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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO LUCIANA CAVALCANTE MARQUES E SILVA DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS: Diferenças na Avaliação Psicológica para Obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na Cidade de São Luis-MA e Poços de Caldas-MG MACEIÓ – AL 2012

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UNIP UNIVERSIDADE PAULISTA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOLOGIA DO TRÂNSITO

LUCIANA CAVALCANTE MARQUES E SILVA

DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS: Diferenças na Avaliação Psicológica para Obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH) na Cidade de São

Luis-MA e Poços de Caldas-MG

MACEIÓ – AL 2012

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LUCIANA CAVALCANTE MARQUES E SILVA

DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS: DIFERENÇAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA OBTENÇÃO DE CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

(CNH) NA CIDADE DE SÃO LUIS-MA E POÇOS DE CALDAS-MG Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito. Orientador: Prof. Dr. Jorge Luís de Souza Riscado

MACEIÓ – AL 2012

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LUCIANA CAVALCANTE MARQUES E SILVA

DIVERGÊNCIAS E CONVERGÊNCIAS: DIFERENÇAS NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA OBTENÇÃO DE CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

(CNH) NA CIDADE DE SÃO LUIS-MA E POÇOS DE CALDAS-MG Monografia apresentada à Universidade Paulista/UNIP, como parte dos requisitos necessários para a conclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Psicologia do Trânsito.

APROVADO EM ____/____/____

____________________________________ PROF. DR. JORGE LUÍS DE SOUZA RISCADO

ORIENTADOR

____________________________________ PROF. DR. LIÉRCIO PINHEIRO DE ARAÚJO

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ PROF. ESP. FRANKLIN BARBOSA BEZERRA

BANCA EXAMINADORA

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais

Irineu (in memória) e Maria do Carmo Silva

À minha avó

Ilza Cavalcante

A meu esposo

Felippe Navarro

À minha filha

Beatriz Silva Navarro

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu coragem para questionar realidades e propor sempre um

novo mundo de possibilidades.

Ao meu esposo, filha, pais, familiares e professores pelo apoio, incentivo e

compreensão.

Aos sujeitos da pesquisa, pela participação tão valiosa que sem vocês esse

trabalho não existiria.

Ao Prof. Dr. Manoel Ferreira do Nascimento Filho, pela dedicação durante a

realização de nosso curso.

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“Se conseguimos enxergar mais longe, é

porque subimos em ombros de gigantes”.

(Isaac Newton)

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RESUMO

O processo de avaliação psicológica no âmbito do trânsito é realizado de forma diferenciada nas regiões do Brasil, nos aspectos que envolvem testes utilizados, entrevistas, bem como a sequencia de aplicação dos instrumentos em questão. As Técnicas da avaliação psicológica utilizadas pelos psicólogos do trânsito têm como finalidade auxiliar na identificação de adequações psicológicas mínimas para o correto e seguro exercício da atividade de conduzir um veículo automotor, para tentar garantir a segurança do condutor, do trânsito e dos demais envolvidos. Na avaliação psicológica de trânsito as investigações dos fenômenos psicológicos, ou seja, das capacidades gerais, bem como das específicas do indivíduo, são de suma importância, pois proporcionam indicadores para a tomada de decisões em relação às condições de esse indivíduo estar apto ou inapto para dirigir. Essa constatação nos remete à necessidade de uma preocupação, por parte dos profissionais de psicologia em atuar de forma preventiva e preditiva no processo de avaliação psicológica, buscando interferir para que os motoristas não se se exponham a situações de perigo a si e aos outros. A presente pesquisa tem como objetivo verificar os procedimentos utilizados na avaliação psicológica nas clinicas da cidade de Poços de Caldas/MG e nas clinicas da cidade de São Luís no estado do Maranhão credenciadas junto ao Detran/MG que norteiam o profissional de Psicologia do trânsito e a maneira que a avaliação psicológica é usada para a obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Trata-se de estudo de abordagem quanti-qualitativa, cujo questionário foi aplicado junto a profissionais dessas clínicas, no período de julho de 2012. Foram verificados os procedimentos utilizados para à avaliação psicológica no âmbito das clínicas de trânsito dessas cidades Poços de Caldas no estado de Minas Gerais e São Luís no estado do Maranhão. Verificou-se nesse estudo que a média de idade dos sujeitos é de 40 anos; seu tempo de serviço como profissional está entre 1 a 5 anos; a maioria percebe-se seguro no manuseio dos testes psicológicos, sendo que 50% dos profissionais preferem utilizar o teste Pfister e haver, em parte, autonomia para escolha dos testes no local de trabalho. Conclui-se que as divergências existentes entre as técnicas utilizadas pelos psicólogos nas clínicas de trânsito, podem dificultar o processo de avaliação psicológica, uma vez que, os profissionais podem não ter o domínio para a aplicação dos testes exigidos pelo DETRANS, e dessa forma comprometer o processo de avaliação psicológica.

Palavras-chave: Avaliação psicológica; Técnicas de avaliação psicológica; Carteira

de motorista.

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ABSTRACT

The process of psychological evaluation under the influence is done differently in regions of Brazil, in the aspects involving tests used, interviews, as well as the sequence of application of the instruments in question. Techniques of psychological assessment used by psychologists transit are intended to help identify psychological adaptations minimum for proper and safe exercise of the activity of driving a motor vehicle, to try to ensure driver safety, transit and other stakeholders. In psychological assessment transit investigations of psychological phenomena, in the general capabilities, as well as specific individual, are of paramount importance, as they provide indicators for making decisions regarding the conditions of this individual is fit or unfit to driving. This observation leads us to the need for concern on the part of professional psychology in taking preventive and predictive in the process of psychological evaluation, seeking to interfere so that drivers do not expose themselves to danger to himself and others. This research aims to determine the procedures used in psychological assessment clinics in the city of Wells Caldas / MG and clinics in the city of São Luís do Maranhão state accredited to the DMV / MG that guide the professional psychology and transit so that the psychological evaluation is used to obtain Driver's License (CNH). It is the study of quantitative and qualitative approach whose questionnaire was administered together with professionals such clinics in the period July 2012. We checked the procedures used for psychological assessment clinics within the transit of these cities Wells Caldas in Minas Gerais and São Luís in Maranhão. It has been found that the average age of the subjects is 40 years, his time as a professional service is between 1 to 5 years, the majority perceives the safe handling of psychological tests, and 50% of the professionals prefer to use Pfister be tested and, in part, independence of choice for testing in the workplace. We conclude that the differences between the techniques used by psychologists in clinical traffic can hinder the process of psychological evaluation, since professionals can not take the field for the application of the tests required by DETRANS, and thereby compromise the process of psychological evaluation.

Keywords: Psychological evaluation; Techniques of psychological assessment;

Driver´s licence.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Caracterização dos sujeitos, segundo Gênero, sexo, faixa etária e tempo

de experiência ......................................................................................................... 33

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Gráfico 01 – Percepção de segurança na manipulação dos testes pelos

profissionais nas Clinicas de Trânsito das cidades de

São Luís – MA e de Poços de Caldas – MG ...................................... 34

Gráfico 02 – Distribuição dos testes autonomamente utilizados pelos

profissionais nas Clinicas de Trânsito das cidades de

São Luís – MA e de Poços de Caldas – MG ...................................... 35

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 14

2.1 A Avaliação, o Psicólogo e os Testes Utilizados para o Trânsito ............... 14

2.1.1 Avaliação Psicológica no Trânsito ............................................................. 14

2.1.2 Normas e Procedimentos de Avaliação Psicológica ................................ 17

2.1.3 Testes Psicológicos Utilizados nas Clínicas de Trânsito ......................... 20

2.1.3.1 Teste de atenção Concentrada (AC) ........................................................ 20

2.1.3.2 Teste R1 ..................................................................................................... 22

2.1.3.3 Teste Pfister (Pirâmides Coloridas) ......................................................... 22

2.1.3.4 Teste Palográfico....................................................................................... 26

2.1.3.5 HTP ............................................................................................................. 29

3. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 31

3.1. Ética ................................................................................................................. 31

3.2. Tipo de Pesquisa ............................................................................................ 31

3.3. Universo Estudado ......................................................................................... 31

3.4. Sujeitos da Amostra ....................................................................................... 31

3.5. Instrumentos para Coleta de Informações ................................................... 31

3.6. Procedimentos para a Coleta de Dados ....................................................... 31

3.7. Procedimentos para Análise dos Dados ...................................................... 32

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 37

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 38

APÊNDICE ............................................................................................................. 42

ANEXO ................................................................................................................... 43

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1. INTRODUÇÃO

Na atualidade um dos maiores dilemas na vida das grandes cidades é o

trânsito. Este é um fenômeno bastante complexo, uma vez, que envolve as pessoas

que participam dele, sejam elas pedestres, motoristas, passageiros, todos com seus

interesses e suas necessidades. O trânsito é “o conjunto de deslocamentos de

pessoas e veículos nas vias públicas, dentro de um sistema convencional de

normas, que tem por fim assegurar a integridade de seus participantes”

(ROZESTRATEN apud PAGNO, 2004).

A expressão “conjunto de deslocamento” significa que para a perfeita

caracterização de trânsito deve haver um objetivo e certo número de integrantes. Já

o significado de “vias públicas” consiste na validade apenas dos fatos aí ocorridos

porque eventos em espaços particulares não é trânsito oficial.

O componente “sistema” explica–se pela necessidade das diversas partes

interagirem conforme certas normas para que o objetivo comum, no caso a

circulação, seja alcançado. Pode-se imaginar o caos resultante da ausência de

regras estabelecidas para a circulação de veículos e pessoas. “Sistema

convencional” difere de sistema apenas por se tratar de normas acordadas, que

podem variar conforme tempo e espaço. “Finalidade” significa a garantia de

integridade dos participantes para que estes alcancem suas metas sem sofrerem

danos (ROZESTRATEN apud SCHWARZER, 2006).

A Psicologia do Trânsito estuda e analisa o comportamento humano em

função das normas ou leis que buscam segurança e a integridade de todos que se

locomove. Trata-se de uma “área da psicologia que investiga os comportamentos

humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos, conscientes e

inconscientes que os provocam e o alteram” (CONSELHO FEDERAL DE

PSICOLOGIA, 2000, p. 10).

Seu início deu-se aproximadamente em 1920, e, em 1962, situa-se o

importante marco para a área devido à criação de uma lei federal que tornou

obrigatória a realização de exame psicotécnico por todas as pessoas que

requisitassem a carteira de motorista (HOFFMAN; CRUZ, 2003).

Segundo Rozestraten (1981), Psicologia do Trânsito é o estudo científico do

comportamento dos participantes do trânsito. Ela estuda o comportamento dos

pedestres, do motorista amador e profissional, do motoqueiro, do ciclista, e de todos

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os que constituem o trânsito. Este comportamento pode incluir processos de

atenção, de detecção, de diferenciação e de percepção, a tomada de

processamento de informações, a memória a longo e curto prazo, a aprendizagem e

o conhecimento de normas e de símbolos, a motivação, a tomada de decisão bem

como uma série de automatismos percepto-motores, de manobras rápidas e uma

capacidade de reagir prontamente ao feedback, a previsão de situações em curvas,

em cruzamentos e em lombadas, e também, uma série de atitudes em relação aos

outros usuários, aos inspetores, às normas de segurança, ao limite de velocidade,

etc.

O psicólogo de trânsito tem como desafio no seu trabalho, traçar perfil de bom

motorista, para tanto deve saber utilizar os instrumentos necessários para o

processo de avaliação psicológica e saber adequadamente qual técnica empregar

diante do perfil do candidato, para assim poder selecionar os candidatos à carteira

de habilitação. A avaliação psicológica no contexto do trânsito tem sido foco de

discussão por causa da necessidade de estudar os instrumentos que vêm sendo

empregados para avaliação de candidatos à carteira nacional de habilitação.

O presente trabalho justifica-se pela lacuna de conhecimento existente na

área, assim como os poucos trabalhos encontrados na literatura científica. Partimos

da premissa que os resultados encontrados irão servir para uma maior reflexão

sobre os procedimentos utilizados para a avaliação psicológica no âmbito do

trânsito, além de despertar um maior interesse para pesquisas nessa área.

Teve como propósito verificar e identificar os processos técnicos utilizados

nas clinicas credenciadas junto ao DETRAN, que estão norteando o trabalho do

psicólogo perito examinador no âmbito do trânsito nos estados do Maranhão e de

Minas Gerais.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. A Avaliação, o Psicólogo e os Testes Utilizados para o Trânsito

2.1.1 Avaliação Psicológica no Trânsito

Para entender os avanços da Avaliação Psicológica é preciso primeiramente

citar alguns eventos que marcaram o desenvolvimento da Psicologia no Brasil. Este

desenvolvimento está diretamente ligado ao uso experimental de medidas

psicológicas para a averiguação de estágios do desenvolvimento e da aprendizagem

humana e à sistematização de conhecimentos sobre processos psicológicos.

O período compreendido entre 1836 a 1930 foi considerado o momento fértil

de aprofundamento dos conhecimentos através de estudos e publicações, vindos da

produção. Em 1836, surgem os primeiros estudos de Psicologia no Brasil, nos

cursos de Medicina no Rio de Janeiro e na Bahia, sendo a primeira tentativa de

estruturar um laboratório de Psicologia aplicada à educação. Somente em 1962 o

CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) estendeu o exame psicotécnico a todos

os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação.

A Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito é um processo técnico-

científico de coleta de dados, estudos e interpretação de informações a respeito dos

fenômenos psicológicos dos indivíduos. É um processo de conhecimento do outro

de forma científica e especializada. Dentre os instrumentos psicológicos utilizados

para a avaliação psicológica encontram-se os testes, entrevistas, questionários e

observações. Para os candidatos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a

entrevista individual e os testes psicológicos são obrigatórios para a realização da

avaliação psicológica.

A Avaliação Psicológica no contexto do Trânsito é uma exigência do Código

de Trânsito Brasileiro e do Conselho Nacional de Trânsito. Foi regulamentada pelo

Conselho Federal de Psicologia e é fiscalizada pelos Conselhos Regionais de

Psicologia, pois se trata de uma atividade exclusiva dos psicólogos.

As técnicas da avaliação psicológica utilizadas pelos psicólogos do trânsito

têm como finalidade auxiliar na identificação de adequações psicológicas mínimas

para o correto e seguro exercício da atividade (remunerada ou não) de conduzir um

veículo automotor, para tentar garantir a segurança do condutor, do trânsito e dos

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demais envolvidos (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2000). Assim se tem

feito uso dos testes psicométricos como recurso para predizer a habilidade para

dirigir, especialmente para prever a probabilidade de um indivíduo se envolver em

acidentes (GROEGER, 2003).

A Avaliação Psicológica Pericial para o Trânsito tem sido realizada de modo

diferenciado nos diversos estados do Brasil, sempre regidos pelas resoluções do

Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), Conselho Nacional de Trânsito

(CONTRAN) ou Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), mas tendo em

comum a obrigatoriedade da Avaliação Psicológica para Obtenção da Carteira

Nacional de Habilitação (CNH) e mudança de Categoria em todos eles. Esse

panorama não se reflete em todos os países, sendo a avaliação utilizada muitas

vezes em circunstâncias diferentes. Os psicólogos do trânsito fazem uso da

avaliação psicológica para investigar características psicológicas dos candidatos que

desejam obter o direito de dirigir, renovar (em caso de o condutor exercer a atividade

remunerada ao veículo ou ter recebido resultado apto com validade em avaliação

anterior) ou mudar a categoria. No que se refere à avaliação psicológica no trânsito,

segundo Alchieri (2003), as primeiras avaliações psicológicas no Brasil junto ao

trânsito foram implementadas para condutores responsabilizados por causarem

acidentes, sendo realizadas a partir de 1951, pelo Instituto de Seleção e Orientação

Profissional (ISOP), da Fundação Getúlio Vargas.

Para a maioria das pessoas, o exame psicológico ainda é sinônimo de

psicotécnico, como lembra Alchieri (1999), apud Méa e Ilha (2003). Os métodos

psicotécnicos seriam a expressão em desuso que designava a aplicação de

princípios psicológicos, sobretudo de testes e medidas, no controle do

comportamento para fins práticos da vida diária. Psicotécnica corresponde ao

conjunto das técnicas de psicologia experimental aplicadas aos problemas humanos,

utilizada principalmente na indústria, no comércio e nas forças armadas. Em 1998,

com a publicação do Novo Código de Trânsito Brasileiro, este termo foi substituído

pela avaliação psicológica pericial, segundo Lamounier e Rueda (2005). Os autores

explicam que as modificações não ocorreram somente em virtude da estética, mas

sim em razão das novas exigências da Resolução N.80/98 do Conselho Nacional de

Trânsito (CONTRAN). As principais alterações baseavam-se no fato de que a

avaliação psicológica pericial para o trânsito deveria ser realizada por Peritos de

Trânsito, com o respectivo curso e a finalidade dos exames passava a ser investigar

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adequações psicológicas mínimas que determinassem condições de o condutor

conduzir de forma correta e segura.

Os psicólogos especialistas em trânsito têm como objetivo verificar que tipo

de pessoa estará no volante de um carro e se ela com suas necessidades

particulares podem está mais propensa a se envolver em acidentes e assim correr

um maior risco de vida. Dirigir um veículo implica um risco de vida significativo e uma

possibilidade sempre presente de ocorrer acidente. Poder avaliar um motorista é

também investigar que tipo de pessoa é esta, como lida com seus afetos, como

reage à situações inesperadas, de estresse, como é seu tônus, seu humor etc.

O trabalho de avaliar características das pessoas que vão lidar com

atividades que envolvem riscos implica grande responsabilidade e exige das

pessoas que trabalham nessa área uma preparação técnica sólida. Saber manejar

os resultados de uma avaliação psicológica é fundamental e representa a diferença

entre ser um mero aplicador de teste e um psicólogo com uma escuta clínica dentro

de um processo seletivo, capaz de manejar os resultados obtidos com eficiência, de

uma maneira dinâmica, flexível e integrada em que o sujeito avaliado não fica

reduzido somente a dados de testes.

A avaliação psicológica para fins de obtenção de Carteira Nacional de

Habilitação (CNH), embora seja um processo seletivo, difere muito de uma seleção

para concurso público ou para qualquer tipo de trabalho. Levanta-se uma bateria de

testes de acordo com o perfil profissiográfico e são escolhidos aqueles que melhor

se 16déquam a esse perfil, ou seja, certas características que podem colocar o

sujeito mais vulnerável a se acidentar, isso não pode ser tomado como definitivo e

não se pode excluir o candidato por completo da possibilidade de vir a dirigir um

veículo. A inaptidão é temporária e o sujeito terá outras oportunidades de avaliação.

Só podem ser excluídos definitivamente do direito de dirigir os casos

francamente patológicos ou portadores de dificuldades altamente perigosas para

essa função, tais como sujeitos com distúrbios graves de personalidades

(psicóticos), alcoólatras irrecuperáveis, epiléticos, portadores de déficits intelectuais

acentuados ou quadros com transtornos afetivos significativos, confirmados por mais

de uma técnica.

Quando um psicólogo faz uma avaliação psicológica através de testes

psicológicos, ele precisa não só saber aplicar e avaliar o instrumento, mas precisa

conhecê-lo bem afundo. É importante que ao escolher um teste ele saiba se o

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mesmo é adequado para avaliar o que ele pretende e se é indicado para o sujeito

em questão em termos de idade, sexo, escolaridade e outros aspectos relevantes. É

igualmente importante conhecer os parâmetros psicométricos do teste, ou seja, os

dados de validade, precisão e a existência de normas adequadas para aquele

cliente. Então deve considerar qual o tipo de norma e como foi composta à amostra

de padronização, ou seja, com que grupo vai comparar o resultado do cliente.

O Psicólogo do Trânsito é um profissional conhecedor de testes, entrevistas,

da ética e da cidadania. É esse profissional que irá pesquisar a capacidade do

sujeito de viver em sociedade, considerando sua segurança pessoal e a dos outros.

Pesquisar através de métodos científicos e válidos, comportamentos

humanos no trânsito e os fatores internos e externos, conscientes e inconscientes

que os provocam e os alteram. No inicio da avaliação psicológica no âmbito do

trânsito é realizada uma entrevista individual com o objetivo de conhecer melhor o

candidato e verificar alguns aspectos que poderiam prejudicar a realização de um

teste naquele devido momento. A entrevista como parte integrante da Avaliação

Psicológica é essencial, pois, através dela será pesquisada a história de vida

orgânica, familiar, escolar, profissional e social, a história de vida atual e pregressa

do indivíduo. Outro instrumento bastante utilizados nas Avaliações Psicológicas são

os testes, estes irão avaliar a capacidade de perceber estímulos visuais ou auditivos,

a motivação, agressividade, ansiedade, impulsividade e outras características da

personalidade que possam influir na conduta do indivíduo aumentando os riscos já

naturais para a direção do veículo.

2.1.2 Normas e Procedimentos de Avaliação Psicológica

A avaliação psicológica é uma função privativa do psicólogo e é definida de

acordo com a Lei 4.119 de 27 de agosto de 1962. Avaliação, em psicologia, refere-

se à coleta e interpretação de informação psicológica, resultando de um conjunto de

procedimentos confiáveis que permitam ao psicólogo julgar comportamentos. Os

procedimentos considerados confiáveis sãos os que apresentam alto grau de

precisão e de validade. Precisão significa o grau de consistência do instrumento e

validade a capacidade de atingir os objetivos para os quais foi construído.

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O objetivo das avaliações psicológicas podem ter vários propósitos tais como:

identificar interesses, atitudes, aptidões, desenvolvimento, maturidade, condições

emocionais e de conduta, personalidades em geral, dentre outros.

Existem algumas variações nas técnicas de avaliações, um exemplo são os

testes que já passaram por revisões e podem fornecer dados normativos baseados

em milhares de casos classificados em subpopulação. Os testes psicológicos são

definidos como uma medida objetiva e padronizada de uma amostra de

comportamento, essa definição enfatiza alguns aspectos, ou seja: O fato de ser uma

medida objetiva e padronizada implica na necessidade de que todos os sujeitos

realizem uma mesma tarefa deve haver uniformidade no processo de aplicação, ou

seja, instruções e material e de avaliação, isto é, as resposta devem ser julgadas

pelo mesmo critério e o resultado é interpretado de acordo com determinadas

normas, além de que considerar uma mostra de comportamento implica em

economia no tempo de avaliação.

Os testes psicológicos podem ser classificados em escalas ou testes de

desenvolvimento, testes de inteligência, teste de aptidões, teste de prontidão, teste

de aproveitamento escolar, teste educacionais, testes neuro-psicológico e testes de

personalidade e outros.

Testes de inteligência procuram obter uma estimativa global do desempenho

intelectual, através de tarefas que representem funções cognitivas importantes. Os

testes de aptidão avaliam um conjunto de características sintomáticas da habilidade

com que o sujeito pode adquirir conhecimentos, dotes, destreza. Os testes de

personalidade referem-se às características tais como: ajustamento emocional,

relações sociais, motivação, atitudes. Esses testes podem utilizar técnicas projetivas,

ou seja, o sujeito deve realizar uma tarefa relativamente não estruturada que permite

uma variedade quase ilimitada de respostas possíveis. Durante a realização da

tarefa o sujeito projetará suas características como resposta.

Além dos testes psicológicos existem outros instrumentos de avaliação

psicológica tais como: entrevistas, provas situacionais, dinâmicas de grupo e outras.

As entrevistas podem ser estruturadas, semi-estruturadas e livres. Estas tem

um propósito definido de avaliação, no entanto podem trazer interpretações

subjetivas do examinador tais como: valores, preconceitos etc.

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A prova situacional coloca o sujeito em uma situação semelhante a vida real e

assim avaliar o comportamento do individuo, para formar um juízo sobre seu

desempenho futuro nessa tarefa.

Durante uma avaliação psicológica a escolha dos instrumentos deve levar em

consideração diversos critérios dentre eles:

− Que atributos se querem avaliar?

− Quais testes avaliam os atributos necessários e a disponibilidade no

mercado?

− Considerar idade, sexo, escolaridade, profissão e condições físicas.

− Verificar os equipamentos necessários para a aplicação.

− Considerar os aspectos psicométricos do instrumento utilizado tais como:

Sensibilidade, validade, precisão e existência de normas específicas ou

gerais da população brasileira.

− O psicólogo deve usar sempre material original da editora que é responsável

pelo material utilizado.

− O psicólogo deve ter domínio sobre o material utilizado. Pois assim terá

condições de defender a cientificidade do seu trabalho.

Um dos aspectos a serem considerados nas avaliações psicológicas é a

aplicação dos instrumentos e a avaliação dos mesmos. Os profissionais devem estar

atentos as instruções que estão presentes nos manuais, pois, uma vez alteradas irá

invalidar os resultados obtidos. Deve ter conhecimento sobre o material aplicado,

para poder responder a questionamentos que surjam durante o processo. Antes de

iniciar a aplicação de um instrumento, o psicólogo deverá organizar o material que

irá utilizar, para verificar se todos os objetos necessários estão disponíveis. Outro

fator importante é o espaço usado para a aplicação, esse deve ter o tamanho

adequado, a iluminação apropriada, ausência de perturbação sonora e visual e

acesso de entrada e saída fáceis e de acesso rápido.

Durante a avaliação psicológica deve se estabelecer uma relação positiva

(rapport) e de camaradagem entre examinador(es) e examinando(s). Deve ser criado

um clima de confiança e cooperação para que os resultados possam ser atingidos.

O psicólogo deve manter o sigilo que norteia o Código de Ética, a

Constituição e a Legislação vigente no País. A aplicação, a avaliação e a

interpretação dos testes ou de outros instrumentos psicológico são de

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responsabilidade do psicólogo. O resultado de uma avaliação psicológica deve ser

interpretado como uma estimativa do comportamento ou do desempenho sob uns

dados conjuntos de circunstâncias.

O examinado tem o direito de ter informações sobre o resultado da avaliação,

cabe ao psicólogo fornecer informações colhidas, considerando o nível de

compreensão do examinado bem como suas condições psicológicas.

Os resultados dos testes devem ser fornecidos para o próprio sujeito, aos

seus responsáveis ou para a pessoa que solicitou o exame, sempre com o

consentimento do sujeito. A interpretação deve ser feita baseada em um conjunto de

normas apropriadas aos indivíduos testados e para a finalidade dos mesmos.

O psicólogo deverá manter em seus arquivos durante cinco anos a

documentação técnica que fundamenta o resultado por ele obtido bem como o

registro de todas as situações pertinentes a emissão desses resultados.

2.1.3 Testes Psicológicos utilizados nas Clínicas de Trânsito

2.1.3.1 Teste de Atenção Concentrada (AC)

No trânsito a “Atenção” é uma das funções mentais mais importantes, pois, é

um dos requisitos fundamentais para que o sujeito seja capaz de se orientar no

tráfego de veículos, pois, ao dirigir o condutor precisará ler placas, se orientar no

espaço, tomar decisões rápidas e para isso é necessário que ele tenha uma boa

atenção.

O teste AC é um dos testes utilizado nas clinicas que prestam serviços para a

obtenção de CNH (Carteira Nacional de Habilitação), ele tem como objetivo avaliar a

capacidade que o sujeito tem de manter a sua atenção concentrada no trabalho que

realiza durante um período determinado. A atenção concentrada pode ser definida

como a capacidade de selecionar uma fonte de informação (estímulo do meio

ambiente ou do mundo interior) dentre todas as que estão disponíveis em um

determinado momento e conseguir dirigir sua atenção (manter o foco) para este

estímulo ou tarefa a ser realizada no decorrer do tempo. Por isso para qualquer

atividade que precise ser realizada ou atividade em que esteja envolvido é

necessário que o indivíduo focalize sua atenção concentrada por um maior intervalo

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de tempo a fim de facilitar o processo de aprendizagem promovendo o bom

aproveitamento e a qualidade de seu trabalho.

Em uma perspectiva psicológica pode-se encontrar diferentes definições para

atenção de acordo com as diversas áreas de atuação. Porém segundo Warren

(1956), refere a atenção como “um processo que consiste em enfocar certas

porções de uma experiência de modo que elas se tornem mais evidentes ou

destacadas” ( p.26).

O teste de Atenção Concentrada (AC) foi criado pelo psicólogo Suzy

Cambraia e publicado pela primeira vez em 1967. Para elaborar o teste o autor

partiu de um exame sistemático das provas conhecidas na época como o Teste de

Bourdon (Bourdon apud Zazzo,1968; Székely,1946); Teste de Cancelamento de

Adições Sucessivas de Kraepelin(1896); O teste de Círculo e da Cruz, de Huth (Huth

apud Stern & Wiegmann, 1920) e o de Toulouse-Pieron (Piéron, 1995; Zazzo,1968;

Székely, 1946).

Foram realizados inúmeros estudos para se chegar a forma que o teste

possui na atualidade, até mesmo no campo de símbolos abstratos para poder

selecionar o estímulo mais adequado para o instrumento. Após experimentos foi

escolhido um triângulo, formando uma ponta de flecha, que pode estar dirigida para

as quatros posições básicas (para cima, para baixo, para a esquerda e para a

direita). Foi introduzida também uma variável diferente, ou seja, a seta pode ser

inteiramente preta, branca na parte interna com um contorno preto ou branco com

um pontinho negro no centro o que permite a combinação diferente de 12. No verso

do teste contém a prova propriamente dita que consiste em 21 linhas, cada qual com

21 símbolos. Em cada linha horizontal devem ser cancelados sempre sete símbolos.

No alto da folha existem os modelos a serem cancelado e no canto superior o

espaço para serem anotadas as variáveis importantes (acertos, erros e omissões,

total de pontos e percentil). Após estudos realizados, foi estipulado o tempo para a

aplicação do teste que ficou cinco minutos.

O teste Atenção Concentrada (AC), embora não tenha sido criado com a

intenção de ser um instrumento específico para a avaliação de motoristas,

atualmente sua utilização é bastante comum na realização de exames psicológicos

para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), principalmente, quando

se trata de processos referentes à primeira habilitação.

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Vários são os fatores que podem estar contribuindo para a utilização dos

testes AC no âmbito do trânsito, dentre eles: a fácil aplicação do teste, o tempo para

a correção é curto, o custo do bloco com as folhas do teste é relativamente barato se

comparados aos demais testes, além de para a interpretação de resultados existirem

tabelas apropriadas para o grau de instrução de cada candidato.

2.1.3.2 Teste R1

Na psicologia uma área muito controvertida é a da Avaliação da Inteligência,

uma vez que é preciso definir o que ela é, no entanto na Psicologia não existe

consenso sobre esse conceito. Cada teórico, que estuda o tema em questão,

apresenta uma definição diferente e os testes de inteligência são baseados nas suas

concepções. O teste não verbal de inteligência foi criado em 1973, por Rynaldo de

Oliveira como um instrumento apropriado para avaliar a inteligência de motoristas e

como um teste que permitisse várias aplicações em geral. O manual desse teste foi

elaborado com o objetivo de apresentar normas atualizadas e mais abrangentes,

incluindo tabelas para os diversos níveis de escolaridade, obtidas em vários estados

brasileiros.

O objetivo do teste R1 é avaliar a inteligência de adultos. Esse teste

caracteriza-se por ser uma medida não verbal de inteligência e foi construído para

ser usado principalmente com pessoas de baixo nível de escolaridade.

O R1 é um teste constituído de quarenta itens, apresentados em um caderno,

com um item em cada página, o que evita a interferência de um sobre outro e

permite maior concentração do examinando. As respostas são marcadas em uma

folha de respostas e a aplicação pode ser coletiva ou individual.

2.1.3.3 Teste Pfister ( Pirâmides Coloridas)

O teste Pfister, foi desenvolvido por Max Pfister e teve como objetivo a

avaliação da personalidade. O autor baseou-se na impressão da subjetividade que

as cores provocam nas pessoas, ou seja, elas provocam efeito no estado emocional

das pessoas. O teste é composto por um jogo de quadrículos coloridos de dez

cores, subdivididas em 24 tonalidades, três cartelas com desenhos de pirâmides,

folha de protocolo e mostruários de cores.

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O teste Pfister foi definido como uma técnica projetiva usada para o estudo

das características da personalidade. Ele propicia o sujeito a projetar aspectos

subjetivos internos e assim explicitar sua maneira de se organizar mentalmente e

emocionalmente, além de fornecer dados da dinâmica emocional e aspectos

cognitivos do sujeito.

Este teste é aplicado em sujeitos acima de sete anos de idade, independente

da escolaridade, aplicação deve ser individual e o tempo previsto para a execução é

de quinze minutos.

As instruções para a aplicação do teste Pfister são:

− O ambiente precisa ser calmo, tranquilo e oferecer condições adequadas para

um bom desempenho, para que a pessoa possa dar o melhor de si mesma;

− Sala relativamente silenciosa, que proporcione privacidade e onde a pessoa

possa se instalar diante de uma mesa cuja superfície tenha cor neutra, devendo-

se evitar decorações repletas de cores;

− Boa iluminação é uma condição básica, uma vez que a percepção das cores

depende fundamentalmente da luz;

− Durante a aplicação do teste devem-se anotar tudo que o indivíduo faz seus

comentários, atitudes e reações. Devem-se anotar cada cor e o lugar que essa

foi colocado no esquema de pirâmides, registrando-se o modo de colocação e o

processo de execução.

Para a interpretação dos resultados vários aspectos devem ser analisados

dentre eles:

− Contar as cores utilizadas nas pirâmides, para depois transformá-la em

porcentagem;

− Observar a frequência das cores;

− Observar a incidência das síndromes cromáticas;

− Incidências das síndromes cromáticas das cores por dupla.

Quanto ao processo de execução aborda a maneira como a pessoa executa a

tarefa no conjunto das três pirâmides. Esse modo pode ser: metódica, ordenada,

desordenada e relaxada.

Metódica é quando o sujeito repete muitas vezes as mesmas cores ou

tonalidade, planeja o trabalho e utiliza o mesmo procedimento de colocação dos

quadrículos sem variações.

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Ordenada é quando o sujeito segue um padrão constante na colocação.

Desordenado é a colocação em que o sujeito coloca as cores de forma

instável, com constantes variações.

Relaxada é quando a colocação é de qualquer jeito, sem qualquer

preocupação, ocorrendo poucas trocas de cores.

Outro fato importante para a interpretação dos resultados é o modo de

colocação das cores sobre o esquema de pirâmides. Esse pode ser:

− Ascendente – a colocação das cores é feita da base para o topo;

− Descendentes – a colocação das cores é feita do topo para a base;

− Direta – a colocação é feita da esquerda para a direita;

− Inversa – a colocação das cores é feita da direita para a esquerda;

− Alternadas – colocação direta e inversa;

− Simétrica – os espaços são preenchidos simetricamente;

− Diagonal – resulta na construção de verdadeiras escadas ou camadas

tombadas;

− Espacial – inicialmente parece desordenada, no entanto aos poucos se percebe

a intenção do examinado, construindo mosaicos.

Em relação ao aspecto formal, que significa a possibilidade de controle sobre

seus afetos e emoções, além de revelar a forma como se relaciona com o

funcionamento cognitivo e as funções atenção/concentração. Podem ser de três

tipos: Tapetes, Formações e Estruturas. O primeiro constitui arranjo de cores onde a

forma não tem nenhuma participação no produto final, não acontece integrações

entre forma e cor, sendo a cor estímulo preponderante. Os tapetes podem ser:

− puros – colocação de forma harmônica das cores, conservando um equilíbrio

− desequilibrados – disposição das cores é aleatória .

− furados – grande utilização da cor branca.

− estruturados – um ou mais tons de cores repetidos.

As formações significam organizações feitas através da disposição das cores

por camadas no plano horizontal da pirâmide. Essas se referem ao funcionamento

cognitivo e emocional, ou seja, modo de lidar com as emoções. Podem ser:

Monotonais (quando as camadas possuem apenas um tom); Monocromáticas

(construídas por uma cor e seus vários tons); Multicromáticas (ocorrem quando se

usa apenas uma cor em cada camada); Simétrica (ocorre quando as cores se

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distribuem em pares simétricos, em cada camada) e Alternadas (cores são dispostas

alternadamente, sendo uma sim outra não em toda pirâmide).

As Estruturas referem-se à noção de disposição horizontal das camadas e

uma possível relação entre essas e o plano vertical das pirâmides. Podem ser:

Simétricos (disposição simétrica das cores, possuindo um eixo central); Escada

(Cores disposta no sentido diagonal); Manto (as bordas externas da pirâmide de

uma mesma cor); Assimetria dinâmica (aspecto de três triângulos formados por

vértice de cores repetidas); Mosaico (Figura).

A representação das cores presentes no teste refere-se aos afetos e emoções

conforme as várias constatações no campo da psicologia e psicodiagnóstico.

Segundo Rorschach (1967) as resposta de cor constituem a base da capacidade de

contato afetivo de aproximação afetiva com o meio ambiente.

As cores são estímulos que nos atingem desencadeando processos

fisiológicos, sem que haja, na sua origem participação da esfera cognitiva, o mesmo

não ocorre com o reconhecimento da forma que dependem de processos

intelectuais para a sua distinção. Assim no primeiro momento somo afetados pela

cor, mas do mesmo modo que pela emoção.

Na interpretação do significado das cores, dadas as diferenças de

comprimento e frequência das ondas luminosas, podemos pensar em diferentes

significados psicológicos com base no grau e intensidade de estimulação que elas

produzem ao afetarem o indivíduo, podendo revelar reações fisiológicas distintas.

Podemos considerar que, diferentes estados emocionais podem ser provocados

pelas cores, dependendo de suas características físicas. Portanto consideramos as

cores como quentes ou frias, o que induzem estados emocionais correspondentes a

natureza do estímulo com suas ondas de frequência distintas, que por sua vez são

resultantes de intensidades diversas de energia transportadas pelos prótons.

Os estados emocionais mais excitados são encontrados nas chamadas cores

quentes: vermelho, laranja e amarelo. Os mais calmos em se tratando de cores frias

são: azul, verde e violeta.

As cores cinza, preta e branca são denominadas acromáticas e se relacionam

as inibições, negações e contenção dos sentimentos, quando utilizadas com maior

frequência. O marrom é considerado uma cor intermediária.

Durante a interpretação do teste Pfister podem ser obtidos resultados

significativos que contribuem para a compreensão dinâmica e realização de

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diagnóstico de pacientes com quadros considerados psicopatológicos tais como:

Transtornos esquizofrênicos, depressivo, alcoolista, obsessivo compulsivo,

somatoforme, entre outros.

Na elaboração do resultado do teste Pfister deve-se fazer uma síntese

resumida dos dados encontrados no teste de forma clara e objetiva.

2.1.3.4 Teste Palográfico

O Teste Palográfico (PLG) foi idealizado e elaborado pelo professor Salvador

Escala Milá, do Instituto Psicotécnico de Barcelona, na Espanha. No Brasil, esse

teste teve validação com os estudos do Professor Agostinho Minicucci, na década

de 1960, que introduziu um Centro de Estudos de Grafoanálise (Análise da Escrita)

e Testes Gráficos, sendo que, na década de 1970, o uso do Palográfico foi difundido

largamente no país.

O teste Palográfico (PLG), pode ser entendido como a avaliação da

personalidade com base na expressão gráfica. A folha de papel representa o mundo

no qual o indivíduo se coloca afetivamente e a maneira pela qual ele se relaciona

com o meio externo, através dos traçados. Ao escrever, projetamos sobre o papel

formas simbólicas, vivas em nós, que expressam nossa vida interior, ou seja,

modificamos as formas tradicionais ou caligráficas, de acordo com as ideias

conscientes e as imagens inconscientes que determinam a nossa personalidade.

Segundo Vels (1982) o teste é aplicável da mesma forma a crianças desde

aos 8 anos, adolescentes e adultos. É um teste simples e consiste na realização de

traços verticais de sete milímetros de altura, com espaço de dois e meio milímetros

entre eles. Sua aplicação é dividida em duas partes, tendo a primeira duração de

dois minutos e trinta segundos, não devendo ser avaliada, mas apenas com o

objetivo de diminuir as inibições naturais que os testes produzem nos indivíduos. A

segunda parte possui caráter avaliativo e dura cinco minutos, sendo controlado o

tempo de realização a cada minuto, no qual se diz a palavra “sinal” quando o

examinando deve fazer um traço horizontal e continuar a tarefa.

O teste Palográfico é um teste expressivo de personalidade, segundo Van

Kolck (1984, p.2), em que “o ato de desenhar está presente e junta à adaptação, à

expressão e à projeção, e mais do que qualquer produção pessoal deve ser

analisado cuidadosamente”.

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A adaptação refere-se à adequação em relação a tarefa solicitada, isto é,

realizar uma tarefa de modo convencional, original ou fantasioso, bem como a

execução está de acordo com idade e sexo. A expressão significa o estilo peculiar

da resposta do sujeito, que se revela através das qualidades gráficas. A projeção é

avaliada por meio da atribuição de qualidades às situações e objetos, que aparecem

no conteúdo e na maneira de tratar o tema.

Segundo Wolf e Precker (1951), o comportamento adaptativo é aquele que é

determinado pelo material com que se trabalha ou pela situação. O comportamento

projetivo se refere á atribuições de suas próprias necessidades e qualidade aos

outros, sem ter consciência desse processo. O comportamento expressivo consiste

no estilo da resposta, isto significa que diante de uma mesma tarefa cada pessoa

analisa a situação de maneira característica e individual e emprega o material ou

organiza a situação de modo diferente.

O simbolismo do espaço tem sido estudado pela significação do movimento

voluntário ou involuntário do indivíduo, movimento esse que significa uma função

das relações entre o indivíduo e seu mundo. A atividade gráfica ocorre por

deslocamentos no plano horizontal e vertical, podendo seguir em três direções, no

plano horizontal, quais sejam: para a esquerda ou para trás, reta ou vertical e para a

direita ou para frente; já no plano vertical existem três zonas: superior, média e

inferior.

De acordo com Klages (1959), a inclinação da escrita para a direita significa

um predomínio dos sentimentos sobre a razão em proporção à respectiva inclinação.

Ele afirma que “na formação de todos os movimentos humanos contribui a

expectativa inconsciente do seu resultado” (p.124). Assim, a interpretação da

inclinação da escrita ou dos traçados do Teste Palográfico pode ser feita com base

no simbolismo do espaço. A inclinação varia, em adultos, de 30o a 130o, em relação

ao nível horizontal e o grau de inclinação demonstra diferentes aspectos do

comportamento.

As margens no teste Palográfico estão relacionadas ao simbolismo no

espaço. A margem esquerda está ligada ao passado, a fixação em certos períodos

do desenvolvimento psicossocial, à introversão, ás regras e a segurança. A margem

direita está ligada a figura de autoridade, ás situações novas, ás metas e aos

objetivos, ás mudanças, á capacidade de se adaptar a mudanças. A margem

superior está relacionada com a harmonia com que o indivíduo realiza sua tarefa, á

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capacidade de lidar com as situações sociais e com o controle de suas reações em

um ambiente social (Pierry Neto, 2002). É importante considerar que, quando

começa a escrever cada linha , tem-se mais cuidado e atenção no início do que no

final da linha, por isso, é mais frequente que a margem esquerda seja mais

ordenada do que a direita.

A distância entre as linhas está ligada aos relacionamentos interpessoal,

segundo Pierry Neto (1995). A proximidade entre as linhas indica que o sujeito

deseja proximidade com o outro e o aumento das linhas revelam que ela quer

manter uma distância em relação aos outros. O fato das linhas se tocarem ou

cruzarem mostram um comportamento de excesso de proximidade em relação ao

outro, sem respeitar limite. A distância normal entre os palos é aquela que não há

contato entre a linha inferior com a parte superior da linha seguinte. Simón (1992)

considera que um espaço adequado entre as linhas revela clareza de ideias,

distâncias em termos físicos e psicológicos, além do aproveitamento da energia.

Outro fato considerado em relação as margem é que linhas muitas espaçadas

indicam energia que se dissipa ou dificuldades de relacionamento com os outros,

com tendência ao isolamento, tanto físico como psicológico.

A direção das linhas é uma característica gráfica que varia mais do que todas

as outras, por isso, a interpretação da direção da escrita está relacionada com as

disposições de humor, simbolizando estados de ânimo momentâneos ou

duradouros.

A pressão da escrita significa firmeza nas atitudes. Uma pressão média ou

normal representa capacidade de planejamento, equilíbrio. Se for irregular ou

interrompida, pode representar personalidade instável, emotividade, impulsividade,

nervosismo etc.

A organização no Palográfico segundo Simón (1992), a organização interna

da escrita fornece ideias sobre a estrutura geral da personalidade do sujeito. Uma

escrita ordenada significa ideias claras, raciocínio lógico, capacidade de organização

no ambiente de trabalho, canalizam bem energias e assim obtém um rendimento

satisfatório. Já a escrita desordenada representa pessoas com dificuldades de

organização geral, além de apresentar confusão de ideias. A forma de organizar os

palos no teste reflete o grau de apego as normas, à disciplina, o grau de controle

emotivo e a capacidade de trabalhar ordenadamente.

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Para Vels (1982), a rapidez do grafismo revela a vivacidade dos processos

motores, psíquicos e mentais, bem como a atividade, a prontidão da compreensão,

da assimilação e da decisão. No Palográfico a velocidade está relacionada ao

número de traços que o examinado consegue fazer em cada tempo e no total do

teste.

A irregularidade ou à regularidade do ritmo no Palográfico é avaliada pelo

nível de oscilação rítmica (NOR), que é uma comparação do número de palos

realizados em cada intervalo de tempo. Se o ritmo é considerado normal, indica

estabilidade emocional, constância, perseverança no trabalho, boa adaptação em

relação a vida social, profissional e familiar.

Os arpões no teste em questão significam autoritarismo e intransigências.

Eles podem aparecer no teste na parte superior ou inferior dos traços.

No teste Palográfico, o tamanho e largura estão relacionados com a distância

entre os traços (palos). O tamanho dos desenhos representa uma projeção do

autoconceito do indivíduo. No teste Palográfico, o tamanho e largura estão

relacionados com a distância entre os traços (palos).

A distância entre os traços do palo pode ser considerada em função do

simbolismo do espaço. Quando existir distâncias maiores, significa uma maior

extroversão e quanto menor a distância, mas introversão.

2.1.3.5 HTP

O H.T.P. (House-Tree-Person) é o teste de desenho da Casa-Árvore-Pessoa,

idealizado por John N. Buck, em 1948. Partiu do princípio de que estes temas são

bastante familiares a todas as pessoas, mesmo na mais tenra idade, o que facilita a

idealização dos desenhos, facilitando a projeção de suas experiências internas.

Segundo Hammer (1981), “o HTP investiga o fluxo da personalidade à medida

que ela invade a área da criatividade artística” e, mesmo que haja uma infinidade de

possibilidades nos tipos de figuras desenhadas, é possível se fazer uma avaliação

quantitativa e qualitativa, utilizando-se das simbologias, que torna a técnica

fidedigna.

O teste consiste em se submeter uma folha em branco com o tema Casa,

Árvore e Pessoa. Através da análise do desenho produzido busca-se um traço de

personalidade: a imagem interna de si mesmo e de seu ambiente. Considera-se, no

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teste HTP, que os desenhos têm grande poder simbólico, reveladores de

experiências emocionais e de ideais ligados ao desenvolvimento da personalidade.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Ética – A presente pesquisa segue as exigências éticas da Resolução

196/96 do Conselho Nacional da Saúde, que remete a questão da Ética em

Pesquisa com Seres Humanos e a assinatura dos Sujeitos de Pesquisa no termo de

Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE;

A identidade dos sujeitos da pesquisa foi preservada, conforme apregoa a

Resolução 196/96 do CNS-MS, visto que, não foi necessário identificar-se ao

responder o questionário. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE).

3.2 Tipo de pesquisa – Exploratória, descritiva, transversal, de dupla abordagem,

quantitativa e qualitativa.

3.3 Universo Estudado – Foram estudados psicólogos de clínicas credenciadas

junto ao DETRAN, das cidades de São Luís – MA e de Poços de Caldas – MG.

3.4 Sujeitos da Amostra – escolhida por conveniência, não randomizada,

quando dez profissionais, foram convidados para participar da pesquisa, no período

de julho de 2012.

3.5 Instrumentos para coleta de informações – Construiu-se um instrumento

estruturado, um questionário, com perguntas objetivas que levaram a respostas

abertas e fechadas. Composto por dez perguntas, que abrange a caracterização dos

sujeitos, com variáveis incorporadas tais como idade, sexo, tempo de atuação

cidade e estado de atuação, procedimentos utilizados na avaliação psicológica,

testes utilizados na avaliação psicológica, autonomia das escolhas de

procedimentos e relação ente os profissionais que atuam na área de trânsito.

3.6 Procedimentos para a coleta de dados – Na oportunidade, o questionário

foi entregue pessoalmente aos profissionais, num total de 10 participantes, que

concordaram em responder e participar da pesquisa. Não aconteceu nenhuma

recusa e nem desistência durante a participação.

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3.7 Procedimentos para análise dos dados – Os dados quantitativos foram

tabulados com auxílio do software Microsoft Office Excel 2007, para o tratamento

estatístico. As questões respectivas às respostas abertas para a parte qualitativa

recorreu-se a de Análise de Conteúdo, de autoria de Laurence Bardin, enquanto

técnica para dar sentido às falas dos sujeitos que atenderam ao questionário.

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Verifica-se nos dados apresentados na Tabela 01, que das clínicas

pesquisadas 60% eram coordenadas pelo gênero feminino, o que vem a demonstrar

a característica profissional do gênero feminino dentro do núcleo da profissão de

psicólogo. Podemos inferir, no entanto, que na perspectiva de gestão do trabalho, as

psicólogas vêm protagonizando-se no mercado de trabalho. Sendo que, alguns

profissionais, trabalhavam apenas há um ano nas clínicas de Trânsito e outros

tinham mais de dez anos de atuação como perito examinador.

Tabela 1 – Caracterização dos sujeitos, segundo gênero, sexo, faixa etária e tempo de

experiência nas Clinicas de Trânsito das cidades de São Luís – MA e de

Poços de Caldas – MG. Maceió. 2012

(n = 10) f % Gênero

Masculino 04 40,0 Feminino 06 60,0

Faixa Etária – Masculino

30 – 35 02 20,0 36 – 40 00 00,0 41 – 45 01 10,0 46 – 50 01 10,0

Faixa Etária – Feminino

30 – 35 02 20,0 36 – 40 02 20,0 41 – 45 01 10,0 46 – 50 01 10,0

Tempo de Experiência – Masculino

1 – 5 02 20,0 5 – 10 01 10,0 Maior que 10 01 10,0

Tempo de Experiência – Feminino

1 – 5 02 20,0 5 – 10 02 20,0 Maior que 10 02 20,0

Fonte: Dados da pesquisa.

Em relação ao credenciamento do psicólogo perito nas clínicas de trânsito,

nossas observações apontam que para os profissionais de Poços de Caldas – MG, é

solicitada a documentação do DETRAN-MG e a prova teórica sobre Psicologia do

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Trânsito, com acerto de no mínimo 70%. Já para os Profissionais de São Luís do

Maranhão a exigência do DETRAN-MA é tão somente a documentação do

profissional.

No que se refere aos procedimentos na utilização da avaliação, quando

questionado os sujeitos, verificou-se que todos apontaram para a forma combinada

favorável, isto que dizer, tanto para a entrevista quanto para os testes psicológicos.

Ressaltamos que ao serem questionados, a maioria dos profissionais

confessa sentir-se seguro em relação à manipulação dos testes, conforme

demonstra os resultados no Gráfico 01..

Gráfico 01 – Percepção de segurança na manipulação dos testes pelos profissionais nas Clinicas de Trânsito das cidades de São Luís – MA e de Poços de Caldas – MG. Maceió. 2012.

Fonte: Dados da pesquisa.

Após a aplicação dos questionários verificou-se que todos os profissionais

entrevistados utilizam como procedimentos para avaliação psicológica para a

obtenção de Carteira Nacional de Habilitação (CNH), a técnica de entrevista e à

aplicação de testes psicológicos, porém, percebeu-se a diversidades de testes

escolhidos para esse processo, Gráfico 02. Os profissionais da cidade de Poços de

Caldas utilizam o teste Pfister e AC (Atenção Concentrada), pois, esses testes são

determinados pelo DETRAN-MG. Detectou-se que nas clínicas da cidade de São

Luís do Maranhão os testes utilizados são variados, tais como Atenção Concentrada

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(AC), Teste não verbal de Inteligência (R1), House-Tree-Person (HTP), e Teste

Palográfico.

Gráfico 02 – Distribuição dos testes autonomamente utilizados pelos profissionais nas Clinicas de Trânsito das cidades de São Luís – MA e de Poços de Caldas – MG. Maceió. 2012

Fonte: Dados da pesquisa.

Os resultados apontam ainda para uma variedade de testes que estão sendo

utilizados nas clínicas de trânsito. Devido à imposição de procedimentos e testes

para a avaliação psicológica de alguns DETRANS, percebeu-se uma insegurança

em relação ao manejo da aplicação dos testes por parte de alguns profissionais,

profissional que relatou: “o fato dos DETRANS estabelecerem os testes que devem

ser utilizados, podem levar a alguns profissionais a aplicarem testes ao qual não

tenham domínio” (Girassol, 10 anos de atuação como perito).

Os sujeitos entrevistados partem do princípio que há diversidades referentes

aos procedimentos das avaliações psicológicas; referem que alguns profissionais

estão desmotivados, fato esses abstraídos das falas de um profissional que reporta

nas suas considerações: “as diferenças de valores cobrados pelas avaliações

psicológicas nos estados brasileiros são muito grandes, fato que provoca um

sentimento de inferioridade em relação aos profissionais que recebem valores

maiores para realizar o mesmo trabalho” .(Gramídia, 12 anos de atuação).

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Outro fato a ser considerado na pesquisa foi o discurso do profissional que

alegam sentir-se “incomodado com a falta de literatura e de pesquisas na área de

trânsito, além de uma maior interação entre os profissionais dessa área, pois esses

lutam isoladamente em seus estados por melhorias” (Gérbera, 2 anos de atuação

nas clínicas de trânsito).

No que tange a animosidade entre os profissionais de psicologia que atuam

na Área de Trânsito, uma parte confessa acreditar na existência de uma boa relação

enquanto uma outra parcela, desacredita. A pergunta que nós fazemos é que, se

esse fato não estaria ancorado na competição do mercado?!

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Salienta-se a partir dos resultados encontrados que o fato de alguns

Departamento Nacional de Trânsito (DETRAN) estaduais determinarem os testes a

ser aplicados, isso pode levar alguns profissionais a investirem em testes com os

quais não tenham familiaridade, domínio suficiente, levando a um comprometimento

no processo de avaliação psicológica. Essa inferência que se levanta pode ser

seguida no relato de alguns sujeitos entrevistados.

Constatou-se que a ética é de extrema importância para este profissional que,

dentre outros, vai lidar com testes, os quais são de uso privativo do psicólogo,

estando em foco seu sigilo e o respeito para com o cliente. O profissional também

terá que ter uma postura íntegra e segura das normas éticas, esteja ela dentro do

Código de Ética do Psicólogo, ou de uma ética pessoal, singular. Fazendo esse

trabalho, pôde-se constatar que existem divergências entre as técnicas utilizadas

pelos psicólogos. No entanto o perito do trânsito tem a responsabilidade na

aprovação de futuros motoristas, e por isso seu trabalho deve ser realizado de uma

forma séria e seguindo todas as normas de procedimentos exigidas pelo DETRAN

dos respectivos estados brasileiros, além de obedecer as normas para os

procedimentos de avaliação psicológica, pois, se o trabalho for feito de uma maneira

insuficiente, poderá influenciar no número de acidentes, direta ou indiretamente.

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− ____________. Resolução CFP nº 007/2009. Revoga a Resolução CFP nº 012/2000, publicada no DOU do dia 22 de dezembro de 2000, Seção I, e institui normas e procedimentos para a avaliação psicológica no contexto do Trânsito. 2009.

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APÊNDICE

QUESTIONÁRIO

Levantamento de dados para a construção da monografia para o curso de

especialização psicologia de trânsito da UNIP

1- Dados Iniciais

Idade _______ Sexo _______

2- Tempo de atuação como perito de trânsito ___________

3- Cidade e estado que trabalha na área de Trânsito ___________

4- Como é realizado o credenciamento do psicólogo perito nas clinicas de trânsito

no seu estado?

5- Quais procedimentos utiliza na avaliação psicológica para a obtenção de CNH

(Carteira Nacional de Habilitação)?

a) Entrevistas b) testes psicológico c) ambos

6- Como você se sente em relação a manipulação dos testes que utilizam?

a) Seguro b) Inseguro c) muito seguro

7- Quais os testes que você utiliza no processo de Avaliação Psicológica no seu

estado?

8- No seu estado, o profissional tem autonomia para as escolhas dos testes

psicológicos? a) Sim b) Não

9- Você acredita que exista uma boa relação entre os profissionais de psicologia

que atuam na Área de Trânsito? a) Sim b) Não

Obrigada(o) pela sua participação!!!

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ANEXO

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Eu, Luciana Cavalcante Marques e Silva, responsável pela pesquisa Divergências e

Convergências: Diferenças na Avaliação Psicológica para obtenção de Carteira Nacional de

Habilitação (CNH) na cidade de São Luís-MA e Poços de Caldas-MG, estou fazendo um convite para

você participar como voluntário deste nosso estudo. Esta pesquisa pretende identificar os

procedimentos que estão sendo utilizados nas clinicas de trânsito das cidades de São Luís-MA e

Poços de Caldas-MG. Acredito que ela seja importante pela lacuna de conhecimento existente na

área, assim como os poucos trabalhos encontrados na literatura científica. Sua participação constará

de preenchimento de questionário.

Durante todo o período de pesquisa você tem o direito de tirar qualquer dúvida, ou pedir qualquer

outro esclarecimento, bastando para isso entrar em contato, com a pesquisadora.

Você tem garantido o seu direito de não aceitar participar ou retirar sua permissão, a qualquer

momento, sem nenhum prejuízo pela sua decisão. As informações dessa pesquisa serão

confidenciais, e serão divulgadas apenas em publicações científicas, não havendo identificação dos

voluntários, a não ser entre os responsáveis pelo estudo, sendo assegurado o sigilo sobre sua

participação.

Eu _______________________________________________, após a leitura deste

documento e ter tido a oportunidade de conversar com a pesquisadora responsável, para

esclarecimento e tirar todas as minha dúvidas, acredito estar suficientemente informado(a), ficando

claro para mim a minha participação voluntária. Diante do exposto expresso minha concordância de

espontânea vontade em participar deste estudo.

________________________________________

Assinatura do Voluntário

________________________________________

Assinatura da Testemunha

Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE) deste voluntário para a participação neste estudo.

Dados dos Pesquisadores:

Nome, endereço, telefone, endereço eletrônico

Dados do CEP responsável pela autorização da pesquisa

Endereço, telefone, endereço eletrônico