monografia retificada

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 Alice Modna Carmen Sílvia Ozéas Picoli Torres Paloma Guimenti de Oliveira Melo MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL: SUA ORIGEM E REPERCUSSÃO NA GESTAÇÃO Bragança Paulista

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Alice Modna

Carmen Sílvia Ozéas Picoli Torres

Paloma Guimenti de Oliveira Melo

MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL:

SUA ORIGEM E REPERCUSSÃO NA GESTAÇÃO

Bragança Paulista

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2010

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Alice Modna – R.A: 001200802566

Carmen Sílvia Ozéas Picoli Torres – R.A: 001200601976

Paloma Guimenti de Oliveira Melo – R.A: 001200601948

MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL:

SUA ORIGEM E REPERCUSSÃO NA GESTAÇÃO

Monografia apresentada à disciplina deTrabalho de Conclusão de Curso, do Cursode Enfermagem, da Universidade SãoFrancisco, sob orientação da Prof a. GrazielleBertolini, como exigência para a conclusão docurso de graduação de Enfermagem.

Bragança Paulista2010

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 AGRADECIMENTOS

 Agradecemos primeiramente a Deus por ter estado ao nosso

lado durante todo o tempo, guiando e iluminando nosso

caminho durante essa pequena jornada.

  A nossa família, que nos acompanhou nessa batalha, nos

incentivou a não desistir nunca e agora se orgulha de nosso

esforço.

 Aos nossos professores pela incrível capacidade de ensino, pela

amizade e carinho passado a nós alunas.

Pelas amizades conquistadas durante esses quatro anos de

vida acadêmica.

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DEDICATÓRIA

.¨.....É incansável buscar o conhecimento!

Interminável é sua procura!

 Aos mestres, que nos abreviam esta procura!

O reconhecimento sempre!!!.....¨

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SUMÁRIO

MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL: ...............................................................................1

SUA ORIGEM E REPERCUSSÃO NA GESTAÇÃO ..............................................................................................1

MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL: ...............................................................................6

SUA ORIGEM E REPERCUSSÃO NA GESTAÇÃO ..............................................................................................6

SUMÁRIO .......................................................................................................................................................................9

REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................................................................................14

JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................................................23

OBJETIVOS .................................................................................................................................................................24

ENFOCAR SOBRE OS MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL: MOSTRANDO SUA ORIGEM E REPERCUSSÃO DURANTE A GESTAÇÃO .........................................................................24

METODOLOGIA .....................................................................................................................25

5.1 Tipo do estudo ..........................................................................................................25

5.1.2 População e amostra .......................................................................................................25

5.1.4 Critérios de exclusão ......................................................................................................25

5.1.5 Instrumento de coleta de dados ......................................................................................26

5.1.6 Coleta de dados ...............................................................................................................26

5.1.7 Analise dos dados ...........................................................................................................26

QUESTIONÁRIO IMPLANTADO ...........................................................................................................................33I - CARACTERÍSTICAS SÓCIODEMOGRÁFICAS E A HISTÓRIA OBSTÉTRICA ...................................33

II - MITOS ...................................................................................................................................................................33

Apêndice 2: Autorização ..........................................................................................................34

PESQUISA: MITOS E TABUS NO CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL: QUAL SUA ORIGEM E

REPERCUSSÃO NA GESTAÇÃO ...........................................................................................................................35

7 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................................36

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................36

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INTRODUÇÃO

Tabu, na literatura antropológica, se refere a indivíduos, coisas ou palavras cuja

qualidade é objeto de temor ou suscetíveis à proibição e, em qualquer circunstância, os

tabus são mais restritivos a respeito do comportamento interativo da mulher. Para algumas

mulheres, por exemplo, é tabu lavar a cabeça no puerpério, enquanto estão eliminando

lóquios. A perda do sangue é considerada perigosa, e a mulher se resguarda de lavar a

cabeça para que não reverta este sangramento vaginal para a cabeça, pois se isso ocorrer,a mulher poderá, conseqüentemente, ficar louca (BRASIL, 2001).

Na gravidez e no puerpério, as proibições e instruções deste tipo têm a força de tabu,

conceito existente de várias formas em todas as culturas, e negligenciar um tabu pode gerar 

uma punição por parte das forças espirituais ou dos deuses (MENDES, 2003).

Os mitos fazem parte das interpretações que cada sociedade tem sobre a realidade.

Mito tem por objetivo justificar, racionalizar e legitimar realidades socioculturais. No caso da

maternidade, ele se prende às diferenças do papel social entre os dois sexos o que é

apropriado para homens ou para as mulheres (BRASIL, 2006).

Cada cultura elabora seu próprio código mitológico, sendo que quanto mais rígida a

educação, maiores serão os preconceitos e os tabus. A maternidade é rodeada uma

infinidade de mitos, superstições e crenças que só ajudam a desinformar e a tirar o sono das

futuras mães, porém algumas coisas podem ser verdade (ARAUJO, 1997).

O período puerpério é exatamente dividido em três fases: imediato, considerado

tarde e remoto. A primeira fase corresponde ao período compreendido do 1º ao 10º dia pós-

parto, durante o qual se desenrolam todas as modificações necessárias ao retorno do

funcionamento do organismo da mulher ao estado anterior à gravidez; o tardio que vai do

11º ao 25º, onde se desenrolam todas as manifestações involutivas de recuperação e

regeneração da genitália materna, e seguido do remoto, com término impreciso, na

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dependência da lactação, normalmente em torno de 6 semanas, permeados por processos

físicos, sociais e psicológicos, inerentes à maternidade (REZENDE, 1995,p.68).

Considerando as modificações citadas acima e adaptações vivenciadas pela mulher no puerpério, passa-se assim acredita-ser na importância de prestar uma atenção bastante

peculiar e específica a este período, reconhecendo a individualidade e visando assim um

atendimento humano concordando com o que proclama o Ministério da Saúde que “a mulher 

neste momento, como em todos os outros, deve ser vista como um ser integral, não

excluindo seu componente psíquico” (BRASIL, 2001, p. 175).

Os autores Canella e Maldonado apud Mendes1

(2003), afirmam em seu contexto

que o puerpério vem acoplado a vários vínculos muitos deles peculiares que necessitam ser 

abordados com atenção. Da mesma forma como na gestação a função do profissional de

saúde não deve estar restrita aos procedimentos para avaliação física; na consulta

puerperal a ação do profissional não deve consistir apenas em na realização de exame

físico, como examinar a incisão da episiotomia, ou da cesárea e receitar remédios.

“Também tem como função prestar assistência adequada às necessidades emocionais da

mulher, perguntando: ‘como está’, ao invés de perguntar com a afirmativa ‘tudo bem com

você, não é?’ ” (p. 39). Este tipo de atuação é necessário para que se possibilite um clima

de liberdade, onde a mulher sinta-se à vontade, podendo dessa forma expressar o que de

fato sente, o que vivencia neste período.

Vivendo a mulher o período puerpério, tem necessidade tanto de atenção física,

como psicossocial, não devendo a concentração das atenções estar apenas no bebê, pois

há o risco de que isso seja interpretado pela puérpera como descaso às suas necessidade;

o foco da atenção, nesse momento, deve ser a mulher. Ao prestar cuidados à puérpera,

deve-se estar atento e disponível para perceber a necessidade de cada mulher em ser 

ouvida (MENDES, 2003,p.93).

1 Os autores Canella e Maldonado apud Mendes (2003), afirmam em seu contexto que o puerpério vemacoplado a vários vínculos muitos deles peculiares que necessitam ser abordados com atenção. Da

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mesma forma como na gestação a função do profissional de saúde não deve estar restrita aosprocedimentos para avaliação física

Com fundamentos na teoria do autocuidado desenvolveremos no trabalho de

conclusão de curso a prática assistencial, atuando na promoção da saúde da mulher 

identificando déficits de autocuidado, auxiliando as puérperas desenvolverem o seu

potencial para autocuidarem-se. Evidenciando os conceitos e pressupostos que diz respeito

a influência de fatores individuais como crenças, valores, conhecimentos e contexto sócio-

econômico-cultural sobre a capacidade das mulheres relaizarem ações para o autocuidado.

 Além disso, contribuiu imensamente para a nossa formação profissional já que entendemos

que o autocuidado é algo aprendido e que o Enfermeiro possui responsabilidades em cuidar e atender os requisitos para o autocuidado terapêutico da população a qual presta

assistência, sendo o mesmo, um agente de formação e transformação da sociedade

(REZENDE, 1995, p.48).

Todos sabem que a mulher passa por vários momentos desde a gravidez até o

período de pós-parto, chamado de puerpério. Diversos são os medos, angústias,

ansiedades, dúvidas, sobre como será o parto. Desta forma uma grande parte dessas

sensações transcorrem nesse momento e acompanham a mulher em todo ciclo gravídico-

puerperal. Devido a estes fatores ocorrerem é que existem muitos mitos e tabus no período

de gravidez das mulheres, e isto geralmente acontece entre mulheres com baixo nível de

escolaridade, ou seja, quanto menos informação é obtida neste ciclo, maiores são os tabus.

  Toda a assistência não deve apenas ter como base os aspectos físicos, pois,

necessita e pode ser potencializada especialmente pela compreensão dos processos

psicológicos que envolvem o período puerperal (BRASIL 2006).

Nesse sentido, e considerando a assistência integral à Saúde da Mulher, torna-se

necessário que o profissional de saúde, ao prestar assistência à puérpera também leve em

consideração a sua história de vida, os seus sentimentos e o ambiente em que vive

estabelecendo uma relação de confiança e que valorize a individualidade de cada mulher 

Foi por meio de uma prática educativa que os tornem capazes de legitimar e

reivindicar seus direitos, participar ativamente das decisões que envolvem o processo de

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parto e nascimento e tornar a experiência mais prazerosa, satisfatória e segura para ambos

sem deixar prevalecer os mitos e tabus adotados em épocas passadas.

Sendo assim consideramos importante identificar os mitos junto as gestantes epurpúreos e esclarecer as mesmas acerca destas questões.

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REVISÃO DE LITERATURA

Todo o ser humano sofre mudanças diárias decorrentes das mudanças, da

desorganização momentânea dos seus referenciais, de certa forma é acometido por 

eventualidades estressantes. Por diversas vezes, essas transformações vêm sob o aspecto

de crises existenciais que se tomam por decisões sem retorno na vida de uma pessoa.

Trata-se de “deixar de ser” para “passar a ser” (ARAÚJO, 1997, p.97)

No pensamento da sociedade de épocas passadas, a maternidade nada mais era o

ápice da vida da mulher. A igreja, muito influente, associava-a à imagem da virgem que

pariu o Salvador, encorajando as mulheres ao culto cristão, à divindades femininas que,

através dos valores aceitos para a época, foram exemplos a serem seguidos (ARAÚJO,

1997.p.96).

Desta maneira, em tempos antigos, a concepção, a gestação e o parto, eram alvos

de dúvidas e inquietações e, de acordo com os estudos de Thomasset (2003, p.55) e

Zampieri (1998), se estenderam também para a idade média. No início da idade média, a

mulher continuava sendo vista como instrumento de procriação da espécie. Nesse contexto

iniciaram-se estudos da anatomia e fisiologia feminina durante a concepção, a gravidez e o

parto, originando as enciclopédias medievais. A importância desses escritos encontrava-se

na difusão do conhecimento entre os médicos e pessoas cultas que manifestassem

interesse (THOMASSET, 2003, p.56). O cuidado continuava centrado na procriação, ou

seja, na perpetuação da espécie (VECCHIO, 2000, p.79).

 Até o final da idade média, os “segredos” da concepção e gestação continuavam

desconhecidos e as práticas e os saberes relacionados à gravidez e ao nascimento eram de

domínio quase que exclusivamente feminino. Optiz (1990, p.35), neste sentido, refere que o

pudor impedia o acesso masculino ao nascimento e as intervenções necessárias eram

realizadas, em sua maioria, pelas parteiras. A detecção da gravidez, na maioria das vezes,

ficava por conta da própria mulher, que confirmava o “diagnóstico” a partir dos primeiros

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movimentos fetais, seguidos do volume da barriga. Por conseqüência, o tempo exato da

gestação e o processo de desenvolvimento não eram conhecidos, o que dificultava muito o

seu acompanhamento e eventuais intervenções (OPTIZ, 1990, p.36).O final do século XIV foi marcado por questionamentos de médicos e teólogos em

relação às práticas femininas no controle e cura das doenças, bem como a utilização de

poções e cuidados relacionados à gravidez e ao nascimento. Esses questionamentos

culminaram com a perseguição das mulheres, consideradas “bruxas”, por mais de quatro

séculos e resultaram no movimento católico e protestante denominado “Santa Inquisição”

(FRUGONI, 1990,p.67).

Entre os séculos XV e XVI foram realizadas milhares de execuções pela Europa. A

resistência da medicina oficial contra uma medicina popular e feminina e o medo da igreja

de perder o poder sobre a população, que até então considerava a dor uma forma de

remissão dos pecados, deu força ao movimento (FRUGONI, 1990, p.68).

Mesmo assim, as práticas obstétricas, diferentes das demais práticas médicas,

continuaram sob domínio feminino até meados do século XVIII, quando as teorias e os

escritos médicos ganharam força, caracterizando a gravidez e o nascimento como

momentos de dor, sofrimento e risco, como condição patológica que apresentava

manifestações físicas e comportamentais, necessitando assim, de intervenção qualificada

(BERRIOT-SALVADORE, 1990). Então, a partir disso, o brilho e o mistério do nascimento

foram diminuídos quando os médicos, homens, passaram a exercer poder sobre o

nascimento, mostrando à mulher que ela dependia do saber e do poder masculino e

especialista. Araújo (1997) comenta que esses especialistas homens mapeavam o corpo

feminino a partir de um saber próprio e inventavam interpretações para o seu

funcionamento, com suas respectivas prescrições.

Na verdade, quando a viabilidade da cesariana foi demonstrada através dos escritos

de Rousset, em 1630 (BERRIOT-SALVADORE, 1990), e o fórceps foi utilizado por 

Chambeerlein, em 1677 (OLIVEIRA et al., 2002), o início do período moderno da obstetrícia

 já iniciava, sob tutela médica e masculina. O surgimento das maternidades-escola, durante o

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século XVIII, contribuiu para a medicalização completa do parto e do nascimento, uma vez

que eles já eram reconhecidos como fenômenos patológicos (BEAUVALET-BOUTOUYRIE,

2002, p.123).Nos dias atuais, os aspectos emocionais da gravidez, do parto e do puerpério são

por demais reconhecidos, havendo uma convergência da maioria dos estudos para a idéia

de que esse período é um tempo de grandes transformações psíquicas. Faisal-Cury e

Menezes (2006, p.172) destacam que “o puerpério parece ser período de maior risco para o

surgimento ou piora de distúrbios ansiosos, que nesta fase apresentam características

particulares e causam problemas específicos”, como por exemplo, efeito negativo sobre a

galactopoese e sobre a qualidade do vínculo mãe-bebê devido à ansiedade materna.

No pré-natal os profissionais de saúde devem esclarecer sobre todo o ciclo

gravídico-puerperal, utilizando uma linguagem popular buscando uma interação e formação

de vínculo, pois nesta fase, a mulher encontra-se vulnerável e necessita de muito apoio.

(MENEZES 2006, p.173)

Isso também é válido quanto às informações referentes ao puerpério, pois a mulher 

passa por um momento de adaptação com a chegada do bebê e com as mudanças que

ocorrem em seu organismo. Com isso percebe-se que com um Pré-Natal de qualidade e

humanizado, a mulher estará melhor preparada para enfrentar o momento do Parto e

vivenciar de maneira mais harmoniosa e segura o Puerpério. (MENEZES 2006, p.173)

O ciclo gravídico-puerperal da mulher envolve situações em que a mesma encontra-

se vulnerável sujeita a várias complicações e com muitas dúvidas acerca de todas as

mudanças que ocorrem nesta fase, e é por este motivo que se faz necessário uma avaliação

das informações advindas destas mulheres. (MENEZES 2006, p.174)

Dessa maneira, os dados nos levam a refletir que, o fato de a adolescência ser uma

fase do ciclo vital onde ocorre um processo de maturação biopsicossocial, acaba por 

interferir quando a maternidade ocasiona na mulher uma “interação entre a crise da

adolescência e a crise da gravidez”. (BARBOSA et al. 2004, p. 598).

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Os valores culturais como citado acima faz-se muito persistente em nossa

sociedade, onde a maioria das mulheres acreditam que devem permanecer em seus lares,

ocupando-se apenas com tarefas domésticas e com a criação dos filhos.De acordo com Santos et al (2003, p. 340), “a saúde da mãe, antes e durante a

gestação, tem um profundo efeito sobre o crescimento e desenvolvimento do feto e o

nascimento”.

2.1 As Doenças Especifica da Gestação (DHEG)

A Doença Hipertensiva Especifica da Gestação (DHEG) é uma patologia

multissistêmica, ocorrendo habitualmente no final da gravidez, sendo caracterizada por 

manifestações clínicas associadas e peculiares: “hipertensão arterial, edema e proteinúria

significante “(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008. p. 21).

Nas suas formas mais graves, em virtude da irritabilidade do sistema Nervoso

Central (SNC), instalam-se convulsões e/ou coma, sendo então denominada de Eclâmpsia

(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008. p. 22).

Eclâmpsia é definida pela presença de convulsões tônico-clônicas generalizadas

seguidas ou não de coma, não atribuíveis a outras causas em pacientes com pré-eclâmpsia.

 Assim fica claro que, não existe eclâmpsia sem pré-eclãmpsia; ela é a forma mais grave da

mesma doença. (CORRÊA, 1994.p.165)

 Acompanhada frequentemente por alterações funcionais em múltiplos órgãos, tais

como do sistema cardiovascular, o SNC, os rins e o fígado, a eclâmpsia é responsável por 

uma parcela significativa dos casos de mortalidade materna e perinatal.

Segundo dados do Ministério da Saúde (2000, p.49), ”ocorre 1 caso para 78

gestantes com hipertensão e proteinúria, ocorrendo uma complicação em algumas

gestantes com pré-eclâmpsia, sua incidência varia desde 1:106 até 1:3448 partos, estando

significativamente aumentada em primigestas jovens e gemelares”.

  Apesar da incidência da eclâmpsia não estar associada as condições sócio-

econômicas, seu desfecho em crise convulsiva é 3 a 4 vezes mais comum em países em

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desenvolvimento. Portanto, pode refletir a qualidade de vida de uma população, seu nível de

acesso ao atendimento pré-natal e a qualidade do manejo da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia

(CORRÊA, 1994, p.168)No Brasil, muitas mulheres fazem um péssimo pré-natal, e são recebidas por 

hospitais sem condições de atendê-las. Além da má qualidade do acompanhamento da

gestação, a falta de planejamento familiar agrava esse panorama, pois muitas das mulheres

que morrem em função da gravidez, são aquelas que não a desejavam, como as

adolescentes e as mais idosas, as quais costumam cuidar-se menos e faltar mais as

consultas pré-natais (CORRÊA, 1994.p.169).

Pode haver variação de incidência de acordo com o grupo racial étnico estudado,

visto que, a hipertensão é um fator de risco de morte maior em mulheres da raça amarela e

negra. (CORRÊA, 1994.p.170).

Diagnosticar precocemente os sinais que indicam riscos para a gestante é papel

relevante e fundamental para que o Enfermeiro adote conduta adequada, o mais

precocemente, no intuito de prevenir ou minimizar os riscos da D.H.E.G. (CORRÊA,

1994.p.170).

 A avaliação de riscos não é tarefa fácil. O conceito de risco estáassociado a probabilidades, e o encadeamento entre um fator derisco e um dano nem sempre está explicado ou é conhecido. Assima realidade epidemiológica local deverá ser levada em consideraçãopara dar maior ou menor relevância aos fatores mencionados(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.26).

Uma boa anamnese feita com atenção e calma são os passos iniciais para a

identificação dos sintomas sugestivos da doença hipertensiva. Apesar de todas as

avaliações feitas da USF serem baseadas em quantidade de atendimento e não na

qualidade efetiva das consultas, forçando o profissional a adotar a política da quantidade,

prejudicando a qualidade, para ser enquadrado no mercado de trabalho. Esta postura é

nociva a gestante, pois, a pré-eclâmpsia tem um inicio silencioso e poderia ser identificado

em uma consulta feita sem a pressa do atendimento de quantidade que é imposto ao

profissional. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.27).

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Quando o pré-natal é iniciado precocemente o tratamento pode significar menor 

risco a gestante e ao feto. Questionar a gestante, buscar dados em prontuários, cartões da

gestante de pré-natais anteriores, sobre alteração significativa da pressão arterial alteradadurante a gestação. Questionar se ocorreu proteinuria, edema de face de mãos e pés.

Geralmente em PSF a população tem um padrão sócio-econômico-cultural baixo, é uma boa

estratégia pedir qualquer documento (como por exemplo: exames anteriores) que possa

ajudar a formar um bom diagnóstico. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2000, p.27).

2.2 A Realidade dos Mitos e Tabus no Período Puerpério

Todas as mulheres com gestação saudável, o maior determinante para manter vida

sexual ativa e prazerosa durante todo o período é o fato de sentir-se bem em relação ao

corpo. (SILVA et al. 2005, p.132).

Muitos mitos e medos também podem causar desconfortos. Como, por exemplo, que

o bebê vai ser incomodado pela penetração o que é absolutamente impossível de

acontecer. (SILVA et al. 2005, p.132).

Para todas essas dúvidas, vale conversar com o obstetra. A gravidez também pode

parecer sagrada a alguns homens, que podem ficar com o desejo sexual em baixa. (SILVA

et al. 2005, p.132).

A mulher vaidadosa que gosta de cuidar do corpo é importante manter a auto-

estima e a sensualidade em alta. Aproveite os meses antes do bebê chegar para curtir o

parceiro, planejando programas a 2 e viagens de fim-de-semana românticas. (SILVA et al.

2005, p.132).

Lembre-se o casal vai virar uma família, e as atenções com o bebê vão dividir o

tempo que antes era apenas para vocês 2. Por isso, aproveite bastante. A proximidade

reforça os vínculos que tornam a gravidez especial e o pós-parto mais tranqüilo. (SILVA et

al. 2005, p.132).

Segundo Silva et al. (2005, p.133) segue abaixo alguns mitos e verdades que

giram em torno do período de gravidez, inclusive relacionado também as relações sexuais:

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Desejo sexual: Não existe evidência que comprove o aumento ou a redução do

desejo, a mulher passa por mudanças físicas e psicológicas, tudo isso pode influenciar na

vontade de fazer sexo.

• Penetração: O pênis não ultrapassa o colo do útero, e o bebê fica bem protegido,

não há risco de machuca-lo durante a penetração.

• Benefícios: Se a mãe faz sexo durante a gravidez, o feto também sente prazer,

durante o ato, aumenta o fluxo sanguíneo na região pélvica da mulher. Isso aumenta

o oxigênio para o feto.

• Sexo Oral: A gravidez não impede que o sexo oral seja feito normalmente.

• Posições: Cada casal vai descobrir qual posição é mais confortavél, geralmente eles

optam de lado. A mulher em cima é interssante porque ela pode controlar melhor os

movimentos. Já a posição de 4 pode ser dolorosa em certos casos.

• Enjôo: A mulher deve ingerir alimentos em poucas quantidades e com interva-los

curtos de 3 em 3 horas.

• Contração: Após a relação é normal sentir contrações, elas podem durar até 30

minutos. Ma s de 1 hora adiante passa a ser anormal.

• Gêmeos: Nos últimos 2 meses de gestação a mulher que está grávida de gêmeos

deve parar de ter relação, porque o útero fica mais distendido, qualquer estímulo no

local pode provocar o trabalho de parto.

• Sexo Proibido: Apenas para casos em que hja risco de saúde para a mãe e para o

bebê .

• Grávidas sentem mais calor: Em geral, a gestante tem menos tolerância ao calor 

porque os hormônios fazem com que haja um aumento da reserva de gordura no

corpo, o que contribui para essa sensação térmica. Com a chegada dos dias quentes

de verão, a grávida também transpira mais, o que facilita a perda de líquidos e sais

minerais.

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• Comer chocolate durante a gestação provoca cólicas no feto: MITO – O consumo de

grandes quantidades de chocolate provoca cólicas em recém-nascidos e não no feto,

segundo alguns pediatras, mas essa opinião não é unânime. Portanto, as mulheres

grávidas podem comer chocolate, desde que com moderação, devido ao grande

valor calórico do alimento. A ingestão em excesso de doces em geral aumenta o

peso e, conseqüentemente, o risco de desenvolver doenças como diabetes da

gravidez e pré-eclampsia (pressão alta, edema e liberação de proteína na urina).

•  As grávidas precisam comer por dois= MITO – A grávida deve ganhar de 8 a 12 kg. A

alimentação nessa fase tem inúmeras finalidades, entre elas manter a gestante

saudável, contribuir para a formação adequada do feto e armazenar nutrientes para

a fase da amamentação. Focada mais na qualidade do que na quantidade, a dieta

deve ter um pequeno aumento calórico e variação de nutrientes. É bom lembrar que

se deve evitar o excesso de carboidratos, dando mais prioridade a proteínas, frutas,

verduras e cereais. 4. Ficar sem comer aumenta o enjôo

• VERDADE – As gestantes não devem ficar longos períodos sem comer, pois a

liberação de ácidos no estômago vazio provoca o aumento dos enjôos. Além disso, o

 jejum aumenta os riscos de hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue), que,

além dos enjôos, pode acarretar tonturas. A solução é a dieta fracionada: comer 

porções de seis a sete vezes por dia.

•  A prática sexual pode prejudicar o bebê = MITO – Após as primeiras consultas, o

obstetra terá condições de liberar, ou não, a gestante para a prática de relações

sexuais. De acordo com estudos, durante o ato sexual ocorre o aumento do fluxo

sanguíneo na região da bacia e isso aumenta a oxigenação fetal. A prática sexual

não é recomendada em casos de anormalidades, como dilatação do colo do útero

(que geralmente ocorre no último mês da gestação), sangramentos vaginais e

trabalho de parto prematuro.

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•   A gestante não deve praticar exercícios físicos no primeiro trimestre

MITO – Como o primeiro trimestre é período de maior chance de abortamento (de

10% a 15% dos abortos espontâneos acontecem nessa fase), criou-se o mito. Mas aatividade física pode ser indicada no começo da gravidez, desde que a mulher passe

por uma avaliação médica completa e esteja livre de fatores de risco. É claro que se

for sedentária, deve ir com mais calma. Os exercícios mais indicados são os de

baixo impacto como caminhadas, ioga, natação e hidroginástica.

Na realidade Mitos e superstições têm origens diversas. Podendo ser universais,

específicos de uma família ou comuns a determinadas culturas. Entre os mais polêmicos

está o que defende a ingestão da placenta, pela mãe da criança, após o parto. Há quem

acredite que ela ajuda no processo de amamentação e na redução do risco de depressão

pós-parto, mas não há estudos suficientes que garantam os seus benefícios. (SILVA et al.

2005, p.134).

Sendo assim fica uma pergunta no ar : Por que esses mitos insistem em se perpetuar 

em uma sociedade cada vez mais globalizada e informada? Pode-ser porque a tradição

ainda seja muito forte e a informação, inacessível.

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JUSTIFICATIVA

Respeitando e valorizando os muitos sentidos associados ao termo “Mitos e Tabus”,

adoto para a condução deste estudo principalmente a premissa formulada por Freire (2005)

da humanização como libertação dos seres humanos da submissão e da passividade. Tal

libertação pode se dar através da prática educativa, onde os seres humanos envolvidos,

como sujeitos de suas próprias histórias, têm inteira capacidade para refletir, criar, recriar e

transformar a si próprios e a seus mundos. Acredito que através desta prática educativa o

ser humano busca a sua emancipação e a sua cidadania, tendo condições então de

transpor o caráter de carência a que se mantém exposto atualmente dentro das instituições

hospitalares.

Neste sentido a escolha do presente tema para este estudo pretende fortalecer as

gestantes e seus acompanhantes, por meio de uma prática educativa que os tornem

capazes de legitimar e reivindicar seus direitos, participar ativamente das decisões que

envolvem o processo de parto e nascimento e tornar a experiência mais prazerosa,

satisfatória e segura para ambos sem deixar prevalecer os mitos e tabus adotados em

épocas passadas.

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OBJETIVOS

2.1 Objetivo

Enfocar sobre os mitos e tabus no ciclo gravídico puerperal: Mostrando sua origem e

repercussão durante a gestação

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METODOLOGIA

  5.1 Tipo do estudo

Tratou-se de um estudo quantitativo, de natureza descritiva, de campo, abordando

variáveis qualitativas e quantitativas.

5.1.2 Local do estudo

O HUSF é o Hospital Geral mais importante para as comunidades da região

bragantina em razão de suas atividades de alta complexidade, conta com 159 leitos para

pacientes internados em tratamento clínico, cirúrgico e maternidade. É considerado única

referência regional  para atendimento de urgência e emergência, atendimento ambulatorial

especializado e parto de alto risco, numa área com população de aproximadamente 500 mil

habitantes.

Tendo em vista a característica da população deste estudo, consideramos que a

unidade de alojamento conjunto do HUSF possui o cenário pertinente ao desenvolvimento

da pesquisa.

5.1.2 População e amostra

  A população do presente estudo foi composta por gestantes e puérperas que

acreditam em mitos e tabus, sendo proposto amostra de 41 mulheres, que foram

determinados através de uma amostragem aleatória..

5.1.3 Critérios de inclusão

Ser gestante ou puérperas maiores de 18 anos de idade.

Concordar em participar da pesquisa.

5.1.4 Critérios de exclusão

Ser menor de 18 anos de idade.

Não concordar em participar da pesquisa

 Apresentar condição clínica desfavorável

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5.1.5 Instrumento de coleta de dados

Para a coleta de dados foram utilizado um questionário (apêndice 1) composto por 

questões abertas e fechadas, abordando dados sobre características sociodemográficas,história obstétrica, conhecimento sobre os mitos.

5.1.6 Coleta de dados

  Após autorização do responsável pela Maternidade do HUSF(apêndice 2) e

aprovação (apêndice 3) do Comitê de Ética em Pesquisa os dados foram coletados nos

meses de junho e julho de 2010.

Foi então agendada urna visita com o(a) enfermeiro(a) que atua na Maternidade do

HUSF com a finalidade de apresentar os objetivos da pesquisa.

Logo após foram selecionadas as puérperas e gestantes de acordo com os critérios

de inclusão e explicados os Termos do Consentimento Livre e Esclarecido, e a seguir será

realizada uma entrevista, guiada pelo instrumento de coleta de dados.

5.1.7 Analise dos dados

Foi realizada a análise descritiva dos dados e os mesmos apresentam-se em forma

de gráficos.

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Pesquisa Feita com 41 mulheres a Cerca dos Mitos e Tabus que Envolvem o Ciclo

Gravídico Puerperal. Realizada no Hospital Universitário São Francisco – HUSF na

Cidade de Bragança Paulista/SP.

• RESULTADO DA PESQUISA

Idade

Escolaridade

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Ocupação

Consultas de pré-natal realizadas

Participação em atividades educativas

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Temas das atividades educativas

Número de gestações

Tipo de parto atual

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Mitos

Conhece algum mito/crença?

Quais mitos/crenças conhece?

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Acredita em crenças?

Pratica alguma dessas crenças?

Quais crenças pratica?

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de a maioria dos mitos ser inofensiva, acreditar em teses improcedentes

nem sempre é uma boa estratégia. Há crenças que dificultam a vida de quem espera um

filho. Existem mulheres grávidas que acha que não pode levantar o braço para cima da

cabeça porque o cordão umbilical pode se enrolar no pescoço do bebê.Isto chega a ser um

absurdo diante de tanta informatização exsitente no Pais. O que falta na realidade é as

pessoas procurarem a se informar mais no sentido cultural propriamente dito.

Consideramos que com este trabalho contribuímos para que no sentido do

aprender, ao compartilharmos conhecimentos teórico-práticos com a equipe de

enfermagem e multidisciplinar; ao estruturarmos e implementarmos a na

sociedade de um modo geral a conscientização aos mitos e tabus que cercam o

período puérpero e, principalmente, depois de realizarmos realizamos um cuidado

personalizado, buscando conhecer a realidade de cada mulher/puérpera e família.

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QUESTIONÁRIO IMPLANTADO

 Apêndice 1:

I - Características sóciodemográficas e a história obstétrica

Idade: _______ anos  Escolaridade:( ) Analfabeta ( ) EFI ( ) EFC( ) EMI ( ) EMC ( ) ESI ( ) ESC Ocupação: ( ) do lar ( ) estudante ( ) outros_______________________________ 

Quantas consultas pré-natal realizou?( ) uma consulta ( ) duas – três consultas ( ) quatro consultas ou mais

Participou de atividades educativas (palestras)?( ) Não ( ) Sim. Quais temas? ________________________________________________ 

Número de Gestações: __________  Tipo de Parto atual: ( ) Normal ( ) Cesárea ( ) Fórceps

II - Mitos

Conhece algum mito/crença relacionado à gestação?( ) Não ( ) Sim.Quais? _________________________________________________________________ 

Você acredita em crenças e/ou superstições sobre a gestação?( ) Não ( ) Sim.

Você segue/praticou alguma destas crenças?( ) Não ( ) Sim.Quais? _________________________________________________________________ 

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 Apêndice 2: Autorização

Bragança Paulista, 05 de maio de 2010.

Exma. Senhora

 Adriana Paschoalette

Responsável pelo HUSF

Vimos solicitar as dignas providencias no sentido de autorizar a coleta de dados da

pesquisa intitulada “Mitos e Tabus no Ciclo Gravídico Puerperal: Qual sua origem e

repercussão na gestação.”  em desenvolvimento pelos meus orientados Alice, Carmen e

Paloma alunas do 7º semestre do Curso de Enfermagem, do Centro de Ciências Biológicasda Saúde da Universidade São Francisco, como exigência parcial para conclusão do curso

de graduação. Os dados serão obtidos através da aplicação de uma entrevista, com o

objetivo de compreender a influência dos mitos e tabus na gestação e no puerpério.

Somente participarão desta pesquisa os pais e mães que estiverem de acordo com o

Termo de Consentimento e a coleta de dados somente será realizada apos a autorização do

Comitê de Ética em Pesquisa.

Em anexo, enviamos o Projeto de Pesquisa, 0 Termo de Consentimento e o

Instrumento de Coleta de Dados. Agradecendo antecipadamente a valiosa colaboração de VS, colocamo-nos à inteira

disposição para quaisquer esclarecimentos.

 Atenciosamente

 ________________________ 

Prof.ª Grazielle Bertolini

(Orientadora)

Declaro que conheço o projeto de pesquisa em questão e autorizo a realização do

mesmo após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa.

 _______________________________ 

Responsável pelo HUSF

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 Apêndice 3: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Pesquisa: Mitos e tabus no ciclo gravídico puerperal: qual sua origem e repercussãona gestação

Pesquisadores: Alice Modna, Carmen S. O. Picoli Torres e Paloma G. de Oliveira MeloOrientadora: Prof.ª Grazielle Bertolini

O abaixo assinado:

Nome: ___________________________________________________________________ 

Endereço: _________________________________________________________________ 

Cidade/Estado:_______________________RG:____________________ Idade: _________ 

Declara que e de livre e espontânea vontade que esta participando como voluntário

do projeto de pesquisa supracitado, de responsabilidade do pesquisador. A voluntária está

ciente que:I - O objetivo geral desta pesquisa é compreender e relatar a influência dos mitos e tabus na

gestação e no ciclo gravídico puerperal;

II - A participação neste estudo não acarretara nenhum risco que possa comprometer a sua

saúde ou a de seu filho.

III - Obteve todas as informações necessárias para poder decidir livremente sobre a

participação na presente pesquisa.

IV - Esta livre para interromper a participação no estudo a qualquer momento ou deixar de

responder qualquer pergunta.V - A interrupção do estudo não lhe causará prejuízo, ao seu atendimento, cuidado e

tratamento pela equipe do Hospital Universitário São Francisco – HUSF.

VI - Responderá a um formulário, o qual não possuirá nenhuma forma de fornecer sua

identidade, visto que todas as informações obtidas serão convertidas em dados numéricos.

VII - Uma vez encerrado o trabalho, os resultados poderão ser divulgados em eventos e

revistas científicas, onde será mantido o sigilo e anonimato de qualquer informação

fornecida.

VIII - Poderá contactar a pesquisadora, sempre que necessário, pelo telefone abaixo citado.

IX - Poderá contactar o Comitê de Ética em Pesquisa para apresentar recursos ou

reclamações em relação ao estudo pelo telefone (11) 4034-8028.

X - Este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido constara de duas vias sendo uma

delas entregue ao voluntário.

Bragança Paulista, ____ de _______________ de 2010.

  Assinatura da Voluntária Assinatura do responsável pela pesquisa

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7 . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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