i simpÓsio de histÓria em estudos amazÔnicos: gentes

45
I SIMPÓSIO DE HISTÓRIA EM ESTUDOS AMAZÔNICOS: Gentes, território e cultura no Pará e Maranhão São Luís do MA - 6, 7 e 8 de novembro de 2013 PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL DA AMAZÔNIA (UFPA) PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA SOCIAL (UFMA) Caderno de Resumos São Luís do Maranhão 2 0 1 3

Upload: tranbao

Post on 31-Dec-2016

226 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

  • I SIMPSIO DE HISTRIA EM ESTUDOS AMAZNICOS:

    Gentes, territrio e cultura no Par e Maranho

    So Lus do MA - 6, 7 e 8 de novembro de 2013

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA SOCIAL DA AMAZNIA (UFPA)

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA SOCIAL (UFMA)

    Caderno de Resumos

    So Lus do Maranho

    2 0 1 3

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO

    CENTRO DE CINCIAS HUMANAS CCH

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA SOCIAL (UFMA)

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA SOCIAL DA AMAZNIA (UFPA)

    Comisso Organizadora:

    Josenildo de Jesus Pereira - Coordenador do PPGHIS/UFMA

    Rafael Chamboleyron - Coordenador do PPHIST/UFPA

    Antonia da Silva Mota - PPHIS/UFMA

    Secretario

    Ricardo Barbosa da Silva

  • I SIMPSIO DE HISTRIA EM ESTUDOS AMAZNICOS:

    Gentes, territrio e cultura no Par e Maranho

    So Lus do MA - 6, 7 e 8 de novembro de 2013

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA SOCIAL DA AMAZNIA (UFPA)

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM HISTRIA SOCIAL (UFMA)

    APRESENTAO

    O objetivo do Simpsio firmar parcerias entre os Departamentos de Histria da

    imensa regio que hoje forma a Amaznia Legal, historicamente ligada pelas gentes que a

    compem e por processos sociais, polticos e econmicos. Tencionamos fomentar o intercmbio

    entre os seus respectivos pesquisadores a partir do mtuo conhecimento das pesquisas j

    realizadas e, qui, iniciarmos trabalhos comparativos e conjuntos. O Evento compe-se de

    mesas redondas e simpsios temticos, transitando pelos temas: gentes, territrio e cultura.

    Almejamos a ampla participao de pesquisadores do Cear, do Piau, do Maranho, do Amap,

    do Par, do Amazonas, do Tocantins, de Gois, entre outros. A inteno publicar os anais do

    evento com os trabalhos mais significativos para o fortalecimento desta rede de pesquisas.

    Finalmente, o objetivo final favorecer a continuidade do intercmbio em eventos futuros

    semelhantes, promovendo o conhecimento recproco e pesquisas conectadas.

  • PROGRAMAO GERAL Dia 06 de Novembro quarta-feira - tarde 14:00 a 17:00 - credenciamento Local: Ao lado do Auditrio Mrio Meireles Centro de Cincias Humanas UFMA.

    Dia 07 de Novembro quinta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsios Temticos 01: Trabalho e movimentos sociais

    Local: Auditrio A Mrio Meireles/CCH/UFMA

    Coordenadores: Josenildo de Jesus Pereira (UFMA) e Jos Maia Bezerra Neto (UFPA).

    ESCRAVIDO NEGRA EM BELM (1750-1850) Autor (a) - BRBARA DA FONSECA PALHA Doutoranda (UFPA), [email protected]

    O estabelecimento da escravido negra em Belm, capital do Gro-Par, se tornou possvel a partir da regularidade da atividade do trfico negreiro, que ganhou vulto na segunda metade do sculo XVIII, principalmente pela atividade da Companhia Geral de Comrcio, e adentrou o sculo XIX, mesmo quando configurado como ilegal. Milhares de africanos desembarcaram no porto da cidade, a permanecendo ou seguindo viagem para outros lugares, haja vista a capital ter sido um centro receptor e redistribuidor da mo de obra escrava. Os que ficaram participaram da formao de uma sociedade em que a fora de trabalho escrava se tornou fundamental para o desenvolvimento de atividades produtivas e os dados demogrficos so um indicativo dessa importncia, na medida em que, entre o final do sculo XVIII e as primeiras dcadas do sculo XIX, a tendncia entre a populao escrava foi de crescimento e estabilidade demogrfica. Assim como demarcaram suas experincias de vida nessa sociedade, unindo-os como classe. Arrisca-se afirmar que relativamente estvel tambm foi a presena de cativos de origem africana em Belm, ao longo deste perodo, com base nas informaes que os inventrios post-mortem podem fornecer. IDENTIDADE ESCRAVA NAS FONTES CARTORIAIS DO SUL DE GOIS (Sc. XIX). Autor (a) Pedro Luiz do Nascimento Neto, mestrando PPHIS/UFMA, [email protected] Este artigo pretende apresentar a escravido negra na Capitnia e Provncia de Gois durante o sculo XIX, o que para ns se constitui um importante desafio, pois na historiografia brasileira pouco se conhece sobre a regio central do Brasil nesse perodo, e menos ainda, sobre a escravido negra, sobretudo no que tange s relaes e a vida cotidiana de escravos e senhores.

  • LIBERDADE TUTELADA: libertos e ingnuos no Gro Par (1871-1893). Autor (a) Marcelo Ferreira Lobo, mestrando (UFPA), e-mail: [email protected]

    Ao tentar compreender as vivncias e como os libertos buscavam exercer seus direitos durante as ultimas dcadas do sistema escravista, e no perodo subsequente ao 13 de maio, me deparei com um grupo de fontes (autos de tutelas) que direcionaram minha ateno para o ingnuo, classificao atribuda costumeiramente ao filhos de escravas depois de 1871, assim termos como criana, menores e infncia indicam categorias sociais que entraram em discusso, principalmente a partir de 1871 com a lei do Ventre Livre. O processo de emancipao gradual da escravido pe em evidencia a necessidade de estabelecer outras formas de obteno de mo de obra, nesse contexto que a figura do rfo se associa ao do filho de escrava, no diretamente, mas medida que o filho da escrava deixa de ser escravo, e torna-se ingnuo, sua situao jurdica se confunde em certos momentos com a do rfo. A MEMRIA ABOLICIONISTA E SUA CRTICA A IGREJA CATLICA Autor (a) Jerusa Barros Miranda - Mestranda PPHIST/Bolsista/CAPES, [email protected]

    Aps a Independncia, os que se envolveram em debates sobre a liberdade dos escravos e

    na campanha abolicionista e/ou emancipacionistas eram predominantemente pertencentes ao mundo oficial da poltica. Uma elite que legava para si a misso desinteressada de reforma civilizadora. Construindo a ideia de oposio entre escravido e civilizao. Ou seja, a escravido comeava a ser vista como insustentvel politicamente para os moldes europeus de uma sociedade oitocentista que se buscava alcanar. Com isso, a crtica escravido passaria a ter como uma de suas bases argumentos morais e religiosos. Esta instituio passaria a ser tomada como incompatvel com os dogmas cristos, logo, uma forma corruptora da moral e dos costumes de uma sociedade. neste sentido que analiso a crtica feita a Igreja Catlica, por dois intelectuais liberais, que tiveram uma grande projeo nacional. So eles Joaquim Nabuco e Anselmo da Fonseca. Estes que marcaram e delinearam com seus ideais, o movimento abolicionista brasileiro. Ou melhor, tornaram-se verdadeiros idelogos desse movimento, deixando um legado de suas memrias que ainda hoje so confundidas e tomadas como os fatos histricos daquele perodo.

    ABOLICIONISMOS EM BELM: ATIVISTAS, MODERADOS E CONSERVADORES (1883-1885). Autor (a) - Edlson Vasconcelos dos Santos (Mestrando-PPGHIST/UFPA Bolsista-CAPES. [email protected], Orientador Jos Maia Bezerra Neto)

    Apresentarei a trajetria de alguns membros da Associao Abolicionista 28 de Setembro,

    fundada em 1883, em Belm, capital da provncia paraense. Discutirei a respeito dos seus diversos posicionamentos sobre a abolio da escravido: moderados radicais, emancipacionistas, abolicionistas e conservadorismo; e, ainda, a face poltica do movimento abolicionista. Sobre o envolvimento dos scios fundadores com a abolio e a instruo pblica; fundaram duas Escolas Noturnas, uma para libertos e escravos e outra para escravas e libertas. A respeito das aes de alguns scios honorrios e benemritos acerca da Questo Servil, mostrando que eram sujeitos com influencia social, religiosa, politica, econmica. Acerca do carter interconectado do movimento abolicionista, j que a entidade elegeu representantes das/nas provncias cearense, maranhense, Amazonense, do Rio Grande do Norte e no Rio de Janeiro; discutirei, sobretudo, os contatos dos membros da entidade com abolicionistas

  • cearenses. A respeito das atividades e intervenes coletivas da entidade, como os bazares abolicionistas; intercmbios com abolicionistas, emancipadoras, mutualistas, artsticas, catraieiros, polticos, religiosos, etc; da organizao de conferencia e festas patriticas, cvicas e libertrias; da fundao da Abolicionista Club dos Libertos e Sociedade Libertadora Visconde do Rio Branco, respectivamente para os libertos e mulheres (senhoras/moas). Usei os jornais Dirio de Noticias e O Liberal do Par. CAMINHOS E DESCAMINHOS DA LIBERDADE: OS CONFLITOS ACERCA DA LIBERDADE JURDICA DE ESCRAVOS NO NORTE DO MARANHO (1860-1888). Autor (a) - DAYLANA CRISTINA DA SILVA LOPES, mestranda (UFMA, [email protected]) A partir da dcada de 1980, no Brasil, verificou-se o avano da Histria Social com a insero de novos documentos na pesquisa histrica, que possibilitaram a anlise das trajetrias de vida de outros sujeitos sociais que no das elites polticas e/ou econmicas. Nesse contexto, os documentos judiciais foram de suma relevncia, visto que a Justia tambm foi um espao de luta contra o escravismo. Sob esta perspectiva, este trabalho objetiva compreender o perfil das relaes sociais que envolviam proprietrios de escravos, escravos, libertos e outros atores sociais em sua vivncia cotidiana no contexto de desregulamentao do escravismo, tendo como locus para a anlise o norte do Maranho nas dcadas de 1860-1880. Alm disso, este estudo teve como aporte documental aes de liberdade, aes de nulidade, aes de manuteno de liberdade, apelaes, jornais de poca, testamentos, falas e relatrios de presidentes de provncia, inquritos e autos de perguntas.

    MULHERES ESCRAVAS EM FUGA EM ANNCIOS DE JORNAIS NA CIDADE DE BELM EM 1850.

    Autor: Antonio Joo Rabelo Santos, orientador: Francivaldo Alves Nunes, UFPA.

    Este trabalho tem por objetivo analisar as mulheres escravas em fuga em anncios de jornais em meados de 1850, em Belm, ento, capital da Provncia do Gro-Par, considerando que as fugas foram estratgias de resistncia dominao senhorial em todo territrio brasileiro, enquanto perdurou o sistema escravista. Neste sentido, delimitamos o conceito de resistncia, bem como, abordaremos sobre as formas de resistncias de escravas. Procuramos ressaltar sobre o aspecto social em Belm e um breve resgate referente o cotidiano dos escravos no meio urbano. Utilizamos como principal fonte de pesquisa os peridicos que circularam na dcada de 50: O TREZE DE MAIO, O Dirio do Gro-Par e A poca, que com os seus discursos nos permitiu acompanhar os anncios de fugas de escravas, noticiadas com frequncia em suas pginas.

    MODA DO MARANHO. O TRFICO DE ESCRAVOS ENTRE MARANHO E PAR (SC. XIX).

    Prof. Dr. Jos Maia Bezerra Neto (UFPA)

  • Dia 07 de Novembro quinta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio temtico 02: Territrio e Migrao

    Local: Sala do PGCULT/CCH

    Coordenadores: Franciane Gama Lacerda (UFPA) e Antonia da Silva Mota (UFMA).

    POVOS LACUSTRES DA AMAZNIA ORIENTAL: TERRITRIOS, PAISAGENS E COTIDIANO NAS ESTEARIAS - ALDEAMENTOS PALAFTICOS PR-COLONIAIS DO MARANHO. Autor (a) - Deusddit Carneiro Leite Filho, Centro de Pesquisa de Histria Natural e Arqueologia do Maranho, [email protected] O processo de deslocamento e fixao de grupos humanos no perodo pr-contato na fronteira oriental de domnio amaznico ainda pouco conhecido. No primeiro milnio da era crist, grupos de origem amaznica se assentaram ao longo dos rios, lagos e reas alagadas, destacando-se as populaes ceramistas que edificaram moradias suspensas nas regies centrais dos lagos da baixada ocidental maranhense. Tais stios, cujos esteios de madeiras ainda afloram nos perodos de estiagem, atestam a existncia pretrita de aldeamentos de diversidade morfolgica e dimensional totalizando pelo menos 20 stios distribudos por cerca de 40.000 km nas bacias dos principais rios da regio. Esses locais foram cuidadosamente escolhidos por questes estratgicas, controle e segurana, assegurando tambm o acesso pesca, caa e manejo de vegetais em diferentes contextos ambientais, o que possibilitou a distribuio e domnio territorial com fronteiras e identidades socioculturais definidas. Associados as estruturas de habitao, os vestgios das atividades cotidianas so caracterizados pela presena majoritria de utenslios cermicos, carves e restos de coco de alimentos, e artefatos lticos em menor escala. O presente trabalho faz uma avaliao do estgio de conhecimento produzido sobre essas populaes, como tambm apresenta a comunidade os dados obtidos a partir de levantamentos e escavaes realizados por ns nas estearias da bacia lacustre do sistema Pindar nos ltimos anos. UMA ILHA E SEUS TESOUROS INDGENAS: A DESCOBERTA DA CERMICA MARAJOARA E SUAS INTERPRETAES NO MEIO INTELECTUAL NOVECENTISTA. Autor (a) - Joo Augusto da Silva Neto, UFPA, [email protected] Em meados do sculo XIX, uma grande ilha ao norte da ento provncia do Gro-Par, localizada na foz do Rio Amazonas, comeou a ganhar notoriedade nas pginas nos peridicos nacionais e internacionais. Um dos assuntos que mais chamou a ateno da comunidade cientfica da poca foi a descoberta de materiais cermicos na Ilha de Maraj ou Ilha Grande de Joanes. Orville Derby (1851-1915), Joo Barbosa Rodrigues (1842-1909), Domingos Soares Ferreira Penna (1818-1888), Ladislau de Souza Mello Netto (1838-1894) e Frederick Hartt (1840-1878) foram os principais intelectuais que desenvolveram estudos sobre os artefatos cermicos encontrados. Ademais, especularam sobre o povo que produziu tal cermica e, em seguida, construram anlises interpretativas a luz dos paradigmas cientficos novecentistas. Suas pesquisas e escavaes visavam, nesse sentido, uma forma de compreenso das experincias dos ndios que habitavam a regio de Maraj em tempos remotos, galvanizando discusses sobre a

  • pr-histria do Brasil, o povoamento da Amrica do Sul e do significado da cermica e da arte marajoara.

    FAMLIAS CHEFIADAS POR MULHERES VIVAS: BELM Autor (a) - ALEX DE ANDRADE RAIOL, mestrando UFPA, [email protected] Este trabalho insere-se na temtica da histria da famlia e visa fomentar o conhecimento sobre os domiclios chefiados por mulheres vivas em Belm, entre os anos de 1778 e 1850. Dessa maneira, atravs dos registros eclesisticos (batismos e casamentos), cartorrios (testamentos e inventrios) e os mapas populacionais, pretende-se identificar os fogos sob o domnio de vivas e o perfil dessas mulheres (condio social, nmero de npcias, naturalidade, nacionalidade, natureza dos bens, etc.); conhecendo algumas especificidades de cada cabea de famlia e determinando a dimenso de cada domiclio. Alm de tentar perceber possveis estratgias de transmisso de patrimnio adotadas e de que forma os marcadores sociais ditavam as heranas que eram deixadas; e por ltimo compreender a estrutura scio-profissional atravs da existncia de criados e escravos dos fogos chefiados por mulheres, investigando as permanncias e mudanas na prtica de transmisso de bens do perodo estudado. TRAJETRIAS FAMILIARES: OS SIGNIFICADOS DO COMPADRIO ENTRE LIVRES E ESCRAVOS EM SO RAIMUNDO NONATO-PI (1871-1888). Autor (a) - DBORAH GONSALVES SILVA Este artigo tem como objetivo analisar as relaes de compadrio entre a populao escrava da Vila de So Raimundo Nonato, entre 1871 e 1888, tecendo consideraes a respeito das escolhas dos padrinhos, dos significados do ritual do batismo e grau de mobilidade espacial, para ento compreender a dinmica que gira em torno destas escolhas. Atravs do cruzamento de informaes sobre o perfil da populao, o grau de legitimidade dos cativos e condio social dos pais e padrinho, procura-se num primeiro momento compreender as estratgias tecidas pelos cativos do serto pecuarista atravs do batismo, para em seguida analisar a utilizao do compadrio pela populao livre, verificando o carter horizontal e vertical destas relaes. O recorte temporal explica a preocupao em compreender o impacto da Lei do Ventre Livre (1871) sobre a ao do batismo e as relaes de parentesco entre escravos. Para isso, foi selecionada uma amostragem de registros de batismos envolvendo as populaes escrava e livre, onde, atravs da anlise das informaes contidas nas fontes, podemos identificar sinais das escolhas e das experincias vividas por esses cativos na teia das relaes durante a segunda metade do sculo XIX. Os registros de batismos consultados na pesquisa e referentes Vila de So Raimundo Nonato possibilitaram pensar as estratgias utilizadas pelos escravos para estabelecerem relaes de parentesco e solidariedade dentro da comunidade escrava. A INDEPENDNCIA PERUANA E AS POLTICAS DE INCENTIVO IMIGRAO INTERNACIONAL. Autor (a) - Francisco Rodrigues da Silva Neto Maria de Nazar Sarges (Orientadora), UFPA, [email protected] Este artigo prope uma anlise sobre o cenrio de fomento da imigrao internacional destinada ao Peru, aps a proclamao da independncia em 1821, a partir de duas perspectivas: social e econmica, e as formas com que a nova classe dirigente se instalou no poder e, que conjuntamente, trouxe em seu bojo o militarismo que serviu de base para a mobilidade social almejada pelos criollos (espanhis nascidos no exterior) com ideias francesas e comerciantes ingleses. Os debates sobre a presena de imigrantes internacionais tomou grandes propores no

  • mbito poltico, at a promulgao da Lei de 21 de novembro de 1823. Entre 1830-1850 sob a gide das ideologias liberais, que coincide com os primeiros governos republicanos (primeiro perodo republicano), fomentaram a vinda de imigrantes europeus, mas sem efetivar planos para que pudesse se concretizar. Para elaborao deste estudo realizamos um levantamento bibliogrfico dos principais autores que tm sido reportados em relao temtica proposta, alm de dados censitrios, que se mostraram falhos ao longo da anlise. Os dados apontam para as vrias campanhas de incentivo para atrair imigrantes, sobretudo, europeus, no entanto, aps vrias tentativas pouco exitosas, os intelectuais peruanos utilizavam dois critrios bsicos para aceitar os tnicos que se propunham imigrar: funcional e racial. Como j haviam tido problemas com os europeus, a possibilidade de entrada de asiticos foi repensada, a partir de ento, os asiticos foram vistos como os mais viveis para suprir as necessidades dos fazendeiros da costa peruana.

    OCUPAO SCIO ESPACIAL E SUA INTERFERNCIA AMBIENTAL NA COMUNIDADE QUILOMBOLA DE JUATUBA MA. AUTOR (A) - JOO FIRMINIANO DA CONCEIO FILHO, A Comunidade Quilombola de Juatuba est localizada no municpio de So Jos de Ribamar entre as coordenadas geogrficas Lat.: (s) 02 36 3.00 e 02 38 1.00; Long.: (o) 44 0615.00 e 44 09 8.00. Limita-se a norte com o porto de Santana; ao sul com a Comunidade Iguair; a leste com a baa de So Jos e a oeste com a Comunidade de Bom Jardim. De So Lus, capital e, tomando como ponto de referncia a igreja do cruzeiro de Santa Brbara, prximo UEMA (Universidade Estadual do Maranho), dista 11.5 km. O objetivo desse artigo mostrar como se deu o processo de ocupao scio espacial na comunidade quilombola de Juatuba e a interferncia ambiental por conta da especulao imobiliria s margens da praia do UNICAMP. O procedimento metodolgico deu-se atravs de entrevistas com moradores mais antigos da comunidade, pesquisas em arquivos pblicos e bibliotecas setoriais. Para a anlise ambiental, foi visualizada e no interpretada a imagem de satlite rbita/ponto 220/62 ano 2012 no software Spring 4.2.0 e pesquisa em campo. Aps seu reconhecimento como Comunidade Quilombola em 10 de maio de 2007, alguns direitos j comearam a ser adquiridos, dentre eles est o estudo antropolgico. POLIFONIA FEMININA: TERRA, TRABALHO E MIGRAO EM NARRATIVAS DE MULHERES DO MDIO MEARIM-MA (1930-1970). Autor (a) - Mrcia Milena Galdez Ferreira, UFF, [email protected] A histria do acesso a terra e seus frutos, do trabalho na lavoura, na quebra do coco babau e na venda de alimentos, do cotidiano, do casamento, da separao, da criao de filhos, da lida e da festa perpassa a experincia de mulheres que viveram na regio do Mdio Mearim. Inquirimos e analisamos suas narrativas orais construdas a partir de entre/vistas realizadas nas casas lugar de moradia e trabalho de uma maranhense e de duas migrantes de outros estados do Nordeste (Piau, Cear). Entre as dcadas de 1930 a 1960, a regio do Mdio Mearim no Maranho tem um aumento demogrfico significativo com a chegada de migrantes nordestinos e com o avano de uma frente de expanso maranhense oriunda de reas de ocupao mais antiga (vale do Itapecuru, Baixada e cidades do serto como Graja e Barra do Corda) atrados pela existncia de terra sem dono e pelas condies naturais da regio favorveis ao cultivo: rios e lagos, bons invernos, fertilidade do solo, abundncia de babauais. A dcada de 1970 marcada por transformaes irreversveis em relao ao acesso a terra e a quebra do coco babau. Acompanhar a histria dessas dcadas atravs de narrativas orais femininas pressupe captar na subjetividade dos textos a profundidade do impacto de elementos objetivos na sua experincia cotidiana.

  • FERNANDO ANTONIO SOARES DE NORONHA: um governador que a historiografia do sculo XIX lembra para que seu exemplo seja esquecido.

    Autora: Profa. Dra. Jlia Constana Pereira Camlo, UEMA, [email protected].

    Nesta comunicao procuro compartilhar algumas informaes sobre Fernando Antnio Soares de Noronha, um portugus que governou o Maranho, no perodo de 1792 a 1798. E sempre lembrado pela historiografia do sculo XIX e XX, como um exemplo ser esquecido por se tratar de um imbecil que no valorizou as letras, o ensino. Porm no estudo preliminarmente, que fizemos deste governador pudemos verificar que seu governo lanou as bases para o apogeu econmico vivenciado por So Lus, no sculo XIX e financiou os primeiros membros da elite Ludovicense que foi estudar na Corte. Assim pudemos perceber que o imbecil, como a historiografia do sculo XIX o nomeou investiu na formao de profissionais que atendessem as demandas da cidade em crescimento.

    Dia 07 de Novembro quinta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio temtico 03: Colonizao e Mundo Atlntico Local: Auditrio B Ribamar Caldeira/CCH Coordenadores: Jos Alves de Souza Jr.(UFPA) e Alrio Cardoso (UFMA). NAVEGABILIDADE NAS TRAVESSIAS DO LITORAL ATLNTICO EM DIREO AMAZNIA (FINS DO SC. XVIII E A PRIMEIRA METADE DO SCULO XIX). Autor (a) - Diego Pereira Santos, [email protected], UFPA. Tendo em vista o desenvolvimento de um comrcio martimo inter-regional em direo Amaznia no final do sculo XVIII e XIX, embarcaes de variados tipos e tamanhos (sumacas, galeras, corvetas, brigues, bergatins, lanchas e navios) cruzaram o litoral atlnticos com diferentes motivaes, tais como: escoamento e circulao dos produtos e produes e o abastecimento do mercado escravagista. Nesse sentido, revelou-se nas travessias braslicas um comrcio interno, com frequncias considerveis de entradas de navios de portos costeiros (Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte, entre outros) que precisa ser bem pensado porque acaba por concretizar um significado de integrao entre as capitanias e provinciais que no encontra respaldo em uma historiografia mais tradicional (Caio Prado Jnior, Celso Furtado), nem sobre a insero da Amaznia no trato com outras capitanias, nem no esteretipo de periferia, muitas vezes atribudo a ela. AS FRONTEIRAS DO ESTADO: EXPANSO E RETRAO EM RELAO AOS CENTROS COLONIAIS DO MARANHO. Autor (a) - Nivaldo Germano dos Santos, mestrando UFF, [email protected] A capital do Estado do Maranho, So Lus e a cidade de Belm, na capitania subalterna do Gro-Par, eram os dois centros de onde emanavam sucessivas investidas expansionistas da sociedade colonial na Amrica portuguesa. Na poca pombalina, as fronteiras coloniais j estavam bem alargadas e relativamente consolidadas, mas nos cem anos precedentes, por meio

  • das fortalezas militares, das misses jesutas, carmelitas e franciscanas e das vilas, os aparelhos de governo civil e eclesistico rivalizaram e alianaram entre si sobre o controle do territrio frente aos indgenas no submetidos e aos inimigos estrangeiros. Nesse processo, l onde a fronteira interna era aberta, um mundo de possibilidades se abria e as dinmicas polticas e econmicas forjadas nas fronteiras refletiam direta ou indiretamente nos centros de poder colonial, revelando, sobretudo, a descontinuidade da expanso colonial. Desta forma, procuramos entender como foi construda a relao entre os centros e as fronteiras coloniais. SERTO ERRADIO? MOEDAS FALSAS E CONFLITOS NA FRONTEIRA ENTRE PAR E MARANHO (1830-1835). Autor (a) - Sueny Diana Oliveira de Souza, doutoranda UFPA, [email protected] objetivo do presente trabalho, discutir o processo de disseminao de moedas de cobre falsas na regio do Turiau, fronteira entre Par e Maranho, na primeira metade do sculo XIX, assim como as diferentes investidas do governo no combate a essa atividade. Nesse processo surgiram, conflitos e embates entre os diferentes sujeitos e homens do governo. O processo de falsificao e disseminao de moedas falsas na fronteira eram na maioria das vezes relacionados com a recorrente falta de identidade dos indivduos que ocupavam a regio fronteiria que causavam grande preocupao e contratempos ao governo desde o fim do sculo XVIII. Para o presente trabalho foram realizadas pesquisas em Correspondncias de diversos com o governo, assim como em relatrios dos Presidentes de Provncia do Par localizados no Arquivo Pblico do Estado do Par. NDIOS PRINCIPAIS: O PAPEL DAS LIDERANAS INDGENAS NO PROCESSO DE DOMINAO PORTUGUESA NO MARANHO E GRO-PAR (SCULO XVII). Autor (a) - Edilene Pereira Vale, orientanda da Profa. Dra. Helidacy Maria Muniz Corra. O presente trabalho mostra como o ndio se insere no processo de dominao do Maranho e Gro-Par no sculo XVII, servindo como aliado do europeu no processo de conquista e, assim ganhando benefcios em troca dos servios prestados. Refletir acerca de como o ndio se inseriu ativamente no processo de conquista e ocupao do Brasil, mais especificamente no sculo XVII, contribui para a compreenso de diversas situaes vivenciadas pelos nativos, na qual destacarei a formao de alianas entre nativos e europeus, destacando o papel que os ndios principais tiveram nessas alianas. A formao de alianas foi um mecanismo bastante utilizado no processo de conquista da Amrica Portuguesa, nesse sentindo pretendo mostrar o quanto foram importantes as lideranas indgenas, j consolidadas no interior dos aldeamentos, e que serviram como ponto de intermdio entre os outros nativos e conquistadores. Para isso, so utilizados documentos encontrados na Cmara de So Lus e no Arquivo Histrico Ultramarino (AHU), fazendo sempre uma ligao com a historiografia sobre o assunto. O NICO REMDIO E SUSTENTO DO ESTADO DO MARANHO. AS SALINAS REAIS E OS NDIOS DE MARACAN (1655-1691). Autor (a) - Marina Hungria Nobre, mestranda UFPA, [email protected]

    O presente trabalho discute o beneficiamento e abastecimento das salinas reais na

    capitania do Par no perodo de 1655-1691, tendo em vista a importncia que este produto teve para aquela capitania por ser gnero de primeira necessidade, para suprir as necessidades dos moradores bem como gerador de rendimentos para a Fazenda Real. Na conjuntura da produo e abastecimento de sal no Estado do Maranho e Par, o objetivo compreender que atravs dessa empresa, podemos entender os mltiplos sentidos que esse gnero teve para a heterognea sociedade do Estado do Maranho e Par, sobretudo com a priso de Lopo de Sousa Copaba,

  • principal da aldeia de Maracan, beneficiadora das Salinas reais, possibilitou a compreenso do quanto esse gnero era fundamental para aquela sociedade, principalmente a partir das repercusses sobre o caso, j que os ndios da aldeia ameaavam no trabalhar mais nas salinas se o seu principal no fosse libertado, e que iriam meter-se nos matos. As consequncias seriam a falta do sal para a capitania, o que no agradava nem moradores, nem autoridades, tampouco a Fazenda Real. Dessa forma o Estado do Maranho e Par era abastecido de alimentos, principalmente atravs do esforo dos ndios que trabalhavam nas diversas empresas coloniais. Assim, ao longo do perodo colonial, vrias foram as procuras pelo brao indgena, para exercer as principais atividades que garantissem o que seria a base da vida nas conquistas ultramarinas, conquistar, ocupar, explorar as terras para obter os maiores rendimentos com as empresas. No entanto, essa lgica poderia sofrer algumas rupturas quanto ao funcionamento estratgico da poltica lusitana na regio, ou seja, as consequncias que a priso do principal da aldeia de Maracan trouxera para o Estado do Maranho e Par, notadamente atravs da participao e entendimento dos ndios dessa aldeia perante o caso, nos mostra que as relaes e interesses desenvolvidos no interior da sociedade colonial no so fechadas e consolidadas somente a partir dos ditames lusitanos, mais ainda que podemos entender o intricado jogo de interesses na heterognea sociedade a partir da experincia indgena como luz para a compreenso desse multifacetado universo. Portanto, buscando compreender as formas de ocupao e a percepo de que a produo e o abastecimento de sal para o Estado do Maranho ensejariam em uma forma de compreender a poltica portuguesa na regio, o trabalho pretende discutir um tipo especfico de atividade desenvolvida pelos ndios, que seria o trabalho desenvolvido nas salinas reais; alm de buscar compreender de que maneira os ndios de Maracan eram mais utilizados; como entendiam o mundo a sua volta; quais as consequncias para o Estado com a priso do principal Lopo de Sousa; e como a Coroa portuguesa via esses ndios. O COTIDIANO DOS ALDEAMENTOS DOS CAPUCHOS DA PIEDADE (1693-1759). Autor (a) - Frederik Luizi Andrade de Matos, mestrando UFPA, [email protected] Este presente trabalho tem por objetivo compreender a atuao dos capuchos da Piedade no Estado do Maranho e Gro-Par, a partir de um olhar acerca das relaes havidas entre estes missionrios e os outros agentes da colnia, como os capites-mores, governadores e os simples colonos, que habitavam em Belm, ou em localidades prximas aos aldeamentos, como as fortalezas, assim como com os outros missionrios das demais ordens religiosas que atuavam no trabalho catequtico. O convvio nesses espaos, e a forma como os religiosos se adequaram a cada um deles, criando redes de alianas para se beneficiarem em eventuais situaes, ou para se oporem a outros, demonstram que os missionrios da Piedade, tambm se transformaram em agentes polticos na colnia, no se abstendo de ingressarem em tramas e teias, tanto polticas ou econmicas, visando o beneficio prprio. Dessa forma buscaremos entender essas relaes sociais no interior da colnia, a partir das mincias do cotidiano das misses desses franciscanos da Piedade, destacando a importncia de outras ordens religiosas no processo de colonizao portuguesa.

  • Da Liberdade Dos ndios Autonomia Das Misses: A Poltica Dos Aldeamentos No Gro-Par E Maranho (1647-1693)

    Autor: Diogo Costa, mestrando UFPA

    Foi a partir da dcada de 1640 que houve a restaurao em Portugal, e o rei D. Joo IV, tomou diversas medidas visando defender seu trono tanto de inimigos estrangeiros, quanto de membros da nobreza lusa, contrrios a dinastia dos Bragana. Analiso algumas leis e provises da Coroa para o Estado do Gro-Par e Maranho, mas especificamente aquelas referentes aos aldeamentos. Trabalho com este corte por perceber durante este perodo, uma fase intensa de formulao da poltica indigenista colonial para a Amaznia, na qual os jesutas te participao. A documentao com que eu trabalho so, em primeiro lugar: as leis aprovadas pela coroa portuguesa acerca dos aldeamentos no Estado do Maranho durante este corte cronolgico. O regimento das Misses de 1686 e dois regimentos internos escritos do Antonio Vieira. E como complemento, uso documentao jesutica. Procuro tambm estudar a mudana de paradigma dentro da viso dos jesutas Vieira e Bettendorff, de uma argumentao personalista/filosfica, para uma institucionalista/tcnica. De uma visa centrada na figura do ndio para uma que dava maior ateno a instituio do aldeamento.

    AS POLTICAS INDGENAS E O DIRETRIO DOS NDIOS. Autor (a) - Rafael Rogrio Nascimento dos Santos, mestrando UFPA, [email protected]

    A pesquisa aborda as polticas indgenas no Gro-Par no final do sculo XVIII. As

    mesmas so entendidas como instrumentos de ao construdos pelos ndios aldeados almejando determinados objetivos frente os limites que o processo de colonizao imps. Os indgenas resistiram de diversas formas s violncias e prticas s quais lhes eram acometidas no cotidiano das vilas e lugares do Diretrio dos ndios. Protegeram-se de tais investidas, negociaram, perderam, ganharam, agiram revelia da lei, entretanto, tambm souberam utilizar a justia colonial disponibilizada para valerem-se do que acreditavam serem seus direitos legais, mesmo que fossem ameaados de punio por tentarem judicialmente algo contra os colonos que os mantinham ou tentavam mant-los na condio de cativos. Ao adentrarmos no estudo acerca do processo de colonizao da Amaznia e, portanto, nos diversos casos que fizeram dessa experincia histrica um palco de aes diversas possvel perceber que os indgenas que viveram no Vale Amaznico durante o sculo XVIII, e mais precisamente no ltimo quartel do mesmo, tambm foram protagonistas da complexa formao do espao social amaznico.

    POLTICA, GUERRA E NEGCIOS NO GRO-PAR NA PASSAGEM DO SETECENTOS PARA O OITOCENTOS.

    Autor: Prof. Dr. Jos Alves de Souza Jr (UFPA)

  • Dia 07 de Novembro quinta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio temtico 04: Intelectuais e discurso Local: sala do PPGHIS/CCH Coordenadores: Aldrin Moura de Figueiredo (UFPA) e Rgia Agostinho da Silva A LITERATURA INVENTANDO O URBANO: a escrita de Jos do Nascimento Morais e suas representaes da cidade de So Lus-Ma na virada do sculo XIX ao XX. Autor(a) - JOZENILMA LINDOSO MATOS, mestranda, UFMA. O presente trabalho pretende suscitar expectativas e questionamentos em relao a uma ordem literria e social revelada pelo papel dos intelectuais maranhense no incio do perodo republicano. Temos como foco alguns escritos do jornalista e professor Jos do Nascimento Morais, o qual escrevia contos, crnicas, poesias e narrou lutas e conflitos de personagens fictcios que pareciam se confundir com os de sua prpria vida. Abordaremos sua filiao a gerao literria conhecida como Novos Atenienses, pois suas obras fizeram parte de um conjunto de obras cientficas e literrias dessa gerao que combinava elementos saudosistas relacionados ao cultivo das letras para a obteno do reconhecimento literrio e os anseios de tornarem a cidade de So Lus condizente com os ideais de progresso e modernizao caractersticos do perodo republicano, reforavam o discurso da decadncia maranhense se colocado como responsveis pelas transformaes que ho de se seguir, na tentativa de conciliar a saudade do passado ateniense ao desejo de um presente que se queria tornar moderno e civilizado. Destacaremos alguns elementos utilizados para a configurao da paisagem da cidade em seu romance vencidos e degenerados; paisagem esta com nuances que legitimam um desejo literrio e outras que incitam o questionamento sobre o quadro social exposto a partir de fico realista e tambm fortemente naturalista da vivncia urbana, inserida em duas mudanas polticas: a Abolio e a proclamao da Repblica que so base para a reorganizao do cenrio da cidade. Identificaremos os efeitos que os dois fatos poderiam operar no cotidiano da cidade a partir desse romance/crnica que destaca uma urbe envolvida por uma aura decadente que ir influenciar no destino de seus personagens os quais tentaram encontrar seu espao dentro dessa nova ordem, que, ao mesmo tempo, estava muito atrelada a antigos preconceitos de cor e mergulhada em uma letargia econmica devido a significativas permanncias de ordem social e cultural, mas que mas que problematizando algumas dessas questes nos oferece uma leitura significativa sobre a cidade naquilo que ela tem de mais ntimo: os costumes, os vcios e os desejos de seus habitantes. A esse contexto, insere discusses relacionadas aos preconceitos e cidadania que conferiam classificao ao indivduo: o grau instruo, a cor da pele e a situao econmica eram traos de diferenciao em relao ao direito de usufruto dos direitos da vida na cidade; muito embora, para ele, as letras fossem de fato, algo que poderia ajudar a suprimir tais preconceitos e diferenciaes referentes a excluso da vida social; durante toda a narrativa do citado romance ele refora a ideia de que no se implantou uma verdadeira Repblica, principalmente por que ao seu povo faltava instruo necessria. A partir dessas questes nos propomos tambm a analisar diversas intenes e desejos projetados para a reformulao do espao citadino de So Luis a partir da elite letrada e de homens do governo as quais ajudariam a construir a histria da cidade a partir da urbe idealizada; para tais assim como para Nascimento Morais, sendo um homem de seu tempo eram a cincia e a literatura que abririam os caminhos para se chegar ao progresso, mas no esqueceremos a urbe real construda a partir das relaes cotidianas, muitas delas representadas em obras de Morais.

  • DIVULGANDO UMA REGIO: A AMAZNIA DO BARO DE MARAJ Autor (a) - Anna Carolina de Abreu Coelho, doutoranda UFPA, [email protected]

    Este artigo pretende perceber as questes relacionadas com a tessitura da Amaznia como regio e da sua integrao ao territrio nacional. Podemos vislumbrar esse processo com a leitura da obra A Amazonia: As provncias do Par e Amazonas e o governo central do Brazil escrita pelo intelectual e poltico Jos Coelho da Gama e Abreu, o Baro de Maraj, que foi publicada em 1883, em Lisboa. Segundo o Baro de Maraj, o livro era um modesto e despretensioso folheto que pretendia apresentar as queixas das provncias do Par e Amazonas visando um melhor conhecimento destas, e assim colaborar para a unidade do imprio. A obra A Amaznia se divide em quatro captulos nos captulos 1 e 2 h uma nfase no uso utilitrio da natureza visando o progresso da regio da regio. Os captulos 3 e 4 tratam das necessidades da regio e sugestes para manter a unidade do imprio. Para Gama e Abreu existia um abismo entre as leis e decretos do imprio e o contexto da Amaznia, esse desencontro era devido ao desconhecimento da regio. HARTT, PENNA E NETTO: A CERMICA MARAJOARA NOS ARCHIVOS DO MUSEU NACIONAL (SCULO XIX). Autor (a) - ANNA MARIA ALVES LINHARES, doutoranda, UFPA, [email protected]

    O objetivo do trabalho mostrar como o simbolismo da cermica marajoara foi disseminado como identidade nacional brasileira a partir do sculo XIX tendo em vista a construo de um discurso por parte de intelectuais vinculados ao Museu Nacional do Rio de Janeiro que escreveram sobre a mesma: Charles Frederick Hartt, Ferreira Penna e Ladislau Netto. Os discursos versaram em torno da suposta superioridade dos ndios Tupis, exaltados pelo romantismo do sculo XIX, em contraposio barbrie dos ndios Tapuias. Os marajoara eram ndios Tupi, por isso, exaltados no discurso intelectual. O que chamou ateno na pesquisa que alm de publicados no Brasil, grande parte das investigaes produzidas por esses intelectuais foram publicadas fora do pas, mostrando como a construo em torno da imagem do ndio marajoara e de sua produo material foi apresentada para outros lugares do mundo. A partir do momento que os intelectuais deram ar de nobreza para a cermica encontrada nos stios arqueolgicos da ilha do Maraj, os objetos passam a configurar enquanto identidade nacional brasileira que se alastra at os dias atuais, perpassando pela arte, arquitetura e artesanato. MDIA, VIOLNCIA E GANGUE: O ARRASTO EM SO LUS DE 17 DE NOVEMBRO DE 1992 E O CASO DO CORTE DO BICO DE SEIOS DE ESTUDANTES POR PARTE DA GANGUE DA BOTA PRETA. Autor (a) - Antnio Marco Melo Costa. Orientador: prof. Dr. Alexandre Guida Navarro, mestrando UFMA. O presente trabalho visa a analise do chamado arrasto em so Lus do dia 17 de Novembro de 1992 e suas consequncias para os diversos atores envolvidos neste episdio. Com o apoio terico das analises sociolgicas de Pierre Bourdieu, Elizabeth Rondelli e Glria Digenes, no que tange a relao mdia e violncia, o que se objetiva discutir a viso do discurso miditico impresso ludovicense sobre o fato ocorrido no dia 17/11/1992, em especial o caso do corte do bico de seios de estudantes de So Lus por integrantes da chamada Gangue da Bota Preta, e as conseqncias, deste olhar, para os atores envolvidos nas narrativas jornalsticas. Neste sentido, a fim de se ter um sentido mais apurado deste complexo episdio, ser apresentada a compreenso de seis ex-integrantes do grupo Garotos da Bota Preta (GBP), em forma de

  • entrevistas realizadas com estes no ano de 2011. Assim, temtica proposta objetiva-se tornar visvel e passvel de criticas, duplamente, os discursos da mdia impressa ludovicense e dos ex-integrantes do grupo GBP. LUS XIV ENTRE O AMOR E O PODER. Autor (a) - Catherine de Ribamar Colins dos Santos - Orientadora: Prof Dr Maria Izabel Barboza de Morais Oliveira

    Resumo: Neste trabalho temos como objetivo analisar de que forma o contexto religioso e sagrado influenciou o pensamento polticos de Lus XIV (1638-1715), utilizando como principal fonte suas Memrias redigidas de 1666 a 1672. Abordaremos aspectos religiosos presentes no discurso poltico e nas formas de poder adotadas por este rei, assim como a representao das estruturas que ligavam o sagrado, o ntimo e o poder poltico. Destacaremos as aes do monarca no mbito do poder e da poltica relacionando-as com o contexto religioso e com aspectos sagrados e ntimos, reconhecendo, desta maneira, as vantagens de confrontar caractersticas das esferas pblica e ntima, como forma de obter informaes sobre padres de atividade, comportamento e especificidades de aes. Visando uma melhor compreenso do pensamento e aes de Lus XIV, relacionaremos o seu texto ao contexto scio-histrico em que foi escrito, buscando perceber quais as suas intenes no momento em que o concebeu,

    CIVILIZAR A NAO PELA INSTRUO DAS MULHERES: EDUCAO FEMININA NA PRIMEIRA REPBLICA PARAENSE. Autor (a) - Edivando da Silva Costa, mestrando UFPA, [email protected] Neste trabalho discute-se, no mbito do processo da histria da educao e das relaes de gnero a formao recebida pelas mulheres da Escola Normal nos anos iniciais da Repblica no estado do Par. Acompanhar a trajetria de formao das normalistas permite compreender as aes governamentais em relao a educao e igualmente entender a insero desse grupo de mulheres num processo de formao sistematizada e ao mesmo tempo no mercado de trabalho, entendendo os mltiplos significados, os jogos de tenses e resistncias, enquanto sujeitos histricos que atuam no meio escolar e na sociedade. Assim, trata-se de refletir acerca da formao de professoras em Belm do Par, que de acordo com as autoridades polticas e intelectuais republicanos, teriam papel importante na regenerao do povo e na formao dos cidados da nova ptria que se almejava, civilizada e ordeira. AS AES EDUCATIVAS DE FRANCISCANOS NO MARANHO E GRO PAR NA PRIMEIRA METADE DO SCULO XVII (1612-1653). Autor (a) - Joo Otavio Malheiros; Antonia da Silva Mota (Orientadora) UFMA, [email protected]. As duas mais conhecidas ordens regulares catlicas jesutas e franciscanos - travaram um duelo pelo reconhecimento de sua primazia na atuao nos territrios da nova conquista do Maranho e do Gro-Par, de cujo resultado obteriam o controle do aldeamento do indgena reduzido. No incio da fixao, suas diferentes estratgias e o contexto colonial referenciam uma situao diversa daquela, de relativa proeminncia jesutica, que se registra aps a chegada do Padre Antonio Vieira; na primeira metade do XVII, coube a franciscanos capuchos realizar a principal experincia de implantao de uma slida estrutura da Igreja e a instalao de aldeias indgenas missionrias, sob a direo de Frei Cristvo de Lisboa, que ministra as primeiras aulas registradas. As instalaes fsicas, como igrejas, capelas e conventos, nas cidades capitais do Estado e nas aldeias das capitanias, bem como eventos religiosos (batizados, casamentos, funerais, missas, procisses etc.) eram espaos de intensa educao scio-cultural do corpus

  • agricultor, extrativista, escravista e catlico em construo. As aes educativas empreendidas pelas ordens religiosas concorrentes no perodo colonial configuram no o monoplio mas um oligoplio de atores clericais dentre os quais destacamos a atuao dos elementos intelectualizados, produtores de conhecimento sobre a terra em conquista, em narrativas textuais e visuais.

    CARTA AO MEU MARANHO: HEMETRIO JOS DOS SANTOS E A EDUAO MARANHENSE DO INCIO DO SCULO XX.

    Autor(a) Tadeu L Maciel Rodrigues/UFMA/Hist., orient: Prof. Dr. Acildo Leite Silva/UFMA/DE II/PPGE

    O presente trabalho pretende apresentar a obra Carta aos Maranhenses de autoria de Hemetrio Jos dos Santos destinado aos maranhenses expressando sua indignao sobre o destino da Educao do Maranho na mo de um Inspetor considerado por Hemetrio como um moo que pelas suas crenas converteu-se em um anima vili. A partir da obra, propomos trazer a tona aspectos constituintes da educao maranhense do incio do sculo XX bem como as idias educativas sobre a modernizao da educao proposta pela Inspetoria de Instruo Pblica do Maranho da primeira de dcada do sculo XX. A referida obra foi publicada em 1909 no Estado do Rio de Janeiro RJ pela livraria Castro Alves. Atravs dela, apreenderemos o seu pensamento poltico-pedaggico, as motivaes, justificativas e implicaes que motivaram Hemetrio a criticar a escolha, por parte do Governador do Maranho Benedito Pereira Leite, do agente estatal responsvel pela organizao do ensino do territrio maranhense, alegando que o escolhido no possua condies intelectuais de gerir a educao do Estado.

    CINEMA, DOCUMENTRIOS, JORNAIS E DISPUTAS POLTICAS NO PAR NO FIM DA BELLE-POQUE. Autor: Prof. Pere Petit Pearrocha (UFPA)

    Representaes da Quinta Coluna na Capital Paraense (1942 1945) AUTOR - Tunai Rehm Costa de Almeida / Aldrin Moura de Figueiredo [email protected]

    No presente artigo, busco compreender as formas utilizadas pelos meios miditicos de contribuir com o

    esforo de guerra brasileiro. O Brasil durante o conflito se associou aos chamados pases Aliados (Estado

    Unidos, Inglaterra e Frana) e entra em estado de beligerncia contra os chamados pases do Eixo,

    representados por Alemanha Itlia e Japo. A partir dos discursos dos jornais, principio compreender a

    representao existente de espies que estariam atuando em todo o territrio nacional, os chamados

    quintacolunistas. Estes seriam a um grupo que formado por agentes dos pases do Eixo que passariam

    informaes acerca de estratgias, organizao e aes do Estado Brasileiro. Meu objetivo aqui ento

    refletir sobre os discursos produzidos a partir de um constructo imagtico acerca destes personagens

    quer representavam um fator nocivo a nao brasileira. Nesse sentido, analiso especificamente uma

    imagem reproduzida pelo jornal Folha do Norte e em seguida, demonstro como seria efetivamente a

    representao desses quintacolunistas analisando a discusso, nos jornais, acerca do caso Heilborn /

    Bern. Palavras Chave: Quinta-Coluna Representao Sditos do Eixo

  • Dia 07 de Novembro quinta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio temtico - 05: Estado, Poderes e Culturas polticas Local: Laboratrio do NEPA/CCH Coordenadores: Regina Helena Martins de Faria (UFMA) e Willian Gaia Farias (UFPA) DA INSUBORDINAO A INVENO DA HERICA ATUAO NA GUERRA DE CANUDOS: AS TRANSFORMAES INSTITUCIONAIS NA POLCIA MILITAR PARAENSE (1886-1897). Autor: Prof. Dr. William Gaia Farias, PPHIST (UFPA) As cortes GERAIS E EXTRAORDINARIAS DA NAO PORUGUESA: a eleio do deputado Joaquim Antonio Vieira Belford para a deputao permanente. Autor (a) - Honorio Miranda Tavares (orientador Marcelo Cheche Galves), UEMA. O movimento Revolucionrio na Cidade do Porto em 1820 teve como uma das consequncias, a convocao das Cortes Gerais Extraordinrias da Nao Portuguesa. A provncia do Maranho, que gozava do direito de duas vagas, envia seus representantes em 1821 para as Cortes Gerais. Em meio a algumas desavenas polticas e econmicas, pois, muitos dos moradores da provncia eram portugueses nascidos em Portugal e para eles seria mais interessante que a provncia continuasse a manter relaes diretas com Lisboa ao invs do Rio de Janeiro, por tais desavenas, h o atraso nas eleies provinciais, tendo como consequncia a demora da apresentao dos representantes da provncia do maranho para as Cortes Gerais. A proposta deste trabalho analisar a sesso do dia 26 de Outubro de 1821, na qual se realiza a eleio para a deputao permanente, nosso enfoque ser a eleio do ento deputado da provncia do Maranho, Joaquim Antnio Vieira Belford para uma das quatro vagas que dispunha as provncias do Ultramar, bem como a defesa dos interesses dos cidados da provncia nas Cortes Gerais por meio de tal eleio. Para tanto usaremos como base para anlise a documentao contida no Dirio das Cortes Gerais, disponibilizada no site http://debates.parlamento.pt, nossa avaliao constituir, na leitura e mapeamento da sesso buscando compreender a indicao do deputado Belford para o cargo.

    DE SDITAS A CIDADS: REQUERIMENTOS DE MULHERES AO CONSELHO PRESIDIAL DO MARANHO (1828-1830). Autor (a) - Raissa Gabrielle Vieira Cirino, mestranda UFMA, [email protected]

  • A Constituio brasileira de 1824, outorgada aps o processo de Independncia e a dissoluo da Assembleia Constituinte de 1823, foi produzida por D. Pedro I e um grupo de polticos de sua confiana. Mesmo que sua elaborao tenha sido marcada por certa tenso, a carta de lei foi amplamente aceita pelas Cmaras Municipais, o que pode ser explicado por ter incorporado princpios das Constituies francesas (1791 e 1814), da Constituio de Cdis (1812), e at mesmo o projeto feito pela Assembleia Constituinte de 1823. Para Vantuil Pereira (2010), a Constituio portuguesa de 1822, marcada por princpios ilustrados e constitucionalistas sobre a cidadania, tambm pautou as concepes sobre direitos e participao poltica naquele momento. Espaos de representao foram criados, locais onde os novos cidados podiam recorrer e participar de assuntos que lhes interessassem, direito garantido no artigo 71 do novo cdigo de lei de 1824. rgos como os Conselhos de Presidncia e os Conselhos Gerais de Provncia foram institudos e implantados ao longo do Primeiro Reinado (1822-1831). No Maranho, o primeiro conselho ficou conhecido como Presidial, referncia ao seu lder, o presidente de provncia, e passou a receber requerimentos dos mais diversos setores sociais. Destacam-se os UFMAdocumentos enviados por mulheres ao rgo, que deveria analisar se a splica teria ou no fundamento. Neste sentido, vamos apresentar dois casos tratados entre 1828-1830, nos quais os requerimentos das suplicantes nos permitem apreender tanto aspectos socioeconmicos da provncia como singularidades da construo da cidadania e participao poltica durante o Imprio. EQUACIONANDO PODERES E VIABILIZANDO A NAO: A ATUAO DOS PRESIDENTES NAS PROVNCIAS Autor (a) - ARNALDO SOARES SERRA JNIOR, mestrando, [email protected] Este trabalho tem como temtica a anlise da figura dos presidentes de provncia nas regies as quais eram enviados. Eles eram os chefes do poder executivo nas provncias, que tinham suas atividades vinculadas Assembleia Provincial aps o Ato Adicional. Eles estavam inseridos em um cenrio poltico em que se colocava em pauta assuntos como formao e configurao de um Estado nacional, e a autonomia poltica de grupos provinciais. Em 1823, na Assembleia constituinte, tenta-se aprovar medidas que garantissem a autonomia das provncias e a criao de um cargo que atuassem nas diferentes regies de forma a representar os poderes do governo central. Assim, mesmo aps a dissoluo de tal Assembleia, cria-se respectivamente o Conselho Geral de Provncia e a presidncia de provncia, refletindo a tentativa do governo central em equacionar os poderes entre o governo regional e central, mas garantindo a soberania do ultimo. Essas medidas no pe fim aos embates polticos, culminando no avano liberal da dcada de 1830, tendo um maior equilbrio de poderes entre estas duas esferas polticas, com a criao das Assembleias Provinciais e a regulamentao do cargo de presidente de provncia. Assim, propomos como analise a criao e regulamentao do cargo de presidente de provncia, a formao da Assembleia provincial como forma de garantir autonomia politica provincial e como se dava a convivncia dos presidentes com os grupos polticos locais dentro desta instituio. TROPAS FORA DE LINHA: AS COMPANHIAS DE PEDESTRES DO MARANHO. Autor (a) - Prof. Dra. Regina Helena Martins de Faria (co-autoria com Mayra Cardoso Bata Oliveira), PPHIS, [email protected] Este artigo versa sobre as Companhias de Pedestres uma das tropas militares existentes no Maranho, em meados do sculo XIX. Apresenta resultados parciais de um subprojeto da pesquisa Homens em armas: um estudo sobre os corpos militares no Maranho em meados do sculo XIX, coordenada pela Prof. Dr. Regina Helena Martins de Faria, e que tem apoio

  • financeiro da FAPEMA e bolsas de iniciao cientfica do CNPq. Inicialmente aponta como as Companhias de Pedestres tm sido vistas na historiografia. Em seguida, com base na anlise da srie documental Autoridades Militares, existente no Arquivo Pblico do Estado do Maranho, aborda questes relativas maneira como as referidas companhias eram formadas nessa provncia e onde atuavam, na dcada de 1850. Elas eram classificadas como tropas fora de linha, mas tudo indica que eram constitudas por homens alistados no servio militar da mesma forma daqueles que integravam as chamadas tropas de linha o Exrcito e a Marinha , isto , grande parte era recrutada fora. Casos de recrutamento e das estratgias para dele escapar so apresentados. DE CAADOR CAA: O CASO DE UM CAPITO DO MATO RECRUTADO NO MARANHO. Autor (a) - Polliana Borba (co-autoria com Regina Helena Martins de Faria),graduanda UFMA, [email protected] Este artigo faz um estudo de caso de um alistamento forado para as tropas de primeira linha. Trata-se do recrutamento de Jos Fermianno de Meira, ocorrido na dcada de 1820, em Caxias, na provncia do Maranho. A literatura especializada sobre a temtica unanime em afirmar que, durante o perodo colonial e no Brasil Imperial, o recrutamento recaiu sobre os homens das camadas mais pobres da sociedade. Estavam em situao mais vulnervel a essa prtica social aqueles que se encontravam longe de seu local de moradia e de suas redes sociais de proteo, como no caso em anlise. Jos Fermiano residia no Piau, mas estava no Maranho quando foi pego para integrar as tropas militares imperiais. Procurou conseguir sua dispensa comprovando que era capito do mato e estava no encalo de escravos fugidos da vila de Valena, na provncia vizinha. Com base na documentao que apresentou, vamos narrar este caso, fazendo algumas reflexes sobre o recrutamento e as relaes sociais mais amplas em que tal prtica estava inserida. PEQUENOS MARINHEIROS A VER NAVIOS: ATUAO DA COMPANHIA DE APRENDIZES MARINHEIROS NO MARANHO (1870-1900). Autor (a) - TARANTINI PEREIRA FREIRE, mestrando - UFMA O objetivo da comunicao expor uma interpretao de como a Companhia de Aprendizes Marinheiros da provncia do Maranho relacionava-se com os demais integrantes do aparelhamento estatal. Buscar-se- entender como a populao livre e pobre reagiu s estratgias implantadas pelo Governo Imperial em disciplinar os filhos oriundos das classes populares por meio desta instituio. Na historiografia sobre recrutamento militar para as tropas de linha h indcios de que a caada humana realizada sofreu uma espcie de traduo local e foi utilizada para diversos fins. Prticas anlogas foram detectadas no processo de recrutamento de meninos, pois o objetivo da instituio foi muitas vezes desvirtuado, atendendo a outros fins, tais como: intimidar crianas sob a ameaa de alistamento, angariar dinheiro com crianas capturadas, depsito de pequenos arruaceiros, etc. Esta comunicao faz parte de uma dissertao em andamento no PPGHIS-UFMA e que nos fornece elementos suficientes para afirmar que a Companhia do Maranho atuava de forma precria, sem os materiais necessrios, com surtos epidmicos, operando sempre em locais inapropriados, com o ensino de primeiras letras oscilante e, um dos problemas mais graves apontados pelos comandantes, a instituio enviava soldados para o Corpo de Imperiais Marinheiros sem sequer muitas vezes terem praticado exerccios em navios de guerra. Trata-se, portanto, de rastrear as atividades da Companhia de Aprendizes da provncia do Maranho e seu projeto poltico de transformar crianas pobres em soldados apesar da estrutura dbil.

  • Um Maranho ilustrado? A correspondncia trocada entre o ministro D. Rodrigo de Sousa Coutinho e o Governador D. Diogo de Sousa. AUTOR (A) - FLVIO P. COSTA JNIOR. ORIENTADOR: JOS HENRIQUE DE PAULA BORRALHO, GRADUANDO UEMA, [email protected] No final do perodo setecentista e comeo do sculo XIX havia um interesse da coroa lusitana de produzir novos conhecimentos para ento melhor colonizar, e a cincia tinha posio fundamental, pois formaria uma elite dirigente integrada com um pensamento naturalista-utilitrio. Longe de ser um perodo de ignorncia, o reinado de D. Maria e posteriormente do prncipe regente e depois rei D. Joo VI, foi consolidao da ilustrao em Portugal e no Imprio Ultramarino. E isso se intensificou com o Ministro D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1795-1801), que era afilhado do Marqus de Pombal. Aquele indicou o doutor em matemtica pela Universidade de Coimbra, D. Diogo de Sousa (1798-1804) para ser governador e capito-geral da capitania do Maranho e Piau. Ao se analisar a troca de correspondncia entre D. Rodrigo e D. Diogo notvel como mediante uma poltica ilustrada daquele se tinha interesse de explorar, mas tambm conhecer mediante a cincia a capitania. Desta forma os assuntos tratados so sobre a fauna, flora e minerais do local. Tambm atravs do envio de impressos (principalmente livros) para o Maranho, por ordem direta de D. Rodrigo tinha o objetivo de estimular uma cientificidade na forma de se gerir a economia local, por isso estes livros tinham temas bastante delineados: comrcio e culturas agrcolas (tradicionais como a cana-de-acar e o algodo e promissoras como pimenta da ndia e a canela). UM PADRE MAON EM TERRAS ULTRAMONTANAS: O ESTUDO DA TRAJETRIA DE PADRE EUTYCHIO PEREIRA DA ROCHA (1817-1880) ENTRE A BAHIA E O PAR. Autor (a) - Kelly Chaves Tavares Orientadora Prof Dr Magda Ricci, mestranda UFPA, [email protected] Esta comunicao pretende discutir parte da trajetria de Padre Eutychio Pereira da Rocha. Este clrigo - ligado maonaria - nasceu na Bahia, mas construiu uma longa e polmica carreira clerical e se destacou como um importante poltico liberal na Belm do sculo XIX. O objetivo do trabalho que desenvolvo no mestrado em histria (PPHIS-UFPA) investigar a vida de Padre Eutychio no mbito poltico e religioso para alm do ano de 1866, quando ele foi expulso da Igreja catlica a mando do bispo do Par, o ultramontano e ardoroso anti-maon D. Macedo Costa. Fazendo uso do gnero biogrfico e dentro de um estudo de caso, pretende-se compreender a atuao de Padre Eutychio como uma continuidade, permeada de conflitos que se estendem desde o ano de 1817 at 1880. Em nosso estudo mais amplo, observamos suas aes e posicionamentos religiosos e polticos em distintos contextos scio-espaciais: na Bahia, onde nasceu e deu seus primeiros passos na carreira eclesistica na primeira metade do sculo XIX e no Par, onde consolidou sua carreira. Na Amaznia procuramos entender quais suas relaes, ideias e aes dentro Igreja catlica, na redao dos jornais, nas lojas manicas, no Seminrio de Belm. Fundamentamente nesta comunicao este estudo analisar mais a ltima parte da vida de Padre Eutychio. Estudar a experincia social e poltica de um padre maon e liberal atuante dentro de um bispado ultramontano e anti-manico e em um Estado dividido entre liberais e conservadores, monarquistas e republicanos.

  • Dia 07 de Novembro quinta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio Temtico 06: Prticas religiosas, prticas do sagrado, festas e sabores. Local: Sala de Multimdia - PPGCSOC/ CCH. Coordenadores: Antnio Evaldo Barros (UFMA) e Karl Heinz Arenz (UFPA).

    VISITAO DO SANTO OFICIO NO GRO-PAR E MARANHO (1763): ESTUDO DO PROCESSO DE SABINA (A NDIA FEITICEIRA). AUTOR (A) - JARLILIA TATIANA ALBUQUERQUE PEREIRA - ORIENTADORA: MARIZE HELENA CAMPOS, GRADUANDA UFMA, [email protected] A inquisio esteve muito mais presente em terras coloniais brasileiras do que se pode imaginar. At onde se sabe houve trs visitaes sendo uma dessas a do Gro-Par e Maranho que teve seu livro de visitao do Santo Ofcio da Inquisio localizado em 1963, entre inmeros processos encontra-se o da ndia Sabina de 40 anos, era uma benzedeira bastante conhecida e recebeu vrias denncias sobre supostas praticas de feitiaria, o processo est datado no ano de 1763 e se passa mais especificamente na regio de Belm do Par, esta ser a principal fonte desta pesquisa. A princpio fundamental entender o que a feitiaria e como as prticas de Sabina se encaixam nesse delito, outro aspecto primordial nesse estudo reconhecer os denunciantes que so peas-chaves. O objetivo analisar a partir do processo inquisitorial dessa ndia a relao das diversas culturas inseridas na colnia portuguesa. O resultado da convivncia e qual a forma de interao cultural, social e principalmente religiosa, como a inquisio agiu perante esses indivduos to diversificados culturalmente, em relao tolerncia. A resistncia de Sabina e de outros personagens coloniais que no veem no catolicismo sua f, e outras formas de violncia simblica formaram um povo que cr e mantm costumes sem nem mesmo notarem que certos rituais no so pertencentes do cristianismo, surge a f/crena brasileira que bebe, mesmo sem perceber, em vrios leitos de rios diferentes. CASOS INQUISITORIAIS NA CAPITANIA DO MARANHO. Autor (a) - Cirylla Regina Ferreira Serra, orientadora: Antonia da Silva Mota, graduanda, bolsista/UFMA. O Cristianismo no final do sculo XIV sentiu-se ameaado por novas ideias contrrias aos dogmas crists, as quais questionavam a verdade absoluta da Igreja Catlica, e todos aqueles que questionavam essa verdade, eram chamados de hereges. Estes foram duramente perseguidos pela Igreja. As perseguies se davam atravs de denuncias feitas por vizinhos, amigos e at mesmo de familiares. Ao longo de todo o perodo colonial, h diversos processos inquisitoriais sobre denuncias das mais variadas praticas de heresia na Capitania do Maranho. Alguns desses casos verificamos que os acusados foram expulsos da capitania, outros presos, outros inocentados, outros levados para serem julgados em Lisboa. O objetivo do trabalho analisar alguns processos inquisitoriais na Capitania do Maranho entre os acusados, os denunciantes e a prpria igreja catlica. A anlise documental se deu atravs da pgina eletrnica do Centro de Memria da Amaznia, e a da Torre do Tombo que disponibiliza documentos transcritos de vrios casos de denuncias de praticas inquisitrios na Capitania do Maranho, e Leituras de trabalhos publicados sobre inquisio no perodo colonial. As prticas de cura no Estado do Maranho e Gro Par na primeira metade do sculo XVIII.

  • Autor (a) Claudia Rocha de Sousa, mestranda, UFPA, [email protected]

    O presente trabalho analisa as epidemias que grassaram no Estado do Maranho e Gro Par na primeira metade do sculo XVIII, as quais apresentaram dois grandes surtos epidmicos que afetaram drasticamente a populao indgena, pois foram perodos que apresentaram alta taxa de mortalidade entre esses povos. No contexto de epidemias, h os problemas para a sociedade colonial, pois com a depopulao indgena, os moradores padeciam com a falta de trabalhadores. Para alm disso, houve a problemtica da falta de profissionais da arte curativa, fato que resultou na ao dos religiosos, que passam a ser mdicos da alma e do corpo; desenvolve-se, tambm uma anlise a cerca das prticas de cura na Amrica portuguesa e as relaes entre os saberes curativos de europeus, indgenas e africanos. A anlise foi feita a partir da documentao dos acervos do Arquivo Histrico Ultramarino, Anais da Biblioteca Nacional (volume 67), Anais do Arquivo Pblico do Estado do Par e das obras do padre jesuta Joo Daniel e do viajante francs Charles-Marie de La Condamine. AS FESTAS DE SANTANA E SO PEDRO NA REA PORTURIA DE BREVES-PA (1940-1980). Autor (a) - Dione do Socorro de Souza Leo (Estudante de ps-graduao em Histria Social da Amaznia na UFPA, profa. de histria na rede pblica municipal de Breves-PA). Impulsionada pela ideia de que a rea porturia sempre foi palco de manifestaes da vida cotidiana, onde atuam diversos sujeitos na luta pela sobrevivncia, e em momentos de entretenimento, neste artigo, proponho analisar os modos de sociabilidades presentes em duas festas que acontecem na rea porturia de Breves no Par, refiro-me as festas de Santana no bairro Centro e So Pedro na Cidade Nova, aqui problematizadas como contedo da dinmica sociocultural da cidade. Pretendo compreend-las em seus mltiplos usos e significados, atrelando festa, lazer, cultura, identidade e memria, para isso mergulho em meios aos rituais e simbologias que esto por trs dessas prticas festivas, entre os anos de 1940 a 1980, perodo do alargamento das fronteiras e aumento populacional da cidade, impulsionados pela ascenso do negcio madeireiro na regio. Em Breves, durante o perodo de festas, principalmente da Festa de Santana, padroeira da cidade, eram constantes os ires e vires entre as florestas, rios e a cidade, nesse contexto, mltiplos sujeitos histricos que chegavam carregavam consigo diversas referncias culturais que circulavam pelos quatro cantos da cidade, em intercmbios que ultrapassavam os interesses econmicos e religiosos. Pretendo dessa maneira, destacar estas prticas que atravessaram geraes e revelam a pluralidade dos elementos que as constituem, as interfaces e inter-relaes com a vida cotidiana da populao local. Para tanto, utilizo-me das memrias dos moradores, fotografias, pinturas e literatura de estudos afins.

    SO JOO DAS LETRAS: OS FESTEJOS JUNINOS NA ESCRITA DOS CRONISTAS DE BELM DO PAR NA DCADA DE 1950 Autor (a) - Elielton Benedito Castro Gomes, Mestrando em Histria Social da Amaznia/UFPA, orientador: Prof. Dr. Antonio Maurcio Dias da Costa

    Os festejos juninos, desde pelo menos a segunda metade do sculo XX, ganharam destaque nas pginas de jornais e revistas que circulavam na cidade de Belm. Jornalistas, polticos e literatos debruavam-se sobre a escrita de crnicas que buscavam valorizar aspectos considerados tradicionais dessa festa, expondo um forte saudosismo em relao a um suposto festejar So Joo de antigamente. No entanto, a imprensa local desse perodo mostra-nos que, mesmo com as crticas dos intelectuais tradicionalistas a favor de uma organizao e comemorao de um festejo junino mais tradicional, essa forma da festa vai perdendo fora na cidade de Belm, passando, com isso, a ter as caractersticas do meio urbano intensificadas, no qual predomina uma verso mais estilizada da modernizao da cidade. Diante disso, a presente pesquisa, com o

  • auxlio de fontes retiradas dos jornais O Liberal, Folha do Norte, A Provncia do Par e Revista Amaznia, todos publicados na dcada de 1950, pretende, por meio dos discursos de cronistas e redatores da imprensa paraense, realizar uma discusso acerca das festas juninas de Belm do Par no perodo em questo. A CAMINHADA DO MASTRO DE SO SEBASTIO EM CAXIAS-MA: A PROFANAO DO SAGRADO PELO MUNDANO. Autor (a) - JOANA BATISTA DE SOUZA - UEMA - [email protected] Caxias no Maranho nasceu por volta de 1716, s margens do rio Itapecuru. Seu processo de urbanizao inicia-se com a chegada dos jesutas que formaram as primeiras misses catequticas. Elevada categoria de Vila (1811), denominada Caxias das Aldeias Altas, passando categoria de cidade, com a denominao de Caxias (1836), em consequncia do aumento populacional, resultante do desenvolvimento econmico no sculo XIX, onde era a principal exportadora de algodo para a Europa. Alguns episdios da histria de Caxias esto ligados ao patrimnio histrico-cultural, destacando a Guerra da Balaiada; a Igreja de N.S. de Nazar dos Pretos foi transformada em Mercado da Intendncia dos insurretos, a Igreja de N.S. dos Remdios serviu como depsito de artigos blicos, sendo tomada pelos balaios. O patrimnio edificado um testemunho do processo de urbanizao da cidade e concentrao de riquezas proporcionadas pela exportao do algodo e instalao de manufaturas. O patrimnio imaterial identificado nas tradies culturais como as festas religiosas, celebraes, as danas e manifestaes populares. Nesse sentido a Caminhada do Mastro de So Sebastio em Caxias se insere sendo realizada todos os anos no ms de janeiro, por ter um carter religioso, histrico e considerada uma manifestao sagrada e profana. O objetivo estudar os significados dessa festividade para os caxienses. A abordagem qualitativa a observao atravs do registro no dirio de campo e pelas fontes iconogrficas como testemunhas da Caminhada que possibilitar ajudar a perceber o espao, visando mostrar como essa festa transmitida s geraes e recriada pelo sentimento de identidade e continuidade, promovendo o respeito diversidade cultural e simblica. PARA O ENTRUDO DA RUA, DOS NEGROS QUE SE BESUNTAM, H REMDIO: A POLCIA. Represso e controle ao brinquedo do Entrudo em So Lus Oitocentista Autor (a) - Marcos Melo de Lima, mestrando UFMA, [email protected] Este artigo analisa a brincadeira do Entrudo em So Lus durante as dcadas de 1870 a 1880. Considerado diverso de escravos e sujeitos pobres, o entrudo, foi classificado pelas elites locais como um lazer brbaro e que afetava a imagem do que se acreditava ser civilizado. Desta forma, houve uma preocupao por parte das autoridades pblicas que fizeram uso das leis e dos aparatos de policiamento na organizao e no controle desse divertimento. O entrudo na viso dessas autoridades provocava distrbios pela cidade e ameaava a tranquilidade pblica, alm de ser constantemente criticado nos jornais locais como pretexto para reunio de vadios, moleques, pndegos, ladres e foco de imoralidades. Busca-se tambm discutir as estratgias e tticas utilizadas por esses sujeitos pobres e escravizados para fazerem das ruas o local privilegiado de suas folganas. A RELIGIO NA CONSTITUINTE DE 1823. Autor(a) - JOELMA SANTOS DA SILVA - [email protected]

  • O perodo inicial de consolidao da independncia do Brasil marcado pelo incio da sua vivncia parlamentar, sendo realizada a primeira Assembleia Geral Constituinte e Legislativa no ano de 1823. A grande presena numrica de clrigos catlicos entre os parlamentares pode ser considerada indcio de uma ntima ligao entre as esferas poltica e religiosa no perodo constituio do Estado do Brasil. Entre os diversos debates daquela constituinte, a relao do novo Imprio com os outros Estados Nacionais e a Cria Romana passou a ser questionada, bem como demandas diversas ligadas a religio, subordinao, soberania e projetos de Igreja foram pautas entre os parlamentares. Nesse sentido, este trabalho busca entender o posicionamento dos membros do clero que compuseram essa Assembleia, analisando as concepes por ele defendidas ou rejeitadas em relao s questes ligadas a Igreja e religio, identificando os seus determinantes, pertencimentos diversos e aes.

    Dia 08 de Novembro Sexta-feira - Manh

    8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsios Temticos 01: Trabalho e movimentos sociais

    Local: Auditrio A Mrio Meireles/CCH/UFMA

    Coordenadores: Josenildo de Jesus Pereira (UFMA) e Jos Maia Bezerra Neto (UFPA).

    LABORIOSAS ABELHAS: MULHERES OPERRIAS, ORGANIZAO DE CLASSE E RELAES DE GNERO (BELM, 1930-1934). Autor (a) - Jos Ivanilson da Luz Rodrigues, [email protected] O presente trabalho compreende o campo dos mundos do trabalho, ocupando-se do trabalho feminino em Belm do Par entre os anos de 1930-1934, de forma a problematizar questes como: Que espaos pblicos do trabalho eram ocupados pelas operrias? Como foram constitudas as entidades de classe do operariado feminino? De que forma as trabalhadoras das fbricas se organizavam na luta por direitos sociais? De que forma as prticas do operariado feminino eram influenciadas pela interao entre os gneros dentro e fora do ambiente fabril? Para tanto, utilizaremos as categorias de anlise: gnero baseada nas idias de Joan Scott, Margareth Rago, Joana Maria Pedro, entre outras, e classe segundo os pressupostos de E. P. Thompson. Os citados autores e outras produes bibliogrficas serviram, tambm, como aporte terico-metodolgico no proceder com as fontes: Jornais (A Palavra e Folha do Norte) e os Documentos Oficiais (cartas, ofcios, decretos, abaixo-assinados, telegramas, memoriais, etc.) existentes no APEP Arquivo Pblico do Estado do Par. Por meio dos referidos questionamentos intentamos oferecer uma contribuio historiografia das mulheres trabalhadoras na Amaznia.

    O REGIMENTO DE FONTOURA: A FORA PBLICA PARAENSE DE 1889-1916 Autor (a) - Anderson Alexandre Cruz Vilhena (UFPA), [email protected] Partindo do pressuposto de que os primeiros anos do regime republicano marcaram o processo de reestruturao institucional, e de consolidao de um movimento de construo da pretensa classe militar nas foras armadas brasileiras. Nesse mesmo movimento possvel perceber a construo da fora pblica estadual paraense para alm do resultado de um esforo do alto oficialato nacional em impor sua unidade militar sobre uma fora local subordinada ao exrcito,

  • mas como resultado de um processo histrico no qual os prprios militares paraenses eram atores e agentes. As duas primeiras dcadas de Repblica e os levantes, reformas e problemas disciplinares dos militares paraenses nesse perodo podem ser compreendidos como iniciativas e/ou movimentos de resistncias que demonstram a conscincia dessa agncia, e de uma relativa unidade, especialmente nos anos posteriores experincia de Canudos. justamente no intuito de entender esse processo de construo de um esprito de corpo que essa pesquisa busca analisar quem eram os agentes que corporificaram esse objetivo, majoritariamente as praas do Regimento, e de que forma se relacionavam com a sociedade paraense na virada do sculo XIX para o XX.

    ABAIXO O FIGUEIREDO. O POVO NO TEM MEDO. MAIS ARROZ E MAIS FEIJO. ABAIXO A REPRESSO: QUANDO PROFESSORES ENTRARAM EM CENA EM BELM (1979-1983) Autor (a) - RAIMUNDO AMILSON DE SOUSA PINHEIRO (UFPA), [email protected] Este trabalho pretende discutir e inserir-se num debate historiogrfico nacional que tem como pano de fundo o processo de abertura poltica vivenciado pelo Brasil nos fins de 1970 at meados dos anos 1980, pautado principalmente a partir do vis e importncia dos movimentos sociais urbanos, tendo em tela a luta social do movimento de professores do ensino de 1 e 2 graus da capital paraense, Belm. Compreender que na lgica associativista desses sujeitos em uma organizao econmico-corporativa de uma categoria social, existe tambm nos momentos de relao de fora, conflito e/ou conciliao com o governo paraense, para o limite dessa abordagem o governo Alacid Nunes (1979-1983), um projeto que vai alm dessas questes econmicas materiais mais imediatas, que no deixam de ser importantes, e em alguns instantes prioritrias, mas que contm tambm em suas aes a representao e difuso de projetos democrticos que ultrapassam os limites de uma reforma para classe ou para a educao, mais que contm uma dimenso mais ampla de transformao poltica da sociedade paraense, e brasileira em geral. Processo que est relacionado ao fazer-se classe desses sujeitos docentes, com uma conscincia mais abertamente poltica. HISTRIA E MEMRIA DOS E DAS OURIVES DO POLO JOALHEIRO DE BELM DO PAR NO TEMPO PRESENTE. Autor (a) - ROSNGELA DA SILVA QUINTELA doutoranda, (PPHIST/UFPA) Este trabalho uma parte do primeiro captulo de minha tese de doutorado sobre o trilhar histrico e scio cultural dos e das ourives do Polo Joalheiro de Belm do Par, em que procuro responder as seguintes questes: o que ourivesaria? O que ser um/uma ourives? Quem so os protagonistas da pesquisa? Por que e como estes se tornaram ourives? Aqui apresento o universo da ourivesaria/joalheria, de modo geral e especfico; os principais interlocutores da pesquisa e o entrelaar entre o tempo da infncia e do se tornar ourives, a partir de uma trajetria de vida. A pesquisa vem sendo realizada, por meio de relatos gravados dos protagonistas da pesquisa, de memrias audiovisuais, visuais e documentos escritos, em que problematizo a relao entre memria e histria, inspirada, principalmente, em Le Goff, a fim de analisar o entrelaamento entre histria, memria e esquecimento. Desse modo, apresento um percurso histrico, terico e emprico, com o intuito de possibilitar aos (s) leitores (as) uma imerso no universo da ourivesaria/joalheria e uma breve configurao prosopogrfica do pblico participante do Polo joalheiro, assim como tomo por base a micro - histria, a fim de mostrar os detalhes das trajetrias de vida dos principais pesquisados. Por esses percursos metodolgicos, busco entender as particularidades do modo de vida dos e das ourives, em conjunto com os aspectos coletivos, uniformes e gerais do mundo do trabalho da ourivesaria.

  • TRABALHADORES RURAIS NA AMAZNIA TOCANTINA: ORGANICIDADE E SINDICALIZAO (1950-1975). Autor (a) - WILSON PEREIRA TELES. UFPA (campus Tocantins/Camet), [email protected] O presente trabalho vem analisar o processo de organizao dos trabalhadores rurais em Camet, na Amaznia Tocantina, desvelando elementos do seu processo de formao, organicidade, antes da sindicalizao na dcada de 1970. Como recorte temporal de 1950-1975, usando como anlise e fonte a historiografia e memria e oralidade dos trabalhadores rurais, cruzando as informaes. Temos como objetivo, discutir a organicidade destes trabalhadores rurais antes da sindicalizao em Camet, na Amaznia Tocantina, a historiografia tem dado nfase principalmente a este processo, ligado principalmente a Sindicalizao no Brasil, entendemos que a organicidade destes sujeitos j existia muito antes de sindicalizao. Neste sentido buscaremos desvelar aspectos dessa dinmica, apontando os principais agentes envolvidos, os aspectos principais de suas tradies e costumes que influenciaram no processo de organicidade e identidade e sindicalizao, compreendendo que este processo de uma rea de conflitos. O MENSAGEIRO SERTANEJO E O CABOCLO: REPRESENTAES DISCURSIVAS NO JORNAL CRUZEIRO SOBRE O TRABALHADOR DO CAMPO EM CAXIAS (1940). Autor (a) - Jakson dos Santos Ribeiro UFMA - [email protected] O presente trabalho discute o conceito de trabalhador construdo nas paginas do peridico religioso Cruzeiro, durante a dcada de 1940. Desse modo, observa-se no governo de Eurico Gaspar Dutra, uma valorizao expressiva do trabalhador do campo, do trabalhador rural, e principalmente das riquezas que poderiam ser adquiridas com o melhor aproveitamento desse espao rural. Por isso, que os discursos que vo circular no jornal Cruzeiro, como tambm na prpria fala de Dutra so de evangelizar os homens do campo, o caboclo em prol de atividades que possam orientar esse trabalhador a se conscientizar que o trabalho no espao rural de significativa relevncia para o desenvolvimento da Nao. Nas proposies de Dutra a produo agrcola, sobre o esforo do caboclo, seria um recurso inesgotvel para Nao.

    Dia 08 de Novembro Sexta-feira - Manh 8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio temtico 02: Territrio e Migrao Local: Sala do PGCULT/CCH Coordenadoras: Franciane Gama Lacerda (UFPA) e Antonia da Silva Mota (UFMA). A POBREZA NUM VAI E VEM POR CAUSA DA MIGRAO NA AMAZNIA TOCANTINA (1975-1985) Autor (a) - PEDRO VALMIR GUIMARES SOUZA (ORIENTADOR Prof. Dr. CARLOS LEANDRO ESTEVES, UFPA, Campus Camet, [email protected])

    A pesquisa a ser apresentado tem como proposta analisar a migrao na Amaznia Tocantina, que foi motivada por uma obra no municpio de Tucuru. A partir dos crescentes fluxos migratrios em direo Amaznia na dcada de 70. Nosso recorte espacial foi escolhido em funo da presena de um grande empreendimento na cidade, a Usina Hidreltrica, visto que esta atraiu no perodo de construo da obra (1975-1985) cerca de 110 mil habitantes, mais do

  • triplo de sua populao em 1970. Entendemos que o estmulo a esse fluxo populacional em direo a Tucuru tem como finalidade principal insero da Amaznia na nova estrutura de trabalho que estar sendo montada pela lgica capitalista, estrutura essa que levou a transformaes na configurao scio espacial do municpio, fato que demonstra a relevncia do Processo Migratrio na cidade de Tucuru, visto que a mobilidade ocorrida nesse espao foi no s uma mobilidade controlada, mas tambm direcionada. A construo da Usina Hidreltrica de Tucuru e todos os processos a ela ligados ocasionaram, dentre seus principais rebatimentos o reordenamento espacial da rea estudo, bem como uma nova forma de ocupao e utilizao do territrio. No entanto, o crescimento populacional que a cidade presenciou induziu a reproduo de ncleos urbanos perifricos ao seu redor provocando uma presso sobre os recursos e servios pblicos da cidade. ENTRE OS SUJEITOS IDEAIS E OS SUJEITOS POSSVEIS: ESCRAVIZADOS EM SO LUS DO MARANHO (1830 E 1839). Autor (a) - Adriana Monteiro Santos, mestranda UFMA- [email protected] O presente trabalho apresenta o cotidiano de escravos urbanos na capital da provncia do Maranho no perodo de 1830 a 1839. poca em que a cidade vivia os efeitos da oscilao do cultivo e da comercializao do algodo na provncia. O objetivo , portanto, apresentar os espaos de sociabilidade dos sujeitos escravizados, suas tticas e estratgias de sobrevivncias e os meios utilizados para driblar a fiscalizao dos seus senhores e dos aparelhos repressivos do Estado, mostrando-os, assim, como sujeitos histrico-ativos na So Lus oitocentista. Deste modo, buscamos resgatar as formas de negao encontradas por esses sujeitos, no somente pelo vis passivo ou rebelde, como vrios autores os enxergaram, mas tambm a partir de tticas e estratgias de sobrevivncia, representados em suas festas, festins, ajuntamentos, brigas, golpes etc. Exercendo assim sua subjetividade em busca da sobrevivncia.

    A CMARA E A OCUPAO DOS ESPAOS URBANOS EM SO LUS (1646-1692) Autor (a) - Carlos Alberto Ximendes, UEMA - [email protected] A presente comunicao visa mostrar atravs da documentao produzida pela Cmara de So Lus, no perodo de 1646 a 1692, disciplinava a utilizao e ocupao de terrenos na referida cidade, tanto os de propriedade da Cmara como os particulares. Os moradores da cidade ou no que tivessem terrenos na rea de jurisdio da Cmara eram obrigados a mant-los limpos, sob a pena de receberem multas e at mesmo a perda dos referidos terrenos. A Cmara doava terras nas reas que lhe pertenciam para os moradores construrem suas casas, aqueles que construssem sem ter a documentao corriam o risco de v-las derrubadas. Tambm cabia a Cmara ceder anualmente, parte das suas terras para os moradores exercerem atividades agrcolas de criao de animais. Assim a ocupao dos espaos urbanos de So Lus acontecia conforme, o controle e acompanhamento dos oficiais da Cmara. A INSTITUCIONALIZAO DA POLTICA SANITRIA DO MARANHO EM 1850. Autor (a) - Lus Paulo Silva, orientadora profa. Dra. Antonia da Silva Mota - UFMA. Durante sua fase imperial, a cidade de So Lus deu sinais de aprimoramentos de suas condies sanitrias, os servios higinicos e profilticos oferecidos sua populao foram melhorados, isto pode ser percebido com a implementao do servio de vacinao da Provncia do Maranho em 1827, com a regulamentao dos servios do porto da capital em 1843 e, sobretudo com a normatizao da Poltica Sanitria da Provncia do Maranho em 1850, que ratificava as ordens do governo e das autoridades mdicas no intuito de prevenir o aparecimento de alguma epidemia pestilenta na capital ou para diminuir a gravidade dos males ocasionados por determinada

  • epidemia, por isso, era devidamente legal os citadinos obedecerem s posturas municipais a fim de evitarem multas ou outros processos penais.

    MIGRAO E POSSE DE TERRA NA ILHA DO MARAJ DE 1890 -1910. Autor (a) - Patricia Carvalho Cavalcante - [email protected] (orientador Antonio

    Otaviano Vieira Jr) UFPA.

    A partir de 1870, o Par passa a se destacar no cenrio econmico internacional como maior produtor de goma elstica incentivado pelo crescente desenvolvimento da indstria automobilstica. Nesse processo de desenvolvimento econmico na Amaznia destacam-se as freguesias de Breves e Anajs na Ilha do Maraj, neste artigo destaco o importante papel do imigrante estrangeiro no processo de produo da goma elstica atravs da compra de propriedade de terra na Ilha do Maraj, usando como fonte principal registros de posse de terra, buscando compreender e identificar o crescimento da participao dos estrangeiros na posse da terra no decorrer do final do sculo XIX e primeira dcada XX, perodo em que a borracha est em crescente desenvolvimento econmico na Ilha do Maraj.

    CAF DO RIO E CEAR, SAL DE ASS: PRODUTOS IMPORTADOS DAS PROVNCIAS DO IMPRIO PARA BELM NA SEGUNDA METADE DO SCULO XIX. AUTOR (A) - SIDIANA DA CONSOLAO FERREIRA DE MACDO, DOUTORANDA UFPA, [email protected] O presente texto aborda o comrcio interprovincial de produtos alimentcios importados das provncias do imprio para Belm na segunda metade do sculo XIX. Discuto como o comrcio com algumas provncias do imprio como Rio de Janeiro, Cear, Parnaba, Pernambuco se pautava nos produtos tidos como de 1 necessidade como carne, farinha, acar, feijo, arroz etc. assim, o comrcio de importao em Belm, na segunda metade do sculo XIX, no girava apenas em torno dos produtos estrangeiros em grande parte europeus, uma vez que alm deste comrcio internacional, a provncia tambm conheceu de modo expressivo o comrcio de produtos nacionais, ainda que produtos importados do estrangeiro fossem igualmente reexportados por outras provncias brasileiras para a capital paraense. O XODO PARA O EXTREMO NORTE: DESLOCAMENTOS DE CEARENSES AO PAR E NO PAR (1889-1916). Autora: Profa. Dra. Franciane Gama Lacerda FAMLIA ESCRAVA NAS PLANTATIONS DO MARANHO: RESISTNCIA OU ACOMODAO? Autora - Profa. Dra. Antonia da Silva Mota UFMA, e-mail: [email protected]

    Focaliza-se a famlia escrava nas fazendas de algodo e arroz do Maranho

    (1780/1820). Estudo demogrfico, apresentando evidncias sobre o tamanho e a composio dos ncleos familiares, assim como a origem tnica dos cnjuges, em sua maioria de procedncia africana. A exposio de dados empricos pretende contribuir para o debate sobre o papel dos

  • ncleos familiares no escravismo. Seriam estes indcios do reconhecimento por parte dos senhores da humanidade do escravo, representando, portanto, uma forma de resistncia ao sistema que o queria como coisa; ou, por outro lado, representava uma acomodao dos cativos, uma vez que o estabelecimento de vnculos familiares dificultavam fugas, revoltas? Dia 08 de Novembro Sexta-feira - Manh 8:00 a 12:00 Sesses dos Simpsios Temticos

    Simpsio temtico - 03: Colonizao e Mundo Atlntico Local: Auditrio B Ribamar Caldeira/CCH Coordenadores: Jos Alves de Souza Jr.(UFPA) e Alrio Cardoso (UFMA). SERTO E SERTANEJOS NA AMAZNIA COLONIAL Autor: Prof.Dr. Rafael Chambouleyron, PPHIST/UFPA VINCULAES POLTICAS ADMINISTRATIVAS ENTRE O EXTREMO NORTE DA AMRICA PORTUGUESA E A COROA LUSA NA PRIMEIRA METADE DO SCULO XVII. Autor (a) - RONNY PEREIRA COELHO (ORIENTADOR: Prof. Dr. Helidacy Maria Muniz Corra), graduando, UEMA, [email protected] A criao do Estado do Maranho e Gro-Par conferiu uma unidade poltica- administrativa ao territrio e uma proximidade poltica dos moradores com os poderes, mas no eliminou os conflitos existentes desde os primeiros momentos da conquista. Essa uma regio onde as negociaes e tenses sempre coexistiram e consider-las unicamente a partir das motivaes missionrias ou indgenas, a nosso ver, restringir a dinmica local a apenas duas dimenses de um amplo processo. Assim essa anlise se ocupar de examinar aes polticas promotoras de aproximaes e rivalidades entre moradores das duas capitanias. Para tanto, partiremos da sistematizao de dados da documentao das capitanias do Maranho e do Gro-Par, durante o seiscentos, constante no acervo do Arquivo Histrico Ultramarino (AHU), digitalizado pelo projeto Resgate e no Arquivo pblico do Estado do Maranho APEM, relativo cmara de So Lus, que demonstrem as vinculaes polticas-administrativas entre o extremo Norte da Amrica portuguesa e o poder central na primeira metade do sculo XVII. DINMICA POPULACIONAL E PROCESSO DE OCUPAO/COLONIZAO DA REGIO DE MOJU NO SCULO XVIII. AUTOR (A) - REGINA CLIA CORRA BATISTA, Mestre (UFPA), [email protected] O debate proposto para este trabalho parte integrante da minha pesquisa realizada em