monografia - os professores como mediador das tecnologias na educação

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO TEOLÓGICA IFETE CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO RAVENA DE MELO BEZERRA PARAZINHO/RN 2014

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INSTITUTO DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO TEOLÓGICA – IFETE CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

RAVENA DE MELO BEZERRA

PARAZINHO/RN 2014

OS PROFESSORES COMO MEDIADOR DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

RAVENA DE MELO BEZERRA

Monografia apresentada como requisito parcial ao Instituto de Formação e Educação Teológica – IFETE para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, sob orientação da Profª. Esp. Liziane Martins Evaristo.

PARAZINHO/RN 2014

Catalogação da Publicação na Fonte / Bibliotecária Alexsandra Santana dos Santos CRB-15/530

B574p

Bezerra, Ravena de Melo. Os professores como mediador das tecnologias na educação / Ravena de Melo Bezerra. – Parazinho, RN, 2014. 36f. Orientador: Profª. Liziane Martins Evaristo. Monografia (Graduação) – Instituto de Formação e Educação Teológica - IFETE. 1. Inclusão digital – Monografia. 2. Capacitação – Monografia. 3. Educação – Monografia. I. Bezerra, Ravena de Melo. II. – Instituto de Formação e Educação Teológica. III. Título. CDU 37

Monografia apresentada como requisito necessário para obtenção do grau de Licenciada em Pedagogia. Qualquer citação atenderá as normas da ética científica.

RAVENA DE MELO BEZERRA

Monografia Aprovada em _______/ _______/_______

__________________________________________________ LIZIANE MARTINS EVARISTO

Orientadora

_________________________________________________ 1º Examinador (a)

__________________________________________________ 2º Examinador (a)

___________________________________________________ Coordenador (a) do curso

Dedico este trabalho a Deus, a minha família, amigos e colegas de classe que estiveram sempre presentes na minha.

AGRADECIMENTOS

Primeiro agradeço a Deus, por nos a vida, por estar presente comigo em todos os

momentos, me fortalecendo, dando sempre o entendimento e cumprindo com suas

promessas em minha.

Em Segundo, agradeço a minha família, que são pessoas maravilhosas e

importantes na minha vida, me dando sempre o apoio necessário e amor.

Quero também agradecer os meus amigos e colegas, por compartilhar seus

conhecimentos e ajudar nos desafios de cada dia para sermos pessoas melhores.

Agradeço aos meus professores que sempre nos ensinaram de forma magnífica e

com todo amor. Agradeço também a minha orientadora, que apesar das dificuldades

na realização do trabalho final, esteve sempre me apoiando e com enorme

paciência.

Por ultimo agradeço ao IESP por sempre nos dar apoio, tirar nossas duvidas e

oferecer os melhores educadores para nos formar, mais do que alunos, mas

cidadãos.

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever inclusive a sua própria história.”

Bill Gates

RESUMO

O acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação não contempla toda a sociedade. Desta forma, é necessário criar estratégias que possa alcançar o acesso de ferramentas tecnológicas de forma geral, ou seja, abranger e promover democraticamente a inclusão digital e a capacitação para a utilização dessas tecnologias de acordo com a necessidade do indivíduo. A Inclusão Digital deve ser considerada como um processo facilitador no desenvolvimento e auxílio na melhoria da educação, inclusão social, do desenvolvimento do individuo em si e de economias locais da comunidade. Um dos maiores desafios identificados até então que influenciam diretamente e indiretamente na sociedade, é a exclusão digital. A inclusão digital da sociedade do contribui na formação de competências, de produtividade e na competição global que tem como princípio básico para o desenvolvimento de invenções, inovações, geração de renda. Como uma das estratégias que pode vir a contribuir para a diminuição deste quadro, vê-se a educação como o principal elemento na formação de uma sociedade fundamentada na informação, no conhecimento e no aprendizado. Palavras-Chaves: Tecnologia. Informação. Comunicação. Inclusão Digital.

ABSTRACT Access to Information and Communication Technologies does not include the whole society. Thus, it is necessary to create strategies that can achieve access to technological tools in general, ie, cover and democratically promote digital inclusion and empowerment for the use of these technologies according to the individual need. The Digital Inclusion should be considered as a facilitator in the development process and help to improve the education, social inclusion, development of the individual itself and of local community economies. One of the biggest challenges identified so far that influence directly and indirectly in society, is the digital divide. Digital inclusion of the society contributes on building skills, productivity and global competition that is as basic to the development of inventions, innovations, income generation principle. As one of the strategies that may ultimately contribute to the reduction of this table, we see education as a key element in the formation of a based on information, knowledge and learning society. Keywords: Information. Technologies. Communication. Digital Inclusion

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO......................................................................................... 09

2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO................................. 12

2.1 INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE.................... 12

2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL...................... 13

3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS. 16

3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL....................... 17

3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA............................................... 19

3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL.................................................... 21

4. PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO

CONHECIMENTO TECNOLOGICO....................................................... 24

4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA.......................................................... 25

4.2 O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE

ENSINO-APRENDIZAGEM..................................................................... 26

4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS......................... 28

5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA.......... 30

5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR........................................... 30

5.2 PLATAFORMA FREIRE.......................................................................... 31

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................... 32

REFERÊNCIAS....................................................................................... 34

9

1. INTRODUÇÃO

Vivemos em um mundo cercado de tecnologias, sejam elas consideradas

como “velhas” ou “ultrapassadas” e as novas tecnologias, que são a evolução de

tecnologias já existentes. Os avanços tecnológicos nos dão possibilidades de nos

comunicar e obter informações em tempo real e em qualquer lugar. As TICs,

Tecnologias da Informação e Comunicação, estão a todo o momento sendo

atualizadas e junto com elas devemos está preparados e atualizados para esse

mundo globalizado.

Falar sobre tecnologias é um tanto complexo, principalmente quando

envolvemos educação. Antes devemos ter um conhecimento prévio do que são

essas tecnologias e como usa-las. Mais do que uma ferramenta de trabalho e meio

de comunicação, as tecnologias devem ser vistas como ferramentas de ensino-

aprendizagem.

O acesso às tecnologias da informação e comunicação está relacionado

com os direitos básicos de liberdade e de expressão e democracia. Por isso que se

tornam necessários e indispensáveis que as TICs se tornem ferramentas

contributivas para desenvolvimento social, econômico, cultural e intelectual.

Essa realidade social brasileira com tantas diversidades sociais, culturais e

econômicas, são exemplos que dificultam a inclusão digital. Estes são apenas

alguns dos principais desafios da globalização e a exclusão digital que impede o

acesso às tecnologias de informação e comunicação.

É preciso ampliar as iniciativas de inclusão, pois, a partir daí o individuo tem

a possibilidade de se comunicar de formar eficiente, essa vantagem não se restringe

somente ao individuo, mas se estende ao mercado e ao desenvolvimento do país.

Para que o individuo seja incluso digitalmente é necessário que o mesmo tenha uma

capacitação prévia que lhe permita a compreender as ferramentas de acesso.

Segundo (Barreto, 1994) democratizar a informação não deve envolver

apenas programas facilitadores de acesso à informação, também é necessário

utilizar as informações recebidas e transformar em conteúdo para beneficiar e

esclarecer ao individuo e a sociedade.

Uma das tentativas de se repensar a educação tem sido feita por intermédio

da introdução do computador na escola, o que não significa necessariamente, o

10

repensar da educação. O computador usado como meio de passar a informação ao

aluno mantém a abordagem pedagógica utilizada atualmente.

Por outro lado, o computador apresenta recursos importantes para auxiliar o

processo de mudança na escola - a criação de ambientes de aprendizagem que

enfatizam a construção do conhecimento e não a instrução. Isso implica em

entender o computador como uma nova maneira de representar o conhecimento

provocando um redimensionamento dos conceitos básicos já conhecidos e

possibilitando a busca e compreensão de novas ideias e valores.

Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que

significa ensinar e aprender, demanda rever a prática e a formação do professor

para esse novo contexto, bem como mudanças no currículo e na própria estrutura da

escola.

Gomez (2013), afirma: “[...] a escola que temos é dedicada a transmitir

informação e pedir que os alunos acumulem, retenham e reproduzam informação.

Na era digital, a informação é inabarcável e pode ser acessada por qualquer

pessoa.”

As tecnologias da informação têm possibilidades de mudar o ensino nas

escolas e universidades, e a maneira de estudar e aprender dos alunos. A Internet

não vai substituir essas instituições, como muitos receiam, mas acrescentar uma

nova dimensão. O aumento de recursos de acesso à Internet dá ao estudante meio

de recolher informações de interesse para a aula. Em muitos casos, pode ser o

estudante a ensinar a turma, incluindo o professor em determinado tópico.

Tradicionalmente é o professor que detém a autoridade da informação, com

este sistema de ensino, essa autoridade passa a ser desafiada. Por outro lado os

alunos passam a deter maior cultura informática e experiência em computadores.

Com isso os alunos passam a ter a capacidade de procurar informação na Internet

sobre vários assuntos, de serem mais críticos e criativos, tornando-se mais

confortável para esses estudantes, que se sentem mais seguros para fazer

perguntas e dar opiniões. Deve o professor promover e encorajar os alunos na

participação criativa na rede e na extração de informação interessante.

A tecnologia possibilita diversos benefícios que estão à disposição do

homem como também diversos perigos. Paulo Freire (1968, p. 98) critica em

diversas passagens de seus livros, o dualismo entre divinização e

“demonologização” da tecnologia. Não se pode entender a tecnologia como

11

salvadora dos homens, nem como a promotora de todos os males. É preciso sim,

evitar o que ele chama de “desvios míticos” gerados pela tecnologia.

Sempre existiu a resistência às mudanças, o ceticismo e desinteresse pelos

computadores é um dos maiores contras, mas felizmente essa mentalidade está a

mudar com esta geração que já esta mais “informatizada”. Outra resistência

adicional provém dos medos pelo futuro das instituições do ensino superior. Mas

apesar disso tudo leva a crer que a inclusão digital e a Internet, juntos, vão vencer

os opositores, aliás, tem argumentos para isso.

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2. A HISTÓRIA DA TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO

Há muito tempo se discute sobre o que são tecnologias passadas e

contemporâneas. Tecnologia nada mais é do que invenções da humanidade para

agilizar processos de forma rápida e simples, isso vai desde uma simples roda feita

de rocha na era dos homossapiens até a construção de um mega computador atual

para uma estação espacial.

Na era feudal, não se utilizava equipamentos modernos, apenas a produção

de materiais por meio de camponeses, que apenas tinham o conhecimento

assistemático de como fazer e utilizavam ferramentas do cotidiano. Depois disso

veio a revolução industrial, que mudou a forma de produção, diminuindo o número

de pessoas e a utilização de maquinas para fazer esses serviços.

Hoje ainda é assim, existem serviços que somente o homem pode fazer, e

que as maquinas ainda não vão chegar a criatividade humana. As maquinas apesar

de terem papel importante na vida do homem atual, não pode substituí-lo, mas pode

ajudar a realizar tarefas do dia a dia que antes levava horas ou até dias, o que são

casos mais complexos.

De quadros negros até um retroprojetor, as tecnologias vieram para ficar e

ajudar a melhorar a educação. Não veio para substituir o professor nem muito

menos a escola, mas para auxiliar e servir como ferramenta com intuito de fazer o

ser humano melhor e mais produtivo, seguindo sempre para a evolução.

2.1 INFLUÊNCIA DAS TECNOLOGIAS PARA A SOCIEDADE

Hoje em dia com tantas inovações tecnológicas, o ser humano já não tem

capacidade de acompanhar os avanços tecnológicos. É previsto que em poucos

anos maquinas substituam as pessoas em varias áreas, principalmente em

processos que envolvem sistema de comunicação e dados, isso já ocorre nos dias

atuais em diversas áreas. O certo é que, em poucos anos muitas pessoas estarão

sem trabalho por não acompanharem o desenvolvimento da veloz área tecnológica.

Não se pode negar que nos dias atuais, não vivemos sem as TICs, estamos

o tempo todo conectados, seja em casa, na rua, no trabalho ou escola. Podemos

perceber que em casa vemos TV, obtemos informações audiovisuais, seja ela qual

for, de noticias a entretenimento que pode ser da nossa cidade, país ou do mundo.

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Também podemos acessar a Internet através de um computador, pesquisar

sobre os mais diversos assuntos, sendo ainda mais completos e de fontes global,

podendo compartilhar essas informações com outras pessoas através de e-mail,

chat ou redes sociais. Temos os telefones fixos ou celulares, hoje mais utilizados

Smartphones e Tablets, que além de fazer ligações, podem acessar a internet e

utilizar aplicativos de produtividade, tudo isso em um único equipamento móvel e a

um custo baixo.

Assim, a influência que esses equipamentos têm para o ser humano é

impressionante. Pessoas que nasceram da década de 80 até aqui, vêm

acompanhando esse desenvolvimento e nova forma de compartilhar informações.

Antigamente usavam-se somente cartas para poder conversar com alguém muito

distante, depois veio o telefone e agora a Internet, indispensável nos dias atuais.

Não de se estranhar de que essa nova forma de enviar e receber informações

mudou a vidas de varias pessoas e empresas, temos a informação que queremos e

aonde quiser em tempo real e a poucos cliques.

Portanto, a sociedade nos tempos atuais é influencia por essas novas

tecnologias, a maioria das pessoas não quer mais perder seu tempo pesquisando

sobre determinado assunto em livros, basta ir à internet e procurar em buscadores e

Wikipédia. Praticamente ninguém mais usa cartas por correspondência para falar

com um parente distante, basta ligar pelo celular ou enviar mensagens por

aplicativos móveis ou por chats na internet.

Também comprar em lojas fixas toma tempo de pessoas que são ocupadas,

agora varias pessoas compram pela internet, o que se torna mais fácil à escolha do

produto, além de poder pesquisar o melhor os preços e receber suas compras em

casa, com comodidade e rapidez. Isso só alguns exemplos de influencia e mudança

de hábitos que vem ocorrendo na sociedade atual com o uso das novas tecnologias

da informação e comunicação.

2.2 A TRAJETÓRIA DAS TICS NA EDUCAÇÃO DO BRASIL

Antigamente usava-se a lousa e o giz, era o material didático usado pelo

educador, limitava-se a repetir conceitos, fórmulas, esquemas e modelos prontos.

Sem espaço para a criação e interatividade por parte dos alunos. Depois veio o PC

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ligado em redes locais e, finalmente, a internet. Esse foi o inicio das mudanças nas

aulas.

Desde 1970, no Brasil já existia a preocupação com o uso da informática na

Educação. Em 1972, foi criado a Coordenação de Assessoria ao Processamento

Eletrônico (CAPRE), com o objetivo de assessorar o uso dos recursos informáticos

da União e ser um centro de criação de uma politica brasileira para o setor de

informática-microeletrônica.

Em 1989, quando as instituições brasileiras passaram a se conectar, a

educação nunca mais foi a mesma. Conectados a rede mundial, estudantes e

professores puderam chegar além da informação na sala de aula, navegando em um

espaço de pesquisa dos revolucionários sites de busca, que os obtinha informações

de todos os tipos de assuntos, eliminando assim as barreiras.

De 1988 a 1989, o MEC iniciou as atividades de capacitação por meio do

Projeto Formar, oferecido pela Unicamp, e os professores cursistas deveriam criar

os Centros de Informática Educativas CIEds junto à Secretaria de Educação,

mediante o apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação em diferentes

estados do Brasil. O objetivo era preparar recursos humanos para implantar o

projeto de informática na educação.

Em 1989, foi instituído o Proninfe, que tinha o objetivo de promover o

desenvolvimento da informática educativa e seu uso nos sistemas públicos de

ensino (1º 2º e 3º graus e educação especial). No ano de 1997, foi criado o ProInfo,

com o objetivo de universalizar o uso da telemática no sistema publico de ensino

fundamental e médio, como ferramenta pedagógica.

Nos sistemas estaduais de ensino, a implementação do Programa de forma

descentralizada tem uma Coordenação Estadual do ProInfo para introduzir as

Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) nas escolas publicas. O ProInfo é

desenvolvido pela Secretaria de Educação à Distancia – SEED, por meio do

Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica – DITEC, em parceria com as

Secretarias Estaduais e algumas Municipais de Educação.

Cidadão Conectado - Computador para Todos é um Projeto que faz parte do

Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal, iniciado em 2003, mais

precisamente a partir da instalação do governo Lula. O Computador para Todos tem

como objetivo principal possibilitar a população que não tem acesso ao computador

possa adquirir um equipamento de qualidade, com sistema operacional e aplicativos

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em software livre, que atendam ao máximo às demandas de usuários, além de

permitir acesso à Internet. O Projeto prevê ainda que todo cidadão, que adquirir o

Computador para Todos, terá o direito a suporte, tanto para atendimento técnico

(problemas com hardware, defeitos de fabricação, etc.), como para o uso dos

aplicativos.

A principal premissa do Projeto Computador para Todos é a de que o

cidadão disponha de uma solução informática, em sua residência, que lhe permita,

de modo simples e rápido, conectar os fios dos periféricos, ligar o equipamento à

tomada e, imediatamente, acessar as facilidades disponibilizadas. Para facilitar a

compra do Computador para Todos, o Governo Federal disponibilizará linhas de

financiamento mais vantajosas.

O Projeto não apenas disponibilizará o acesso às tecnologias, como também

permitirá que toda uma cadeia produtiva venha a ser reforçada no Brasil, inibindo a

ação do mercado "cinza", que não paga impostos nem contrata mão-de-obra com

garantias trabalhistas.

Com esse olhar os alunos e professores deram um grande salto de

qualidade na educação, apesar do índice de informatização das escolas brasileiras

ainda não ser o ideal. As escolas que têm computadores em sala de aula, não estão

conectados em rede local, e muito menos, à internet.

Para estar integrada à realidade atual, a escola tem de estar familiarizada

com os recursos e ferramentas informáticas e saber utiliza-las na ação educativa

normal. É preciso, ainda, saber marcar presença no ciberespaço, incluindo os alunos

para se familiarizarem no acesso, tanto para obter dados sobre informações globais,

mas também às múltiplas oportunidades de interação social com outros alunos.

16

3. RELAÇÃO ALUNO-PROFESSOR COM AS NOVAS TECNOLOGIAS

Considerando o Brasil, uma política de informação deveria privilegiar ações

de mudança da realidade, visando proporcionar ao País condições de competir no

mercado internacional igualitariamente. Dentre os principais obstáculos está a atual

situação de desnível sócio-econômico-educacional brasileiro em que, em oposição a

ilhas de excelência em desenvolvimento científico, contrasta-se uma grande maioria

de marginalizados informacionalmente.

Além das barreiras econômicas, os brasileiros não têm sido educados para

produção e consumo de bens informacionais, menos ainda em meio digital. Numa

sociedade organizada em torno da informação, como a que se configura, a

educação tem seu papel multiplicado já que dela depende a formação de indivíduos

capazes de aprender continuamente.

Hoje não basta a capacidade de armazenar um grande volume de dados, já

que num mundo de contínuas mudanças, estes dados logo estarão obsoletos.

Atualmente é exigida a capacidade de atualizar-se durante toda a vida, o que

envolve também habilidades de seleção e julgamento cada vez mais apuradas.

Para poder atuar nas mais diversas escalas de interação social: no trabalho,

no grupo de amizades ou para o exercício da cidadania, manter-se informado é

premissa básica. Isso pressupõe uma formação não só técnica, mas também em

uma formação que desenvolva uma abordagem humanista para lidar com

informações oriundas de diversas fontes e culturas, além do uso ativo, consciente e

crítico da informação. De onde se conclui que a educação é a própria viabilizadora

da ideia de Sociedade da Informação.

“Democratizar a informação não pode, assim, envolver somente programas

para facilitar e aumentar o acesso à informação. É necessário que o indivíduo tenha

condições de elaborar este insumo recebido, transformando-o em conhecimento

esclarecedor e libertador, em benefício próprio e da sociedade onde vive.”

(BARRETO, 1994).

Para ser competente em informação, uma pessoa deve ser capaz de

reconhecer quando uma informação é necessária e deve ter a habilidade de

localizar, avaliar e usar efetivamente a informação. Resumindo, as pessoas

competentes em informação são aquelas que aprenderam a aprender.

17

Assim, as instituições escolares têm o papel essencial de orientar os

indivíduos nesse processo de aprendizagem, pois na Escola circulam informações

constantemente. A partir desse processo de aprendizagem, o sujeito absorve

informações e é estimulado a criar e recriar conceitos utilizando as novas

informações, suas experiências e conceitos elaborados anteriormente. A interação

constante entre sujeito e informação, acarretará a formulação de novos

conhecimentos, que por sua vez possibilitarão a criação de novas informações.

3.1 O ANALFABETISMO DIGITAL E A INCLUSÃO DIGITAL

Hoje em dia, com os avanços tecnológicos, é fundamental que todos tenham

acesso a computadores e saiba operar alguns sistemas básicos que permitem

digitar textos, fazer cálculos, trabalhar com gráficos e imagens, elaborar planilhas e

etc. Não podemos resistir nem ignorar os avanços tecnológicos, ou com desculpas

de que faltam recursos, privando-se de uma ferramenta hoje básica e extremamente

necessária no meio pessoal e profissional.

O Analfabetismo Digital não é a incapacidade de “ler”, mas de manusear

ferramentas tecnológicas modernas, principalmente dominar conteúdos da

informática como editores de textos, planilhas e Internet. A principal causa do

analfabetismo digital é associada à “exclusão digital”, vista como por todo o mundo

como desigualdade social.

O que acontece é que quem não domina a informática é um “analfabeto”,

desatualizado por causa da rápida evolução tecnológica que possibilita o acesso à

informação. O analfabetismo digital é um grande fator de exclusão, que resulta em

serias implicações sociais, políticas, econômicas e culturais.

“[...] Ela não é um instrumento por si só. A tecnologia na escola, por exemplo, favorece uma intervenção do poder público na vida de quem não tem condições para comprar um computador ou conhecimentos para utilizá-lo. A democratização da escrita não pode ser só um desejo. Deve ser uma obrigação. Nossa sociedade está vendo nascer um novo modelo de analfabetismo: o digital. Ele é marcado pela impossibilidade de usar um computador para ler, escrever ou realizar tarefas simples.” (ROGER CHATIER, 2013).

Assim as pessoas não podem se privar das tecnologias, e as escolas têm

como papel incluir pessoas nesse mundo digital. As crianças de hoje, diferente de

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muitos adultos, tem o privilégios de ter computador, telefones celulares de ultima

geração e tablets, já pessoas adultas e os mais velhos têm dificuldades de atenção

no dia a dia e na escola para utilizar esses dispositivos em suas vidas.

As escolas públicas principalmente sentem falta de programas educacionais

que funcionem como passaporte para inclusão de a escola e pessoas no mundo

digital. Não podemos esperar que educadores e gestores tomem essa iniciativa se o

estado e administração da educação não garantem a infraestrutura nem capacitação

para funcionamento do processo de inclusão e inovação tecnológica.

Nesse processo, muitos problemas aparecem, até mesmo os professores

tem dificuldade de trabalhar com computadores, sendo muitas vezes, eles não

admitindo esse déficit de conhecimento. O professor só irá descobrir quando se

deixar conduzir pela curiosidade e pelo prazer de explorar e conhecer novidades,

como fazem os jovens.

Segundo a educadora Emília Ferreiro (2001), com o computador assumindo

função principal na informação, é fundamental que a sociedade se preocupe com as

pessoas que estão à margem desta evolução, para não gerar uma massa de

analfabetos tecnológicos.

O professor ainda está longe de dominar e os conhecimentos da informática

e a utilizar o computador e outros recursos que as novas tecnologias exigem,

chegando a fazer parte do analfabetismo que cresce em todo mundo. Nesse

contexto, a exclusão digital vem crescendo com a informatização de serviços

públicos básicos.

A discursão sobre a Inclusão Digital está aí há anos, apesar de poucas

pessoas saberem realmente o que ela representa para a sociedade. As novas

tecnologias estão restrita à um numero pequeno de pessoas, que há alguns anos já

vem trabalhando com elas.

Um exemplo de que grande parte das pessoas que não tem conhecimento

desses recursos e estão fora dessa nova realidade são as longas e demoradas filas

de bancos, supermercados e grandes lojas de varejo. O principal público que ainda

enfrentam isso são pessoas idosas ou que não estão informadas ou que não tem

acesso aos recursos de fazer pagamentos online e compras pela Internet. Navegar

pela Internet, fazer transações bancaria e compras online, são recursos ainda pouco

utilizados e conhecidos para a maioria das pessoas.

19

Estamos vivendo em uma época que ignorar ou estar fora das possibilidades

de se utilizar a Internet por meio de computadores, Smartphones e Tablets, é está

se excluindo do da era digital e consequentemente, em pouco tempo, sofrerá com a

exclusão digital e até social.

A inclusão digital é está ligada a inclusão social, por haver a democratização

do acesso a informação, disponibilizando tecnologia à população. Também vale

ressaltar que o objetivo principal e mais importante não é disponibilizar a tecnologia

em si, mas fazer integração das pessoas sobre as tecnologias disponíveis e assim,

integrar o individuo excluído digitalmente na sociedade.

Com a integração do individuo no meio digital, o usuário que antes era um

excluído digital, passar a aprender que o computador é um meio de acesso à

educação, ao trabalho, ao contato e a troca com a sua comunidade, fazendo parte

da sociedade e tendo um pensamento mais critico e ao exercício de sua cidadania.

O professor tem esse papel de integrar seus alunos à sociedade e ao meio

digital, o professor não pode mais ser visto como transmissor de informações. A

utilização da Internet deve proporcionar aprendizagens aos alunos e aos professores

para a criação e construção de conhecimentos que ampliem a capacidade critica das

pessoas. A Internet deve chegar às escolas públicas, possibilitando a inclusão digital

de alunos que não possuem acesso ao computador.

De acordo com o autor Manuel Castells (2003) “a Internet é de fato uma

tecnologia da liberdade. Mas pode libertar os poderosos para oprimir os

desinformados, pode levar à exclusão dos desvalorizados pelos conquistadores do

valor” (p. 225).

Portanto, todos os indivíduos devem ter o conhecimento e a liberdade, como

falou Castells, para que não fique restrita a informação somente às pessoas de

poder e utilizar esses recursos para oprimir aos que estão fora da Internet e os

desinformados.

3.2 NOVAS GERAÇÕES E A TECNOLOGIA

De geração em geração muita coisa e muitos comportamentos mudam. Isso

sempre existiu, entretanto, atualmente o que está acontecendo é uma aceleração

dessa corrida de gerações, em que a idade é apenas um dos fatores que as

20

separam e que o comportamento, a forma de agir e as novas tecnologias são as

principais diferenças.

Atualmente crianças e adolescentes, chamados de geração “C” (letra que

vem de “Connected Collective”), chamam mais atenção pela facilidade que tem de

utilizar equipamentos eletrônicos, principalmente computadores e telefones

celulares. Esse público são pessoas que nasceram depois dos anos 90 e que vivem

a adolescência depois dos anos 2000.

A letra “C” também significa que estes usuários são considerados mais

Comunicativos, Conectados e Computadorizados, por estarem sempre On-line e

clicando. O contato com a tecnologia desde cedo, faz com que o cérebro das

crianças tenham essa facilidade em manusear esses equipamentos tecnológicos

ajudando no desenvolvimento, coisa que os adultos não tiveram chances quando

mais jovens.

Crianças de até três anos de idade, o cérebro pode ter o dobro da

capacidade de processamento de informações em relação ao cérebro de um adulto.

Isso explica o porquê da dificuldade de pessoas mais velhas terem problemas em se

atualizar com novas tecnologias e aprender a utiliza-las no dia-a-dia.

A ideia de Geração “C” foi criada por Dan Pankraz, diretor de planejamento e

estratégias para o público jovem da DDB Sydney, mas o conceito está mais para um

grupo do que para uma geração de fato. Ou seja, a Geração C não é composta por

um grupo que nasceu em determinada década.

Essas pessoas podem ter entre 9 ou 39 anos. O que elas têm em comum é

a importância das mídias sociais em sua vida. Dan Prankz listou uma série de

características que resultaram em 5 dicas que os profissionais de diversas áreas

devem seguir para criar conteúdo para a geração C: Seja relevante, útil e divertido.

Melhore seu status social dentro das tribos. Peça uma reação e tenha uma interface

social e divertida. Conecte os integrantes da geração uns aos outros, não apenas

com a marca. Permita a geração C a participar, interagir ou produzir conteúdo e

passar adiante.

Na ótica de Cysneiros (2013), o uso das tecnologias tem o potencial de

modificar os modos de pensar, de ensinar e de aprender, e até mesmo de ver o

mundo. Mas a verdadeira mudança que vem ocorrendo deve-se, sobretudo, à

capacidade criativa do professor. Ou seja, não é a tecnologia em si que está

trazendo as inovações para a sala de aula, mas os jovens professores que

21

entendem como natural o fato de que o conhecimento está disperso, pulverizado no

mundo, nas redes sociais, na internet. E assumem sem problemas o papel de guiar

e estimular os alunos a encontrarem por eles mesmos o que desejam.

“A atividade de ensino-apredizagem, por ser um processo no qual ao mesmo

tempo em que o conhecimento é produzido pelo professor e pelo aluno, ele

consumido pelo aluno e pelo professor, pois o professor ensina e aprende, e o aluno

aprende e ensina.” (ROMILDA TEODORA ENS, 2002)

3.3 A RENOVAÇÃO DA ESCOLA ATUAL

No mundo atual com o desenvolvimento tecnológico e econômico, surgem

novos paradigmas educacionais que contemplam a inserção de tecnologias da

informação e comunicação em ambientes educacionais. A informática na educação

é um assunto polemico e marcado por contradições entre os educadores e a

sociedade, mas que precisa ser incorporada no processo de ensino e de

aprendizagem.

Ameaçados por novos meios de estudo, como é o caso da Educação à

Distância (EAD) ou e-learning, a escola e educadores devem se atualizar para

oferecer aulas diferenciadas, trazendo novas metodologias e ferramentas de ensino

para a sala de aula. Se a escola não acompanhar as transformações, o futuro das

escolas será impactado por novos meios de comunicação, que são reflexos do

modelo atual da escola.

Paulo Freire faz a seguinte constatação:

“A minha questão não é acabar com escola, é mudá-la completamente, é radicalmente fazer que nasça dela um novo ser tão atual quanto a tecnologia. Eu continuo lutando no sentido de pôr a escola à altura do seu tempo. E pôr a escola à altura do seu tempo não é soterrá-la, mas refazê-la.” (FREIRE&PAPERT, 1996, p. 02)

Segundo Freire, mesmo defendendo a atuação docente em ambientes

interativos, com a utilização de recursos audiovisuais e a informática no processo de

ensino a de aprendizagem, não aceitava a utilização de forma critica como ele

mesmo explica. “nunca fui ingênuo apreciador da tecnologia: não a divinizo, de um

22

lado, nem a diabolizo, de outro. Por isso, sempre estive em paz para lidar com ela.”

(FREIRE, 1996, p. 97).

No processo de ensino e de aprendizagem, é fundamental a curiosidade do

professor para buscar novas formas de utilizar as tecnologias da informação e

comunicação na sua pratica docente, esse comportamento abre o espaço para

novos praticas pedagógicas, não limitando os profissionais da educação aos tempos

passados, trazendo-os para os tempos atuais. “faço questão de ir me tornando um

homem do meu tempo. Como individuo, recuso o computador porque acredito muito

na minha mão. Mas como educador, acho que o computador, o vídeo, tudo isso é

muito importante.” (FREIRE, 2001, p. 198).

Angel Pérez Gómez (2013), afirma que:

“Os sistemas escolares que temos hoje são do século XIX, adaptados às exigências de uma sociedade que não tem nenhuma relação com a atual. A aprendizagem exigida hoje é de ordem superior, e a escola que temos é dedicada a transmitir informação e pedir que os alunos acumulem, retenham e reproduzam informação. Na era digital, a informação é inabarcável e pode ser acessada por qualquer pessoa. É preciso saber processar, reconstruir, organizar e utilizar a informação de maneira crítica e criativa para resolver os problemas de um mundo tão complexo. A evolução é tão rápida e crucial que ou as escolas se adaptam às novas exigências ou vão desaparecer em pouco tempo. Surgirão outras instituições que cumpram esse papel. As escolas têm que se flexibilizar.”

Para Gómez os tipos de aprendizagem que são essenciais para a era digital

são exemplos para as diferenças do que ensinamos hoje em dia. Antigamente,

quando o aluno era visto apenas como “deposito” de informações e o professor

como “depositado”. Na era atual, a escola tem que se adaptar e buscar novos meios

para transmitir essas informações, fazendo com que o aluno passe de receptor de

informações a ser um indivíduo que saiba utilizar o que aprendeu de forma critica e

criativa.

Não é de hoje, que vemos muitos dos estudantes e professores cansados da

mesmice e de apenas seguir os livros didáticos não adaptados a sua realidade, ou o

ato de apenas ler e escrever o que se está no quadro branco, limitando-se apenas

ao que foi passado, dentro da sala de aula e sem interação com outras pessoas e

culturas, compartilhando informações dos mais variados assuntos, com objetivo de

aprender, ensinar e questionar sobre a informação obtida.

Dias de Figueiredo diz:

23

“De fato, penso que a variedade explosiva da escolha e a agressividade crescente da oferta estão a mergulhar os cidadãos em geral, e as crianças e jovens em particular, na mais profunda das dissonâncias e ansiedades. Por outro lado, como dizia Naisbitt na sua identificação das megatendências atuais, a frieza das altas tecnologias impõe uma contrapartida indispensável de calor humano: quanto mais tecnológica é uma sociedade, mais necessita de compensações ao nível dos valores humanos e da afetividade. É aqui que se situa, a meu ver, a função chave de uma escola reinventada: dar estrutura a um mundo de diversidade, fornecer os contextos e saberes de base para uma autonomia de sucesso nesse mundo, e fornecer as respostas humanas compensatórias de que a escola dos nossos dias se está a distanciar tão perigosamente.”

É preciso entender que apesar dos recursos tecnológicos dentro da sala de

aula e do não contato humano em alguns casos, a escola deve estar ligada aos

alunos a todo o momento, não perdendo esse contato real e social com os

professores e alunos. As tecnológicas devem ser vistas como ferramentas para

aproximar o individuo da escola, para obter e transmitir informações, não para

distanciá-los.

24

4. PROFESSOR COMO INSTRUMENTO DE MEDIAÇÃO DO CONHECIMENTO

TECNOLOGICO

O processo de ensino-aprendizagem tem mudado sua tradicional forma de

ser empregado, onde a inserção do computador nas escolas tornou-se um dos

fatores responsáveis por tal mudança. Aliada a este fator, vem a crescente exigência

dos alunos por técnicas inovadoras que tornem o ensino mais dinâmico e motivador.

Diante destas novas exigências, pode-se inserir a Informática na Educação como

uma das formas mais interessantes para a disseminação mais rápida e eficaz do

conhecimento. VALENTE (2002) afirma: “A Informática na Educação significa a

inserção do computador no processo de ensino-aprendizagem dos conteúdos

curriculares de todos os níveis e modalidades da educação”.

Podem-se considerar duas formas de abordar a Informática na Educação,

segundo Valente. A primeira utiliza o computador simplesmente como meio de

transmissão de conhecimentos, mantendo a mesma prática pedagógica adotada em

uma aula presencial. Neste caso, o computador é utilizado para informatizar os

processos de ensino já existentes. Não há necessidade de grandes investimentos na

formação dos cursos e dos professores. Segundo o autor, os resultados a partir

desta abordagem são bastante pobres, pois tendem a preparação de profissionais

obsoletos.

A segunda abordagem utiliza o computador para a criação de ambientes de

ensino-aprendizagem que enfatizam a construção do conhecimento através da

iniciativa do educando. Neste caso, necessita-se de grandes investimentos na

formação dos professores, pois os mesmos devem propiciar a vivência de

experiências educacionais no lugar de simplesmente transmitir um conhecimento

previamente adquirido.

“O professor deve passar de ser um transmissor de informação para um

facilitador da aprendizagem. Deve ser um tutor permanente para as crianças.

Primeiro, deve ensinar com seu exemplo como buscar, selecionar e avaliar as

informações. É uma missão mais difícil e complexa.” (GÓMEZ, 2013). A melhor

maneira de adaptarem-se as novas tecnologias é usando-as. O professor como

facilitador, deve:

Ensinar seus alunos a realizar pesquisas na internet, de forma objetiva e

especifica em buscadores. Buscar vídeos que podem complementar e ilustrar as

25

aulas. Ensinar aos alunos a utilizar fóruns, chats e blogs educacionais.

Principalmente, o professor deve orientar aos seus alunos a utilizar a internet de

forma segura e no uso adequado das ferramentas tecnológicas em beneficio do

aprendizado.

4.1 METODOLOGIA X TECNOLOGIA

Muito ainda se discute qual a melhor metodologia para se ensinar a um

individuo. Temos que analisar primeiro a realidade atual desse aluno, saber sobre

sua historia, a cultura que carrega, conhecimento que tem e qual o seu nível de

desenvolvimento. Após isso que o educador deve buscar metodologias e recursos

necessários e eficazes para o desenvolvimento do aluno.

Algo muito criticado em escolas atuais é a falta de recursos materiais e

tecnológicos na sala de aula, algumas escolas apenas têm um quadro branco e

carteiras em cada sala, sem nenhum aparato tecnológico, fazendo que a escola e os

alunos estejam ainda em um ambiente dos séculos passados.

Apesar de isso ocorrer em varias escolas, na maioria das vezes em

comunidades pobres e distantes dos grandes centros urbanos. Vejamos também

que em algumas escolas em áreas nobres, ou com grande investimento do governo

em tecnologias para o desenvolvimento da educação, não tem profissionais

preparados para utilizar esses recursos nem repassar as informações necessárias

para os alunos.

Nessa perspectiva os educadores por ainda estarem utilizando sistemas de

ensino passadas e não utilizarem ferramentas de ensino contemporâneas acaba

pecando e reduzindo o nível de desenvolvimento do aluno, que ao estar fora da

escola irão precisar ter os conhecimentos que não foram repassados na sala de

aula, e serem prejudicados. Há, no entanto, uma questão que precisa ser levada em

conta nessa relação com as TICs, como diz GARDIN (1999): “Se uma terminada

pratica é ruim sem os computadores [TICs], ela não vai melhorar com eles e pode

ficar ainda pior.”

Porém, para a utilização destes recursos disponíveis com a inclusão das

TICs no cotidiano escolar, encontramos algumas dificuldades que precisam ser

encaradas como desafios, ou então correremos o risco de continuar com um modelo

26

educacional que não educa, mas que aliena e aprisiona. São vários os desafios,

mas são necessários para o desenvolvimento intelectual e social de todos.

Os desafios nos convidam para que possamos ultrapassar barreiras de

encontrar novas soluções de ensino, e todos são incrivelmente possíveis de solução

para a educação. Basta a cada um buscar o conhecimento e ir além, não limitar-se a

metodologias fora da realidade atual. Refletindo sobre essa nova forma de utilizar os

recursos tecnológicos para formação do individuo, trazemos o questionamento de

Blikstein E Zuffo:

“Em nossas escolas, qual seria o uso mais revolucionário das tecnologias? Aquele em que os alunos seguem passo-a-passo ou quando empreendem projetos pelos quais são interessados e apaixonados, fora dos estritos regulamentos de conduta e comportamento?” (2003, p. 26).

Já se foi à era em que os professores ensinavam aos seus alunos de uma

forma de ensino sistemática baseada em conceitos e ideias de séculos passados,

não adaptados a realidade atual nem utilizando de ferramentas de necessidade do

cotidiano do século XXI. As más utilizações das tecnologias com metodologias

defasadas atrapalham, ao invés de auxiliar no ensino. Gómez explica isso:

“Para mim, o mais importante é a pedagogia usada com as novas tecnologias. Novas tecnologias com velhas pedagogias não servem para nada. O mais importante é que o professor esteja preparado para usar bem essas poderosíssimas ferramentas ao serviço de novas pedagogias que ajudam as crianças a aprender. Estados e municípios deveriam focar seus esforços na melhor qualificação dos seus docentes.” (GÓMEZ, 2013, p. 03).

Com os esforços do Governo, sociedade e a escola, podemos capacitar e

qualificar profissionais para o uso correto das tecnologias dentro da sala de aula,

auxiliando e aprimorando no conhecimento dos educandos.

4.2 O USO DA MULTIMÍDIA E DA INTERNET COMO FERRAMENTA DE ENSINO-

APRENDIZAGEM

Quando o assunto é mídia educacional, quanto mais o aluno aprender a usar

e mesclar os diversos recursos tecnológicos disponíveis, mais eficientes, interativas,

alegres, desafiadoras serão as aulas. Cabe o professor o papel de organizador

dessas situações de aprendizagem, além, é claro, do uso correto da tecnologia.

27

Usar as TICs para apresentar ou transmitir as informações é como explicita

Demo (1995), a tendência moderna, uma que a “didática transmissiva tende a migrar

para os meios modernos eletrônicos de comunicação.” (p. 28), mas no processo de

construção de conhecimento está o professor que tem ai uma função indispensável.

No entanto, como afirma o autor, o aprimoramento do manejo das TICs pelo

professor possibilita a esse, “aprimorar a transmissão de conhecimento, socializar de

modo mais amplo e atraente o saber disponível e, sobretudo, economizar tempo e

oportunidade para construir.” (DEMO, 1995, p. 55).

Os educadores têm as ferramentas multimídia para auxiliar e complementar

as aulas, não para substituir o professor, que tem a tarefa de ser mediador,

orientando os alunos e tirando suas duvidas em sala de aula. Assim, a internet e a

evolução de tecnologias da comunicação e do conhecimento trouxeram

possibilidades tanto no quesito comunicação quanto aprendizado.

O que faz com que às vezes se tenha essa percepção de que a internet nos

deixa mais “burros” é a falta de interesse em determinados assuntos, mas mesmo

isso pode ser relativo. Muitas pessoas hoje tem acesso a internet em casa ou na

escola, mas não sabem utilizar essa ferramenta de forma correta, fazendo pesquisas

de assuntos triviais e sem conteúdo.

Além disso, a educação pela internet faz com que a pessoa economize

tempo com locomoção e possa realizar o curso em horários nos quais seria

impossível caso fosse presencial. Da mesma forma, também há uma questão de

custo envolvida, fazendo com que estudar online seja mais barato do que em uma

sala de aula.

O mesmo será possível para atender a palestras ou debates com outros

estudantes e profissionais. Talvez a tecnologia nunca substitua o modelo “pessoal”

para a educação, mas sem dúvidas terá um papel muito importante como um

suplemento para enriquecer ainda mais o aprendizado.

A internet é uma ferramenta excelente, não há dúvidas sobre isso. No

entanto, o uso que fazemos dela pode não ser o mais adequado, especialmente

porque estamos acostumando o nosso cérebro a não armazenar informações por

um tempo mais longo, afinal, esses dados vão estar sempre disponíveis e basta

outra pesquisa do Google para acessá-los.

O fato de você poder armazenar conteúdo online e “liberar” espaço na sua

mente é algo bom, especialmente para explorar novos assuntos. O problema é que

28

o cérebro também precisa ser exercitado e estimulado, como os músculos do nosso

corpo, e a qualidade de uma leitura é parte desse processo.

É importante que os alunos sejam estimulados, a pesquisar também em

livros físicos, para terem contato com o não virtual, dando espaço para a leitura e

estimulo de filtragem e seleção do conhecimento adquirido. Muitas vezes

esquecemos que muita da nossa historia e informações estão paradas em nossas

casas e espaço escolar.

4.3 FORMANDO CIDADÃOS INFORMADOS E CRÍTICOS

Formar cidadãos informados e críticos é desafiador. Não basta apenas

repassar a informação para quem está recebendo as informações, é preciso

incentivar a quem está aprendendo e questionar o transmissor da informação. As

tecnologias tem a função como ferramenta de transmitir informação ao usuário,

assim como permite espaços para o recebimento também de informações e opiniões

a usuários online.

Quem estiver utilizando desses recursos tecnológicos, deve está ciente que

nem tudo o que se tem de informação sobre determinado assunto é verídico e

correto. É preciso saber pesquisar, analisar, filtrar a informação para se obter a

informação correta, e assim, se ter a própria opinião.

[...] O exercício de pensar o tempo, de pensar a técnica, de pensar o conhecimento enquanto se conhece, de pensar o quê das coisas, o para quê, o como, o em favor de quê, de quem, o contra quê, o contra quem são exigências fundamentais de uma educação democrática à altura dos desafios do nosso tempo (FREIRE, 2000, p. 102).

Expressar opinião, fazer criticas e compartilhar informações é o espaço que

a Internet oferece ao individuo. Apesar de o computador ser uma ferramenta

mecânica, ela é totalmente controlada por seres humanos, que ali depositam sua

cultura e conhecimento.

Como podemos aproximar pessoas, ao mesmo tempo em que podemos ter

a oportunidade de ensinar e aprender juntos. “É importante humanizar as

tecnologias: [estas] são meios, caminhos para facilitar o professo de aprendizagem.

29

É importante também inserir as tecnologias nos valores, na comunicação afetiva, na

flexibilização do espaço e tempo do ensino-aprendizagem.” (MORAN, 2007, p. 38).

Utilizar o computador a internet como ferramentas para ajudar a pessoas a

serem mais criticas e informadas pode não parecer uma tarefa fácil, mas é pratica se

olharmos pelo lado inovador. Os professores devem mudar sua atitude e usar da

criatividade para utilizar os recursos tecnológicos para desenvolvendo senso critico

do individuo independente da sua área de atuação, como afirma GÓMEZ (2013):

“A melhor maneira de fazer isso é substituir um currículo fragmentado em disciplinas por um currículo centrado em problemas. O que temos que trabalhar são os problemas da vida cotidiana. O importante é recorrer a conceitos da matemática, da física, da geografia, entre outros, para entender e resolver problemas. Um currículo do tipo requer um ensino interdisciplinar e muito mais ativo. O aluno tem que ir à escola para fazer coisas não apenas escutar e repetir. Ele tem que fazer projetos, debater, pensar, criar. É preciso inverter a metodologia didática. O professor pode gravar vídeos com informações e conceitos e colocá-los na internet, para que o aluno lhes assista em casa, quando quiser e quantas vezes quiser. Depois, na escola, ele vai tirar dúvidas e trabalhar em grupos.” (GÓMEZ, 2013, p 02).

Trabalhar, ensinar e estudar na escola ou em casa há diferenças, mas por

meio das tecnológicas, a distancia se torna nada, podendo chegar aonde quiser com

apenas um clique e compartilhando o que se sabe com todos numa mesma rede.

30

5. CAPACITAÇÃO PEDAGOGICA E FORMAÇÃO CONTINUADA

A educação continuada é de fundamental importância para as mudanças na

pratica pedagógica dos professores. Para educar na era da informação, é

necessário enfrentar paradigmas que envolvem uma educação fundamentada em

teorias de ensino-aprendizagem, que é um modelo “ultrapassado” de ensino, os

professores precisam encontrar caminhos próximos ao momento histórico que

vivemos. O sucesso do uso dos recursos tecnológicos na educação depende de

uma infra-estrutura adequada, com um bom planejamento e investimentos que

privilegiam a formação de educadores e decisão política.

A formação continuada foi uma proposta utilizada pelo Ministério da

Educação para atualizar a pratica educacional, visando capacitar os profissionais

para métodos educacionais contemporâneos e melhorar a qualidade da educação

no país. Muitos professores já tiveram a oportunidade de poder aprender e trabalhar

com as tecnologias, e os incentivos do governo está ai, para ajudar a esses

profissionais a se capacitarem e fazer parte da nova era digital.

5.1 O PROFESSOR PRECISA SE ATUALIZAR

Com a globalização e avanços tecnológicos constantes, vários professores

estão fora do mundo digital. Muitos veem as tecnologias como um bicho de sete

cabeças e não se propõem a aprender como utilizá-las. O educador deve ter essa

visão de pensar nas tecnologias como uma barreira ou um inimigo, que está ali

somente para atrapalhar o seu trabalho.

O professor precisa se atualizar para não ficar para trás. Alunos hoje em dia

estão à frente dos professores quanto ao conhecimento tecnológico, enquanto

muitos educadores estão parados nos seus conhecimentos passados, não sabendo

sequer a ligar a um projetor dentro da sala, ficando perdidos numa simples conversa

com vocabulário sobre internet e computadores.

Umas das justificativas dos professores são a falta de equipamento na

escola, não dando oportunidade para os professores terem o contato com

tecnologias. Isso é um fato atual, que acontece em muitas escolas brasileiras que

não tem investimento nessa área, mas mais do que investimento, o educador

31

precisar ter também o interesse para aprender as novas formas de ensino e

utilização de ferramentas digitais didáticas no seu dia a dia.

5.2 PLATAFORMA FREIRE

O governo tem oferecido vários projetos para aproximar os professores na

utilização de computadores, além de capacitação profissional em diversas áreas por

email da internet. A Plataforma Paulo Freire é um sistema eletrônico criado em

2009 pelo Ministério da Educação, com a finalidade de realizar a gestão e

acompanhamento do Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação

Básica.

Em maio de 2012, o sistema passou a ser gerido pela Capes e está sendo

reestruturado para incluir um conjunto de funcionalidades que permitirão informatizar

todo o processo de gestão, acompanhamento e revisão do planejamento da

formação inicial dos professores da educação básica.

Nesse sistema a Capes atualmente publica a relação dos cursos superiores

ofertados pelas Instituições de Educação Superior para os professores da rede

pública de educação básica; os professores interessados em participar dos cursos

fazem sua pré-inscrição; as secretarias municipais e estaduais de educação validam

a pré-inscrição dos professores de sua rede; as universidades extraem a relação de

professores pré-inscritos e, após o processo seletivo, registram os alunos

matriculados.

Com a reestruturação do sistema, além do registro das matrículas, as IES

deverão informar a evasão; as secretarias municipais e estaduais de educação

poderão informar anualmente a demanda por formação de sua rede; os fóruns terão

acesso eletrônico tanto aos dados da demanda quanto das matrículas e evasão, o

que permitirá a revisão anual do Planejamento Estratégico; os dados cadastrais dos

professores serão filtrados diretamente da base de dados do Educando, de modo a

otimizar os processo de validação e matrícula. Com essas e outras funcionalidades

que estão sendo inseridas no sistema, espera-se que ele opere no sentido de

aperfeiçoar a gestão e acompanhamento do Programa.

32

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ter acesso à informação é fundamental para o crescimento intelectual do

individuo, mais do que receber informação, é importante que o aprendiz saiba como

utilizar e filtrar essa informação para beneficio próprio e de toda a sociedade.

Não basta saber, tempos que também compartilhar essa informação. Não

basta receber a informação, tempos que saber utiliza-la para melhoria de vida e

crescimento do individuo em si.

Os resultados obtidos neste presente trabalho foram satisfatórios e de

grande importância. A utilização da informática no dia a dia das pessoas

revolucionou a forma de das pessoas se comunicar, trabalhar e aprender, formando

um círculo de troca de informações, gerando um conhecimento mais aberto e

espontâneo.

Isso não foi observado só em empresas, como nas residências e centros de

informática, a cultura tecnológica pode sim mudar a vida das pessoas,

principalmente se essa for estimulada nas escolas para o crescimento pessoal

quanto para a vida profissional das pessoas.

Os alunos e professores passam a ter capacidade obter informações através

da internet e a utilizar os recursos tecnológicos como ferramentas, obtendo

experiências na área de informática e conhecimento sobre vários assuntos,

formando pessoas criticas e criativas.

As TICs, são um exemplo de ferramentas que vem evoluindo com o tempo

para otimizar processos e obter informações. O ser humano deve saber como utiliza-

las de forma segura e critica, para que não haja influencias que desviem do objetivo

final que é tornar o individuo critico e responsável, conhecedor dos seus direitos e

deveres diante da sociedade.

A curiosidade de aprender a utilizar essas ferramentas e obter informações é

necessária para os dias atuais, com a evolução rápida de sistemas e processos,

devemos estar atentos ao novo, ao desconhecido, sem ter medo de enfrentar novos

desafios e aprender a reaprender, não limitando somente a utilizar e acreditar em

sistemas de ensino e aprendizagem passadas, que não fazem parte do nosso

cenário atual.

As pessoas mudam, os sistemas mudam, os hábitos mudam. Mudar os

hábitos é de grande importância para o desenvolvimento do ser humano, quem ficar

33

na inércia e não se atualizar vai sentir que está fora da realidade atual, não

pertencendo ao mundo que evolui a cada dia e acabará sendo engolido pela nova

geração, que estará bem mais preparada e aberta a receber o novo.

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