a vaporParaltgha, Natal, Macau, Mos.soró, Aracatg,

Ceará, Acaracú e Maranhão.O XApqvPirapama; cómman*

dante Silva, seguirá para ospórttís acima no dia 22 ás 5

horas cía tarde.Recebe carga até o dia 21, passageiros,

encommendas e dinheiro a frete até as8 ho-ras da tarde.

Escriptorio no Forte do Matto.s n. 12.

OAPATÃZIA DE PERNAMBUCO

Rendimento do dia la 10 de Se-tembro 8:8(il$7Gl

Idem do dia 17 8-14$257

|

H AVISOBoga-se as pessoas quo devem uQS

abaixosassignados, que hajamdevi-rem ou mandarem pagar os débitosde carnes verdes, dentro do praso dedez dias, contendo desta data, sobpena de verem publicado os seus no-mes neste Jornal, até que satisfa-çam os débitos, podem dirigir-se arua do Rangel n. 85, ou na rua daAurora n. 18 segundo andar.

Recife 7 de Setembro de 187-1.

Felippc Penares é C.

VOLUMES SABIDOS

Do dia 1 a 16 do correnteDia 17:

1'.porta. .......2*.dita.. ......8*.dita.. ... .Trapiche ÇJonceição. . .

0:700,5018

15,702

. 118117144

orapiches d'alfandega do

dial a 10 do corrente . . .Dia 17 :

Trapiebo cVAlfandcga . . .

« Conceição

17

17"*,

3251

16,466Serviço marítimo

Alvarengas lescarregadas noc

Parte marítimaBIA—17

OBSERVAÇÃONão houve entradas nem sahida?.

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. • ¦

.

Page 4: mt Edicção de hoje 1580. O escriptorio e offi- cina desta ...memoria.bn.br/pdf/128066/per128066_1874_00393.pdfabsolutismo c concentrando em suas mãos todas as forças do p«aiz,

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CARLOS DÜBOISfQQSUf

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0 cabelleireiro Carlos Dubois, mudou sua officinada rua da Imperatriz, para a da Aurora n. 25.

livraria"populár59-EUA DO BARÃO DA VICTORIA (OÜTRmANOVxl)-59

• -Acabam de cjiegar á esta livraria as seguintes recentes publicações :

03 o-S Tri "vía

*C

I hí *> -CO J.II r*T* 2 O "2 O *..

t\m ti ¦ > á Si IJ . i—I SS § st.» e s o mi d -&*?ír , s -l^* ot '3°-. IJí <3 5 o o 5 _ íoo%*& ' /-s -^= MrrtaBtí S-r^O ¥

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Jf 2j k h c Ph sa ,3-1 cj %jf a „ ir! 5 a » te 1T no -o ? - ,3 g ? S u Tli > o » è& FUO..g f12 ° 5 .© g ^ s * 1,gt O '•••¦'.S;¦• .h cr1 o íí

í|? fl ¦¦â v • ,©:: d,* sQ ^ 1

4 -S P3 ^^ "f

COLLEGIODE

IíItpos «l c üffietBicSna botísSÍflMÒS

Paulei, Eésumé cTAnatomie ap-pliquée 187» 1 vol. in 12

Hughes, Actiou des méclicatneutshom(Kpatliiques ou élèments depharraacodynamique 16.74 gr.inl8-

Le Bre/",Manuel medicai des eauxminérales gr. in 18. 1874.......

Gloner, Nouveau Dictionnairede therapeutiquo, comprenantl!és.pose des diverses methodesde tràitement employées pás lesplus célebres praticiéns pourchaque maladie gr. in 18. 1874

Coulson, La pierre dans la vessiegr. ia 8- 1874

Schiff, Deriaflammatiou et delacirculation 1873 in 8*

Moncoq, Trausfusion instansta-néedu sang in 8. 1874

Giqot-Suard, De 1'astme in 8.1873 :•

Leqros, Des nerfs vaso-raoteurs in8. 1873

Billet, De la fièvre puorpérale etdela reforme des maternites 8.

Koeller, Des grossesses extra-ute-rines in 8*

Kirschel, Guide du medecin ho-mo3pathique au Íit du maladeiul2

Toynbee, Maladiesde 1'oreille, ua-ture diagnostic et tràitementcom fig. gr. in 8\......_

Tromsèau, Ceinique medicale de1'Hotel Dieu de Paris 3 v. in8* 1873 com o retrato do autor

Munod, Etude sur 1'angiome

4S000

6S000

Kftt»

simp.le avec 2 plancesinS-...Littré ét Robin, Dictionnaire de

Mecl.èçiné, de cbirurgie, depliarmacie gr. in 4-1873

Retrato de Trousseau gravado so-bre aço folha :d. aigle.

2$Ü00

20í?OOO

5S000

ÍÉiiyriis d^e lílííeratura

7$000

5$000

4$ OUO'

6$000

3§000

2^000

4^000

7$000

30$000

Dumas fils. Monsieur Alphonsegrt.8: 1844

Foircade Primei, Une fin de mon-de 1874

Perret, Les bonues filies d'Eve1874 ••••,

S<7»rí7í),Dorniérer.enchantements- Gertrude 1874'Saint

Genest, Juyeuses années1874

Belot, La femme de feu 1874Revillon, La separéeülbach, La ronde de-nuit 1874..Jouffroy cVAbbans, Methode Rea-

liste ou analyse de la loi dutravai! 3. vol. 8-1874

Quatrelles, his, guerre a coupsd'epingles 1874

Dumont, Haeckel et la theorie de1'evolution en Allemagne in

3§000

2S500

2^500

2$500

2$5002§5002Í5002$5O0

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. SANTA ÔLARAPARA 0 SEXO PIMINIKO

19 — Rua Nova terceko andar—19

D. Heruudina Carolina de F. Albuquer-que Maranhão, tem a honra de participai'ao respeitável' publico e com especialidadeaos pães de familias, que têm aberto umcollegio, com a denominação acima, parainstrucção .do sexo fiminino, no qual se en-sinará com perfeição e agrado (as matériasseguintes : ler, escrever, e contar, gramma-tica portugueza, e analyse, doutrina ohris-tã, arithmetica até proporções inclusivel;systema métrico decimal, francez, geogra-phia * historia, desenhe e musica, canto,

piano, dansa, etc. etc.| Trabalhos de agulha, labyrintho, marca,croxê. bordados a linha, lã, seda, matiz, re-troz, fróco, missauga, prata, ouro; borda-dos em talargaçe bordados om seda, emveludo o em papel, e tambem se ensina afazer flores de diversas qualidades, tudo porcommodo preço.

Recebe-se internas e externas e se pro-mette breve adiantamento. ,

ENGENHO SEGEEDOVende se o engenho Segredo, moente e

corrente, bem obrado e com terrenos de boa

producção, que podem safrajar 3,000 pãesde assucar. Para informações: na rua doEncantamento n. 5, escriptorio.

Ai

sh1

1 Xie cSetoente abastecidos dos melhores med. ê

12- 1873.Valmky, Le Ramayana poéme

sansorit 2 vol. in 12Kalidasa, Cakountala-Raghou-

VancaMesha-Douta in 12Kericauh, (D') Les cous sins de

Norraandie,roman pastorale dutemps de la terreur 12

Roux, J-Iistoire de la litteraturecohtempòraine eu Italie iu 121874

Wogan,he Pirate Maláis 12-1874

13$000

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ICam Ahi encontra-se nm perfeito sortimento de especialida- J

| seiro como preparados da mesma bolica, e.todas as moclerli nas invenções da artetherapeutica. |

\ 69 e 71 --Rna da Imperatriz--69 e 71 I\

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José Elias de Moura & 0. n

17—Labgo do Meecado Publioo--17««* r\ ,-¦•'.'**

(antiga ribeira de s. jose)

ícaba de ser aberta e acha-se á disposição do respeitável publico, estanova pharmacia e drogaria, completamente provida do indispensável a umestabelecimento dessa, natureza sem excepção de produetos chimicoa e medi-camentos preparados no estrangeiro, tudo novo e o melhor possível.

As receitas dos senhores médicos serão sempre despachadas com a maisseria attençao, e sempre sob aa vistas do pharmaceutico que compõe a nossafirma social. . , , • ,

As pessoas que se dignarem de honrar o nosso estabelecimento com asua confiannca podem estar certas de que serão contenciosamente servidasnão só relativamente ao que pedirem, como tambem a modicidade dos preços.

LOJA DE JÓIASDE

BBICJAKIH TOBBBAON. 24 A-Eua Larga do Rosario-N. 24 A

0 mwietario deste elegante e bem montado estabelecimento de jóias,

Argolões lisos de 25$ •'••Ditos com pedras finas de 15§ Brinos á Judith de 30$ Ditos de fila grana de 4$ *•*Ditos decorai de 10$ 7..Ditos de um outro gosto de 9$ & ••••••;•••• •••'*••Abotoaduras de ouro de todas as qualidades e do ul-

timo gosto de 10$ ""' VCaçoletas de onk e de outro gosto com lettras de

)$000á ....;Dití.s lisas de pedra de 8$ á..... 'Ditar, lisas de ouro de 15$000 á :—:•'••:'•".""Ditas de cnix com ramos de pérola de 3o$ a ...

Ditas ãe plaquei de 3$ á &>••••••""; ',Voltas de todas as qualidades;de 8$ ^¦;A'''^''W'Correntes de plaquei de todas asquaMades de o$ a

*Ditas de ouro a 5$000 e C$000 a oitava

Continua aberto até ás 8 horas da noite

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