mpf ex - consumidor - aulas 1, 2, 3 e 4 - leonardo garcia.pdf

MPF - EX Direito do Consumidor

Professor: Leonardo Garcia ____________________________________________________________________

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QUESTES E DICAS DIREITO DO CONSUMIDOR

BIBLIOGRAFIA

DIREITO DO CONSUMIDOR Vol. 01 da Coleo Leis Especiais para Concursos Ed. Juspodivm.

DIREITO DIFUSOS E COLETIVOS Vol. 28 da Coleo Leis Especiais para Concursos Ed. Juspodivm.




Para estudo da jurisprudncia do STF e STJ

Repercusso Geral (STF) e Recursos Repetitivos(STJ) - Organizados por assunto e ramo do direito - Ed. Juspodivm

EDITAL SISTEMATIZADO MPF




Viso topogrfica do CDC

(MPF/24) 1. COM O CRESCENTE DESENVOLVIMENTO DAS RELAES COMERCIAIS E BANCRIAS, COMPLEXAS E DINMICAS, CRIARAM-SE OS CHAMADOS REGISTROS DE PROTEO AO CRDITO, NELES FIGURANDO INFORMAES NEGATIVAS DE INADIMPLENTES CONTUMAZES. O PRAZO PRESCRICIONAL PARA A MANUTENO DESSES REGISTROS DE CONSUMIDORES EM DBITO, SEGUNDO O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA :

a). de 5 (cinco) anos; b) trienal (Cdigo Civil, art. 206, pargrafo 3, inciso VIII); c) de 10 (dez) anos, dependendo da natureza da dvida (Cdigo Civil, art. 205); d) o mesmo do prazo previsto para a ao de execuo.

(MPF/24) 2. PRECONIZA O ARTIGO 51 DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR: So nulas de pleno direito, entre outras, as clusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que:

I - Impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vcios de qualquer natureza dos produtos e servios ou impliquem renncia ou




disposio de direito. Nas relaes de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurdica, a indenizao poder ser limitada, em situaes justificveis. Ante este texto, exato ressaltar que:

a) so proibidas as transaes judiciais entre o fornecedor de produtos e servios e o consumidor;

b). a nulidade da clusula de eleio de foro, em contrato de adeso, pode ser declarada de ofcio pelo juiz, que declinar de competncia para o juzo do domicilio do ru;

c) o elenco de clusulas abusivas exaustivo;

d) clusula que exime de responsabilidade somente invlida quando inserida em escritos, no o sendo se consta em tickets, cupons ou em qualquer papel impresso entregue pelo fornecedor.

(MPF/24) 3. TENDO EM VISTA O CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (CDC) REGISTRE A ALTERNATIVA CERTA:

a) a pessoa jurdica, detendo fora econmica suficiente para se proteger, no pode revestir-se da condio de consumidora;

b). os profissionais liberais so fornecedores de servios, sujeitos, portanto, disciplina do CDC, e mesmo que, ao contratarem, assumam a obrigao de resultado, a sua responsabilidade no deixa de ser subjetiva;

c)o artigo 2, ao expressar a definio de consumidor, no contempla outra modalidade de consumidor;




d) relevante, na sistemtica do CDC, a distino entre responsabilidade contratual e responsabilidade extracontratual.

(MPF/23) 4. O ARTIGO 2 DA LEI N. 8.078/90 CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - ESTEBELECE:

Art. 2. Consumidor toda pessoa fsica ou jurdica que adquire ou utiliza produto ou servio como destinatrio final.

Pargrafo nico. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indeterminveis, que haja intervindo nas relaes de consumo. Com base neste dispositivo, correto afirmar:

a) a pessoa jurdica consumidora a aquela que adquire produtos ou servios destinados ao bom desempenho de sua atividade lucrativa, desde que exista entre ela e seu fornecedor um desequilbrio que lhe favorea.

b). o pargrafo nico do art. 2 do CDC visa proteo e tutela dos interesses coletivos, considerando as categorias de consumidores ou potenciais consumidores de produtos e servios, ou grupo, classe ou categoria deles, para que seja prevenido, por exemplo, o consumo de produtos ou servios perigosos ou nocivos.

c) a acepo coletiva dos interesses ou direitos do consumidor comporta apenas a categoria dos chamados direitos difusos ou coletivos.

d) o conceito de consumidor constante do CDC apresenta-se insuficiente indicao dos destinatrios de sua proteo, sendo necessrio integrar esse conceito ao de fornecedor. Da a razo da existncia de duas correntes doutrinrias definindo o mbito de aplicao do CDC, quais sejam: a maximalista, segundo a qual o art. 2 do Cdigo deve ser interpretado o mais restritivamente possvel; e a finalista do consumo, que envereda por uma interpretao teleolgica do art. 2.




(MPF/23) 5. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA:

a). a responsabilidade civil do fornecedor por danos causados por produtos ou servios defeituosos objetiva, tendo em vista que as regras dos artigos 12 e 14 do CDC estabelecem a desnecessidade da presena de elementos subjetivos, dolo ou culpa stricto sensu, no suporte ftico do fato de consumo.

b) com relao ao fornecimento de energia eltrica, a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia firmou-se no sentido de que o consumidor, quando pessoa jurdica de direito pblico, mesmo inadimplente, no pode ter o fornecimento de energia eltrica interrompido pela concessionria, pois energia eltrica servio pblico essencial populao.

c) entre as causas excludentes da responsabilidade pelo fato do produto ou do servio, previstas nos pargrafos 3os dos artigos 12 e 14 do Cdigo de Defesa do Consumidor, est a culpa concorrente do consumidor ou de terceiros.

d) a morte de passageiro decorrente de assalto mo armada no interior do nibus acarreta a responsabilidade da empresa concessionria do servio pblico, em face do que dispe o 1 do art. 14 do CDC: 1 O servio defeituoso quando no fornece a segurana que o consumidor dele pode esperar, levando-se em considerao as circunstncias relevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;

II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam:

III - a poca em que foi fornecido.




(MPF/23) 6. OS PRINCPIOS FUNDAMENTAIS DA POLTICA NACIONAL DAS RELAES DE CONSUMO SO:

a). princpio da vulnerabilidade do consumidor, princpio da garantia de adequao, princpio da boa-f nas relaes de consumo, princpio da informao e princpio do acesso justia.

b) princpio da vulnerabilidade do consumidor, princpio da reserva legal, princpio da boa-f nas relaes de consumo, princpio da informao e princpio do acesso justia.

c) princpio da vulnerabilidade do consumidor, princpio da boa-f nas relaes de consumo, princpio da informao, princpio do acesso justia e princpio da anterioridade.

d) princpio da vulnerabilidade do consumidor, princpio da reserva legal, princpio da boa-f nas relaes de consumo, princpio da publicidade no abusiva e princpio do acesso justia.

(MPF/22) 7. ANTE O CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, CERTO AFIRMAR QUE:

a) a solidariedade no se presume, na obrigao de indenizar;

b) a massa falida, cujo regime jurdico disciplinado por lei especial, no se subsume aos princpios e regras da lei consumerista no tocante responsabilidade;

c). no caso levado a juzo, pode o magistrado aplicar-lhe as regras ex-oficio, independentemente de requerimento ou protesto das partes;




d) a culpa concorrente do consumidor afasta a responsabilidade integral do agente produtor.

(MPF/22) 8. A TCNICA DE INSERO DE PROPAGANDA DE PRODUTO (MERCHANDISING), PERANTE O CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:

a) expressamente vedada; b). nem sempre se reveste de clandestinidade; c) ignorada; d) remetida disciplina especial do Cdigo Brasileiro de Auto-Regulamentao.

(MPF/26) 9. Considerando os artigos 43 e 44 da Lei 8078/90, Cdigo de Defesa do Consumidor, que tratam dos bancos de dados e cadastros de consumidores, correto afirmar que:

a) Os bancos de dados sobre endividamento dos consumidores tm carter privado de auxiliar do comrcio e devem ser mantidos por entidades privadas que tm seu funcionamento autorizado e controlado pelo Banco Central BACEN.

b). O Sistema Nacional de Informaes e Defesa do Consumidor SINDEC o cadastro que integra em rede as aes e informaes da defesa do consumidor. Ele representa o trabalho do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e dos PROCONs, e estabelece a base tecnolgica necessria para a elaborao do Cadastro Nacional de Reclamaes dos consumidores foram atendidas, ou no, pelos fornecedores. Aplicam-se ao SINDEC, no que couberem, as mesmas regras impostas aos cadastros de consumidores.

c) A orientao sumular do Superior Tribunal de Justia STJ prev que a anotao irregular do nome do consumidor no cadastro de proteo ao crdito por erro do fornecedor gera indenizao por dano moral, independente de haver inscrio preexistente.




d) dever do estabelecimento comercial credor a notificao pessoal do consumidor devedor, por meio de carta de comunicao com aviso de recebimento, antes de proceder inscrio de seu nome no cadastro de proteo ao crdito.

(MPF/26) 10. Considerando a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia e o Captulo IV do Cdigo de Defesa do Consumidor, que tratam da qualidade de produtos e servios e da preveno e reparao dos danos causados aos consumidores, correto afirmar que:

a) A ao de indenizao dos danos sofridos em decorrncia do consumo de produto alimentcio adquirido com o prazo de validade vencido h mais de um ano deve ser ajuizada em desfavor do comerciante da mercadoria, j que o fabricante no pode ser responsabilizado pela venda do produto com validade vencida, por no ter o dever de guarda e manuteno da mercadoria.

b). O Cdigo de Defesa do Consumidor apresenta duas regras distintas para regular o direito do consumidor de reclamar. Nos casos de vcio de adequao os prazos so decadenciais de trinte dias para produto ou servio no durvel e noventa dias para produto ou servio durvel; e nos casos de defeito de segurana causados por fato do produto ou servio o prazo prescreve em cinco anos.

c) O taxista que adquire veculo para uso comercial no poder requerer a inverso do nus da prova se o veculo apresentar defeito na mangueira de alimentao de combustvel do veculo.

d) As instituies financeiras no respondem objetivamente pelos furtos, roubos e latrocnios ocorridos nas dependncias dos estabelecimentos que oferecem aos seus clientes, pois o caso fortuito nessa hiptese excludente da responsabilidade civil.




(MPF/27) 11. COM FUNDAMENTO NO CDIGO DE PROTEO E DEFESA DO CONSUMIDOR, CDC LEI 8.078/90, E NO DECRETO 2.181/97, QUE DISPE SOBRE A ORGANIZAO DO SISTEMA NACIONAL DE DEFESA DO CONSUMIDOR SNDC, CORRETO AFIRMAR QUE:

a) Integram o SNDC apenas os rgos pblicos da administrao ocupados da proteo do consumidor, sejam eles federais, estaduais, do Distrito Federal ou municipais, sem subordinao hierrquica entre eles;

b). permitido a qualquer entidade ou rgo da Administrao Pblica, federal, estadual ou municipal, destinado defesa dos interesses e direitos dos consumidores, apurar e punir infraes s relaes de consumo, no mbito de suas respectivas competncias;

c) Na hiptese de fornecedor que pratique infrao s normas do CDC que atinja consumidores em mais de um Estado, ser competente para apurao da infrao exclusivamente o PROCON do Estado no qual o fornecedor tem sua sede;

d) Os rgos e entidades do SNDC da Administrao Pblica no podem apresentar-se como amici curiae de aes judiciais em demandas que envolvam direitos de consumidores por no terem personalidade jurdica prpria, nem legitimidade judicial.

(MPF/27) 12. INTERPRETANDO O CDIGO DE PROTEO E DEFESA DO CONSUMIDOR, CDC LEI 8.078/90, A JURISPRUDNCIA RECENTE E PREDOMINANTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA STJ, ENTENDE QUE:

a) O prazo para o usurio buscar a restituio de tarifa de gua e esgoto pagos indevidamente de cinco anos, de acordo com o previsto no Cdigo de Defesa do Consumidor;

b) O desenvolvimento de molstia pulmonar imputada ao fumo configura o nexo causal necessrio ao reconhecimento da pretenso de ressarcimento do fumante, j




que o cigarro um produto que no oferece a segurana que ordinariamente se espera de produto colocado no mercado e respondero pelo dano, solidariamente, o produtor, o importador e o comerciante;

c). Equiparam-se a consumidor todas as pessoas que, embora no tenham participado diretamente da relao de consumo, venham sofrer as consequncias do evento danoso, dada a potencial gravidade que pode atingir o fato do produto, ou do servio, na modalidade vcio de qualidade por insegurana;

d) O vcio oculto de produto eletrnico, no decorrente do desgaste natural gerado pela fruio ordinria do produto, deve ser reclamado dentro do prazo contratual da garantia entabulada pelas partes.

(MPF/27) 13. COM RELAO PRESTAO DE SERVIOS PBLICOS CORRETO AFIRMAR QUE:

a) Os prestadores de servio pblico remunerados por tarifas tm responsabilidade subjetiva pelos vcios e danos ocasionados por defeitos decorrentes da prestao dos servios;

b) O servio de fornecimento de gua, por ser universal e de utilidade pblica, no pode ser tutelado pelo Cdigo de Defesa do Consumidor;

c) A cobrana indevida na fatura de energia eltrica, por culpa da concessionria, no enseja a devoluo em dobro prevista no pargrafo nico do artigo 42 do Cdigo de Defesa do Consumidor, por se tratar de tarifa pblica no contratual;

d). A Agncia Nacional de Energia Eltrica ANEEL e a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA tm competncia legal para atuar na proteo e defesa dos consumidores.




(MPF/27) 14. COM RELAO AOS PRODUTOS COLOCADOS DISPOSIO DOS CONSUMIDORES NO MERCADO, O CDIGO DE PROTEO E DEFESA DO CONSUMIDOR, CDC LEI 8.078/90, PREV QUE:

a). O pacote de arroz que anuncia em seu rtulo conter o contedo lquido de um quilo, ensacado pela empresa XYZ, mas que contenha apenas 800 gramas tem um vcio de produto e o prazo para reclamar contra qualquer dos fornecedores que integram a cadeia de fornecimento solidariamente caduca em 30 dias;

b) O pacote de arroz que anuncia em seu rtulo conter o contedo lquido de um quilo, ensacado pela empresa XYZ, que contenha excesso de pesticida nocivo sade humana tem um defeito de segurana, fato do produto, e o prazo para que seja efetuada a reclamao solidria contra o fabricante ou o comerciante decadencial de 120 dias, a partir da data da compra;

c) O arroz vendido a granel, pesado em frente ao consumidor, que contenha soda custica nociva sade humana tem um defeito de segurana, fato do produto, e o prazo para o consumidor que passou mal ao ingerir o cereal efetuar reclamao contra o comerciante ou o produtor prescricional de 2 anos;

d) O consumidor que sofrer dano irreparvel ao consumir arroz ensacado pela empresa XYZ tem prazo decadencial de 2 anos para propor ao contra o fabricante. A responsabilidade por fato do produto que colocou em risco a sade e a segurana do consumidor da empresa XYZ objetiva no havendo excludentes de responsabilidade.

(MPF/27) 15. ACERCA DOS PRINCPIOS E DIREITOS BSICOS DO CONSUMIDOR CORRETO AFIRMAR QUE:

a) O reconhecimento da nulidade de uma clusula contratual abusiva que estabelea prestao desproporcional, ou a torne excessivamente onerosa, invalida todo o contrato firmado entre fornecedor e consumidor, acarretando o reconhecimento de sua invalidade;




b). nula de pleno direito a clusula contratual que determine a utilizao compulsria de arbitragem para a resoluo dos litgios entre consumidor e fornecedor;

c) O Cdigo de Proteo e Defesa do Consumidor Lei 8.078/90 veda expressamente a instituio de compromisso arbitral e a realizao de arbitragem, mesmo que de comum acordo entre consumidor e fornecedor;

d) No caracteriza o dano moral passvel de reparao a simples devoluo indevida de cheque por instituio financeira, cabendo ao consumidor comprovar que o ato causou-lhe desconforto, transtorno ou prejuzo.

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