movimento champagnat da família marista (mchfm)

37
Coordenação: CEVM – Centro de Espiritualidade e Vivencia Marista Textos e Fotos: Ir.Joaquim Panini Marcio Luis Marangon Revisão: João Luis Fedel Gonçalves Sandra Cristina Pedri Ir. Virgilio Josué Balestro Ir. Claudio Girardi Diagramação: Rodolfo Ribeiro e Rodrigo Mattos Apoio: Marketing ABEC|UCE Pollyana Devides Nabarro Av. Senador Salgado Filho, 1651 Guabirotuba 81510-001 Curitiba – PR 41 3013-4647 [email protected]

Upload: hermanos-maristas

Post on 18-Mar-2016

247 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

A Província Marista Brasil Centro Sul conta agora com “A Caminhada do Movimento Champagnat da Familia Marista”, um livreto que vem retratar os 25 anos de caminhada do MChFM na Província, contando um pouco da história de cada fraternidade e abordando temas importantes sobre o Movimento. É um belo documento para ser lido em casa e ser estudado nos encontros das Fraternidades. Grande oportunidade para conhecer um pouco mais a história de nossas Fraternidades, do MChFM em nível mundial e do Brasil, assim como vários temas de aprofundamento do Movimento.

TRANSCRIPT

Page 1: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

2

1985-2010

Coordenação:CEVM – Centro de Espiritualidade

e Vivencia Marista

Textos e Fotos:Ir.Joaquim Panini

Marcio Luis Marangon

Revisão:João Luis Fedel Gonçalves

Sandra Cristina Pedri

Ir. Virgilio Josué Balestro

Ir. Claudio Girardi

Diagramação:Rodolfo Ribeiro e Rodrigo Mattos

Apoio:Marketing ABEC|UCE

Pollyana Devides Nabarro

Av. Senador Salgado Filho, 1651Guabirotuba81510-001 Curitiba – PR41 [email protected]

Page 2: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

Filhos de Maria

Ir. Miguel Touckaz

Ir Mauricio Moretti

Ir. Villário Zamboni

L’Hermitage

Maria de Nazaré

Maria Mãe Pastora

Pe. Luiz Darós

Rosey

Sagrada Família

São Sebastião

VIVECHAMPA

7 Testemunhos

8 Carta do Ir. Provincial

9 Carta da Equipe Provincial do MChFM

10 A Nova Aurora desejada por todos

Apresentação

1 Natureza do MChFM

2 História do MChFM no Istituto Marista

3 História do Movimento no Brasil

4 Processo de animação

5 A celebração dos 25 Anos do MChFM

5.1 Em nível de Brasil

5.2 Em nível de Província

6 As Fraternidades

Aquilégia Champagnat

Boa Mãe

Caminheiros de Maria

CHAMA

Família de Nazaré

07

09

13

19

22

26

26

29

31

32

34

36

38

40

42

44

46

48

50

52

54

56

58

60

62

64

66

70

72

74

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

Índice

Page 3: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

6

1985-2010 Celebrando os 25 anos 1985-2010

7

Em 1985, o XVIII Capítulo Geral aprovou o Movimento Champagnat da Família Marista, afirmando: “Reconhecemos e aprovamos o Movimento da Família Marista, constituído por pessoas que desejam viver sua Vida Cristã segundo o espírito de Marcelino Champagnat e se comprometem a seguir os estatutos do Movimento”.

Neste ano de 2010, ao celebrarmos 25 anos de fundação, constatamos com alegria os frutos dessa providencial decisão: são 285 Fraternidades ao redor do mundo, das quais 214 na América incluindo as 76 do Brasil.

A Província Marista do Brasil Centro-Sul programou inúmeros projetos para recordar essa data tão significativa. É ocasião de “Alargar a Tenda do Instituto” e de acolher os leigos e leigas que se sentem chamados a viver a vida cristã à luz da espiritualidade de Champagnat e partilhar o carisma marista. Os projetos planejados e assumidos foram divididos em quatro categorias: formação, divulgação, celebração e organização.

Para a Província, 2010 foi realmente um “ano de celebração” da data de fundação do Movimento. A cada mês foi vivenciado algum momento forte. A publicação do livro “A caminhada da Movimento Champagnat da Família Marista na Província Marista Brasil Centro Sul” foi o coroamento dessa celebração. Tenta registrar a trajetória do Movimento no Instituto e, de modo especial, em nossa Província. Trata-se, deste modo, de uma edição comemorativa dos 25 anos do MChFM.

Apresentação

Page 4: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

8

1985-2010 Celebrando os 25 anos 1985-2010

9

1. Natureza do Movimento Champagnat da Família MaristaAs Constituições definem o MChFM como “extensão de nosso Instituto”: “re-úne pessoas atraídas pela espiritualidade de Marcelino Champagnat. Neste movimento, filiados, jovens, pais, colaboradores, antigos alunos e amigos aprofundam o espírito do nosso Fundador para dele viverem e difundi-lo. O Instituto anima e coordena as atividades do Movimento, criando estruturas apropriadas” (164.4). À luz dessa definição, podemos deduzir que são mem-bros do Movimento pessoas que já têm uma caminhada de vivência do caris-ma marista. O documento “Em torno da mesma mesa” mostra-nos várias ex-pressões do relacionamento dos leigos com o carisma. É, portanto, oportuno saber qual a forma de pertença dos leigos do MChFM.

O mundo do laicato relaciona-se com o Marista por uma variedade de expres-sões. Muitas pessoas entram em contato com a vida e a missão dos Irmãos Maristas de diferentes maneiras. Alunos, educadores, catequistas, pessoal de administração e de serviço, ex-alunos, pais e amigos, todos conhecem os irmãos e seu carisma.

Desse relacionamento com os irmãos, surgem diferentes atitudes:

Algumas pessoas vivem identidades diferentes da marista: umas, porque fizeram opções de vida distintas da cristã; outras, por já terem encontrado seu próprio lugar na Igreja. Acolhemos e respeitamos as diferentes opções e caminhos. Partilhamos com todas elas os valores humanos e cristãos, unimos forças para trabalhar na construção de um mundo melhor e da-mos graças a Deus por tudo o que delas recebemos.

Apresentação

O último capítulo, “a Nova Aurora desejada por todos”, mostra que todos os eventos promovidos no âmbito do Instituto e das Províncias favoreceram a expansão providencial do Movimento e forneceram os princípios e horizontes para fazer surgir a “Nova Aurora” do MChFM, empenhando tanto os leigos como os Irmãos.

Desse modo, podemos repetir as palavras do Ir. Charles Howard, na Circular de 1991, sobre o Projeto de Vida do Movimento: “O MChFM é um presente para todos nós. É uma bênção e uma alegria para nós, Irmãos e Leigos, sentirmo-nos chamados a compartilhar nossas riquezas comuns e viver juntos uma vida espiritual e uma aventura apostólica apaixonante”.

Irmão Joaquim PaniniCoordenador Provincial do MChFM

Curitiba, 15 de agosto de 2010Assunção de Nossa Senhora

Festa Patronal do Instituto Marista

Page 5: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

10

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

11

c) Reúne pessoas que pretendem viver seu cristianismo à luz da es-piritualidade de Champagnat; portanto não é grupo só de oração ou de trabalho. É movimento de espiritualidade, vivência e partilha de vida.

d) Pauta-se por quatro pilares, praticamente os mesmos que orientam a vida dos Irmãos: oração, reflexão, convivência (a comunidade) e o aposto-lado. É normal que cada Fraternidade viva esses quatro pilares de acordo com sua realidade, ritmo e etapa de crescimento.

Oração é deixar que Deus nos fale, que entre em nossa casa, nos visite e more conosco È falar-lhe com nosso coração de filhos queridos e confiantes. É ouvir sua Palavra, a partir de um texto bíblico. Consegue-se, desse modo, fazer uma “reflexão orante”, que também se chama “meditação”.

A Reflexão tem como objetivo aprofundar a identidade de Fraternos Maristas na Escola de São Marcelino, para traduzi-lo em suas vidas. Neste sentido, é fundamental que em todas as reuniões haja um tema que ajude a aprofundar a espiritualidade marista.

A Convivência na Fraternidade amplia o sentido de família. É um tema muito importante, pois a vida comunitária é essencial num mundo onde impera o individualismo. “Vede como se amam”, dizia-se dos primeiros cristãos. Por isso, eram citados como exemplos e a cada dia aumentava o número de seguidores de Jesus.

O Apostolado diz respeito, em primeiro lugar, ao apostolado pessoal, sobre-tudo pelo testemunho de vida cristã na família, na profissão e na paróquia.

1 - Em torno da mesma mesa, n. 8-11, p. 26.

Natureza do Movimento Champagnat da Família Marista

Outras pessoas foram atraídas pelo testemunho dos irmãos. Admiram o seu modo de vida e desejam vincular-se à sua espiritualidade e à sua missão, sem entender isso como vocação partilhada. Algumas não refletiram sufi-cientemente sobre o significado desta vinculação e necessitam de espaços de acompanhamento que lhes permitam descobrir o que Deus espera delas.

Há um terceiro grupo que, a partir de um processo pessoal de discernimento, decidiu viver sua espiritualidade e sua missão cristãs do jeito de Maria, seguin-do a intuição de Marcelino Champagnat. Estes somos nós os leigos maristas1.

Os Fraternos do MChFM são leigos do terceiro grupo, ou seja, pessoas que a partir de um discernimento, decidiram viver sua vida cristã à luz da espiritu-alidade de Champagnat. Para isso orientam-se pelo livro “O Projeto de Vida”, publicado em 1991, como anexo da Circular do Ir. Charles Howard “O Movi-mento Champagnat da Família Marista”

A partir desses documentos, podemos deduzir que o Movimento:

a) É extensão das comunidades dos Irmãos, e não das obras. Em conse-quência, a responsabilidade da animação cabe aos Irmãos, não à equipe de pastoral das obras. Esse princípio é importante tanto para as Fraternidades que existem em lugares onde há obra marista como onde esta não existe.

b) É dos leigos e leigas e está sob a responsabilidade deles. O Irmão Assessor deve ser simplesmente a “presença discreta e testemunhal de Champagnat”, não devendo jamais assumir a coordenação da Fraternidade. Por isso é fundamental alimentar o protagonismo dos leigos e evitar todo tipo de paternalismo.

Page 6: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

12

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

13

2. História do Movimento no Instituto MaristaA história do MChFM tem sua origem nos homens e mulheres que ajudaram o Pe. Champagnat nos primórdios do Instituto e que eram chamados de “ben-feitores”. Está ligada também aos Movimentos dos Antigos Alunos. Por terem convivido muito tempo com os Irmãos, esses alunos sempre se esforçaram por manter contato com eles por meio de Associações.

Tal florescimento deu-se, sobretudo, entre os anos de 1990 e 2000, de modo que o documento mais importante que encontramos sobre a história do Laicato Marista é o ensaio do Ir. Alexandre Lefèbvre, intitulado “Le Mouvement Cham-pagnat de la Famille Mariste: ses origines” (O Movimento Champagnat da Fa-mília Marista. Suas origens)2. Esse texto faz uma narrativa desde “Les Amicales Maristes” (As Associações Maristas -1965), até o XVIII Capítulo Geral (1985). A partir de então, dada a percepção de que o Movimento dos Antigos Alunos tinha conotação mais de “recordação do passado” e “cultivo de saudades de um tempo que se foi”, começou-se a falar de uma grande Família Marista, composta não apenas de ex-alunos, mas também de pais de alunos, professo-res, colaboradores do setor administrativo, educadores e famílias dos Irmãos.

O XVII Capítulo Geral, de 1976, enviou uma carta aos Antigos Alunos Maristas, afirmando que não somente era interessante, mas desejável, a ideia de uma grande Família Marista, congregando pessoas que querem viver a espirituali-dade do Bem-aventurado Marcelino Champagnat. Em 1982, o 9o Congresso Brasileiro de Antigos Alunos Maristas abordou o tema “A Família Marista”.

2 Mulhouse. França, 1997. Veja também www.champagnat.org/pt/240203001.asp?id=18 para resumo da obra.

Natureza do Movimento Champagnat da Família Marista

Entretanto, as Fraternidades podem optar, como grupo, por um apostolado assumido em conjunto.

Além disso, as Fraternidades devem sustentar-se financeiramente. Daí a necessidade que criem o próprio fundo de sustento.

A Fraternidade é aprovada pelo Irmão Provincial depois de um tempo de expe-riência, em que se comprove a consistência do grupo. Aconselha-se que essa aprovação seja legitimada em uma cerimônia pública, na qual os Fraternos, junto com seus filhos, se comprometem publicamente a viver a vida cristã à luz da espiritualidade de Champagnat.

Adota-se a seguinte nomenclatura nas Fraternidades:

a) Coordenador: Irmão responsável pelo Movimento em nível provincial

b) Assessor: Irmão que acompanha uma ou mais fraternidades

c) Fraterno: membro da Fraternidade

d) Animador/animadora: Fraterno ou Fraterna responsável pela anima-ção da Fraternidade

e) Fraternidade: conjunto das pessoas que se comprometem com o Movimento

f) Mensagem de Vida: reflexão periódica enviada às Fraternidades para aprofundar algum tema.

Page 7: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

14

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

15

O texto que serviu de base para as reflexões foi elaborado e apresentado por Floriano Tescarolo e Ir. Joaquim Panini. Esse texto foi apresentado depois em Roma pelo Irmão Egídio Luiz Setti, por ocasião do XVIII Capítulo Geral. Ir. Charles Howard, nomeado Superior Geral por esse Capítulo, será o grande protagonista do MChFM.

O XVIII Capítulo Geral foi realmente muito especial. “Reconhece oficialmente o Movimento da Família Marista, constituído por pessoas que desejam viver sua Vida Cristã segundo o espírito de Marcelino Champagnat e se comprometem a seguir os estatutos do Movimento”3. E pede ao Conselho Geral que forme uma comissão, composta por Irmãos de diferentes países, encarregada de editar os estatutos do Movimento “A Família Marista”4.

Além disso, houve em 1989 a celebração do Ano Champagnat, em que se comemorou o bicentenário de seu nascimento. Em Lyon, na França, de 29 de julho a 1º de agosto, deu-se o Encontro Europeu da Família Marista de Cham-pagnat. Em Veranópolis-RS, de 21 de setembro a 15 de outubro, ocorreu a 5ª Conferência Geral de Provinciais, na qual foi apresentado o texto do Projeto de Vida do Movimento Champagnat da Família Marista, para as últimas suges-tões e recomendações. O texto foi aprovado pelo Conselho Geral em 16 de julho de 1990 e apresentado pelo Ir. Charles Howard a todo o Instituto no en-cerramento do Ano Champagnat. As palavras do Superior Geral são proféticas: “Consideramos este documento como o primeiro passo que vocês mesmos completarão nos anos vindouros”.

Em outubro de 1991, Ir. Charles Howard publica a Circular sobre o Movimento, intitulada: “O Movimento Champagnat da Família Marista: um presente para todos nós”. Em 1993, o XIX Capítulo Geral traz um fato novo: dele participaram

catorze leigos. Ir. Benito Arbués foi eleito novo Superior Geral. Na Mensagem a toda Congregação, o Capítulo afirma:

Com os leigos e graças a eles, compreendemos melhor que é em comu-

nhão que devemos assumir nossa missão de Igreja. (...) Transformemos

em verdadeiros parceiros todos os que desejam participar de nossa Espi-

ritualidade e Missão. Corramos o risco de perder alguma forma de poder,

para viver a audácia de uma franca colaboração com os leigos. Não por-

que somos poucos, mas por reconhecermos a vocação e a missão própria

dos batizados.

(...) Na vida de nossas comunidades e no trabalho apostólico, nós nos

comprometemos a desenvolver e aprofundar o encontro e o compromisso

com os leigos. Isso supõe:

-integrar os leigos em todas as atividades de nossas instituições, inclusive

na direção;

-promover e acompanhar a formação sistemática dos leigo (espiritualida-

de, educação marista, gestão, justiça e solidariedade);

-transmitir o carisma e a espiritualidade marista aos leigos e aceitar que

nos enriqueçam com sua maneira de viver a vocação cristã”.

(...) Cada Unidade Administrativa: preparará e desenvolverá um projeto

para promover o Movimento Champagnat da Família Marista5.

Em 15 de agosto de 1998, Ir. Benito Arbués apresenta ao Instituto o docu-mento “Missão Educativa Marista: um projeto para hoje”. Na Introdução, a Comissão encarregada de redigir o texto faz um esclarecimento surpreenden-te: “Encontraremos aqui uma mudança significativa em relação aos anteriores documentos maristas: o ‘nós’ empregado se refere tanto aos Irmãos quanto aos leigos, que são os Educadores Maristas de hoje”.

3 Atas do XVIII Capítulo Geral, Capítulo 10.1.4 Atas do XVIII Capítulo Geral, Capítulo 10.4. 5 Mensagem do XIX Capítulo Geral a todos os Irmãos. In: XIX Capítulo Geral, Atas do XIX Capítulo Geral. Roma: 1993.

História do Movimento no Instituto Marista

Page 8: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

16

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

17

A partir dessa data, houve vários acontecimentos que desencadearam no Instituto nova compreensão do lugar dos leigos e de seu protagonismo no carisma marista:

a) Criação da Comissão de Leigos, 2002.

b) Constituição do Grupo Consultivo de Leigos, 2005.

c) Encontro Americano do MChFM, em Fusagasugá, Colômbia, outubro de 2005.

d) Reunião de um Grupo Consultivo de Leigos, em Roma, maio de 2005.

e) Criação do Secretariado dos Leigos e nomeação do Ir. Pau Fornells, da Província Norandina, como diretor para o triênio 2006-2009.

f) Criação da Comissão Internacional para redação do documento “Em torno da mesma mesa”, sobre a vocação do leigo marista, em 2006.

g) Encontro Europeu do Movimento Champagnat, em Alcalá de Henares, Es-panha, agosto de 2006.

h) Encontro Internacional sobre Processos de Formação Conjunta, em Les Avellanes, Espanha, maio de 2007.

i) Assembléia Internacional da Missão Marista, em Mendes, outubro de 2007. Esse foi o primeiro grande ensaio, em nível de Instituto, sobre a corres-ponsabilidade leiga marista. Falou-se pela primeira vez em “vocação marista comum e específica” e de “formação conjunta e específica”. Também pela primeira vez foi usado o termo “Maristas de Champagnat” e começou-se a falar de “uma nova tenda”.

j) Experiências de Formação Conjunta e Vitalidade Carismática, em Quito, Equador, julho de 2007, e em Saint Paul-Trois-Châteaux, França, maio de 2008.

A canonização do Pe. Marcelino Champagnat, em 18 de abril de 1999, convo-ca o Instituto a partilhar a espiritualidade e a missão marista com toda a Igreja. O carisma não é propriedade do Instituto, é para todos os que se sentem cha-mados a acolhê-lo e a torná-lo vida. A missão marista é mais ampla do que o trabalho realizado pelos Irmãos. Abrem-se novas perspectivas de futuro, até então se falava de espiritualidade e missão compartilhadas; agora o Espírito nos convida a dar um passo a mais: a partilhar o carisma.

O XX Capítulo geral de 2001, ainda sob os eflúvios da canonização, pede que o Instituto “alargue o espaço da tenda”. Significativamente, o documento final, “Escolhamos a vida”, faz 32 alusões aos leigos maristas, no espaço de vinte páginas. Pela primeira vez em um Capítulo Geral, dois dos cinco apelos ao Instituto são apresentados em conjunto para Irmãos e leigos:

a) Sentimo-nos chamados a aprofundar nossa identidade específica de

Irmãos e Leigos, na partilha de vida: espiritualidade, missão, formação…

b) Sentimos a necessidade de avançar juntos, Irmãos e Leigos, de maneira

resoluta e manifesta, aproximando-nos mais das crianças e dos jovens

mais pobres e excluídos, mediante novos caminhos de educação, de evan-

gelização e solidariedade6.

Existem vinte recomendações e petições sobre o tema do laicato, dirigidas aos irmãos, às comunidades, às Unidades Administrativas e ao Conselho Geral:

O Capítulo Geral recomenda ao Conselho Geral estabelecer, nos próximos anos, processos e estruturas necessárias (estudos, encontros, redes, Secretariado, Comissão Internacional...) que levem Irmãos e Leigos a explicitar nossa iden-tidade marista: o que é comum, o que é específico, o que é complementar em nossa vocação própria e a esclarecer as formas diferentes de ser Leigo Marista.

6 Documento Oficial do XX Capítulo Geral, n. 26 e 31.

História do Movimento no Instituto Marista

Page 9: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

18

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

19

Por ocasião de XXI Capítulo Geral, em setembro de 2009, foi lançado para toda a Congregação o documento “Em torno da mesma mesa: a vocação dos leigos maristas de Champagnat”. O Capítulo escolheu três “horizontes de futuro”, um dos quais se refere a “uma nova relação entre Irmãos e Leigos/as, baseada na comunhão, buscando juntos uma crescente vitalidade do carisma marista para o nosso mundo”. Sobre o Movimento, afirma:

Apoiamos o Movimento Champagnat da Família Marista e outras expres-

sões novas de vida e de pertença marista que estão surgindo, em diferen-

tes formas, em diversas partes do mundo. Ao mesmo tempo, sentimos a

necessidade de levar à frente processos que permitam a todos os maristas

ser corresponsáveis da vida, espiritualidade e missão7.

Não duvidamos de que toda essa linda caminhada do laicato marista foi e está sendo “um presente para todos nós”, como profetizou o Ir. Charles Howard, na Circular de 1991. Deste modo, torna-se igualmente realidade o sonho de Champagnat: pois ao acolher o leigo em seu seio, o Instituto estende-se a “todas as dioceses do mundo”.

3. Histórico do Movimento no Brasil O Brasil Marista esteve certamente na vanguarda, ao atender ao pedido do XX Capítulo Geral de “alargar a tenda para acolher os leigos”, seja na formação dos colaboradores, seja na formação específica dos leigos que decidem aderir ao carisma. De fato, as Fraternidades do MChFM, chamadas, inicialmente, de “Células da Família Marista”, começaram treze anos antes da Circular de 1991 do Ir. C. Howard. Recordamos alguns momentos dessa caminhada histórica.

Em 1978, um grupo de Irmãos e leigos aceitam o convite do Ir. Aleixo Maria Autran, da então Província do Rio de Janeiro, para refletir a “Carta abierta a los Maristas”, de Roberto Manuel Igarza, ex-aluno marista da Argentina. A carta lança a ideia de se “maristizar” as obras maristas, propondo que a Congregação se abra além das fronteiras jurídicas. Foram feitas outras duas reuniões para aprofundar a idéia das “Células Maristas”.

7 Instituto dos Irmãos Maristas, Conclusões do XXI Capítulo Geral. Brasília: Umbrasil, 2010.

História do Movimento no Instituto Marista

1º Encontro Interprovincial de Fraternidades – Mendes – 1979

Page 10: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

20

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

21

Movimento e convida os Irmãos a contribuir com o documento. Ir. Panini traduz do francês o anteprojeto e elabora o Manual dos Animadores das Fraternidades Maristas, inspirado no referido anteprojeto. A Equipe Marista Interprovincial de Reflexão (EMIR) faz a revisão do Manual e o adota para todas as Fraternidades do Brasil.

Para celebrar o bicentenário do nascimento do São Marcelino Champagnat, em 1989, Ricardo Tescarolo, com a colaboração do Ir. Joaquim Panini, elabo-ra um opúsculo, intitulado “A rocha de que fomos talhados: documento-base para leigos maristas”. É um texto profético. Afirma, na conclusão:

Seremos, Irmãos e Leigos, fiéis ao Carisma Marista se, com criatividade

e espontaneidade, traduzirmos e recriarmos Champagnat e não apenas o

copiarmos... Entretanto, apesar de a ação concreta ser resultado de uma

celebração vivencial de cada um e de todos, na linha do Coração de Cham-

pagnat, as Fraternidades Maristas são propostas abertas e práticas segu-

ras desta celebração, antes, durante e depois do Bicentenário9.

Tal documento foi depois traduzido para o espanhol, na Argentina. Com a pu-blicação do Projeto de Vida do Movimento, junto com a Circular do Ir. Howard, as Fraternidades Maristas passam a ter o texto que define os fundamentos e os elementos práticos para a vida do Movimento. A partir desse documento, cada Província procura fundar Fraternidades, ou reorientar Células segundo o Projeto de Vida.

No momento há 76 Fraternidades no Brasil: 24 da Província Marista do Rio Grande do Sul, 36 da Província Marista do Brasil Centro-Norte e 17 da Provín-cia Marista do Brasil Centro-Sul.

Em março de 1979 foi realizada a quarta reunião e, em 1980, realizou-se, em Mendes, o primeiro retiro das Células. Compareceram 31 pessoas represen-tando as Células de Colatina, Rio de Janeiro, Ponta Grossa e de São Paulo, que tinha duas. Na ocasião outras seis Células estavam em formação: Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Campos Gerais e Vila Velha. O tema do retiro foi: “Que é e que não é Célula Marista”. Foram tomadas quatro decisões:

a) realizar anualmente a Reunião Geral de Representantes das Fraternidades;

b) constituir a Escola da Fraternidade, para estudo e aprofundamento;

c) realizar o Retiro Anual das Fraternidades;

d) criar o Núcleo Central, a serviço de todas as Fraternidades do Brasil.

Tais decisões foram executadas durante 1980 e 1981, anos de maior flores-cimento das Fraternidades no Brasil, sob a coordenação de quatro pessoas: Ir. Afonso Levis, Ir. Joaquim Panini, Ir. Sulpício José e Floriano Tescarolo. O Centro de Pastoral da Província Marista de São Paulo, fazia o apoio de secretaria, sob a coordenação de Márcia dos Santos.

Em 1981, os Irmãos Provinciais decidiram que não haveria mais reuniões em nível nacional e que as Células seriam organizadas em cada Província. Entretan-to, o folheto Mensagem de Vida era enviado mensalmente a todas as sedes pro-vinciais. Com a regionalização das Fraternidades, cada Província vivenciou sua caminhada, por sinal muito florescente: existem hoje no Brasil 72 Fraternidades.

Em 1982, foi realizado o 9º Congresso Brasileiro de Antigos Alunos Maris-tas, com o tema “A Família Marista”, apresentado por Floriano Tescarolo e Ir. Joaquim Panini8. Em 1986, Ir. Charles Howard lança o anteprojeto do

9 P. 37, n. 86.

Histórico do Movimento no Brasil

8 Veja, acima, Cap. 2.

Page 11: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

22

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

23

4. Processo de AnimaçãoAs Constituições e Estatutos declaram: o MChFM é “extensão de nosso Instituto”. E acrescentam: “O Instituto anima e coordena as atividades do Movimento, criando estruturas apropriadas”10. Esse é um gesto materno e responsável da Congregação: gera o filho e dele se responsabiliza, alimentando-o pela coordenação e pela animação. São três os níveis de coordenação e animação do Movimento no Instituto: internacional, nacional e local.

O nível internacional é coordenado pelo Governo Geral, mediante o Se-cretariado Internacional dos Leigos. O Secretariado, criado em 2006, ficou a cargo do Ir. Pau Fornells Salas até 2010, substituído pelo Ir. Javier Espinosa. Além do Ir. Assessor, há uma equipe de leigos que re-presentam as diversas regiões do mundo marista.

Em nível nacional, poucos países conseguiram organizar a estrutura. No Brasil, a UMBRASIL, que é o organismo que coordena os esforços das três Províncias e do Distrito, criou a Subcomissão Nacional do MChFM, ligada à Comissão de Espiritualidade Apostólica Marista, composta por um Irmão e um Leigo de cada Província. No momento, a subcomissão é composta pelo Ir. José de Assis Elias de Brito, Coordenador da Área de Vida Consagrada e Laicato, da UMBRASIL, pelo Ir. Joaquim Panini e Lúcia Pinto Coelho, representantes da PMBCS; Gonçalo Flamarion Lopes e pelo Ir. Salatiel Franciscano do Amaral, representantes da PMBCN; o Ir. Paulo Lorenzoni e o Sr. Sérgio Schons, representantes da PMRGS.

Na Província Marista do Brasil Centro-Sul, a Equipe Provincial do Movi-mento é composta por: Adriana de Faria Sedrez, representante da região de São Paulo e Ribeirão Preto; Flávia de Oliveira Rodrigues Lopes, re-presentante da região de Maringá, Londrina, Cascavel, Itapejara D’Oeste e Nova Andradina; Anderson José Guisolphi, representante da região de Joaçaba e Chapecó; Simone Marie Perotta, representante da Região de Curitiba, Ponta Grossa e São Bento do Sul; e Ir. Joaquim Panini, Coorde-nador Provincial do MChFM.

No contexto do papel da coordenação e da animação do MChFM, é bom definir e ter consciência do papel do Irmão Assessor e dos Leigos coorde-nadores, não importando o nível: internacional, nacional e local junto das Fraternidades. A assessoria dos Irmãos na formação dos Leigos, sobre-tudo do Movimento, vem fundamentado nos documentos do Instituto, nos pronunciamentos dos Superiores Gerais, assim como na própria natureza do carisma marista. O que o movimento permite não é concessão dada aos leigos, mas direito que lhes cabe quando o Espírito Santo os convida a viver a vida cristã à luz da Espiritualidade de São Marcelino Champagnat.

A partir dos documentos e pronunciamentos acima citados, extraímos alguns princípios11: “é dever dos Irmãos ampliar o espaço da tenda de suas comunidades para partilhar vida, missão e espiritualidade; o funda-mento da parceria entre leigos e Irmãos repousa sobre a missão comum; e o laicato marista jamais pode ser um clone da vida consagrada dos Irmãos. Como seria trágico se a espiritualidade leiga marista não fosse mais do que uma variante da espiritualidade religiosa dos Irmãos!

10 C 164.4. 11 Baseado em pesquisa feita pelo Ir. Joaquim Panini, intitulada Ideias importantes na formação do leigo marista.

Page 12: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

24

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

25

O MChFM é um movimento dos leigos e para os leigos. Não é a forma de viver a vida religiosa marista no mundo, mas um modo de viver a vida leiga no mundo, segundo o carisma de Champagnat. O trabalho dos Irmãos, portanto, consiste em contribuir para a emergência, na Igreja, de um laicato realmente adulto e responsável.

Dos princípios acima elencados, podemos deduzir claramente o papel e a missão do Irmão Assessor na promoção da vitalidade do MChFM:

a) exerce o serviço de assessoria e aconselhamento, evitando todo tipo de paternalismo e sem assumir jamais o papel de coordenador do Movimento;

b) sente-se o primeiro responsável pelo carisma, por representar o Instituto e a comunidade dos Irmãos junto ao Movimento;

c) mais que ser apenas bom amigo ou colega, procura ajudar os mem-bros da Fraternidade a discernir a caminhada e favorecer seu cresci-mento, na perspectiva de que ser parceiro, mais que trabalhar juntos, é sobretudo partilhar fé, vida, espiritualidade e missão;

d) junto aos membros da Fraternidade, é “a presença discreta e tes-temunhal de Champagnat”, vivendo suas atitudes como formador da Comunidade dos Irmãos em L’Hermitage.

Os Leigos Coordenadores, seja em nível internacional, nacional ou local, de-vem ter a convicção de que o Movimento é dos leigos e para os leigos. Isso implica a conquista do protagonismo e da autonomia. Entendendo-se esta nem como dependência nem como independência, mas como interdepen-dência, o que implica a conexão profunda com os Irmãos e com o Instituto.

Outro aspecto fundamental é a formação conjunta de Irmãos e leigos, da qual se tem falado seguidamente e cujo tema foi objeto de vários encon-tros internacionais e continentais. Deve contemplar tanto a formação do “ser” como do “fazer” profissional, na tentativa de um processo da inter-complementaridade e reciprocidade entre Irmãos e Leigos. No Encontro de Quito, a formação conjunta foi definida como “a que busca expressar o processo por meio do qual Irmãos e Leigos se sentem reciprocamente necessitados a desenvolver a identidade comum Marista e as identi-dades específicas”. Esse processo de formação conjunta enfrenta, no entanto, vários desafios:

a) não está suficientemente clara a identidade comum e específica dos Irmãos e Leigos;

b) há poucos Irmãos nas obras e, além disso, são muito solicitados nos trabalhos administrativos;

c) os leigos vêm de um mundo descristianizado e chegam com pouca formação nos valores humanos e, sobretudo, nos valores cristãos, que são a base dos valores maristas;

d) existe falta de subsídios e de espaços explícitos para a formação do “ser” marista, nas três dimensões: humana, cristã e marista.

Processo de Animação

Page 13: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

26

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

27

5. A Celebração dos 25 Anos do MChFM1. Em nível de Brasil

A celebração dos 25 anos de fundação do Movimento foi muito bem recebida, tanto no Brasil como em nossa Província. Em âmbito nacional, o principal even-to foi o Encontro Nacional de Multiplicadores, realizado em Brasília, de 13 a 16 de fevereiro de 2010, com a seguinte programação: a) Como vai o MChFM no Brasil? b) Identidade do MChFM na história e nos documentos do Instituto: os Novos Horizontes do MChFM no mundo. Tais temas foram desenvolvidos pelo Ir. Pau Fornells. c) Linhas de ação em nível de Brasil, definidas e assumidas em dois níveis: em nível da formação e em nível da estruturação do MChFM.

a) Linha de ação no nível da formação: “promover a formação dos membros do MChFM, em vista de maior compreensão e vivência da vocação leiga marista a ser-viço da missão na Igreja, tendo duas ações concretas: elaborar o plano de forma-ção continuada para os membros do Movimento em âmbito nacional; e promover encontros formativos e de partilha de vida para Leigos e Irmãos em nível nacional”.

b) Linhas de ação no nível da estruturação: ordenar organicamente o MChFM, garantindo o protagonismo e autonomia das leigas e leigos, em comunhão com os Irmãos, sugerindo outras formas de pertença ao Instituto, tendo quatro ações concretas: potenciar a atuação da Subcomissão do MChFM na UMBRASIL; deli-near um modelo comum de organização e animação para o Movimento, contem-plando os níveis local, provincial e nacional; desenvolver uma identidade visual única para o MChFM no Brasil; e criar instrumentos de comunicação comum.

Houve, igualmente, a proposta de duas moções.

a) Leigas, Leigos e Irmãos, reunidos no 1º Encontro Nacional de Multipli-

cadores do Movimento Champagnat da Família Marista, em Brazlândia/DF,

Brasil, no período de 13 a 16 de fevereiro de 2010, expressam ao Superior

Geral e seu Conselho a necessidade da atualização do Projeto de Vida do

MChFM, em consonância com os desafios e apelos do XXI Capítulo Geral e

da nova compreensão e vivência do laicato no Instituto Marista.

b) Tendo em vista o amplo trabalho necessário para a estruturação do

MChFM em nível nacional, solicitamos ao Conselho Superior da UMBRASIL

a ampliação da Subcomissão do MChFM para dois Leigos(as) e um Irmão

Marista de cada Província e Distrito, fomentando-se, deste modo, o protago-

nismo leigo diante do processo de planejamento, organização e animação do

Movimento Champagnat no Brasil. Solicitamos, ainda, que pelo menos um

dos leigos(as) seja escolhido pelas Fraternidades de cada Província e Distrito.

1º Encontro de Multiplicadores – Brasília - 2010

Page 14: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

28

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

29

A partir das linhas comuns de ação do Movimento em todo o Brasil, cada Pro-víncia definiu suas linhas. A PMBCS optou pelas seguintes:

a) enviar o material brotado desse Encontro Nacional a todas as Fraternidades;

b) em nível local, onde houver comunidade de Irmãos, encarregar um Irmão de assessorar o Movimento;

c) criar uma Comissão Provincial para animar o MChFM, composta pelo Irmão Assessor Provincial, o secretário executivo provincial e mais quatro leigos, representantes das regiões onde há Fraternidades (Primeira região: Maringá, Londrina, Itapejara, Cascavel e Nova Andradina. Segunda região: Joaçaba e Chapecó. Terceira região: Curitiba e Ponta Grossa. Quarta região: São Paulo e Ribeirão Preto);

d) visita do Ir. Assessor e Secretário Executivo a todas as Fraternidade no primeiro semestre deste ano de 2010;

e) aproximar o Movimento dos organismos da Província – DEAS, DERC e Setor de Pastoral;

f) realizar um Curso de Formação dos Multiplicadores do MChFM, programa-do para 24 e 25 de abril de 2011, em Curitiba, com assessoria do Ir. Luís Carlos Gutierrez Blanco, Vice-Provincial da Província Marista da América Central;

g) celebrar os 25 anos do Movimento durante o Encontro Anual das Fra-ternidades, a ser realizado em 28 e 29 de agosto de 2010, com a assessoria do Sérgio Schons, da Província do Rio Grande do Sul e membro da Comissão Internacional dos Leigos.

2. Em nível de Província

A celebração dos 25 Anos do MChFM na PMBCS consistiu em tornar realidade as metas e ações assumidas para a revitalização do Movimento no Encontro Nacional de Multiplicadores, elencadas anteriormente. Todas foram concre-tizadas com ótimos resultados. Além disso, a Província definiu quatro outras linhas de ação, com de quatro objetivos:

a) promover um processo de formação sobre o MChFM na Província;

b) divulgar os 25 anos do MChFM na Província;

c) promover intenso clima celebrativo dos 25 anos da fundação do MChFM;

d) rever e reforçar a organização e dinamização do MChFM na Província.

A Celebração dos 25 Anos do MChFM

Encontro Anual das Fraternidades – Curitiba – 2010

Page 15: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

30

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

31

As Fraternidades

Entre os momentos de celebração da fundação do Movimento, é importante destacar o Encontro Provincial de Multiplicadores, com o objetivo de promover a formação dos Irmãos Assessores e dos Leigos Coordenadores de Fraterni-dades. O Encontro foi realizado em 24 e 25 de abril e foi assessorado pelo Ir. Luís Carlos Gutierrez Blanco, Vice Provincial da Província Marista da América Central. Nesse Encontro foram assumidos dois objetivos, com suas respecti-vas metas e ações concretas, um no âmbito da animação provincial e outro no da animação das Fraternidades.

Não duvidamos de que todos esses projetos, tanto em nível nacional como provincial, irão constituir um grande impulso para gerar uma “Nova Aurora” na revitalização do MChFM, constituindo um divisor de água na caminhada desse providencial Movimento na província.

A Celebração dos 25 Anos do MChFM

Page 16: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

32

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

33

1. Fraternidade Aquilégia Champagnat, Chapecó, SC

A Fraternidade Aquilégia Champagnat surgiu em 1999, por ocasião da canonização de São Marcelino Champagnat, com pessoas ligadas à educação e grupos de jovens do Colégio Marista São Francisco, de Chapecó. Ir. Ademar Pozzer foi o Assessor da Fraternidade, dando todo apoio necessário para que o grupo se organizasse, junta-mente com Ir. Nelson Crestani que trouxe e explicou ao grupo a proposta do Movi-mento. A primeira animadora foi Laidi Maria Badin. Com Leurete Bonissoni, Magda Lajus, Leslie Zanchet e outras, deram os primeiros passos da Fraternidade. O nome Aquilégia Champagnat foi escolhido porque, justamente no ano de sua fundação, em 1999, estava sendo divulgada uma espécie de violeta, descoberta nos Alpes por um Irmão Marista, que assim a batizou.

A Fraternidade iniciou-se com reuniões mensais. Após onze anos de caminhada, o grupo encontra-se consolidado, buscando estudar em profundidade a vida e obra de Marcelino Champagnat e viver sua espiritualidade.

A maioria dos membros são professores, funcionários maristas egressos, com suas famílias, com predominância de mulheres. Há participação de casais e de algumas crianças, que participam a seu modo, conhecendo a vivência do grupo, possibilitando a formação cristã deles e serem membros conscientes da Fraternidade no futuro.

As reuniões são preparadas por dois membros, sempre com algo novo. Acon-tecem, em geral, na casa da animadora. A fraternidade elabora seu Projeto de Vida a luz dos quatro pilares do Movimento. Em todas as reuniões há momento de oração, reflexões com depoimentos, convivência com lanche, conversas infor-mais, abraços e muito carinho.

As Fraternidades

O apostolado é feito por cada membro, centrado prioritariamente na família e no am-biente profissional. Muitos membros têm compromisso nas paróquias. Há, igualmen-te, uma atenção especial de solidariedade entre os próprios membros, por meio da troca de e-mails e uma corrente de orações nas quartas-feiras, das 18 às 19 horas.

A Fraternidade possui um fundo para eventuais gastos, para o qual cada membro con-tribui com certa quantia mensal. Há a possibilidade de organizarmos uma biblioteca. Hoje, todo o material que chega é repassado a cada membro. Nesses anos, a perseve-rança foi a conquista mais significativa da Fraternidade conseguiu, assim como a parti-cipação de um bom grupo de representantes no Encontro Provincial das Fraternidades.São membros da Fraternidade: Ana Carla Carlotto, Ângela de Freitas, Anderson Gui-solphi, Claudete B. Wagner, Denise Farias, José Farias, Laidi Maria B. Badin, Euclides Antônio Badin, Leurete Bonissoni, Magda Lajus, Mariluce Vieira, Mariza Pereira, Renato Darui, Simone Poma Winckler, Terezinha Moreira, Neiva Gresele e Maria Dolores Baldo.

Page 17: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

34

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

35

2. Fraternidade Boa Mãe, Campinas, SP

A ideia de formar a Fraternidade veio do Ir. Claudio Girardi. Quando chegou a Campinas, inspirado pelo carisma de Marcelino Champagnat, produziu e publicou um folheto com o intuito de espalhar a “boa nova” do Movi-mento. O folheto deu resultados: em 15 de agosto de 1996, surgiu a Fraternidade Boa Mãe. Os encontros aconteciam periodicamente, na casa dos Fraternos ou dos Irmãos.

A partir de 2006, o Ir. Paulino Ignácio Jacob passou a assessorar a Fraterni-dade, com o apoio do Ir. Ilário Caresia. Naquele instante coordenava a Frater-nidade o ex-juvenista Nadir Silotto. O grupo caminhava com muita vitalidade; mas, aos poucos, os afazeres cotidianos e as dificuldades foram dificultando as reuniões, de modo que a Fraternidade acabou parando temporariamente suas atividades em 2007, ficando desativada até meados de 2010.

A luz de Champagnat então voltou a brilhar. O grupo começou a renascer e contou com o apoio da Comunidade dos Noviços Maristas. Motivados pela celebração dos 25 anos da fundação do Movimento, resolveram contribuir com as atividades da Fraternidade. Ir. Paulino voltou para ser o Assessor.

Aos poucos foram convidados novos Fraternos unindo-se aos antigos que estavam a fim de retomar à Fraternidade. As atividades foram reiniciadas com uma reunião no dia 6 de maio de 2010, no Centro de Formação Maria Mãe da Igreja, com a participação de doze pessoas. Na ocasião esteve pre-sente o Ir. Joaquim Panini, atual Coordenador Provincial do Movimento.

As Fraternidades

Pensando em fortalecer os encontros, foi feito contato com outras Fraterni-dades de São Paulo, que partilharam suas experiências e suas formas de organização. A Fraternidade tem a alegria de contar com a presença de duas Fraternas que fizeram Curso Hermitage. Elas poderão ajudar a aprofundar o conhecimento de São Marcelino Champagnat e de todo patrimônio marista, contribuindo para formar uma Fraternidade duradoura e constante, que pos-sa, por muitos anos, tornar Jesus Cristo conhecido e amado.

São membros da Fraternidade: Ir. Paulino Ignácio Jacob, Eva M. J., Cleida de Lima, Itamar de Lima, Itacy de Lima, Sergio Mazzotti Neto, Marciene Car-mozine Mazzotti, Celeni Gaal, Maria Inês Ferrari, Pedro Ferrari, Silvia Helena Matias (coordenadora) e Marilia Gabriela Tegacine.

Page 18: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

36

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

37

3. Caminheiros de Maria, Ribeirão Preto, SP

A ideia da fundação partiu do Ir. Lauro Darós, Diretor Geral do Colégio Marista de Ribeirão Preto, que publicou para as famílias um resumo do Movimento e o convite para instalação de uma Fraternidade. Em 6 de novembro de 2004, às 11 horas, na Capela do Colégio, a Fraternidade Caminheiros de Maria foi iniciada na presença dos padres João Gualberto e Antonio Sávio, dos Irmãos Paulo Romanckiv e Marcos Andrade Pires e membros da Fraternidade de Campinas, que apadrinhou o grupo.

Por ocasião desse ato solene, foi celebrada uma missa. Na homilia, falaram Benedito Laeso Cossi e Nadir Broleze Siloto, da Fraternidade de Campinas. Es-tavam presentes João Batista de Figueiredo Faria, Deolinda Aparecida Lapria Faria, Célia Luiza Motta de Alvarenga Rangel, Mario Thadeu Ricci e Martha Streb Ricci. Lideraram a fundação da Fraternidade Mario Thadeu Ricci e João Batista de Figueiredo Faria. O nome “Caminheiros de Maria” foi escolhido posterior-mente, por sugestão de Mário Thadeu Ricci. Vem lembrar-nos que estamos na caminhada terrena amparados por Maria.

Em 2010 completamos seis anos. Nesse período recebemos visitas de outras Fra-ternidades e de pessoas muito queridas, envolvidas com o Movimento, trazendo--nos alegria e ânimo para continuar a caminhada.

Os membros, na sua maioria, estão engajados em trabalhos nas suas paróquias, consolidando a união do grupo. Todos os casais e uma viúva estão sempre prontos para momentos de espiritualidade e divulgação do Movimento, sempre em busca de novos fraternos.

A predominância é de ex-alunos e ex-funcionários, com atuação em diferentes profissões: professor, cirurgião dentista, engenheiro, representante comercial, arquiteto, inspetor de alunos e telefonista. O grupo se reúne nas casas dos Fraternos ou no Colégio.

As Fraternidades

Há algumas dificuldades para as reuniões e ainda não foi elaborado o Projeto de Vida da Fraternidade; porém, desde o início de nossa caminhada, sempre há pre-ocupação com a oração, reflexão, convivência e apostolado. Uma atenção especial é dada para haver revezamento na coordenação.

A Fraternidade ainda não conseguiu montar um caixa para arcar com despesas de Fraternos, como as viagens para eventos da Província. Há um arquivo com o material para consulta, livros enviados para a fraternidade, guardados com o coor-denador e à disposição dos Fraternos. Todo o material enviado para a fraternidade é entregue aos fraternos.

São membros da Fraternidade: Mario T. Ricci, Martha S. Ricci, João B. de Figueiredo Faria, Deolinda A. Lapria Faria, Vicente C. T. Paulino, Ruth M. Paulino, Carlos A. Pe-racine, Rosemary T. da Silva Peracine, Gustavo H. Pires Queiroz, Adriana C. L. Faria Queiroz, Genivaldo I. da Silva, Sandra F. de Cerqueira e Silva, Agnaldo Bueno Ferreira, Maria L. Sampaio Ferreira, Pedro Armando Fossa, Ana Maria de Vicente Fossa, Ondi-na Lapria, Décio Soares de Carvalho e Ir. Luiz Carlos Siena, Assesssor.

Page 19: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

38

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

39

4. Fraternidade Chama, Ponta Grossa, PR

A Fraternidade CHAMA teve inicio em14 de agosto de 2004. Lucia Helena Zander, Francisco Rocha da Silva foram participar, em São Paulo, de um encontro sobre o Movimento e sentiram-se tocados e desafiados a difundir essa ideia em Ponta Gros-sa. Convidaram algumas pessoas para um encontro na casa dos Irmãos e apre-sentaram um breve histórico do movimento. Em seguida, lançaram o convite para fazerem parte de uma Fraternidade. Todos os que ali se encontravam, a exemplo de Maria, disseram “sim” e sentiram-se atraídos a aprofundar a espiritualidade de São Marcelino Champagnat.

O grupo era composto primeiramente por profissionais do Colégio Pio XII, com suas famílias, e por alguns pais de alunos, apresentando desde o início uma diversidade quanto à profissionalização de seus membros. Também as crianças marcam pre-sença: além de participarem atentamente de todos os momentos elas abrilhantam nossos encontros. A maioria dos membros está comprometida em suas paróquias. É importante mencionar a constante presença dos Irmãos, presença discreta e tes-temunhal de Champagnat. No início, quem nos acompanhou foi Ir. Alberto Girardi, depois Ir. Pedro Danilo Trainotti, Ir. Zeferino e, atualmente, Ir. Leomar D’Avila.

As reuniões ocorrem mensalmente, seguindo o cronograma organizado anualmente pelo grupo. Os participantes são acolhidos na residência de um Fraterno. A famí-lia que acolhe tem autonomia para organizar o encontro, mas existe um roteiro mínimo: momento de partilha, leitura da palavra de Deus, estudo de documentos acompanhado de reflexão. Procura-se observar também as propostas que são es-tabelecidas e sugeridas pela Província, as quais têm enriquecido bastante nossa caminhada dos fraternos. O grupo possui um pequeno baú, contendo todo o acervo da correspondência enviada e recebida, que fica na residência do Fraterno que assume o serviço da coordenação.

As Fraternidades

Entre as características mais marcantes da Fraternidade, destaca-se o profundo sentimento de amor e pertença expressados pelos seus membros no decorrer de toda sua trajetória. Os Fraternos sentem-se felizes e realizados, pois têm a certeza de que necessitam uns dos outros para se completar e se realizam, principalmente, para tornar visível a proposta de Jesus na escola de Champagnat.

Integram a Fraternidade: Ir. Leomar D’Avila, Everton Luís Gardinal, Gabriele da Silveira Gardinal, Maria Clara Gardinal, Davi Miguel Carneiro Kaspzack, Gabriel carneiro Mar-tins, Gilson Miguel Kaspzak, Keila Cristina Carneiro, Adriane I. S. Giacomozzi, Fernanda I. Giacomozzi, Giovanni I. Giacomozzi, Jessica I. Giacomozzi, Sérgio Giacomozzi, Eve-nilson Silvestre da Luz, Karen Silvestre da Luz, Lucimara Moreira Silvestre da Luz, Na-thalia Silvestre da Luz, Darci Euclides Vedam, João Vitor Vedam, Márcia Maria Plotécia Vedam, Valesca Vitória Vedam, Verônica Vitória Vedam, Maria Eunice Martchuk da Costa, Regis Clemente da Costa, Mário Cezar Lopes e Rita de Cássia Soares Lopes.

Page 20: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

40

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

41

5. Fraternidade Família de Nazaré, Cascavel, PR

A ideia de fundar uma Fraternidade, como extensão da Comunidade dos Irmãos, surgiu no final dos anos 90, por iniciativa dos Irmãos daquela época. A primeira reunião ocorreu em dezembro de 1998. Porém, a ideia ficou parada por 10 anos, sendo reavivada em 2008, com a chegada do Ir. Lauro Darós. Em 29 de Setem-bro de 2008, nas dependências do Colégio Marista de Cascavel, foi realizada a primeira reunião dessa nova etapa da Fraternidade.

Houve consenso no grupo para chamar a Fraternidade de “Maria de Nazaré”, pois demonstra o espírito de família e a união que envolve os membros da Fraternida-de. Deram grande apoio para essa nova etapa da Fraternidade os Ir. Lauro Darós, Lino Pedrotti e Antonio Smaniotto, assim como os Fraternos João Batista Farias e Décio Soares de Carvalho, da Fraternidade de Ribeirão Preto, SP.

Em agosto de 2010 a fraternidade completou dois anos de existência. Cada encontro traz mais união e muitas amizades. Há muita alegria e satisfação ao receber novos participantes. Nossa maior dificuldade é encontrar horário e dia para que todos os fraternos possam participar. Mas, com persistência e oração, estamos a fraternidade se consolida.

Há aproximadamente vinte membros entre professores, profissionais liberais, funcionários, ex-alunos, ex-funcionários e dois Irmãos Assessores. Há número homogêneo de homens e mulheres. Neste segundo ano de encontros, estamos nos reunindo nas casas dos Fraternos uma vez por mês, já com o calendário das possíveis datas das reuniões. Cada encontro alguém propõe sobre um tema específico, sempre tentando levar em consideração os quatro pilares: oração, reflexão, convivência e apostolado. Quanto ao revezamento do coordenador, ao completarmos dois anos haverá eleição, com a tendência de rodízio anual.

Nosso apostolado está centrado na família e na profissão. Alguns membros estão ligados às pastorais comunitárias, bem como a projetos sociais, tanto na esco-

la como na comunidade. A Fraternidade conta com a contribuição mensal dos Fraternos, para sua autossustentação. Temos também arquivada a maioria das correspondências e organizamos uma mini biblioteca, com alguns exemplares de livros sobre Marcelino Champagnat.

Apesar de estarmos começando, sentimos cada vez mais a alegria invadir nossos corações. Conforme aprendemos mais sobre a vida e obra de São Marcelino Champagnat, temos a certeza de que estamos no caminho certo para um dia, ao olharmos para trás, veremos que realmente “valeu a pena”.

São membros da Fraternidade: Amadeo Boscardin, Ana Carolina Grapégia, André Vidal, Anna Menegussi, Beatriz Arnold, Evani O. Carvalho, Gabriela, Gerda Erd-mann, Giovana Arnold, Gislaine Arnold, Ir. Lauro Darós, Ir. Lino Pedrotti, Ivete Nas-cimento, Ivone Santos, José Rosa, Jussara Piaia, Karla Carniel, Lara Grapégia, Sil-vana Vidal, Sirlene Mendes, Vera Pezavento, Vitalino Mandadori, Zeneide Grapégia.

As Fraternidades

Page 21: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

42

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

43

6. Filhos de Maria, Nova Andradina, MS

Devido aos nossos familiares serem membros da Fraternidade Maria Mãe Pastora, desde pequenos sentimos o carisma Marista, o que nos suscitou a ideia de formar uma fraternidade com jovens. Assim, no mês de junho de 2004 aconteceu o primeiro encontro com os jovens Andressa, Adriana , Ednal-do, José Augusto, Luciana, Tássia e Wagner, juntamente de Maria Madalena e Neuza Martins, fraternas da Maria Mãe Pastora, que nos deram apoio na fundação da Fraternidade.

De inicio foi sugerido o nome do Ir. Blazius que trabalhou em nossa cidade. Como nem todos os membros conheciam o Irmão Blazius, o nome escolhido foi “Filhos de Maria”, que representa a importância de Maria em nossa vida. Após a escolha do nome da fraternidade percebemos que por coincidência, todos os fraternos também tinham as mães chamadas Maria.

Hoje nossa fraternidade tem seis anos e a nossa caminhada foi marcada por diversas alegrias. Somos felizes por estarmos juntos e formar uma bela amiza-de. Cultivamos os encontros com os fraternos da Fraternidade Mãe Pastora e também com os Irmãos. A nossa dificuldade foi manter o grupo inicial, alguns casaram ou mudaram de cidade o que inviabilizou a permanência deles em nossos encontros.

Atualmente as reuniões são realizadas quinzenalmente, na casa dos fraternos, sendo que desde 2007 acontecem juntamente com a Fraternidade Maria Mãe Pastora ficando a responsabilidade de preparação e acolhida com o fraterno que está cedendo a casa. Tais reuniões são baseadas nos 4 pilares e contem-plam estudos sobre a Vida e Obra de São Marcelino.

A Fraternidade esta voltada para família, tendo também membros que parti-cipam da pastoral do dízimo, pastoral social e trabalhos com jovens e adoles-centes. Possuímos um fundo de autoauxilio, através de venda de rifas e paga-mento de mensalidade, e contamos também com um acervo bibliográfico e um arquivo com fotos, mensagens, documentos relacionados ao MCHFM, etc...

Foi uma conquista para nós poder formar a nossa fraternidade e viver junto com nossos familiares o carisma de São Marcelino. Atualmente a Fraternida-de Filhos de Maria tem os fraternos: Ednaldo Aparecido Batista, José Augusto Brandão Rosalvo; Luciana Brandão Cunha; Tássia Fernanda Santos; Wagner Brandão Cunha.

As Fraternidades

Page 22: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

44

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

45

7. Fraternidade Irmão Miguel Toukacz, Itapejara d’Oeste, PR

A Fraternidade surgiu em 18 maio de 2006, quando algumas famílias que demonstravam interesse em participar do Movimento Champagnat se reuni-ram no Centro Educacional e Social Marista (CESMAR) de Itapejara d’Oeste.

Inicialmente tínhamos a ideia de darmos à Fraternidade o nome de Fa-mília Marista. Após uma conversa, o grupo optou por chamar-se “Irmão Miguel Toucakz”, um dos pioneiros na Educação em Itapejara D’Oeste, que também se dedicou ao trabalho com crianças e jovens, principal-mente na catequese.

Participam do grupo nove famílias. Os membros, na maioria são profes-sores, agricultores, e empresários. Participam das reuniões igualmente os filhos dos Fraternos. Há a preocupação de revezamento na coordenação e animação da Fraternidade, com eleição por votação, realizada anualmente.

As reuniões são mensais e ocorrem nas casas das famílias. Contamos com a presença de Irmãos Comunidade dos Irmãos e sempre do Irmão Assessor, Ir. Hugo Depiné. Durante os encontros, procuramos seguir os quatro pilares do Movimento.

Para o futuro, sentimo-nos chamados a cuidar mais dos seguintes as-pectos: elaboração do Projeto Comunitário de Vida; autossustentação; e arquivo da correspondência enviada e recebida.

No momento são membros da Fraternidade: Celestino de Oliveira, Lu-ciano de Oliveira, Rosalina R. C. de Oliveira, Adelino de Oliveira, Danieli de Oliveira, Gabriela de Oliveira, Joceli de Vargas de Oliveira, Raqueli de Oliveira, Altemir , Claudemir Saretta, Ines Caprine Saretta, Ademir Balena, Lourdes Didone Balena, Renan Balena, Rosana Balena, Danilo José Zuchi, Neiva L. Zuchi, João Carlos V. Lopes, Maurivete Gonzatto V. , Lopes, Felomena Perondi Luzzi, Rafael Luzzi, Ronaldo Luzzi, Claudino C. Gnoatto, Claudio Lucas Gnoatto, Claudio Mateus Gnoatto, Eloise Leonora Gnoatto, Iracema Rossa C. Gnoatto, Arlindo Casiragui, Idalina Mafalda Casiraghi, Vania Maria Casiraghi, Ivete Testa, Jaime Domingos Testa,

Mariana Tesca, Deisi Saretta, Edi C. Zocchi, Eliane Zocchi.

As Fraternidades

Page 23: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

46

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

47

8. Fraternidade Irmão Mauricio Moretti, Itapejara d’Oeste, PR

O grupo surgiu a partir do Coral iniciado em 2006 pela Sra. Rosana Bortolussi. No início de 2008, o grupo foi assumido por Susana Pereira, nesse tempo o grupo refle-tiu e resolveu fundar a Fraternidade Irmão Mauricio Moretti, conhecido pelo trabalho desenvolvido na educação das crianças e jovens em Itapejara D´Oeste.

Recebeu o nome de “Fraternidade Irmão Mauricio Moretti”, em consideração ao Irmão que viveu generosos anos em Itapejara d´Oeste, num trabalho lindo junto à comunidade. Sua pessoa, seu testemunho de vida e de serviço aos irmãos servem de constante inspiração a todos os Fraternos.

A Fraternidade é composta por 59 membros provenientes do Distrito da Barra Gran-de e Itapejara d´Oeste; 21 homens e 38 mulheres; há casais, viúvos/as, filhos/as. Na sua maioria aposentados. Apenas três são filhos/as dos integrantes da fraternidade.

Ainda busca melhorar alguns aspectos como: organização do material do grupo; desenvolver de forma acessível os conteúdos e celebrações a serem realizadas; o deslocamento para alguns dos membros; o número de participantes se por um lado é sempre muito bom por outra exigem locais grandes e, nem sempre é possí-vel dar uma atenção individualizada, o que dificulta o desenvolvimento dos temas e celebrações. Finalmente, dificuldades nos remetem ao esforço redobrado que teremos de realizar para superar o desafio da comunicação e partilha de um modo geral (dos conteúdos, pelo número de fraternos, pela idade); a entrega de Mensa-gens, comunicados e, o não conhecimento da parte de quase todos os fraternos do manejo da Internet.

No entanto nos orgulhamos de dizer que os fraternos dedicam-se em diversas Pas-torais: Família, Saúde, Criança, Liturgia, Pessoa Idosa; Movimentos: Cursilhistas, Apostolado da Oração e RCC e, como Ministros da Eucaristia. Muitos são sócios do Clube dos Idosos, e carregam uma alegria própria do amor marial, vivendo seus apostolados intensamente, bem como os outros três pilares do Movimento.

Nossa animadora Iraci Amália Fries é auxiliada em Itapejara D´Oeste por Lidia Maria Adanski e em Distrito B. Grande por Iolanda Lucini. Nosso secretário é José Hoinaski, e contamos com a assessoria dos Irmãos Darci Luiz Kroth, Hugo Depiné, Murilo Bertoldi e Rafael Antonio Garaffa. Integram a Fraternidade: Arlindo Casiraghi, Idalina Mafalda Casigraghi e Vânia Maria Casigraghi; Adriano Mânica e Eneida B. Mânica, Plínio Fries e Iraci Amália Fries; José Ribeiro Rosa e Adelaide Letícia Thomé; José Hoinaski e Or-felina Flores Hoinaski; Pedro de Àvila e Salete M. B de Àvila; José A. Gnoatto e Otília Gnoatto; Dalci Zuanazzi Chiosi e Tereza Slongo Chiosi; Desiderio A. Gnoatto e Deolirde C. Gnoatto; Alenir C. Salmória e Nair F. Salmoria; Fermino Gnoatto e Dalzira T. Gnoatto; Fiorentino Moshen e Terezinha Biazussi Moshen; Tadeu Moshen e Orélia Moshen; Mar-celino R. Livi e Clélia C. Livi; Melquiore G. Biazussi e Luiza Biazussi; Adelar Antoniazzi e Mafalda B. Artaniozzi; Raul Ronsani e Neusa Ronsani; José Tonieto e Rosa Tonieto, Ademir Bastos da Luz, Marcemina Vanz, Lidia Maria Adanski, Helena Dal Pra Gnoato, Armelinda Prezende Mariotti, Narcisa C. Adrià, Inez C. Anater, Rosalina T. Zoluane, Cecília G. Arsego, Iolanda Lucini, Adele Mattia Biezus, Filomena Machimavit, Armelinda B. Casiraghi, Olga C. Mazur, Angelina M. Lucini, Flavio Lucini, Beatriz Mattes Scalcon, Angela Malacarne, Adélia Belin, Nevilde Arisi, Zenilda Malacarne e Ir. Hugo Depiné.

As Fraternidades

Page 24: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

48

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

49

9. Fraternidade Irmão Villário Zamboni, Joaçaba, SC

A história de nossa Fraternidade começa com o convite formulado pelo Ir. Nelso Crestani, para participar de um movimento de leigos, ligado ao carisma da Família Marista. A fundação ocorreu em 12 de agosto de 1999 no Colégio Marista Frei Rogério, de Joaçaba, SC. Por sugestão do grupo, foi escolhido o nome Fraternidade Irmão Villário Zamboni, prestando assim uma homenagem a um Irmão exemplar na comunidade de Joaçaba.

De início, a fundação, liderada primeiramente por Terezinha Campanholo, funcionou até o final de 1999. Por motivos diversos parou por um tempo, reconstituindo-se, sob o esforço do Ir. Nelson Crestani, em 2004, com membros da turma anterior e com novos. Se considerarmos essa data, temos entre, sete e oito anos de existên-cia. Os principais passos são a organização e o aprofundamento da espiritualidade de Marcelino Champagnat e de Maria Nossa Boa Mãe.

Entre as alegrias de nosso grupo, destacamos a amizade entre os membros, a ora-ção, a reflexão, o crescimento espiritual e a perseverança, não obstante as dificulda-des. Mas a oração e a união nos deram, e estão dando, sustento na caminhada. Con-tribui para isso a presença marcante dos Irmãos Maristas, em especial do Ir. Nelso.

Quanto à profissão, somos de diversas áreas: educação, comércio, funcionários públicos, domésticas, motoristas, professores e estudantes. Há um casal, e a pre-dominância é de mulheres. Estamos sempre abertos a novos membros.

Nossas reuniões ocorrem uma vez por mês, em rodízio, nas casas dos fraternos ou na residência marista. Nelas, sempre nos apoiamos nos quatro pilares: oração, reflexão, convivência e apostolado.

Há preocupação na mudança da coordenação da Fraternidade, que já ocorreu três vezes. A Fraternidade já tem condições de se sustentar, tendo até mesmo a alegria de ajudar pessoas necessitadas.

Os membros da Fraternidade sentem-se chamados a se organizar melhor, cuidando da correspondência, da biblioteca e da animação instrumental nas reuniões. Con-tudo, vivemos o apostolado na família e na profissão; com a graça de Deus e São Marcelino, todos participam de pastorais e movimentos na Igreja.

Achamos que nossas conquistas mais significativas para a consolidação da Frater-nidade são a perseverança e a presença assídua do Ir. Nelso, passando mensagens e ensinamentos de São Marcelino.

São membros da Fraternidade: Adiles M. Moritz, Ana Chiamulera Schmautz, Elida Lucia Pedri, Fernando Schmautz, Hélen Aline Jacinto, Imar Maria Pigatto Dacena, Ir. Nelso Crestani, Ir. Wilson Backes, Lourdes Maria Grigolo, Luana Schmautz, Marizete Zílio, Murilo Moritz Parize, Sergio Luiz Schmautz, Silvana T. Cortina, Thalis Moritz Parize e Yomara Solange Moritz.

As Fraternidades

Page 25: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

50

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

51

10. Fraternidade L’Hermitage, São Bento Do Sul, SC

No curso Hermitage de 2008, surgiu o chamado e a vontade de fazer acontecer em São Bento do Sul uma Fraternidade. Foram muitas conversas para descobrir o que era realmente o Movimento Champagnat da Família Marista, e como se originavam as Fraternidades. Em 2009, novamente acontecia o curso Hermitage Marista com novos participantes; foram convidados para a aula inaugural os par-ticipantes do curso do ano anterior. Ali, os participantes ouviram a fala do Ir. Panini sobre o Movimento e tiveram acesso ao Projeto de Vida do Movimento. Esse mo-mento tornou mais forte o desejo de criar uma Fraternidade em São Bento do Sul.

Veio então a preparação para o XXI Capítulo Geral. Sob a coordenação do as-sessor de pastoral Nivaldo, foram realizados encontros e estudo dos temas pro-postos, e foi realizada a peregrinação até a Capela Divino Espírito Santo, em um dos bairros da cidade. Havia um grupo de doze pessoas assíduas a todos os encontros. Muitas outras pessoas foram convidadas; porém poucas aceitaram. Iniciou-se o caminho para a fundação da Fraternidade, com a aceitação, alegria e vontade dos doze participantes.

Em 18 de novembro de 2009 tivemos nosso primeiro encontro com o Ir. Joaquim Panini, coordenador provincial do Movimento, e Moacir Leandro Camilo, assisten-te, para um diálogo sobre o que era o Movimento. Foi então marcada para o início de 2010 a data da fundação oficial da Fraternidade.

Chegou o grande dia: em 9 de março de 2010 nascia a Fraternidade caçula da Província. Foi dia de muita festa e de grande alegria para os participantes. Mes-mo sem ter a presença direta dos Irmãos Maristas no Colégio, sentimos que o espírito e a pedagogia marista continuam muitos vivos em São Bento do Sul. Este grande dia foi compartilhado com o Ir. Panini, Ir. João Batista, Moacir Leandro Camilo, Marcio Luis Marangon e o querido Ir. Celedônio Cruz, designado Assessor da nova Fraternidade.

A partir da fundação, iniciou-se o processo de escolha de um nome. Entre muitas opções que surgiram, o grupo escolheu “L’Hermitage”, por significar um lugar tranquilo, silencioso, apropriado para a contemplação, oração e reflexão, e por ser o berço da Instituição Marista. Usando as palavras do nosso Assessor Ir. Ce-ledônio: “nascemos, e nascemos na fonte”. Por essa fundação, e pedindo a São Marcelino Champagnat que nos conduza pelo caminho certo sob as bênçãos de Maria, nossa Boa Mãe, os fraternos da Fraternidade L’Hermitage louvam a Deus.

Com apenas quatro meses de existência, a Fraternidade vai fazendo seu caminho, tendo em vista as seguintes metas: elaboração do Projeto Comunitário de Vida, baseada nos quadro pilares; fidelidade às reuniões mensais; ter a presença do Ir. Celedonio Cruz, que vem de Curitiba; estabelecer um fundo de autossustentação e uma pequena biblioteca da Fraternidade.

São membros da Fraternidade: Adelaide Voltolini, Ariane Lisete Hinke, Deise da Conceição Silva, Ir. Celedônio Cruz, Luciana Pilz Berkenbrock, Margarete N. Silveira Cielusinski, Maria Elisa Engel, Miriam Maria Biaobock Sadowski, Nivaldo Lis Junior, Silmara Bartsch Hannemann, Susan Katy Baron e Zuleica Maria Sousa Voltolini.

As Fraternidades

Page 26: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

52

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

53

11. Fraternidade Maria De Nazaré, São Paulo, SP

A fundação da Fraternidade Maria de Nazaré foi motivada pelo nosso amado Ir. Davi-de Pedri. O grupo convidado já tinha uma convivência dentro do Colégio Marista Ar-quidiocesano de São Paulo, fazendo partilhas no caminhar da educação e formação familiar. Em 18 de fevereiro de 1998, nas dependências do Colégio, começaram as reuniões. O grupo era de 15 pessoas: sete pais, quatro alunos e quatro funcionários.

Os encontros sempre eram pautados por temas da vida de Marcelino Champagnat e da Boa Mãe Maria. Os alunos e alunas que participavam traziam suas experiên-cias espirituais, com Maria; os pais falavam dessa Mãe que não desampara seus filhos; os funcionários falavam do amor que São Marcelino teve pela Boa Mãe, que em todas as situações a Ela recorria; Ir. Davide falava sobre o caminhar do Instituto calcado na experiência Marial.

Um dia fomos chamados a “batizar” nossa Fraternidade. Não pensamos muito e logo de forma unânime a chamamos de Maria de Nazaré, a primeira discípula de Jesus, a mulher do sim incondicional, do serviço, da disponibilidade ao outro.

A Fraternidade completa 12 anos de caminhada! Alguns perseveraram, outros se distanciaram, e também novos Fraternos se agregaram ao grupo. A grande alegria dos Fraternos é poder reunir-se mensalmente, fazer a reflexão dentro da proposta estabelecida, rezar uns pelos outros e, ao redor da mesa, partilhar alegrias, con-quistas, e aflições. O grande desejo é querer organizar-se e perseverar. A grande di-ficuldade ou desafio foi conseguir a presença de um Irmão Assessor, pois isso deixa uma lacuna para nós, leigos e leigas, no que tange nosso ligação com os Irmãos.

A Fraternidade é coesa, alguns voltados para área da educação, outros para a de ad-ministração de empresas, sendo oito mulheres e cinco homens, entre os quais alguns casais. O Projeto de Vida contempla encontros mensais nas casas dos Fraternos, em que são discutidos temas previamente estabelecidos com partilha de experiências. O Fraterno que acolhe o grupo se responsabiliza pela coordenação do encontro. A participação dos filhos é esporádica, ocorrendo geralmente em datas festivas.

A coordenação do grupo é responsável por guardar a correspondência e distribuir o material de estudo e pesquisa necessários para a caminhada do grupo no decorrer do ano. A Fraternidade ainda não assumiu um apostolado específico como grupo, porém temos membros comprometidos em paróquias e catequistas de adultos e crianças dentro do Arquidiocesano.

No aspecto de sustentabilidade, combinamos de nos cotizar sempre que necessá-rio. Novos Fraternos são sempre bem recebidos; porém nossa estrutura e organi-zação ainda não nos possibilitam fundar outras Fraternidades.

São membros da Fraternidade: Adriana de Faria Sedrez, Ascânio João Sedrez, Bea-triz Carvalho de Oliveira Ferreira, Célia de Almeida B. Gabriel Silva, Lyselene Alcan-tara Rol, Manoel Ferreira Neto, Marco Antonio Cinquetti, Maria Carolina dos Santos Galvão, Maria Helena Souza Alencar, Maria Isildinha Simões de Almeida, Renata Ferreira Formigoni e Rubens P. Sammarco.

As Fraternidades

Page 27: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

54

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

55

12. Fraternidade Mãe Pastora, Nova Andradina, MS

A Fraternidade Mãe Pastora teve início pela necessidade de retomarmos a es-piritualidade já conhecida e vivida. Quatro membros faziam parte de um grupo de jovens chamado JUMAR, fundado pelo saudoso Ir. Braz Sinigáglia, da Antiga Província Marista de Porto Alegre. Com o passar do tempo, o grupo foi se re-novando: alguns casaram, outros mudaram de cidade e outros ainda optaram pela vida religiosa. O certo é que aqueles que viveram a espiritualidade marista sentiram falta do convívio que partilharam.

Assim, por conta dessas situações, uma das fraternas, Maria Madalena, decidiu fazer algo, participar de alguma coisa. Sem saber ao certo qual era o chamado, começou rezar, pedindo à Virgem Maria e ao Bem-aventurado Marcelino Cham-pagnat que intercedesse e a orientasse sobre o que deveria ser feito. O vazio que sentia era grande, após deixar o grupo.

Quando, em conversa com colegas, descobriu que a necessidade era comum, surgiu a possibilidade de formação de um grupo misto, para reviver a antiga es-piritualidade marista. Então, Deus permitiu que em uma das visitas do saudoso Ir. Blazius Rachor a Nova Andradina, Maria Madalena tivesse a oportunidade de falar sobre nossa intenção. Com muita satisfação ele nos apresentou o Movi-mento Champagnat da Família Marista.

Em Novembro de 1997, Ir. Blazius trouxe o Projeto de Vida do MCHFM. Em dezembro iniciamos sua leitura, em reuniões de estudo e orações. Percebemos que era realmente o que queríamos. O grupo iniciou em abril de 1998 com seis membros e com o passar do tempo outras pessoas foram se integrando. Ir. Blasius foi o primeiro assessor, mesmo morando em Campo Grande, a 300 km de nossa fraternidade. Vale ressaltar que isso aconteceu em um momento de dificuldades, pois os Maristas estavam saindo de Nova Andradina, quando ainda pertencia à Província Marista de Porto Alegre.

A Fraternidade reúne-se uma vez por mês e orienta-se pelos quatro pilares. Nosso Assessor é Ir. Edmundo Inácio Pina, que, apesar de morar em Dourados, a 200 km, procura sempre estar conosco. O apostolado dos Fraternos, além da família e do testemunho nas profissões, é exercido na paróquia. Ali são conhe-cidos como os “Amigos de Champagnat”. A festa do Fundador é celebrada com muita devoção junto com os paroquianos.

Contamos com 14 integrantes, das mais variadas profissões, com predominân-cia de mulheres e a alegria da participação dos filhos. Nossos integrantes são: Florentina Nunes Pereira, Larissa Araújo Pereira, José Aparecido dos Santos, Maria de Fátima, Silva Santos, Talita Silva Santos, Grasieli Ap. dos Santos Pe-reira, Leandro dos Santos Pereira, Neuza Martins Pereira, Valdetina Martins Pe-reira, Ivoní Bezerra dos Santos, Lúbna Lutfi, Mohamad Amer, Maria Aparecida Brandão Rosalvo, Paulo Aparecido B. Rosalvo e Maria Madalena B da Cunha.

As Fraternidades

Page 28: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

56

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

57

13. Fraternidade Padre Luiz Darós, São Paulo, SP

Em 15 de maio de 1999, por convite do Ir. Claudio Girardi, reuniram-se 19 pessoas no Colégio Marista Nossa Senhora da Glória, em São Paulo, e sentiram-se chamadas a comprometer-se com um seguimento mais intimo de Jesus, de acordo com a es-piritualidade de São Marcelino Champagnat. O nome “Padre Luiz Darós” foi decisão unânime e natural, por ter sido ele quem lançou a semente de nossa união. A escolha de alguém em vida para ser nosso patrono e incentivador não poderia ter sido mais acertada: um Marista de coração.

Cada Família Fraterna oferece sua casa para as reuniões mensais. As crianças são integradas aos encontros brincando, partilhando e orando. Adotamos um “Kit do Fra-terno”: Bíblia, Projeto de Vida, Manual das Fraternidades e Calendário Marista, que devem ser levado a todas as reuniões.

A cada dois anos, escolhemos de forma consensual o/a coordenador(a), o/a secretário(a) e o/a tesoureiro(a). Mensalmente em nossas reuniões, o(a) tesoureiro(a) faz a coleta, por família, de quantia pré-definida, para subsidiar nossas festinhas, eventuais viagens e materiais.

A Fraternidade trabalha basicamente em quatro dimensões. A humana trata do coti-diano do Fraterno. A de fé é motivada pela frase de Jesus: “Tende um mesmo espírito e um só coração”. A eclesial inclui a Igreja, a Província e o Instituto. E a marista, que diz respeito à espiritualidade de Champagnat. As crianças e o seu “ídolo”. Nestas dimensões são abordados temas como Champagnat, Maria, Bíblia, celebração euca-rística, sacramentos, santos, vocações.

Além disso, há temas especiais: avaliação, planejamento anual, celebrações mariais, aniversário da Fraternidade, Champagnat, Advento, Novena de Natal e os aniversá-rios dos Fraternos.

Integram a Fraternidade dezoito Fraternos: cinco crianças, onze mulheres e sete ho-mens. A área de Educação predomina entre as profissões: três professores, uma pe-dagoga, uma fisioterapeuta, um assistente social, uma governanta, uma bibliotecária, um juiz de direito, um analista financeira, um economista e sete estudantes.

No início da Fraternidade, os Fraternos questionaram-se muito sobre a viabilidade de um apostolado comum. Como varia a disponibilidade de tempo de cada família, ficou resolvido que o apostolado é feito junto à família e na própria profissão.

Integrantes: Luiz Darós, Leny Hasimoto, Teresinha Hasimoto, Celso Marquetti, Cesar Marquetti, Gisele Panetta Marquetti, Paola Marquetti, , Daniel Nascimento Laubhoue, Dominic Nascimento Laubhoue, Monica Arruda Nascimento, René Alain Laubhouet, Giselle B. S. Monteiro, Júlia B. M. Ghiurghi, Ana Luisa Ress Cirillo, Fernanda de Cás-sia Ress Cirillo, Luis Fernando Cirillo, Andréa Costa Garcia, João Ricardo Nishiura, Leticia Garcia Nishiura.

As Fraternidades

Page 29: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

58

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

59

14. Fraternidade Rosey, Maringá, PR

No ano de 2004 a Província organizou um encontro do Movimento Champagnat da Família Marista em Campinas. Representando Maringá estavam Ir. Vanderlei Siqueira, que naquele ano respondia pela Pastoral do Colégio, Antonio Frigo, re-presentante da Obra Social Marista Irmão Beno Tomasoni, e Flávia de Oliveira Rodrigues, também do colégio.

Ao retornarem desse encontro, os participantes comprometeram-se, primeiramen-te, a rezar e deixar que Deus pudesse orientar quando e como iniciariam o Movi-mento em Maringá. Em 2005, dez famílias, entre elas funcionários do colégio, foram convidadas para participar. Dessas, seis famílias compareceram.

A Fraternidade teve início em 2 de julho de 2005, na casa da Flávia e do Clóvis. Além do casal que nos acolheu, estavam presentes Ir. Alfredo Moretti, Ir. Vanderlei Siqueira, Laurindo, Rita, Amanda, Gabriela e Leandro Garcia, Hélio, Claudia, Rafael, Júlia e Carolina Hashimoto, Leandro e Anamélia Massucato, César, Beatris, Pedro Henrique e Júlio César Ribeiro, Eraldo, Adriana, João Paulo e Laura Pasquini.

Depois de alguns encontros, e por ser um grupo composto por famílias, foi decidido dar à nossa fraternidade o nome de “Rosey”, por ter sido o local onde Champagnat viveu com sua família e aprendeu a amar a Jesus e Maria. Foi então escolhida a imagem da Sagrada Família como ícone e tomou-se por lema a frase: “Sob a luz do Espírito Santo, caminhamos com Maria para onde aponta o dedo de Deus”.

As reuniões ocorrem, geralmente, uma vez por mês, no terceiro sábado, sempre na casa de uma das famílias integrantes. Nas reuniões são vivenciados: mo-mento de oração e partilha de vida; reflexão sobre Jesus, Maria e Champagnat; informes gerais e a partilha dos alimentos que são trazidos por todos. São noites muito agradáveis, que proporcionam espaço de cultivo do conhecimento e de amizade entre os Fraternos.

Uma grande alegria é ter podido acompanhar a formação de duas outras Fraternida-des: a Fraternidade São Sebastião, da cidade de Ivaitinga, que se está consolidando, e uma Fraternidade que acaba de nascer e que ainda não foi “batizada”. O acom-panhamento da formação dessas Fraternidades está sendo um apostolado muito gratificante para todos os membros.

Os membros da Fraternidade Rosey comunicam aos Irmãos e amigos que dese-jam formar novas fraternidades, que “tornar Jesus Cristo e Maria conhecidos e amados” não é tarefa comoda, porém fazer parte dessa grande família Marista é muito gratificante, principalmente quando se tem Champagnat como exemplo de coragem e confiança em Deus.

Integram a Fraternidade: 6 casais (Laurindo e Rita, César e Beatris, Hélio e Cláudia, Flávia e Clóvis, Adriana e Eraldo, Francisco e Silvana), 5 adolescentes (Amanda, Ga-briela, Leandro, Rafael, João Paulo) , 9 crianças (Laura, Júlia, Carolina, Pedro, Júlio, Marcos, Maria Clara, João, Beatriz) e Ir. Ilário Caresia como Assessor.

As Fraternidades

Page 30: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

60

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

61

15. Fraternidade Sagrada Família, Curitiba, PR

A Fraternidade Sagrada Família surgiu nos encontros do Movimento EDA/REMAR. Por sugestão do Ir. Pedro João Walter, o professor José Roberto convidou esse grupo de pais para uma reunião, em 29 de março de 2005, nas dependências do Colégio Marista Paranaense. Na pauta, comandada pelo Ir. Pedrinho, estava o Movi-mento Champagnat. Na segunda reunião houve maior número de participantes e a inclusão do Ir. Henrique Maurina, que desde então é o Assessor da Fraternidade. Na terceira, levantou-se a questão do nome da Fraternidade. Senhor Henrique e sua esposa Marilene sugeriram o nome “Sagrada Família”, simbologia muito marista.

Na caminhada de cinco anos, a Fraternidade revezou por quatro vezes os anima-dores e secretários. Atualmente os encontros realizam-se no último sábado de cada mês, na residência de um dos Fraternos, e encerra-se com um lanche com-partilhado. Além disso, a Fraternidade participa de muitas atividades apostólicas, sobretudo junto à pastoral de Juventude do Colégio.

A Fraternidade é composta por 34 pessoas, casais ou não e seus filhos, das mais diversas profissões. Destacam-se Fraternos sem vínculo direto com uma Institui-ção Marista, sendo em sua maioria pais de alunos e ex-alunos. A participação no Movimento vem possibilitando a prática da fé cristã, a convivência familiar e pes-soal, a acolhida nos momentos difíceis da vida e uma imensa paz pela comunhão com Deus. As dificuldades encontradas são administrativas: compatibilidade de agendas profissionais e pessoais. No entanto, o que nos faz persistir na caminha-da é a identificação com a espiritualidade marista.

A Fraternidade tem seu Projeto de Vida elaborado e segue os temas das reflexões, levando em conta os quatro pilares. Em 2010, foi constituído um fundo de reserva, e está sendo providenciado um arquivo para deixar os documentos organizados, o Livro Ata já existente, e tudo sob a guarda do secretário. A correspondência entre os membros é eletrônica e fica armazenada no provedor.

Nestes cinco anos de existência pode-se considerar que a conquista mais sig-nificativa para a consolidação da Fraternidade foi a compreensão, vivência e aprofundamento da espiritualidade marista junto ao Instituto Marista, enquanto movimento de leigos e para os leigos.

Integram a Fraternidade: Ana Letícia Marcelo, Ana Luísa de Paula, Ana Luiza Mar-celo, Carlos de Paula, Cezar Romano, Daisy Silva, Eduardo Souza, Eliane Paula, Elisa Zinher, Eloise Reinhardt, Eugenia Marques, Francisco da Silva, Gabriel de Paula, Gabriela dos Santos, Gisele Reinhardt, Guilherme Perotta, Henrique Silva, Henrique Neto, Idimar de Paula, Ir. Henrique Maurina, Ivone de Paula, Janete So-cher, José Marques Filho, José dos Santos, Juliano dos Santos, Maria dos Santos, Marilena Rodrigues, Mayza Martinez, Pedro Macedo, Rita Romano, Ronilse Mar-celo, Simone Perotta, Suzana dos Santos e Tadeu Socher.

As Fraternidades

Page 31: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

62

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

63

16. Fraternidade São Sebastião, Ivaitinga, PR

A Fraternidade São Sebastião está situada em Ivaitinga, a 45 quilômetros de Ma-ringá. É fruto de inspiração divina e de pessoas dinâmicas, com grande força apostólica. Um dado interessante: seus membros não tiveram contato comunitário direto com os Irmãos Maristas. A ideia da fundação brotou da experiência da Fra-ternidade Rosey, de Maringá, alguns membros da qual possuem laços familiares em Ivaitinga. Por causa desses laços, algumas pessoas foram convidadas a par-ticipar do Encontro Anual das Fraternidades, ocorrido em Curitiba, em 2007, e conhecer mais sobre o Movimento.

Logo nasceu o desejo de formar uma Fraternidade que acolhesse as pessoas da cidade, interessadas em conhecer o legado de São Marcelino Champagnat. Ao saber dessa ideia, os membros da Fraternidade Rosey, animados por um louvável espírito missionário, deram total apoio à nova Fraternidade.

A notícia chegou até Ir. Joaquim Panini, que, em companhia do Moacir Leandro Camillo, assessor do Movimento Champagnat, se ofereceram para acompanhar uma delegação da Fraternidade Rosey, com o intuito de celebrar oficialmente a fundação da Fraternidade de Ivaitinga.

A celebração aconteceu em 20 de outubro de 2007, data da fundação da Fra-ternidade São Sebastião, nome dado posteriormente. A fundação foi marcada de grande alegria, e o coração de Rozana Salvaterra Izídio, uma das fundadoras e escolhida coordenadora da Fraternidade, bateu forte, a ponto de escrever um lindo poema, intitulado “Champagnat chama”, que leu na ocasião.

No momento a Fraternidade é integrada por doze membros, das mais diversas profissões: professores, agricultores, etc. É grande a esperança de que cresça mais e se consolide.

São membros da Fraternidade: Amadeu Salvaterra, Eloísa Izídio, Felismino de Oli-veira, Irene A. de Oliveira, Lucas Izídio, Maria Helena Salvaterra, Nilson Feteira, Patrícia H. de Almeida, Rozana Salvaterra Izídio, Rozangela S. Feteira, Valdemir Izídio e Vanessa K. Feteira.

As Fraternidades

Page 32: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

64

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

65

17. Fraternidade Vivechampa – Londrina, PR

Ir. Alberto Girardi esteve em Londrina e conversou com professor Jorge An-tonio de Andrade sobre a possibilidade de fundar uma Fraternidade do Mo-vimento. Após a elaboração de alguns convites, em 1994, na casa do Pro-fessor Jorge, foi fundada a Fraternidade, sendo denominada Vivechampa.

Nos primeiros meses, era composta por vinte pessoas, coordenada pri-meiramente pelo professor Jorge e depois por Ana Rosa. Partilhavam-se ideias de como os integrantes poderiam ajudar-se mutuamente, tanto na vida pessoal como na profissional.

Na caminhada surgiram dificuldades, mas a Fraternidade se manteve firme, e hoje, com dezesseis anos, o grupo continua se encontrando todas as se-gundas quartas-feiras de cada mês, na casa de um dos Fraternos.

A Fraternidade é composta por pessoas de diversas profissões: zeladoras, aposentados, cozinheiras, e educadores, predominando o sexo feminino. Os filhos dos Fraternos também participam quando podem, mostrando que a Fraternidade continua com a chama viva, e constrói passo a passo seu futuro.

Todos os membros do grupo participam de alguma pastoral em suas pa-róquias. Além disso, ajudam na coordenação do grupo, cada um fazendo sua parte e contribuindo com uma pequena quantia mensal, que ajuda a sustentar a Fraternidade, junto com as rifas organizadas.

Para fortalecer as vivências e a fé, a Fraternidade conta com a ajuda do Ir. Clau-dio Girardi. Além do testemunho de sua presença, ele nos ajuda na composição e busca dos temas de reflexão. O Projeto de Vida se fundamenta nos quatro pilares e está centrado na missão marista: “Tornar Jesus conhecido e amado”.

A Fraternidade encontra-se aberta a novos membros e incentiva mais pes-soas a participar da caminhada e a conhecer e apaixonar-se pela espiritu-alidade de São Marcelino Champagnat.

Integram a Fraternidade: Ana Rosa Bernardes Moreira, Elizete Anelli Andra-de, Geralda Ramos, Ir. Claudio Girardi, Jorge Antonio de Andrade e Mauro Moreira. Além disso, há bom número de pessoas motivadas a fazer parte da Fraternidade.

As Fraternidades

Page 33: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

66

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

67

7. Testemunhos De Fraternos“Participar de uma Fraternidade é privilégio de poucos, pois muitos são os convidados, mas poucos se dispõem a doar um pouco do seu tempo à espi-ritualidade, a Deus, a Maria e a Champagnat, mesmo sabendo dos inúmeros sacrifícios que fizeram para nos deixar tão valioso patrimônio espiritual.Poucos entendem que o dinheiro pode comprar muita coisa, mas nada há que substitua o valor da espiritualidade do ser humano, criado à Imagem e Semelhança de Deus. Poucos são capazes de trocar uma festa com comes e bebes fartos por um momento de oração, reflexão e caridade cristã. Porém, são esses poucos que terão sempre o privilégio de dizer: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará”.

Quando estiverem tristes, Deus, que conta os nossos passos, os consola-rá. Certamente não será um casaco, um sapato ou um magnífico bolo de chocolate ou quem sabe um suculento churrasco. Se a comida e a bebida alimentam o corpo, é a oração, a contemplação e a reflexão que alimentam a alma, motor que nos move e nos dá a vida em plenitude.

Continuemos firmes, fortes e confiantes. Champagnat caminha à nossa fren-te, Maria nos conduz e o Divino Espírito Santo de Deus nos cerca por todos os lados. Vamos repetir uma frase de Champagnat: “Decidir, partir, insistir, persistir e nunca desistir”. Se Deus está conosco, quem estará contra nós?”

“A espiritualidade de São Marcelino Champagnat há muito tempo faz par-te da minha vida, é uma fonte de orientação para os desafios proposto por Deus no dia a dia. Sempre tive vontade de conhecer mais a vida de Mar-celino Champagnat, tive a oportunidade e a certeza de que posso estar mais próxima de Deus por mediação de Champagnat e Maria Boa Mãe.

É muito gratificante saber que, mesmo sem a presença física dos Irmãos Maristas, sua filosofia continua viva entre nós. É uma benção poder fa-zer parte da Fraternidade e pode dividir com os demais fraternos essa herança espiritual.”

“Aceitei o convite como oportunidade para busca de espaço para crescer-mos juntos, para dividirmos e compartilharmos conhecimentos, experiên-cias e alegria da presença de verdadeiros amigos. O convívio nos faz mais fortes, estimula a praticar a verdadeira fraternidade, aquela que nos faz felizes pelo simples fato de poder ajudar, de melhorar um ambiente, um relacionamento, uma forma de vida.Acredito muito num mundo melhor, com pessoas unidas em torno de um ideal de aprimoramento espiritual, amor, amizade e fraternidade. Sinto-me feliz por fazer parte de um grupo tão especial. Deus nos ilumine sempre para que possamos crescer unidos, com harmonia e firme na concretização de nossos objetivos.”

“É fácil tocar as pessoas. Difícil é entrar no coração. Vamos abrir o nosso coração! O ser humano só começa a amar deveras, quando começa a esquecer-se de si, para se interessar pelos outros, por todos. Que tudo brote de um coração recheado de amor incondicional a Cristo. Que todas as fraternidades da Família Marista sejam abençoadas pela Boa Mãe e por São Marcelino Champagnat, e que estejam presentes nas horas fáceis e difíceis.”

“Perseverança na oração, união e apoio entre os membros, procurando sen-tir e vivenciar a mensagem de São Marcelino e pedindo sempre a proteção de Maria Nossa Boa Mãe.”

Page 34: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

68

Celebrando os 25 anos 1985-20101985-2010

69

“Quando a Igreja fala hoje da dupla dimensão da vida cristã, o discipulado e a missionariedade, lembramo-nos da nossa vida em Fraternidades Maristas. Nossa aproximação com o Mistério, com o Sagrado, com Deus e com seu Amor Misericordioso nos leva, necessariamente, ao trabalho de evangeliza-ção. Uma presença de sal, fermento e luz dentro de nossas comunidades é o que se espera de cada uma de nossas Fraternidades Maristas. Somos chamados a viver de uma forma tão intensa e marcante a espiritualidade marista que se possa dizer de nós como se dizia dos primeiros cristãos: “Vede como eles se amam”.Desejamos que todas as Fraternidades de nossa Província e de todo o Mun-do Marista sejam um celeiro de vocações maristas, tanto para as obras ma-ristas quanto para a Igreja. Nos Corações de Jesus, Maria, José e Marcelino Champagnat.”

“Ser membro da Fraternidade é poder estar mais perto de São Marcelino Champagnat. É ter a oportunidade de ser bom cidadão, de fortalecer as ami-zades, de crescer em família e juntos construirmos um mundo mais humano e cristão. Para mim, fazer parte deste Movimento foi um chamado divino, e espero cada vez mais poder responder a cada apelo do Senhor.”

“Há muito tempo sou apaixonada por Marcelino Champagnat. Sua história, sua fé, seu amor a Jesus Cristo e a devoção a Nossa Senhora sempre me encantaram. Fazer parte de uma fraternidade que vive mais de perto essa espiritualidade foi um desejo realizado com a fundação da Fraternidade L’Hermitage. É muito bom participar de um grupo que compartilha de um mesmo ideal, que acredita no amor de Jesus Cristo e se esforça para ser cada dia melhor e procura levar a Boa Nova a todos sem distinção.”

Mensagens

Testemunhos de Fraternos

Page 35: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

1985-2010

8. Mensagens do Ir. Davide Petri aos Membros do MChFMPrezados Membros da Equipe Provincial do MChFMPrezados Irmãos Assessores, Leigos Coordenadores das Fraternidadese membros das Fraternidades da Província Marista do Brasil Centro-Sul

Neste ano de 2010, ano em que celebramos os 25 Anos da fundação do MChFM (1985-2010), saúdo a todos e a todas como pessoas privilegiadas, prediletas e preferidas de Champagnat, por terem sido seduzidas por nosso querido Fundador. cumprimento-os, ao mesmo tempo, pela opção de pautar a vida cristã de vocês pela luz da espiritualidade que este Santo nos legou.

Como Provincial, por representar o Instituto Marista, acolho o mandato que as Constituições da Congregação me dá quando, ao definir o MChFM como extensão do Instituto Marista, afirmam: “O Instituto anima e coordena as atividades do Mo-vimento, criando estruturas apropriadas” (164.4).

Tais “estruturas apropriadas” para animar e coordenar o Movimento, prezados Irmãos Assessores e Fraternos, eu, como Provincial, junto com os Irmãos Conse-lheiros fazemos questão de apoiar e incentivar que no momento são representa-das pela Coordenação Provincial do MChFM, no momento a cargo do Ir. Joaquim Panini e com o reforço de quatro Fraternos representantes das quatro regiões da Província: Simone Marie Perrota, Flávia de Oliveira Rodrigues Lopes, Anderson José Guisolphi e Adriana de Faria Sedrez. A Província assume, com muita alegria, todos os gastos de viagens e estada dessa equipe como investimento na anima-ção do MChFM na Província.

Quanto a vocês, prezados Irmãos Assessores, Coordenadores e membros das Fra-ternidades rezo e sigo unido a vocês para que tenham as luzes e as forças para vivenciar o que o Movimento pede a todas as pessoas que o Espírito inspira a

Celebrando os 25 anos 1985-2010

serem membros de uma Fraternidade: “aprofundar o espírito de nosso Fundador para dele viverem e difundi-lo” (Const. 164.4)

Queridos Fraternos, faço minhas as palavras do Ir. Charles Howard, ao apresen-tar a toda a Congregação o Projeto de Vida do MChFM, que deve ser o livro de cabeceira de todas e todos vocês: “Constitui uma benção e uma alegria para nós Irmãos e Leigos, sentir-nos chamados a compartilhar nossas riquezas comuns e viver juntos uma vida espiritual e uma aventura apostólica apaixonante”.

E nesse contexto, lembraria a vocês que o MChFM é um Movimento das/dos Lei-gas e Leigos Maristas e para as Leigas e Leigos maristas. Por isso vocês devem cultivar o protagonismo do Leigo marista assim como a autonomia, mas sempre em conexão com os Irmãos.

Por isso Ir. Charles Howard, na Circular sobre o MChFM, afirma com muito pro-priedade: “Como seria trágico se a espiritualidade leiga marista não fosse mais do que uma variante da espiritualidade religiosa do Instituto. Perder-se-ia uma experiência rica e única do carisma, que irrompeu na nossa Igreja mediante Mar-celino Champagnat”. Afirma ainda: “O Movimento Champagnat não é, de maneira nenhuma, forma de viver a vida religiosa marista ‘no mundo’; é modo de viver a vida leiga no mundo”.

Termino esta carta lembrando-lhes que o XXI Capítulo Geral confirmou o MChFM e manifesta dois pedidos, que faço meus: a) a necessidade de levar à frente pro-cessos que permitam a todos os maristas serem corresponsáveis da vida, espiri-tualidade e missão; b) Irmãos e leigos, partilhamos a responsabilidade de procurar novas vocações maristas. O grito de Marcelino Champagnat, “Precisamos de ir-mãos!”, continua interpelando-nos hoje. Que cada um de nós, irmãos e leigos ma-ristas, se atreva a convidar os jovens a serem Irmãos Maristas ou Leigos Maristas.

Irmão Davide Pedri, Provincial

Mensagens

70 71

Page 36: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

1985-2010

9. Mensagens da Equipe Provincial do MChFM

Curitiba, 15 de agosto de 2010.

Prezados Irmãos Assessores, Coordenadores e membros das Fraternidades Ma-ristas da Província Marista do Brasil Centro-Sul

Por ocasião da celebração dos 25 Anos de fundação do MChFM, nós, da Equi-pe Provincial de nossa querida Província Marista do Brasil Centro-Sul, queremos saudá-los, alegrando-nos com vocês pela graça que o Espírito nos deu de sermos membros prediletos da Família Marista e pertencermos ao MChFM. Queremos aproveitar, igualmente, a oportunidade para agradecer-lhes a indicação para ser-mos membros da Equipe Provincial do MChFM. Podemos, deste modo, colaborar com Ir. Joaquim Panini na coordenação e animação provincial do MChFM.

Todos sabemos que a constituição da Equipe Provincial do MChFM foi uma das grandes decisões da celebração dos 25 Anos do MChFM, para que o “protago-nismo e autonomia dos Leigos” seja uma realidade cada vez mais concreta. O MChFM é um Movimento dos Leigos e para os Leigos, mas sempre em conexão com os Irmãos. Essa foi justamente uma das principais atribuições que definimos para a Equipe, na primeira reunião que tivemos, em 15 de maio.

Prezados Irmãos Assessores, Leigas e Leigos Coordenadores e membros das Fraternidades, vivenciar o protagonismo implica assumir vários compromissos, para que aconteça a revitalização do MChFM como gesto celebrativo dos 25 Anos de sua fundação. Entre tais compromissos, três nos parecem fundamentais e dependem muito de vocês, pois é na base que acontcce a vida:

a) A elaboração do Projeto Comunitário de vida, à luz dos quatro pilares do MChFM: oração, reflexão, convencia e apostolado;

Celebrando os 25 anos 1985-2010

b) O dinamismo por parte do Coordenador da Fraternidade;

c) O cuidado para garantir a história da Fraternidade, por meio do registro das reuniões em livro de Atas, junto com o Arquivo da correspondência recebida e enviada, assim como o esforço para a autossustentação.

Como o MChFM é a extensão da Comunidade dos Irmãos, nós da Equipe Provincial do MChFM, permitimo-nos lembrar aos Irmãos Assessores o papel fundamental deles apara a revitalização das Fraternidades, em especial no que se refere ao protagonismo e à autonomia. Ir. Seán Sammon e Ir. Charles Howard deram im-portantes orientações aos Irmãos Assessores: ajudar, sem tomar a direção; criar condições para a emergência de um laicato realmente adulto e responsável; agir como porta-vozes dos desejos dos leigos; ser a presença discreta e testemunhal de Champagnat junto aos Fraternos; comprometer-se para que mais Irmãos se ofereçam para assessorar Fraternidades; e batalhar para que as Comunidades dos Irmãos se comprometam para serem Assessores de Fraternidades.

Terminamos esta carta louvando a Deus, por Maria e Champagnat, pela cami-nhada do MChFM em toda a Congregação nestes 25 anos, desde sua fundação em 1985 e, em especial, das Fraternidades em nossa Província, desde sua cria-ção em 2002. Como Champagnat, nosso Pai e Fundador, repetimos: “Boa Mãe, conservai-nos, multiplicai-nos e santificai-nos”.

Membros Equipe ProvincialSimone Marie Parolta

Flávia de Oliveira Rodrigues LopesAnderson José GuisolphiAdriana de Faria Sedrez

Mensagens

72 73

Page 37: Movimento Champagnat da Família Marista (MChFM)

1985-2010

10. Nova Aurora do MChFM Desejada por todos

Ir. Charles Howard, Superior Geral, depois que o XVIII Capítulo Geral tinha aprova-do oficialmente o MChFM, apresentou ao Instituto e à Família Marista, em 1991, o Projeto de Vida do MChFM. Na Apresentação, afirma: “Consideramos este mo-desto documento como primeiro passo do processo que vocês poderão completar nos anos vindouros. Ao viver este Projeto, aprofundarão e alargarão aos poucos a intuição que está em sua origem e os Irmãos serão enriquecidos na compreensão e no carisma do Fundador por meio da visão e da experiência de vocês”.

A partir de então a história do Movimento foi se realizando por meio de eventos significativos. Pela primeira vez, em 1993, quatorze leigos participaram do XIX Capítulo Geral. Na Mensagem Final, afirma o Capítulo: “Com eles e graças a eles, compreendemos melhor que é em comunhão que devemos assumir nossa missão de Igreja” O XX Capítulo Geral, em 2001, volta com força a essa nova compreensão: “Sentimo-nos chamados a aprofundar nossa identidade especí-fica e comum de Irmãos e Leigos, na partilha de vida: espiritualidade, missão, formação…” Foram realizados vários encontros para aprofundar o MChFM, nada menos do que cinco em cinco anos. Dois grandes eventos contribuíram para consolidar esse processo: a) criação do Secretariado dos Leigos em 2006; b) confirmação do Movimento pelo XXI Capítulo Geral, em 2009, e publicação do do-cumento Em torno da mesma mesa: a vocação do leigo marista de Champagnat. Eventos similares de revitalização do MChFM aconteceram no Brasil: Encontro Nacional de Multiplicadores, em janeiro de 2010, assessorado pelo Ir. Pau For-nells, e Encontros Provinciais nas três Províncias Maristas do Brasil.

Todos esses eventos em nível da Congregação, da América, do Brasil e da Pro-víncia favoreceram e incentivaram a expansão do Movimento. Houve momento que registrou 285 Fraternidades em todo o Instituto, congregando mais de 3.600 fraternos. Forneceram, sobretudo, a explicitação de princípios e horizontes para

Celebrando os 25 anos 1985-2010

fazer surgir a Nova Aurora do MChFM desejada por todos, tanto pelos leigos como pelos Irmãos.

Por parte dos Leigos: a) brota maior consciência e determinação para levar a bom termo o protagonismo tanto em nível provincial como em nível das Fraternidades; b) existe o esforço para elaboração do Projeto Comunitário de vida, à luz dos quatro pilares do Movimento; c) busca-se garantir a organização da Fraternidade por meio do registro das reuniões em livro de Atas, do arquivo da correspondência recebida e enviada, e do esforço para a autossustentação.

Da parte dos Irmãos: a) primeiramente cresce a consciência e o compromisso das Comunidades com o Movimento, no sentido de se sentirem chamadas a alargar a tenda para acolher as Fraternidades; b) aumenta a consciência do papel dos Irmãos na formação de leigos e leigas. Aos Irmãos compete, além disso: ajudar, sem tomar a direção; criar condições para a emergência de um laicato realmente adulto e responsável; agir como porta-vozes dos desejos dos leigos; ser a pre-sença discreta e testemunhal de Champagnat; e ajudar para que mais Irmãos se sintam chamados a assumir o papel de Assessores de Fraternidades.

Não duvidamos de que toda essa linda caminhada do Leigo Marista, compro-metendo-se a viver sua vida cristã à luz da espiritualidade de Champagnat, foi e está sendo “um presente para todos nós”, como profetizou o Ir. Charles Howard. Torna-se realidade o sonho de Champagnat: a Congregação Marista, acolhendo os leigos em seu seio, estende-se “a todas as dioceses do mundo”. Podemos, afirmar com o próprio Ir. Charles: “Constitui uma bênção e uma alegria para nós, Irmãos e Leigos, sentir-nos chamados a compartilhar nossas riquezas comuns e viver juntos uma vida espiritual e uma aventura apostólica apaixonante”.

Irmão Joaquim PaniniCoordenador Provincial do MChFM

Curitiba, 15 de agosto de 2010Assunção de Nossa Senhora

Festa Patronal do Instituto Marista

Mensagens

74 75