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Todos os direitos reservados ao Master Juris. São proibidas a reprodução e quaisquer outras formas de compartilhamento. CEM CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER MPF: 29º CPR 1ª fase Banca: Própria do MPF Período 2006 2016

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CEM

CADERNO DE EXERCÍCIOS MASTER

MPF: 29º CPR

1ª fase Banca: Própria do MPF

Período 2006 – 2016

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Sumário

DIREITO FINANCEIRO ................................................................................................................................ 4

Princípios Orçamentários ......................................................................................................................... 4

Despesa Pública ......................................................................................................................................... 4

DIREITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................................... 5

Administração Indireta ............................................................................................................................. 5

Agências Reguladoras e Executivas ........................................................................................................ 6

DIREITO AMBIENTAL .................................................................................................................................. 6

Competências constitucionais.................................................................................................................. 6

DIREITO CIVIL ............................................................................................................................................... 7

Direito das Obrigações .............................................................................................................................. 7

DIREITO CONSTITUCIONAL ..................................................................................................................... 8

Direitos Fundamentais .............................................................................................................................. 8

DIREITO ECONÔMICO .............................................................................................................................. 10

Ordem constitucional econômica .......................................................................................................... 10

Intervenção do Estado no domínio econômico ................................................................................... 11

Defesa da Concorrência .......................................................................................................................... 13

DIREITO ELEITORAL .................................................................................................................................. 16

Princípios .................................................................................................................................................. 16

Propaganda eleitoral ............................................................................................................................... 18

Condutas vedadas aos agentes públicos .............................................................................................. 20

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO ........................................................................... 21

Direito dos Tratados (DIP) ..................................................................................................................... 21

Relações Consulares (DIP) ..................................................................................................................... 22

Tratados internacionais de direitos humanos (DIP) ........................................................................... 23

Direito Internacional Privado ................................................................................................................ 24

DIREITO PENAL .......................................................................................................................................... 24

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Prescrição .................................................................................................................................................. 24

Crimes Contra o Patrimônio .................................................................................................................. 26

DIREITO PROCESSUAL PENAL ............................................................................................................... 28

Competência ............................................................................................................................................. 28

Procedimento comum ............................................................................................................................. 35

Rito Sumaríssimo (Lei 9.099/95) ........................................................................................................... 37

Procedimento dos Crimes da Competência do Tribunal do Júri ..................................................... 39

DIREITO TRIBUTÁRIO ............................................................................................................................... 40

Impostos .................................................................................................................................................... 40

DIREITO DO CONSUMIDOR .................................................................................................................... 44

Características, Princípios e Disposições Gerais ................................................................................. 44

GABARITO .................................................................................................................................................... 46

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DIREITO FINANCEIRO

Princípios Orçamentários

1) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 À VISTA DO PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ORÇAMENTÁRIA É EXATO ASSEVERAR QUE, NO BRASIL: a) o período relativo ao exercício financeiro nem sempre coincide com o ano civil; b) vigora o regime de competência (orçamento do exercício); c) prevalece o regime de caixa (orçamento de gestão); d) não são admissíveis atenuações a esse princípio, posto ele representa, no Estado Democrático de Direito, expressiva manifestação do postulado da segurança jurídica e do controle das contas públicas. 2) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) O desvio na realização de gastos públicos costuma ocorrer mediante, dentre outros expedientes, contingenciamento de despesas; b) Constitui princípio absoluto previsto no Estatuto Político Fundamental a não vinculação de receita de impostos; c) O princípio da responsabilidade na gestão fiscal proíbe, em qualquer hipótese, renúncia tributária; d) A instituição de fundos, à vista da circunstância de emergência, pode ocorrer por intermédio de lei ordinária.

Despesa Pública

3) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) a realização de despesa pública passa por três fases distintas: o empenho, a liquidação e o pagamento. Quando se tratar de obras, serviços e compras, a realização de despesas será precedida de licitação;

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b) o empenho é ato pelo qual se reserva. do total da dotação orçamentária, a quantia necessária ao pagamento. A nota de empenho cria para o credor da administração pública o direito subjetivo ao pagamento, autorizando-o, inclusive, a promover a cobrança do crédito mediante processo de execução, na forma do art. 730 e seguintes do Código de Processo Civil; c) o pagamento é a última fase da realização da despesa pública. Precede-o a ordem de pagamento, que é o despacho proferido pelo ordenador da despesa (autoridade legalmente competente para a prática do ato); d) é na fase da liquidação que a Administração verifica o direito adquirido pelo credor, tendo por base os documentos comprobatórios da despesa. Examinam-se a conformidade entre o contrato, a nota de empenho e os comprovantes da entrega do material ou da prestação efetiva do serviço.

DIREITO ADMINISTRATIVO

Administração Indireta

4) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 COM RELAÇÃO ÀS EMPRESAS PÚBLICAS, SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTAS E ENTIDADES ESTATAIS A JURISPRUDÊNCIA DO EG. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF É NO SEGUINTE SENTIDO: a) Os privilégios da Fazenda Pública são inextensíveis às sociedades de economia mista que executam atividades econômicas em regime de concorrência ou que tenham como objetivo distribuir lucros aos seus acionistas; b) A regra constitucional que submete as empresas públicas ao regime jurídico próprio das empresas privadas elide a aplicação a esses entes do artigo 37, II da Constituição Federal que prevê a necessidade de realização de concurso público para a investidura em cargo ou emprego; c) É competente a Justiça Federal para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista, cujo foro é o mesmo da Fazenda Pública; d) A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é uma empresa pública que não goza dos seguintes privilégios da fazenda pública: impenhorabilidade dos seus bens, privilégios fiscais, prazos e custas processuais. 5) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 É CORRETO AFIRMAR QUE: a) são autarquias especiais as agências reguladoras independentes, as agências de fomento e as universidades. b) a OAB é uma autarquia especial, de onde a exigência de concurso público para a admissão dos contratados sob o regime trabalhista, segundo o STF.

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c) a autonomia das autarquias projeta-se no plano financeiro, vedada a transferência de recursos do orçamento do ente que a instituiu. d) o Conselho Federal de Medicina exerce poder de polícia.

Agências Reguladoras e Executivas

6) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 AS AGÊNCIAS REGULADORAS FORAM CRIADAS COM A FINALIDADE DE NORMATIZAR OS MERCADOS ECONÔMICOS E EQUILIBRAR AS RELAÇÕES ENTRE OS AGENTES. COM FUNDAMENTO NA LEI, NA DOUTRINA ESPECIALIZADA E NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PODE-SE AFIRMAR QUE: a) A independência das agências reguladoras é mitigada pelo controle de juridicidade prévio exercido pelas suas procuradorias, que são vinculadas à Advocacia-Geral da União; pela possibilidade de reexame "a posteríorí" de seus atos pelo Poder Judiciário; pela vinculação de seu poder normativo à lei; e, pelo controle financeiro realizado pelo Tribunal de Contas; b) A autonomia financeira e administrativa das agências se caracterizam pela liberdade de gestão, sendo-lhes permitido arrecadar receitas próprias e organizar suas despesas, sem ingerência dos Poderes Executivo ou Legislativo nos aspectos financeiros e contábeis das despesas relativas às atividades meio e fim; c) O sistema constitucional brasileiro não adota o princípio da deslegalização. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional o poder normativo delegado às Agências reguladoras, impedindo-as de editar atos que normatizem obrigações a serem observadas pelos entes que compõem o mercado regulado; d) No plano Federal as agências reguladoras estão previstas no texto constitucional e foram constituídas como autarquias, integrantes da administração direta, vinculadas à Presidência da República, com subordinação hierárquica entre elas e o Ministério competente para tratar da respectiva atividade.

DIREITO AMBIENTAL

Competências constitucionais

7) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 LEI ESTADUAL CONFERIA A PROTEÇÃO, GUARDA E RESPONSABILIDADE PELOS SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS E SEUS ACERVOS AOS MUNICÍPIOS EM QUE SE LOCALIZASSEM.

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a) Essa lei foi declarada inconstitucional porque a competência comum para proteger os sítios arqueológicos não pode ser afastada do Estado e da União. b) Essa lei foi declarada inconstitucional porque a competência legislativa sobre responsabilidade por dano a bens de valor histórico e paisagístico é privativa da União. c) Essa lei foi considerada constitucional porque o Estado possui competência legislativa suplementar exclusiva para cuidar da proteção ao patrimônio histórico-cultural. d) Essa lei foi considerada constitucional porque se trata de competência dos municípios para legislar sobre assuntos de interesse local.

DIREITO CIVIL

Direito das Obrigações

8) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 DE ACORDO COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: I - A dívida condominial constitui uma obrigação propter rem, cuja prestação não deriva da vontade do devedor, mas de sua condição de titular do direito real. II - O dever de pagar pelo serviço de fornecimento de água tem a natureza jurídica de obrigação propter rem, uma vez que se vincula à titularidade do bem. III - A necessidade de reparação integral da lesão causada ao meio ambiente permite a cumulação de obrigações de fazer, não fazer e indenizar, que têm natureza propter rem. IV - As contribuições criadas por Associações de Moradores podem ser equiparadas, para fins de direito, a despesas condominiais, tendo a dívida natureza propter rem. Das proposições acima: a) I e II são corretas; b) I e III são corretas; c) I e IV são corretas; d) Todas são corretas.

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DIREITO CONSTITUCIONAL

Direitos Fundamentais

9) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) O conceito de "relação especial de sujeição" deve ser entendido como parâmetro interpretativo exclusivo no que diz respeito às restrições de direitos fundamentais dos presos; b) Segundo o STF, as pessoas jurídicas de direito público podem ser titulares de direitos fundamentais; c) O STF entendeu ser possível a coleta de material biológico da placenta, com o propósito de fazer exame de DNA para averiguar a paternidade do nascituro, mesmo diante da oposição da mãe, ponderando, dentre outros, o direito à intimidade da presa e o direito à honra e à imagem de policiais federais acusados de seu estupro; d) O STF afastou a coisa julgada em ação de investigação de paternidade, considerando que o princípio da segurança jurídica não pode prevalecer em detrimento da dignidade da pessoa humana, sob a perspectiva dos direitos à identidade genética e à personalidade do indivíduo. 10) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA GARANTE QUE: I - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; II - em processo administrativo ou judicial, aos litigantes e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa , com os meios e recursos a ela inerentes; III - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; IV provas obtidas por meios ilicitos são inadmissíveis no processo . Analisando-se as assertivas acima, podemos afirmar que : a) todas estão corretas; b) apenas as de números I, III e IV estão corretas ; c) estão corretas somente as de números I, II e III; d) apenas as de números I e III estão corretas.

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11) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 OS TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS SOBRE DIREITOS HUMANOS: I - têm sempre o valor de normas infraconstitucionais em qualquer hipótese , prevalecendo a lei se com eles for incompatível; II - com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações deles decorrentes, nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, podem servir de fundamento ao Procurador-Geral da República para suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça. em qualquer fase do inquérito ou processo , incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal; III - como os tratados, convenções e atos internacionais em geral , são celebrados pelo Presidente da República, como Chefe de Estado, e sujeitos a referendo do Congresso Nacional; IV - que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. Analisando-se as asserções acima, podemos afirmar que : a) estão corretas somente as de números I, II e III ; b) somente as de números II . III e IV estão corretas; c) todas estão corretas; d) apenas as de números I e III estão corretas 12) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 DENTRE OS ENUNCIADOS ABAIXO, ESTÃO CORRETOS: I - O exercício dos direitos fundamentais pode ser facultativo, sujeito, inclusive, a negociação ou mesmo prazo fatal; II - A proibição de retrocesso é uma proteção contra efeitos retroativos e tem expressa previsão constitucional na proibição de ofensa ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada e ao direito adquirido; III - Salvo em relação às reservas legais, para que a diminuição na proteção de um direito fundamental seja permitida, é preciso que haja justificativa também de estatura fundamental, que se preserve o núcleo do direito envolvido e que se observe o princípio da proporcionalidade; IV - Pela teoria interna, o conflito entre direitos fundamentais é meramente aparente, na medida em que é superado pela determinação do verdadeiro conteúdo dos direitos envolvidos. a) I, II e IV b) I, III e IV c) I e III

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d) I e IV 13) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) Para o Supremo Tribunal Federal, o art. 384 da Consolidação das Leis do Trabalho, que determina, em caso de prorrogação do horário normal de trabalho da mulher, a obrigatoriedade de um descanso mínimo de 15 (quinze) minutos antes do início do período extraordinário, não foi recepcionado pela atual Constituição, por ofensa ao princípio da igualdade e por gerar ônus excessivo às mulheres; b) O STF, por meio do exercício da ponderação de interesses, já permitiu o ingresso de policiais, durante a madrugada, em escritório de advocacia para a instalação de escuta ambiental; c) O STF decidiu que mostrar as nádegas em público, em reação às vaias da plateia, não está inserido na liberdade de expressão; d) No entendimento do STF, as pessoas jurídicas têm direito a assistência jurídica gratuita, bastando-lhes alegar insuficiência de recursos.

DIREITO ECONÔMICO

Ordem constitucional econômica

14) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 A ATUAL CONSTITUlÇÃO FEDERAL ELEGEU COMO PRECEITOS FUNDAMENTAlS DA ORDEM ECONÔMICA A VALORIZAÇÃO DO TRABALHO HUMANO, A LIVRE CONCORRENCIA, A EXISTÊNCIA DIGNA E A JUSTIÇA SOCIAL. COM BASE NOS CITADOS PRECEITOS, E NOS PRINCIPIOS ELENCADOS NOS INCISOS I A IX DO ARTIGO 170 DA CARTA MAGNA, É CORRETO AFIRMAR QUE: a) É inconstitucional lei que concede passe livre às pessoas portadoras de deficiências, por afronta aos principios da ordem econômica, da livre iniciativa e do direito de propriedade; b) É inconstitucional o conjunto de normas de comércio exterior que proibe a importação de pneumáticos usados por afronta ao principio do livre exercicio da atividade econômica; c) É inconstitucional o privilégio da exclusividade no envio de objeto postal de um remetente para endereço final e determinado concedido à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT, por afronta ao principio da livre concorrência; d) É inconstitucional Lei Municipal que impede a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área, por afronta ao principio da livre concorrência.

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15) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 COM FUNDAMENTO NOS ARTIGOS 176 E 20, VIll E IX DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, QUE SE REFEREM AOS POTENCIAIS DE ENERGIA HIDRÁULICA E AOS RECURSOS MINERAIS, É CORRETO AFIRMAR QUE: a) O particular pode desenvolver trabalhos de pesquisa de jazidas mineral ou fóssil em terra de sua propriedade, mediante autorização por alvará de pesquisa do Departamento Nacional de Produção Mineral DNMP; b) O particular proprietário da terra não pode se opor à pesquisa mineralógica em seu subsolo e. se apurada a existência da jazida, fará jus à concessão da lavra sem prazo determinado, que poderá ser cedida ou transferida, total ou parcialmente, por contrato particular entre as partes; c) A pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indigenas só podem ser efetivadas com autorização do Ministério de Minas e Energia. após a oitiva da Fundação Nacional do indio FUNAI; d) Compete ao Ministério da Defesa deliberar de forma vinculante e terminativa sobre a preservação e exploração dos recursos naturais na faixa de fronteiras.

Intervenção do Estado no domínio econômico

16) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 SOBRE AS AGÊNCIAS REGULADORAS É CORRETO AFIRMAR QUE: a) Nos termos da Lei 9.472/97, a Agência Nacional de Telecomunicações ANATEL é uma autarquia especial, administrativamente independente e financeiramente autônoma, que tem entre suas atribuições a outorga dos serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens; b) A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustiveis (ANP) é uma autarquia especial,vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que tem por finalidade a regulação e fiscalização das atividades econômicas relacionadas à indústria do petróleo, inclusive a fixação do preço final máximo da gasolina aos consumidores; c) A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), criada pela Lei 9.961/2000, é vinculada ao Ministério da Saúde, e tem por finalidade a promoção da defesa do interesse público na assistência suplementar á saúde, regulando as operadoras setoriais e podendo estabelecer critérios de aferição e controle da qualidade dos serviços oferecidos pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde, bem como normatizar os conceitos de doença e lesão preexistentes; d) Nos termos da Lei 9.782/99, a segurança sanitária de produtos e serviços que envolvam risco à saúde pública dos consumidores nas áreas de portos, aeroportos e fronteiras não são de competência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA. mas da Policia Federal. 17) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 O CONCEITO DE "MERCADO RELEVANTE",USADO NO DIREITO CONCORRENCIAL: .

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a) Faz referencia a importância relativa de um mercado em comparação a outro, para efeito da imposição de sanção, como no caso do mercado de medicamentos, que è mais relevante do que o mercado de brinquedos, por exemplo. b) É utilizado para referir-se ao espaço geográfico onde determinada conduta possa causar impacto c) É utilizado para referir-se ao tipo de produto ou de serviço que teria sido afetado pela prática de abuso de poder econômico sob investigação. d) As respostas b) e c) estão corretas. 18) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 DO SISTEMA OU MODELO ECONÔMICO ADOTADO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, RESSAI UM ESTADO: a) intervencionista; b) em que predomina a economia de mercado pura, realçada pela liberdade de iniciativa; c) que atua em regime monopolista, com direito de propriedade limitado; d) no qual as relações de produção estão assentadas na propriedade privada dos bens em geral, dos fatores de produção, na ampla liberdade de iniciativa e de concorrência. 19) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 CONSIDERANDO A INTERVENÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) quando o Estado intervém no domínio econômico praticando "ato econômico", seja direta ou indiretamente, ele se faz empresário. com o intuito de participar da economia de mercado ao lado dos entes particulares com eles concorrendo . Por isso, submete-se às mesmas normas de direito que os particulares, porque também visa, tanto quanto esses, a obtenção de lucros . b) o modelo do Estado liberal admite os principias de liberdade de iniciativa, liberdade de concorrência e não-intervenção estatal no domínio econômico. desde que a economia esteja organizada e o mercado funcionando equilibradamente. c) o modelo econômico brasileiro. na forma em que previsto no art. 173 e parágrafos da Constituição Federal, é capitalista , fundado na livre iniciativa, mas com previsão da possibilidade de intervenção do Estado na economia . d) o artigo 173 , § 4º , da Constituição Federal assevera que deverão ser reprimidas as práticas consistentes em abuso do poder econômico que visem: (i) domínio dos mercados; (li) eliminação da concorrência; e (iii) aumento arbitrário de lucros. Tal norma encerra em numerus clausus as hipóteses de abuso do poder econômico 20) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 DENTRE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO, ALGUMAS SÃO FALSAS E, OUTRAS, VERDADEIRAS

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I - A CVM - Comissão de Valores Mobiliários - é uma autarquia em regime especial, encerrando os elementos e características inerentes às agências reguladoras, embora não tenha recebido a designação de "agência". II - Todas as empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividades econômicas. além de supervisão do Tribunal de Contas da União, estão jungidas a que o Presidente da República indique os representantes do governo nas assembléias gerai s e órgãos administrativos de cúpula de tais sociedades. III - As sociedades de economia mista exploradoras de atividades econômicas, no que se refere ao cumprimento de seus objetivos sociais, ou seja. de suas atividades econômicas e empresariais. são regidas pelas normas jurídicas do direito privado. Nada obstante, submetem-se ao regime da administração pública para licitação e contratação de mão-de-obra e serviços. IV - O termo "incorporação" é definido na lei como a operação pela qua l uma ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações. Das proposições acima: a) nenhum a das alternativa é correta b) todas as alternativas estão corretas c) somente as alternativas I, III e IV estão corretas d) somente as alternativas I, II e IV estão corretas

Defesa da Concorrência

21) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 A NOVA LEI ANTITRUSTE BRASILEIRA, LEI 12.529/11, EXPRESSAMENTE PREVÊ QUE: a) O Procurador-Geral da República designará membro do Ministério Público Federal para oficiar em todos os casos sujeitos à apreciação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), tanto em atos de concentração, quanto na apuração de condutas anticompetitivas; b) As decisões do plenário do Tribunal Administrativo de Defesa Econômica que imponham sanções administrativas por infrações à ordem econômica em processos instaurados pela Superintendência-Geral são passíveis de revisão no âmbito do poder Executivo, suspendendo-se a sua execução enquanto perdurar o recurso administrativo; c) A Superintendência-Geral do CADE pode promover procedimento preparatório de inquérito administrativo e inquérito administrativo para apurar infrações à ordem econômica e pode decidir pela insubsistência de indícios arquivando os autos de inquérito administrativo; d) O Superintendente-Geral do CADE é nomeado pelo Ministro da Justiça e pode ser exonerado ad nutum.

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22) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 SOBRE A LEGISLAÇÃO ANTITRUSTE BRASILEIRA É CORRETO AFIRMAR QUE: a) A Lei 12.529/11 instituiu o controle prévio dos atos de concentração, exigindo que todas as empresas aguardem a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) antes de implementarem os seus processos de fusão, sob pena de nulidade; b) O acordo de leniência pode ser celebrado pela Superintendência-Geral do CADE em qualquer fase investigativa, com pessoa física, ou jurídica, autora da infração à ordem econômica que colabore efetivamente com a investigação identificando os demais envolvidos na infração e fornecendo informações e documentos que comprovem a infração noticiada ou sob investigação; c) O termo de compromisso de cessação da prática sob investigação ou dos seus efeitos lesivos é um acordo firmado pela Superintendência-Geral do CADE que poderá ser realizado em qualquer fase do procedimento administrativo e ter caráter confidencial; d) A apresentação de proposta de termo de compromisso de cessação importa em confissão da ilicitude da conduta, impõe o fornecimento de provas acerca das práticas que o compromissário reconhece a priori como ilícitas e suspende o andamento do processo administrativo. 23) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 A COMPETÊNCIA DO CADE: a) Compreende o poder de decidir conflitos intersubjetivos de interesse entre concorrentes, envolvendo questões concorrenciais. b) Não compreende o poder de decidir quaisquer conflitos intersubjetivos de interesse entre concorrentes. c) Não se aplica aos entes públicos estaduais e municipais, pois o CADE é uma autarquia federal. d) Também é exercida na solução de infrações ao Código do Consumidor. 24) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 SE DETERMINADA OPERAÇÃO REALIZADA POR EMPRESA CAUSAR RESTRIÇÃO À CONCORRENCIA: a) Essa operação será considerada uma mfraçao antitruste. b) Essa operação poderá ser considerada lícita,dependendo das eficiências que ocasionar. c) Essa operação será considerada iícita se realizada por uma empresa estatal em regime de monopólio legal. d) Essa operação será considerada lícita se não houver oposição pelos demais concorrentes nesse mesmo mercado. 25)Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 UM ACORDO DE PREÇOS ENTRE EMPRESAS CONCORRENTES:

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a) Será licito, se se tratar apenas de preço sugerido. b) Será lícito, se for um acordo de preços máximos. c) Será licito, se autorizado previamente pela respectiva associação de classe, por unanimidade. d) Será considerado ilegal, como regra. 26) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 A LEI 12.52912011, QUE ESTRUTURA O SISTEMA BRASILEIRO DA CONCORRÊNCIA, INOVOU O DIREITO ANTITRUSTE BRASILEIRO AO PREVER QUE: a) O conceito de mercado relevante para verificação do abuso de poder econômico passou a ser definido objetivamente pela dimensão geográfica e territorial onde o produto ou serviço é vendido ou prestado. b) Serão submetidos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE os atos de concentração econômica entre grupos que detenham conjuntamente mais de 30% do mercado e faturamento bruto anual mínimo de R$ 100 milhões registrados no último balanço. c) O controle dos atos de concentração será prévio, impedindo a criação de fatos consumados que gerem dificuldades econômicas e sociais para o desfazimento do negócio e a sua reversão. d) Não há prazo preclusivo para o controle do ato de concentração pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, possibilitando a análise minuciosa de todas as variáveis e condicionantes da operação. 27) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 COM BASE NA LEI 12.529/2011, QUE REGULA OS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA PREVENÇÃO, APURAÇÃO E REPRESSÃO DE INFRAÇÃO À ORDEM ECONÔMICA NO SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA, É CORRETO AFIRMAR QUE: a) O acordo de leniência é celebrado pelo presidente do Tribunal Administrativo de Defesa Econômica com todas as empresas ou pessoas jurídicas que possam colaborar com as investigações de infrações à ordem econômica; b) A Agência Reguladora poderá recorrer ao Tribunal Administrativo de Defesa Econômica contra a decisão da Superintendência-Geral do CADE que aprovar ato de concentração entre empresas que atuem no seu mercado regulado; c) No processo administrativo instaurado para prevenção, apuração e repressão de infração à ordem econômica, somente se admite a intervenção de terceiros titulares de direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada; d) O acordo de leniência não impede o oferecimento de denúncia criminal com relação ao agente beneficiário da leniência e nem suspende o curso do prazo prescricional dos crimes contra a ordem econômica e dos demais crimes relacionados à pratica de cartel.

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DIREITO ELEITORAL

Princípios

28) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 EM RELAÇÃO AOS DIREITOS POLÍTICOS, PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, É CORRETO AFIRMAR: a) A soberania popular ser exercida somente pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, inclusive na hipótese de ocorrer a vacância para os cargos de Presidente e Vice-Presidente nos últimos dois anos do período presidencial. b) A soberania popular ser exercida, inclusive, nos termos da lei complementar, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular, sendo esta admitida somente para elaboração de leis federais. c) A soberania popular ser exercida, inclusive, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular, sendo esta admitida também para apresentação de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através da manifestação de pelo menos, 5% (cinco por cento) do eleitorado. d) A soberania popular ser exercida, inclusive, nos termos da lei complementar, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular, sendo da competência exclusiva da Câmara dos Deputados, composta por representantes do povo, autorizar referendo, plebiscito e a iniciativa popular. 29) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 SOBRE AS INELEGIBILIDADES CONSTITUCIONAIS E INFRACONSTITUCIONAIS, É CORRETO AFIRMAR: a) São requisitos positivos, na forma da lei, a nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos; o alistamento eleitoral, entre outros. b) São requisitos negativos, pois sua ausência acarreta restrições aos direitos políticos, tais como a falta de domicílio eleitoral na circunscrição; a ausência de filiação partidária um ano antes da eleição; a falta da idade mínima na data da eleição, em relação aos cargos definidos na Constituição. c) Para concorrer ao cargo de Governador, o Prefeito deve renunciar ao respectivo mandato até seis meses antes do pleito. d) Somente a Constituição pode prever os casos de inelegibilidade por serem restrições aos direitos políticos, cabendo a lei complementar estabelecer somente os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício de mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de cargo ou emprego na administração

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direta ou indireta. 30) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 A SUSPENSÃO DOS DIREITOS POLITICOS EM VIRTUDE DE CONDENAÇÃO CRIMINAL TRANSITADA EM JULGADO: a) só ocorre quando a sentença condenatória expressamente a declarar não constituindo seu efeito automático; b) para cessar depende do cumprimento da pena, da declaração da reabilitação do condenado e, quando for o caso, da comprovação da reparação dos danos causados à vitima; c) não ocorre quando a sentença condenatória aplicar exclusivamente pena de muita; d) perdura durante o periodo de prova da suspensão condicional da pena. 31) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 OS DIREITOS POLÍTICOS NO SISTEMA CONSTITUCIONAL ELEITORAL DO BRASIL: a) Compreendem o alistamento não obrigatório e o voto obrigatório, porém o eleitor deve se vincular a uma circunscrição eleitoral havendo relação com o seu domicilio, o qual não se confunde com o domicílio civil. b) São exercidos apenas pelos brasileiros natos, desde que presentes os requisitos de domicílio eleitoral, alistamento, idade mínima, ausência de condenação criminal, condições de elegibilidade e ausência de hipóteses de inelegibilidade. c) Estão entre os direitos fundamentais e se manifestam, além das eleições para os cargos públicos, através do plebiscito e referendo e a necessidade de prévia consulta á população para a elaboração das resoluções do Tribunal Superior Eleitoral. d) Envolve a cidadania ativa e passiva, sendo um dos pilares do Estado democrático de direito, inexistindo possibilidade de cassação. 32) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 CONSIDERANDO AS SEGUINTES ASSERTIVAS: I - O eleitor brasileiro residente no exterior poderá votar em candidatos a deputado federal, a senador e a presidente da República se tiver requerido inscrição até cento e cinquenta e um dias antes do dia da eleição; II - O domicilio eleitoral é necessariamente o lugar em que o eleitor reside e tem seu domicílio fiscal; III - Enquanto durarem os efeitos de condenação criminal transitada em julgado por crime de peculato, os direitos políticos ficam suspensos;

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Pode-se afirmar que: a) todas estão erradas b) apenas I está certa c) apenas II está certa d) apenas III está certa 33) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 CONSIDERANDO AS SEGUINTES ASSERTIVAS: I - O voto é obrigatório para maiores de dezesseis anos, se conscritos; II - O plebiscito, o referendo e as leis de iniciativa popular são as únicas formas de soberania popular previstas na Constituição da República; III - O brasileiro naturalizado pode ser candidato a Deputado Federal, mas não pode ser candidato a Senador; Pode-se afirmar que: a) todas estão erradas b) apenas I não está errada c) apenas II não está errada d) apenas III não está errada

Propaganda eleitoral

34) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: (propaganda) a) a propaganda eleitoral somente é permitida após 5 (cinco) de julho do ano da eleição e apenas pode ser veiculada pelos candidatos que já tenham obtido da justiça eleitoral o deferimento do registro de suas candidaturas; b) a veiculação de propaganda eleitoral em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade; c) a realização de comicios eleitorais em locais públicos depende de licença do poder público municipal, a fim de que este garanta o direito contra quem tencione usar o local no mesmo dia e horário, bem como para que sejam tomadas as providências necessárias à garantia da realização do ato e ao funcionamento do tráfego e dos serviços públicos que o evento possa afetar; d) a partir de 1° de julho do ano da eleição é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal, transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção, exceto se o programa for preexistente.

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35) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 RELATIVAMENTE À PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNET, É CORRETO AFIRMAR QUE: a) é permitida a divulgação paga de propaganda eleitoral em jornais, ficando entretanto vedada a reprodução na internet da edição do jornal impresso que conter essas propagandas; b) é permitida por meio de blogs, redes sociais, sitios de mensagens instantâneas e assemelhados, cujos conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural; c) é permitida a sua veiculação, desde que gratuitamente, em sitios de pessoas juridicas sem fim lucrativos; d) a lei eleitoral não prevê direito de resposta relativamente à propaganda eleitoral divulgada na internet, devendo os interessados ingressar na justiça comum para coibir eventuais excessos de liberdade de opinião. 36) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 A VEICULAÇÃO DE PROPAGANDA ELEITORAL EM LOJAS E ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, NAS QUAIS A POPULAÇÃO EM GERAL TEM ACESSO: a) é permitida, na medida que em bens particulares a propaganda eleitoral independe de obtenção de licença municipal e de autorização da Justiça Eleitoral. b) é permitida, por meio da fixação de faixas placas, cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a quatro metros quadrados; c) é permitida, desde que espontânea e gratuita, sendo vedado qualquer tipo de pagamento em troca de espaço para esta finalidade; d) é vedada a veiculação de propaganda de qualquer natureza nesses estabelecimentos. 37) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 CONFORME A LEGISLAÇÃO ATUAL SOBRE ARRECADAÇAO E APLICAÇAO DOS RECURSOS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) é vedado a candidato receber doação para a campanha de entidade esportiva, independentemente dela receber ou não recursos públicos; b) é vedado a candidato receber doação para a campanha de empresa comercial pelo simples fato desta estar recebendo pagamentos da administração pública em decorrência do cumprimento de regular contrato de fornecimento de bens e serviços firmado após licitação, mesmo ela não sendo concessionária ou permissionária de serviço público e não incidindo em outra hipótese de vedação legal; c) as despesas com transporte ou deslocamento de candidato e de pessoal a serviço das candidaturas não são considerados gastos eleitorais, não estão sujeitos a registro e não precisam ser declarados na prestação de contas do candidato; d) para registrar o movimento financeiro de sua campanha o candidato deverá exclusivamente utilizar suas contas bancárias pessoais, registradas com o seu CPF (Cadastro de Pessoa Fisica), ou

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a conta bancária do respectivo partido político. 38) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 NO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO HÁ NECESSIDADE DE TUTELA JURÍDICA DA PROPAGANDA ELEITORAL COM O ESTABELECIMENTO DE PRERROGATIVAS E LIMITAÇÕES. NO REGIME JURÍDICO DA PROPAGANDA ELEITORAL: a) É permitida a propaganda em todo o ano das eleições para os partidos políticos, os quais podem usar do espaço partidário no rádio e televisão para divulgar seus précandidatos, porém, os candidatos só podem fazer propaganda após aprovação em convenção partidária. b) Não é possível a utilização de camisetas com divulgação de candidatos, outdoors ( cartazes explorados comercialmente) e amplificadores de som. c) Além da atividade jurisdicional a Justiça Eleitoral exerce o poder de polícia, sendo vedada a censura e desnecessária a prévia autorização para o ato de propaganda. d) Apenas o candidato pode sofrer sanção eleitoral por propaganda ilícita, desde que haja prévio conhecimento mediante a devida intimação para providenciar a sua retirada.

Condutas vedadas aos agentes públicos

39) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 DIRIGENTE DE ÓRGÃO PÚBLICO MUNICIPAL, ATENDENDO A PEDIDO DE CANDIDATO À VEREANÇA, FAZ COM QUE OS SERVIDORES A ELE SUBORDINADOS, NO MÊS QUE ANTECEDE ÀS ELElÇÕES E DURANTE O HORÁRIO DE TRABALHO, USEM AS LINHAS TELEFÔNICAS DO ÓRGÃO PARA FAZER LIGAÇÕES TELEFÔNICAS A INÚMEROS ELEITORES, PEDINDO O VOTO PARA O REFERIDO CANDIDATO. COM ESSES ELEMENTOS, ASSINALE QUAL DAS MEDIDAS JUDICIAIS ABAIXO DEVERA O MINISTERIO PÚBLICO ELEITORAL AJUIZAR PARA BUSCAR TANTO A CASSAÇAO DO REGISTRO OU DO DIPLOMA DO CANDIDATO COMO A APLICAÇAO DE PENA DE MULTA AO AGENTE PÚBLICO RESPONSÁVEL: a) representação por captação iiicita de sufrágio,de que trata o artigo 41A da Lei das Eleições (Lei n° 9.504/97); b) representação por arrecadação ou gastos ilicitos de campanha, de que trata o artigo 30A, §2º , da Lei das Eleiçóes (Lei n.° 9.504/97); c) representação por conduta vedada, de que trata o' artigo 73 da Lei das Eieições (Lei n.° 9.504/97); d) ação de investigaçao Judicial eieitoral para apurar o uso indevido de meio de comunicação social , de que trata o artigo 22 da Lei Complementar nº 64/90 40) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 COM O ADVENTO DA REELEIÇÃO, O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO PASSOU A

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TIPIFICAR ALGUMAS CONDUTAS E ESTABELECER SUA PROIBIÇÃO. SÃO AS CHAMADAS CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS EM CAMPANHA. NO SEU REGIME JURÍDICO: a) O candidato pode usar bens imóveis pertencentes á administração direta desde que haja ressarcimento aos cofres públicos e seja autorizada pelo Poder Legislativo. b) Servidor Público não pode participar de campanha eleitoral, mesmo estando de licença ou férias. c) Durante os três meses que antecedem o pleito não pode haver inauguração de obras públicas e publicidade institucional de órgãos públicos, salvo quando autorizadas pela Justiça Eleitoral. d) A pratica das condutas ilícita acarreta multa e/ou cassação do registro ou diploma. 41) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 NAS ELEIÇÕES DE 2012, PREFEITO DE CERTO MUNICÍPIO FOI CONDENADO POR CONDUTA VEDADA A AGENTE PÚBLICO, PORQUE REALIZOU PUBLICIDADE INSTITUCIONAL DENTRO DO PERÍODO DE TRÊS MESES ANTERIORES À DATA DO PLEITO. NESTE CASO: a) A condenação implicará, cumulativamente, a aplicação de multa e cassação do registro ou do diploma e, por incidência da Lei Complementar 64/1990, com redação da Lei Complementar 135/201 O, o juiz deve declarar na sentença que o prefeito ficará inelegível por oito anos; b) A condenação poderá se limitar à aplicação de multa, quando a cassação do registro ou do diploma se revele desproporcional à infração cometida, incidindo, porém, a inelegibilidade prevista na Lei Complementar 64/1990, com redação da Lei Complementar 135/2010; c) O processamento da representação por conduta vedada segue o rito do art. 22 da Lei Complementar 64/1990, razão por que só poderá o prefeito ser condenado, caso se comprove a potencialidade lesiva da conduta; d) O prefeito poderá ser condenado apenas à sanção de multa e, nessa hipótese, não haverá qualquer repercussão sobre sua elegibilidade.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO

Direito dos Tratados (DIP)

42) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) O Comitê Internacional da Cruz Vermelha pode exercer, entre outras funções, a de auxiliar a supervisão e a execução das normas de direito internacional humanitário em conflitos armados internacionais, mas não pode ingressar no território no qual haja hostilidades sem a autorização dos Estados envolvidos.

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b) Se sobrevier uma nova norma imperativa de Direito Internacional, qualquer tratado existente que estiver em conflito com essa norma só será cumprido até o final de sua vigência, não podendo ser prorrogado ou renovado. c) O costume internacional e as resoluções vinculantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas são incorporados internamente no direito brasileiro por intermédio de decreto presidencial. d) As obrigações erga omnes foram previstas expressamente no estatuto da Corte Internacional de Justiça, porém não autorizam o início de processo naquele tribunal contra determinado Estado que as tenha descumprido.

Relações Consulares (DIP)

43) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA. a) Os cônsules não podem ser obrigados a depor sobre fatos relacionados com o exercício de suas funções, nem a exibir correspondência e documentos oficiais que a elas se refiram. b) De acordo com acordo vigente celebrado pelo Brasil e a Santa Sé, o casamento celebrado em conformidade com as leis canônicas, que atender também às exigências estabelecidas pelo direito brasileiro para contrair o casamento, produz os efeitos civis, desde que registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. c) A Convenção Internacional para a Proteção de Todas as Pessoas contra o Desaparecimento Forçado exige que os Estados partes estabeleçam, internamente, o crime de desaparecimento forçado, tornando-o sempre imprescritível. d) Compete ao Plenário do Supremo Tribunal Federal decidir, administrativamente, sobre o encaminhamento de solicitação de opinião consultiva ao Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul, mediante prévio e necessário juízo de admissibilidade do pedido e sua pertinência processual a ser relatado pelo próprio Presidente do Supremo Tribunal Federal. 44) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) A proteção diplomática pode ser concedida a indivíduo polipátrida que ostenta a nacionalidade do pretenso Estado ofensor. b) O diplomata, de acordo com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, pode renunciar à própria inviolabilidade, uma vez que se trata de direito personalíssimo outorgado pelo Direito Internacional. c) Cabe ao Estado asilante a classificação da natureza do delito ou dos motivos da perseguição para a finalidade de concessão do asilo diplomático, de acordo com a Convenção sobre Asilo Diplomático, de 1954. d) De acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar, o Brasil não pode exercer jurisdição penal em navio mercantil estrangeiro que realize passagem inocente pelo mar

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territorial, mesmo que seja para fim de repressão do tráfico ilícito de estupefacientes.

Tratados internacionais de direitos humanos (DIP)

45) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) A Convenção de Nova York sobre Prestação de Alimentos no Estrangeiro dispõe que a lei que regerá as ações de alimentos e qualquer questão conexa será a do Estado do demandado, inclusive em matéria de direito internacional privado. b) A Convenção da Haia sobre Acesso Internacional à Justiça prevê que os nacionais ou domiciliados em um Estado têm o direito de receber assistência jurídica em processos judiciais de natureza cível ou penal em outro Estado, na mesma condição que receberiam caso fossem nacionais ou domiciliados daquele Estado. c) A Convenção sobre os Aspectos Civis do Seqüestro Internacional de Crianças determina que somente Autoridade Central de Estado parte pode provocar a Autoridade Central do Estado para o qual a criança tenha sido transferida ou retirada em violação a um direito de guarda, para que se assegure o retorno da criança. d) O Protocolo de Cooperação e Assistência Jurisdicional em Matéria Civil, Comercial, Trabalhista e Administrativa do Mercosul exclui, expressamente, a possibilidade de sua aplicação a sentenças em matéria de reparação de danos e restituição de bens pronunciadas na esfera penal. 46) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) Conforme a Convenção lnteramericana sobre o Cumprimento de Sentenças Penais no Exterior, o Estado sentenciador conservará sua plena jurisdição para a revisão das sentenças proferidas por seus tribunais, mas cabe ao Estado receptor do indivíduo transferido a faculdade de conceder indulto, anistia ou perdão à pessoa sentenciada. b) O acordo de extradição do Mercosul não prevê a denegação da extradição por delitos políticos, em virtude do paradigma da confiança que deve imperar na cooperação jurídica internacional em blocos de integração econômica. c) De acordo com a jurisprudência atual da Corte Europeia de Direitos Humanos em matéria de extradição, não se exige que um Estado Parte da Convenção Europeia de Direitos Humanos leve em consideração o risco de violação grave de direitos humanos do extraditando pelo Estado Requerente que não seja parte da Convenção, uma vez que os direitos protegidos na Convenção Europeia de Direitos Humanos não vinculam Estados terceiros. d) De acordo com o Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América, a assistência será prestada ainda que o fato sujeito a inquérito, investigação ou ação penal não seja punível na legislação de ambos os Estados.

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Direito Internacional Privado

47) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, para qualificar os bens imóveis e regular as relações a eles concernentes, utiliza-se a lei do domicílio do proprietário. b) A Convenção lnteramericana sobre Normas Gerais de Direito Internacional Privado prevê que as questões prévias, preliminares ou incidentes que surjam em decorrência de uma questão principal não devem necessariamente ser resolvidas de acordo com a lei que regula esta última. c) De acordo com a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, admite-se o reenvio até o segundo grau, salvo se o direito estrangeiro escolhido pelo reenvio for contrário à ordem pública doméstica. d) Conforme o Código Bustamante (Convenção de Direito Internacional Privado, 1928), a lei de regência do estatuto pessoal é a lei do domicílio da pessoa física, sem exceção.

DIREITO PENAL

Prescrição

48) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 NA DATA DE 15/06/2009, X DESACATOU SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL LOTADO NA SEDE DA PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA. FOI ENTÃO INSTAURADO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO, SENDO INQUIRIDOS E REINQUIRIDOS TODOS OS ENVOLVIDOS NO EPISÓDIO. O PROCEDIMENTO ENCERROU-SE EM 07/04/2011. EM 14/04/2011, O MEMBRO DO MPF OFERECEU DENÚNCIA EM FACE DE X PELO DELITO DE DESACATO (ART. 331, DO CÓDIGO PENAL). A PEÇA ACUSATÓRIA OBTEVE JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE EM 14/06/2011. APÓS A INSTRUÇÃO PROCESSUAL, FOI PUBLICADA, EM 15/06/2012, A SENTENÇA PROLATADA PELO JUIZ FEDERAL COMPETENTE, CONDENANDO X A PENA DE OITO MESES DE DETENÇÃO. O MPF E A DEFESA RECORRERAM. O RECURSO DA ACUSAÇÃO FOI PROVIDO, ELEVANDO A PENA EM MAIS TRÊS MESES DE DETENÇÃO, CONFORME ACÓRDÃO PUBLICADO EM 15/06/2013, OCASIÃO EM QUE AS PARTES SE CONFORMARAM COM O DECISUM. DESSA FORMA, PODE-SE AFIRMAR QUE: a) Houve prescrição retroativa, consoante os arts. 109, VI, c/c 110, § 2º, do Código Penal, conforme a redação da Lei n. 7.209/1984. b) Não houve prescrição retroativa, consoante os arts. 109, VI, c/c 110, § 2º, do Código Penal, conforme a redação da Lei n. 7.209/1984. c) Houve prescrição entre a data do recebimento da denúncia e a da publicação da sentença

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condenatória recorrível, consoante os arts. 109, VI, c/c 110, § 2º, do Código Penal, conforme a redação da Lei n. 7.209/1984. d) Não houve prescrição retroativa da pretensão punitiva porque ela foi extinta do Código Penal, conforme a redação introduzida pela Lei n. 12.234, de 05/05/2010. 49) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 EM 19 DE MARÇO DE 2002, JJ FOI CONDENADO À PENA DE 01 (UM) ANO DE DETENÇÃO, PELA PRÁTICA DO CRIME PREVISTO NO CÓDIGO PENAL, ART. 207, EM SUA MODALIDADE BÁSICA (ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM LOCAL PARA OUTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL). A PENA RESTOU SUBSTITUÍDA, NA SENTENÇA, PELA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A ENTIDADE PÚBLICA DE NATUREZA ASSISTENCIAL. INCONFORMADOS, APELARAM (I) O MINISTÉRIO PÚBLICO, COM O FITO DE MAJORAR A SANÇÃO, E (11) O RÉU JJ, COM O OBJETIVO DE AFASTAR A CONDENAÇÃO, POIS, AO SEU VER, NÃO FICARA SATISFATORIAMENTE PROVADA A AUTORIA. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA, CONSIDERANDO QUE O TRIBUNAL, EM 06 DE ABRIL DE 2006, DEPOIS DE CONHECER E PROVER A APELAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, ELEVOU A PENA PARA 01 (UM) ANO E 06 (SEIS) MESES DE DETENÇÃO, MANTENDO, ENTRETANTO, A SUBSTITUIÇÃO CONCEDIDA : a) o transcurso de 04 (quatro) anos, contados da condenação em Primeiro Grau, não enseja a prescrição superveniente ou subseqüente, pois, em casos assim, é necessário o improvimento da apelação do Ministério Público; b) em virtude do provimento da apelação do Ministério Público. só poderá haver prescrição subseqüente ou superveniente à sentença condenatória, se penderem de julgamento recursos especial e extraordinário, interpostos conjuntamente pelo réu; c) o provimento da apelação do Ministério Público obsta, de modo terminante, o reconhecimento da prescrição superveniente ou subseqüente, ainda que a pena, depois de aumentada, não suba a 02 (dois) anos; d) o aumento da pena, decorrente do provimento da apelação do Ministério Público, deu-se em quantidade insuficiente para alterar o prazo previsto no Código Penal, art. 109, V, não obstando, assim, a decretação da prescrição superveniente ou subsequente à sentença condenatória, com todas as consequencias daí decorrentes, inclusive a de prejudicar o recurso concomitante do réu, em ordem a impedir a sua apreciação. 50) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 DIANTE DA ATUAL JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: a) é possível o reconhecimento da prescrição antecipada pela pena em perspectiva. ainda que. à oportunidade da condenação. a sanção efetivamente aplicada possa ser maior do que se conjecturava; b) é possível a declaração da extinção da punibilidade do fato objeto da denúncia pela prescrição da pretensão punitiva, quando. considerada a pena máxima abstratamente cominada, transcorrer o prazo assinalado em lei, no interregno compreendido entre o dia em que o crime se

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consumou e o recebimento da denúncia, ainda que inexista sentença condenatória, ou que esta não tenha transitado em julgado para a acusação; c) o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva exige sentença trânsita em julgado para a acusação. não podendo. em qualquer caso. ser pronunciada antes de verificada essa condição; d) a prescrição da pretensão punitiva. como medida despenalizadora, só pode ser declarada em favor dos acusados que contem com mais de 70 (setenta) anos. à data da sentença. 51) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 TENDO EM VISTA DECISÃO RECENTE DO STF EM MATÉRIA DE PRESCRIÇÃO, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) É constitucional o art. 110, § 1°, do CP na redação dada pela Lei n. 12.234, de 2010; b) A diferença entre a prescrição retroativa e a intercorrente reside no fato de esta ocorrer entre a publicação da sentença condenatória e o trânsito em julgado para a defesa; e aquela é contada da publicação da decisão condenatória para trás; c) A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou depois de improvido seu recurso, é regulada pela pena aplicada, e não pode ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa. d) Só podem ser considerados imprescritíveis os crimes assim declarados na Constituição de 1988.

Crimes Contra o Patrimônio

52) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 TRATANDO-SE DE ESTELIONATO CONTRA A PREVIDÉNCIA SOCIAL, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) há divergència doutrinária e jurisprudencial sobre a consumação quando o recebimento da vantagem se dá em prestações; b) o segurado é obrigatoriamente coautor do crime; c) a vantagem ilicita e o prejuizo do INSS se dão com o pagamento indevido do benefício; d) a pena minima de reclusão é de um ano e quatro meses; 53) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA a) o art. 110 do CP permite a prescrição em perspectiva: b) no estelionato de rendas o termo inicial da prescrição da pretensão punitiva pode ser diferente para o despachante e para o(a) segurado(a): c) consoante alguns autores a lei permite a prescrição retroativa entre a data do recebimento da denúncia ou queixa e da publicação da sentença ou acórdão condenatório recorrivel; d) consoante interpretação literal do art. 112 do CP, o termo inicial da prescrição da pretensão

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executória tem inicio com o trânsito em julgado da sentença para a acusação,ainda que a defesa tenha interposto apelação. 54) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 A 3a SEÇÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA TEM CONHECIDO CONFLITOS DE COMPETÊNCIA EM CASOS EM QUE HOUVE TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA FRAUDULENTA DE VALORES, DEPOSITADOS NA CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, DE UMA CONTA BANCÁRIA PARA OUTRA, PARA DECLARAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DO LOCAL DA CONTA BANCÁRIA DO CORRENTISTA LESADO E NÃO A DO JUÍZO DO LOCAL DA CONTA BANCÁRIA BENEFICIADA. ESSA CONCLUSÃO PRESSUPÕE: a) que o sujeito passivo do crime é o Banco e o correntista, o prejudicado; b) que o correntista e o Banco são sujeitos passivos do crime; c) a impossibilidade de equiparação de dados digitais a coisa móvel; d) a aplicação da teoria segundo a qual a consumação no crime de furto se dá quando ocorrer a posse mansa e pacífica da coisa. 55) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 NO DELITO DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA: a) o elemento subjetivo do tipo é o dolo genérico, pois a Lei nº 9983, de 2000, art. 3º, limitou-se a transmudar a base legal da imputação do ilícito capitulado na Lei nº 8212, de 1991, art. 95, "ti', para o Código Penal, art. 168 - A; b) o sujeito ativo é o responsável pela contabilidade da empresa, ainda que trabalhe no seu próprio escritório ou domicílio profissional; c) à semelhança da apropnação indébita comum exige, para a sua configuração, o animus sidi habendi; d) deu-se o surgimento de um modelo legal de crime inteiramente novo, com o acréscimo, ao Código Penal, do art. 168 - A, que, assim. afastou uma possível continuidade típica entre as Leis sob nº(s) 8212, de 1991, art. 95, "d', e 9983, de 2000, art. 3º . 56) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 X, AGINDO SORRATEIRAMENTE, SUBTRAIU UM CHEQUE AO PORTADOR, EMITIDO POR Y, DE QUEM É CREDOR, E DELE SE APODEROU. COMO O VALOR CONSIGNADO NO TÍTULO CORRESPONDE À EXPRESSÃO PECUNIÁRIA DO DÉBITO, X SUPÔS-SE AUTORIZADO A QUITAR-SE, POR ESSE MEIO, APESAR DE SABER QUE A SOLUÇÃO POR ELE ADOTADA NÃO SERIA ACEITA POR Y. NA SITUAÇÃO HIPOTETICAMENTE POSTA, É POSSÍVEL IDENTIFICAR: a) um erro de tipo essencial, pois o cheque ao portador não se conforma como coisa alheia móvel. para os fins previstos no Código Penal, art. 155; b) um erro de direito extra penal. excludente do dolo. país. enquanto ordem de pagamento à

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vista. o cheque não pode ser objeto do delito de furto; c) um erra de proibição; d) uma causa obrigatória de diminuição da pena. vinculada à primariedade do agente. 57) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 TRATANDO-SE DE ESTELIONATO CONTRA A PREVIDÊNCIA SOCIAL, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) Decisões recentes do Supremo Tribunal Federal têm afirmado que o estelionato contra a previdência, quando praticado em proveito próprio, é crime permanente; b) O termo inicial do prazo prescricional no estelionato contra a previdência cometido em proveito próprio é o dia do protocolo do requerimento do benefício; c) O estelionato contra a previdência é crime contra a administração pública; d) No estelionato contra a previdência, sujeito passivo é, sempre, o beneficiário, mesmo que conhecendo ilicitudes cometidas pelo intermediário.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Competência

58) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) Não obstante evidente conexão entre crimes de competência da Justiça Federal e contravenções penais, compete à Justiça Estadual julgar acusado da contravenção penal, devendo haver desmembramento da persecução penal; b) Pessoa condenada na Justiça Estadual é transferida de presídio estadual para presídio federal. A competência para a execução penal permanece na Justiça Estadual; c) A competência para julgamento de crimes ambientais é, em regra, da Justiça Federal, com exceção daqueles cometidos em terras indígenas; d) Segundo a Lei n. 9.613/98, os crimes de lavagem de capitais não têm persecução penal na Justiça Estadual. 59) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 ASSINALE A ALTERNATIVA FALSA: a) Para que se afirme a competência federal para processar e julgar os crimes previstos em tratados ou convenções internacionais não basta a mera previsão do delito em tais diplomas, sendo necessária a presença de uma relação de transnacionalidade;

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b) A Emenda Constitucional n. 45/04, comumente chamada de Reforma do Judiciário, estabeleceu a competência exclusiva da Justiça Federal para processar e julgar os crimes contra os direitos humanos; c) A Justiça Federal é competente para processar e julgar, ressalvada a competência da Justiça Militar, os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, entendendo-se por navio apenas as embarcações de grande porte, aptas a realizar viagens maritimas. No que se refere às aeronaves, a jurisprudência tende a incluir na competência federal quaisquer delitos cometidos a bordo de aviões que estejam realizando transporte aéreo entre aeroportos; d) Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes contra a organização do trabalho nos quais tenham sido afetadas as instituições do trabalho ou os direitos dos trabalhadores coletivamente considerados; 60) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 O PROMOTOR DE JUSTlÇA DA COMARCA DE SÃO JOÃO DE MERITI REQUEREU E OBTEVE DECISÃO JUDICIAL DE ARQUIVAMENTO DE INQUERITO POLICIAL, ONDE SE INVESTIGOU CRIME DE ROUBO PERPETRADO CONTRA UMA AGÊNCIA DOS CORREIOS DA LOCALIDADE, POR INSUFICIÊNCIA DE PROVAS DA AUTORIA. DOIS ANOS DEPOIS DESTA DECISÃO, O PROCURADOR DA REPÚBLICA LOTADO NA LOCALIDADE, DE POSSE DOS DADOS APURADOS NAQUELE INQUÉRITO, DECIDE DENUNCIAR OS INVESTIGADOS PERANTE O JUIZ FEDERAL RESPECTIVO, PELO CRIME DO ARTIGO 157 DO CODIGO PENAL. SOBRE A QUESTÃO, VERIFlQUEM-SE AS SEGUINTES ASSERTIVAS: I trata-se de violação ao principio que veda a revisão pro societate , previsto no Pacto de São Jose da Costa Rica, cuja força normativa advém do artigo 5° , § 3° da Constituição, mesma fonte normativa que dispõe sobre a competência da justiça federal. II por se tratar, o pedido de arquivamento e sua determinação, de atos praticados por agentes aos quais faleciam, respectivamente, atribuição e competência de forma absoluta, por força de norma constitucional, não há que se falar em violação ao princípio da vedação à revisão pro societate. III a denúncia ofertada desconsidera, indevidamente, a extensão da coisa julgada material produzida com a decisão judicial que homologou o arquivamento, afrontando, assim, princípio constitucional. IV a denúncia poderia ser ofertada não havendo que se falar em violação da coisa julgada material, ou da vedação à revisão pro societate, mas apenas se o Procurador da República obtivesse novas provas, na forma do artigo 18 do CPP, uma vez que a decisão de arquivamento, embora emanada de juízo absolutamente incompetente, gera direito subjetivo para o investigado, especialmente derivado do princípio da confiança e da segurança juridica, V a instauração da ação penal não viola o Pacto de São José da Costa Rica, uma vez que a decisão judicial que determina o arquivamento não configura sentença absolutória, nem extintiva da punibilidade.

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a) II e V estão corretas b) I e III estão corretas c) Apenas a IV está correta d) Apenas a II está correta 61) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 BRASILEIRA, AFRODESCENDENTE, CASADA COM ESTRANGEIRO, COM QUEM TEM 4 FILHOS, DOIS NASCIDOS NO PAÍS DO MARIDO E DOIS NASCIDOS NO BRASIL, COMPARECE AO CONSULADO DO PAÍS ESTRANGEIRO PARA FAZER O REGISTRO DE NASCIMENTO DOS FILHOS NASCIDOS NO BRASIL E OBTER O PASSAPORTE PARA ELES. A FUNCIONÁRIA DO CONSULADO NÃO ACEITA COMO SUFICIENTES O REGISTRO BRASILEIRO E FAZ COMENTÁRIOS JOCOSOS A RESPEITO DOS DIFERENTES FENÓTIPOS DAS CRIANÇAS, PONDO EM DÚVIDA A PATERNIDADE DO MARIDO. O CASAL REPRESENTA AO MINISTÉRIO PÚBLICO SOLICITANDO A PUNIÇÃO DA FUNCIONÁRIA PELA PRÁTICA DE RACISMO: a) O MPF pode oferecer a denúncia tendo em vista que o crime foi cometido no território nacional; b) o MP nada pode fazer porque o fato ocorreu no Consulado de país estrangeiro; c) só o MPF tem atribuição para oferecer a denúncia; d) o MP deve encaminhar os elementos de prova ao Ministério das Relações Exteriores para que este solicite ao Governo estrangeiro que proceda a apuração do fato e a persecução penal. 62) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 HAVENDO NOTÍCIA DE CRIME PRATICADO POR POLICIAL CIVIL NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES, CORRESPONDENTE A VIOLAÇÃO A DIREITOS HUMANOS QUE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SE COMPROMETEU A REPRIMIR EM DECORRÊNCIA DE TRATADOS INTERNACIONAIS DE QUE SEJA PARTE, E PERMANECENDO INERTE O MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL NA PERSECUÇÃO, a) poderá ser acionada a policia federal para a investigação, que atuará como polícia judiciária junto à justiça estadual; b) poderá ser acionada a polícia federal para a investigação, que atuará como polícia judiciária junto à justiça federal; c) poderá ser acionada a polícia federal para a investigação, que atuará como polícia judiciária junto ao Superior Tribunal de Justiça; d) caberá intervenção federal nos termos do art. 34, VII!, (b), da Constituição Federal, passando, o crime, a ser da competência da Justiça Federal.

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63) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 O CRIME DE GENOCÍDIO PRATICADO CONTRA GRUPO INDÍGENA a) é da competência originária do Tribunal Penal Internacional, por se tratar de crime previsto no art. 5.° e definido no art. 6.°, ambos do Estatuto de Roma, incorporado ao direito brasileiro por força de sua ratificação pela República Federativa do Brasil e do disposto no art. 5.°, § 4º, da Constituição Federal; b) é da competência originária do tribunal do júri federal, por se tratar de crime contra a vida e envolver disputa sobre direitos indígenas (art. 109, XI, da Constituição Federal); c) é da competência originária de juiz singular federal afastadas as hipóteses de foro por prerrogativa de função porque, a par de envolver disputa sobre direitos indígenas (art. 109, XI, da Constituição Federal), o bem jurídico tutelado não é a vida do indivíduo considerado em si mesmo, mas sim a vida em comum do grupo de homens ou parte deste, ou seja, da comunidade de povos; d) é da competência originária da justiça estadual, por incidir a Súmula 140 do STJ, segundo a qual “compete a justiça comum estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou vitima". 64) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 CONSIDERANDO AS REGRAS RELATIVAS À COMPETÊNCIA, I - o foro competente para o processo e julgamento do crime de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado; II - independentemente da natureza do delito comum ou de responsabilidade - praticado por um procurador regional da república, este será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça; III- indiciado pela prática de corrupção ativa porque ofereceu vantagem indevida a servidor do INSS para que retardasse o fornecimento de uma certidão à empresa de seu adversário, o deputado estadual, que tem foro no Tribunal de Justiça do Estado por prerrogativa de sua função, deve, nessa hipótese, ser denunciado perante o Tribunal Regional Federal, com jurisdição na região onde o delito foi cometido; IV - compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado de dois delitos conexos, ainda que aquele ao qual se comina a pena mais grave seja de competência estadual. ANALISANDO AS ASSERTIVAS ACIMA, PODE-SE AFIRMAR QUE: a) estão erradas as de números I e II ; b) estão erradas as de números II e III; c) estão erradas as de números III e IV; d) todas estão corretas.

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65) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 NO QUE TANGE À COMPETÊNCIA NO PROCESSO PENAL, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: a) A Justiça Militar é competente para julgar crime de homicídio praticado por militar em serviço contra militar reformado. b) O delito de deixar de comunicar óbito de pensionista militar e a ulterior apropriação indevida da pensão até então auferida é de competência da Justiça Federal, pois se trata de crime praticado contra a União. c) Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal, a prática do crime previsto no art. 297, § 4°, do CP, viola interesse da União, sendo da Justiça Federal a competência para processar e julgar a respectiva ação penal, nos termos do art. 109, IV, da CF/88. d) É de competência da Justiça Estadual o julgamento de contravenções penais mesmo que conexas com crimes de competência da Justiça Federal de primeiro grau. 66) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ANALISE AS ASSERTIVAS ABAIXO: I - "A" é preso em flagrante por tráfico internacional de drogas (importação e transporte de 100kg de cocaína oriunda do Paraguai, acondicionada em fundo falso de uma caminhonete) e, no mesmo momento, é encontrada em sua posse, sob o banco do motorista uma arma sem a devida autorização para porte (mas não usada em nenhum momento pelo preso), caracterizada estará, por esta circunstância, no caso concreto, a competência da Justiça Federal para o julgamento de ambos os delitos, presente a conexão probatória (Súmula 122, STJ). II - Recebida a denúncia contra "A" por crimes de tráfico internacional de entorpecentes conexo com moeda falsa, após a instrução, estando conclusos os autos para sentença, o Juiz Federal se convence que não há provas da internacionalidade do tráfico, desclassificando a conduta para tráfico interno de entorpecentes. Neste caso, achando que não há provas suficientes da autoria do delito de moeda falsa, cuja materialidade é indiscutível, deverá ele, necessariamente, julgar o mérito de ambos os crimes, proferindo sentença quanto ao mérito inclusive no que se refere ao delito desclassificado. III - É entendimento do Supremo Tribunal Federal que, presente a usurpação de sua competência, porque indevidamente investigado também um parlamentar federal em primeiro grau e presente a coautoria em tese dos demais envolvidos, o provimento da reclamação ajuizada pelo parlamentar não autoriza o deferimento do pedido de extensão de nulidade formulado pelos advogados dos demais investigados. IV - A jurisprudência vigente admite a invocação da boa-fé objetiva no que tange à atuação das partes no processo penal. Pode-se afirmar que:

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a) As assertivas I, II e IV estão erradas e a assertiva III está correta. b) As assertivas II e III estão erradas e as assertivas I e IV estão corretas. c) Todas as assertivas estão corretas. d) A assertiva I está errada e as assertivas II, III e IV estão corretas. 67) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 ANALISE OS PROBLEMAS ABAIXO DESTACADOS: I - Apresentada denúncia pelo fato "X" (crime de competência federal), é facultado ao Juiz Federal, após a concomitante manifestação do Ministério Público Federal no sentido de remessa dos autos ao juízo competente quanto ao fato Y (crime estadual), apurados no mesmo feito, determinar ao requerente do declínio o aditamento da denúncia para incluir na peça acusatória também o fato Y em função de indubitável conexão entre ambos, presente o disposto na Súmula 122, STJ. II - "X", parlamentar federal , foi denunciado pelo Procurador-Geral da República pela prática do delito previsto no art. 317, CP. O Supremo Tribunal Federal recebeu a denúncia, observado o procedimento previsto na Lei n. 8.038. Após a oitiva de duas testemunhas de acusação, na pendência das demais, houve decisão do Congresso Nacional cassando o mandado do parlamentar. Em razão disso, houve o declínio da competência . Recebidos os autos pelo juiz de primeiro grau, determinou o encaminhamento ao Ministério Público. Neste caso, é necessário o requerimento de ratificação de todos os atos até então realizados para então prosseguir com o regular andamento da ação penal. III - No curso de investigações que estavam sendo conduzidas em inquérito policial sob supervisão do(a) Procurador(a) da República em primeiro grau, os autos são encaminhados ao Ministério Público para análise da prorrogação da interceptação telefônica já deferida anteriormente. Analisando as interceptações já realizadas, verifica-se a existência de um diálogo entre um dos interceptados com um parlamentar federal, conversa da qual se extrai, naquele momento, a participação do detentor de prerrogativa de foro nas práticas criminosas. Neste caso, é correto dizer que, se preenchidos os requisitos legais, deverá o membro do Ministério Público Federal concordar com a prorrogação da interceptação, mas deverá requerer conjunta e imediatamente a extração de cópias dos autos para envio ao Supremo Tribunal Federal para apuração da eventual responsabilidade do parlamentar federal. IV - "Y" está sendo processado pela prática do delito de concussão em primeiro grau. Recebida a denúncia e não acolhida a defesa preliminar (em que se postulava a absolvição sumária), o juiz federal determinou o prosseguimento da ação penal. O advogado de "Y" ajuizou habeas corpus no Tribunal Regional Federal, defendendo que não haveria justa causa. A ordem foi denegada pelo mérito. lnconformado, interpôs novo habeas corpus, agora no Superior Tribunal de Justiça. Concedida a ordem para trancar a ação penal, o subprocurador-Geral da República interpôs recurso extraordinário, que, analisado pela 2a Turma do Supremo Tribunal Federal, foi provido para o fim de permitir o regular processamento, do que foi o juízo monocrático informado

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imediatamente. Desta decisão, dois dias depois, a defesa interpôs novo habeas corpus, agora perante o Plenário do Supremo Tribunal Federal , sustentando a mesma tese acolhida anteriormente pelo STJ. Passados seis meses sem que este último habeas corpus tenha sido sequer apreciado, não pode o membro do Ministério Público Federal atuante em primeiro grau postular, ao juízo monocrático, a retomada do regular andamento da ação penal. Analisando as assertivas acima, é correto afirmar que: a) Estão incorretas apenas as assertivas I e III; b) Estão corretas apenas as assertivas I e II; c) Estão incorretas apenas as assertivas II e III; d) Todas as assertivas estão incorretas. 68) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 JUIZ ESTADUAL QUE TENHA COMETIDO DELITO CONTRA OS INTERESSES DA UNIÃO FEDERAL, PRESENTE A HIPÓTESE DO ART. 109, IV, CF/88, É DENUNCIADO PERANTE O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO RESPECTIVO. DOIS DIAS APÓS O RECEBIMENTO DA PEÇA ACUSATÓRIA, O MAGISTRADO SE APOSENTA VOLUNTARIAMENTE, QUANDO ENTÃO O TRIBUNAL DE JUSTIÇA DETERMINA A REMESSA DOS AUTOS AO JUIZ ESTADUAL EM PRIMEIRO GRAU, QUE IMEDIATAMENTE RECONHECE SUA INCOMPETÊNCIA E ENVIA OS AUTOS AO JUIZ FEDERAL NA MESMA CIDADE. ENCAMINHADOS OS AUTOS AO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM PRIMEIRO GRAU, AO RECEBÊ-LOS, DEVERÁ O MEMBRO DO PARQUET: a) Reconhecer a nulidade dos atos processuais praticados, pois a competência originária para o recebimento da peça acusatória seria do Tribunal Regional Federal respectivo, apresentando, se assim entender, nova denúncia perante o Juiz Federal; b) Por serem absolutamente válidos todos os atos já praticados, com a perda da prerrogativa de foro a competência se transfere para o Juiz Federal que a detém, razão pela qual é hipótese de pedir o regular processamento segundo o rito próprio para o crime em relação ao qual houve a denúncia, cujo recebimento é hígido e não necessita de ratificação; c) Fazer manifestação no sentido da incompetência da Justiça Federal, devendo o Juiz Federal suscitar conflito negativo de competência perante o Superior Tribunal de Justiça; d) Nenhuma das opções acima é correta. 69) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 SOBRE MATÉRIA DE COMPETÊNCIA DERIVADA DA PRERROGATIVA DA FUNÇÃO VEJAM-SE AS SEGUINTES ASSERTIVAS: I O foro por prerrogativa de função fixado em Constituição Estadual, em favor de vereador, não deve prevalecer sobre a competência do tribunal do jún, consoante entendimento sedimentado pelo STF.

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II Prefeitos e Deputados Estaduais têm foro junto ao TRF respectivo, no caso de crimes da competência da justiça federal, consoante entendimento sumulado pelo STF. III Prefeitos tem foro por prerrogativa de função fixado no Tribunal de Justiça, mesmo para crimes da competência da justiça federal, por força do disposto no artigo 29, X da Constituição, consoante entendimento sedimentado no STF. IV Consoante entendimento sedimentado pelo STF, Prefeitos tem foro perante o TRF nos casos de crimes da competência da justiça federal, embora o principio da simetria venha sendo também estendido aos Deputados Estaduais, pela jurisprudência. V Pelo principio da simetria, Promotores de Justiça tem foro por prerrogativa de função perante o Tribunal de Justiça e Procuradores de Justiça, perante o STJ. a) III está correta b) I e IV estão corretas c) I, IV e V estão corretas d) I e II estão corretas 70) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 O CORÉU SEM DIREITO A FORO POR PERROGATIVA DE FUNÇÃO, EM AÇÃO PENAL MOVIDA CONTRA DEPUTADO FEDERAL, a) será julgado em processo separado, na primeira instância, em respeito às garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal; b) será julgado no mesmo processo, pelo Supremo Tribunal Federal, sempre que se verificar conexão ou continência; c) será julgado no mesmo processo, pelo Supremo Tribunal Federal, quando se verificar a continência; d) somente poderá ser julgado com o deputado federal na primeira instância e somente quando encerrado o mandato deste, suspensa, até então, a prescrição da pretensão punitiva do Estado.

Procedimento comum

71) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 EM RELAÇÃO ÀS NULIDADES NO PROCESSO PENAL: I - É integralmente correto afirmar que informações obtidas em interceptação de conversas telefônicas, mediante prévia autorização judicial para prova em investigação criminal ou em instrução processual penal, podem ser usadas em procedimento administrativo disciplinar, contra a mesma pessoa em relação às quais foram colhidas ou até mesmo contra outros envolvidos também servidores públicos cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita

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dessas provas na seara criminal , desde que autorizado o compartilhamento pelo JUIZ criminal, sendo improcedente a alegação de nulidade por estas circunstâncias. II - É entendimento do Supremo Tribunal Federal que, de regra, tanto nos casos de nulidade relativa quanto nos casos de nulidade absoluta, o reconhecimento de vício que enseje a anulação do ato processual exige a demonstração efetiva do prejuízo ao acusado, presente o disposto no art. 563, CPP. III - Mesmo na presença de seu advogado constituído e que acompanhou todos os detalhes do interrogatório, não fazendo nenhuma objeção ao que questionado, é automaticamente nula a oitiva de investigado que no início do ato não foi advertido formalmente do direito ao silêncio (nemo tenetur se detegere). IV - Não há se falar em nulidade em ato proferido pelas Comissões Parlamentares de Inquérito, que, a partir de seus poderes instrutórios, determinam indisponibilidade de bens, se demonstrado que é essencial para a eficácia da investigação que está sendo realizada. Pode-se afirmar que: a) As assertivas I e II estão corretas e as assertivas III e IV estão incorretas; b) As assertivas I e II estão incorretas e as assertivas III e IV estão corretas; c) Todas estão incorretas; d) Nenhuma das respostas. 72) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 ASSINALE A ALTERNATIVA FALSA, A RESPE TODA MUTATIO LIBELLI: a) Enquanto na emendatio a definição juridica refere-se unicamente à classificação dada ao fato, na mutatio libelli a nova definição será do próprio fato. Sendo assim, não se altera simplesmente a capitulação feita na inicial, mas a própria imputação do fato; b) Conforme o CPP, não procedendo o órgão do Ministério público ao aditamento, o assistente de acusação poderá fazê-lo, no prazo de cinco dias, desde que previamente habilitado nos autos; c) Na ordem anterior à Lei n. 11,719/08, cabia ao próprio magistrado a alteração (mutatio) da acusação (libelli) quando, da nova definição juridica, surgisse crime cuja pena fosse igual ou inferior àquela do delito imputado inicialmente ao réu. Conforme a legislação atual, que corrigiu o antigo defeito, independentemente da pena, o novo delito só pode ser julgado se promovido o aditamento da acusação pelo órgão do Ministério Público, ficando o magistrado, na sentença, adstrito aos termos do aditamento; d) Há casos em que o elemento (ou circunstância) está contido implicitamente na peça acusatória. É o que ocorre, por exemplo, nas desclassificações operadas pela alteração feita no elemento subjetivo da conduta (dolo e culpa). Neste sentido. já se pronunciou o STF, quando desclassificou o peculato doloso para peculato culposo, entendendo que a modificação do dolo para culpa não implicaria mutatio libelli, tendo o acusado se defendido amplamente dos fatos a ele imputados.

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73) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2011 CONSIDERE AS ASSERTIVAS A SEGUIR: I no processo comum, o juiz, depois de receber a denúncia, designa audiência de instrução devendo determinar a intimação, dentre outros, do ofendido. II a jurisprudência consolidada no STF não admite a suspensão condicional do processo em caso de crime continuado. III o Ministério Público pode desistir de suas testemunhas sem a anuência prévia da defesa. IV se o juiz, após a defesa preliminar, reconhecer a existência de doença mental do acusado, comprovada por sentença judicial de interdição, deverá absolver sumariamente o acusado, embora se trate de absolvição imprópria, tendo em vista a possibilidade de imposição de medida de segurança. V no procedimento comum, o ofendido, mesmo que não habilitado como assistente, poderá requerer a admissão de assistentes técnicos. Pode-se afirmar que: a) I, II e III estão incorretas b) III e V estão incorretas c) II e IV estão incorretas d) todas estão incorretas

Rito Sumaríssimo (Lei 9.099/95)

74) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 EM RELAÇÃO AOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: a) Infrações penais de menor potencial ofensivo admitem suspensão condicional do processo, mas não transação penal; b) Quando o representante do Ministério Público verificar, no termo circunstanciado, que não há informações do fato suficientes ao oferecimento da denúncia, deve propor transação penal; c) Compete ao Tribunal Regional Federal julgamento de habeas corpus impetrado contra decisão singular do juiz do Juizado especial criminal; d) A Lei n. 9.099/95 prevê recurso de apelação para a decisão que rejeitar a denúncia. 75) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA:

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a) A Lei n. 9.099/95 estabeleceu, como medidas despenalizadoras: composição de danos civis, transação penal, representação nos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas, suspensão condicional do processo; b) O recurso especial é cabível quando a decisão da turma recursal, no Juizado especial criminal, contrariar lei federal ou tratado, ou negar-lhes vigência; c) Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo contravenções penais ou crime a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa, ainda que procedimentos previstos para persecução penal sejam especiais; d) O artigo 89 da Lei n. 9.099/95 prevê a suspensão condicional do processo para os crimes cuja pena mínima cominada seja igual ou inferior a um ano. Porém, infrações penais concretizadas por violência doméstica, familiar ou contra a mulher, não admitem a suspensão condicional do processo. 76) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 CONFORME A JURISPRUDÊNCIA PREVALENTE NO STJ, ASSINALE A ALTERNATIVA FALSA: a) Não é cabivel a suspensão condicional do processo na desclassificação do crime e na procedência parcial da pretensão punitiva: b) Intimada a defesa da expedição de carta precatória, torna-se desnecessária a intimação da data da audiência no juizo deprecado: c) A conexão não determina a reunião dos processos se um deles já foi julgado; d) Excluido do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a declinar da competência,deve o Juiz Federal restituir os autos e não suscitar conflito. 77) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 A JUSTIÇA FEDERAL INSTITUTO JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. SOBRE ESSE TEMA, AFIRMA-SE QUE: I - a multa fixada na transação. não sendo paga. será convertida em pena privativa de liberdade ou em sanção restritiva de direito; II - a multa fixada na transação. não sendo paga. será convertida em sanção restritiva de direito, em face da natureza despenalizadora da lei que regula o funcionamento dos Juizados Especiais Criminais Federais; III - os Juizados Especiais Criminais Federais estão encarregados de fazer a conciliação . o julgamento e a execução de infrações - contravenções e crimes de menor potencial ofensivo, as quais sejam da competência da Justiça Federal; IV - a oralidade. a informalidade e a celeridade são princípios orientadores dos Juizados Especiais Criminais Federais, que visam, sempre que possível, à reparação dos danos sofridos

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pela vítima e à aplicação de pena privativa de liberdade. ANALISANDO AS ASSERTIVAS ACIMA, PODE-SE AFIRMAR QUE: a) está correta a de número I; b) está correta a de número II ; c) estão corretas as de números III e IV; d) todas estão erradas.

Procedimento dos Crimes da Competência do Tribunal do Júri

78) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 NO TOCANTE À PRONÚNCIA, NO PROCESSO DA COMPETÊNCIA DO JÚRI, ENTENDE-SE POR “EXCESSO DE LINGUAGEM", a) o juízo ofensivo lançado pelo magistrado contra as partes ou seus procuradores; b) a exagerada incursão do juiz sobre as provas dos autos, capaz de influir no ânimo do conselho de sentença; c) a absolvição sumária do acusado, mesmo reconhecendo a materialidade de crime contra a vida e a existência de indícios de sua autoria; d) a incursão do juiz em argumentos obliter tantum, irrelevantes para a decisão. 79) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 NO PROCESSO DOS CRIMES DA COMPETÊNCIA DO JÚRI, I - as nulidades relativas, surgidas em plenário, devem ser argüidas pela parte interessada logo depois de ocorridas, sendo ainda necessário o seu registro na ata da sessão do julgamento, para se evitar a preclusão; II - depois de apresentadas as alegações finais escritas e cumpridas as diligências necessárias, o juiz tem quatro opções: pronúncia, impronúncia , desclassificação e absolvição sumária, podendo essas decisões interlocutórias ser impugnadas por recurso em sentido estrito; III - há um procedimento escalonado, cuja primeira fase, denominada de judícium causae, encerra-se com o trânsito em julgado da decisão de pronúncia; IV - a apelação do Ministério Público não impede a imediata soltura do réu absolvido em plenário. ANALISANDO AS ASSERTIVAS ACIMA, PODE-SE AFIRMAR QUE: a) estão erradas as de números I e II; b) estão erradas as de números II e III ;

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c) estão erradas as de números III e IV; d) todas estão corretas.

DIREITO TRIBUTÁRIO

Impostos

80) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 É CORRETO AFIRMAR QUE: a) Lei ordinária é o diploma legislativo hábil a criar todo e qualquer tributo; b) O legislador ordinário, à vista da vaguidade do preceito constitucional (art. 153, III) pode dizer livremente o que significa a expressão “renda e proventos de qualquer natureza”; c) O legislador ordinário pode determinar a incidência do imposto de renda sobre indenizações, posto constituem acréscimo ao patrimônio; d) A liberdade do próprio legislador complementar para alterar definição do conceito de renda encontra limites decorrentes do significado da expressão “renda e proventos de qualquer natureza” utilizada pela Lei Maior para atribuir competência impositiva à União. 81) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 DENTRE AS PROPOSIÇÕES ABAIXO, ALGUMAS SÃO FALSAS E, OUTRAS, VERDADEIRAS I - O legislador infraconstitucional não possui total liberdade para definir renda e proventos de qualquer natureza, para fins de tributação por meio do Imposto Sobre a Renda. II - De acordo com a Constituição, renda e proventos de qualquer natureza devem representar ganhos ou riquezas novas, de forma a atender o principio da capacidade contributiva. III - O CTN, no § 1º do art. 43, ao estatuir que "a incidência do imposto independe da denominação da receita ou rendimento. da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção", alargou o conceito de renda e o de proventos de qualquer natureza, de modo a permitir que o legislador ordinário altere, para mais, o âmbito de abrangência da exação. IV - A base de cálculo do Imposto Sobre a Renda da Pessoa Física - IRPF é a renda bruta do contribuinte. Das proposições acima : a) as alternativas I e IV são falsas;

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b) as alternativas I e II são verdadeiras; c) somente a alternativa III é falsa; d) somente a alternativa IV é falsa. 82) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 É CORRETO AFIRMAR QUANTO AO IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) QUE: a) Submete-se ao principio da anterioridade mitigada, a nonagesimal; b) Sendo um tributo de finalidade destacadamente extrafiscal, a ele não se aplica o principio da anterioridade tributária; c) A vista da seletividade de que se reveste, de forma que suas aliquotas devem ser fixadas de acordo com a essencialidade do produto, está autorizado o Poder Executivo a alterar a sua base de cálculo e as suas aliquotas, atendidas as condições e observados os limites fixados em lei; d) Os principios da não cumulatividade e da seletividade que o informam ensejam direito de crédito presumido de IPI para o contribuinte adquirente de insumos não tributados ou sujeitos à aliquota zero. 83) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 MONTADORA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES, AO VENDÊ-LOS À CONCESSIONÁRIA, É COMPELIDA A RECOLHER O ICMS SOB PRESUNÇÃO LEGAL DE QUE SERÃO REVENDIDOS. NO CASO: a) Trata-se de substituição tributária regressiva; b) Ocorre substituição tributária progressiva; c) A exigência tributária é indevida, porquanto sequer o fato gerador ocorreu; d) Não podendo o ICMS pago ser calculado sobre o preço praticado nas vendas subsequentes, leva as autoridades fazendárias a calcular o tributo sobre um valor arbitrariamente atribuído, o que é vedado pelo nosso sistema tributário. 84) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2013 EMPRESA DE CONSTRUÇÃO CIVIL FABRICA PRÉ-MOLDADOS SOB MEDIDA EM SUA SEDE EM DETERMINADO ESTADO-MEMBRO E OS UTILIZA EM OBRA CONTRATADA EM UNIDADE FEDERATIVA DIVERSA. ADQUIRIDO O MATERIAL NO ESTADO-MEMBRO, INSTITUIDOR DE ALÍQUOTA DE ICMS MAIS FAVORÁVEL, É COMPELIDA, NO ESTADO-MEMBRO DESTINATÁRIO, Á SATISFAÇÃO DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA DE ICMS. À VISTA DESTE ENUNCIADO, APONTE A ALTERNATIVA CORRETA: a) A empresa de construção civil é consumidora das mercadorias que adquire e emprega nas obras que executa, sujeitando-se ao recolhimento da diferença de ICMS na aquisição de bens e serviços; b) Pré-moldados fabricados pela empresa e usados em obras sob empreitada da mesma, devem

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ser considerados como mercadoria em sentido estrito, para fins de incidência do ICMS, caracterizada verdadeira circulação de produtos; c) As construtoras que adquirem material em Estado-membro instituidor de alíquota de ICMS mais favorável não estão compelidas, ao utilizarem essas mercadorias como insumo em suas obras, à satisfação do diferencial de alíquotas de ICMS do Estado-membro destinatário, uma vez que são, de regra, contribuintes do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, de competência dos Municípios; d) Os pré-moldados fabricados pela empresa e utilizados em obras contratadas por ela, não se configurando como bens do ativo fixo imobilizado transferido de localidade, configura fato gerador do ICMS, no caso, só exigível na origem. 85) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2012 PRODUTOS IMPORTADOS DE PAÍSES SIGNATÁRIOS DO GATT (ACORDO GERAL DE TARIFAS E COMERCIO). QUANTO AO IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVlÇOS CMS, É CERTO AFIRMAR QUE: a) a isenção de tributo estadual prevista em tratado intemacional firmado pela União, caracteriza-se como isenção heterônoma vedada pela Constituição Federal; b) a isenção de tributo estadual prevista em tratado internacional firmado pela União não se caracteriza como isenção heterônoma; c) é cabivel a isenção inserida em tratado internacional de ICMS firmado pela União relativa a mercadorias importadas de pais signatário do GATT, mesmo não sendo isento o similar nacional; d) a isenção, no caso do caput, somente prevalece para os impostos de competência da União. 86) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 ESTADO DA FEDERAÇÃO MOVE AÇÃO DECLARATÓRIA DE LEGITIMIDADE ATIVA EXCLUSIVA CONTRA OUTRO ESTADO, PARA EXIGÊNCIA DO ICMS SOBRE IMPORTAÇÃO DE ÁLCOOL CARBURANTE, REALIZADA POR EMPRESA PÚBLICA FEDERAL. CONSTA QUE A ENTRADA FÍSICA DO ÁLCOOL CARBURANTE, NO TERRITÓRIO BRASILEIRO, DEU-SE NO ESTADO-RÉU, COM DESTINO AO ESTABELECIMENTO IMPORTADOR SITUADO NO ESTADO-AUTOR PARA, POSTERIORMENTE, SER TRANSPORTADO E COMERCIALIZADO EM UMA TERCEIRA UNIDADE FEDERATIVA. ESTA INGRESSOU NA LIDE, POSTULANDO VER RECONHECIDA SUA TITULARIDADE DA EXAÇÃO FISCAL, AFASTANDO A DAS PARTES EX-ADVERSA. NO CASO CONCRETO O SUJEITO ATIVO DO IMPOSTO: a) concentra-se no Estado onde ocorreu o desembaraço aduaneiro, dado que relevante a entrada física da mercadoria; b) é o terceiro Estado em que se dá a comercialização do álcool carburante; c) é a pessoa política em que estiver localizado o estabelecimento importador; d) sofre limitação á competência tributária porquanto a empresa pública federal é beneficiária de imunidade, descabendo a cobrança do tributo.

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87) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2008 COMERCIANTE VENDE MERCADORIA, A TRANSPORTA E ENTREGA, ELE PRÓPRIO, AO COMPRADOR, DOMICILIADO EM OUTRO ESTADO DA FEDERAÇÃO. NA HIPÓTESE: a) o ICMS será exigido sobre a parte do valor praticado na venda da mercadoria; b) o ICMS será devido, mas com aplicação da aliquota atinente a serviços de transporte transmunicipal; c) o ICMS será devido sobre o valor total praticado, a ele se aplicando as bases de cálculo, alíquotas, formas de recolhimento etc. do ICMS Operações Mercantis; d) O ICMS incide sobre a operação relativa à mercadoria e o Imposto sobre Serviços (ÍSS) sobre o transporte, consoante a Lei Complementar que confere aos Municípios competências para que tributem os serviços de qualquer natureza. 88) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 SEGUNDO A CONSTITUIÇÃO FEDERAL , NO QUE SE REFERE AOS TRIBUTOS IPI E ICMS, PODE-SE AFIRMAR QUE : I - o IPI e o ICMS são impostos não cumulativos, com pensando-se o que for devido em cada operação com O montante cobrado nas anteriores : II - o IPI e o ICMS serão seletivos apenas com relação aos produtos, mercadorias e serviços definidos em lei complementar; III - o IPI será seletivo, em função da essencialidade do produto; IV . o ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade d as mercadorias e dos serviços . Das proposições acima : a) Apenas a alternativa I está correta. b) Apenas as alternativas I e II estão corretas. c) Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas. d) Apenas as alternativas III e IV estão corretas 89) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2015 LEI ESTADUAL ESTABELECE PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTA DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO DE BENS E DIREITOS (ITCMD). NESTE CASO, SEGUNDO O SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: a) É incabível a progressividade de alíquotas porquanto é restrita aos tributos taxativamente

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elencados na vigente Constituição Federal; b) A progressividade prevista na cobrança viola o princípio da capacidade contributiva; c) É cabível a cobrança do referido imposto de forma progressiva com vistas a assegurar a aferição da capacidade econômica do contribuinte; d) A progressividade na cobrança do imposto infringe o constitucional princípio da igualdade material tributária. 90) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 ASSINALE A ALTERNATIVA FALSA O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza : a) em face do principio da territorialidade, não incide sobre o serviço proveniente do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do Pais; b) não depende da denominação dada ao serviço prestado para efeito de incidência; c) não incide sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras; d) tem por contribuinte o prestador, e não o tomador do serviço.

DIREITO DO CONSUMIDOR

Características, Princípios e Disposições Gerais

91) Com. Exam. (MPF) - Procurador da República-2006 O ARTI GO 2º DA LEI N. 8.078/90 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ESTEBELECE : Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas. ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Com base neste dispositivo, é correto afirmar: a) a pessoa juridica consumidora é a aquela que adquire produtos ou serviços destinados ao bom desempenho de sua atividade lucrativa, desde que exista entre ela e seu fornecedor um desequilíbrio que lhe favoreça,

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b) o parágrafo único do art. 2º do COC visa á proteção e tutela dos interesses coletivos, considerando as categorias de consumidores ou potenciais consumidores de produtos e serviços, ou grupo. classe ou categoria deles, para que seja prevenido , por exemplo, o consumo de produtos ou serviços perigosos ou nocivos. c) a acepção coletiva dos interesses ou direitos do consumidor comporta apenas a categoria dos chamados direitos difusos ou coletivos, d) o conceito de consumidor constante do CDC apresenta-se insuficiente á indicação dos destinatários de sua proteção . sendo necessário integrar esse conceito ao de fornecedor. Daí a razão da existência de duas correntes doutrinárias definindo o âmbito de aplicação do COC, quais sejam: a maximalista, segundo a qual o art. 2º do Código deve ser interpretado o mais restritivamente possível; e a finalista do consumo, que envereda por uma interpretação teleológica do art. 2º .

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GABARITO

1) B 2) A 3) B 4) A 5) D 6) A 7) A 8) B 9) A 10) A 11) B 12) D 13) B 14) D

15) A 16) C 17) D 18) D 19) C 20) C 21) C

22) B 23) B 24) B 25) D 26) C 27) B 28) C

29) C 30) D 31) D 32) D 33) A 34) B 35) B

36) D 37) A 38) C 39) C 40) D 41) D 42) A

43) C 44) C 45) A 46) D 47) B 48) B 49) D 50) B 51) D 52) B 53) A 54) A 55) A 56) C

57) A 58) A 59) B 60) A 61) D 62) A 63) C

64) D 65) B 66) D 67) D 68) B 69) B 70) C

71) A 72) B 73) C 74) D 75) B 76) A 77) D

78) B 79) B 80) D 81) B 82) A 83) B 84) C

85) B 86) C 87) C 88) C 89) C 90) A 91) B