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XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária 16 a 20 de outubro de 2012 INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável MPH1447 ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA POPULAÇÃO ATRAVÉS DA MIGRAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA. FELIPE GONÇALVES DE ARRUDA [email protected] PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL UNIVAP ORIENTADOR(A) LEONARDO DE FREIRE MELLO UNIVAP

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XVII Encontro de Iniciação Científica XIII Mostra de Pós-graduação

VII Seminário de Extensão IV Seminário de Docência Universitária

16 a 20 de outubro de 2012

INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e

Inovação para o Desenvolvimento Sustentável

MPH1447

ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA POPULAÇÃO ATRAVÉS DA MIGRAÇÃO E CONSUMO DE

ENERGIA ELÉTRICA.

FELIPE GONÇALVES DE ARRUDA [email protected]

PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL UNIVAP

ORIENTADOR(A) LEONARDO DE FREIRE MELLO

UNIVAP

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ANALISE DOS IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA POPULAÇÃO

ATRAVÉS DA MIGRAÇÃO E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA.

Autor: Felipe Gonçalves de Arruda

Orientador: Leonardo de Freire Mello

Resumo- Está pesquisa pretende analisar os impactos ambientais causados pela

população através da migração e consumo. A área de estudo serão os municípios do

Vale do Paraíba do Sul Paulista entre 1991 a 2010. Estes municípios apresentaram a

partir da década de 1990, crescimento demográfico e econômico que ocorreu de modo

desigual, essa desigualdade foi devido a investimentos públicos e privados

diferenciados entre as cidades. O objetivo desta pesquisa é quantificar o volume do

saldo migratório e o consumo de energia elétrica, correlacionado-os aos impactos

gerados no ambiente. A população e o consumo são fatores importantes para se realizar

em um planejamento urbano, principalmente em função da relação entre população e

ambiente. Este estudo é importante e contribuirá para planejadores urbanos, pois dará a

compreensão e sentido do crescimento da urbanização, do consumo, da população e

como poderá estar o ambiente no futuro.

Palavras-chave: Migração, Consumo, Energia Elétrica e População

ANALYSIS OF ENVIRONMENTAL IMPACTS CAUSED BY MIGRATION

AND POPULATION THROUGH THE CONSUMPTION OF ELECTRICITY. 1 XIII MPG - MOSTRA DE PÓS-GRADUAÇÃO

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2 UNIVAP- IP&D Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, [email protected] 3 UNIVAP- IP&D Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, [email protected]

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1. INTRODUÇÃO

Esta pesquisa é sobre como a população impacta o ambiente através do

consumo, relacionando os padrões de consumo com a distribuição espacial da

população. Atualmente a população está tendo a sua dinâmica alterada, como as taxas

de mortalidade e natalidade passaram pela transição demográfica, a migração assume

maior importância na redistribuição espacial da população e nos impactos sobre o

ambiente. A discussão sobre migração e ambiente implica em tratar da distribuição dos

recursos naturais no território, deste do histórico do uso dos recursos por parte das

populações humanas até ao seu esgotamento ou degradação. Os estudos sobre migração

e ambiente têm que ter uma ênfase sobre a finitude dos recursos naturais, pois está

aumentando o número de migrantes que estão se deslocando em razão do consumo, e

não são apenas as pessoas que se deslocam atrás de recursos, os investimentos públicos

e privados estão sendo direcionado para áreas onde apresentam maiores recursos

disponíveis, sem restrições e burocracia (HOGAN, 2005, p. 324).

Outro fator que aumenta a importância da migração na dinâmica populacional é

porque a sociedade atualmente necessita de pouca mão de obra industrial em grande

escala e de exércitos de reserva, em vez disso, a sociedade precisa colocar as pessoas

em condição de consumidores. A maneira como a sociedade atual molda seus membros

é ditado primeiro e acima de tudo pelo dever de desempenhar o papel de consumidor

(BAUMAN, 1999, p. 87). Essa sociedade do consumo faz que o futuro dos recursos

naturais seja duvidoso, pois se os sete bilhões de pessoas existente no mundo hoje

tivesse o mesmo consumo médio de um cidadão americano, os recursos naturais desse

planeta não aguentariam.

No contexto dessa sociedade do consumo, os padrões de produção sempre foram

considerados os grandes vilões do ambiente, pois durante o século XX a produção e

consumo aumentaram fazendo com que os recursos naturais e o ambiente fossem

prejudicados através de poluições e degradações. Os padrões de produção além de

estimular e sustentar padrões excessivos de consumo, foi à interação primordial entre os

seres vivos e o meio ambiente, seja pela utilização do solo como substrato de fonte de

energia de nutrientes (MELLO, 2010, p. 111-112). Por causa desse sistema capitalista, a

dinâmica populacional tem que ter ênfase no fator ambiental, acrescentando nos estudos

a percepção dos limites dos recursos naturais, está percepção é dificultada pelo

desaparecimento da fronteira natural e aumento da globalização (HOGAN, 2005, p.

324). Os estudos do consumo e da população demonstra que a grande questão não será o

tamanho da população, dos pobres subdesenvolvidos, mas da quantidade de consumo,

segundo Bauman (2010, p. 11-12)

“A grande questão é saber quando se esgotará a lista de terras passáveis para

exploração capitalista, e as explorações são frenéticas e engenhosas e não se

preocupavam com os problemas que advém dessa exploração, do “desfrute

agora”, nós como sociedade não começamos a pensar seriamente sobre a

sustentabilidade dessa sociedade alimentada pelo consumo”.

Segundo Bauman (2010, p. 33) fase liquida-moderna do capitalismo é feita

através da cultura e na medida da liberdade de escolha individual (voluntaria ou imposta

como obrigação), é destinada a servir as exigências da liberdade, garantir que a escolha

continue a ser inevitável, consumir seja uma necessidade de vida, um dever. Segundo

Ravenstein (1980) a migração também está ligada a liberdade, poder decidir onde deseja

morar; a migração está ligada a motivação do trabalho, mas por causa de melhor

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qualidade de vida, vivemos em uma sociedade em que temos que vender nossa força de

trabalho para ter uma melhor qualidade de vida.

Além de estarmos vivendo em uma sociedade de consumo, vivemos em um

sistema econômico capitalista, que é um sistema parasitário, como todos os parasitas,

podem prosperar durante certo período desde que encontre um organismo ainda não

explorado que lhe forneça alimento, mas não pode fazer isso sem prejudicar o

hospedeiro, destruindo assim, cedo ou tarde, a condição de sua prosperidade ou mesmo

de sua sobrevivência. (BAUMAN, 2010, p. 8-9), um exemplo dessa afirmação foi o fato

ocorrido no Vale do Paraíba do Sul no século XIX e XX com a produção de café, onde

o foi produzido café até esgotar os solos, então o café partiu para a “marcha do oeste”

onde encontrou solos mais férteis. O sistema econômico continua o mesmo, mas os

produtos mudaram, será que os recursos naturais do Vale do Paraíba do Sul irão sofrer

novamente com esse sistema econômico?

A área de estudo no passado sofreu transformações devido ao alto consumo e

posteriormente ao esgotamento do recurso natural da área, segundo Hogan (2005, p.

326) o esgotamento de solos no Vale do Paraíba e a “marcha” do café para o Oeste

Paulista, exemplo, foram seguidos por outros esgotamentos dos recursos naturais. Esse

fato ocasionou alteração na dinâmica populacional da região, que viveu nos primeiros

50 anos do século XX uma estagnação da sua economia e pouco crescimento

populacional. A região voltou a crescer economicamente depois de investimentos

públicos em determinada área do Vale do Paraíba do Sul Paulista como São José dos

Campos.

2. REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1 METABOLISMO DEMOGRÁFICO

Para a melhor compreensão da modificação do metabolismo demográfico na área de

estudo têm que haver uma definição de migração. O conceito de migração é amplo,

existem várias formas, funções e maneiras de definir, este fenômeno pode ser

ocasionado de várias maneiras, mas todas resultadas de um descontentamento pessoal,

causado pela ruptura entre o individuo e o espaço, podemos perceber que essa ruptura

entre o individuo e o espaço, é decorrente de várias maneiras, algumas vezes devido ao

acumulo de capital, religiosidade, guerras, consumo e outras maneiras.

Um dos maiores desafios teóricos no âmbito demográfico é a definição de

migração e mobilidade espacial, os significados desses fenômenos são um desafio

teórico, metodologia e empírico, como é apresentado por vários autores.

Segundo Cunha (2011, p. 09)

“A definição de mobilidade espacial refere-se a habilidade de mover-se no

espaço, a migração deveria ser considerada como qualquer entrada o saída

de pessoas, independente da escala espacial e período de tempo

considerado, o que interessa saber como a população de um território foi

modificado ao longo de um período de tempo, pela movimentação de pessoas que poderiam aumentar (os imigrantes) ou reduzir os (emigrantes)

o seu tamanho e composição”

.

De acordo com Sorre (1984, p. 130) O deslocamento ocorre através do

desequilíbrio, quando pessoa(s) entra em desequilíbrio com o espaço, quando dissocia,

seja para responder as necessidades de exploração de uma área ou território, seja porque

se verifique uma separação entre resistência e o local de trabalho.

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O conceito de mobilidade de Gaudemar (1977 p. 190) está ligado a mobilidade

da força de trabalho, como condição de exercer sua liberdade, de se deixar sujeitar ao

capital.

Para Raveinstein (1980) a migração é ligado a liberdade, poder decidir onde

deseja morar; a migração não esta ligado a motivação por causa de trabalho, mas por

causa de melhor qualidade de vida, vivemos em uma sociedade em que temos que

vender nossa força de trabalho para ter uma melhor qualidade de vida.

Mesmo abortando vários autores de escolas diferentes, percebe-se que as

definições para migração e mobilidade espacial é um conceito amplo, mal definido e

deixando margem para interpretação diferente, acrescentaria um ponto de vista a essa

discussão, migração está se comparando em certos aspectos ao capitalismo de Bauman,

algo volúvel e líquido, aonde não é fácil “segurar”, não é palpável, mudando a sua

direção e sentido com rapidez e intensidade.

A proporção entre a dificuldade de interpretação e a importância do assunto é a

mesma, migração e mobilidade espacial são assuntos importantes em relação ao

planejamento urbano brasileiro. A importância da migração está aumentando no Brasil,

pois cada vez mais está interferindo na modificação e estruturação da população,

redistribuição espacial da população (quanto novas espacialidades vêm assumindo

importância nos fluxos migratórios) e na dinâmica demográfica.

As consequências das migrações podem ser variadas como: contribuição no

processo de ocupação e povoamento da superfície terrestre, na distribuição geográfica

da população e, no próprio desenvolvimento econômico; contribuição no processo de

miscigenação étnica e na ampliação e difusão cultural entre povos. Pode acarretar

mudanças de costumes, concorrência à mão de obra local, problemas políticos

ideológicos e raciais assim como desvantagens econômicas para os países que não têm

condições de atender às necessidades básicas de sua população (BAENINGER, 2008).

Quando um grupo de pessoas está em perfeita harmonia com o espaço, quando

estão em equilíbrio, quando suas necessidades, recursos potenciais e trabalho equiparam

se ao crescimento demográfico e não há razões alguma para que os membros

abandonem o convívio social, a mobilidade do local é mínima, porém as transformações

internas das sociedades mais dia menos dia alterariam o equilíbrio. Quando o equilíbrio

entre os recursos de uma comunidade e suas necessidades é rompido, ou mesmo quando

ameaçada romper-se, essa comunidade pode abandonar uma parcela, ou a maioria dos

membros, para agregar-se a outro espaço. As migrações têm caráter definitivo, a

mobilidade que se manifestou sob pressão das necessidades, desaparece com a

construção do novo habitat, podendo ressurgir se o novo espaço não atende as

necessidades dos migrantes. Sorre (1984, p. 130, 131).

2.2 CONSUMO

O significado de consumo segundo dicionário Aurélio, ato ou efeito de

consumir, gasto, extração de mercadoria, aplicação das riquezas na satisfação das

necessidades econômicas e desejo humano. O consumo de ar, água e energia são

fundamentais para a sobrevivência humana no planeta, desses consumos o que mais se

modificou e aumentou durante o tempo foi de energia (GOLDEMBERG e LUCON,

2007, p. 7).

Neste capitulo, temos como objetivos demonstrar a relação entre consumo,

ambiente e população, na qual sintetiza a escolha do tema estudado. De acordo com

MELLO (2009, p. 109) os padrões de consumo são considerados os grandes vilões

ambientais, estimulam e sustentam padrões de consumo excessivos. Esta afirmação é

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polêmica, pois existe uma discussão acadêmica abordando os recursos naturais e o

consumo; Existe uma vertente acadêmica que afirma haver recursos naturais para

continuar o crescimento econômico, tendo a visão que não estamos vivendo uma crise

ambiental, a outra vertente é o oposto, que estamos vivendo uma crise ambiental, onde

os recursos naturais irão acabar com o tempo se continuar com esse consumo crescente.

A principal questão envolvendo os recursos naturais em relação fontes energéticas

(petróleo, gás natural, hidrelétricas e outras) é a duração dessas fontes energéticas,

quanto tempo duraria se o consumo continuasse aumentando? 10 anos, 30 anos, ou 50

anos? É uma pergunta que a resposta é obscura.

No século XX houve uma intensa alteração no modo de vida e nas tecnologias,

essas alterações ira oferecer a sensação de mundo livre, essa liberdade será em razão do

consumo, pois com o aumento da globalização o mundo irá consumir mais, as indústrias

de produção em massa iram dar a tônica da produção e consumo mundial (MELLO;

HOGAN 2007, p. 60), a demografia terá papel importante, devido ao aumento da

qualidade e expectativa de vida, pois passaremos a consumir mais, o marketing e as

indústrias de produção em massa começarão a investir no consumo principalmente de

crianças, pois a grande chance dessa criança ser fiel a marca ou produto é grande,

voltando sempre a comprar o mesmo. O grande resultado disso é que passamos a

consumir cada vez mais, adotou se em todo o mundo um padrão de produção e consumo

incompatíveis com a capacidade dos ecossistemas e das reservas existente de recursos

naturais. (MELLO; HOGAN 2007, p. 60).

A sociedade através de seu modo de vida faz existe uma relação entre consumo,

economia e população, eles estão interligados e causam impactos no ambiente,

principalmente por que para o crescimento do consumo precisa retirar matéria prima e

energia do ambiente. Segundo BAUMAN (2010) estamos em uma sociedade que somos

inseridos através do consumo, para haver um maior crescimento econômico deve haver

um crescimento do mercado consumidor, esses fatos causam consequências e danos no

ambiente que colocam o futuro dos recursos naturais e consequentemente da população

em risco. De acordo com MARTINE (1996 p. 15) o futuro da natureza e a problemática

ambiental brasileira estão ligados às perspectivas de crescimento econômico. A energia

é um dado importante para compreender os impactos e transformação da natureza, esses

danos podem ser irreversíveis e irreparáveis.

Nós vivemos em uma sociedade do consumo, o consumo está aumentando em

um ritmo acelerado, podendo trazer consequências irreversíveis para a população

humano e ao ambiente, segundo MARTINE (1996 p. 23) o agravamento desses

problemas podem por em risco a sobrevivência de parte da população mundial. Parte

dessa população que não iria sobreviver serão as pessoas obsoletas, que não influenciam

diretamente na economia e no consumo, ou seja, o consumo irá aumentar mesmo com

pessoas morrendo devido a necessidades de produtos básicos como água potável e ar

limpo. Para aumentar o problema ambiental mundial, as regiões de baixo consumo são

incorporadas ao mercado consumidor, principalmente as regiões onde oferecem grandes

oportunidades para exploração de recursos naturais, isso fará que o maior problema

ambiental global a ser enfrentado no século XXI advém do seu próprio sistema de

desenvolvimento, que aparenta não ter limites, visando apenas lucro e não se

importando com a questão socioambiental. Segundo MARTINE (1996 p. 24) é

inapropriado atribuir que os grandes problemas que ameaçam o futuro do nosso planeta

são as taxas de crescimento demográfico. Essa afirmação irá afrontar Malthus, pois o

malthusianismo e o neomathusianismo atribuem o problema ambiental e

socioeconômico a quantidade de pessoas no mundo, no caso do neomalthusianismo

afirmam que o problema está na população do 3º mundo, o que é um erro, porque os

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grandes vilões do ambiente são exatamente as instituições que danificam e prejudicam

para aumentar a demanda do mercado consumidor, e em que essas teorias colocam a

culpa são as pessoas que menos consomem. Conclui-se a partir de Martine outros

autores que a crise ambiental social é resultado de um modo de vida de consumo e do

tipo de desenvolvimento existente nos países desenvolvidos.

2.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA

O consumo de energia elétrica foi afetado na década de 1990 quando o governo

brasileiro começou a privatizar a energia, setor fundamental para o desenvolvimento

econômico e local. O setor elétrico é comandado pelo ministério de minas e energia, as

políticas publicas não são de caráter para preservar o meio ambiente, e sim em dar

continuidade em destruição do meio ambiente através de construções de hidrelétrica, as

políticas tem o sentido de economizar dinheiro, porém gastar o ambiente, é nesse ponto

importante que a discussão irá afetar, será que economizar dinheiro e não o ambiente é

um política pública correta? Será que no futuro haverá energia para todos? São

perguntas importantes, mas a resposta é obscura.

Atualmente, os derivados de petróleo predominam na matriz do consumo final

de energia (41%), o que se explica pela prevalência do modal rodoviário no setor de

transporte. A eletricidade é a segunda forma de energia mais utilizada (19%). Produtos

da cana constituem também um grupamento relevante (12%), como resultado da

inserção do etanol nesta matriz através da sua adição à gasolina, do consumo na frota de

veículos a álcool hidratado e, mais recentemente, com o advento dos veículos flex-fuel.

Por sua vez, o gás natural já atende a quase 6% da demanda final de energia. Já a lenha,

embora ainda importante (10%) é, agora, apenas a quarta forma mais utilizada de

energia na matriz.No Brasil, a energia elétrica vem, em primeiro lugar, de usinas

hidrelétricas; depois, de termelétricas; e, por último, de usinas nucleares.

1.Figura de Consumo Final de Energia

Fonte: PNE, 2006.

Segundo o PNE, 2006, a energia hidrelétrica em um país como o Brasil, que

possui muitos rios com grandes desníveis, uma das soluções mais econômicas para fazer

girar turbinas é aproveitar a força das águas, depois de movimentar as turbinas, as águas

voltam para o leito do rio sem sofrer nenhum tipo de degeneração. É por isso que a

energia hidrelétrica é considerada uma fonte limpa, além de ser renovável. No Brasil, a

maior quantidade de energia elétrica produzida provém de usinas hidrelétricas.

Existem outros tipos de fontes de energia elétrica, a Energia termelétrica e

energia nuclear, que são menos utilizadas no Brasil. As energias termoelétricas são em

regiões com poucos recursos hidrográficos, mas com boas reservas de óleo, carvão ou

gás, é possível girar as hélices das turbinas com a força do vapor resultante da queima

desses combustíveis. Para isso, são construídas usinas termelétricas. A maioria das

usinas termelétricas usa fontes primárias consideradas não-renováveis, mas em alguns

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lugares do Brasil já é possível gerar energia queimando combustíveis alternativos, como

a biomassa. E a energia nuclear provém da natureza, algumas substâncias, como o

urânio, têm núcleos atômicos extremamente pesados e instáveis, provocando reações em

cadeia podem ser em dois tipos: não controlada e controlada. No primeiro caso, a reação

ocorre muito rapidamente (em menos de 1 segundo), liberando enorme quantidade de

energia. É o que acontece, por exemplo, na explosão da bomba atômica. No segundo

caso, a reação é controlada pelos chamados reatores de fissão nuclear, permitindo que a

energia liberada seja aproveitada e evitando explosões. As usinas nucleares brasileiras

em operação – Angra 1 e Angra 2 – estão localizadas na Central Nuclear Almirante

Álvaro Alberto, que fica em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro.

As energias podem ser divididas em 3 categorias em relação ao ambiente,

renovável, sustentável e limpa. Segundo o (PNE, 2006 p. 37 e 38) “Energia renovável: É toda energia produzida com o uso de recursos naturais

que se renovam ou podem ser renovados. O conceito existe em oposição ao

da energia não renovável, gerada por combustíveis fósseis, como petróleo,

gás natural e carvão mineral, cujas reservas um dia acabarão - Ja que a terra

terra necessita de milhões de anos para reproduzi-los. A mais antiga energia

renovável em uso é a queima de lenha, pois replantar as árvores garante seu

suprimento. A energia produzida pelo movimento da água (por meio de

turbinas, nos rios ou nas ondas do mar ), a da luz solar, a dos ventos, e a dos

biocombustíveis são os exemplos mais relevantes hoje.

Energia Sustentável: É a que mantém um ciclo equilibrado de produção e consumo, por que é gasta numa quantidade e numa velocidade nas quais a

natureza pode repô-la. O conceito está diretamente ligado ao de

desenvolvimento sustentável: Levam-se em conta os fatores ambientais, mas

não dignifica necessariamente energia limpa. A lenha, por exemplo, é um

recurso sustentável quando a madeira é cultivada para esse fim; mas a fumaça

de sua queima é tóxica e poluente. Portanto, não é limpa. Várias fontes de

energia podem ser ou não sustentáveis. A água é sustentável desde que seus

mananciais e o fluxo sejam preservados, o que implica em proteger a matas e

evitar que um rio ou uma represa percam volume.

Energia Limpa: É aquela que não polui, ou que polui menos que as

tradicionais. Na produção e no consumo, os exemplos mais comuns são a

energia hidrelétrica, a dos ventos (eólica) e a solar. Mas a busca da energia limpa exige pesquisa e aprimoramento constantes. No Brasil, grandes

represas hidrelétricas foram construídas pois sua energia é renovável, mas os

projetos deixaram de considerar os danos que sua construção causaria ao

meio ambiente,e, principalmente, a necessidade de, antes encher los lagos

retirar as matas. Resultado: debaixo de água, as árvores de decompõe e

liberam gases de efeito estufa por dezenas de anos, como ocorre em Itaupu,

Balbina e Tucuruí. O conceito também é aplicado na comparação entre

produtos: automóveis movidos a gás natural são considerados mais "limpos"

que os movidos a gasolina, pois são menos poluentes”.

2.4 ÀREA DE ESTUDO

O Vale do Paraíba do Sul Paulista está localizado no eixo entre cidades de São

Paulo e Rio de Janeiro, agregando as terras ao longo da calha do Rio Paraíba do Sul e,

também as encostas das Serras da Mantiqueira e do Mar (Figura 2). Essa disposição

geográfica, mais o traçado da rodovia Presidente Dutra, proporcionaram níveis

diferenciados de evolução da economia. Os municípios localizados mais próximos da

rodovia, hoje a principal do país, conheceram um intenso surto de industrialização e de

urbanização a partir das décadas de 1960 e 1970. Por sua vez, os municípios localizados

nas encostas das Serras do Mar e da Mantiqueira, permaneceram vinculados ao setor

primário da economia, registrando constante êxodo rural e empobrecimento de sua

população (VIEIRA 2009, p. 99).

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Figura 1: Mapa da Área de Estudo

O Vale do Paraíba do Sul Paulista constitui uma das áreas mais antigas de

ocupação do Estado, a colonização definitiva do Vale do Paraíba do Sul Paulista teve

inicio no século XVII, como parte do processo de ocupação das terras brasileiras.

Segundo Ortiz (1998) apud Ramos (1996, p. 08, 09), o passo inicial para a

conquista do Vale do Paraíba foi em 1628, quando D. Mariana de Souza da Guerra,

Condessa de Vimieiro e donatário da capitania de São Vicente, concedeu a primeira

sesmaria na região, beneficiando Jacques Felix, iniciando um processo de colonização

na região das aldeias indígenas de Taubaté. O Vale do Paraíba inicia-se com 3 vilas,

Guaratinguetá, Jacareí, e Taubaté.

No século XVIII o Vale do Paraíba do Sul Paulista é via de passagem do

abastecimento das Minas Gerias, tendo cada vez mais vias de passagens, como corredor

de acesso, ganha importância, a ligação entre as áreas mineradoras e o litoral

provocarão o aquecimento econômico e aumentarão as vias e acessos trazendo novas

possibilidades à ocupação e povoamento da região.

No final do século XVIII, um novo elemento viria trazer à região, uma nova

etapa de progresso, o café. Com a introdução do café, o Vale do Paraíba do Sul Paulista

viveu um período de prosperidade econômica, sendo fator de progresso e crescimento

econômico. De acordo com Ricci (2008), os barões do café e sua ascensão política sobre

a sociedade brasileira foram uma das consequências dessa prosperidade do café,

formando o “Império do café”, como demonstra o gráfico 1.

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Gráfico 1: Produção de Café no Vale do Paraíba em relação a produção total do Estado de São Paulo, em

porcentagem (%).

Fonte: Ricci op. Cit. MILLIET. 1946

O desenvolvimento e crescimento econômico do Vale do Paraíba do Sul Paulista

estão intimamente ligados às fases econômicas, começando com a fase do café, que

modificou a estrutura social e deu prestígio e poder político à região, de acordo com

Ricci (2008, p. 33), os barões do café e sua ascensão política sobre a sociedade

brasileira foram uma das consequências dessa prosperidade do café, formando o

“Império do café”. A produção de café no Vale do Paraíba do Sul Paulista comparada

com o Estado de São Paulo era no século XIX era muito significativa (Gráfico 1). Com

o decorrer do tempo foi diminuindo a produção e consequentemente aconteceu o

declínio econômico e demográfico, principalmente após a abolição da escravidão.

Percebe-se e o café começa a diminuir a partir de 1854. O café entrou em colapso

quando a plantação do café do oeste paulista começa aumentar (mão de obra

assalariada, solos mais férteis).

Entre os anos de 1900 a 1950 as cidades do Vale do Paraíba do Sul Paulista

mantiveram os seus níveis populacionais e econômicos. No período posterior a 1950

apenas as cidades próximas da Rodovia Presidente Dutra tiveram um maior aumento

demográfico e maior industrialização. A Rodovia Presidente Dutra caracterizou como

um ponto de interligação capaz de diferenciar funções urbanas (ANTICO e LEAL,

1993, p. 15).

A inauguração da Rodovia Presidente Dutra em 1950 trouxe para o Vale do

Paraíba do Sul Paulista uma localização privilegiada em relação a cidade de São Paulo e

ao Rio de Janeiro, na articulação dos principais centros metropolitanos do País,

constituindo-se em um espaço estratégico para a expansão do setor industrial, além de

influenciar significativamente a aceleração do processo de urbanização dos municípios

situados nesse eixo, apresentando um grande desenvolvimento industrial, em especial

aqueles localizados próximos à Região Metropolitana de São Paulo e ao longo da via

Dutra, enquanto os demais entraram em um processo de estagnação. Consequentemente

a região passou a se constituir em um dos eixos da desconcentração industrial da Região

Metropolitana de São Paulo, o que contribuiu para o direcionamento de fluxos

migratórios para a área. As crises dos anos 1980 e 1990 afetaram de maneira incisiva a

Região, refletindo-se no aumento do número de desempregados e na deterioração das

condições de vida da população (VIEIRA 2009, p. 85).

O aumento demográfico no Vale do Paraíba do Sul Paulista ocorreu num

panorama de migrações nacionais, devido ao grande êxodo rural ocorrido entre as

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décadas de 1950 a 1990, dando novas formas nas taxas de natalidade e mortalidade da

população, traduzidas em um novo cenário de aglomerações urbanas.

O processo de desenvolvimento urbano no Brasil ocorre de modo rarefeito

(SANTOS, 1993), acontecendo o mesmo processo no Vale do Paraíba do Sul Paulista,

não existindo uma urbanização continua e igualitária e tendo efeito sobre a população.

Conforme DAMIANI (2006, p. 50), a ligação entre a população e a economia não está

determinada pela superfície geográfica, mas referenciada por um marco espacial

definido por critérios técnicos e econômicos que permitem classificar o

desenvolvimento do lugar.

Metodologia

O procedimento Metodológico desta dissertação se baseará no modelo

quantitativo, pois será feito através de revisão bibliográfica, aquisição de dados, análise

e interpretação dos dados e conhecimento através de trabalho de campo da área de

estudo;

A primeira parte será a revisão bibliográfica e aquisições de dados. A revisão

bibliográfica será realizada por meio de livros, os principais livros utilizados são

desenvolvidos pelo NEPO (Núcleo de Estudo de População), artigos principalmente do

viés do consumo e ambiente, dissertação e teses. Toda a revisão foi feita uma seleção

pertinentes às palavras chaves: consumo, ambiente, população, energia elétrica,

dinâmica populacional, migração, urbanização e histórico da área de estudo.

A aquisição dos dados utilizados nesta dissertação será feita através de

instituições como: Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE) por meio do

site http://www.ibge.gov.br; Fundação de Sistema Estadual de Análise de Dados

(SEADE) por meio do Site: http://www.seade.gov.br; Instituto de Pesquisa Econômica

Aplicada (IPEA) por meio do site http://www.ipea.gov.br. Os dados utilizados para a

execução deste trabalho será: taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de

fecundidade, população urbana e rural, saldo migratório, consumo de energia elétrica,

renda per capita, Produto Interno Bruto, taxa de urbanização, entre outros. Após

aquisição dos dados, foram elaborados tabelas e gráficos no programa Microsoft Excel,

para uma melhor apresentação e visualização dos dados apresentados. A maioria dos

dados foi do Censo do IBGE em 2010 e do PNAD (pesquisa Nacional de Amostragem

de Domicílio), que são os Censos mais recentes.

Na segunda parte do procedimento metodológico, realizará uma triagem das

informações obtidas na revisão bibliográfica e da aquisição dos dados. Iniciará com a

definição de demografia, população, taxa de natalidade, taxa de mortalidade, migração e

transição demográfica. Posteriormente da definição da parte demográfica, será a

definição de consumo e ambiente; e o impacto gerado no ambiente pelo consumo de

energia elétrica; Como o saldo migratório influência no consumo de energia elétrica. Os

principais autores utilizados nesses primeiros capítulos serão: NEPO (núcleo de estudo

populacional), os autores serão Daniel Hogan, Leonardo Freire de Mello, Roberto

Carmo, Rosana Baeninger, entre outros; CEDEPLAR (Centro de Desenvolvimento e

Planejamento Regional de Minas Gerais) George Martine. Para a definição de consumo

e sua relação com a economia será utilizado Bauman, Milton Santos, Anthony Giddens,

entre outros. Estudará a história da área de estudo: fundação das cidades, importância do

café e da urbanização na economia; o estudo da relação da migração a partir dos anos de

1980; Demonstrando como está o nível socioeconômico da população. Será feito um

mapa da área de estudo, para uma melhor visualização.

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Na terceira parte do procedimento metodológico, tratará da interpretação e

análise integrada das informações obtidas nas correlações realizadas das fases

anteriores, realizará a relação entre saldo migratório e consumo de energia elétrica,

apresentando que a energia elétrica causa impactos no ambiente. Assim sendo possível

obter uma síntese dos dados adquiridos, com posterior apresentação de elementos

socioeconômicos, permitindo gerar valores para avaliação dos conteúdos pesquisados,

tendo se apresentação de resultados para a realização de uma conclusão sobre como a

população através do consumo está afetando o meio ambiente da área de estudo.

Resultados/ Discussão

O metabolismo demográfico no Vale do Paraíba do Sul Paulista e Litoral Norte,

teve uma alteração significativa em relação às taxas de natalidade, fecundidade,

mortalidade, população total e saldo migratório. O resultado obtido demonstra que essas

taxas irá afetar diretamente a composição demográfica da região, porém não é

homogenia essa alteração algumas taxas obtiveram quedas significativas e outras

tiveram um aumento expressivo.

A taxa de fecundidade (Gráfico 2) está demonstrando entre os anos de 1980 a

2010 na Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte está tendo uma

diminuição em sua taxas em todas as cidades, as cidades com maior índice de

urbanização têm maior queda na taxa de fecundidade.

A diminuição na taxa de fecundidade têm influência na mudança de cultura,

principalmente em relação a urbanização, pois entre os anos de 1980 a 2010 os

municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte teve a alteração,

passando de maioria de população rural para maioria de população urbana.

As taxas de fecundidade e natalidade (Gráfico 2 e 3), a partir dos anos de 1960

começa a sofre influência dos anticoncepcionais, mulheres trabalhando e mudança de

cultura e hábito, esses fatores irá influenciar para a diminuição das taxas, pois as

mulheres iriam ter menos filhos e em idades mais avançadas, tendo uma diminuição

significativa. Outro fator importante para a diminuição são as operações de laqueadura,

onde impede as mulheres a ter filhos, tendo influência direta nas taxas.

Gráfico 2: Taxa de fecundidade Geral (por mil muleres entre 15 e 49 anos)

Fonte: SEADE, 2012.

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As taxa de fecundidade (Gráfico 2) e a taxa de natalidade (Gráfico 3) têm

demonstram característica parecida, a taxa de natalidade também teve uma diminuição

significativa, tento maiores diminuições principalmente em cidades com maiores índice

de urbanização.

É perceptível a diminuição nas taxas de natalidade e fecundidade em todos os

municípios, caindo pela metade as taxas, essas diminuição estão relativas a

independência das mulheres e a cultura de cidades urbanizadas, onde as mulheres e

homens tem que trabalhar e o filhos agora não ajudam mais no trabalho agrícola, ao

contrario, filho apenas aumenta a despesa de um casal, isso fará o casal não ter 4 ou 5

filhos como nos anos 1960/70, fará os casais terem 2 a 3 filhos como nos anos de

2000/10.

Essa alteração nas taxas são normais em relação a transição demográfica, onde

que a tendência é a diminuição das taxas e o aumento da expectativa de vida. Em

regiões com maiores índice de urbanização tem uma maior diminuição das taxas, pois o

modo de vida e trabalho em áreas urbanizadas requer menor quantidade de pessoas.

Antes da década de 1980 a taxa de natalidade tinha uma média superior a 20 nascimento

a cada mil habitantes, a partir de 2010 esse número tem uma média inferior a 15 a cada

mil habitantes na região.

Gráfico 3: Taxa de Natalidade

Fonte: SEADE, 2012.

A taxa de mortalidade (Gráfico 4) têm também uma diminuição, porém a

proporção será menor comparada com as taxas de natalidade e fecundidade (Gráfico 2 e

3), pois para ocasionar a diminuição da taxa de mortalidade os fatores que influência

são:saneamento básico, infraestrutura e a medicina.

As taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade juntamente com a migração

afetará diretamente a população total e o metabolismo demográfico, consequentemente

altera a estrutura da população, a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral

Norte têm a suas taxas diminuindo em todas as cidades, pois estão passando pela

transição demográfica, a sua estrutura etária se modifica, a maioria da população que

fica na base da pirâmide etária (0 a 15 anos) passa a compor o “meio” da pirâmide etária

(15 a 30 anos).

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As diminuições nas taxas de mortalidade tiveram influência direta da

urbanização e da medicina, esses dois fatores fizeram uma diminuição, pois a

expectativa de vida aumenta exatamente onde tem melhora na medicina e no

saneamento básico, fazendo as prevenções às doenças e cura para as novas doenças.

A taxa de mortalidade não variou tanto quanto as taxas de natalidade e

fecundidade, a média era de 7 mortes por mil habitantes, hoje esse número médio é de 5

por mil habitantes.

Gráfico 4: Taxa de Mortalidade Geral

Fonte: SEADE, 2012.

A população da região da Metropolitana do Vale do Paraíba do Sul e Litoral

Norte não têm homogeneidade entre a sua população, existem municípios como São

José dos Campos com mais de 600 mil habitantes e cidades como Arapeí com 2,5 mil

habitantes.

Existem 3 regiões com diferentes tipos de quantidade de população, a região da

rodovia presidente Dutra têm um maior índice de população, enquanto o alto do Vale do

Paraíba têm um menor número populacional, o litoral Norte têm uma quantidade

populacional média, porém a maioria da população está concentrada em poucas cidades,

existem 39 municípios na região metropolitana, 1/3 dos municípios não possuem mais

de 30 mil habitantes, existem apenas 6 municípios com mais de 100 mil habitantes.

Na região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte existe uma

disparidade entre a população dos municípios, exemplo, São José dos Campos e

Monteiro Lobato, Taubaté e São Luiz do Paraitinga e vários outros exemplos na região

metropolitana.

A diferença entre os municípios na região metropolitana também é demonstrada

na tabela 2, onde os saldos migratórios não são homogêneos, essa disparidade não tem

uma lógica exata, pois existem municípios como Jacareí que tem elevada taxa de

urbanização e uma economia relativamente boa uma diminuição no saldo, enquanto em

Jambeiro cidade vizinha, tem uma baixa taxa de urbanização e um crescente saldo

migratório. Comparando cidades percebem que cada um tem motivos certos para

aumentar ou diminuir o saldo migratório, essas realidades mostra que temos

inconstância, não se valoriza o permanente, mas o temporário.

A migração é um fator importante para o metabolismo demográfico da Região

Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte, a migração é um índice que

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demonstra algumas características particulares de cada cidade, pois o motivo de

aumento ou diminuição da migração é peculiar a cada cidade, não sendo igual,

poderíamos citar o exemplo entre São José dos Campos e Caraguatatuba, as 2 cidades a

migração aumentou, porem em São José dos Campos foi por causa de emprego em

industria, já em Caraguatatuba foi mais devido ao turismo e a construção civil que está

tendo um aumento.

Um dado importante em relação à demografia é a quantidade total de população

(tabela 1), que demonstra a população das 39 cidades no período de 2000 a 2010. As

disparidades na população das cidades aparecem ainda maiores em 2010, onde apenas

seis cidades (Caraguatatuba, Guaratinguetá, Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e São

José dos Campos) possuem mais de 100 mil habitantes. Em 1980 apenas quatro cidades

possuíam (Taubaté, Jacareí, Pindamonhangaba e São José dos Campos).

O saldo migratório (tabela 2) na região do Vale do Paraíba do Sul e Litoral Norte

está sendo alterado de acordo com a necessidade urbana de cada cidade, pois percebe se

que em municípios onde a urbanização e a população aumentam, está ligado

diretamente com o saldo migratório.

Teve municípios que tiveram uma diminuição nos saldo migratório, porem cada

caso é particular do município, dos 39 municípios 23 tiveram uma diminuição no saldo

migratório e 16 municípios tiveram saldo migratório positivo.

Tabela 1: População dos municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba

População dos municípios de região do Vale do Paraiba

do Sul e Litoral Norte

Localidade 1980 1991 2000 2010

Caraguatatuba 33.563 52.616 78.628 100.634

Ilhabela 7.743 13.437 20.752 28.125

São Sebastião 18.839 33.430 57.745 73.793

Ubatuba 26.927 46.942 66.644 78.693

Arapeí

2.615 2.494

Areias 3.703 3.292 3.597 3.695

Bananal 10.954 11.353 9.707 10.219

Cruzeiro 57.840 68.409 73.444 77.009

Lavrinhas 3.656 4.660 5.994 6.585

Queluz 6.988 7.676 9.098 11.289

São José do Barreiro 4.040 3.936 4.141 4.078

Silveiras 3.890 4.893 5.373 5.788

Aparecida 29.275 33.249 34.888 35.006

Cachoeira Paulista 20.512 23.089 27.164 30.066

Canas

3.605 4.378

Cunha 20.826 23.385 23.093 21.876

Guaratinguetá 84.626 101.743 104.101 112.004

Lorena 57.150 72.913 77.914 82.498

Piquete 14.353 14.752 15.196 14.116

Potim

13.562 19.340

Roseira 4.824 6.154 8.551 9.590

Caçapava 51.142 65.655 76.027 84.676

Igaratá 4.346 6.262 8.271 8.826

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Jacareí 115.100 163.017 191.011 211.040

Jambeiro 2.867 3.279 3.985 5.336

Monteiro Lobato 2.682 3.364 3.613 4.116

Paraibuna 14.113 14.867 16.988 17.385

Santa Branca 8.473 10.273 12.982 13.757

São José dos Campos 285.587 439.231 538.298 629.106

Campos do Jordão 25.964 36.877 44.178 47.758

Lagoinha 4.439 4.635 4.954 4.842

Natividade da Serra 6.895 6.466 6.947 6.680

Pindamonhangaba 69.146 101.371 125.775 146.807

Redenção da Serra 3.985 4.004 4.047 3.874

Santo Antonio do Pinhal 5.334 5.357 6.318 6.485

São Bento do Sapucaí 9.327 8.715 10.339 10.467

São Luís do Paraitinga 9.743 9.894 10.424 10.397

Taubaté 168.722 205.840 243.783 278.379

Tremembé 17.975 27.363 34.746 40.928 Fonte: SEADE, 2012.

Tabela 2: Saldo migratório dos municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba

Regiões Administrativas e Municípios

Taxas anuais de crescimento

populacional (%)

Saldos migratórios anuais

Taxas anuais de migração

(por mil habitantes)

1991/2000 2000/2010 1991/2000 2000/2010 1991/2000 2000/2010

Aparecida 0,54 0,03 -223 -239 -6,55 -6,84

Arapeí 1,56 -0,47 -4 -30 -1,64 -11,78

Areias 0,99 0,27 -17 -18 -4,94 -4,99

Bananal 0,75 0,52 -50 -45 -5,32 -4,50

Caçapava 1,64 1,08 137 111 1,93 1,38

Cachoeira Paulista 1,82 1,02 124 63 4,94 2,21

Campos do Jordão 2,03 0,78 49 -201 1,21 -4,37

Canas 3,05 1,96 54 31 16,99 7,84

Caraguatatuba 4,56 2,50 1.867 1.284 28,45 14,32

Cruzeiro 0,79 0,48 -347 -245 -4,89 -3,25

Cunha -0,14 -0,54 -347 -296 -14,93 -13,15

Guaratinguetá 1,37 0,73 79 -22 0,81 -0,20

Igaratá 3,14 0,65 102 -36 14,04 -4,15

Ilhabela 4,95 3,09 531 380 31,06 15,56

Jacareí 1,78 1,00 581 19 3,28 0,09

Jambeiro 2,19 2,96 44 100 12,11 21,48

Lagoinha 0,74 -0,23 -29 -29 -6,05 -5,96

Lavrinhas 2,84 0,94 71 -14 13,33 -2,21

Lorena 1,17 0,57 -81 -209 -1,09 -2,60

Monteiro Lobato 0,80 1,31 -9 25 -2,58 6,55

Natividade da Serra 0,80 -0,39 1 -54 0,15 -7,88

Paraibuna 1,49 0,23 29 -93 1,82 -5,43

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Pindamonhangaba 2,43 1,56 992 719 8,73 5,28

Piquete 0,33 -0,73 -103 -182 -6,88 -12,42

Potim 3,83 3,61 274 422 23,59 25,64

Queluz 1,91 2,18 31 124 3,70 12,17

Redenção da Serra 0,12 -0,44 -28 -40 -6,96 -10,18

Roseira 3,72 1,15 157 26 21,35 2,86

Santa Branca 2,63 0,58 153 -32 13,16 -2,36

Santo Antonio do Pinhal 1,85 0,26 22 -44 3,77 -6,92

São Bento do Sapucaí 1,92 0,12 86 -40 9,03 -3,86

São José do Barreiro 0,57 -0,15 -24 -35 -5,94 -8,59

São José dos Campos 2,29 1,57 3.474 2.797 7,11 4,79

São Luís do Paraitinga 0,58 -0,03 -55 -67 -5,41 -6,41

São Sebastião 6,26 2,48 1.882 684 41,28 10,40

Silveiras 1,05 0,75 -14 -9 -2,73 -1,52

Taubaté 1,90 1,34 1.298 1.132 5,77 4,33

Tremembé 2,69 1,65 513 317 16,52 8,38

Ubatuba 3,97 1,68 1.138 313 20,04 4,31

Fonte: SEADE, 2012.

Em relação ao consumo de energia elétrica tem a necessidade de fazer um foco

mais próximo, por isso iremos utilizar 3 cidades como estudo de caso, Caraguatatuba,

Jambeiro e São José dos Campos, são cidades próximas mas de realidades distintas,

Caraguatatuba se localiza na região do litoral Norte, Jambeiro é a cidade menos

desenvolvida das 3 e se localiza na região do alto do Vale e São José dos Campos se

localiza no eixo da Dutra, sendo a cidade mais desenvolvida.

A tabela 3 e 4 abaixo, demonstra que o consumo de energia está aumentando,

nos 3 principais setores, industria, residência e serviço e comercio, relacionando com os

dados anteriores, tem a analise que o meio ambiente irá sofrer novamente com o

aumento do consumo, pois o limite ambiental da região está chegando no fim. A cidade

que mais consome energia é São José dos Campos, ela também é a mais desenvolvida,

com maior número de habitantes e a consequência é o maior consumo de energia.

Tabela 3: Total de consumidores e de consumo em MWH de energia elétrica.

Localidade Energia 2000 2010

Caraguatatuba Consumidores de Energia Elétrica – Total 45.136 61.558

Caraguatatuba Consumo de Energia Elétrica – Total (Em MWh) 131.524 282.949

Jambeiro Consumidores de Energia Elétrica – Total 861 1.378

Jambeiro Consumo de Energia Elétrica – Total (Em MWh) 11.843 15.323

São José dos Campos Consumidores de Energia Elétrica – Total 168.661 233.072

São José dos Campos Consumo de Energia Elétrica – Total (Em MWh) 1.714.808 1.919.245 Fonte: SEADE, 2012.

Tabela 4: Consumo de energia de industria, comercio, residencia e serviços públicos.

Localidade Energia (Em MWh) 1980 1991 2000 2010

Caraguatatuba Consumo de Energia Elétrica – Industrial 1.954 4.368 2.973 90.061

Caraguatatuba Consumo de Energia Elétrica – Comércio e Serviços 7.942 14.614 31.350 51.178

Caraguatatuba Consumo de Energia Elétrica – Residencial 14.473 44.950 76.164 106.740

Caraguatatuba

Consumo de Energia Elétrica – Iluminação e Serviços Públicos e

Outros 19.961 34.098

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Jambeiro Consumo de Energia Elétrica – Industrial 14 97 6.861 4.214

Jambeiro Consumo de Energia Elétrica – Comércio e Serviços 88 138 393 695

Jambeiro Consumo de Energia Elétrica – Residencial 221 648 1.099 2.244

Jambeiro

Consumo de Energia Elétrica – Iluminação e Serviços Públicos e

Outros 503 760 São José dos

Campos Consumo de Energia Elétrica – Industrial 652.433 822.651 1.044.622 921.933 São José dos

Campos Consumo de Energia Elétrica – Comércio e Serviços 43.651 97.776 200.034 325.650 São José dos

Campos Consumo de Energia Elétrica – Residencial 99.450 239.218 336.828 497.804 São José dos

Campos

Consumo de Energia Elétrica – Iluminação e Serviços Públicos e

Outros 127.774 169.284 Fonte: SEADE, 2012

Conclusão

No século XXI, em 2012, o Estado criou a Região Metropolitana do Vale do

Paraíba e litoral Norte, a criação de uma região metropolitana (instrumento jurídico que

permite o planejamento e a gestão de um grupo de cidades com integração territorial,

econômica e demográfica). Para uma região ter desenvolvimento e planejamento é

necessário haver homogeneidade, integração econômica do território e do comércio, os

fluxos inter-regionais são os mais relevantes, com ênfase nos eixos de integração física,

especialmente o sistema de transportes. Do ponto de vista da integração urbano-

regional, os fluxos intra-regionais devem ser enfatizados na medida em que privilegiam

as infraestruturas intermediárias que induzem o processo de integração urbano-regional

e reforçam o papel polarizador do centro econômico dominante. A maioria das políticas

públicas, políticas nacionais e internacionais voltadas para desenvolvimento regional

não deram certo. A lição que fica para essa região Metropolitana do Vale, é que não

adianta seguir um modelo pronto. Um planejamento integrando as 39 cidades deverá

passar da esfera social ou econômica, deve abranger todas as características de um

planejamento.

A criação da região metropolitana afeta diretamente o metabolismo demográfico

na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, essas alterações são nas taxas de

fecundidade e natalidades, estão diminuindo, as taxas de mortalidade está mantendo, a

população passou pelo processo migratório, a maioria da população rural migrou para a

área urbana, são modificações na estrutura etária, essas alterações não estão ocorrendo

de modo homogênio, privilegiado algumas áreas como o eixo da Dutra e esquecendo

outras regiões, como o Vale Histórico.

Analisando município por município, teria que fazer um livro sobre a região do

Vale do Paraíba e Litoral Norte, pois cada cidade tem característica própria, histórias

ricas em cultura e tradição, porém com a construção da Região Metropolitana, a

tendência é fazer políticas para tentar diminuir as disparidades entre os municípios,

nesse caso especifico o “tiro sai pela culatra”, muitas vezes um instrumento jurídico

como a criação da região metropolitana não sai do papel, não fazendo sua verdadeira

função de diminuição da desigualdade social e econômica, descrito em sua lei de

criação, mas a criação da Região Metropolitana foi um mecanismo político que

demonstra a importância da região, mesmo nem todos os municípios tendo o mesmo

crescimento populacional, não apresentam uma homogeneidade, essa disparidade reflete

nos dados socioeconômicos, onde os municípios também têm uma diferença nas

economias, o metabolismo entra no cenário sendo um ator fundamental para entender

como está alterando a população, demonstrando qual o motivo de algumas cidades

terem o aumento populacional e outras cidades terem uma diminuição da sua população,

outra questão importante a se tratar é a área espacial da região Metropolitana do Vale do

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Paraíba e Litoral Norte, é a maior região metropolitana brasileira em extensão territorial

e quantidade de municípios.

A região Metropolitana é uma nova área para ser estudada, não houve nenhum

estudo após a sua criação, existem municípios que não foram estudados com devida

necessidades, pois aparecem características particulares.

O metabolismo demográfico não o único fator que modifica a estrutura etária da

região metropolitana, também a transição demográfica irá influenciar na modificação,

mas as taxas de natalidade, mortalidade e migração, não se modificam sozinha, precisa

de ajuda de outros componentes, e um fator importante para essa modificação é o

Estado, que irá influenciar diretamente nas diminuições das taxas de natalidade, através

de distribuição gratuita de anticoncepcionais, operação de laqueadura e outras ações, na

diminuição das taxas de mortalidade o Estado influência através de melhoria no

saneamento básico e incentivos a medicina e na migração por causa das indústrias e

áreas mais receptivas a chegada de pessoas.

Referências

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