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 Quanto ao espacejamento: a) entre as linhas do texto: espaço duplo; b) entre parágrafos do texto: 6 pt antes e 6 pt depois; c) parágrafos: 2 cm a partir da margem esquerda; d) entre as linhas das referências, do resumo e abstract: espaço simples. Exemplos de numeração progressiva para as seções do texto 1 SEÇÃO PRIMÁRIA 1.1 Seção secundária 1.1.1 Seção terciária 1.1.1.1 Seção quaternária 1.1.1.1.1 Seção quinaria Sobrenome Prenome (do autor). Titulo do livro. Edição (se houver). Cidade: Editora; ano. Sobrenome Prenome (do autor). Título. Autor da tradução. Edição. Local: Editora; ano. Sobrenome Prenome. Titulo do artigo. Titulo do periódico. Ano;volume(numero):página inicial-final. Periódico Nesrallah LJ. Correção de fístulas vesico-vaginais pala técnica de bipartição vesical. Urologia On Line [periódico na Internet]. 1998 [citado 1998 dez 8];2(4)[cerca de 3p.]. Disponível em: http://www.unifesp.br.br/dcir/urologia/uronline/index4.htm Carvalho PL. Estudo radiográfico comparativo das ampliações de segmentos osseos cranio-faciais em cranios, nas ortopantomografias e elipsopantomografias [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1993.

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Quanto ao espacejamento:a) entre as linhas do texto: espaço duplo;b) entre parágrafos do texto: 6 pt antes e 6 pt depois;c) parágrafos: 2 cm a partir da margem esquerda;

d) entre as linhas das referências, do resumo e abstract: espaço simples.

Exemplos de numeração progressiva para as seções do texto1 SEÇÃO PRIMÁRIA1.1 Seção secundária1.1.1 Seção terciária 1.1.1.1 Seção quaternária 1.1.1.1.1 Seção quinaria

Sobrenome Prenome (do autor). Titulo do livro. Edição (se houver). Cidade: Editora; ano.

Sobrenome Prenome (do autor). Título. Autor da tradução. Edição. Local: Editora; ano.Sobrenome Prenome. Titulo do artigo. Titulo do periódico. Ano;volume(numero):páginainicial-final.

PeriódicoNesrallah LJ. Correção de fístulas vesico-vaginais pala técnica de bipartição vesical.Urologia On Line [periódico na Internet]. 1998 [citado 1998 dez 8];2(4)[cerca de 3p.].Disponível em: http://www.unifesp.br.br/dcir/urologia/uronline/index4.htm

Carvalho PL. Estudo radiográfico comparativo das ampliações de segmentos osseoscranio-faciais em cranios, nas ortopantomografias e elipsopantomografias [tese]. São

Paulo: Universidade de São Paulo; 1993.

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RESUMO

Com base na revisão de literatura, este trabalho visa à conceituação das Próteses Totais Imediatas, aapresentação de suas vantagens e desvantagens, considerando ainda, suas indicações e contra-indicações, além de referir-se a sua classificação e aos passos necessários para a correta confecçãodesse aparelho, mencionando também os cuidados que devem ser observados tanto no pré quantopós-instalação destas próteses totais imediatas. Fazendo ainda, alusão à importância do exameclínico e dos registros das relações maxilo-mandibulares e da aplicação da laserterapia de baixa

potência em pacientes indicados para tais aparelhos. Mostrando assim, aos cirurgiões-dentistas, aimportância dessas peças protéticas quanto à estética e função ofertadas aos pacientes.

PALAVRAS-CHAVE: Prótese dentária; Prótese total; Prótese total imediata.

2.2 Prótese Total Imediata e Reabsorção Óssea

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Bastian et al. 2, em 1984, realizam um estudo em dez pacientes que necessitavamremover os dentes presentes e instalar uma PTI, nos quais se observou a reparaçãoda fibromucosa e do osso alveolar. Os resultados demonstram que, em portadoresde PTI, a cicatrização da fibromucosa é melhor e o tecido ósseo aparenta maior

calcificação (corticais ósseas mais nítidas), se comparados a pacientes submetidosa cicatrização normal. O autor propõe que o resultado obtido deve-se ao fato daprótese imediata substituir o suporte, outrora proporcionado pêlos dentes, à língua eà mucosa jugal, evitando que essas massas musculares provoquem forçasexcessivas sobre os alvéolos.

Johnson16,17,18, em 1989, numa série de três artigos publicados no Australian DentalJournal, descreve trabalho realizado com 37 pacientes portadores de PTI maxilar e09 submetidos à cicatrização normal. Foram feitas radiografias, em norma lateral,antes das extrações e vinte meses após. Por intermédio de traçados e superposiçãodas imagens , a reabsorção do processo alveolar do osso maxilar foi investigada. O

autor pode observar que a perda dos dentes ocasiona mudanças restritas aoprocesso alveolar, não alterando a base do crânio e o palato duro. As maioresmodificações foram descritas nos quatro primeiros meses e o uso da PTI reduz amagnitude das mesmas, se comparada à cicatrização normal.

Segundo o autor, a PTI pode deformar o terço oclusal do alvéolo, resultando naprodução de potenciais elétricos, próximos ao chamado "piezo-electric-effect", osquais estimulam a osteogênese no alvéolo e, ao mesmo tempo, diminuem a açãoosteocléastica na superfície externa das paredes alveolares, tendendo a manter oestado original enquanto ocorre a cicatrização óssea induzida pelo coágulo.

Outro fator que contribui para a diminuição da velocidade de reabsorção, citado porTallgren31, é a proteção física aos alvéolos contra as forças nocivas da cavidadeoral, que são distribuídas pela PTI, de modo a transmiti-las também ao palato duro.

Tallgren33,34, em 1991, realiza estudo com 21 pacientes que receberam PTI superiore inferior, nos quais foram observadas as mudanças no perfil esquelético e mole, porintermédio de radiografias cefalométricas. As mudanças foram mais pronunciadas

nos primeiros seis meses , devido, principalmente, à reabsorção óssea damandíbula (maior em altura, se comparada à maxila).

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Reportando-nos a estudo anterior, realizado também por Tallgren31, em 1980, noqual se investigaram eletromiograficamente as reações de 18 pacientes portadoresde PTI superior e inferior, podemos notar que, no estágio pré-extração, a média deatividade muscular já era baixa se comparada a pacientes completamente dentados

(fato devido às más-condições da dentição e/ou ausência de suporte posterior). Trêssemanas após a inserção das próteses, a média abaixou ainda mais, devido àsextrações e conseqüente relutância do paciente em mastigar ou morder com osaparelhos. Seis meses após, o masseter já apresentava aumento da atividade,aproximando-se aos níveis da pré-extração. Já o temporal diminuiu a média deatividade, por ser mais sensível às alterações oclusais ocasionadas pela reabsorçãoóssea, principalmente mandibular e, portanto, só aumenta sua atividade após umano, quando se realizava o reembasamento que estabiliza a prótese.

Como se pode notar pelos dois últimos trabalhos descritos, mesmo com o uso da

PTI a reabsorção óssea na mandíbula é bastante acentuada e, segundo Tallgren31,deve ser minimizada através de reembasamentos constantes. */P

fundamentação

Tamaki6, aborda de maneira completa aconduta quanto a instalação da prótese e oscuidados pós-instalação, além de abordar natécnica de moldagem a divisão das moldeiras deacordo com o material utilizado em simples emisto.

Araújo1, refere-se aos diversos tipos demoldeira individual, apontando a resina acrílicaativada quimicamente como a mais indicada emdecorrência das suas vantagens como:transparência que facilita o ajuste, orientaçãoquanto a extensão da fibromucosa na zona de fechoperiférico, além de permitir visualizar a interferênciadas inserções, facilidade e rapidez de confecção.

Netto4, aborda variados assuntos deimportância, como indicações e contra-indicações,técnica de moldagem, vantagens e desvantagens,classificações, além de avaliar tanto a peçaprotética quanto o paciente.

Walber9, menciona o conceito de PTI,vantagens e desvantagens, indicações e contraindicações, baseando-se na idade e saúde geraldo paciente, além de referir-se ao exame clínico,relações maxilo-mandibulares e da técnica demoldagem.

Lizarelli2, apresentou um caso clínico deprótese total imediata, onde a laserterapia de baixapotência significou um passo importante para o

paciente na aceitação do recém-instalado aparelhoprotético, com efeito, analgésico, antiinflamatórioe bioestimulante. Foi constatado ser uma excelenteindicação no pós-operatório imediato antes da

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colocação da PTI, já que permite uma melhoradaptação do paciente à peça protética.

Marchini, et al.3, traçam uma seqüência deprocedimentos clínicos para confecção de próteses

totais imediatas superior e inferior, detalhando todasas etapas desde de a indicação da terapêutica atéo acompanhamento clínico do aparelho instalado.

Turano e Turano8, visam dar uma visão geraldas indicações das Próteses Totais Imediatas, bemcomo suas vantagens e desvantagens. Sãotambém detalhadas etapas quanto a sua execuçãoprotética, incluindo a descrição de processos comomoldagem pré-liminar e final, base de prova, arcosde oclusão, relações verticais, relações horizontaise montagem dos dentes.

Telles e Telles7, mencionam as indicaçõesde uma prótese total imediata, assim como,classifica suas vantagens quanto anatomia, função,estética, psicologia. Os autores apresentamtambém uma seqüência de etapas referentes àconfecção de uma prótese total imediata,elucidando todo o processo através da elaboraçãode perguntas referentes à técnica.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1 - Araújo JEJ, Figueiredo AR, Araújo MAM.Moldagem para dentaduras imediatas.Quintessence. 1978; 5 (3): 27-3.2 - Lizarelli RFZ, Silva PCG. Prótese total imediataassociada a laserterapia de baixa potência.Rev Âmbito Odontol. 1996; 5(32): 22-25.3 - Marchini L, Cunha Júnior, AP, Santos, JFF,Cunha VPP. Prótese total imediata superiore inferior. Rev Assoc Paul Cir Dent. 1998;52(4):293-96

4Netto HC. Prótese total imediata. 2ed. São

Paulo: Pancast; 1987.5 - Saizar P. Prostodontia total. Buenos Aires:Mundi; 1972. cap. 24. p 456.6 - Tamaki T. Dentaduras completas. 2ed. SãoPaulo: Sarvier; 1974. cap 18, p.231.7 - Telles D, Costelluci L. Prótese total -convencional e sobre implantes. 2ed. SãoPaulo: Ed. Santos; 2004. cap 6, p 241-69.8 - Turano J C, Turano LM. Fundamentos da prótesetotal. 4ed. São Paulo: Quintessence; 1998.cap 25, p 475-87.9 - Walber LF. Prótese total imediata. Rev FedOdontol UFRGS. 1990; 30/31:4-7.

10 - Young Junior L, Gatewwod RR, Moore DJ,Sakamura JS. Surgical templates forimmediate denture insertion. J Prosthet Dent.1985; 54(1): 64-7. 

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(WILLIAMS, J. L. A new classification of toothforms with special refrence to a new systemof artificial teeth. J All Dent Soc, v. 9, p. 1-52,Mar. 1914.)

NELSON, A. A. The aesthetic triangle in thearrangement of teeth: face form, tooth form,and alignment form, harmonious or grotesque.J Nar Dent Assoc, v. 9, p. 392-401, May1922.

BOUCHER, C. O. et al. Creating facial andfunctional harmony with anterior teeth. In:___.Prosthodontic treatment for edentulouspatients. 7.ed. St. Louis: C. V. Mosby, 1975.p. 359-399.

KANDELMAN, D. et al. Dental needs of theelderly: a comparison between some Europeanand North American surveys. CommunityDent Health, v, 3, n. 1, p. 19-39, Mar. 1986.

ZIMMERMAN, E. R.; ZIMMERMAN, A. L.Effects of race, age, smoking habit, oral andsystemic diseases on oral exfoliative cytology.J Dent Res, v. 44, n. 4, p. 627-631,1965.

ALDROVANDI, C. Dentaduras completas.2.ed. Rio de Janeiro: Cientifica, 1960. p. 3-35.

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A forma geométrica e a profundidade do palatopodem interferir no sucesso de uma prótese total(TURANO e TURANO,34 2002). O teto da cavidadebucal é formado pela abóbada palatina, constituídapor uma parte óssea correspondente às apófises

palatinas dos maxilares e pelas duas laminashorizontais dos ossos palatinos, que se unem entresi na linha mediana. Uma fibromucosa espessa efirmemente aderida ao esqueleto reveste essa

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abóbada óssea.(33 - TURANO C. S.; TURANO L. M. Fudamentosde prótese total. Chicago: Quintessence,1988, p. 94.34 - TURANO, J. C.; TURANO, L. M.

Fundamentos de prótese total. 6. ed. SãoPaulo: Ed. Santos, 2002. p. 9-26.)

Quando da perda dos dentes, ocorre a reabsorçãodos processos alveolares com conseqüentesuperficialização do fórnix vestibular, que caso não sejarespeitado no ato da moldagem, pode causar ocomprometimento da estabilidade da prótese total.Normalmente, as próteses superiores porapresentarem grande retenção não deslocam-semesmo quando suas bordas interferem com a açãoda musculatura, provocando injúrias na região defórnix e inserções musculares nele presentes. No

arco mandibular, geralmente ocorre o oposto, ouseja, a retenção da prótese inferior não é suficientepara resistir às forças de deslocamento impostasà prótese pelas inserções musculares que tem suaárea de atuação invadida pelas bordas, o quemovimenta e desestabiliza a prótese, induzindo amovimentação, que por sua vez provoca injúrias afibromucosa de suporte, permite a entrada dealimento sob a prótese, desarranja a oclusão eimpede que o paciente utilize-a com o mínimo deconforto necessário.A capacidade de retenção e estabilidadedepende das condições da área de suporte, tanto

no que refere ao estado do rebordo alveolar comodo revestimento fibromucoso e tecidos que aenvolvem e, por outro lado, do aproveitamento dosfenômenos físicos de adesão, coesão, tensãosuperficial e pressão atmosférica (TURANO eTURANO,33 1988).

Outra estrutura de suma importância para aprótese total á a língua. Na musculatura extrínsecada língua, o músculo genioglosso tem uma açãodestacada. O cirurgião dentista deve estar atentopara o fato que, na proximidade do ponto de inserçãoóssea deste músculo se produz sua maior tensão,e é neste local onde se encontra a maior diferençade concentração de forças entre os períodos deatividade e repouso. Aconselha-se confeccionarnessa região uma prótese de borda mais espessa,embora quanto mais afastado deste ponto forpossível estabelecer o limite da peça sem prejudicara sua retenção, mais esta espessura pode serreduzida, não havendo necessidade de aumentar aborda em profundidade, pois isto restringiráforçosamente a função do genioglosso (NOCCHI eLUCHTEMBERG, 26 2001).

(NOCCHI, P.; LUCHTEMBERG, E. B.Estudo das influências da musculatura orofacialsobre próteses totais mucosuportadas:musculatura paraprotética. Rev

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Odonto Cienc, v. 16, n. 32, p. 34-41, jan./ abr. 2001.)

Devido a sua grande

mobilidade, potência muscular e capacidade deelevação do soalho bucal, o desrespeito à área deação da língua é suficiente para desestabilizar aprótese inferior e provocar o insucesso naadaptação do paciente a este aparelho.A estomatite oral é clinicamente caracterizadapor reações hiperemicas visíveis na fibromucosa demuitos usuários de próteses totais. O fator etiológicomais freqüente é a traumatização mecânicaprovocada por próteses desadaptadas associadoa higienização deficiente, que proporcionam aformação de placa em ambas superfícies desustentação. Segundo MAEDA et al.,23 1979, é

razoável sugerir que a fase visível de hiperemia nautilização de prótese total é precedida de umaNo paciente desdentado, as lesões demucosa oral são uma freqüente complicação douso da prótese total. Estas lesões podem seapresentar como reações agudas ou crônicas àplaca microbiana ali presente, reação aosconstituintes do material da base da prótese ouinjuria mecânica provocada pela mesma (BUDTZJONGENSEN,5 1981). As lesões constituem umgrupo heterogêneo com relação à patogenia. Elasincluem estomatite pela prótese, queilite angular,úlceras traumáticas, hiperplasia por irritação daprótese, rebordo duplos e carcinomas orais

(OWALL et al., 27 1997).

(MAEDA, T. et al. Mucosal temperature risesfollowing long-term use of full dentures. J OralRehabil, v. 6, n. 3, p. 273-278, Jul. 1979.)

(BUDTZ-JONGENSEN, E. Oral mucosal lesionsassociated with the wearing of removable dentures.J Oral Pathol, v. 10, n. 2, p. 65-80,Apr. 1981.)

(OWALL, B. et al. Protese dentária:princípios e condutas estratégicas. SãoPaulo: Artes Médicas, 1997. p. 71-73.)

Quando se confecciona uma prótese maladaptada ou ocorre desadaptação devido ao longoperíodo de uso, pode ocorrer a proliferação do tecidoconjuntivo em forma de rolete, alongado, com umacoloração mais pálida que a mucosa normal,formando um babado no rebordo alveolarclassificado como hiperplasia inflamatória, quegeralmente é assintomático. Quando ocorre aformação na região de soalho bucal, próximo aorebordo alveolar remanescente, a prótese podeapresentar báscula, comprimindo o nervomentoniano, dando a sensação de choque. Otratamento dessa lesão quando detectada no inicioé a remoção da prótese, favorecendo a regressão

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do eritema e do edema, permitindo que o tecidoreassuma uma aparência normal. Em casos maisavançados, é realizada a excisão do tecidohiperplásico seguido da confecção de novaspróteses. Faz-se importante salientar que durante

o pós-operatório das remoções de hiperplasias opaciente deve abster-se do uso da prótese antiga,sob pena de recidiva da lesão em poucos dias.A estética facial traduz a expressão pessoale momentânea do indivíduo (FRIGERIO,16 1993).Assim, pesquisadores descobriram umacorrelação entre a forma da face e a do rebordoalveolar em edentados completos. Segundo a teoriageométrica de WILLIAMS35 (1914), os dentesnaturais e as faces foram classificadas em trêsformas básicas: quadrada, triangular e oval. A partirde então, os modelos dos dentes passaram a serconfeccionados de modo a enquadrar na mesma

classificação. NELSON24 (1922), analisando osarcos da dentição natural, constatou uma relaçãode analogia entre as formas do arco maxilar e aface, sugerindo que a montagem dos dentes fossefeita em consonância com a forma do rebordoalveolar. BOUCHER et al.,4 (1975), observou queinadequadas forma e posição do arco dentalartificial levavam a modificação da face, alterandoa expressão facial. Segundo KANDELMAN et al.,18 (1986),estudos prévios não foram suficientes para permitiruma investigação completa da influência da idadeou sexo em saúde oral. A maioria dos relatórios deprevalência de lesões da mucosa oral em idososestá relacionada a pacientes limitados ao tratamento

odontológico. Foram constatadas associações entredesordens da mucosa oral e envelhecimento, usode tabaco e álcool (ZIMMERMANN eZIMMERMANN,38 1965), e próteses defeituosas.

A idade, gênero e a desordem da mucosa oral estãorelacionadas com a qualidade física, psicológica esocial do indivíduo. O estado físico e a idade relativado paciente são os primeiros dados que se deveter em conta, por serem os que com maiorfreqüência apresentam uma relação direta com otrabalho protético. De modo geral, nos pacientessenis e com saúde debilitada, o grau de êxito,especialmente com próteses que serão usadas pelaprimeira vez é problemático, pois, ao paciente, aprótese parece ser um desagradável corpo estranhoque o organismo procurará expulsar. Assim, seránecessário um esforço de adaptação do paciente.O indivíduo que já usou ou usa prótese total constitui,de um ponto de vista geral, o melhor tipo depaciente, porque já conhece as dificuldadesinerentes a esse tipo de trabalho, já superou e écapaz de apreciar nas devidas proporções taisdificuldades (ALDROVANDI, 1 1960). Por outro lado,caso sua experiência anterior tenha sidoinsatisfatória, poderá ser um fator complicador noprognóstico do tratamento, uma vez que essepaciente, geralmente, apresenta-se indiferente ounegativista em relação ao novo tratamento.

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(WILLIAMS, J. L. A new classification of toothforms with special refrence to a new systemof artificial teeth. J All Dent Soc, v. 9, p. 1-52,Mar. 1914.)

NELSON, A. A. The aesthetic triangle in thearrangement of teeth: face form, tooth form,and alignment form, harmonious or grotesque.J Nar Dent Assoc, v. 9, p. 392-401, May1922.

BOUCHER, C. O. et al. Creating facial andfunctional harmony with anterior teeth. In:___.Prosthodontic treatment for edentulouspatients. 7.ed. St. Louis: C. V. Mosby, 1975.p. 359-399.

KANDELMAN, D. et al. Dental needs of theelderly: a comparison between some Europeanand North American surveys. CommunityDent Health, v, 3, n. 1, p. 19-39, Mar. 1986.

ZIMMERMAN, E. R.; ZIMMERMAN, A. L.Effects of race, age, smoking habit, oral andsystemic diseases on oral exfoliative cytology.J Dent Res, v. 44, n. 4, p. 627-631,1965.

ALDROVANDI, C. Dentaduras completas.2.ed. Rio de Janeiro: Cientifica, 1960. p. 3-35.

4.0 INDICAÇÕES 

As indicações1 para Prótese Total Imediata são:

Idade e estado geral de saúde;

Condições psicológicas favoráveis;

Periodontopatias em estado muito avançado;

Pacientes que ainda possuem dentes naturais ou mesmo prótese,

completando arco dentário quer superior ou inferior e necessita adaptar uma

prótese total;

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Quando da indicação da extração de dentes remanescentes de um indivíduo.

5.0 CONTRA-INDICAÇÕES 

As contra-indicações1 para Prótese Total Imediata são: (1SHIBAYAMA, R.; et. al.Próteses totais imediatas convencionais. Rev. Odontológica de Araçatuba, v.27, n.1, p.67-72, 2006.)

Paciente que se submete a radioterapia, pois o uso de uma dentadura

poderia levar a osteorradionecrose;

retenções ósseas como tórus e exostoses, mucosa hiperplásica e inserções

musculares e freios hipertrofiados;

os doentes mentais, pacientes diabéticos, cardíacos, hemofílicos, histéricos eidosos com saúde debilitada;

pacientes com defeito congênito ou adquirido na área chapeável que possa

influir na estabilidade e retenção do aparelho;

Pacientes com alterações patológicas que requeiram grande remoção de

tecido.

6.0 VANTAGENS

6.1 VANTAGENS ANATÔMICAS 

Evita perda de dimensão vertical de oclusão;

Previne traumatismo sobre ATM;

Impede colapso labial e o afundamento das bochechas;

6.2 VANTAGENS FUNCIONAIS 

Possibilita atividade normal da musculatura;

Evita transtornos fonéticos;

Facilita mastigação;

Reduz os reajustes dietéticos e digestivos;

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6.3 VANTAGENS ESTÉTICAS 

Impede colapso facial, evitando o arqueamento da linha de selamento doslábios e comissura, condição que dá aspecto de envelhecimento;

6.4 VANTAGENS PSICOLÓGICAS 

Elimina a humilhação que os pacientes sofrem ao se apresentarem sem

os dentes;

Permite manter o equilíbrio emocional, facilitando a continuidade da vida

social;

Facilita a decisão de sacrificar os dentes naturais, quando necessário;

Reduz os transtornos pelos quais passa o paciente para se acostumar

com uso de um PT, evitando uma fase de adaptação entre uma suposta

condição de desdentado sem usar prótese para uma de usuário deprótese;

Permite a continuidade das atividades sociais;

6.5 VANTAGENS PÓS CIRÚRGICAS 

Protege as feridas cirúrgicas contra agressões bucais;

Promove melhor cicatrização

7.0 DESVANTAGENS 

Alguns cuidados pós-operatórios;

Trabalho adicional;

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Custo adicional;

Não há possibilidade de realizar provas estéticas;

Menor ajuste;

Perda temporária da fixação;

Substituição da prótese após 3 meses.

INTRODUÇÃOA melhora da qualidade de vida e o avanço das ciências médicas

proporcionaram um aumento da expectativa de vida e um consequentecrescimento da população idosa. Do ponto de vista da saúde oral, levantamentosepidemiológicos feitos nesta parcela da população têm revelado grande númerode perdas dentais e uma prevalência de edentulismo que varia de 7 a 78% emdiferentes regiões do mundo (Petersen et al., 2005). No Brasil, o número deindivíduos totalmente edêntulos é bastante elevado (Moreira et al., 2005; Rihs et al., 2009) e observa-se uma proporção de até 84% de idosos nestas condiçõesquando são avaliadas populações institucionalizadas (Moreira et al., 2005).

A perda dos dentes tem impacto significativo na vida do indivíduo comprejuízos de funções orais, principalmente da mastigação, provocando mudanças

na dieta do paciente e que pode levar a uma diminuição da ingestão de nutrientescom consequente aumento na taxa de desnutrição e mortalidade entre os idosos(Joshipura et al., 1996; Shimazaki et al., 2001; Chai et al., 2006; Holm-Pedersen et al., 2008; Tsakos et al., 2010). A fala e a estética também estão comprometidasem pacientes edêntulos o que reduz sua auto-estima e auto-confiança. Essasalterações funcionais e psicológicas interferem diretamente no bem estar, nasrelações pessoais e atividades sociais do indivíduo (Fiske et al., 1998).Considerando as situações expostas é possível dimensionar a importânciada reabilitação protética para os pacientes desdentados. A instalação de umaprótese total representa a devolução da harmonia do sistema estomatognáticorestabelecendo, função, estética e saúde, promovendo melhoras significativas na

sua qualidade de vida (McGrath & Bedi, 2001; Ellis et al., 2007). Para que aprótese dental possa trazer todos esses benefícios ao seu usuário é fundamentalque satisfaça aspectos relacionados à retenção, estabilidade, adaptação,dimensão vertical, oclusão e estética (Berg, 1993; de Baat et al., 1997). Destacaseque durante muito tempo, uma prótese tecnicamente perfeita foi consideradacomo fator suficiente para o sucesso do tratamento. Porém, isto começou a ser2

questionado desde que Langer et al . em 1961, encontraram uma fraca correlaçãoentre a qualidade das próteses e a satisfação do paciente com as mesmas o quedespertou um crescente interesse e diversos pesquisadores passaram a investigaresta correlação (Heyink et al., 1986; van Waas, 1990b; Pietrokovski et al., 1995;Fenlon et al., 2002; Heydecke et al., 2003; Wolff et al., 2003).Entretanto, ao avaliar-se os trabalhos na literatura, observa-se resultadoscontraditórios. A correlação entre a qualidade da prótese e a satisfação dopaciente é reportada como moderada, fraca ou até mesmo ausente (Langer et al.,

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1961; Heyink et al., 1986; van Waas, 1990b; Pietrokovski et al., 1995; Fenlon et al., 2002; Heydecke et al., 2003; Wolff et al., 2003), podendo inferir-se que osucesso da reabilitação com próteses totais parece ser muito mais complexo doque o suposto. O fato de uma prótese inadequada ser bem tolerada por um

paciente enquanto outra bem executada não obter sucesso tem sido freqüentemotivo de frustração para os clínicos (Brunello & Mandikos, 1998). Segundo vanWaas, 1990b), a qualidade técnica da prótese é responsável por apenas 13% dasatisfação dos pacientes e esta parece ser influenciada por outros fatores. Dentreos fatores envolvidos no resultado final do tratamento citam-se o número depróteses usadas previamente, a expectativa e a personalidade do paciente, arelação paciente-profissional e a própria avaliação do indivíduo quanto àshabilidades e qualificações do cirurgião-dentista (van Waas, 1990c; van Waas,1990a; Fenlon et al., 2000; Smith & McCord, 2004; Ozdemir et al., 2006; Fenlon &Sherriff, 2008).Do ponto de vista dos pacientes, uma das principais expectativas com

relação à instalação de uma prótese total é a melhora da função mastigatória(Jokovic & Locker, 1997; de Souza e Silva et al., 2009) e, há uma maior aceitaçãoda prótese quando esta é considerada satisfatória pelo paciente (Garrett et al.,1996). Entretanto, a auto-avaliação da função mastigatória, feita geralmenteatravés de questionários, é subjetiva e parece estar mais associada à ausência dedor e de movimento das próteses durante a mastigação do que propriamente aograu de trituração do alimento alcançado pelo indivíduo (Obrez & Grussing, 1999).3

Adicionalmente, pode ocorrer um processo de adaptação destes pacientes àssuas limitações funcionais os quais, muitas vezes, habituam-se a deglutirpartículas maiores de alimento com consequente deficiência na digestão einadequado funcionamento gastrointestinal (Brodeur et al., 1993; Pera et al.,2002).Desta forma, medidas objetivas da função mastigatória forneceminformações importantes da real capacidade dos indivíduos de triturarem osalimentos. A literatura descreve diversos métodos para mensuração do grau detrituração do alimento alcançado pelo indivíduo e que permitem calcular variáveiscomo a perfomance mastigatória e limiar de deglutição (Olthoff et al., 1984; Slagteret al., 1993; Fontijn-Tekamp et al., 2000; Fontijn-Tekamp et al., 2004).

Considerando que o objetivo primordial de qualquer reabilitação protética é orestabelecimento da mastigação, estas medidas podem ser usadas comoindicadores do adequado funcionamento das próteses diante da freqüente

discrepância entre as avaliações de próteses totais feitas pelos profissionais e porseus usuários.Tendo em vista o exposto, o objetivo neste trabalho foi investigar acorrelação entre a avaliação funcional de próteses totais, segundo avaliação doprofissional e a satisfação de seus usuários bem como a correlação destas variáveiscom medidas objetivas da função mastigatória. 

11. Moreira RS, Nico LS, Tomita NE, Ruiz T. A saúde bucal do idoso brasileiro:revisão sistemática sobre o quadro epidemiológico e acesso aos serviços desaúde bucal. Cad Saude Publica. 2005; 21(6):1665-75.

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INTRODUÇÃOMesmo com a evolução da Odontologia preventiva, estudos sugerem que a população

mundial susceptível ao tratamento pela prótese total continuará aumentando durante os próximos

20 anos, principalmente devido ao crescimento da expectativa de vida (Ivanhoe et al., 2002).

A prática clínica ensina que, ao contrário do que aparenta, esse tipo de reabilitação é difícilde ser realizada com sucesso, devido à natureza das etapas clínicas de confecção da prótese, às

restrições que apresentam os materiais e à complexidade da própria condição biológica dos

pacientes (Pomílio et al., 1996). Considerando os avanços da Odontologia restauradora, em

especial o advento dos implantes osseointegrados, fica cada vez mais evidente a importância do

conhecimento sobre a reabilitação com próteses totais, já que as próteses do tipo Protocolo de

Branemark exigem a utilização de todos os princípios empregados na reabilitação com próteses

totais convencionais (Spiekermann, 1995).

Até 1936, o material utilizado para confecção de bases protéticas era um produto originado

da vulcanização da borracha que, apesar das boas propriedades físicas, deixava muito a desejar

em relação à estética. Por volta de 1940, 95% das próteses feitas nos Estados Unidos já eram

confeccionadas com o polimetilmetracrilato (Baroncini Neto et al., 1998). Nos últimos anos, arealidade clínica mostrou que ainda há grande demanda por próteses totais, sendo a resina acrílica

o material de eleição (Kimpara & Muench, 1996). Dessa maneira, esforços têm sido feitos no

sentido de revelar e compreender as principais características desse material que tem grande

aplicabilidade na clínica odontológica (Leinfelder & Lemons, 1989; Anusavice, 2003; Craig &

Powers, 2004).

Apesar da evolução dos materiais e técnicas, limitações de ordem humana e nas

propriedades inerentes aos materiais odontológicos ainda persistem. Dessa maneira, o somatório

de esforços entre cirurgiões-dentistas e técnicos em prótese é necessário para minimizar as

distorções das próteses totais (Russi et al., 1996; Costa et al., 2001). As modificações mais

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 freqüentes, durante o processamento das próteses totais, são as alterações dimensionais na base

que levam à falta de adaptação e à conseqüente perda da retenção, e o deslocamento dos dentes

artificiais que, por sua vez, pode desarmonizar o esquema oclusal e alterar a dimensão vertical de

oclusão (Parvizi et al., 2004).

A principal queixa dos pacientes portadores de próteses totais convencionais é a dificuldadepara se obter retenção e estabilidade (Telles et al., 2004) e uma das formas de minimizar tal

inconveniente seria estabelecer maior precisão na harmonia oclusal (Thompson, 1937; Swenson,

1955; Larkin, 1971; Ortman, 1977; Lang, 2004). A oclusão balanceada bilateral, na qual se

utilizam contatos oclusais no lado de balanceio durante os movimentos de lateralidade, e contatos

nos dentes posteriores durante o movimento protrusivo, continua sendo o esquema oclusal padrão

para as próteses totais e até para as overdentures implanto-retidas (Nimmo & Kratochvil, 1985;

Misch, 2000).

Em algumas situações clínicas é possível que após o processamento da prótese total, um

alto grau de distorção da resina e uma grande movimentação dos dentes artificiais podem levar à

perda do sistema oclusal equilibrado, havendo necessidade de ajustes oclusais clínicos mais

demorados e difíceis (Compagnoni & Nogueira, 1997). Devido à própria resiliência dos tecidosmoles, prematuridades oclusais podem não ser evidenciadas. Parece importante, portanto,

diminuir as alterações na dimensão vertical de oclusão e reduzir o índice de movimentação dos

dentes artificiais, que poderia causar traumatismos na fibromucosa e reabsorção óssea

(McCartney, 1984).

A movimentação dos dentes durante a prensagem e polimerização (Atkinson & Grant,

1962) e os métodos de polimerização (ativação química e pela luz, pelo calor seco e úmido) têm

sido associados à ocorrência de distorções da base, porosidades e deslocamento dos dentes

artificiais (Goiato et al., 2000). Um aspecto que pode influenciar no deslocamento dos dentes

artificiais é a demora para polimerização da prótese após a fase da prensagem final. Consani et al.

(2004) relataram que esse fator pode estar relacionado com maior uniformidade na liberação de

tensões dentro da massa da resina, o que contribui para menor distorção da base da prótese.

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Outro fator possivelmente importante em reduzir alterações dimensionais é o método de

contensão da mufla. Um estudo prévio demonstrou que a utilização de muflas com o sistema RS

de contensão era mais eficiente que a mufla fixada por grampo convencional em diminuir a

deformação da base de próteses totais (Consani et al., 2002a).

Considerando todos esses aspectos seria conveniente verificar o efeito dos tipos decontensão de mufla (grampo convencional e sistema RS) e do tempo pós-prensagem (imediato e 6

horas) na movimentação de dentes em prótese total.

PTI x Outras Alternativas Terminais de Tratamento

Um dos maiores inconvenientes da PTI é a acentuada reabsorção do rebordomandibular que, como já foi visto, traz alterações na dimensão vertical de oclusão(que diminui significativamente) e conseqüentes modificações na postura muscularsegundo relato de Tallgren (1986). 

Em estudo publicado em 1986, Tallgren e cols. observaram 18 pacientes , quereceberam PTI superior e prótese parcial removível (PPR) classe I de Kennedyinferior, através de análise radiográfica (cefalometria) e eletromiográfica em quatroestágios: antes das exodontias, 7 semanas após, 6 meses após e 1 ano após.Foram obtidos os seguintes resultados: as mudanças na DVO foram leves, secomparadas a pacientes portadores de PTI bi-maxilar, com perda de 0,7 mm, namédia; atividade muscular diminui no período logo após a inserção dos aparelhos, eaumenta posteriormente, na posição de intercuspidação máxima. Já com relação atoque e relação central (RC) não ocorrem mudanças significativas.

Desta forma, Tallgren  (1986) conclui que os resultados encontrados enfatizam aimportância da preservação da dentição residual na mandíbula, afim de prevenir areabsorção excessiva do rebordo inferior e conseqüentes alterações nas relaçõesintermaxilares.

Em estudo posterior Tallgren (1986)  confirma os achados descritos acima, bemcomo demonstra que, na mastigação e na deglutição, embora estas se apresentemcom a duração mais longa, se comparada ao que ocorre no indivíduocompletamente dentado, as alterações são pouco pronunciadas com o uso de PTImaxilar e PPR classe I mandibular.

Araújo (1978), realizarou estudo com pacientes que necessitavam de prótese totalinferior, e foram divididos em 3 grupos, sendo que 26 receberam overdentures semattachment, 26 overdentures com attachment e 22, próteses totais imediatas.Estudou-se, então, a reabsorção do osso mandibular radiograficamente, após 1 anoe 2 anos da inserção das próteses. Os resultados desta forma obtidosdemonstraram que, durante o primeiro ano, a reabsorção no grupo com PTI é maiorse comparada a do grupo com overdenture , em todas as regiões da mandíbula, emaproximadamente cinqüenta por cento. Já no segundo ano, não foram encontradasdiferenças entre os grupos. Portanto, a manutenção das raízes dos caninosmostrou-se benéfica, uma vez que diminui a reabsorção óssea na mandíbula.

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Posteriormente ainda estudando nos mesmos 74 pacientes da pesquisa anteriorAraújo (1978) constatou que a satisfação com as próteses, por meio dequestionários. Aproximadamente 85% dos pacientes aprovaram os aparelhos, nãoocorrendo diferenças entre os 3 grupos. No entanto, o mesmo autor relata que o fato

de não ocorrer diferença entre os grupos deve-se aos pacientes não conhecerem asensação de usar outro tipo de prótese, não havendo, portanto, sentido nacomparação entre o uso de dois aparelhos diferentes.

Muitos estudos, segundo Araújo (1978), mostram que cerca de 20 a 30% dosusuários de prótese total relatam desconforto, dor e insatisfação, devido,principalmente, às próteses inferiores, que provém pouca ou nenhuma retenção.

Assim, é lícito concluir que, sempre que possível, deve-se manter a dentiçãoresidual ou parte dela, afim de confeccionarmos aparelhos protéticos removíveis(mesmo que extensos) ou overdentures, reduzindo a reabsorção óssea mandibular.

Desta forma, estar-se-á prevenindo a perda da DVO, as alterações oclusais e ainsatisfação do paciente.

REVISÃO DA LITERATURA

2.1 – Reabilitação Dental com Prótese Total

Na tentativa de otimizar a estabilidade das próteses totais muitos estudiosos, como

Thompson (1937) preconizaram o estabelecimento da oclusão balanceada bilateral no intuito de

proporcionar atuação muscular mais harmônica, melhora na eficiência mastigatória, maior

controle dos movimentos durante a mastigação e maior conforto no uso das próteses.

Swenson, em 1955, verificou que o estabelecimento de uma condição oclusal mais

harmônica era um meio de otimizar a estabilidade para as próteses totais. Argumentou que o

protesista tem a possibilidade de manejamento de todos os fatores oclusais exceto da guia

condilar, e que a articulação temporomandibular influenciava a inclinação dos dentes e que estas

inclinações influenciavam na articulação temporomandibular, sendo a oclusão um dos temas mais

importantes dentro dos ramos da Odontologia.

Larkin (1971) afirmou ser imprescindível a existência de múltiplos contatos em cêntrica, e

pelo menos um contato no lado de balanceio. Ainda relatou que o clássico arranjo dos dentes na

oclusão balanceada bilateral teria 8 dentes ocluindo no lado de trabalho, 7 dentes ocluindo no lado

de balanceio e 14 dentes posteriores ocluindo durante o movimento de protrusão.

Ortman (1977) relatou que o contato de estabilização durante os movimentos excursivos seria

mais efetivo se fosse nos segundos molares, sendo difícil obter sucesso total nos tratamentos

devido à reposição de todos os elementos dentais de um arco, unidos por uma mesma base,

assentada em tecidos moles. Retenção e estabilidade durante a função parecem ser o “calcanhar 

de Aquiles” dos cirurgiões-dentistas quando na indicação dessa modalidade protética.

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Nimmo & Kratochvil (1985) verificaram que a oclusão balanceada bilateral, na qual as

próteses deviam ter equilíbrio em todas as posições excêntricas, deveria ser planejada junto

com o equilíbrio na posição cêntrica. Os proponentes deste conceito adotavam o equilíbrio da

oclusão

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em movimentos excursivos como um meio adicional de estabilidade horizontal para a

prótese total.

Spiekermann (1995) concluiu que era imprescindível que fossem realizados o planejamento

e a confecção de próteses totais convencionais previamente à indicação das próteses do tipoProtocolo de Branemark. O autor citou que próteses totais bem executadas orientavam os

procedimentos clínicos e diminuíam as dificuldades e insucessos nos tratamentos.

Segundo Rizzatti-Barbosa & Dallari (1996) devido à ausência da propriocepção do

ligamento periodontal, os esforços mastigatórios tornam-se muito danosos aos tecidos de suporte,

sendo necessário o estabelecimento de uma oclusão equilibrada em harmonia com o aparelho

mastigatório.

Misch (2000) relatou que atualmente os desdentados totais podiam ter um incremento na

retenção e estabilidade das próteses totais por meio da utilização dos implantes osseointegrados.

A execução clínica da prótese permanecia muito semelhante, mas era retida ou suportada por

implantes. Dependendo do número e da distribuição dessas fixações, as próteses totais podiam ser

submetidas a um padrão oclusal equilibrado (overdentures) ou a um esquema de proteção mútua

(Protoclo de Branemark).

Ivanhoe et al. (2002) afirmaram que a expectativa de vida dos idosos vinha aumentando,

mas infelizmente não era proporcional à melhoria da qualidade da mesma. Relatos

epidemiológicos, segundo os autores, tinham confirmando que pacientes usuários de próteses

totais apresentavam média de idade avançada, provavelmente devido à evolução da odontologia

preventiva. No entanto, relataram que grande parte da população ainda utilizava prótese total e

estudos sugeriam que essa população continuaria a aumentar durante os próximos vinte anos.

Telles et al. (2004) consideraram que cada uma das etapas de confecção de uma prótese

total era importante para se obter uma prótese estável e confortável para o uso. Correta

delimitação da área chapeável, bom vedamento periférico e posterior, e uma moldagem funcional

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fiel do rebordo eram aspectos imprescindíveis para o sucesso desse tipo de reabilitação. Por

essa razão, existia uma discussão filosófica se o arranjo oclusal dos dentes podia ser um fator útil

para contribuir na estabilização das próteses totais durante o ato mastigatório.

Lang (2004) verificou que os principais objetivos para utilização das próteses totais eram amanutenção dos tecidos moles e duros dos arcos edêntulos, função e estética. Nesse sentido

devem-se restabelecer condições aceitáveis para que todo o sistema estomatognático realize suas

funções básicas de mastigação, deglutição, fonação e estética, sendo o fator oclusão de grande

importância para que tais objetivos sejam alcançados.

Corrêa GA. Prótese total híbrida. São Paulo: Santos Livraria Editora; 1996.

Domitti SS. Sistematização do ensino integrado da prótese total. São Paulo: Santos; 1990.

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Swenson MC. Dentaduras Completas. 2 ed. México: UTEHA; 1955.

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Referencia

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