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MÁRCIA CRISTINA SALES AVALIAÇÃO DE ZINCO NO PLASMA E CORRELAÇÃO COM MARCADORES METABÓLICOS E DA SÍNDROME METABÓLICA EM RELAÇÃO AOS FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE NATAL/RN Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte como requisito para obtenção do título de Doutor em Ciências da Saúde. Orientador (a): Profª. Drª. Lucia de Fatima Campos Pedrosa Coorientador (a): Profª. Drª. Karine Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista NATAL/RN 2018

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MÁRCIA CRISTINA SALES

AVALIAÇÃO DE ZINCO NO PLASMA E CORRELAÇÃO COM MARCADORES

METABÓLICOS E DA SÍNDROME METABÓLICA EM RELAÇÃO AOS FATORES

ASSOCIADOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE NATAL/RN

Tese apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ciências da Saúde da

Universidade Federal do Rio Grande do

Norte como requisito para obtenção do título

de Doutor em Ciências da Saúde.

Orientador (a): Profª. Drª. Lucia de Fatima

Campos Pedrosa

Coorientador (a): Profª. Drª. Karine

Cavalcanti Maurício de Sena Evangelista

NATAL/RN

2018

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE

Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde:

Profª. Drª. Ana Katherine da Silveira Gonçalves de Oliveira

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MÁRCIA CRISTINA SALES

AVALIAÇÃO DE ZINCO NO PLASMA E CORRELAÇÃO COM MARCADORES

METABÓLICOS E DA SÍNDROME METABÓLICA EM RELAÇÃO AOS FATORES

ASSOCIADOS EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS DE NATAL/RN

Aprovada em 24 / 08 / 2018

Banca examinadora:

Presidente da Banca:

Profª. Drª. Lucia de Fatima Campos Pedrosa – UFRN

Membros da Banca:

Bruna Leal Lima Maciel – UFRN

Ricardo Oliveira Guerra – UFRN

Dilina do Nascimento Marreiro – UFPI

Ilma Kruze Grande Arruda – UFPE

NATAL/RN

2018

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DEDICATÓRIA

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Quando criança, temos uma gigantesca capacidade de valorizar as

coisas simples da vida... As brincadeiras com os colegas de escola, os

castelos de areia na praia, o sorvete que sempre escorre pelo nosso corpo e

refrigera a alma! E tudo é muito sincero... O amor que declaramos, o sorriso

espontâneo que ofertamos até mesmo para desconhecidos.

Depois crescemos... Entramos no mundo dos adultos, de grandes

responsabilidades, obrigações, competições inúteis, amizades por

conveniência... E, por vezes, sem muito tempo para aqueles que amamos e

para aquilo que nos faz realmente feliz. Até mesmo para visitar nossos

parentes nos lares para idosos... Então, sentimos falta do tempo em que

éramos crianças, mas temos que voltar para realidade, pois, somos adultos

agora!

Aí os anos passam, envelhecemos... Olhamos para vida e voltamos

novamente nossas atenções para coisas singelas... Agora não mais com a

inocência tão bela das crianças, mas com a sabedoria encantadora de quem

já passou por muitas alegrias e tristezas... E, desse modo, aprendeu a

valorizar o que realmente importa nessa vida.

Assim, dedico este trabalho a todos os idosos...

Por toda essa experiência de uma vida que se disponibilizaram a

compartilharam comigo... Por me lembrar de que as coisas ruins apenas

existem para aprendermos a valorizar as boas... Que a vida é efêmera e,

portanto, devemos abraçar tudo que a vida tem para nos oferecer com muito

amor e prazer, seja no pessoal ou no profissional, para que lá na frente

possamos olhar para trás e dizer que o maior prazer da nossa vida foi viver!

Meus sinceros agradecimentos a todos os idosos que tive a

oportunidade de conhecer durante este trabalho. Sem dúvida, vocês são uma

lição de vida!

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por estar comigo em todos os momentos da minha vida... Por me

fazer entender que as dificuldades superadas servem para nos mostrar a força que

nem nós mesmos sabíamos que tínhamos... E, também, para nos tornarmos

humanos, capazes de compreender as dificuldades alheias e estender a mão ao

outro no momento de necessidade. E, por falar nisso, muitas mãos me foram

estendidas durante esta trajetória. Como mencionei há anos atrás na minha

dissertação, sabias que este trabalho também não poderia ser construído sozinho.

Por isso, colocastes em minha vida várias pessoas, que de diferentes maneiras

contribuíram para a execução deste projeto. Muitos colaboram com ideias,

sugestões, críticas e opiniões. Outros contribuíram com palavras de apoio, carinho e

afeto. E agora é chegada a hora de agradecer a todos por mais um sonho

realizado....

Aos meus pais, João (In memoriam) e Dora, que estiveram sempre ao meu lado, me

incentivando e me apoiando, em TODOS os momentos da minha vida. Obrigada

pelo amor incondicional... Vocês são aquilo que há de melhor em mim... Eu amo

muito vocês, para sempre!

À minha irmã, Magaly, que sempre esteve ao meu lado em todas as minhas

empreitadas! E nunca mediu esforços para fazer com as coisas dessem certo! Essa

é mais uma conquista nossa! Obrigada por fazer parte da minha vida e da minha

história!

À minha irmã, Magna, por alegrar a minha vida, com seu sorriso largo e suas

palavras de otimismo e apoio, que me dão forças para seguir em frente, por mais

difíceis que sejam os obstáculos! Agradeço por poder compartilhar a minha vida com

a sua!

Aos meus sobrinhos, Mateus e Marcos, os melhores e os mais lindos sobrinhos que

uma tia muito coruja poderia ter! A chegada de vocês encheram de felicidade nossa

vida e nosso lar!

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Ao meu cunhado Fabiano, que adotei como irmão, e com quem divido tristezas e

multiplico alegrias!

Aos meus demais familiares e aos meus amigos de longas datas que, sem citar

nomes, agradeço por todos os momentos felizes que vivemos juntos!

Aos amigos que conquistei durante este doutorado, e que tanto me ajudaram com o

seu trabalho, críticas, sugestões e, sobretudo, com suas palavras de apoio e

incentivo. Obrigada, Aline Tuane, Ane Linhares, Anna Celly (In memoriam), Érika

Freitas, Hermilla Torres, Karla Simone, Larissa Praça, Laura Camila, Leandro

Vinícius, Natália Cabral, Sara Estéfani e Séphora Louyse! Esse trabalho é fruto do

esforço, da dedicação e da amizade de cada um de vocês!

A todos os estudantes dos diversos cursos de graduação que colaboram com esta

pesquisa, e que sem os quais este trabalho não seria possível.

As professoras Clélia de Oliveira Lyra, Maria das Graças Almeida, Severina Carla

Vieira Cunha Lima e Telma Maria Araújo Moura Lemos, pelo trabalho dedicado a

esta pesquisa e o saber compartilhado.

À professora Bruna Leal Lima Maciel, pelo auxílio e conhecimentos transmitidos

durante o Estágio em Docência Assistida.

Ao corpo docente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, da UFRN,

pela valiosa contribuição à minha formação acadêmica.

Aos técnicos de laboratório da UFRN, Batista e Dona Graça, que contribuíram para a

realização das análises laboratoriais.

As Instituições de Longa Permanência para Idosos, pela confiança e receptividade

ao nosso trabalho.

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A cada um dos idosos que participaram desta pesquisa! Quem dera que todos

jovens soubessem apreciar a boa companhia e a sabedoria, de quem não sabe de

tudo, e nem tem essa pretensão, mas que desconfia de muita coisa! Quem lhes

escuta com o coração, com certeza sai transformado, e para melhor!

Aos membros da banca examinadora, professora Bruna Leal Lima Maciel,

professora Dilina do Nascimento Marreiro, professora Ilma Kruze Grande Arruda e

professor Ricardo Oliveira Guerra, pelo esmero na avaliação deste trabalho, pelas

valiosas sugestões e pelos ensinamentos que me foram transmitidos.

À professora Adriana de Azevedo Paiva, que me apresentou o mundo da pesquisa e

que transmitiu o que é de fundamental a um estudante de iniciação científica: além

do conhecimento acadêmico; a valorização pelo trabalho e esforço de cada membro

de sua equipe; o respeito e a gratidão a cada participante de uma pesquisa que

espontaneamente abre as portas da sua casa e de sua vida; e o compromisso, o

amor e a satisfação pelo trabalho que realizas.

Ao professor Dixis Figueroa Pedraza, meu orientador de mestrado, agradeço pelos

conhecimentos acadêmicos e de vida transmitidos, pelo compromisso com minha

formação profissional, pelas inúmeras oportunidades oferecidas, pelos conselhos e

palavras de apoio e incentivo, pela atenção, pelo respeito e, sobretudo, pela

amizade ofertada ao longo desses anos... Minha admiração pela figura humana e

profissional, que utiliza da sua enorme sabedoria para ajudar a mudar dura realidade

em que muitos vivem, com tamanha verdade e satisfação, que contagia e influencia

todos nós a fazermos o mesmo!

Ao professor Kenio Costa de Lima, coordenador deste projeto, pela oportunidade de

participar desta pesquisa, pelo auxílio nas análises estatísticas, por tudo que aprendi

dentro e fora de sala de aula, pela solicitude com que me recebeu em todos os

momentos em que lhe recorri. Minha sincera admiração pelo seu trabalho, pelo

enorme respeito para com os idosos, e pela busca incessante em fazer da pesquisa

um instrumento de melhoria da qualidade de vida desses indivíduos. Obrigada por

tudo!

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À minha coorientadora, professora Karine Cavalcanti Maurício de Sena

Evangelista... Muito obrigada não apenas por compartilhar comigo seu vasto

conhecimento científico, mas também pela solicitude, atenção, respeito e incentivo

prestados! Minha admiração pelo exemplo de educadora que és! Ao contrário dos

chefes, que se impõem pelo medo, você consegue fazer, com maestria, o mais

difícil... Se impor pelo respeito e pela sabedoria, assim como fazem os grandes

líderes!

Agradeço ainda à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES), pela concessão da bolsa, e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande

do Norte (FAPERN), pelo financiamento desta pesquisa.

Agradecimento especial

À minha orientadora, professora Lucia de Fatima Campos Pedrosa... Jamais terei

como lhe agradecer o suficiente, pois nunca saberei a dimensão exata do que você

significou na minha vida. Quando me aceitou como orientanda, não me foi dada

apenas a possibilidade de fazer um doutorado, mas também a esperança de que

muitas portas se abrirão para realização de muitos outros sonhos pessoais e

profissionais, que o conhecimento pode nos trazer. Muito do que for conquistado

daqui em diante, de alguma forma, vai ser consequência das oportunidades que

outrora você me proporcionou. Muito obrigada pela confiança, pelo incentivo e pelos

ensinamentos! Sem dúvida, tive o prazer de conviver ao lado de uma grande

educadora... Que acredita firmemente na Educação com um instrumento de

mudança social... Que trabalha com ética, compromisso e dedicação na grandiosa

missão que lhe foi dada de formar novos profissionais... Profissionais que lutem pela

Universidade e que se dediquem verdadeiramente, assim como você faz, para que

esta instituição cumpra o seu papel na construção de uma sociedade melhor para

todos. Muito obrigada por TUDO, professora!

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“Sou feita de retalhos.

Pedacinhos coloridos de cada vida que passa pela minha

e que vou costurando na alma.

Nem sempre bonitos, nem sempre felizes,

mas me acrescentam e me fazem ser quem eu sou.

Em cada encontro, em cada contato, vou ficando maior…

Em cada retalho, uma vida, uma lição, um carinho, uma saudade…

Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa.

E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes que

vão se tornando parte da gente também. E a melhor parte é que nunca estaremos

prontos, finalizados… Haverá sempre um retalho novo para adicionar à alma.

Portanto, obrigada a cada um de vocês, que fazem parte da minha vida e que me

permitem engrandecer minha história com os retalhos deixados em mim.

Que eu também possa deixar pedacinhos de mim pelos caminhos

e que eles possam ser parte das suas histórias.

E que assim, de retalho em retalho, possamos nos tornar, um dia,

um imenso bordado de „nós”.

Cris Pizziment

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RESUMO

O envelhecimento pode ocasionar diversas alterações biopsicossociais, que tornam

o idoso vulnerável à ocorrência de distúrbios metabólicos e nutricionais, como a

deficiência de zinco e a síndrome metabólica (SM). O objetivo deste estudo foi

avaliar o zinco no plasma e a correlação com marcadores metabólicos e a

frequência de SM em relação aos fatores associados em idosos institucionalizados.

Foi realizado um estudo transversal envolvendo idosos arrolados em nove

Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). No estudo 1, sobre o zinco no

plasma e a correlação com marcadores metabólicos, participaram 255 indivíduos.

Foram avaliadas as concentrações de zinco no plasma e as associações com o

zinco na dieta, bem como indicadores sociodemográficos e biomarcadores de perfil

glicêmico, lipídico e inflamatório. As variáveis independentes foram analisadas de

acordo com os quartis da concentração de zinco no plasma (μg/dL) (Q1: <71,1; Q2:

71,1-83,3; Q3: <83,3-93,7; Q4:> 93,7). A correlação entre a concentração de zinco

no plasma e as variáveis preditoras também foi testada. No Q1, foram observadas

maiores concentrações das seguintes variáveis, em comparação com os outros

quartis: colesterol total e LDL-c (Q1> Q2, Q3, Q4, todos p <0,001); triacilglicerois

(Q1> Q3, Q4, todos p <0,001); IL-6 (Q1> Q3, Q4, p = 0,024, p = 0,010,

respectivamente); e TNF-α (Q1> Q3, p = 0,003). Registrou-se uma redução

significativa da concentração de zinco no plasma conforme aumento do tempo de

institucionalização ajustado por idade (Δ = -0,10; CI95%: -0,18, -0,01), e das

concentrações de colesterol total (Δ = -0,19; CI95%: -0,23, -0,15), LDL-c (Δ = -0,19;

CI95%: -0,23, -0,15), triacilglicerois (Δ = -0,11; IC95%: -0.16, -0.06), IL-6 (Δ = -1.41;

IC95%: -2.64, -0.18) e TNF-α (Δ = -1.04; IC95%: -1.71, -0.36). Desse modo, os

dados do presente estudo sugerem que uma diminuição da concentração de zinco

no plasma está associada com o maior tempo de institucionalização, e alterações no

perfil lipídico e inflamatório em idosos institucionalizados. No estudo 2, sobre a

frequência de SM e as relações com fatores associados, foram incluídos 202

indivíduos. A frequência de SM foi avaliada de acordo com os critérios do National

Cholesterol Education Program - Adult Treatment Panel III. Foi analisada a

associação da SM com fatores sociodemográficos, clínicos, dietético e de estilo de

vida. A frequência de SM foi de 29,2% (IC95%: 23,0-36,0%). Os fatores associados

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à SM foram o sexo feminino (razão de prevalência [RP] = 2,16; intervalo de

confiança de 95% [IC], 1,04-4,49), tempo de institucionalização ajustado pela idade

>50% (RP = 2,38, IC95%, 1,46–3,88) e elevadas concentrações de IL-6 (RP = 2,01;

IC95%, 1,21–3,32) e TNF-α (RP = 1,70; IC95%, 1,05-2,77). Além disso, verificou-se

que a ocorrência de SM foi 1,85 vezes maior (IC 95%, 1,11-3,10) no grupo com uma

dieta caracterizada por um consumo muito elevado de energia, muito baixo de

gordura e elevado de fibra dietética, conforme modelo de análise fatorial. Assim, os

resultados apontam para uma frequência moderada de SM, que foi associada ao

sexo feminino, maior tempo de institucionalização, alterações imunológicas, além de

um maior consumo alimentar de energia e fibra e uma menor ingestão dietética de

gordura total.

Palavras-chave: zinco no plasma, síndrome metabólica, envelhecimento, instituição

de longa permanência para idosos, citocinas, perfil lipídico.

Dados obtidos a partir da

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ABSTRACT

Aging can lead to several biopsychosocial changes, which make elderly individuals

vulnerable to metabolic and nutritional disorders, such as zinc deficiency and

metabolic syndrome (MS). The aim of this study was to evaluate plasma zinc and the

correlation with metabolic markers and the frequency of MS in relation to the

associated factors in institutionalized elderly individuals. Cross-sectional study

involving elderly individuals enrolled in nine nursing homes (NH) was carried out. In

study 1, on plasma zinc and correlation with metabolic markers, 255 individuals

participated. It was evaluated the zinc plasma concentrations and the associations

with dietary zinc, as well as sociodemographic indicators and glycemic, lipid and

inflammatory profile biomarkers were evaluated. Independent variables were

analyzed according to quartiles of plasma zinc concentrations (µg/dL) (Q1: <71.1;

Q2: 71.1-83.3; Q3: <83.3-93.7; Q4: >93.7). The correlation between plasma zinc

concentration and predictor variables was also tested. In Q1, higher concentrations of

the following variables were observed, compared with those in other quartiles: total

cholesterol and LDL-c (Q1> Q2, Q3, Q4, all p <0.001); triacylglycerols (Q1> Q3, Q4,

all p <0.001); IL-6 (Q1> Q3, Q4, p = 0.024 and p = 0.010, respectively); and TNF-α

(Q1> Q3, p = 0.003). A significant reduction in plasma zinc concentrations was

observed with increasing age-adjusted institutionalization time (Δ= -0.10; CI95%: -

0.18,-0.01), and concentrations of total cholesterol (Δ= -0.19; CI95%:- 0.23,-0.15),

LDL-c (Δ= -0.19; CI95%: -0.23,-0.15), triacylglycerols (Δ= -0.11; CI95%: -0.16,-0.06),

IL-6 (Δ= -1.41; CI95%: -2.64,-0.18) and TNF-α (Δ= -1.04; CI95%: -1.71,-0.36). Thus,

data from the present study suggest that decreased plasma zinc concentration is

associated with longer institutionalization time, and changes in the lipid and

inflammatory profile in institutionalized elderly individuals. In study 2, on the MS

frequency and relationship with associated factors, 202 individuals were included. MS

frequency was assessed according to the criteria of the National Cholesterol

Education Program - Adult Treatment Panel III. The association of MS with

sociodemographic, clinical, dietary and lifestyle factors was analyzed. MS frequency

was 29.2% (95% CI: 23.0-36.0%). Factors associated with MS were female sex

(prevalence ratio [PR] = 2.16, 95% confidence interval [CI], 1.04-4.49),

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institutionalization time adjusted for age> 50% (PR = 2.31, 95% CI, 1.46-3.88), and

high concentrations of IL-6 (RP = 2.01, 95% CI, 1.21-3.32) and TNF-α, 70, 95% CI,

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1.05-2.77). In addition, it was found that the occurrence of MS was 1.85-fold higher

(95% CI, 1.11-3.10) in the group with diet characterized as of very high energy, very

low fat and high fiber intake, according to factorial analysis model. Thus, the results

point to a moderate MS frequency, which was associated with female sex, longer

age-adjusted institutionalization time, immunological changes, as well as a higher

dietary energy and fiber intake and a lower dietary total fat intake.

Keywords: plasma zinc, metabolic syndrome, aging, nursing home, cytokines, lipid

profile.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ACP Análise dos componentes principais

HbA1c Hemoglobina glicada

HDL-c High density lipoprotein cholesterol (lipoproteína de alta densidade)

IC Intervalo de confiança

IDL Intermediate density lipoprotein (lipoproteína de densidade

intermediária)

IL-6 Interleucina-6

ILPI Instituições de Longa Permanência para Idosos

LDL-c Low density lipoprotein cholesterol (lipoproteína de baixa densidade)

NF-κB Nuclear factor kappa B (fator de transcrição nuclear kappa B)

PCR-us Proteína C-reativa ultrassensível

pmm Preditive mean matching (pareamento da média preditiva)

RP Razão de prevalência

SM Síndrome metabólica

TNF-α Tumor necrosis factor-α (fator de necrose tumoral α)

VLDL Very low density lipoprotein (lipoproteína de muito baixa densidade)

ZIP Zrt- and Irt-like proteins

ZnT Zinc Transporter

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Fluxograma de seleção participantes do estudo sobre status de zinco

e associações........................................................................................................ 27

Figura 2. Fluxograma de seleção participantes do estudo sobre a

SM........................................................................................................................... 28

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Modelo de análise fatorial dos componentes da dieta em idosos

institucionalizados (n=178)................................................................................ 35

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 19

2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 24

3 OBJETIVOS..................................................................................................... 25

4 MÉTODO......................................................................................................... 26

5 ARTIGOS PRODUZIDOS................................................................................ 36

5.1 Artigo 1....................................................................................................... 36

5.2 Artigo 2....................................................................................................... 44

6 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES.............................................. 79

REFERÊNCIAS................................................................................................... 82

APÊNDICE.......................................................................................................... 88

ANEXO................................................................................................................ 101

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1 INTRODUÇÃO

Ao longo das últimas décadas, a diminuição das taxas de natalidade e de

mortalidade resultou em um aumento progressivo na proporção de idosos em todo o

mundo1. No Brasil, segundo o censo demográfico de 2010, a porcentagem de

pessoas com 60 anos ou mais alcançou 11,0% da população, o que corresponde a

aproximadamente 20.590.599 indivíduos. No Nordeste, a proporção de idosos

passou de 5,1% em 1991 a 5,8% em 2000, e 7,2% em 2010. O estado do Rio

Grande do Norte possui 342.890 idosos, sendo a maioria residente no município do

Natal (24,48%)2.

O processo de transição demográfica no Brasil acarretou um aumento na

demanda por Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). No Brasil,

dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) de 2011 apontam a

existência de 3.548 ILPI, as quais abrigam 83.870 idosos, o que corresponde a 0,5%

da população. A quantidade de ILPI no país, embora crescente, ainda é pequena,

sobretudo no Nordeste, onde concentra 8,5% dessas instituições3.

A procura por ILPI está relacionada ao elevado custo dos cuidados

domiciliares e à insuficiência de programas públicos destinados a esse tipo de

assistência; à falta de cuidadores familiares decorrentes, sobretudo, do aumento da

escolaridade feminina e da inserção maciça das mulheres no mercado de trabalho;

às moradias com espaço físico reduzido que aumentam o risco de acidentes; além

da crescente proporção de idosos incapacitados e fragilizados, com estágios

terminais de doenças e níveis elevados de dependência3-5.

De fato, durante o envelhecimento, o corpo acumula danos em níveis

molecular, celular e orgânico, os quais resultam em diminuição ou desregulação

funcional6. A inabilidade do organismo para se ajustar as alterações bioquímicas e

fisiológicas impostas pela idade pode contribuir para o aumento da morbidade e

mortalidade em idosos. Desse modo, considera-se a importância de avaliar

marcadores metabólicos e a nutrição na longevidade e no envelhecimento saudável,

com destaque para o zinco, cujos aspectos funcionais fazem deste mineral um dos

mais relevantes fatores nutricionais no envelhecimento7.

O zinco é um elemento-traço com funções catalíticas, estruturais e

regulatórias. Este mineral atua como cofator de enzimas, na estabilidade da

estrutura de proteínas, incluindo enzimas de sinalização e fatores de transcrição,

além da síntese de DNA e transcrição de RNA. O zinco também exerce um papel

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importante na acuidade gustativa, função da tireoide, cognição, resposta imune,

controle do estresse oxidativo e apoptose8, 9.

Os idosos representam uma parcela da população vulnerável à deficiência de

zinco9. Durante o envelhecimento, a redução progressiva da mobilidade ocasiona

uma diminuição das necessidades energéticas e uma consequente ingestão de

pequenas quantidades de alimentos, o que contribui para o consumo inadequado de

zinco10. A perda de apetite, a ausência de dentes e a mastigação incorreta, a má

absorção intestinal, a presença de determinadas doenças, e o uso de alguns

medicamentos também podem alterar o estado nutricional relativo ao zinco7, 11, 12.

Considerando os aspectos psicossociais, a depressão causada pela exclusão social,

solidão, abandono, luto, e as demências, podem dificultar o consumo de alimentos e

afetar o estado nutricional do idoso10, 13.

O envelhecimento também está relacionado a disfunções no mecanismo

homeostático do zinco, o qual é regulado principalmente pelas proteínas

transportadoras de zinco da família ZIP (Zrt- and Irt-like proteins) e ZnT (Zinc

Transporter), e pelas metalotioneínas. Enquanto os transportadores da família ZIP

favorecem o aumento das concentrações citoplasmáticas de zinco por meio do

influxo deste oligoelemento ou da liberação do mesmo de organelas intracelulares, a

atividade da família ZnT reduz o conteúdo intracelular de zinco, promovendo o efluxo

deste mineral do citoplasma para o meio extracelular e/ou para vesículas

citoplasmáticas. As metalotioneínas, por sua vez, sequestram zinco para o meio

intracelular e atuam como reserva de zinco para a célula. Nos idosos, a redução nas

concentrações de ZIP e o aumento nas concentrações de ZnT e de metalotioneínas

promovem uma diminuição nas concentrações de zinco no plasma, e podem afetar

funções zinco dependentes em praticamente todos os tecidos9, 14.

A deficiência de zinco pode levar a hiperglicemia e a resistência à insulina, o

que aumenta as chances de ocorrência de diabetes mellitus tipo 2. A participação do

zinco no metabolismo glicêmico ocorre durante a síntese, armazenamento,

cristalização e secreção de insulina. Além disso, o zinco está envolvido na

fosforilação dos receptores de insulina e na regulação da sinalização por meio da

tirosina-fosfatase15.

As baixas concentrações de zinco no plasma promovem alterações no

metabolismo lipídico, sendo esta relação justificada por mecanismos complexos. O

aumento do fluxo de ácidos graxos livres para o fígado estimula a liberação de

lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL - very low density lipoprotein)16. A

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remoção de triacilglicerois do VLDL e, posteriormente, da lipoproteína de densidade

intermediária (IDL - intermediate density lipoprotein) resulta em hipertrigliceridemia e

maior produção de lipoproteína de baixa densidade (LDL - low density lipoprotein

cholesterol)17. Por conseguinte, o aumento nas concentrações de LDL-c pode

acarretar uma maior produção de LDL oxidada (oxLDL), que ativa o fator de

transcrição nuclear kappa B (NF-κB - factor nuclear kappa B), um complexo proteico

responsável pela ativação da interleucina-6 (IL-6), do fator de necrose tumoral α

(TNF-α - tumor necrosis factor-α) e da proteína C-reativa (PCR), que desregulam o

metabolismo lipídico18, 19. Baixas concentrações de zinco aumentam as

concentrações de ácidos graxos na circulação sanguínea, pelo estímulo à lipólise

promovido pela IL-6 e TNF-α, e pela inibição do receptor α de peroxissomo elemento

responsivo (PPAR-α - peroxisome proliferator-activated receptor alpha), que reduz a

utilização de ácidos graxos na mitocôndria e peroxissomos, e agrava o estado

nutricional deficiente de zinco16, 18, 20.

A hipozincemia pode também agravar o "inflamm-aging", termo utilizado para

descrever o aumento crônico das concentrações de mediadores inflamatórios

durante o envelhecimento, como a IL-6 e o TNF-α. As baixas concentrações de

zinco podem estar relacionadas com o "inflamm-aging" por meio da redução da

síntese e da atividade dos linfócitos, da involução do timo e prejuízos nas vias de

sinalização; aumento da atividade de macrófagos, com produção excessiva de

mediadores inflamatórios; e aumento do estresse oxidativo, que induz a atividade do

NF-κB. A inflamação eleva as concentrações de metalotioneína, com subsequente

redução das concentrações sanguíneas de zinco18, 19, 21-23. Desse modo, tem-se

instalado um mecanismo de retroalimentação entre a hipozincemia e o “inflamm-

aging‖, aumentando a susceptibilidade do idoso a doenças infecciosas, como

pneumonia e tuberculose, além de doenças autoimunes e câncer12, 23.

No que concerne à atividade cerebral, o zinco está presente nas vesículas

sinápticas dos neurônios, atuando nos processos de aprendizagem e de memória.

Sugere-se que o hipocampo, região do cérebro responsável pela memória,

aprendizagem e neurogênese é uma região bastante sensível às baixas

concentrações desse mineral. Desse modo, a deficiência de zinco pode contribuir

para depressão, dificuldade de concentração e letargia mental, comum entre os

idosos24.

As alterações metabólicas decorrentes da deficiência de zinco e do próprio

processo de envelhecimento podem ainda contribuir para o desenvolvimento da

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síndrome metabólica (SM)19, 25, 26. Esta síndrome é caracterizada pelo agrupamento

de três ou mais dos seguintes distúrbios metabólicos: obesidade abdominal,

hiperglicemia, hipertensão arterial, hipertrigliceridemia e baixas concentrações de

lipoproteína de alta densidade (HDL-c - high density lipoprotein cholesterol)27.

Apesar da escassez de estudos e da variabilidade dos dados decorrentes dos

diferentes critérios de diagnóstico, estima-se que a ocorrência de SM é elevada nos

idosos28. Nesses indivíduos, a prevalência global de SM varia entre 22,3-67,9%, e

no Brasil atinge percentuais de 47,9-50,3%26, 29. Nos idosos institucionalizados, a

frequência de SM varia de 20,8% a 57,9% nos países da Europa, Ásia e Oceania26,

30-32, não sendo observados dados disponíveis para o Brasil.

A etiologia da SM é multifatorial, incluindo aspectos como sexo, idade, baixa

renda, alcoolismo, tabagismo, estilo de vida sedentário, e hereditariedade33, 34. Nos

idosos, a produção excessiva de mediadores inflamatórios, tais como a IL-6, o TNF-

α e a PCR tem sido atribuída como fator associado à presença de todos os

componentes da SM35, 36. Um estudo de coorte realizado com adultos e idosos

mostrou que a ocorrência de SM foi 3,9 vezes maior para indivíduos com idade ≥ 45

anos, o dobro para homens, e 1,2 vezes mais frequente para indivíduos com história

familiar de diabetes mellitus e de hipertensão arterial34.

A inadequação dietética também constitui um importante fator de risco

associado à SM. Um estudo realizado com adultos e idosos no Brasil aponta que

indivíduos com SM apresentavam alta ingestão de proteínas, baixo consumo de fibra

dietética e alta prevalência de ingestão inadequação de vitamina de D, magnésio e

cálcio37. Outro estudo, realizado com adultos coreanos, sugere que o consumo

elevado de carboidratos pode aumentar o risco de SM, ao passo que, a ingestão

moderada de gordura, independente do tipo de gordura, pode diminuí-lo38.

Uma vez estabelecida, estima-se que a SM duplique o risco de doença

cardiovascular, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e mortalidade

cardiovascular, e aumente 1,5 vezes a mortalidade por todas as causas39.

Evidências também indicam que a SM aumenta 1,85 vezes o risco de fragilidade40 e

pode aumentar o risco de déficits cognitivos, demência, doença de Alzheimer41 e

depressão42. Ressalta-se ainda uma maior utilização de serviços de saúde e custos

médicos em portadores desta síndrome43.

Considerando que o idoso constitui um segmento populacional vulnerável aos

distúrbios nutricionais, a institucionalização pode ter um impacto positivo na saúde e

qualidade de vida de idosos em função dos serviços assistenciais prestados nas

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ILPI. No entanto, este é um tema controvertido uma vez que as mudanças no estilo

de vida impostas pela institucionalização podem comprometer a nutrição e estado de

saúde geral do idoso5, 44. O baixo estímulo à realização de atividades da vida diária

pode contribuir para maior ocorrência de disabilidade, fragilidade e comorbidades1.

Ainda, considerando que as práticas alimentares nestas instituições costumam ser

padronizadas, a alimentação perde a sua singularidade e os aspectos culturais,

sociais, religiosos e as memórias familiares que ditam as condutas alimentares de

cada indivíduo podem não ser adequadamente valorizados, gerando uma

repercussão negativa sobre o estado nutricional desta população5.

Desse modo, tendo em vista a vulnerabilidade dos idosos aos distúrbios

metabólicos e nutricionais, bem como as lacunas de conhecimento acerca do estado

de nutrição e saúde dos idosos institucionalizados, o presente trabalho tem como

objetivo avaliar o zinco no plasma e a correlação com marcadores metabólicos, bem

como a frequência de SM em relação aos fatores associados em idosos

institucionalizados.

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2 JUSTIFICATIVA

Os idosos constituem um grupo populacional vulnerável a distúrbios

metabólicos, como a deficiência de zinco e a SM, em virtude de alterações de ordem

fisiológica, social, econômica e psíquica advindas com o avanço da idade. Sugere-se

que os distúrbios nutricionais podem se agravar mediante o processo de

institucionalização, na medida em que as práticas alimentares adquirem um caráter

coletivo e deixam de atender as especificidades de cada idoso.

A deficiência de zinco e a SM podem comprometer a funcionalidade de

diversos órgãos e sistemas. Desse modo, as estratégias de intervenção nutricional,

e as mudanças nos hábitos de vida e nas práticas de condutas nas ILPI assumem

um papel relevante na melhoria das condições de saúde e de qualidade vida nos

idosos. Contudo, o êxito de quaisquer medidas interventivas depende de uma

compreensão mais abrangente acerca da magnitude desses distúrbios nutricionais e

do seu impacto nas condições de saúde/doença do idoso institucionalizado.

Apesar dos idosos institucionalizados constituírem um segmento populacional

em ascensão e com características peculiares que os tornam vulneráveis a

alterações metabólicas e nutricionais, os estudos que abordam a temática

deficiência de zinco e SM nesta população ainda são escassos, sobretudo no Brasil.

Assim, esperamos que os achados desta pesquisa sejam úteis para orientar

estratégias de conduta nas ILPI voltadas para prevenção e o tratamento da

deficiência de zinco e da SM nos idosos institucionalizados, assim como os agravos

à saúde associados.

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3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo geral

Avaliar o zinco no plasma e a correlação com marcadores metabólicos e a

frequência de SM em relação aos fatores associados em idosos institucionalizados

de Natal/RN.

3.2 Objetivos específicos

Avaliar o status de zinco por meio das concentrações no plasma e na dieta;

Analisar as associações entre o zinco no plasma e os indicadores

sociodemográficos;

Analisar a associação entre o zinco no plasma e perfil glicêmico, lipídico e

marcadores imunológicos;

Identificar a frequência de SM;

Analisar a associação da SM com os fatores sociodemográficos, clínicos,

dietético e de estilo de vida.

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4 MÉTODO

4.1 Natureza do estudo

Este projeto é parte de uma pesquisa mais abrangente intitulada

―Envelhecimento humano e saúde – a realidade dos idosos institucionalizados da

cidade do Natal/RN‖, a qual foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, protocolo 263/11; CAAE

0290.0.051.000-11 (ANEXO 1). Todos os participantes ou responsáveis assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

O referido estudo se caracteriza por ser do tipo individuado, tendo o idoso

como unidade de observação e análise. Com relação à posição do investigador, é

observacional, uma vez que o fenômeno apenas foi observado, sem haver qualquer

intervenção. No que se refere à dimensão temporal, caracteriza-se como sendo

transversal, uma vez que a produção do dado foi realizada em um único momento

no tempo.

4.2 Local e população estudada

A pesquisa foi realizada entre novembro de 2013 e abril de 2014. Na época

da coleta de dados, 393 idosos estavam matriculados em 13 ILPI da cidade do

Natal, localizada no nordeste do Brasil. A população pesquisada foi de idosos com

idade a partir de 60 anos, de acordo com a classificação preconizada pela

Organização Mundial de Saúde45. Os idosos que estavam presentes nas instituições

no período da aplicação de formulários (APÊNDICE 1) e das demais avaliações

foram incluídos na amostra.

No estudo 1, foram excluídos os indivíduos com dificuldade de acesso

venoso. Nove instituições aceitaram participação na pesquisa, totalizando 304

idosos participantes. Vinte e quatro idosos e/ou seus responsáveis recusaram

participação; 14 foram excluídos; 11 foram perdidos por hemólise sanguínea,

internação ou óbito; e 117 tinham algum dado faltante devido a registros incompletos

e/ou amostra de sangue insuficiente. Assim, o banco de dados completo incluiu 138

participantes. Os dados faltantes foram imputados e a base de dados imputada foi

composta por 255 indivíduos (Figura 1).

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Figura 1. Fluxograma de seleção participantes do estudo sobre status de zinco e

associações

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Os participantes foram recrutados por meio do contato com os diretores das

ILPI, os idosos e seus familiares. Foram fornecidas informações sobre os objetivos e

as etapas da pesquisa. Dados sociodemográficos, clínicos, de estilo de vida,

bioquímicos e imunológicos, dietéticos e antropométricos foram coletados nas ILPI

que concordaram em participar da pesquisa. A avaliação clínica dos idosos foi feita

por uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,

farmacêuticos e nutricionistas. Uma equipe técnica foi previamente capacitada,

visando à compreensão e à padronização dos instrumentos a serem utilizados na

coleta de dados.

No estudo 2, foram excluídos indivíduos idosos com dificuldade de acesso

venoso e aqueles com dados incompletos para o diagnóstico da SM. Nove

instituições aceitaram participação na pesquisa (304 indivíduos). Vinte e quatro

idosos e/ou seus responsáveis recusaram participação, 47 foram excluídos e 31

foram perdidos por diferentes razões. A amostra final incluiu 202 participantes

(Figura 2).

Figure 2. Fluxograma de seleção participantes do estudo sobre a SM

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4.3 Variáveis sociodemográficas, clínicas e de estilo de vida

Os dados referentes ao sexo, idade, tipo de instituição, data de admissão na

ILPI, principais motivos para institucionalização, prática de atividade física, consumo

de bebida alcoólica, tabagismo, ex-tabagismo, presença de comorbidades (diabetes

e hipertensão arterial), e uso de medicamentos de medicamentos anti-hipertensivos

e hipoglicemiantes orais foram obtidos dos prontuários de cada instituição e por meio

de avaliações clínicas realizadas por profissionais de saúde. O tempo de

institucionalização foi ajustado pela idade, considerando que a idade de internação

do indivíduo influenciaria sua saúde, de acordo com a seguinte fórmula:

Tempo de institucionalização ajustado pela idade = (ano de recolha de dados - ano de admissão na ILPI) × 100

(Idade em anos - 60)

4.4 Análises bioquímicas e imunológicas

O sangue foi coletado por meio de punção venosa após um jejum noturno de

12 horas, de modo que as amostras coletadas em tubos sem anticoagulantes foram

utilizadas para análises de glicemia de jejum, triglicerídeos, colesterol total, HDL-c,

proteína C-reativa ultrassensível (PCR-us), TNF-α e IL-6. O sangue total coletado

em tubos com EDTA foi utilizado para análise de hemoglobina glicada (HbA1c). As

concentrações de glicemia de jejum e os marcadores de lipídios foram analisadas

pelo método colorimétrico e as concentrações de HbA1c foram analisadas pelo

método colorimétrico (Trivelli modificado), utilizando o Analisador semiautomático

modelo Bio-200® (Barueri, Brasil) Diagnóstica®. As concentrações de LDL-c foram

obtidas a partir da fórmula de Friedewald46. PCR-us, TNF-α e IL-6 foram avaliados

por quimioluminescência, utilizando-se o Aparelho Immulite 1000® (Malvern, Estados

Unidos da América), e os kits Siemens®.

4.5 Avaliação do zinco no plasma

As amostras de sangue utilizadas para análise de zinco foram colocadas em

tubos desmineralizados contendo 100 μL de solução de citrato de sódio a 30% e

separadas em plasma e eritrócitos. O zinco no plasma foi determinado por

espectrofotometria de absorção atômica, utilizando Spectra Varian®AA-240 (Varian

Medical Systems, Inc., Milpitas, CA, EUA). Para minimizar a contaminação mineral,

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todos os recipientes de vidro e plástico utilizados durante a coleta de sangue e

análise de zinco foram cuidadosamente desmineralizados em banho de ácido nítrico

a 20%, por pelo menos 12h e lavados 10 vezes com água ultrapura (Direct-Q® 3

Purificação de Água Systems, Merck Millipore, Darmstadt, Alemanha). O

espectrofotômetro de absorção atômica foi calibrado utilizando as seguintes

condições de trabalho: comprimento de onda, 231,9 nm; largura da fenda, 1,0 nm;

corrente, 5,0 mA; fator de expansão, 1,0; e fluxo da amostra, 5 mL/minuto. Utilizou-

se uma solução padrão de zinco (Tritisol®, Merck, Darmstadt, Alemanha) para definir

os pontos da curva de calibração, que incluíram concentrações de 0,10, 0,25, 0,50,

0,75 e 1,00 μg/mL. A curva padrão foi preparada com a adição de 5% de glicerol. A

solução Seronorm ™ Trace Elements Serum L-1 (SERO AS, Billingstad, Noruega)

(Referência 201405, Lote 0903106) foi utilizada como referência para as análises de

zinco.

A concentração plasmática de zinco foi determinada de acordo com o método

descrito por Rodrigues et al.(1989)47. Os resultados obtidos foram analisados de

acordo com a distribuição das concentrações de zinco no plasma em quartis.

4.6 Avaliação da ingestão de energia e nutrientes

Os dados de ingestão alimentar e dietética foram obtidos por pesagem direta

de alimentos. Os procedimentos metodológicos foram desenvolvidos utilizando uma

balança eletrônica Balmak® (Santa Bárbara D'Oeste, Brasil), com capacidade de 300

kg e precisão de 50 g (para panelas e refratários). Uma balança eletrônica Mark "S"

® (São Paulo, Brasil), com capacidade de 3,2 kg e precisão de 0,1 g, foi utilizada

para pesar os alimentos e as porções. Os alimentos líquidos foram medidos

utilizando recipientes de plástico de 100 mL e 500 mL. A quantidade de alimentos

consumidos (em gramas) foi determinada com base na diferença entre as

quantidades ofertada e rejeitada48. Os dados foram coletados em dois dias

separados, com intervalo de 30-45 dias. A análise dietética foi realizada com o

software Virtual Nutri Plus®, versão 1.0 (http://www.virtualnutriplus.com.br/). Novas

preparações e alimentos, juntamente com sua composição nutricional, foram

adicionados à base de dados, conforme necessário. As composições nutricionais

foram derivadas da Tabela Brasileira de Composição Alimentar. O consumo de

energia foi calculado a partir dos valores médios obtidos nos dois dias de coleta de

dados.

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32

Os dados de consumo alimentar de proteínas, carboidratos, gordura total,

fibra dietética e zinco foram ajustados com base na variabilidade intra e interpessoal

e energia49, 50. Os dados de consumo de energia, gordura total e fibra dietética foram

agrupados de acordo com análises fatoriais exploratórias. Os valores percentuais

adequados considerados para categorização das variáveis do consumo de proteínas

e carboidratos, em relação ao total de energia, foram de 15% e 50-60%,

respectivamente51.

4.7 Diagnóstico da SM

A SM foi diagnosticada de acordo com os critérios NCEP-ATP III (2002)27.

Pelo menos três dos seguintes critérios tiveram que estar presentes para

diagnosticar a SM: circunferência da cintura >102 cm para os homens e >88 cm para

as mulheres; concentrações de triacilglicerois ≥150 mg/dL; concentrações de HDL-c

<40 mg/dL para os homens e <50 mg/dL para as mulheres; pressão arterial sistólica

≥130 mmHg, pressão arterial diastólica ≥85 mmHg e/ou uso de anti-hipertensivos; e

glicemia de jejum ≥100 mg/dL (valor de referência modificado de acordo com as

recomendações de Grundy et al. (2005)52) e/ou uso de hipoglicemiantes orais.

A circunferência da cintura foi medida no ponto médio entre a última costela e

a crista ilíaca usando uma fita métrica inelástica53. A pressão arterial foi medida

conforme recomendado pela VI Diretriz Brasileira de Hipertensão54.

4.8 Análise estatística

No estudo 1, para avaliar as associações entre as concentrações de zinco no

plasma e os marcadores metabólicos, a análise dos dados foi realizada usando o

Stata, versão 14.0 (Stata Corporation, College Station, TX, EUA). A normalidade das

variáveis foi avaliada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov (para variável zinco

na dieta) e de histogramas (para as demais variáveis contínuas: idade, tempo de

institucionalização ajustado pela idade, glicemia de jejum, HbA1c, colesterol total,

HDL-c, LDL-c, triacilglicerois, PCR-us, IL-6 e TNF-). A caracterização da amostra

foi realizada por meio de frequência absoluta e relativa para a variável categórica,

médias e desvio padrão para as variáveis contínuas paramétricas, e mediana e

intervalo interquatil para variáveis contínuas não-paramétricas.

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A análise dos dados foi conduzida por meio de dois modelos analíticos:

análise de dados completos e análise com dados imputados. No primeiro modelo,

uma análise apenas com os dados completos foi realizada, sendo excluídos os

idosos com um ou mais dados faltantes (missing data). No segundo modelo, os

dados faltantes foram imputados e, desse modo, todos os indivíduos da amostra

foram incluídos.

O processo de imputação múltipla seguiu três etapas principais: i) imputação

dos dados faltantes para obtenção do banco de dados completos, ii) estimação com

base nos n bancos de dados completos, e iii) combinação dos n resultados

estatísticos dos n bancos completos em um único resultado. As variáveis com dados

faltantes foram imputadas por meio de equações em cadeia, metodologia também

denominada de especificação condicional completa, na qual os modelos de

imputação univariados condicionais são especificados de modo separado para cada

variável. Foi assumido que os dados eram faltantes ao acaso (missing at random).

Ressalta-se que o objetivo da imputação múltipla não é recriar ou predizer como os

dados faltantes seriam se tivessem sido efetivamente mensurados; mas, inferir como

seria o resultado estatístico final se todas as observações tivessem sido

mensuradas. Este recurso evita a exclusão dos participantes com dados faltantes. A

exclusão de dados pode reduzir o poder estatístico e a precisão das estimativas

(intervalos de confiança mais largos)55.

Com exceção da variável ―sexo‖, as demais variáveis apresentaram dados

faltantes. As variáveis com distribuições assimétricas foram imputadas pela

metodologia de pareamento da média preditiva (pmm - preditive mean matching). As

variáveis com distribuições aproximadamente simétricas foram imputadas por meio

de modelos de regressão linear.

As equações em cadeia empregaram as variáveis de interesse e variáveis

auxiliadoras do estudo. Estas últimas não fazem parte da análise principal, mas, de

alguma forma, estão correlacionadas com a variável a ser imputada.

Para avaliar a ingestão de zinco na dieta, a variabilidade intrapessoal foi

ajustada pelo método desenvolvido por Nusser et al. (1996)49. Posteriormente, os

resultados foram ajustados para a energia50. A análise de variância unidirecional foi

utilizada para determinar a variabilidade intrapessoal, e as estimativas das variâncias

intra e interpessoais foram baseadas nas médias quadráticas resultantes49. Para

controlar os fatores de confusão inerentes ao consumo total de energia e remover as

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variáveis externas, os dados foram ajustados pela energia usando o método dos

resíduos50.

Considerando que não há um consenso geral sobre os pontos de corte de

deficiência de zinco56, as concentrações de zinco no plasma (µg/dL) foram

categorizadas em quatro quartis, conforme sugerido em outros estudos56-58, assim

distribuídos: (Q1:< 71.1; Q2: 71.1-83.3; Q3: < 83.3-93.7; Q4: > 93.7). A diferença

entre os quartis de concentrações de zinco no plasma foi analisada por meio do

teste ANOVA, para variáveis independentes e contínuas. A análise post-hoc foi

realizada mediante múltiplos testes t, com correção pelo método de Šidák.

Uma vez que os modelos de imputação disponíveis não possibilitam a divisão

da amostra em quartis, a correlação entre as concentrações de zinco no plasma e as

variáveis independentes foi avaliada pelo coeficiente de correlação de Pearson. Este

coeficiente foi calculado por meio de regressão linear simples, com estimador

robusto de variância, que engloba a correlação intrainstituição, visto que os idosos

de uma determinada instituição (conglomerado) podem compartilhar aspectos

nutricionais e assistenciais que são específicos dessa instituição, gerando uma

correlação artefatual entre as variáveis. O nível de significância α adotado para

todas as análises foi de 5%.

No estudo 2, para avaliar os fatores associados à SM nos idosos

institucionalizados, a análise dos dados foi realizada usando o IBM SPSS versão

20.0 (Armonk, NY: IBM Corp.). As características dos participantes do estudo foram

descritas utilizando frequências absolutas e relativas. As variáveis que apresentaram

alguma categoria com frequência <10% foram excluídas das análises posteriores

("principais motivos para a institucionalização", "tabagismo", "consumo de bebidas

alcoólicas", "consumo de proteínas" e "consumo de carboidratos"). A associação

entre a SM e os indicadores sociodemográficos (sexo, idade, tipo de ILPI, principais

motivos para institucionalização e tempo de institucionalização ajustado pela idade),

de estilo de vida (prática de atividade física, tabagismo, ex-tabagismo, consumo de

bebida alcoólica), dietéticos (consumo de energia, macronutrientes e fibras) e

imunológicos (PCR-us, IL-6 e TNF-α) foi avaliada pelo teste do qui-quadrado. A

magnitude da associação foi avaliada utilizando-se a razão de prevalência (RP) com

os intervalos de confiança correspondentes (IC), considerado aplicável para estudos

transversais59. As variáveis que demonstraram associação estatisticamente

significativa com SM no modelo de análise bivariada (sexo, tempo de

institucionalização ajustado pela idade, IL-6 e TNF-α) foram testadas em relação a

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cada componente da SM, utilizando o teste do qui-quadrado. A RP com seus

respectivos IC também foram calculados. As variáveis associadas à SM com valor

de p <0,20 foram analisadas por regressão logística para a construção do modelo

multivariado, utilizando o método Stepwise Forward. Para permanência de uma

variável nas análises múltiplas, foram considerados o Teste da Razão de

Verossimilhança, a ausência de multicolinearidade, bem como a capacidade de

melhorar o modelo pelo teste de Hosmer-Lemeshow. A transformação do odds ratio

para a razão de prevalência foi realizada conforme recomendado por Miettinen e

Cook (1981)60.

A normalidade das variáveis foi avaliada por meio do teste de Kolmogorov-

Smirnov. Os dados de ingestão dietética de macronutrientes e fibra foram ajustados

pela variabilidade intra e interperssoais49, e pela energia50. A análise de variância

unidirecional foi utilizada para determinar a variabilidade intrapessoal, e as

estimativas das variâncias intra e interpessoais foram baseadas nas médias

quadráticas resultantes49. Para controlar os fatores de confusão inerentes ao

consumo total de energia e remover as variáveis externas, os dados foram ajustados

pela energia usando o método dos resíduos50.

A distribuição dos componentes da dieta, caracterizada pela pouca

variabilidade dos dados e algumas categorias com valor igual a zero, dificultou o uso

do teste do qui-quadrado e o cálculo da RP utilizando os dados brutos. Com vistas a

corrigir a baixa ocorrência em algumas categorias de macronutrientes e fibra

dietética, foi realizada uma análise fatorial pelo método de análise dos componentes

principais (ACP). Esta análise foi utilizada para melhor explicar os dados, pois

permite resumi-los em um fator comum que reflete os conceitos inerentes a cada

variável de consumo alimentar.

Para tanto, os dados de consumo alimentar foram transformados em z-escore

por apresentar diferentes unidades de medidas. A matriz de correlação apontou

valores acima de 0.85 para proteínas e carboidratos, que foram excluídos do modelo

e avaliados separadamente. Os dados referentes ao consumo de energia, gordura

total e fibra alimentar foram agrupados em um único fator, com uma variância de

63.5%. Os valores de comunalidade, da carga fatorial e do escore fatorial para cada

um dos grupos encontram-se na Tabela 1. A energia apresentou maior

comunalidade e carga fatorial, sendo este nutriente o que melhor explica o fator. A

partir dos escores fatoriais obtidos com o único fator, os participantes foram divididos

em quatro grupos: Grupo 1: baixo consumo de energia, alto consumo de gordura e

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consumo muito baixo de fibra dietética; Grupo 2: consumo moderado de energia e

gordura, e baixo consumo de fibra dietética; Grupo 3: alto consumo energia, baixo

consumo de gordura, e consumo moderado de fibra dietética; e Grupo 4: consumo

muito alto de energia, consumo muito baixo de gordura e alto consumo de fibra

dietética. Esses grupos foram obtidos a partir dos quartis dos escores fatoriais. Na

classificação dos grupos, o aumento progressivo nos valores dos quartis de escore

fatorial implica em um aumento progressivo no consumo de energia e fibra dietética

(sendo este aumento mais expressivo para a energia do que fibra dietética devido à

carga fatorial) e uma redução do consumo de gordura total. A significância estatística

foi estabelecida de p <0,05.

Tabela 1. Modelo de análise fatorial dos componentes da dieta em idosos institucionalizados (n=178)

Variáveis Valores de

comunalidade

Valores

da carga

fatorial

Quartis de escore fatorial

Grupo 1

(até

−0,681)

Grupo 2

(−0,680 a

0,109)

Grupo 3

(0,110 a

0,670)

Grupo 4

(>0,671)

Energia 0,814 0,902 Baixo Moderado Alto Muito alto

Gordura total 0,764 −0,874 Alto Moderado Baixo Muito

baixo

Fibra

dietética 0,327 0,572

Muito

baixo Baixo Moderado Alto

Dados faltantes para 24 idosos

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5 ARTIGOS PRODUZIDOS

5.1 O artigo Plasma zinc in institutionalized elderly individuals: relation with imune

and cardiometabolic biomarkers foi publicado no periódico Journal of Trace Elements

in Medicine and Biology, fator de impacto 3.755(2017), Qualis A2 da CAPES para a

Área Medicina II.

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5.2 O artigo Frequency of Metabolic Syndrome and Associated Factors in

Institutionalized Elderly Individuals foi submetido para publicação no periódico

Clinical Interventions in Aging, fator de impacto 2.505(2017), Qualis B1 da CAPES

para a Área Medicina II.

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6 COMENTÁRIOS, CRÍTICAS E CONCLUSÕES

O presente estudo reforça a importância e a necessidade do trabalho

multidisciplinar na compreensão dos fenômenos científicos. A realização do mesmo

contou com a participação de enfermeiros, farmacêuticos, fonoaudiólogos,

fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, odontólogos e alunos de diferentes cursos

de graduação, fortalecendo o objetivo principal do Programa de Pós-graduação em

Ciências da Saúde, em estimular a interação de profissionais e acadêmicos de

diversas áreas do conhecimento.

Novas informações foram geradas para compressão do status de zinco e a

correlação com marcadores metabólicos (dietéticos, antropométricos, bioquímicos e

imunológicos) em idosos institucionalizados. Em nossos achados, evidenciou-se que

a deficiência de zinco está relacionada com o maior tempo de institucionalização, e

com alterações no metabolismo de macronutrientes e na resposta imune. Ainda,

inseridos dentro da temática das alterações metabólicas relacionadas ao

envelhecimento, os dados coletados possibilitaram aprofundar os conhecimentos

acerca dos fatores associados à SM em idosos institucionalizados. Verificamos que

a SM está associada ao sexo, dieta, maior tempo de institucionalização e elevadas

concentrações de citocinas pró-inflamatórias. Ressalta-se que apesar da crescente

demanda por ILPI, temáticas como as abordadas neste estudo ainda são pouco

exploradas na literatura nacional e internacional.

De modo pessoal, esta pesquisa possibilitou ampliar meus conhecimentos no

campo da Geriatria, Nutrição, Saúde Coletiva, Bioquímica, Imunologia e Estatística.

Esse conhecimento foi adquirido por meio de um processo laborioso de leitura de

textos científicos. Laborioso e extremamente prazeroso, pois cada leitura me

conduzia para um mundo de descobertas novas e fascinantes! Conhecimentos

valiosos, que não se encontra em nenhum livro, também foram adquiridos a partir do

contato com os idosos. Sem contar, com os saberes adquiridos no diálogo com

profissionais de diferentes áreas de atuação.

Na perspectiva da divulgação científica, os resultados deste estudo foram

apresentados em palestra e congressos nacional e internacionais:

Sales, MC. Zinco no plasma e correlação com marcadores metabólicos em

idosos institucionalizados de Natal/RN. 2015. (Palestra apresentada na

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disciplina Ciclo de Debates, do Programa de Pós-graduação em Ciências da

Saúde, UFRN).

Pedrosa, LFC; Sales, MC; Oliveira, LP; Cabral, NLA; Almeida, MG; Lemos,

TMAM; Lima, KC; Lyra, CO; Sena-Evangelista, KCM. Plasma zinc and

inflammatory lipids profiles in institutionalized elderly individuals. In: 16th

International Symposium on Trace Elements in Man and Animals 2017, Saint-

Petersburg. Journal of Trace Elements in Medicine and Biology 2017; 41: 22.

Sales, MC; Oliveira, LP; Santos ACS; Lemos, TMAM; Lima, KC; Sena-

Evangelista, KCM; Pedrosa LFC. Caracterização dos componentes da

síndrome metabólica em idosos institucionalizados. In: 13º Congresso

Nacional da SBAN: 2015, São Paulo. Nutrire 2015; 40: 523.

Pedrosa, LFCP; Sales, MC; Sena-Evangelista, KCM; Oliveira, LP; Lemos,

TMAM; Santos, ACS; Lima, KC. Frequency of Metabolic Syndrome in a

Sample of Brazilian Institutionalized Elderly. In: Experimental Biology 2015,

Boston. The FASEB Journal 2015; 29: LB266.

Ressalto ainda a minha participação em seis congressos nas áreas de Saúde

Coletiva, Nutrição e Envelhecimento, durante a vigência do doutorado.

No que se refere a minha inserção em atividades didático-pedagógicas,

inicialmente, realizei o Curso de Iniciação à Docência, com carga horária de 45

horas, oferecido pela UFRN. Posteriormente, realizei o estágio em docência

assistida, na disciplina de Pesquisa Aplicada a Nutrição I, semestres 2015.1 e

2015.2, no curso de graduação em Nutrição da UFRN. A docência assistida

representou uma oportunidade ímpar de colocar em prática o conhecimento teórico

adquirido sobre Metodologia do Ensino Superior, sob a supervisão e o auxílio de

profissionais com experiência em docência. As professoras responsáveis pela

disciplina, profa. Lucia de Fatima Campos Pedrosa e profa. Bruna Leal Lima Maciel,

tiveram uma importância fundamental ao identificar falhas e auxiliar em dúvidas e

questionamentos relativos ao processo de ensino-aprendizagem. E o contato com os

alunos me possibilitou apreender com eles a ensinar. Ademais, a participação em

quatro bancas de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) de discentes do curso de

graduação em Nutrição da UFRN me fez vivenciar, agora como avaliadora, a

importância de momentos como este, no qual é possível discutir e trocar experiência

e ideias, sendo este um momento de ensino e aprendizagem para todos os

participantes, seja docente ou discente.

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Além disso, atuei como representante do corpo discente do Programa de Pós-

graduação em Ciências da Saúde. Considero-me honrada pela experiência de ter

representado os interesses dos estudantes ao longo de dois anos, e de poder ter

oferecido uma parcela de contribuição ao programa. Ressalto que este foi também

um momento de grande aprendizagem, no qual compreendi, vivenciei e aprendi a

valorizar ainda mais a grandeza do trabalho, do esforço e da dedicação de

coordenadores, docentes e secretários para fazer um programa de pós-graduação

capaz oferecer uma formação de qualidade a mestres, doutores e pós-doutores.

Por fim, finalizo mais uma etapa da minha vida acadêmica com a certeza de

que aprendi muito, mas ainda tenho muito que aprender. E quero ter o prazer de

continuar buscando respostas para as inúmeras perguntas que a ciência propõe!

Reconheço a importância de se atravessar às fronteiras da universidade, vivenciar e

entender os problemas sociais para, desse modo, propor soluções viáveis para os

mesmos. Ressalto ainda a importância do trabalho multidisciplinar e daquilo que

considero uma das maiores riquezas da universidade: a diversidade. Diversidade

usada no compartilhar experiências e ideias entre as diversas áreas do

conhecimento para construção do saber e em prol sociedade.

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APÊNDICE

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APÊNDICE 1 – Formulário de Coleta de dados

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS – PARTE I

PERFIL DA INSTITUIÇÃO

Instituição

Tipo de Instituição ( ) Sem fins lucrativos ( ) Com fins lucrativos

Endereço

Bairro

Cidade/ UF

Telefone (84) (84) (84)

Possui alvará de funcionamento? ( ) SIM - Data de expedição ___/___/____

( ) NÃO Vencido em: ___/___/___

Relação cuidador direto/ idoso

Formação do cuidador direto

Há cuidador que não seja da Instituição ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Treinamento/ Capacitação ( ) SIM ( ) NÃO

Qual o treinamento?

Qual a periodicidade do treinamento?

Tempo de funcionamento

Capacidade de atendimento

Possui meio de transporte para atender

as necessidades dos idosos?

( )NÃO

( ) SIM Quanto?

Estrutura física contém ( ) Corrimão

( ) Quartos

( ) Banheiros

( ) Salas

( ) Corredores

( ) Refeitório

( ) Área de lazer

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( ) Piso antiderrapante

( ) Quartos

( ) Banheiros

( ) Salas

( ) Corredores

( ) Refeitório

( ) Área de lazer

( ) Acesso a

cadeirantes e deficientes

físicos e/ ou visuais

( ) Quartos

( ) Banheiros

( ) Salas

( ) Corredores

( ) Refeitório

( ) Área de lazer

( ) Escadas

( ) Quartos

( ) Banheiros

( ) Salas

( ) Corredores

( ) Refeitório

( ) Área de lazer

( ) Rampas

( ) Quartos

( ) Banheiros

( ) Salas

( ) Corredores

( ) Refeitório

( ) Área de lazer

Corpo de profissionais

( ) Médico

( ) Nutricionista

( ) Dentista

( ) Enfermeiro

( ) Fisioterapeuta

( ) Psicólogo

( ) Assistente social

( ) Fonoaudiólogo

Nº_____ ch/sem_____

Nº_____ ch/sem ____

Nº_____ ch/sem_____

Nº_____ ch/sem ____

Nº_____ ch/sem_____

Nº_____ ch/sem ____

Nº_____ ch/sem_____

Nº_____ ch/sem ____

( ) Ter. Ocupacional

( ) Educador físico

( ) Téc. de enfermagem

( ) Farmacêutico

( ) Cozinheiro

( ) Aux. De cozinha

( ) ASG

( ) Administrador

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

Nº____ ch/sem____

( ) Outros:

Os manipuladores de alimentos

são capacitados/ treinados? ( ) SIM ( ) NÃO

Qual a periodicidade do

treinamento?

Qual é o grau de escolaridade dos

manipuladores de alimentos? ( ) Analfabeto

( ) Ensino fundamental I

( ) Ensino fundamental II

( ) Ensino Médio

( ) Ensino Superior

( ) NS

( ) NR

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92

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE ODONTOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

FORMULÁRIO DE COLETA DE DADOS – PARTE II

IDENTIFICAÇÃO

Nome

Sexo ( ) Masculino ( ) Feminino

Data de Nascimento Idade ( ) NS ( ) NR

Qual dessas opções o(a)

descreve melhor sua cor/

raça?

( ) Branco

( ) Amarelo

( ) NS

( ) Negro

( ) Indígena

( ) NR

( ) Pardo

( ) Outra

Estado civil

( ) Solteiro

( ) Viúvo

( ) Casado

( ) Separado

( )

Divorciado

( ) NS

( ) NR

Filhos? Se sim, quantos? ( ) SIM, ______________

( ) NÃO

( ) NS

( ) NR

CONDIÇÕES SÓCIO-CULTURAIS

Grau de

escolaridade

( ) Analfabeto

( ) Ensino fundamental I

( ) Ensino fundamental II

( ) Ensino Médio

( ) Ensino Superior

( ) NS

( ) NR

Nacionalidade

Procedência

( ) Zona urbana

( ) Zona

rural

Religião ( )

Católico

( )

Evangélico

( )

Espírita ( ) Outra ( ) NR ( ) NS

Motivo da institucionalização

( ) Sem cuidador

( ) Morava sozinho

( ) Sem lugar para morar

( ) Sem trabalho

( ) Outros motivos

( ) NS

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93

( ) Doença

( ) Opção própria

( ) NR

Tempo em que vive na

Instituição

( ) Menos de 1 ano

( ) Entre 1 e 2 anos

( ) Entre 3 e 4 anos

( ) Entre 5 e 6 anos

( ) Entre 7 e 9 anos

( ) 10 anos ou mais

Ocupação do tempo livre

( ) Trabalhos artesanais

( ) Trabalhos domésticos

( )Trabalhos espirituais

( ) Passeios

( ) Jogos

( ) Não tem ocupação

( ) Outros: ___________

( ) NS

( ) NR

CONDIÇÕES SÓCIO-ECONÔMICAS

Profissão (antiga ocupação)

Aposentado ( ) SIM ( ) NÃO

É o(a) Sr(a).que toma conta do seu

dinheiro?

( ) SIM ( ) NÃO

Se NÃO, quem faz?

Mais alguém depende da renda do(a)

Sr(a).? Se SIM, quem?

( ) SIM,

____________

( ) NÃO

( ) NS

( ) NR

O(a) Sr(a). tem dinheiro para

comprar algo fora da Instituição?

( ) SIM

( ) NÃO

( ) NS

( ) NR

O(a) Sr(a). tem plano de saúde além

do atendimento público (SUS)?

( ) SIM,

____________

( ) NÃO

( ) NS

( ) NR

Que tipo de plano de saúde o(a) Sr(a).

tem?

( ) Plano de Saúde/ Convênio particular

( ) Plano de Saúde/ Convênio Empresa

( ) Outro

( ) NS

( ) NR

Frequência

Passeios fora do abrigo ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Recebe Visitas ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( )NR

Se SIM, de quem?

( ) Família

( ) Grupos religiosos

( ) Amigos

( ) Outros

Perda familiar / amigo recente ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( )NR

Page 94: MÁRCIA CRISTINA SALES AVALIAÇÃO DE ZINCO NO ......Que me tornam mais pessoa, mais humana, mais completa. E penso que é assim mesmo que a vida se faz: de pedaços de outras gentes

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Quem paga o plano/ convênio de

saúde?

( ) O próprio idoso (sozinho)

( ) O idoso + outra pessoa

( ) Outra pessoa

( ) NS

( ) NR

CONDIÇÕES DE SAÚDE

Comorbidades

( ) Hipertensão

( ) Diabetes/ Tipo:

( ) Insuficiência Renal

( ) DPOC

( ) Demência

( ) Parkinson

( ) Cardiovascular

( ) Osteoporose

( ) Artrite

( ) Artrose

( ) Vestibulopatia

( ) Quedas no último ano

( ) Câncer/ Qual?

( ) Enxaqueca (cefaleia)

( ) Depressão

( ) HIV/ AIDS

( ) Derrame/ AVC

( ) Hipotireoidismo

( ) Hipertireoidismo

( ) Outros:___________

( ) NS ( ) NR

Nível de Stress

I-----------I-----------I-----------I-----------I-----------I-----------I-----------I------------I------------I-----------I

Consumo de álcool ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Quantidade ( ) NS ( ) NR

Há quanto tempo?

( ) NS ( ) NR

Tipo ( ) Cerveja ( ) Vinho ( ) Destilada ( ) Mais de uma opção

Frequência

( ) Diariamente

( ) Pelo menos uma vez por semana

( ) Nunca

( ) Duas ou três vezes na semana

( ) Mais de três vezes na semana

( ) Ex – alcoolista

Tabagismo, se SIM, qual(is)? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

( ) Cigarro

( ) Fumo de rolo

( ) Cachimbo

( ) Mascar fumo

( ) Charuto

( ) Outros: ___________

Frequência

( ) Pelo menos 1 vez/ dia

( ) 2 a 3 vezes/ dia

( ) 4 a 10 vezes/ dia

( ) 11 a 20 vezes/ dia

( ) > de 20 vezes/ dia

Ex-fumante ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Quanto tempo deixou de fumar?

Perda de peso nos últimos

( ) 1 semana Peso (kg)

( ) 1 mês Peso (kg)

( ) 3 meses Peso (kg)

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( ) 6 meses Peso (kg)

Prática de atividades físicas ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Modalidade Duração

Há quanto tempo?

Frequência

( ) Diariamente

( ) Duas vezes por semana

( ) Uma vez na semana

( ) Três vezes por semana

Pressão Arterial

Data Pressão Sistólica Pressão Diastólica

Faz uso de algum medicamento

para controle?

( ) SIM ( ) NÃO

Qual é o medicamento?

Qual é a dosagem?

Funções do TGI

( ) Refluxo gastroesofágico

( ) Pirose

( ) Diarreia

( ) Xerostomia

( ) Disfagia

( ) Constipação intestinal

( ) Gastrite

( ) Incontinência urinária

Frequência de evacuações ao dia ( ) Nenhuma

( ) 2 x ao dia

( ) 1 x ao dia

( ) 3 ou mais

Medicamentos de uso

diário

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Se SIM, quais? Há quanto

tempo?

De que

horas?

Qual a

dosagem?

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96

Quem os administra?

Suplementos alimentares

de uso diário

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Se SIM, quais? Há

quanto

tempo?

De que horas? Qual a

dosagem?

Uso de laxante

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Se SIM, qual(is)? Há

quanto

tempo?

De que horas? Qual a

dosagem?

Uso de constipante

( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Se SIM, qual(is)? Há quanto

tempo?

De que horas? Qual a

dosagem?

Saúde Bucal

Número de dentes

Uso de prótese dentária ( ) SIM ( ) NÃO

Tipo de prótese dentária ( ) Parcial fixa

( ) Parcial removível

( ) Total removível

( ) Total fixa

Última vez que procurou o

dentista?

( ) Menos de 3 meses

( ) Mais de 6 meses atrás

( ) Nunca foi ao dentista

( ) Há 6 meses atrás

( ) Não lembra

( ) NS

( ) NR

Dificuldade para mastigar

alimentos sólido? ( ) SIM ( ) NÃO

Existe algum problema com seus

dentes? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Existe algum problema com

suas gengivas? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Você acha que seus dentes,

gengivas, próteses são:

( ) Excelentes

( ) Ruins

( ) Boas

( ) Péssimas

( ) Regulares

( ) NS

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97

( ) NR

Estado Mental

Orientação (1 ponto para cada acerto)

Dia da semana

Dia do mês

Mês

Ano

Hora aproximada

Local específico (aposento ou setor)

Instituição (residência, hospital, clínica)

Bairro ou rua aproximada

Cidade

Estado

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Registro (1 ponto para cada acerto)

Fale três palavras: PENTE RUA AZUL. Em seguida pergunte pelas três

palavras após tê-las nomeado. Anotar número de vezes: ____

( )

Atenção e cálculo (1 ponto para cada acerto)

Subtrair: 100-7 (5 tentativas: 93 – 86 – 79 – 72 – 65)

Alternativo1: soletre mundo de trás para frente)

( )

Evocação (1 ponto para cada acerto)

Perguntar pelas 3 palavras anteriores (pente-rua-azul) ( )

Linguagem (1 ponto para cada acerto)

Nomear um relógio e uma caneta (2 pontos)

Repetir: “Nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto)

Seguir o comando de três estágios: “Pegue o papel com a mão direita,

dobre ao meio e ponha no chão” (3 pontos).

Ler e obedecer: FECHE OS OLHOS (1 ponto)

Escrever uma frase (um pensamento, idéia completa) (1 ponto)

Copiar um desenho (1 ponto)

( )

( )

( )

( )

( )

( )

ESCORE:

Estado Funcional

1 - Tomar banho (com esponja, imersão ou ( ) Não recebe assistência (entra e sai da banheira

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chuveiro) ou duche sozinho)

( ) Recebe assistência na lavagem de parte do corpo

(ex. pernas, costas, etc.)

( ) Recebe assistência na lavagem de mais de uma

parte do corpo (senão não tomaria banho)

2– Vestir-se (tira roupas do armário e gavetas

incluindo roupas interiores, exteriores e

acessórios: cinto suspensórios)

( ) Tira a roupa e veste-se completamente sem

assistência

( ) Tira as roupas e veste-se sem assistência

excepto para calçar os sapatos

( ) Recebe assistência para tirar as roupas ou para

se vestir, ou fica em parte ou completamente despido

3 - Higiene (ir ao quarto de banho ou urinar ou

evacuar, limpar-se e arranjar o vestuário)

( ) Vai à casa de banho, limpa-se e arranja-se sem

assistência (pode usar bengala, cadeira de rodas, ou

pode usar um bacio e limpá-lo pela manhã)

( ) Recebe assistência para ir à casa de banho ou

limpar-se, arranjar as roupas depois de urinar ou

evacuar, ou usar o bacio ou arrastadeira

( ) Não vai à casa de anho

4 - Deslocar-se

( ) Entra e sai da cama sem assistência (pode

utilizar bengala ou cadeira de rodas)

( ) Entra e sai da cama com assistência

( ) Não sai da cama

5 – Continência

( ) Controla os esfíncteres de micção ou defecção

completamente sozinho

( ) Tem “acidentes ocasionais”

( ) Recebe ajuda para manter o controlo urinário ou

da defecção; usa-se um cateter ou tem incontinência

6 – Alimentar-se

( ) Alimenta-se sozinho sem assistência

( ) Alimenta-se sozinho excepto no corte dos

alimentos ou a pôr manteiga no pão

( ) Recebe assistência para se alimentar ou é

alimentado por tubos ou líquidos intravenosos,

parcial ou totalmente

Classificação:

6

7 a 10

11 a 17

≥17

-

-

-

-

Independente Parcialmente

Dependente

Dependente

Totalmente Dependente

AVALIAÇÃO DIETÉTICA

Quantas refeições ao dia? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ( ) 6

Falta de apetite ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Alimenta-se antes das principais

refeições? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

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Apetite antes de realizar as refeições? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Preferências alimentares

Aversões ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Alergias ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Tabus ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Restrição alimentar ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Se SIM, qual (is)?

( ) Carboidrato ( ) Proteína

( ) Lipídio ( ) Micronutriente

Qual?

Tem acesso a outros alimentos fora aqueles

que são oferecidos pela Instituição? ( ) SIM ( ) NÃO ( ) NS ( ) NR

Se SIM, quem os fornece?

Consumo de água

( ) 1 a 2 copos de 200mL

( ) 3 a 4 copos de 200mL

( ) 5 a 6 copos de 200mL

( ) Mais de 1500Ml

( ) Mais de 2000mL

( ) Não tem o hábito

( ) NS

( ) NR

Frequência de consumo

ALIMENTOS

O C

OM

EU

/

CO

ME

DE

VE

Z

EM

QU

AN

DO

CO

ME

UM

A

VE

Z/

DIA

CO

ME

2 A

3

VE

ZE

S/

DIA

CO

ME

PE

LO

ME

NO

S 1

VE

Z/

SE

MA

NA

CO

ME

2 A

3

VE

ZE

S/

SE

MA

NA

CO

ME

DE

4 A

6

VE

ZE

S/

SE

MA

NA

Frutas (banana, laranja, maçã, mamão, uva,

abacaxi, etc). 1 2 3 4 5 6

Legumes (cenoura, batata, chuchu) e

verduras (alface, couve, repolho) 1 2 3 4 5 6

Leite ou iogurte desnatado, queijo branco

light 1 2 3 4 5 6

Leite ou iogurte integral, queijo mussarela,

prato, etc. 1 2 3 4 5 6

Carnes (vaca, frango, peixe, porco, etc) 1 2 3 4 5 6

Ovos 1 2 3 4 5 6

Feijão, ervilha, lentilha, soja, etc. 1 2 3 4 5 6

Embutidos (salsicha, linguiça, mortadela,

presunto, etc). 1 2 3 4 5 6

Massas e pães (pão, macarrão, bolo, biscoito,

farinha de mandioca) 1 2 3 4 5 6

Cereais integrais (pão, arroz, bolo, macarrão, 1 2 3 4 5 6

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biscoito)

Tubérculos (batata, inhame, macaxeira,

batata doce) 1 2 3 4 5 6

Doces (bala, bombom, chocolate, bolacha

recheada, pudim, sorvete, doce de leite,

refrigerantes, etc)

1 2 3 4 5 6

Alimentos light, diet ou zero (refrigerante,

balas, sucos, chocolates) 1 2 3 4 5 6

Gordura vegetal (oléo de soja, girassol,

canola, azeite de oliva, maionese) 1 2 3 4 5 6

Gordura animal (manteiga, nata, creme de

leite, toucinho) 1 2 3 4 5 6

Frituras (pastel, batata frita, rissole) 1 2 3 4 5 6

Enlatados (ervilha, milho, azeitona, molho de

tomate) 1 2 3 4 5 6

Tempero ou molho industrializado (para

salada, knor, sazon), sopa instantânea, molho

shoyu, etc.

1 2 3 4 5 6

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA

Peso atual (kg): CMB (cm):

Peso ideal (kg): AJ (cm):

Altura (cm): PCT(mm):

IMC (kg/m2): CP (cm):

CB (cm): CC (cm):

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA

Exames Valor obtido Data Valor de referência

Glicemia (jejum)

Glicemia (pós-prandial)

Hb A1c

VLDL

Triglicerídeos

Colesterol total

HDL

LDL

Proteínas Totais

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Albumina

Pré-albumina

TGO (AST)

TGP (ALT)

GGT

Creatinina

Ácido úrico

Ureia

Zn

PCR Ultrassensível

TNF-α

IL-6

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ANEXO

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ANEXO - Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio

Grande do Norte

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