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FUNDAÇÃO ARMANDO ÁLVARES PENTEADO FAAP PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DA COMUNICAÇÃO E MARKETING DIGITAL Larissa de Cássia Candido ITAÚ FEITO PARA VOCÊ: ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DE CONTEÚDO DO PORTAL ONLINE USO CONSCIENTE DO DINHEIRO SÃO PAULO 2016

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Page 1: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

FUNDAÇÃO ARMANDO ÁLVARES PENTEADO

FAAP PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO DA COMUNICAÇÃO E MARKETING DIGITAL

Larissa de Cássia Candido

ITAÚ – FEITO PARA VOCÊ:

ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DE CONTEÚDO DO PORTAL ONLINE USO CONSCIENTE DO DINHEIRO

SÃO PAULO

2016

Page 2: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

Larissa de Cássia Candido

ITAÚ – FEITO PARA VOCÊ:

ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DE CONTEÚDO DO PORTAL ONLINE USO CONSCIENTE DO DINHEIRO

Monografia apresentada à FAAP Pós-Graduação, como parte dos requisitos para a aprovação no Curso de Pós-Graduação em Gestão da Comunicação e Marketing Digital.

Thiago Costa

Tatiana Amendola Sanches

SÃO PAULO

2016

Page 3: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

Larissa de Cássia Candido

ITAÚ – FEITO PARA VOCÊ:

ANÁLISE DA ESTRATÉGIA DE CONTEÚDO DO PORTAL ONLINE USO CONSCIENTE DO DINHEIRO

Monografia apresentada à FAAP Pós-Graduação, como parte dos requisitos para a aprovação no Curso de Pós-Graduação em Gestão da Comunicação e Marketing Digital.

( ) Recomendamos exposição na Biblioteca.

( ) Não recomendamos exposição na Biblioteca.

Nota: ________________________________

São Paulo, _____ de __________ de _______

_____________________________________

Professor (a)

_____________________________________

Professor (a)

_____________________________________

Professor (a)

Page 4: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

Candido, L.

Itaú – feito para você: análise da estratégia de conteúdo do portal online

uso consciente do dinheiro. / Larissa de Cássia Candido. São Paulo, 2016. 159

p. Monografia (Pós-Graduação). Faculdade de Comunicação. Fundação

Armando Álvares Penteado.

Orientador: Thiago Costa

1. Marketing Digital 2. Produção de Conteúdo Digital 3. Comunicação Digital

4. Mídias Digitais

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Resumo

Este trabalho fez uma análise da estratégia utilizada para produção e compartilhamento dos conteúdos disponíveis no portal online Uso Consciente do Dinheiro da marca Itaú. Para isso, foi feita uma revisão das principais teorias sobre as cinco eras da comunicação, novas formas de linguagem, a influência do meio no processo comunicativo, gestão de marcas e produção e estratégia de conteúdo. Posteriormente foi apresentado um panorama da marca Itaú e uma análise do objeto de estudo deste trabalho – o portal online Uso Consciente do Dinheiro. Para atingir o objetivo deste trabalho, foi realizada uma pesquisa online a fim de entender a percepção do público perante o objeto analisado, avaliar o quanto o público-alvo conhece do portal online Uso Consciente do Dinheiro, e dentre os indivíduos que conhecem o portal, quantificar o nível de agrabilidade que os materiais disponíveis no portal desperta no público consultado. Após o confronto dos resultados da pesquisa com a fundamentação teoria e a análise do objeto, verificou-se que o portal é um componente tático dentro da estratégia de educação financeira da marca, composto de uma gama variada de materiais que formam um compêndio digital sobre educação financeira. Por fim, apresentou-se o que portal possui pouca exposição nos canais da marca, o que lhe conferiu uma taxa baixa de conhecimento dentre aqueles que buscaram informações sobre educação financeira.

Palavras-chave: Gestão da comunicação e marketing digital. Internet. Marketing de conteúdo. Hipermídia. Educação financeira. Materiais digitais. Midias Digitais. Itaú.

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Abstract

This paper made an analysis of Itaú’s online portal Uso Consciente do Dinheiro, based on content marketing concepts of production and sharing. For this matter, the author reviewed the main theories about the five eras of communication, new forms of language, the environment influence in the communication process, brand management and production and content strategy. Later on, the author presented an overview of Itaú brand and an analysis of the subject of this work. To achieve the objective of this paper, an online survey was conducted in order to understand the public perception to the object, the level of knowledge the audience had about the online portal, and among the individuals who know the portal, to define the intensity of appreciation the interviewers feel about the materials. After the confrontation of the research findings with the theories and the analysis of the object, it was found that the portal is a tactical component within the brand’s financial education strategy that consist of a wide range of materials that make up a digital compendium on financial education. Finally, it showed the portal doesn’t have exposure enough in the brand channels, giving it a low rate of knowledge among those who sought information on financial education.

Keywords: Digital marketing and communications management. Internet. Content Marketing. Hipermedia. Financial education. Digital materials. Digital medias. Itaú.

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Lista de ilustrações

Figura 1: Quais desses dispositivos você utiliza? ..................................................... 25

Figura 2: A jornada do consumidor é dinâmica ......................................................... 26

Figura 3: Acesso fácil à internet leva mais consumidores a verificarem

recomendações de compra ....................................................................................... 27

Figura 4: Informação negativa é tão poderosa quanto positiva na influência de

decisão de compra .................................................................................................... 28

Figura 5: Primeira edição e edição 2003 da revista “The Furrow”. ............................ 31

Figura 6: Homepage Red Bull Media House. ............................................................ 34

Figura 7: The hub and spoke model .......................................................................... 43

Figura 8: Volume de transações de cliente nos canais tradicionais e eletrônicos ..... 59

Figura 9: Banner da página do portal Uso Consciente do Dinheiro ........................... 61

Figura 10: Homepage do portal Uso Consciente do Dinheiro ................................... 62

Figura 11: Seção Assista........................................................................................... 63

Figura 12: Seção Ouça ............................................................................................. 67

Figura 13: Seção Leia ............................................................................................... 71

Figura 14: Seção Simule ........................................................................................... 73

Figura 15: Seção Baixe ............................................................................................. 75

Figura 16: Seção Dúvidas ......................................................................................... 78

Figura 17: Seção Iniciativa ........................................................................................ 93

Figura 18: Capa do White paper Estratégia de Educação Financeira do Itaú

Unibanco ................................................................................................................... 94

Figura 19: Seção Saia do vermelho .......................................................................... 96

Figura 20: Seção Consumir e poupar ........................................................................ 99

Figura 21: Seção Use bem o seu dinheiro .............................................................. 102

Figura 22: Seção Família e Dinheiro ....................................................................... 105

Figura 23: Seção Sobrou dinheiro, e agora? ........................................................... 109

Figura 24: Seção O melhor crédito para você ......................................................... 113

Figura 25: Seção Conta-corrente ............................................................................ 117

Figura 26: Seção Cartão de débito e cheques ........................................................ 120

Figura 27: Seção Crédito consciente para empresas .............................................. 123

Figura 28: Pergunta 1 – qual é a sua faixa etária? .................................................. 127

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Figura 29: Pergunta 2 - seu gênero/ sexo ............................................................... 128

Figura 30: Pergunta 3 – você já buscou informações sobre educação financeira? . 128

Figura 31: Pergunta 4 – para qual finalidade você buscou informações sobre

educação financeira? .............................................................................................. 129

Figura 32: Pergunta 5 – em quais meios de comunicação você buscou informações

sobre educação financeira? .................................................................................... 130

Figura 33: Reprodução da página inicial do portal Uso Consciente do Dinheiro ..... 130

Figura 34: Pergunta 6 – você conhece o portal online Uso Consciente do Dinheiro do

Banco Itaú? ............................................................................................................. 131

Figura 35: Pergunta 7 – você já viu/ acessou algum destes conteúdos a seguir? .. 132

Figura 36: Pergunta 8 – o que você achou dos conteúdos que você já viu/ acessou

no portal? ................................................................................................................ 133

Figura 37: Pergunta 9 – como você avaliaria os conteúdos que você já viu/ acessou

no portal? ................................................................................................................ 134

Figura 38: Pergunta 10 – como você descreveria os conteúdos que você já viu/

acessou no portal? .................................................................................................. 134

Figura 39: Pergunta 11 – o que você achou do vídeo? ........................................... 135

Figura 40: Pergunta 12 – como você avaliaria a mensagem deste vídeo? ............. 136

Figura 41: Pergunta 13 – como você descreveria este vídeo? ............................... 137

Figura 42: Pergunta 14 – você consideraria acessar outros materiais disponíveis no

portal? ..................................................................................................................... 138

Figura 43: Pergunta 15 – Você já viu alguma iniciativa sobre educação/ gestão

financeira do Banco Itaú nestes meios de comunicação? ....................................... 139

Figura 44: Pergunta 16 – você é correntista do Banco Itaú? .................................. 139

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Sumário

Introdução .................................................................................................................. 9

1 Marketing de conteúdo: da relevância à consideração de uma marca ....... 14

1.1 O meio e a mensagem ................................................................................. 14

1.2 A comunicação e a linguagem na pós-modernidade.................................... 17

1.3 Os desafios do marketing na era digital ....................................................... 24

1.4 Marketing de conteúdo – uma nova forma de abordagem ........................... 28

1.5 A história do marketing de conteúdo ............................................................ 30

1.6 Tipos de conteúdo distribuídos por empresas e marcas no ambiente digital

35

1.7 Plataformas de conteúdo ............................................................................. 42

1.8 Publicidade paga, patrocínio e product placement não são estratégias de

marketing de conteúdo .............................................................................................. 44

2 Itaú, feito para você – o panorama da marca ................................................. 47

2.1 Marca ........................................................................................................... 47

2.2 Branding ....................................................................................................... 48

2.3 Brand equity ................................................................................................. 48

2.4 Gestão de marca .......................................................................................... 50

2.5 Construção de marcas ................................................................................. 52

2.6 História do Banco Itaú Unibanco .................................................................. 55

2.7 Portal online Uso Consciente do Dinheiro .................................................... 60

2.7.1 Assista ................................................................................................... 63

2.7.2 Ouça ...................................................................................................... 67

2.7.3 Leia ........................................................................................................ 71

2.7.4 Simule .................................................................................................... 73

2.7.5 Baixe ...................................................................................................... 75

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2.7.6 Dúvidas .................................................................................................. 78

2.7.7 A iniciativa ............................................................................................. 93

2.7.8 Saia do vermelho ................................................................................... 96

2.7.9 Consumir e poupar ................................................................................ 99

2.7.10 Use bem o seu dinheiro.................................................................... 102

2.7.11 Família e dinheiro ............................................................................. 105

2.7.12 Sobrou dinheiro, e agora? ................................................................ 109

2.7.13 O melhor crédito para você .............................................................. 113

2.7.14 Conta-corrente ................................................................................. 117

2.7.15 Cartão de débito e cheques ............................................................. 120

2.7.16 Crédito consciente para empresas ................................................... 123

3 Pesquisa e discussão .................................................................................... 126

3.1 Apresentação dos resultados ..................................................................... 126

3.2 Discussão ................................................................................................... 140

Conclusão .............................................................................................................. 147

Referências bibliográficas .................................................................................... 149

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ONLINE ............................................................ 150

APÊNDICE B – CURRICULUM VITAE .................................................................. 153

ANEXO A – RESULTADO DA PESQUISA ONLINE .............................................. 154

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9

Introdução

No espaço democrático da cultura de mídia, cada indivíduo pode ser produtor

e criador de conteúdo, e neste cenário as marcas também estão produzindo

conteúdo para se comunicar com o seu público. Na há filtros; o que vale hoje é o

quanto um conteúdo é relevante e capaz de gerar engajamento – curtidas,

compartilhamentos, visualizações, retweets – e, claro, conversas na rede.

As marcas hoje mais humanizadas querem falar com as pessoas – querem

estar mais próxima do público geral e do seu consumidor e, para isso, utilizam as

novas mídias, como as redes sociais, onde além de compartilhar conteúdo sobre

serviços e produtos, proveem ao público materiais institucionais, ou outro conteúdo

relevante capaz de gerar longas conversas – que muitas vezes beneficiam a marca,

outras vezes geram polêmicas, requerendo, assim, um posicionamento rápido e

assertivo da empresa para não comprometer a sua imagem.

Mas esta proximidade, em que marca e consumidor conversam e interagem,

não existia até o advento da internet na década de 1990. A comunicação era

horizontal e inerte, proporcionada por veículos tradicionais, como televisão, rádio e

mídia impressa. Neste contexto as marcas apostavam em um modelo comunicativo

mais tradicional e de cunho estritamente comercial.

Os bancos se apropriaram deste espaço para comunicar a marca ao público –

um dos mais lendários na propaganda brasileira foi o extinto Banco Mercantil

‘Bamarindus’ com o seu famoso jingle “o tempo passa, o tempo voa e a poupança

Bamerindus continua numa boa”, na década de 90, em um momento que o Brasil

enfrentava a maior crise financeira do país. Depois disso outras instituições

financeiras seguiram a onda e também se apropriaram da comunicação de massa.

O banco Itaú foi uma das instituições que apostaram na propaganda a partir

da década de 70, e hoje ostenta um dos repertórios publicitários mais versáteis das

últimas décadas. Uma marca que hoje aposta na diversidade comunicativa, presente

em várias mídias, com forte presença no digital – o digitaú1. O Itaú saiu do lugar

1 Termo “digitaú” faz referência a mais recente campanha publicitária do Banco Itaú, que tem o intuito

de reforçar a presença e acessibilidade do banco nas mídias digitais, que incluem páginas web, aplicativos e redes sociais, que podem ser acessado pelo computador ou por um dispositivo móvel, como smartphone ou tablete.

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comum da propaganda tradicional e hoje, mais do que fazer publicidade, a marca,

com muita personalidade, trava diálogos ousados, convidativos e às vezes

polêmicos com o público na rede.

O banco Itaú se coloca também a serviço da educação: mantem um portal

online chamado Uso Consciente do Dinheiro, onde disponibiliza uma série de

conteúdos sobre educação financeira e gestão financeira pessoal/ empresarial. Mais

do que promover a marca, segundo o Itaú, o intuito é promover a educação do tema

entre colaboradores, clientes e a sociedade, pois colaboradores que gerem bem seu

dinheiro, são multiplicadores de conhecimento e fonte de informação; clientes

informados passam a fazer uma gestão melhor de suas finanças, tomam decisões

melhores sobre aquisição de serviços e produtos bancários e ficam mais satisfeitos

com o banco, e a sociedade tendo também acesso à informação tem a chance de

fazer melhores escolhas financeiras e evita a inadimplência, que em grande escala

compromete o desenvolvimento do país.

Tem-se, porém, os seguintes questionamentos quanto ao portal online Uso

Consciente do Dinheiro: O quão relevante ele é para quem busca informações sobre

educação financeira? Qual é o perfil dos conteúdos disponibilizados no portal? E

como estes conteúdos são disseminados nas mídias disponíveis para se tornarem

conhecidos pelo público que busca respostas para temas relacionados à educação

financeira? As respostas para essas são as perguntas serão providas no desenrolar

deste trabalho.

Hipóteses:

Para este trabalho são consideradas as seguintes hipóteses:

Os materiais disponíveis no portal provam a versatilidade da marca em

falar sobre educação financeira nas mais variadas formas

comunicativas no digital.

A marca trabalha o tema uso consciente do dinheiro sob o contexto

comercial, com o intuito de vender produtos e serviços,

desconsiderando a premissa básica de uma estratégia focada na

produção de conteúdo, que é comunicar, entreter.

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O portal Uso Consciente do Dinheiro apresenta uma estrutura falha de

divulgação nos canais da marca.

Objetivo

O objetivo central deste trabalho é fazer uma análise da estratégia utilizada

para produção e compartilhamento dos conteúdos disponíveis no portal online Uso

Consciente do Dinheiro da marca Itaú. Os objetivos secundários serão:

Revisar as bases teóricas que sustentam teorias de comunicação,

marketing de conteúdo, marca e branding.

Identificar a aplicabilidade da teoria de marketing de conteúdo no

trabalho desenvolvido pela marca no portal.

Identificar os meios utilizados para propagação dos conteúdos

disponíveis no portal.

Realizar uma pesquisa online para verificar a relevância e o

conhecimento do portal da marca perante o público-alvo.

Justificativa para o tema

Bancos são as instituições mais tradicionais da humanidade e considerados

os órgãos menos inovadores na área da comunicação, no qual, por muito tempo,

seu único objetivo foi ser uma prestadora de serviço financeiro confiável para seus

clientes. Por décadas, essas instituições se limitaram somente à propaganda em

mídias de massa para promoção de produtos e serviços. Agora bancos, porém, vêm

o quanto podem capitalizar na era da web 2.0 e começam a desmistificar este

ambiente, ao estabelecer uma relação de proximidade com seus clientes no online,

em que comunicar a marca passa ser mais importante que vender produtos. Por

isso, mostrar esta virada de mesa pode colaborar para o entendimento das relações

entre marcas e consumidores impactados pela era da internet.

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Por sua vez, o marketing de conteúdo ainda é pouco explorado nos estudos

de marca. Portanto explorar o tema pode ajudar os profissionais da área na

definição de suas estratégias de comunicação e marketing digital.

Fundamentação teórica

O levantamento teórico para este trabalho abrangeu as áreas de

comunicação, marketing de conteúdo, marca e branding.

Para o primeiro capítulo foi feita a leitura de teóricos como Lucia Santaella e

Marshall McLuhan, para apresentar a influência do meio no processo comunicativo e

a evolução da comunicação com o surgimento de novas formas de linguagem,

Pierre Levy e Manuel Castells, para abordar a expressão destas novas formas

linguagem em um contexto de comunicação pós-moderna, com a presença de novos

agentes. Ainda no primeiro capítulo, Joe Pulizzi e Michael Brito foram a base para

uma discussão sobre os desafios do marketing na era digital, e como desenvolver

um trabalho de comunicação e promoção pautado na gestão e produção de

conteúdo. Para finalizar, uma breve explanação sobre as diferenças entre product

placement e marketing de conteúdo a fim de estabelecer uma separação entre os

temas; para esta finalidade, utilizou-se Martin Lindstrom.

No segundo capítulo, Keller e Kotler, David Aaker e Erich Joanchimsthaler

deram a fundamentação necessária para um discurso sobre marca, branding, gestão

e construção de marcas.

Como fonte complementar de informação, foram utilizados materiais

disponíveis no website do Banco Itaú, estudos de mercado sobre mídia e marca,

bem como notícias veiculadas na mídia brasileira que, de alguma forma, traziam

dados relevantes para esta discussão.

Metodologia aplicada ao trabalho

Primeiro passo foi fazer a revisão das fontes secundárias que versam sobre

comunicação, marketing e estudos de marca, com a abordagem de temas como: as

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13

cinco eras da comunicação, novas formas de linguagem, a influência do meio no

processo comunicativo, gestão de marcas e produção e estratégia de conteúdo.

Dentre eles, os materiais utilizados foram livros, pesquisas de mercado, matérias de

jornal e revistas especializadas e white papers disponíveis no website da marca Itaú.

Segundo passo foi fazer a análise e descrição integral da fonte primária, o

portal online Uso Consciente do Dinheiro da marca Itaú.

Para entender a percepção do público perante o objeto analisado, como

terceiro passo foi realizado uma pesquisa online com 120 entrevistados que

responderam a 16 perguntas fechadas, com o objetivo de avaliar o quanto o público-

alvo conhece do portal online Uso Consciente do Dinheiro, mantido pela marca, e

dentre os indivíduos que conhecem o portal, quantificar o nível de agrabilidade que

os materiais disponíveis no website desperta no público consultado. O questionário

com as perguntas e as respostas se encontra na seção Apêndice deste trabalho.

Quarto passo foi fazer a decupação dos resultados da pesquisa e a

interpretação dos dados. Por fim, foi feito o confronto dos dados da pesquisa com as

fontes secundárias e primária para a produção da discussão.

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14

1 Marketing de conteúdo: da relevância à consideração de uma marca

Antes de se iniciar a abordagem de marketing de conteúdo, faz-se necessário

trazer elementos sobre o processo comunicacional no contexto pós-moderno, que

culminou em novas formas de expressão de meio, comunicação, mídia e marketing.

1.1 O meio e a mensagem

Em Guerra e Paz na Aldeia Global (1971), Marshall McLuhan e Quentin Fiore

apresentam que o ser humano vive atualmente num ambiente que sofre diversas

interferências comunicativas de vários meios que trazem luz para novos ambientes e

sensações:

Hoje, que vivemos num ambiente elétrico de informação codificada, não apenas para a percepção visual mas para outras, é natural que tenhamos novas percepções que destroem o monopólio e prioridade do espaço visual, fazendo com que esse espaço antigo pareça tão esquisito como uma cota medieval de armas sobre a porta de um laboratório de química (MCLUHAN; FIORE, 1971, p.09).

Para explicar esse abalo na estrutura do meio e abertura de caminho para

novas sensações, sob uma ótica mais científica, McLuhan e Fiore (1971) citam o

biólogo Otto Lowerstein2, autor do livro Os Sentidos (1968), para estabelecer um

paralelo de como a descoberta de novos sentidos humanos impactam a visão de

mundo do indivíduo:

A visão parece preferentemente um assunto de cálculo, e isso conduz a perguntar-se se alguém pode jamais “ver” alguma coisa de que não tem prévio conhecimento. Recebemos também essa impressão de clientes, cegos desde a infância, e que recuperaram a vista através de uma operação. Antes dessa “abertura dos olhos” eles viviam num mundo de experiência tátil, de sons e odores, pleno de objetos que lhes eram familiares nos termos de sua capacidade limitada de experiência sensorial. Como eles se retraem no princípio ante a confusão de estímulos adicionais, almejando, às vezes, retornar à segregação de seu mundo anterior. Um dos fatos mais chocantes é a necessidade de muito tempo e esforço para que reconheçam os objetos em torno de itens separados. Precisam aprender gradualmente “a encontrar sentido neles” associando sua aparência visual com as propriedades táteis e outras que lhe são familiares [...] (LOWERSTEIN, 1968, apud MCLUHAN; FIORE, 1971, p.10).

2 Otto Lowerstein, nascido e educado em Munique, autor de Os Sentidos (1968), começou sua vida

profissional em neuropsiquiatria acadêmica na Universidade de Bonn, com um interesse em psicologia experimental. Lowerstein colaborou para publicações relacionadas ao uso clínico de sinais pupilares e introduziu a pupilografia e a neuro-oftalmologia nos Estados Unidos, por onde se exilou da perseguição nazista por quase 25 anos.

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15

McLuhan e Fiore explicam, em O Meio são as Massa-gens (1969), que os

meios são as extensões de alguma faculdade humana, seja psíquica ou física,

como, por exemplo, a roda é a extensão do pé, o livro é um prolongamento do olho,

e os circuitos elétricos são continuidades do sistema nervoso central. Assim, o

prolongamento dos sentidos humanos, através dos meios, altera a forma de agir e

pensar do homem. A primeira sensação humana utilizada para orientação e

organização social foi a audição; com a invenção do alfabeto fonético, o ouvido deu

lugar ao olho. Com o invento da televisão, o tato ganhou sua extensão, pois esse

meio envolve a interação de todos os sentidos: “a televisão exige a participação e

comprometimento de todo o ser. Não pode servir de pano de fundo. Ela o

compromete. Talvez seja por isso que tantas pessoas sentem que sua identidade

está ameaçada” (MCLUHAN; FIORE, 1969, p.153).

Neste contexto, em que o meio tem grande influência sobre o homem através

das sensações, o indivíduo busca se ajustar. De acordo com McLuhan e Fiore

(1971), esses impactos são oriundos da tecnologia, e a eletrônica, assim como a

automação, ajuda o indivíduo a se organizar no mundo globalizado. Neste mar de

estranhezas que outras expressões sensoriais e que novos ambientes impõem ao

homem, segundo McLuhan e Fiore (1971), o artista é o único ser que não se sente

acuado. Ele percebe essas novidades com excitamento, pois, segundo seu ponto de

vista, novas sensações sensoriais abrem novos caminhos para a identidade

humana, visto que existem as possibilidades da invenção, educação e transgressão

do homem.

Sob uma visão psicológica, McLuhan e Fiore (1971) apresentam uma reflexão

dos psicólogos Calvin S. Hall e Gardner Lindzey3, autores do livro Teorias da

Personalidade (1957), para explicar como é empírico ao indivíduo o ajustamento a

novos ambientes:

O desenvolvimento da percepção passa por três estágios, de “globalidade”, durante o qual o mundo é mais ou menos um borrão para a criança, “diferenciação”, durante o qual as formas começam a emergir do fundo uniforme, e “integração”, durante a qual as bases da percepção se formam.

3 Calvin S. Hall e Gardner E. Lindzey, ambos psicólogos americanos, estudaram a interpretação e a

análise dos sonhos na década de 1940. São eles autores do livro Teorias da Personalidade (1957), que aborda as diversas teorias da personalidade - desde as ocidentais formuladas por Freud, Jung, Adler, Reich, Skinner e Rogers, até as orientais, provenientes do zen-budismo, da ioga e do sufismo.

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[...] A percepção é guiada pela necessidade, o estado motivacional existe primeiro e exerce influência sobre a maneira pela qual a pessoa perceberá o mundo (HALL; LINDZEY, 1957, apud MCLUHAN; FIORE, 1971, p.12-13).

Essas reflexões trazidas servem de plano de fundo para ilustrar como as

novas tecnologias, novos veículos e meios de comunicação causam reorganizações

sociais. As novidades primeiramente causam um estranhamento, um incômodo,

depois trazem a nostalgia cultural dos velhos sistemas e, posteriormente, a nova

busca pela identidade:

[...] Em nosso tempo, pelo menos, a quantidade de inovação supera em muito todos os impactos de inovação de todas as culturas passadas do mundo. Estamos mais frenéticos no desejo de recuperar e de reconstruir as partes da imagem despedaçada que todas as sociedades do passado. É esse impulso que motiva a orgia de espelhismo retrovisor, tudo, desde a reconstrução erudita de remotas culturas insignificantes até o que o vento levou (MCLUHAN; FIORE, 1971, p.126).

Na narrativa A Galáxia de Gutenberg (1972, p.15), McLuhan refere que “[...]

qualquer nova tecnologia de transporte ou comunicação tende a criar seu respectivo

meio ambiente humano”, ou seja, as pessoas vêm se reinventando nos ambientes à

medida que as transformações tecnológicas impactam seu cotidiano, desde o

surgimento dos primeiros manuscritos à invenção da roda. Os ambientes

tecnológicos, no entanto, têm em si propriedades transformadoras, que remodelam a

si próprios, outras tecnologias e os indivíduos:

Em nosso tempo, a súbita passagem da tecnologia mecânica da roda para a tecnologia do circuito elétrico representa uma das maiores mudanças de todo o tempo histórico. A impressão por tipos móveis criou novo ambiente inteiramente inesperado: criou o público. A tecnologia do manuscrito não teve a intensidade de poder de difusão necessário para criar públicos em escala nacional. As nações, como viemos a chamá-las nos séculos recentes, não precederam nem podiam preceder o advento da tecnologia de Gutenberg, do mesmo modo que não poderão sobreviver ao advento do circuito elétrico com o poder de envolver totalmente todo povo em todos os outros povos (MCLUHAN, 1972, p.15).

A criação do público vem do que McLuhan (1972) chama de consciência

coletiva, introduzida pela nova cultura do livro no século XVII. A linguagem e as artes

deixam seu estado de agentes primários, do ponto de vista crítico, e se tornam

meios para a disseminação de mensagens em massa. A tecnologia amplifica o

poder do meio, trazendo novas expressões, como a televisão no século XIX,

causando um efeito de hipnose na sociedade, pois, quando nova, a expressão

Page 19: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

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diminui o sentimento de interação dos sentidos e da consciência, e atua criando as

novidades, ao estabelecer uma identificação entre o indivíduo e o objeto observado.

Mesmo com a negação da consciência coletiva, no século XVIII, pela parte

artística e literária da época que lutava pela individualidade e a ideia da existência

pessoal única, as pressões causadas pela cultura de massa prevaleceram à medida

que as novas tecnologias passaram a mudar o curso intelectual e cultural da

sociedade (MCLUHAN, 1972). Na etapa a seguir, faz-se necessária uma abordagem

sobre o processo comunicacional humano, mostrando-se como este tem evoluído no

contexto da pós-modernidade.

1.2 A comunicação e a linguagem na pós-modernidade

No livro Matrizes da Linguagem e do Pensamento (2001), Lucia Santaella

apresenta um estudo sobre as três matrizes da linguagem – verbal, visual e sonora –

que norteiam toda a lógica do processo do pensamento e da comunicação humana.

Segundo Santaella (2001), todas as variadas expressões de linguagem (literatura,

música, teatro, pintura, arquitetura, hipertexto etc.), bem como os meios (foto,

cinema, televisão, vídeo, revista, internet, redes sociais etc.), são veiculadas e estão

pautadas nessas matrizes, independente das convergências que existam entre as

linguagens e os canais.

A matriz verbal tem como cernes os discursos4 descritivos, narrativos e

dissertativos, e estes alicerceiam todas as variedades discursivas da linguagem

verbal. Isso ocorre porque o discurso se encontra entre a abstração da língua e as

variantes da fala; desta forma, está sujeito às estruturas e significações que se tem

na organização de um texto, bem como à flexibilidade que se encontra na oralidade

(SANTAELLA, 2001).

Segundo Santaella (2001), a descrição é a tentativa de se reconstruir a

qualidade das coisas, dos ambientes, das pessoas, das situações nas palavras por

4 Na obra Matrizes da Linguagem e do Pensamento (2001, p.286), Santaella trata a linguagem verbal

sob a ótica do discurso, ou seja, sua premissa é “[...] caracterizar os princípios da organização sequencial que estão na base do discurso verbal. Essa obra não trata a linguagem verbal sob o princípio do “texto” como unidade de significação”.

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meio dos sentidos sensoriais – visão, audição, tato, paladar, olfato – e da

imaginação. Assim, tudo o que é descrito é captado pelo exterior humano, com o

recurso dos sentidos sensoriais, e pelo interior do indivíduo, pela imaginação. Sua

natureza, portanto, é a aproximação do objeto observado com a mente para

estabelecer a primeira forma de contato:

[A descrição] representa, portanto, a pretensão de se transcrever através do terceiro (convencional) aquilo que é primeiro (apreensão positiva e simples das qualidades). A descrição seria um tipo de manifestação da linguagem verbal que tende a se aproximar do primeiro modo de apresentação dos objetos na consciência, o modo puramente qualitativo e sensível. Ou melhor, tende a registrar pelo e no verbal esse primeiro modo de apreensão (SANTAELLA, 2001, p.295).

A narração se baseia no relato temporal ou atemporal, com o intuito de

organizar eventos e ações numa ordem lógica. O discurso verbal narrativo registra a

ação de uma situação conflituosa que origina um acontecimento, uma experiência

(SANTAELLA, 2001). Tem-se, desta forma, que um discurso verbal, para ser

considerado narrativo, precisa trazer os elementos conflito, coação, oposição de

forças e ideias para originar uma história, que pode ser factual, situacional, ficcional

etc. (SANTAELLA, 2001).

Por fim, tem-se a dissertação, que tem como núcleo “redes conceituais,

logicamente estruturadas” (SANTAELLA, 2001, p.15), ou seja, parte-se para o

princípio de implicações do intelecto. Estabelece-se, nesta forma de discurso verbal,

a entrega de conceitos e leis gerais formuladas sob a luz do raciocínio, que se

edificam com o tempo a partir do debate intelectual:

[...] Todo o discurso dissertativo nasce do raciocínio. Todo raciocínio se constitui em um argumento porque implica a passagem de premissas a conclusões, passagem esta que é guiada por regras inferenciais. Essas regras inferenciais são de três tipos, abdutivas, indutivas e dedutivas, de onde advém a divisão do argumento também nesses três tipos. Tendo isso em mente, pode-se afirmar que esses três tipos de argumento estão na raiz do discurso dissertativo, constituindo-se em três espécies de embriões da organização dissertativa (SANTAELLA, 2001, p.348).

A segunda matriz definida por Santaella é a visual. Segundo a autora, o

cerne dessa linguagem está pautado em como “[...] imagens singulares se

apresentam à percepção” (SANTAELLA, 2001, p.19). Tem-se, desta forma, que a

matriz visual abarca todas as formas visuais representativas de linguagem

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19

produzidas pelo homem. Nessa perspectiva, as imagens são analisadas como

signos que remetem a algo do mundo visível.

Com base num experimento proposto pelo psicólogo James Gibson5, em

seu livro The Perceptions of Visual World (1950), Santaella apresenta a diferença

entre mundo visual e campo visual:

Gibson pede ao leitor que faça um experimento. Olhe em torno da sala em que você está e note que você vê uma cena estável com assoalho e teto, com um ordenamento de objetos familiares em locais e distâncias definidos. Cada parte dela está definida com relação a qualquer outra parte. Se você olhar pela janela, verá um ambiente estendido de chão e prédios, ou se tiver sorte, verá um “cenário”. Esse é o mundo visual, quer dizer, a cena familiar, comum do dia-a-dia, na qual objetos sólidos parecem sólidos, objetos quadrados parecem quadrados, superfícies horizontais parecem horizontais e o livro mais no fundo da sala parece do mesmo tamanho que o livro que você tem diante de você. Agora, olhe para a sala não como uma sala, mas, tanto quanto possível, como se ela consistisse de áreas ou pedaços de superfícies coloridas, divididas por contornos. Para isso, você deve fixar seus olhos em algum ponto proeminente e prestar atenção não àquele ponto como seria natural, mas a toda extensão do que você pode ver, mantendo seus olhos ainda fixos. [...] Se você fechar os olhos e persistir, a cena se aproximará da aparência de um quadro. Suas características são distintas da cena anterior. Este é o campo visual, que só pode ser observado com algum esforço. Só o percebemos quando tentamos ver o mundo visual em perspectiva e suas cores como um pintor as vê (GIBSON, 1950, apud SANTAELLA, 2001, p.185).

Assim, o signo funciona como um mediador entre o objeto e a resposta que

se gera na mente do interpretante, que pode ser a interpretação lógica do objeto ou

o juízo que o indivíduo faz dele com base em sua percepção (SANTAELLA, 2001).

Desta forma, a linguagem visual associa a forma representativa dos objetos

ao que eles representam para o mundo visual, estejam eles na sua forma direta

constituída ou na sua representação mediada por meios, como desenhos, pinturas,

gravuras, fotografias, escritura, cinema, televisão, entre outros.

De acordo com Santaella (2001), a matriz da linguagem sonora se realiza

onde houver sintaxe, que é o modo como elementos da linguagem se combinam

para formar unidades complexas. Estão divididas por primeiridade (sintaxe do acaso,

como de sons da natureza e produzidos pelo corpo humano), secundidade (sintaxe

5 James Jerome Gibson, autor de The Perceptions of Visual World (1950), foi um psicólogo

americano, com Ph.D. em Psicologia pela Universidade de Princeton. É considerado um dos mais importantes psicólogos do século XX no campo da percepção visual.

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dos corpos sonoros, como de instrumentos musicais), e terceiridade (sintaxe das

convenções musicais, como ritmo e melodia musical).

Essa exposição isolada das três matrizes de linguagem se fez necessária

para apresentar os sistemas de engrenagens que regem cada uma das linguagens.

No entanto, essas linguagens não são puramente visuais, verbais ou sonoras, pois

uma vez que as matrizes se referem à realização da linguagem e do pensamento,

este pode se concretizar em sintaxes da sonoridade e se elevar a formas que se

aproximam da visual, por exemplo:

[...] a linguagem verbal, a fala, apresenta fortes traços de hibridização tanto com a linguagem sonora quanto com a linguagem visual na gestualidade que a acompanha. A arquitetura, nos seus traços rítmicos e harmônicos, também se entrelaça com a sonoridade, além de ser visual e tátil, dentre todas as linguagens a mais visualmente tátil. Entrelaçam-se ainda com a sonoridade, devido à sintaxe temporal que as caracteriza, todas as formas de linguagem visual em movimento (cinema, TV, vídeo e computação), assim como se entrelaçam com diversas submodalidades de discurso verbal, a narrativa principalmente, devido ao conteúdo diegético com que a narrativa recheia o vetor temporal que é próprio da sonoridade (SANTAELLA, 2001, p.379).

Tendo em vista que as linguagens se inter-relacionam e não são estanques

no tempo, a revolução tecnológica tem alterado o curso psíquico, cultural e social da

humanidade, permitindo ao homem o desenvolvimento de novas formas de

comunicação, graças à digitalização e conversão das linguagens e dos meios:

Antes da era digital, os suportes estavam separados por serem incompatíveis: o desenho, a pintura e a gravura nas telas, o texto e as imagens gráficas no papel, a fotografia e o filme na película química, o som e o vídeo na fita magnética. Depois de passarem pela digitalização, todos esses campos tradicionais de produção de linguagem e processos de comunicação humanos juntaram-se na constituição de hipermídia. Para ela convergem o texto escrito (livros, periódicos científicos, jornais e revistas), o audiovisual (televisão, vídeo, cinema) e a informática (computadores e programas informáticos). Aliadas às telecomunicações (telefone, satélite, cabo) das redes eletrônicas, a tecnologia da informação digital conduziu à disseminação da internet que resultou da associação de dois conceitos básicos, o de servidores de informática com o de hipertexto (SANTAELLA, 2001, p.390).

A cultura do livro permaneceu hegemônica do século XV ao XIX. Com a

invenção da fotografia, o livro deixou de ser um meio exclusivo de propagação de

cultura. A mecanização da impressão causou a explosão das mídias impressas,

como jornais e revistas. Por conseguinte, houve o surgimento da cultura de massa

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21

no século XX, que ganhou força com o cinema. Os motores da engrenagem da

comunicação ganharam novo sentido com o poder de propagação do rádio e da

televisão (SANTAELLA, 2001). A efervescência da cultura de massa “[...] fez

germinar as sementes da pós-modernidade comunicacional com a multiplicação dos

dispositivos de reprodução de cultura do disponível e do efêmero” (SANTAELLA,

2001, p.391), com fotocopiadoras, videocassetes e consoles de videogames. Com

eles, surge uma nova forma de consumo, individualizada e na hora em que o

consumidor a quer, introduzida pela indústria de entretenimento e pelo varejo, com

formatos de loja de locação de filmes em vídeo e jogos eletrônicos. Neste clímax de

cultura de massa, as misturas entre linguagens e meios se intensificam e se

multiplicam em híbridas formas de comunicação, como revistas culturais, telejornal,

radio-jornal, videotexto, vídeo cinema, entre outros (SANTAELLA, 2001).

No contexto de digitalização dos sistemas comunicacionais e hibridização da

linguagem, nasce a hipermídia, com “processos comunicacionais novos, interativos

e dialógicos” (SANTAELLA, 2001, p.391). Ela consiste na integração de dados,

textos, imagens, sons e vídeos dentro de um contexto digital:

[...] Na hipermídia, fotos, desenhos gráficos, sinais de trânsitos internos, formas em multi-luz-cor, texturas, sombras e luzes lá estão para orquestrar sentidos. Palavra, texto, imagens fixas e animadas podem complementar-se e intercambiar funções na trama de tecido comum. Como se não bastasse, a hipermídia pode importar sons, vozes, música, ruídos e vídeos. Tudo isso é então orquestrado em ambientes 3D em cujas arquiteturas o receptador imerge em processos de busca propositada ou aventurosa (SANTAELLA, 2001, p.392).

Surgida da convergência dos meios e das linguagens, a hipermídia

representa a síntese das três matrizes da linguagem e do pensamento – visual,

verbal e sonora – pois dela nascem diversas maneiras de pensar, que convergem

não linearmente e que se concretizam no ambiente digital. Seu modelo arquitetônico

fluido e movente propicia a interação e imersão do leitor, livre para intervir nessa

estrutura e aventurar-se entre as possibilidades do ambiente (SANTAELLA, 2001).

A primeira linguagem a conseguir espaço neste ambiente foi a verbal, sob a

forma do hipertexto, que, nesta realidade, quebra a linearidade do texto e dá lugar

para blocos associativos de conteúdos que se ligam por vínculos e recursos visuais,

acessados a partir de comandos no PC, utilizando-se o mouse ou o teclado, ou a

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22

partir de dispositivos móveis. Esses recursos fazem o hipertexto se ampliar em

outros textos e outras formas de expressão de linguagem, convergindo com outras

mídias, levando o leitor a fazer um percurso entre diversas mensagens inter-

relacionadas. Segundo Santaella (2001, p.394), a amarração do hipertexto se dá por

nós e através de nexos associativos que constroem a informação:

[...] Os nós são as unidades básicas de informação em um hipertexto. Nós de informação, também chamados de molduras, consistem em geral daquilo que cabe em uma tela. Cada vez menos os hiperdocumentos estão constituídos apenas de texto verbal, mas estão integrados em tecnologias que são capazes de produzir e disponibilizar som, fala, ruídos, gráficos, desenhos, fotos, vídeos, etc. Essas informações multimídias também constituem os nós (SANTAELLA, 2001, p.394).

Para Pierre Levy, o hipertexto tem sido feito há muito tempo, mas com

densidade diferente do que se tem atualmente. Em Cibercultura (2001), ele

apresenta o exemplo de uma enciclopédia, que condensa textos, gravuras,

desenhos, reprodução de obras, entre outros, de temas diversos. Para encontrar o

que deseja sem a necessidade de se ler todo o compêndio, o leitor checa o sumário

ou o índice remissivo, que são considerados, dentro da mídia impressa, mecanismos

de navegação que auxiliam o leitor a encontrar o que deseja dentro desse meio.

Com a era digital, os blocos associativos, que trazem agora sons e imagens nas

suas mais variadas representações, além de mecanismos de pesquisa interna,

passam a ser operados pós nós, enquanto que as ligações, os links, são possíveis

por meio de computadores e outros dispositivos tecnológicos, que diminuíram o

tempo de execução dessas ações, limitando-as para segundos (LEVY, 2001).

Seguindo uma trama modular e não linear, na hipermídia, o leitor tem a

liberdade de escolher o caminho que quer seguir, os desvios que vai tomar, as

buscas que vai realizar, ou seja, o leitor escolhe as descobertas que quer fazer, pois

a arquitetura da hipermídia permite a interação do leitor e sua máxima experiência

de imersão. Neste ambiente, é concedida ao leitor sua intervenção para que ele

coparticipe da produção da mensagem (SANTAELLA, 2001). Sobre isso, Manuel

Castells, em seu livro A Galáxia da Internet (2003), relata que a coparticipação na

produção de mensagens é uma prática que remonta à década de 1970, quando

cientistas de sistemas de informação e tecnologia já ensaiavam, com grandes

avanços, sistemas de comunicação em rede de computadores, que hoje

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23

conhecemos como Internet. Naquela época, esses sistemas já permitiam a troca de

informação e a coparticipação coletiva no desenvolvimento de soluções que

aperfeiçoassem seu modelo. O ensaio mais bem-sucedido dessa prática aconteceu

em 1991, quando o então estudante Linus Torvalds desenvolveu o sistema

operacional Linux e o distribuiu gratuitamente na internet para que outros indivíduos

pudessem melhorá-lo e devolvê-lo à rede. Isso reconfigurou o papel do usuário/

leitor/ receptador da mensagem, que, no contexto digital, passou a ser também o

produtor da mensagem (CASTELLS, 2003).

A internet hoje – maior rede de comunicação e compartilhamento que existe

– é um dos maiores exemplos de apropriação social e coparticipação de usuários na

produção de mensagens, ela é um marco na era da informação e da sociedade em

rede (CASTELLS, 2003). Com seu advento em 1995, a sociedade passa a

experienciar um novo modelo de comunicação, que intensifica a visão do homem

sobre o mundo a partir do momento em que seu olhar é voltado para uma gama

infinita de oportunidades oferecidas por esse novo canal. A internet conecta o

mundo e permite a comunicação em escala global. Em pesquisa realizada em 2015

pelo IBOPE Media6, revelou-se que quase a metade dos brasileiros (48%) são

usuários de internet; desse total, 76% acessa a internet todos os dias. No mundo,

atualmente, são mais de três bilhões de pessoas navegando online, segundo o

Worldometers7 (2015). O advento da internet mudou drasticamente o modelo de

organização social, uma vez que as atividades econômicas, sociais, políticas e

culturais passam a ser estruturadas pela internet e em torno dela (CASTELLS,

2003).

A internet é um meio de comunicação que segue linguagem própria, com

sua própria lógica de funcionamento. A comunicação nesse ambiente se torna

possível pela prática social, através da transmissão de ideias e busca de

informação, bem como pelo entretenimento. Na internet, pensamento e linguagem,

6 BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Comunicação Social. Pesquisa brasileira de

mídia 2015: hábitos de consumo de mídia pela população brasileira. – Brasília: Secom, 2014. Disponível em: http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista-de-pesquisas-quantitativas-e-qualitativas-de-contratos-atuais/pesquisa-brasileira-de-midia-pbm-2015.pdf. Acesso em 01 set. 2015. 7 WORLDOMETERS. Sociedades & meios de comunicação: utilizadores de internet no mundo.

Disponível em: http://www.worldometers.info/pt/. Acesso em 01 set. 2015.

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24

em todas as suas representações, prosperam para a livre divulgação, interação e

compartilhamento (CASTELLS, 2003).

Com essa prerrogativa de meio, mensagem e processo comunicacional, e

seu panorama na pós-modernidade, analisa-se, a seguir, como o marketing de

conteúdo tem sido a estratégia de empresas e marcas para conquistar a

consideração dos consumidores com base na disseminação de conteúdo relevante,

que tem como cernes a linguagem e o canal.

1.3 Os desafios do marketing na era digital

Num ambiente onde a quantidade de mídia e mensagens publicitárias cresce

a cada dia, bombardeando os consumidores, ser relevante e bem considerado pelo

público é assunto de ordem de empresas e marcas. Michael Brito, em seu livro Your

Brand, the next media company (2013), cita que, para fatores como a multiplicidade

de dispositivos tecnológicos e a atenção cada vez mais dispersa dos consumidores,

uma jornada de consumidor dinâmica, aliada a uma rede de influenciadores, é o

principal desafio hoje de empresas e marcas para terem um bom desempenho de

mercado.

No que concerne à multiplicidade de dispositivos de telas, atualmente, com

uma gama variada de notebooks, telefones celulares, tablets e TVs, o consumidor

tem muitas maneiras de consumir conteúdo e mídia. Dados de uma pesquisa

realizada em 2013 pela Ipsos, a pedido do Google8 (2013), revelaram que 90% dos

consumidores alternam-se entre múltiplos dispositivos de tela. Isso quer dizer que 9

entre cada 10 consumidores têm mais de um dispositivo para consumo de mídia e

conteúdo, como mostra a Figura 1:

8 GOOGLE. The New Multi-Screen World Study: understanding cross-platform consumer behavior,

2013. Disponível em: https://ssl.gstatic.com/think/docs/the-new-multi-screen-world-study_research-studies.pdf. Acesso em 01 set. 2015.

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25

Figura 1: Quais desses dispositivos você utiliza?

Fonte: The New Multi-Screen World Study.

Essa alternância, segundo o estudo, se dá de maneira sequencial (98%) –

indo-se de um dispositivo a outro para se concluir atividades, transações no mesmo

dia – ou de modo simultâneo – usando-se dois dispositivos ao mesmo tempo para

atividades não relacionadas (78%), como assistir TV e jogar no tablet (89%), ou

complementares (22%), como começar uma busca de passagens aéreas no telefone

e concluir a transação no computador (36%) (GOOGLE, 2013)9. Esses dados

mostram a forma ávida como o consumidor tem buscado informação e formas de

entretenimento, e como os dispositivos de telas têm sido aliados poderosos nessa

jornada, uma vez que oferecem diferentes formas de interação. Por outro lado,

esses números também demonstram como a atenção dos consumidores está mais

dispersa em virtude dessa nova forma de consumo de informação proporcionada

pelos múltiplos dispositivos.

Com um número maior de mensagens e mídia online, suportado pelo

aumento de dispositivos tecnológicos, o consumidor vive, atualmente, num mundo

complexo e dinâmico, cercado por vários pontos de contatos na sua jornada, como

se pode ver na Figura 2:

9 GOOGLE. The New Multi-Screen World Study: understanding cross-platform consumer behavior,

2013. Disponível em: https://ssl.gstatic.com/think/docs/the-new-multi-screen-world-study_research-studies.pdf. Acesso em 01 set. 2015.

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26

Figura 2: A jornada do consumidor é dinâmica

Fonte: BRITO (2013).

A abertura da internet possibilitou a interação de consumidores com marcas

e empresas no ambiente digital, uma vez que agora o consumidor tem a chance de

se expressar, como reclamar ou elogiar um produto / serviço, fazer uma

recomendação, ser um defensor de marca ou influenciador, e, assim, se fazer

ouvido em vários pontos de contato. As redes sociais têm grande influência na

jornada do consumidor, uma vez que marcas e empresas passaram a habitar esses

espaços para atrair o consumidor com mídia paga (displays, anúncios, busca,

postagem patrocinada, entre outros), mídia espontânea (rede de influenciadores,

advogados de marca etc.), e mídia própria (fan pages próprias no Facebook, Twitter,

Blog, YouTube, website etc.). Em grandes números, tem-se que, atualmente, no

mundo, o número de usuários no Facebook é de mais de 1.4 bilhões; o aplicativo de

mensagens WhatsApp tem 800 milhões, versus 600 milhões de usuários do

Messenger; o Instagram aparece com 300 milhões. A rede corporativa LinkedIn

conta com 347 milhões de usuários, e o Twitter com 304 milhões (MARTINS)10. Isso

representa a importância de se ter uma estratégia de comunicação consistente, para

que a experiência de marca seja similar em todos os pontos da jornada do

consumidor (BRITO, 2013).

10

MARTINS, Laura. Facebook revela total de usuários de WhatsApp, Instagram, vídeos e mais. TechTudo, 24 abr. 2015. Disponível em http://www.techtudo.com.br/listas/noticia/2015/04/facebook-revela-total-de-usuarios-de-whatsapp-instagram-videos-e-mais.html. Acesso em 01 set. 2015.

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27

Também é inegável o poder de influência que uma recomendação de um

produto / serviço pode ter na jornada do cliente. Antes da internet, isso ficava restrito

a uma pequena rede – familiar, de trabalho ou amigos, de indivíduos que

partilhavam de interesses em comum – ou às próprias empresas, que utilizavam

grandes artifícios, como, por exemplo, celebridades em propagandas para fazer

recomendação da marca. A web deu voz aos consumidores, que agora

compartilham suas impressões sobre empresas, marcas, produtos e serviços com

um alcance global. Segundo dados do estudo Online Influence Trend Tracker11,

realizado em 2011, 89% das pessoas confiam nas recomendações de outros

indivíduos sobre produtos/ serviços nos canais online, sendo que 85% delas

declaram procurar recomendações na internet antes de efetivar a compra, como

mostra a Figura 3:

Figura 3: Acesso fácil à internet leva mais consumidores a verificarem recomendações de compra

Fonte: Online Influencers Trend Tracker (2011).

Ainda segundo dados do estudo12, 80% dos consumidores que tinham

intenções de comprar algo mudaram de opinião após virem recomendações

negativas na internet, versus 87% dos consumidores que viram uma recomendação

positiva e resolveram efetivar uma compra. Porém, como se pode ver na Figura 4, a

11

CONE COMMUNICATIONS. Online Influencers Trend Tracker, 2011. Disponível em http://www.conecomm.com/stuff/contentmgr/files/0/286c351989671ae74994fec139863bb2/files/2011_cone_communications_online_influence_trend_tracker_release_and_fact_sheet.pdf. Acesso em 01 set 2015. 12

CONE COMMUNICATIONS. Online Influencers Trend Tracker, 2011. Disponível em http://www.conecomm.com/stuff/contentmgr/files/0/286c351989671ae74994fec139863bb2/files/2011_cone_communications_online_influence_trend_tracker_release_and_fact_sheet.pdf. Acesso em 01 set. 2015.

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28

informação negativa passou a impactar mais na decisão de compra do consumidor

quando comparada com o estudo realizado em 2010:

Figura 4: Informação negativa é tão poderosa quanto positiva na influência de decisão de compra

Fonte: Online Influencers Trend Tracker (2011).

Com esse panorama apresentado, fica claro que a tecnologia mudou não

somente a maneira das pessoas se comunicarem, mas também abriu as portas para

que empresas e marcas conheçam mais o seu público e vice-versa, e, assim,

possam promover uma experiência de marca consistente em cada ponto de contato

com o consumidor. No caso da recomendação, pessoas comuns podem

compartilhar com outros indivíduos comuns suas impressões sobre determinados

produtos e serviços, possibilitando também que as empresas saibam as conversas

em torno de seu portfolio.

1.4 Marketing de conteúdo – uma nova forma de abordagem

Com quantidade abundante de propagandas hoje disponível nas mídias off-

line e online, a atenção dos consumidores se encontra esfacelada entre os múltiplos

pontos de contato por onde ele passa, porém, a máxima é única: os consumidores

querem conteúdo relevante. Segundo Brito (2013), ser relevante é saber definir o

que é importante para o consumidor e para a mensagem de marca. Por exemplo,

para uma empresa que produz joias, falar e produzir conteúdo sobre moda fashion

pode ser relevante e interessante para o consumidor e para a mensagem de marca,

uma vez que uma joia compõe o universo da moda.

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29

O marketing de conteúdo é uma estratégia de negócio em voga entre

empresas e marcas. Segundo o especialista em content marketing Joe Pulizzi, autor

de Epic Content Marketing (2014), o processo envolve a criação e distribuição de

conteúdo relevante, atraente e que engaja um público-alvo específico, com o

objetivo de conduzir o negócio para um nível rentável; em outras palavras, é uma

estratégia focada na criação de experiências valiosas para o cliente e prospecto,

com o intuito de atraí-los e retê-los (PULIZZI, 2014).

Para iniciar esta abordagem, faz-se necessário apresentar as mais variadas

formas de se referir ao marketing de conteúdo no mercado mundial:

[...] custom publishing, custom media, customer media, customer publishing, member media, private media, content strategy, branded content, corporate media, brand journalism, native advertising, inbound marketing, contract publishing, branded storytelling, corporate publishing, corporate journalism, and branded media (PULIZZI, 2014, p.04).

A base do marketing de conteúdo está em se comunicar com o público-alvo

sem a expectativa de se vender um produto ou serviço; um tipo de abordagem

ininterrupta (PULIZZI, 2014), com o objetivo de se entregar informação de utilidade

ou que entretenha o público-alvo, de modo a construir uma conexão emocional.

Uma estratégia baseada em marketing de conteúdo pode ser trabalhada,

contada e distribuída em diferentes formatos de mídia (impressos, online, face-a-

face, móvel, em redes sociais, entre outros), e empregada em qualquer estágio da

jornada de compra e em etapas anteriores. Haja vista, no entanto, que o intuito das

estratégias de marketing de conteúdo visa a entrega de informação relevante,

facilmente digerível, consistente, com o objetivo de reter e fidelizar. Segundo Brito

(2013), as estratégias de marketing de conteúdo são de natureza tática, portanto,

ambicionam complementar as outras estratégias empregadas pelas empresas e

marcas.

As atividades de marketing de conteúdo têm como um dos cernes principais

o website/ blog da marca, empresa ou produto, que tem o objetivo de nutrir seus

leads com informação de utilidade ou de entretenimento. Para serem efetivas, as

marcas devem investir grandes esforços em marketing de conteúdo para engajar

seu público-alvo, desenvolvendo conteúdos de alta qualidade e deixando-os

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30

disponíveis no seu website, por exemplo. Esses conteúdos são geralmente

desenvolvidos pelos profissionais de branding e marketing das empresas, mas

também é algo que pode ser terceirizado para consultores, agências, jornalistas e

bloggers (BRITO, 2013). A partir de redes de compartilhamento e promoção, como

as mídias sociais, esse conteúdo pode ser disseminado e passar a ser conhecido,

fazendo com que, desta forma, a marca construa sua própria audiência. Pulizzi

(2014, p.09, tradução nossa) cita: “[...] conduzindo os consumidores para o seu

website, uma marca tem a grande oportunidade de ganhar leads e movê-los para o

funil de conversão”.

No texto que segue, será apresentado um panorama histórico da tradição de

marketing de conteúdo, iniciada em 1800, e como esta evoluiu para o que se tem no

cenário atual.

1.5 A história do marketing de conteúdo

O marketing de conteúdo tem sido feito há muito tempo, remonta desde o

século XIX, porém o campo de estudo é relativamente novo e vem sendo

investigado desde o século XXI. Pulizzi (2014, p.15, tradução nossa) diz que: “[...] As

marcas têm contado histórias aos consumidores por séculos. Isso começou quando

havia poucos veículos de comunicação e continua até hoje, agora com muito mais

opções de canais de mídias para a promoção”.

Ao fazer uma retrospectiva histórica dos principais marcos de empresas que

investiram e seguem investindo em conteúdo, tem-se que tudo começou com o

lançamento da revista The Furrow, em 1895, criada e distribuída pela Deere &

Company, empresa fabricante de equipamentos agrícolas. A revista, especializada

em agricultura, tinha como objetivo informar aos fazendeiros e proprietários

agrícolas norte-americanos as novidades sobre novas tecnologias agrárias, e

ensinar-lhes os mecanismos de negócios que poderiam ajudar no gerenciamento de

seu empreendimento (PULIZZI, 2014). A revista revelou-se um sucesso e continua a

ser distribuída entre o público-alvo até hoje; atualmente ela é traduzida para 12

idiomas e distribuída para 40 países, além de estar disponível online. Na Figura 5

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31

vê-se a capa da primeira edição da revista The Furrow, bem como da edição de

2003

Figura 5: Primeira edição e edição 2003 da revista “The Furrow”. Fonte: Content Marketing Institute, 2015.

Em 1900, a empresa fabricante de pneus Michelin desenvolveu o Guia

Michelin, um compêndio de 400 páginas, com o intuito de ajudar motoristas com a

manutenção do carro, além de informar locais para hospedagem, dicas de viagem e

locais para troca de pneu13 (KUENN, 2013). O guia, que foi distribuído gratuitamente

até 1920, ainda é impresso e atualmente cobre mais de 23 países, vendendo-se o

exemplar por US$ 20.00. Na mesma década, a marca de gelatinas Jell-O, em 1904,

criou um livro de receitas que trazia propostas de sobremesas que utilizam as

gelatinas da marca como ingrediente principal (PULIZZI, 2014). Ele foi distribuído

gratuitamente nos Estados Unidos e contribuiu para mais de um milhão em vendas

das gelatinas Jell-O em 1906.

Em 1913, a empresa de engenharia Burns & McDonnell lançou a revista

Benchmark, com o objetivo de prover conteúdo educacional sobre engenharia e

13

KUENN, A. Is John Deere The Original Content Marketer? Marketing Land, jun. 2013. Disponível em: http://marketingland.com/is-john-deere-the-original-content-marketer-2-49138. Acesso em 19 jul. 2015.

Page 34: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

32

tendências do setor para seus consumidores (KUENN, 2013)14. A revista segue

disponível gratuitamente na versão online.

A rede varejista Sears colocou no ar sua própria estação de rádio chamada

WLS (World’s Largest Store), em 1922, com o objetivo de manter os fazendeiros

norte-americanos informados sobre os efeitos da deflação no país (PULIZZI, 2014).

A partir dos anos 1940, outras marcas começaram a criar seus conteúdos,

muitos deles no formato de revista. Os Estados Unidos serviu como base para

muitas dessas experiências em um período de II Guerra Mundial, em que o objetivo

das marcas era disseminar conteúdo educativo e de entretenimento no país em

tempos de guerra. A empresa química DuPont, por exemplo, lançou a revista Du

Pont; a GM criou a GM Folks; e a Harley Davidson lançou a Enthusiast. As três

revistas foram lançadas em 1942 (PULIZZI, 2012)15.

Em 1982, as empresas de entretenimento Hasbro e a produtora Marvel se

uniram em parceria e criaram a revista em quadrinhos G.I. Joe Book, que

revolucionou o mercado de entretenimento da década. No mesmo ano, a história

transcendeu e ganhou sua própria série de desenhos animados na TV norte-

americana16 (PULIZZI, 2012).

Enfim, na década de 2000, ano da consolidação da internet como meio de

comunicação de massa – a empresa de tecnologia Microsoft lançou o primeiro blog

corporativo “Channel 9”, em 2004, com conteúdos de tecnologia e informação,

vídeos, podcasts e artigos sobre as últimas tendências do setor, bem como as

novidades de lançamentos da empresa17 (PULIZZI, 2012). Em 2006, a empresa de

vestuário Nike e a empresa de tecnologia Apple desenvolvem, em parceria, o

14

KUENN, A. Is John Deere The Original Content Marketer? Marketing Land, jun. 2013. Disponível em: http://marketingland.com/is-john-deere-the-original-content-marketer-2-49138. Acesso em 19 jul. 2015. 15

PULIZZI, J. The History of Content Marketing. Content Marketing Institute, fev. 2012. Disponível em: http://contentmarketinginstitute.com/2012/02/best-content-marketing-infographics/. Acesso em 19 jul. 2015. 16

PULIZZI, J. The History of Content Marketing. Content Marketing Institute, fev. 2012. Disponível em: http://contentmarketinginstitute.com/2012/02/best-content-marketing-infographics/. Acesso em 19 jul. 2015. 17

PULIZZI, J. The History of Content Marketing. Content Marketing Institute, fev. 2012. Disponível em: http://contentmarketinginstitute.com/2012/02/best-content-marketing-infographics/. Acesso em 19 jul. 2015.

Page 35: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

33

software Nike+. A empreitada consistiu no desenvolvimento de um sensor

implantado nos tênis da Nike, que mandava informações de batimentos cardíacos,

passadas e desempenhos de corridas para o software Nike+ disponível no iPod

Nano, de propriedade da Apple. Essa parceria foi uma resposta à Adidas e à

Samsung, que juntas haviam lançado o programa Adidas 1.1 no mesmo ano. A

parceria da Nike e da Apple segue até os dias atuais. Hoje o software se chama

Nike+ Running. Ele sofreu várias melhorias ao longo dos anos, e está disponível no

formato aplicativo para dispositivos móveis e vestíveis no iTunes, loja virtual de

aplicativos da Apple, em dispositivos próprios da Nike e na Google Play, loja virtual

de aplicativos do Google18 (PULIZZI, 2012).

Uma empresa fabricante de energético, a Red Bull, iniciou algo que depois

viria em várias frentes de conteúdo em 2007, com a criação da Red Bull Media

House, uma empresa de mídia para multiplataformas com foco em esportes, cultura

e estilo de vida. Hoje é conhecida como empresa que investe pouco em publicidade,

e muito em geração de conteúdo para vários canais de comunicação: TV, com canal

e programação própria; internet, com portais e produção de filmes para plataformas

como YouTube; música, revelando novos artistas através de sua produtora;

dispositivos móveis, desenvolvendo games e aplicativos diversos; e meio impresso,

com revista especializada em esporte e estilo de vida. Além disso, a Red Bull está

fortemente presente no mundo dos esportes com equipes.

18

PULIZZI, J. The History of Content Marketing. Content Marketing Institute, fev. 2012. Disponível em: http://contentmarketinginstitute.com/2012/02/best-content-marketing-infographics/. Acesso em 19 jul. 2015.

Page 36: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

34

Figura 6: Homepage Red Bull Media House.

Fonte: Red Bull Media House, 2015.

Em 2011, a marca Coca-Cola publicou dois vídeos, divididos em 10

capítulos, nos quais compartilhava sua estratégia de marketing até 2020, totalmente

dedicada ao storytelling e desenvolvimento de conteúdo para o consumidor

(PULIZZI, 2014). Aproveitando-se das transformações atuais no modo de consumo

de mídia, o objetivo da Coca-Cola era contar histórias para entregar valor e

significado para a vida das pessoas, para que seu público passasse a ter mais

contato com as experiências de marca do que com o produto em si. A estratégia da

marca está focada na máxima “70/20/10”, ou seja, 70% de conteúdo seguro (aceito

pelo público), 20% de conteúdo inovador e 10% de conteúdo de alto risco19.

No Brasil, também houve ações em marketing de conteúdo que chamaram a

atenção pela criatividade, novidade e relevância, como a empresa Heinz, que

decidiu unir conteúdo, TV, meios digitais e ativação na ocasião do lançamento das

papinhas para bebê em 2013. A ação consistiu na produção do documentário

“Geração Alpha”, que mostra o desafio de pais e professores sobre como educar

essa nova geração que já nasce conectada e com celular na mão

(DOCUMENTÁRIO..., 2013)20. Mais do que promover o produto, o intuito do

19

COCA-COLA. Coca-Cola Content 2020 Part One. The Cognitive Media, Estados Unidos, ago. 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LerdMmWjU_E. Acesso em 02 ago. 2015. 20

Documentário marca estreia de Heinz no segmento de papinhas infantis. Proxxima, 01 nov. 2013. Disponível em http://www.proxxima.com.br/home/criacao/2013/11/01/Document-rio-marca-estreia-de-Heinz-no-segmento-de-papinhas-infantis-.html. Acesso em 07 set. 2015.

Page 37: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

35

documentário era mostrar os novos desafios na criação e educação da geração

alpha sob a ótica de pais, familiares e educadores. Já em 2015, foi a vez da marca

de desodorantes Axe, que promoveu o curta-metragem “Romeo Reboot”, cujo intuito

é apresentar uma releitura desse personagem marcante da literatura sob os

aspectos da pós-modernidade, igualando-o a um homem da atualidade. Para

divulgar a ação, foram criados 100 mil trailers diferentes, todos distribuídos para os

perfis-alvo por meio de mídia programática (AXE..., 2015)21.

Até mesmo instituições arreigadas e tradicionais entendem que uma

estratégia de marketing que inclui o marketing de conteúdo pode conduzir clientes

para um próximo nível no estágio de compra. O banco Itaú é um bom exemplo para

essa explicação. Sendo o objeto de estudo deste trabalho, o Itaú concentra seus

esforços não somente na disseminação de mensagens publicitárias para conquistar

clientes e vender produtos, como também investe na geração de conteúdo online

para educação financeira, que, em tempos de instabilidade econômica, tem apoiado

o público em geral com princípios básicos de controle de gastos e economia. No

texto que segue, vê-se uma explanação sobre as diferentes formas de abordagem

de conteúdo.

1.6 Tipos de conteúdo distribuídos por empresas e marcas no ambiente digital

Apresentam-se alguns conteúdos que são comumente utilizados na

estratégia de marketing de conteúdo.

Artigo

“Um artigo que tem finalidade comercial e de relacionamento. Apresenta-se

como uma oportunidade para empresas apresentarem tendências, temas em

discussão, desafios do negócio e tópicos de interesse imediato para o público-alvo”

(PULIZZI, 2014, p.168, tradução nossa).

21

Axe lança a série de curtas-metragens "Romeo Reboot". Propmark, 01 jun. 2015. Disponível em http://propmark.com.br/anunciantes/axe-lanca-a-serie-de-curtas-metragens-qromeo-rebootq. Acesso 07 set. 2015.

Page 38: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

36

Não há um formato definido para um artigo, ele pode ser pequeno, médio ou

grande, de acordo com o tema proposto. De acordo com Pulizzi (2014), o artigo se

distingue de uma postagem de blog quando traz consigo a imparcialidade: “[...] blogs

têm um ponto de vista – uma personalidade. Artigos não têm ponto de vista e sim

tesouros informacionais” (PULIZZI, 2014, p.169, tradução nossa).

Audiobook

Audiobook, em português conhecido como “áudio livro”, tem as mesmas

características de um livro impresso, porém formatado para a audição. Ele pode ser

projetado para ser distribuído como podcast ou em CD (PULLIZI, 2014).

Blog

Blog é um dos formatos de conteúdo mais utilizados na atualidade, além de

ser também uma plataforma. Blog é a simplificação do termo “weblog”, que é a

junção das palavras em inglês “web” e “log”, que em português é conhecido como

“diário de rede”. Blogueiro é o nome dado a quem escreve “blogues” ou faz

postagens para blogs.

Ele consiste em uma página de internet onde regularmente são feitas

postagens, como artigos, imagens, músicas ou vídeos, sempre organizadas

cronologicamente a partir do último item postado. O blog pode ser dedicado a um

assunto específico ou ser generalista.

O blog pode ser pessoal, onde o indivíduo se apropria do espaço para falar

de sua vida e dar opinião pessoal; esse formato é também fortemente usado por

celebridades para estarem em contato com fãs. Ele pode ser corporativo, ou seja,

mantido por uma empresa, com o intuito de estreitar o relacionamento com o cliente

ao promover conteúdo relevante. Por fim, ele pode ser um blog generalista, com

conteúdos variados, que podem ser mantidos por uma ou várias pessoas. Blogs

normalmente tem um espaço para interação entre o autor e seu público, esta é a

área de comentários.

Page 39: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

37

Para Pulizzi (2014), o blog corporativo ou de marcas pode ser uma

ferramenta poderosa para a entrega de conteúdo consistente, porém ele faz uma

ressalva:

The majority of blogs out there don’t make it. The worst thing you can do as a business is start a consistent dialogue with your customers and then stop. It’s better not do anything at all than stop cold turkey. According to IBM research, 85% of corporate blogs have five posts or less. That means we (brands) are really good at starting content projects but not really good at continuing the process (PULIZZI, 2014, p.161).

Pulizzi (2014) lembra que, antes de se iniciar um blog corporativo, é

necessário que certas perguntas sejam pensadas antes da estratégia ser colocada

em prática: Quem será o leitor? Qual a história a ser contada? É possível manter a

regularidade de pelo menos duas postagens por semana? O blog será otimizado

para busca e rankeamento?

Para postagens atraentes e engajadoras, ou seja, que rendem comentários

positivos e geram compartilhamentos, Pulizzi (2014) diz que é importante utilizar

títulos criativos e que tragam a luz para o tema abordado, assim como ser focado ao

abordar o assunto e econômico quanto ao tamanho da postagem.

Promover o conteúdo entre influenciadores, nas redes sociais, e fazer uma

boa otimização de página é essencial para que o conteúdo seja conhecido. O mais

importante é acompanhar a postagem com as ferramentas de métricas, para medir a

performance do conteúdo (PULIZZI, 2014).

E-book

“Termo de origem inglesa, e-Book é uma abreviação para “electronic book”,

ou livro eletrônico. Trata-se de uma obra com o mesmo conteúdo da versão

impressa, com a exceção de ser uma mídia digital”22 (AMARAL, 2009).

Com uma quantidade de páginas superior a de um white paper, um e-book

empregado no ambiente de negócios apresenta informações complexas sobre um

22

AMARAL, Fabio. O que é um e-book. Tecmundo, São Paulo, fev. 2009. Disponível em: http://www.tecmundo.com.br/educacao/1519-o-que-e-e-book-.htm. Acesso em 08 ago. 2015.

Page 40: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

38

tema específico de interesse do público alvo, com um visual mais atraente e num

formato de leitura amigável. O conteúdo pode ser tanto informativo quanto de

entretenimento. Imperam aqui os detalhes, a quantidade de informação sobre o

tema é realmente levada em consideração (PULIZZI, 2014).

E-learning

E-learning, conhecido em português como “ensino eletrônico”, corresponde a

um modelo de ensino não presencial suportado por tecnologia. Atualmente, este

modelo tem como base o ambiente online. Este modelo de ensino pode ser

distribuído por uma variedade de mídias, como podcasts, vídeos, apresentações em

slides, webinars, entre outros (PULIZZI, 2014).

E-newsletter

E-newsletter, que em português é conhecida como “boletim de novidades”, é

uma comunicação corporativa online que tem como público clientes e prospectos de

uma empresa. Seu envio é com frequência regular, geralmente semanal ou mensal23

(FELIPINI, 2015).

A e-newsletter de uma empresa pode oferecer conteúdo sobre a área fim do

negócio, ou ter um cunho institucional, ou ser segmentada de acordo com o público

alvo do periódico. “Disponível no formato de texto e HTML, a e-newsletter

geralmente inclui artigos completos ou breves descrições com links para o website

da empresa. Conteúdos como vídeos, imagens, infográficos e e-books também são

comuns neste tipo de comunicação” (PULLIZI, p.165, 2014, tradução nossa).

Estudo de caso

Estudo de caso é um documento que tem entre uma e duas páginas ou

mais, que apresenta os desafios do problema em questão, as soluções aplicadas

para a sua resolução e os resultados alcançados (PULIZZI, 2014). “Ele também

pode ter sua apresentação em vídeo, demonstrada com esquemas gráficos e ser

23

FELIPINI, Dailton. O que é uma newsletter. E-commerce Org, 2015. Disponível em: http://www.e-commerce.org.br/newsletter.php. Acesso em 06 ago. 2015.

Page 41: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

39

endossada com depoimentos de autoridades na área” (PULIZZI, 2014, p. 170,

tradução nossa).

Infográfico

Infográfico é um esquema visual que apresenta informações sobre um tema

específico com o suporte de imagens, gráficos, quadros, ícones, entre outros

elementos (PULIZZI, 2014). De acordo com Pulizzi (2014, p.198, tradução nossa),

“[...] o poder do infográfico vai além da aparência visual, mais do que uma lista, um

infográfico pode expor as relações entre informações diferentes, entregando, assim,

uma reflexão e não somente dados crus”.

Após a análise das diversas formas de apresentação de conteúdo ao

público-alvo, a seguir, faz-se importante verificar como se dá a estratégia de

disseminação de conteúdo em plataformas próprias de empresas e marcas e em

canais de redes sociais.

Jogo online

Jogo é toda e qualquer atividade em que exista a figura do jogador (como

indivíduo praticante) e regras que podem se aplicar a um ambiente restrito ou livre.

Os jogos online seguem a mesma prerrogativa dos jogos tradicionais e disponíveis

em outras mídias, porém ele acontece no ambiente online (PULIZZI, 2014).

Mobile application

Mobile application, conhecido em português como “aplicativo móvel” ou

comumente referido como “app”, é um software desenvolvido para um dispositivo

eletrônico móvel, como um telefone celular, um smartphone, um leitor de MP3 ou um

tablet. Um aplicativo de dispositivo móvel tem como características a funcionalidade,

uma vez que pode apoiar o usuário com necessidades específicas, e o

entretenimento, com aplicativos de jogos, música, entre outros (PULIZZI, 2014).

Press release

Page 42: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

40

Um press release, em português conhecido como “comunicado de

imprensa”, é um texto que apresenta uma notícia ou acontecimento. Ele é dirigido à

mídia em geral, que decide pela sua divulgação ou não.

Atualmente, press releases não são considerados somente um instrumento

direcionado à imprensa. Ao ser divulgado com eficácia, uma empresa pode se tornar

atraente aos olhos do público-alvo devido ao press release (PULLIZI, 2014).

Podcast

Podcast é um arquivo de áudio que pode ser executado com o auxílio de um

computador ou a partir de dispositivos com capacidade de execução de arquivos no

formato MP3. Geralmente, seu tempo de duração varia de 5 a 30 minutos (PULIZZI,

2014). “Além de possibilitar a divulgação de diversos temas [...], os podcasts

libertam os ouvintes da grade de programação. Os arquivos, baixados em

computadores ou tocadores portáteis, podem ser ouvidos a qualquer hora”

(ENTENDA..., 2006)24. Podcasts são distribuídos por meio de agregadores de

informação, como RSS e iTunes.

Revista digital

A revista digital tem as mesmas características de uma revista tradicional,

mas formatada para o ambiente digital. Está comumente disponível no formato PDF

nos websites de marcas e empresas, e não requer softwares especiais para leitura

(PULIZZI, 2014).

White paper

White paper, em português conhecido como “livro branco”, é geralmente um

relatório, que costuma ter de 8 a 12 páginas ou mais. Seu conteúdo apresenta

temas que demandam longas explicações, seu caráter pode ser científico ou técnico.

É comumente apresentado em congressos e outros tipos de evento. Serve de

24

Entenda o que é um podcast. Folha Online, São Paulo, 20 fev. 2006. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u19678.shtml. Acesso em 09 ago. 2015.

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41

instrumento para demonstrar a experiência de um líder de opinião sobre um tema

específico para o público-alvo (PULLIZI, 2014).

Como ferramenta comercial, white papers podem promover os benefícios de

tecnologias e de produtos específicos, também podendo ser educativos, no sentido

de apoiar o leitor no entendimento do tema em discussão.

Webinar/ Webcast

Conhecido em português como “web conferência”, webinars (com

apresentação de slides e áudio) e webcasts (com apresentação de slides, áudio e

vídeo) são seminários online, transmitidos ao vivo ou gravados, sobre um tema

específico. Neste formato de interação com o público-alvo, o conteúdo é entregue ao

público a cada slide e equivale a uma apresentação pessoal (PULIZZI, 2014).

De acordo com a D’Alama (2014), os propósitos de um webinar ou webcast

podem ser:

[...] apresentar um tema amplo para atrair e gerar leads, apresentar um tema mais avançado para avançar seus leads no funil de vendas, fazer uma demonstração ao vivo do seu produto (live demo) para converter leads avançados em clientes, ou ainda pode ser focado para os seus clientes, com objetivo de relacionamento e retenção

25 (D’ALAMA, 2014).

Vídeo

O vídeo consiste numa gravação de imagens em movimento, uma animação

composta por fotos sequenciais que resultam em uma imagem animada. Difundido

no Brasil na década de 1970, em meio à novidade da TV e do cinema já

estabelecido, sua primeira versão era VHS “fita cassete”, com uma fita com ½

polegada de largura, acoplada a uma caixa com 18x10 cm, para reprodução em

aparelhos videocassetes. Na década de 1990, esta evoluiu para o formato DVD

digital e logo substituiu as fitas, bem como o reprodutor de DVD substituiu o

videocassete. Com a abertura da internet e a criação da web, logo os vídeos

25

D’ALAMA, Nayara. Passo a passo para criar webinars para diferentes objetivos do seu negócio. Resultados Digitais, São Paulo, jul. 2014. Disponível em: http://resultadosdigitais.com.br/blog/passo-a-passo-para-criar-webinars-para-diferentes-objetivos-do-seu-negocio/. Acesso em 08 ago. 2015.

Page 44: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

42

passaram a fazer parte da rede global, distribuídos e compartilhados pelo público

geral, composto por consumidores, marcas e empresas, por meio de dispositivos

tecnológicos, como celulares, tablets, notebooks e câmeras.

Virtual trade show

Virtual trade show, em português conhecido com “feira virtual”, é um evento

de negócios que acontece no ambiente online. Tem as mesmas características de

uma feira de negócios tradicional, direcionada para trazer novidades e reunir um

público-alvo específico (PULIZZI, 2014).

1.7 Plataformas de conteúdo

De acordo com Hyatt (2013, apud PULIZZI, 2014, p.215): “[...] sem uma

plataforma, algo que permita a experiência de ver e ouvir, as marcas e empresas

não têm chance. Ter um produto de qualidade, um serviço de primeira classe ou

uma causa nobre não é suficiente”.

No cenário atual, empresas e marcas podem ter seu conteúdo à disposição

de maneiras diversas no meio digital – website, blog, mídias sociais, livros

eletrônicos, newsletters, entre outros. Porém, Pulizzi (2014) salienta que existe

apenas uma verdade sobre construir uma plataforma com conteúdo: apropriando-se

de ambos, do conteúdo gerido e do meio utilizado para sua disponibilização. Isso

porque há mais do que milhares de seguidores e fãs nas mídias sociais e

subscrições diárias para envio de newsletters. Sendo assim, uma empresa deve ter

como poder de atração algo que lhe pertença, que pode ser gerido e mediado, como

sua própria plataforma, como o website ou blog (PULIZZI, 2014).

Isso, no entanto, não quer dizer que empresas e marcas não devem se

apropriar de outros meios de comunicação, pelo contrário, elas devem estar nos

canais que lhes apresentem oportunidades para o negócio e que sejam adequados

para o conteúdo a ser disseminado. No entanto, é necessário ter em consideração

que a permanência neste espaço está condicionada à sustentabilidade e tempo de

vida do meio escolhido (PULIZZI, 2014). Neste sentido, Pulizzi (2014) argumenta

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43

que o website ou o blog de uma empresa ou marca se torna o centro de sua

estratégia de marketing de conteúdo, e as outras plataformas se posicionam como

outros meios para distribuição de conteúdo, como proposto na Figura 7:

Figura 7: The hub and spoke model

Fonte: PULIZZI, 2014.

No modelo proposto por Pulizzi (2014), o conteúdo de marcas e empresas

tem como centro orbital o website ou blog – ambiente este controlável e mediável.

Num sistema em rede, esse conteúdo é distribuído pelos principais canais de mídias

sociais que fazem sentido para a estratégia, com o intuito de tornar o conteúdo e a

empresa / marca conhecidas e trazer tráfego para o website / blog. Neste contexto,

as redes sociais trabalham a favor do conteúdo, com o intuito de formar público. A

otimização de cada canal onde o conteúdo vai ser hospedado e distribuído é

imprescindível para uma experiência de marca consistente, pois, como se pôde

constatar, os consumidores estão navegando de diferentes modos por cada

dispositivo, e isso implica na lapidação da experiência do cliente com a marca em

cada ponto de contato para que essa interação seja sempre única.

Website/ Blog

YouTube

Pinterest

Facebook

LinkedIn

Twitter

Google +

Vimeo Instragra

m

Flickr

Foursquare

Quora

Tumblr

SlideShare

Page 46: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

44

1.8 Publicidade paga, patrocínio e product placement não são estratégias de

marketing de conteúdo

O que fica evidente sobre a estratégia de marketing de conteúdo é que as

forças que regem seu funcionamento são diferentes das propostas pela publicidade,

patrocínio e product placement. Enquanto estas têm como propostas a exposição de

marcas, produtos e serviços para a geração de vendas, o marketing de conteúdo

valoriza a entrega de informação e entretenimento para a formação de público, que,

nutrido corretamente, pode ser convertido a futuros consumidores. Diante dessa

exposição, é importante trazer para este trabalho explicações de estratégias de

patrocínio, publicidade e product placement para que se possa estabelecer este

nível de diferenciação.

Um exemplo clássico e atual de patrocínio é o do programa americano

American Idol, que chegou aos Estados Unidos em 2002. Programa cujo objetivo é

revelar novos talentos da música. O American Idol tinha como principais

patrocinadores a Coca-Cola, Cingular Wireless e a Ford Motors, que pagaram, em

média, US$ 26 milhões para a exposição de suas marcas durante algumas edições

do programa, com direito a product placement (inserção de produto físico na mídia),

e script placement (inserção verbal do produto na mídia) (LINDSTROM, 2008).

A exposição de Coca-Cola e Cingular Wireless aparece de forma mais

proeminente no programa – além de terem os filmes de 30 segundos exibidos a

cada troca de bloco, os comerciais, ambas as marcas têm sua exposição garantida

durante o programa. Os jurados da atração mantêm a sua frente copos

personalizados da Coca-Cola, além de se sentarem em cadeiras que lembram o

formato da garrafa da bebida; o backstage dos participantes tem sua ambientação

de cores inspirada no logo da marca – o vermelho vivo. Espectadores que têm uma

linha telefônica da Cingular Wireless podem votar no seu participante favorito por

meio de mensagem de texto, como informa o apresentador do programa a cada

episódio. O número de telefone para envio do voto aparece na tela do televisor do

espectador juntamente com o logo da marca de telefonia. A Cingular Wireless

também lançou, durante algumas edições do programa, toques musicais extraídos

de apresentações ao vivo e os disponibilizou aos clientes da empresa, ao custo de

Page 47: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

45

US$ 2.95. Neste contexto de grande exposição de marca, a Ford Motors teve uma

participação menos ostensiva no programa – com comerciais de 30 segundos e com

a gravação da canção Possibilites, interpretada pelo ganhador da edição 2006,

Taylor Hicks, que foi tema de muitas campanhas da marca, além de sorteios

semanais de carros promovidos pelo site do programa (LINDSTROM, 2008).

Isso, porém, não é algo novo – marcas e empresas vêm se apropriando do

espaço da indústria de entretenimento com estratégias de patrocínios, publicidade

paga e product placement há muito tempo, antes mesmo do American Idol. Em

1932, a empresa de cigarros White Cigars pagou US$ 250 mil em direitos de

publicidade para ter o ator Paul Muni fumando os charutos da marca durante o filme

Scarface (LINDSTROM, 2008). Um caso mais célebre aconteceu em 1982, quando

o chocolate da Hershey, Reese’s Pieces, foi utilizado pelo personagem Elliot para

atrair o pequeno extraterrestre E.T, ambos personagens do premiado filme E.T. O

Extraterrestre. Esta ação foi considerada a estratégia de product placement mais

famosa e bem sucedida de todos os tempos segundo Lindstrom:

[...] Spielberg não escolheu aleatoriamente aquele tipo específico de doce. O diretor primeiro abordou a Mars Company, fabricante do M&Ms, para perguntar se eles estavam dispostos a pagar para que seu produto aparecesse no filme. Depois que eles recusaram a oferta, a Hershey concordou em entrar em cena, oferecendo Reese’s Pieces como substituto. Uma decisão empresarial muito inteligente, como ficou comprovada: uma semana após o lançamento do filme, as vendas de Reese’s Pieces triplicaram e, alguns meses após o lançamento, mais de oitocentos cinemas em todo o país começaram a vender Reese’s Pieces em suas bombonerias pela primeira vez (LINDSTROM, 2008, p.47).

Também na década de 1980, foi a vez da marca Ray Ban, que, nesse

período, enfrentava dificuldades para se manter com resultados positivos. Em 1983,

a marca fez um acordo com a produtora do filme Negócio Arriscado, estrelado por

Tom Cruise. No filme, o ator dá vida a seu personagem utilizando o famoso modelo

retrô Wayfair da Ray Ban. Esta empreitada contribuiu para o aumento de 50% das

vendas do produto no período em que o filme se manteve nas paradas de sucesso.

A fórmula que deu certo entre Tom Cruise e a marca Ray Ban foi repetida em 1986

no filme Top Gun – Asas Indomáveis – que tem a cena emblemática do ator, que

vive um piloto da Força Aérea americana, descendo de seu avião caça usando o

modelo de armação Aviator e a jaqueta de couro da Força Aérea. Com o apoio

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46

dessa produção, a Ray Ban teve um incremento de 40% nas vendas do modelo

Aviator no período, porém esta não foi a única marca que teve um desempenho bem

sucedido: houve um aumento das vendas das jaquetas de couro do modelo aviador,

bem como o aumento de recrutamento da Força Aérea e Marinha nos EUA no

período de sucesso do filme (LINDSTROM, 2008).

Ações de marcas e empresas com pouco sucesso ou consideradas um

fracasso também aconteceram quando aliadas à fórmula do entretenimento.

Produções mais recentes, como 007 – um novo dia para morrer, e Transformers,

tiveram suas fórmulas alteradas segundo a crítica, em decorrência da exposição

excessiva de marcas nas obras. A sequência de James Bond, em 2002, ficou

conhecida como “007 – um novo dia para comprar” por ter a exibição de 23 marcas

em 123 minutos de filme; Transformers foi além, em 2007, conseguindo inserir 63

empresas em menos tempo de filme, 117 minutos, entre elas Ford, Apple, AT&T e

AAA (LINDSTROM, 2008).

Marcas e empresas de segmentos distintos têm se apropriado das

estratégias táticas de marketing de conteúdo há muito tempo, provando que

qualquer empresa ou marca pode se valer dessa modalidade, até mesmo bancos.

Após a exposição do processo comunicacional, do conceito de marketing de

conteúdo e sua origem, e do estabelecimento das diferenças entre estratégias

focadas em conteúdo e de product placement e publicidade, faz-se necessário

apresentar o objeto de estudo deste trabalho, bem como conceitos sobre branding.

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47

2 Itaú, feito para você – o panorama da marca

Neste capítulo apresenta-se uma descrição detalhada do objeto de análise

deste trabalho – a sessão de educação financeira do site Itaú – bem como aspectos

gerais da história e da posição que o banco ocupa hoje entre as instituições

financeiras, e um panorama teórico do conceito de marca.

2.1 Marca

“Talvez a habilidade mais característica dos profissionais de marketing seja

sua capacidade de criar, manter, aprimorar marcas” (KELLER; KOTLER, 2006,

p.268). Neste sentido, o gerenciamento de marca se tornou um imperativo para as

empresas.

Uma marca pode ser um nome, termo, sinal, símbolo, ou design, ou uma

combinação desses elementos que identifique um produto ou serviço de um

fornecedor com o intuito de diferenciá-los de outros concorrentes (American

Marketing Association, apud KELLER; KOTLER, 2006). Uma marca é responsável

por agregar dimensões que a diferenciam de seus concorrentes para satisfazer

necessidades equivalentes dos consumidores. Diferenças estas que podem ser

funcionais, racionais ou tangíveis, que se relacionam diretamente com seu

desempenho, ou de origem simbólicas, emocionais ou intangíveis, que se

relacionam com o que uma marca representa para o público e o mercado (KELLER;

KOTLER, 2006, p.269).

Ao identificar sua origem ou seu fabricante, uma marca permite aos

consumidores a atribuição de responsabilidade pelo produto ou serviço, uma vez

que permite ao público a avaliação de um produto / serviço igual de forma diferente,

que dependerá do modo como uma marca foi apresentada e estabelecida no

mercado e na sua categoria. Essa avaliação própria do consumidor vem da

experiência com o produto / serviço; o consumidor consegue avaliar o que satisfaz

sua necessidade e o que deixa a desejar. Nisso, uma marca tem a capacidade de

sinalizar o grau de qualidade apresentado pelo seu portfolio e, assim, trabalhar a

satisfação e a lealdade de seus clientes (KELLER; KOTLER, 2006).

Page 50: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

48

A fidelidade do cliente a uma marca garante a segurança de demanda,

presente e futura, assim como o estabelecimento de concorrentes na categoria e no

mercado. Além disso, a fidelidade pressupõe a disponibilidade de investimento maior

na aquisição de um produto / serviço pelo cliente se a entrega de qualidade for

mantida e a satisfação da necessidade atendida. Desse modo, uma marca tem uma

capacidade poderosa de influenciar o comportamento do consumidor, e garantir a

receita futura e equilibrada de seu proprietário (KELLER; KOTLER, 2006).

2.2 Branding

De acordo com Keller e Kotler (2006), branding significa atribuir a produtos e

serviços características que lhes diferem de seus competidores. São elementos de

marca que ajudam a lhe identificar perante os consumidores:

(…) o branding diz respeito a criar estruturas mentais e ajudar o consumidor a organizar seu conhecimento sobre produtos e serviços, de forma que torne sua tomada de decisão mais esclarecida e, nesse processo, gere valor à empresa (KELLER; KOTLER, 2006, p.270).

Uma estratégia de branding, para ter sucesso, precisa ser clara na cabeça

do consumidor: é necessário que ele esteja convencido de que existem elementos

diferenciadores entre produtos, serviços e marcas, mesmo estes sendo da mesma

categoria, porém, entre si, possuem diferenças que os tornam superiores frente aos

seus competidores. Para tal, tem-se que:

As diferenças entre as marcas muitas vezes estão relacionadas aos atributos ou às vantagens do produto em si. Gillette, Merck, Sonz, 3M e outras foram líderes em suas categorias de produto durante décadas devido, em parte, à contínua inovação. Outras criaram vantagem competitiva por meio de fatores não relacionados ao produto. Coca-Cola, Calvin Klein, Gucci, Tommy Hilfiger e Marlboro, entre outras, tornaram-se líderes em suas categorias de produtos compreendendo as motivações e os desejos do consumidor e criando imagens relevantes e cativantes para seu produto (KELLER; KOTLER, 2006, p.270).

2.3 Brand equity

De acordo com Keller e Kotler (2006), o brand equity é o valor financeiro e

psicológico atribuído a produtos e serviços. Ele reflete a maneira como pessoas

Page 51: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

49

sentem, agem e se relacionam com uma marca, bem como seu valor e participação

no mercado, além de seu retorno financeiro à empresa.

Este, quando centrado no cliente, tem como definição elementos distintivos

que o conhecimento de marca causa na resposta do consumidor e a sua promoção

no mercado. O trabalho de brand equity visa à construção de marcas fortes, com o

apoio de atividades de marketing para a marca, para que o consumidor tenha a

experiência adequada com um produto/ serviço e seu programa de marketing.

Dentre as vantagens que um brand equity adequado pode trazer, estão: maior

fidelidade dos consumidores, menor vulnerabilidade às ações de marketing dos

competidores, maiores margens, aceitação dos consumidores para aumento e

queda de preço, entre outros (KELLER; KOTLER, 2006).

Os esforços de brand equity seguem três linhas: a primeira é na diferença –

na capacidade do consumidor de distinguir produtos e serviços semelhantes,

identificando o valor agregado da marca. A segunda linha é o conhecimento da

marca – ligado ao discernimento do consumidor em poder assimilar sensações,

pensamentos, imagens, experiências a uma marca. A terceira é a resposta

diferenciada do consumidor ao reunir os elementos de diferenciação e assimilação

de uma marca e optar pela sua escolha (KELLER; KOTLER, 2006).

Para a construção de brand equity, empresas desenvolvem as estruturas

que darão forma ao processo de criação de conhecimento de marca, de acordo com

seu perfil de público-alvo. Essas estruturas envolvem elementos de identidade da

marca, os produtos e serviços vinculados à marca e os programas de marketing

associados à sua promoção (KELLER; KOTLER, 2006).

De acordo com Keller e Kotler (2006), existem seis critérios que devem ser

considerados para a escolha de elementos de marca. São eles: memorabilidade,

significância, e desejo, que juntos corroboram para a construção de marca, seguidos

de adaptabilidade, proteção e transferência, que levam em conta o estímulo de

marca perante diferentes oportunidades e desafios.

Page 52: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

50

2.4 Gestão de marca

O gerenciamento de uma marca exige uma visão de curto e longo prazo das

atividades e decisões de marketing, uma vez que as ações de curto prazo

contribuem para o conhecimento de marca dos consumidores (o quanto esta precisa

ser trabalhada para progredir), e as ações de longo prazo colaboram para o

aprimoramento do brand equity com foco no cliente (KELLER; KOTLER, 2006).

O reforço de marca se apresenta como uma ação indispensável no plano de

manutenção e gerenciamento de marcas:

Muitas marcas líderes de 70 anos atrás permanecem líderes até hoje – Kodak, Wringley's, Coca-Cola, Heinz e Campbell –, mas isso só foi possível graças à batalha ininterrupta em busca do aperfeiçoamento de produtos, serviços e marketing (KELLER; KOTLER, 2006, p.286).

O reforço de marca acontece sempre que este segue avançando no

mercado, na direção correta, através de programas de marketing que trazem como

elementos-chave a inovação e a relevância, necessárias para, por exemplo, criar

novos produtos que satisfaçam o público-alvo, e promover a divulgação de modo

persuasivo (KELLER; KOTLER, 2006).

Saber também quando uma marca precisa ser revitalizada faz parte da

estratégia de gestão de marca. Segundo Keller e Kotler (2006), as mudanças de

preferências e hábitos de consumo dos consumidores, a participação de mercado de

outros concorrentes e qualquer outro fator novo no ambiente de marketing pode

afetar positivamente ou negativamente uma marca. Para tal, gestores de marca

precisam estar atentos a essas mudanças, para saberem o momento de reagirem a

esses impactos.

Parte fundamental na gestão de marca é a estratégia de branding de uma

empresa, que “(...) compreende o número e a natureza dos elementos de marca

comuns e característicos que se aplicam aos diferentes produtos comercializados

por ela” (KELLER; KOTLER, 2006, p.290). Com isso, uma empresa pode atribuir

uma marca a um produto ou serviço, considerando “(...) desenvolver novos

elementos de marca para o novo produto, ou aplicar alguns de seus elementos de

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51

marca preexistentes, ou utilizar uma combinação de elementos de marca novos e

preexistentes” (KELLER; KOTLER, 2006, p.290).

Para tal processo, tem-se a extensão de marca quando uma empresa opta

em utilizar uma marca sua, já estabelecida, para lançar um novo produto. Quando

uma marca já existente é combinada com uma marca nova, isto pode ser

denominado submarca. A marca principal, da qual se derivam outras marcas, é

conhecida como marca-mãe. A marca-mãe, bem como suas submarcas, forma a

marca de família (KELLER; KOTLER, 2006). As extensões de marca podem ser

enquadradas em duas categorias: na extensão de linha, processo em que a marca-

mãe é utilizada para estabelecer a marca de um novo produto ou serviço, com o

propósito de atender um novo segmento dentro de sua categoria (pode-se tomar

como exemplo a marca Danone Iogurtes, que lança, com frequência, novos sabores,

tamanhos e misturas de iogurtes). Na extensão de categorias, tem-se que a marca-

mãe é utilizada para introduzir no mercado novas categorias de produtos que não

são atendidas por ela (para isso, pode-se pensar na marca Yamaha, que tem

relacionado à sua marca motos, instrumentos musicais, jet-skis, entre outros).

Tem-se ainda a linha de marca, que são todos os produtos ou serviços,

originais e extensões, que são comercializados com uma determinada marca. O mix

de marca compreende todas as linhas de marca que uma empresa disponibiliza para

o mercado. Já a variante de marca é uma linha específica de marca, distribuída para

canais específicos, geralmente especializados na categoria. Por fim, tem-se o

produto licenciado, quando um nome de marca é licenciado para outro fabricante; a

Disney, por exemplo, tem sua marca licenciada para produtos infantis, como os de

higiene, roupas, brinquedos, alimentos, livros, entre outros (KELLER; KOTLER,

2006).

Ao se avaliar a estratégia de extensão de marca, é necessário que seja

analisada a eficácia ao se trabalhar o brand equity da marca-mãe para o novo

produto, bem como a própria marca-mãe. Disto, pois, dentre as considerações

positivas e negativas sobre as extensões de marca, tem-se a comparabilidade

natural que existe na cabeça do consumidor e a diluição da marca como os itens

que requerem maior atenção neste processo (KELLER; KOTLER, 2006).

Page 54: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

52

Ainda que extensões de marcas sejam uma excelente forma de aumentar

sua oferta de produtos e serviços para o mercado, bem como a presença da marca

nas prateleiras e a dependência de varejistas, elevando a concorrência, as marcas

de qualquer empresa possuem limites (KELLER; KOTLER, 2006). Um portfólio de

marca deve ser estudado para elevar seu brand equity, de acordo com Keller e

Kotler (2006, p.294): “(...) O portfólio ideal é aquele em que cada marca maximiza o

brand equity em combinação com outras marcas do portfólio”. Neste contexto, se a

rentabilidade de uma empresa pode ser elevada com a redução de marcas, significa

que o portfólio é maior do que necessário; agora se a rentabilidade pode ser

elevada, aumentando-se o número de marcas, isso quer dizer que o portfólio precisa

ser expandido (KELLER; KOTLER, 2006).

Ainda em gestão de marca, uma empresa precisa tomar a decisão sobre

criar uma marca para seu produto ou serviço. Dado a força, magnitude e retorno

financeiro que uma estratégia de branding bem trabalhada pode garantir a uma

empresa, poucas optam em não ter uma estratégia de marca. Atualmente, tem-se

quatro estratégias que são aplicadas neste processo, são elas: nomes individuais

para cada produto – em que sua principal vantagem é não vincular o nome da

empresa ao produto – nomes de família abrangentes – para cada linha de produtos

– nomes de família separados para todos os produtos – para cada linha e categoria,

quando a empresa possui um portfólio de categorias variadas – nome comercial da

empresa, combinado com diferentes produtos – modalidade muito utilizada pelas

empresas Kellogg’s e HP (KELLER; KOTLER, 2006).

2.5 Construção de marcas

Para Aaker e Joanchimsthaler (2002), a tarefa de construção de marca tem

seu foco na criação ou aumento de sua visibilidade, suas associações e seu

relacionamento com clientes, sendo que estes são orientados pela identidade e

posição da marca no mercado.

A visibilidade, por exemplo, confere hoje o que marcas como Coca-Cola e

Intel representam para seus mercados. Sendo estas marcas gigantes em seus

segmentos, são consideradas onipresentes em seus contextos. Essa consideração

Page 55: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

53

estimula a compra, bem como afeta a percepção dos consumidores em relação à

marca e ao produto (AAKER; JOANCHIMSTHALER, 2002). A visibilidade tem como

elementos, no processo de compra e atitude de marca, o reconhecimento, a

recordação espontânea e o status. A relevância de cada um depende do que a

marca almeja para si. Por exemplo, para uma marca pequena, num mercado

emergente, reconhecimento pode ser seu ponto ápice; para uma marca que domina

o mercado, principalmente de consumo por impulso, o status é a chave de seu

sucesso (AAKER; JOANCHIMSTHALER, 2002).

De acordo com Aaker e Joanchimsthaler (2002), a associação é alavancada

pela identidade de marca, sendo que o objetivo é criar associações fortes e

verdadeiramente diferenciadas, afim de se criar uma marca forte:

(...) as marcas emergentes promovem primeiro a diferenciação, e um dos primeiros indicadores de que uma marca está desaparecendo normalmente é a perda da diferenciação. A lealdade da marca precisa ser baseada em características únicas. É difícil desenvolver muita simpatia por marcas cujas características são iguais às de várias outras (AAKER; JOANCHIMSTHALER, 2002, p. 277).

Isso, pois, quando as marcas são fortes, elas naturalmente atingiram um

patamar de visibilidade e diferenciação que lhes permite estabelecer

relacionamentos profundos com os clientes, uma vez que elas passam a ter uma

importância significativa na vida dos consumidores. Todavia uma marca não

conseguirá desenvolver um relacionamento profundo sem um conhecimento

detalhado do cliente, pois é necessário encontrar os “(...) pontos de ressonância do

cliente” (AAKER; JOANCHIMSTHALER, 2002, p. 278), que expressam o que ele é e

no que ele acredita.

Segundo Aaker e Joanchimsthaler (2002), o modelo de relacionamento entre

marcas e clientes está pautado nos valores e crenças, atividades e interesses, nos

bens e em ideias impulsionadoras para a promoção das marcas. No que concerne

aos valores e interesses, a Body Shop, por exemplo, quer estar em contato com

pessoas preocupadas com causas sociais e ecológicas, pois são estes os valores e

crenças de sua marca e, portanto, de seu público. A segunda dimensão, pautada em

atividades e interesses, baseia-se nas ações de valor promovidas pelas marcas para

se conectarem com seu público. Os bens representam o que as pessoas são, –

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54

sejam eles ideias ou bens materiais – portanto, eles se configuram como parte da

identidade pessoal. Algumas marcas como Harley-Davidson e Mercedes cumprem

muito bem o papel de se conectar às pessoas através dos bens, em virtude de seu

intenso apelo emocional e status social que conferem àquele que possui o bem. Por

fim, a ideia impulsionadora tem como cerne os pontos de ressonância do cliente e é

a alma de promoção de uma marca, que pode ser um conceito ou um programa,

como Nike Town ou StarAlliance, que tem como objetivos promover a marca

gerando visibilidade, associações positivas e relacionamentos, buscando ter impacto

no mercado e entre clientes, e se destacando diante de seus competidores (AAKER;

JOANCHIMSTHALER, 2002).

Por muito tempo, o modelo ideal de promoção de marcas e de suas ideias

impulsionadoras tem sido a propaganda tradicional paga, baseado na premissa de

que com uma boa agência e um investimento significativo é possível a criação de

uma campanha bem-sucedida, porém algo tem mudado:

Não há dúvidas de que a propaganda na mídia pode ser uma ferramenta poderosa, especialmente quando uma campanha bastante grande, como a “Got a milk”, é desenvolvida, e que muito provavelmente continue a usufruir de uma enorme quantidade de investimentos em desenvolvimento de propaganda. A propaganda (anúncios pagos na mídia) apresenta diversos problemas e limitações que fazem com que seja perigoso ignorar a crescente lista de alternativas (AAKER; JOANCHIMSTHALER, 2002, p.285).

Neste novo contexto social, a propaganda tradicional tem se tornado cada

vez mais fragmentada, o que permite ao anunciante alcançar seu público-alvo nos

pontos de contato mais adequados. Além disso, outras ferramentas, como web,

ações de live marketing, marketing direto, clubes, programas e amostra de produtos

têm complementado o que falta à propaganda tradicional – a intensidade na

conexão com o cliente, em virtude da sua passividade, que, em geral, não favorece

ao desenvolvimento de um relacionamento profundo (AAKER;

JOANCHIMSTHALER, 2002). Com isso, o desafio de empresas e marcas passa a

ser o gerenciamento das ferramentas atuais para a promoção de marcas, para que

estas possam estar dentro dessa nova realidade.

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55

2.6 História do Banco Itaú Unibanco

No texto que se segue apresenta-se a trajetória de dois bancos, a antiga

Casa Moreira Salles, fundada em 1924 em Minas Gerais, e do antigo Banco Central

de Crédito, fundado em 1945 em São Paulo, que juntos, desde 2008, formam o Itaú

Unibanco Holding, e ocupam a 2ª posição entre as instituições financeiras com o

maior número de ativos totais geridos no Brasil, e 23ª colocada no ranking mundial

de marcas financeiras mais valiosas, de acordo o estudo Banking 500 2015, com

valor de marca estimado em mais US$ 9 milhões26.

Em 1924 a Casa Moreira Salles conquistou sua autorização para

funcionamento na região de Poços de Caldas, em Minas Gerais. Com uma oferta de

serviços limitada, começou sua operação com concessões de crédito e outros

serviços financeiros de menor importância. “(...) Com o desenvolvimento desse

potencial, a Casa Moreira Salles cresceu em importância, concentrando-se cada vez

mais no negócio de crédito em detrimento do segmento de varejo de mercadorias”

(ITAU, 2014)27.

Com a fusão com Banco Machadense em 1940, a Casa Moreira Salles se

consolidou como Banco Moreira Salles. No mesmo ano, parte das atividades da

empresa do varejo foi encerrada e todos os esforços passaram a ser concentrados

nas atividades do Banco Moreira Salles, que com os anos conseguia expandir as

atividades do banco no interior de Minas Gerais e em outras regiões do Brasil, como

Mato Grosso e Santos.

Não muito distante de Poços de Caldas, em São Paulo, Alfredo Egydio de

Souza Aranha fundava o Banco Central de Crédito em 1945:

(...) Durante a segunda metade daquela década [1945], o Banco Central de Crédito experimentou uma rápida valorização de suas ações, que oferecia aos acionistas dividendos entre 10% e 12%, níveis equivalentes aos bancos

26

BRAND FINANCE. Banking 500 2015, fev 2015. Disponível em: http://www.rankingthebrands.com/PDF/Brand%20Finance%20Global%20Banking%20500,%202015.pdf. Acesso 07 dez. 2015. 27

ITAÚ. 90 anos do Itaú Unibanco Holding, [2014]. Disponível em: http://www.itau.com.br/relatorio-anual/perfil/90-anos-do-itau-unibanco-holding. Acesso em 07 dez. 2015.

Page 58: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

56

líderes de São Paulo. A instituição também se expandia, com a abertura de agências na capital e no interior do Estado de São Paulo (ITAÚ, 2014)

28.

Após um período de crescimento do país e a modernização do sistema

financeiro nacional, que levou quase 20 anos, tanto o Banco Central de Crédito,

quanto o Banco Moreira Salles passaram por um período de fusões, aquisições e

incorporações, que compreendeu as décadas de 1960 e 1970. Em 1973, nasce a

marca Itaú, e em 1975, nasce a marca Unibanco – União de Bancos Brasileiros.

As décadas seguintes representaram para ambos os bancos um período de

fusões e aquisições de instituições financeiras e de outras entidades. Na década de

1990 deflagraram-se grandes processos de aquisições de instituições financeiras

estatais com a privatização do setor pelo então presidente Fernando Henrique

Cardoso.

A fusão dos dois bancos se deu em um cenário de crise econômica mundial

e especulação financeira na década 2000. No dia 03 de novembro de 2008, os

bancos Itaú e Unibanco anunciaram a fusão das duas instituições, e passaram a se

chamar Itaú Unibanco Holding S/A. Neste período, segundo levantamento da

consultoria Economatica, a instituição resultante desta fusão foi a 9º maior das

Américas em ativos, com US$ 324,041 bilhões, à frente do Banco do Brasil, com

US$ 261,639 bilhões, e do Bradesco, com US$ 220,815 bilhões29. A aprovação da

união das instituições foi aprovada Conselho Administrativo de Defesa Econômica

(CADE) no dia 18 de agosto de 2010. A associação dos bancos optou por se

identificar ao mercado pela chancela da marca Itaú, por ter sido considerada mais

forte.

De acordo com dados do site Itaú, “(...) a associação resultou no maior

banco privado do Brasil e em um dos 30 maiores bancos no mundo em termos de

valor de mercado” (ITAU, 2014)30. Em 2014, o Itaú Unibanco contava com um total

28

ITAÚ. 90 anos do Itaú Unibanco Holding, [2014]. Disponível em: http://www.itau.com.br/relatorio-anual/perfil/90-anos-do-itau-unibanco-holding. Acesso em 07 dez. 2015. 29

Unibanco e Itaú anunciam fusão e criam gigante financeiro. Globo.com, São Paulo, 03 nov. 2008. Disponível em: http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL846978-9356,00-UNIBANCO+E+ITAU+ANUNCIAM+FUSAO+E+CRIAM+GIGANTE+FINANCEIRO.html. Acesso em 07 dez. 2015. 30

ITAÚ. 90 anos do Itaú Unibanco Holding, [2014]. Disponível em: http://www.itau.com.br/relatorio-anual/perfil/90-anos-do-itau-unibanco-holding. Acesso em 07 dez. 2015.

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57

de ativos estimado em mais de R$ 1,1 trilhão, um lucro líquido de R$ 21,9 milhões,

93,2 mil funcionários, 5.070 mil agências e postos de atendimento, e mais de 57

milhões de clientes no mundo31.

O Itaú oferece atualmente uma alta gama de serviços à sociedade e atua em

várias frentes, com banco de varejo (rede de agências regulares e personalizadas –

Uniclass e Personnalité – gestão de patrimônio, atendimento a micro e pequenas

empresas e setor público, financiamento e crédito imobiliário, empréstimos

consignados, seguros, previdência e capitalização), banco de atacado (banco de

investimento, corretagem, atendimento a médias e grandes empresas,

financiamento de operações comerciais), crédito ao consumidor (concessões de

cartões de crédito, acordos comerciais, consórcios e microcrédito), e mercado e

corporações (gerenciamento do excesso de capital e captações de dívida

subordinada)32.

Em 2015, um estudo realizado pela Interbrand33, elegeu a marca Itaú como

a mais valiosa no Brasil, com valor estimado em R$ 24.544 milhões, em virtude de

seu desempenho financeiro inigualável no setor e seu investimento em tecnologia,

que consolidaram seu posicionamento transformador no setor, principalmente no

digital. Segundo o Itaú, sua marca promove aquilo que julga essencial para a

manutenção de uma sociedade em equilíbrio e sustentável, e que colabora para a

boa relação da entidade com a sociedade e seus clientes, baseada em experiências

positivas e transformadoras:

Nossa marca representa, cada vez mais, a transformação positiva na vida das pessoas, da sociedade e do País que queremos promover. Nossos produtos e serviços, orientados para as necessidades dos clientes, refletem a nossa busca constante em melhorar a experiência de todos que se relacionam conosco no dia a dia. Nossas iniciativas de educação financeira, permeadas por todo o banco, procuram incentivar as pessoas a manterem um relacionamento mais equilibrado com o dinheiro. Nossa responsabilidade com o desenvolvimento do País está na essência da

31

ITAÚ. Relato integrado 2014, [2015]. Disponível em: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/RI/pdf/pt/Relato_Integrado_2014.pdf. Acesso em 07 dez. 2015. 32

ITAÚ. Relato integrado 2014, [2015]. Disponível em: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/RI/pdf/pt/Relato_Integrado_2014.pdf. Acesso em 07 dez. 2015. 33

Com 13% de crescimento, o Itaú mantém-se no topo do pódio como a marca brasileira mais valiosa. Interbrand, São Paulo, 2015. Disponível em: http://www.rankingmarcas.com.br/2015/. Acesso em 07 dez. 2015.

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58

nossa marca, de forma que, além da transformação positiva inerente à nossa atividade core, também investimos em projetos ligados a educação, cultura, esporte e mobilidade urbana (ITAÚ, 2014, p. A-21)

34.

Parte do posicionamento do Itaú – que engloba responsabilidade social com

a sociedade, proximidade e empatia com cliente, e sua vontade de ser referência

global – está pautado em ações que aproximam a entidade de seu público por meio

da tecnologia. Entre 2012 e 2015, o Itaú investiu mais de R$ 11 bilhões na

construção de seu novo data center em São Paulo, com o intuito de tornar ainda

mais rápida as transações bancarias de seus correntistas, e aumentar a sua

capacidade de armazenamento de dados35. Além disso, visando buscar mais

eficiência nas operações bancárias e na comunicação entre o público e o banco, e

se firmar no mercado com um banco digital, o Itaú mantem em seu portfólio de

comunicação soluções de internet e mobile banking que auxiliam seu público nas

mais diversas necessidades, como websites, aplicativos para dispositivos móveis

(Itaú, Itaucard, Itaú empresa e Tokpag), sistema de acesso por biometria, interface

com SMS para status de operações bancárias, loja virtual de seguros, e modelos de

serviços exclusivamente online, como o Personnalité Digital. Além do formato de

SAC tradicional, a marca mantem também um SAC 2.0 com o intuito de oferecer

conveniência e agilidade aos clientes que preferem a praticidade do online. Na

Figura 8, observa-se o aumento no volume de transações bancárias realizadas pelos

clientes do banco nos canais eletrônicos (mobile e internet), observadas até o 3º

trimestre de 2014, em detrimento das operações realizadas nos canais tradicionais,

que incluem caixas eletrônicos e telefone:

34

ITAÚ. Relatório anual 2014, [2015]. Disponível em: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/RI/pdf/2014RAO_port.pdf. Acesso em 07 dez. 2015. 35

ITAÚ. Relatório anual 2014, [2015]. Disponível em: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/RI/pdf/2014RAO_port.pdf. Acesso em 07 dez. 2015.

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59

Figura 8: Volume de transações de cliente nos canais tradicionais e eletrônicos

Fonte: Relato Integrado 2014, Itaú

Na propaganda, a fim de consolidar sua imagem no digital e estabelecer

proximidade e empatia com o público, em abril de 2015, o banco Itaú lançou a

campanha que usou a linguagem iconográfica “emoticons”, que é hoje considerada

uma nova forma de se comunicar e se expressar no online. O intuito do banco com

esta campanha era de comunicar a sua disponibilidade onde quer que os clientes

estejam e sua prontidão para servi-los, seja na visita ao banco, oferecendo agências

com horário de funcionamento estendido, seja pelo celular ou pelo computador, com

atendimento a qualquer momento, ou seja, o banco quer estar onde as pessoas

estão, de acordo com depoimento de Eduardo Tracanella, Superintendente de

Marketing do Itaú, ao Portal da Propaganda, em 27 de abril de 2015:

A tecnologia não é nada sem as pessoas. Por isso investimos em tecnologia de ponta para construir um banco capaz de se relacionar com as pessoas do jeito delas. Nosso objetivo é atualizar e reforçar nosso posicionamento digital, mostrando um banco que quer estar cada vez mais disponível, ouvindo, evoluindo e mudando sempre para permanecer na escolha de nossos clientes também neste novo tempo (ITAÚ LANÇA..., 2015)

36.

Essa campanha apenas reforça a presença do banco na vida das pessoas

enquadrado num contexto contemporâneo, que acompanha as transformações do

mundo e da sociedade, algo que foi iniciado pelo banco em 1973 com a propaganda

36

Itaú lança campanha inovadora para reforçar seu posicionamento de banco digital. Portal da Propaganda, 27 abr. 2015. Disponível em: http://www.portaldapropaganda.com.br/portal/component/content/article/16-capa/45941-itau-lanca-campanha-inovadora-para-reforcar-seu-posicionamento-de-banco-digital. Acesso em 07 dez. 2015.

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60

que trazia o casal Rodolfo e Anita, que anunciavam o Itaúcheck, um dos primeiros

caixas eletrônicos do banco, e que se consolidou em 2000 com o símbolo “i digital”,

com o intuito de dizer ao público “Agora estamos com vocês também no digital”.37

Nas redes sociais, a marca Itaú mantem uma relação estreita e presente

com os clientes e o público geral. Dados de 2014 apontaram que a fanpage do Itaú

contabilizada 7,4 milhões de fãs, sendo naquele momento era a maior fanpage do

segmento financeiro. Ainda nas mídias sociais no mesmo período, a marca contava

com mais de 400 mil seguidores no Twitter, mais de 500 mil seguidores no G+ e

mais de 150 visualizações no YouTube, sendo considerado o canal mais visto no

mundo.38 Além disso, a fim de garantir o engajamento do público que segue a marca

nas redes sociais, em 2014, a marca passou a trabalhar com um tempo de resposta

menor que 10 minutos.39

A seguir apresenta-se o Portal online Uso Consciente do Dinheiro, objeto de

estudo deste trabalho.

2.7 Portal online Uso Consciente do Dinheiro

Em tempos de recessão econômica mundial, em que o Brasil já apresenta

um índice de inflação de mais de 8% de acordo com o IPCA40, ter a consciência de

como administrar bem a renda familiar ou individual tem se tornado uma prioridade

entre os brasileiros, que cada vez mais precisam fazer o salário render no final do

mês. As instituições financeiras têm um papel fundamental nesse cenário, uma vez

que sem capital de giro pessoal que garanta a quitação de contas, os indivíduos se

veem impossibilitados de adquirir novos serviços, bens, de pedir crédito, e assim,

podem ter um acúmulo de dívidas e até a inadimplência.

37

Itaú, a pedra preta preciosa. Meio & Mensagem, [2015]. Disponível em: http://marcas.meioemensagem.com.br/brands/cases/itau. Acesso em 24 jan. 16. 38

ITAÚ. Relato integrado 2014, [2015]. Disponível em: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/RI/pdf/pt/Relato_Integrado_2014.pdf. Acesso em 07 dez. 2015. 39

ITAÚ. Relato integrado 2014, [2015]. Disponível em: https://www.itau.com.br/_arquivosestaticos/RI/pdf/pt/Relato_Integrado_2014.pdf. Acesso em 07 dez. 2015. 40

BÔAS, Bruno Villas. Inflação acumulada em 12 meses atinge 8,47%, e é a maior desde 2003. Folha online, São Paulo, 10 jun. 2015. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/06/1640154-inflacao-sobe-074-em-maio-e-acumula-847-em-12-meses.shtml. Acesso em 05 outubro 2015.

Page 63: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

61

Desde 2012, banco Itaú mantem atrelado ao seu website, amparado pela

área de Sustentabilidade do banco, uma seção online chamada Uso Consciente do

Dinheiro, que tem como objetivo mostrar a importância de se manter uma vida

financeira equilibrada, por meio de iniciativas que orientam os colaboradores do

banco, seus clientes e a sociedade em geral a usar bem o dinheiro. De acordo como

o banco, o incentivo de se usar o dinheiro conscientemente é para que as pessoas

possam melhorar suas vidas e conquistar seus objetivos (ITAÚ, 2015)41.

Figura 9: Banner da página do portal Uso Consciente do Dinheiro

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Segundo o banco Itaú, esta iniciativa se dá porque é necessário os

indivíduos entenderem como a economia afeta o cotidiano do cidadão comum, para

que estes possam dar uma nova direção às suas trajetórias financeiras e refletirem

sobre o papel que o dinheiro tem em suas vidas, e de que forma este pode

determinar as escolhas financeiras que cada um faz ao longo da vida, uma vez que

diminuir o endividamento, aumentar a poupança e estimular o consumo consciente

são imperativos a qualquer momento, inclusive em tempos de crise econômica

(ITAÚ, 2015)42.

Com um mix de conteúdo rico, variado, informacional e próprio, que inclui

também conteúdo publicitário da marca, o website dedicado ao portal Uso

Consciente do Dinheiro apresenta ao leitor uma série de materiais que lhe auxiliam

sobre como entender e fazer a gestão financeira pessoal ou familiar, que tem como

objetivos mostrar a melhor forma de se utilizar o dinheiro, como criar e gerenciar o

41

ITAÚ. Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, [2014] Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/iniciativa/case-educacao-financeira.pdf. Acesso em 05 outubro 2015. 42

ITAÚ. Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, [2014] Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/iniciativa/case-educacao-financeira.pdf. Acesso em 05 outubro 2015.

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62

orçamento doméstico, como poupar dinheiro, como melhor fazer investimentos, a

importância de se estar preparado financeiramente para emergências, e como fazer

da gestão financeira um tema em que todos da família participem, inclusive as

crianças.

Figura 10: Homepage do portal Uso Consciente do Dinheiro

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Ao acessar a página principal do portal, o indivíduo encontra um resumo de

todo o conteúdo que pode ser encontrado no site. Na parte lateral da homepage, do

lado direito, encontra-se a seção “iniciativa”, que, ao ser acessada, apresenta um

Page 65: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

63

resumo da premissa desse portal. Na parte central, do lado esquerdo, o site se

encontra dividido em nove grandes temas: use bem o seu dinheiro, saia do

vermelho, consumir e poupar, família e dinheiro, sobrou dinheiro, e agora?, o melhor

crédito para você, conta-corrente, cartão de débito e cheques e crédito consciente

para empresas. Ao acessar cada tema, que possuem hiperlinks, o leitor tem a

oportunidade de estar em contato com uma gama variada de materiais relacionados

a cada assunto, como vídeos, e-books, artigos, podcasts, simuladores, entre outros.

Ainda na página principal do portal, no canto superior direito, o leitor tem à

disposição uma barra de menus intuitiva com as opções “assista”, “ouça”, “leia”,

“simule”, “baixe” e “dúvidas”, que apresentam os materiais sobre educação

financeira elencados por sua natureza: vídeo, podcasts, artigos, simuladores em

tempo real, e-books e sessão de perguntas e respostas. A seguir, parte-se para uma

análise dos materiais e das seções do website, utilizados nessa iniciativa proposta

pelo Itaú.

2.7.1 Assista

Figura 11: Seção Assista

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção Assista apresenta ao visitante da página 25 vídeos sobre os

assuntos dinheiro e economia, sendo que seis vídeos estão inativos na página. Não

Page 66: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

64

há um texto introdutório a fim de apresentar ao leitor o que esperar dessa seção,

apenas os vídeos ordenados numa barra superior que podem ser selecionados

aleatoriamente. Nessa página, o leitor também encontra ícones das redes sociais

com a indicação “compartilhe”, caso ele queira compartilhar do conteúdo da página

nos seus perfis sociais do Facebook, Twitter, YouTube e Orkut43, bem como a

seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

44.

Os vídeos disponíveis nessa seção podem ser vistos na própria página ou

pelo YouTube, uma vez que todos possuem um link com esta rede social. Ao ser

elegida a opção de assistir ao vídeo no YouTube, é possível ver quantas

visualizações teve cada vídeo; quantas pessoas gostaram ou não do conteúdo (por

meio do clique nas opções “gostei” e “não gostei”); os comentários que cada pessoa

deixou na página; além das opções “adicione”, para que cada visitante possa

adicionar o vídeo em questão às suas listas pessoais; “compartilhe”, para

compartilhar o conteúdo em outras redes sociais; e “mais ações”, que permite ao

visitante fazer uma denúncia caso o conteúdo seja impróprio de alguma forma; ver a

transcrição de todo o texto verbal contido no vídeo; e saber a performance do

conteúdo (quantidade de visualizações, horas assistidas, endossos e

compartilhamentos).

Os vídeos disponíveis na seção Assistir trazem temas como o uso

consciente do dinheiro, organização de gastos, corte de desperdícios, economia e

futuro tranquilo, investimento adequado para cada fase da vida, melhores escolhas

43

CRUZ, Melissa. A rede social Orkut, de propriedade da empresa Google, teve sua operação encerrada em 30 de setembro de 2014. TechTudo, 30 nov. 2014. Disponível em: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/09/fim-do-orkut-mesmo-sob-protestos-google-encerra-rede-social-apos-10-anos.html. Acesso em 18 out 2015. 44

ITAÚ. Assista. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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65

com o dinheiro, planejamento pessoal, aposentadoria, formas de enriquecer, o uso

do crédito, entre outros, que ora trazem o conteúdo animado, dinâmico e lúdico, ora

apresentam o tema sob a perspectiva de especialistas em finanças e economia.

Veja a seguir a lista de vídeos disponíveis nessa seção.

Tabela 1: Vídeos disponíveis na seção Assista

Item Nome do vídeo Duração Data de inserção

Mensagem/ conteúdo do vídeo

1 Uso consciente do dinheiro 00:03:53 27/02/2014

Conversar sobre dinheiro e entender como ele funciona faz toda a diferença na realização dos seus sonhos e planos.

2 Como organizar seus gastos e cortar desperdícios

00:02:35 03/01/2013

Para planejar um futuro tranquilo, é importante guardar dinheiro. E para isso, o segredo é se organizar e evitar desperdícios. Aproveite essas dicas do Itaú e economize até na decoração da festa.

3 Quanto eu devo economizar para um futuro tranquilo

00:02:31 03/04/2013

Conheça uma ótima receita, para investir na sua aposentadoria e ter um futuro gostoso e tranquilo. Agora que você sabe quanto economizar, que tal dicas de como cortar gastos?

4 Quanto devo economizar, de acordo com a minha idade?

Vídeo inativo

5 Como criar o hábito de guardar dinheiro todo mês para seus sonhos

00:02:26 11/01/2013

Investir é treinar pra correr atrás dos seus sonhos, um pouquinho, todo dia. Com essas dicas, o Itaú te ajuda a ir ainda mais longe.

6 Qual o investimento certo para alguém com a minha idade?

00:02:39 21/03/2015

Seja qual for o tamanho do caminho que você tem pela frente, o Itaú te ensina a melhor maneira para se preparar para qualquer jornada.

7 Como fazer melhores escolhas - parte 1 de 2

Vídeo inativo

8 Como fazer melhores escolhas - parte 2 de 2

00:06:27 15/04/2013

A economista e planejadora financeira Fernanda Lattari fala de melhores escolhas, com mais conhecimento, em direção às metas de vida.

9 Planejamento financeiro pessoal

00:02:24 28/11/2011

Planejar suas finanças garante mais qualidade de vida e um futuro mais tranquilo. Confira os ensinamentos do

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66

especialista em educação financeira Martin Iglesias.

10 A importância dos juros ao longo do tempo

00:06:39 18/06/2012

Quer ter tranquilidade no futuro? A economista da Itaú Asset Management explica a importância dos juros ao longo do tempo para as suas finanças pessoais.

11 Transição suave para a aposentadoria

00:06:38 28/06/2012

Até pouco tempo atrás, aposentadoria era "sair de cena". Hoje, essa fase da vida recebe mais planejamentos para os quais é essencial mapear seu orçamento e seu patrimônio.

12 Desafio de motivação para o planejamento financeiro

00:05:45 01/10/2012

Economista da Itaú Asset Management, Fernanda Lattari, aborda o desafio de motivar as pessoas para o planejamento financeiro com abordagens diferentes do senso comum.

13 Motivações para correr atrás dos objetivos de vida

00:06:18 06/07/2012

A economista Fernanda Lattari comenta sobre as motivações para correr atrás dos objetivos de vida e as correções de rota para chegar a eles.

14 Como é sua relação com o crédito?

00:07:05 13/09/2012 Fernanda Lattari fala sobre crédito, renegociação de dívidas e cadastro positivo.

15 Receitas de planejamento financeiro pessoal

00:04:15 28/12/2012

Confira as "receitas" de planejamento financeiro pessoal do gerente de Educação para Investidores Martin Iglesias.

16 5 regras para enriquecer 00:02:50 20/08/2012

Foco no mais importante e conhecimento de seus números são algumas das "cinco regras para enriquecer" de Martin Inglesias e Jurandir Macedo para quem busca aumentar o patrimônio.

17 Como a queda na taxa de juros afeta as pessoas que tomam empréstimos

Vídeo inativo

18 Finanças para profissões extremas

00:03:40 30/04/2012

Martin Iglesias e Jurandir Macedo discutem sobre Finanças para profissões extremas.

19 O que é planejamento financeiro

Vídeo inativo

20 Mecanismos para poupar 00:02:48 23/03/2012 sem descrição

21 Como evitar o gasto por impulso

Vídeo inativo

22 O que são os ETFs? 00:07:51 16/02/2012 Martin Iglesias entrevista Tatiana Grecco sobre ETF como alternativa de

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investimento.

23 Gestão financeira no casamento

Vídeo inativo

24 Bons filmes sobre dinheiro 00:05:02 13/01/2012

Os especialistas em educação financeira Jurandir Sell Macedo e Martin Iglesias indicam bons filmes sobre o mercado financeiro no programa.

25 O dinheiro na jornada da satisfação

00:05:53 13/09/2012

Fernanda Lattari fala sobre "Necessidades dos Consumidores e o Planejamento Financeiro".

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Assista45

2.7.2 Ouça

Figura 12: Seção Ouça

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção Ouça se apresenta como uma área dedicada à audição. Na área

esquerda da página, apresenta-se uma breve introdução dos sete podcasts

disponíveis, que podem ser executados na própria página, ou ainda baixados no

dispositivo tecnológico pessoal. Cada podcast traz dicas financeiras de Denise Hills,

45

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Assista do Programa uso consciente do dinheiro. Para elaboração da descrição do conteúdo da coluna Mensagem/ conteúdo do vídeo, o autor deste trabalho assistiu todos os vídeos para poder elaborar o resumo de cada filme. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

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Superintendente da área de Sustentabilidade e Especialista em educação financeira

do banco Itaú, sobre organização de finanças, planejamento financeiro, uso

consciente do 13º salário, entre outros temas. Ainda na seção Ouça, o lado direito

da página está dedicado ao áudio do livro infantil “A árvore dos sonhos”, que conta

de modo lúdico a importância de se poupar dinheiro para realizar desejos pessoais.

O livro está disponível para execução na própria página da seção, ou ainda pode ser

baixado no dispositivo tecnológico, além de contar com uma versão ampliada para

pessoas com deficiência visual, com descrições das imagens e dos personagens

feitas pelo narrador da história. O conteúdo está também disponível na versão PDF

em versão ilustrada para os leitores, bem como adaptado na linguagem DAISY para

portadores de deficiência visual. Por fim, a página se encerra com a seguinte nota

com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

46.

Apresenta-se a lista de conteúdos disponíveis na seção Ouça:

Tabela 2: Podcasts disponíveis na seção Ouça

Item Nome do áudio Duração Data de inserção

Mensagem/ conteúdo do aúdio

1 Como Organizar as Finanças

00:01:35 07/08/2013

A falta de dinheiro e as dívidas tiram o sono das pessoas, isso porque a falta de planejamento prejudica o orçamento pessoal. Denise Hills alerta que quando o indivíduo sabe exatamente para onde vai o dinheiro, ele tem mais chance de manter uma vida financeira equilibrada. Ela ensina como ter o dinheiro a seu favor ao colocar no papel as receitas e gastos diários que compõem o orçamento familiar.

46

ITAÚ. Ouça. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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2 Crédito Consciente 00:01:29 07/08/2013

Denise Hills ensina como fazer do crédito o parceiro ideal na realização de sonhos, como a compra da casa própria, ou quando se está no sufoco, e ainda fala da importância de se escolher o crédito adequado, para que o indivíduo possa utilizá-lo dentro de sua capacidade de pagamento.

3 Dicas de como lidar com o orçamento familiar - Parte 1

00:01:58 07/08/2013

Falar de dinheiro costuma ser um desafio para a maioria das famílias brasileiras, em geral o assunto só é discutido quando os casais passam por dificuldades financeiras. Denise Hills comenta que o assunto dinheiro nunca deve ser tratado de maneira marginal. Casais devem discutir sobre o dinheiro e os objetivos dele dentro da relação familiar, ele não pode ser um tabu. Ela explica que são pontos importantes o casal fazer o orçamento caber dentro de sua realidade, construir uma reserva de emergência e fazer uma poupança. Paralelamente, o casal deve viver o dia a dia com o dinheiro, ver os planos em comum, planejar os gastos com viagens, educação, entre outros.

4 Crédito – melhores escolhas para compras

00:01:43 07/08/2013

É muito comum o consumidor gastar em excesso no Natal e acabar se endividando antes da hora. Denise Hills comenta a importância de se planejar o gasto e escolher bem o produto/ serviço que se vai adquirir, pois as melhores escolhas podem se transformar numa quantidade maior de escolhas se o consumidor sabe economizar e investir.

5 Planejamento Financeiro

00:01:53 07/08/2013

Denise Hills explica a importância de se fazer o planejamento financeiro familiar, que inclui pais e filhos, e dá dicas de como fazê-lo a fim de se alcançar objetivos em comum e evitar o descontrole financeiro familiar.

6 Como usar o 13º salário de forma consciente

00:02:05 07/08/2013

Final do ano chega e com ele vem o 13º salário. Antes de sair gastando, Denise Hills explica que é sempre melhor checar como anda a vida financeira e avaliar se o benefício não seria bem aproveitado para quitação de dívidas, por exemplo. Ela ainda comenta que o consumidor

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que não tem dívidas, mas não economiza dinheiro, pode se valer desse benefício para iniciar uma poupança ou fundo de investimento, ou aquele que já investe o dinheiro e não tem dívidas, poderia utilizar a quantia para pagar os impostos típicos de começo de ano, ou planejar a esperada viagem, ou pagar um curso de especialização.

7 Dicas de como lidar com o orçamento familiar - Parte 2

00:01:57 07/08/2013

Cuidar bem do dinheiro exige mais do que ganhar; envolve escolhas e toda a família. Quanto mais os membros da família falam de dinheiro cotidianamente, melhor a qualidade das decisões que tomam. Denise Hills fala que envolver os filhos nas decisões financeiras da casa é uma ótima maneira de ensiná-los a como lidar com o dinheiro, e atribuir mesada para crianças e designar uma quantia individual para o casal é algo saudável e que estimula a realização de desejos individuais. Ela salienta que nunca os casais devem deixar para falar de dinheiro quando a família está endividada, e que é primordial eleger um membro para cuidar do dinheiro e do orçamento familiar.

8 Áudio Livro A Árvore dos Sonhos

00:11:16 07/08/2013

Livro infantil que conta a história de Joãozinho, que no dia do seu aniversário ganha um presente inusitado de seu avô Pereira - a árvore do dinheiro. O objetivo da obra é explorar a curiosidade das crianças sobre economia e poupança de dinheiro, e mostrar como a dose certa entre consumo e poupança pode realizar sonhos de qualquer tamanho, desde cedo.

9 Áudio Livro A Árvore dos Sonhos (Audio Descrição )

00:29:30 07/08/2013

Versão adaptada do livro infantil para deficientes visuais - áudio descrição da história e das imagens.

10 Áudio Livro Árvore dos Sonhos versão DAISY

sem informação

14/08/2013

Versão adaptada interativa do livro infantil para software DAISY para deficientes visuais.

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Ouça47

47

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Ouça do Programa uso consciente do dinheiro. Para elaboração da descrição do conteúdo da coluna Mensagem/ conteúdo do áudio, o autor deste trabalho ouviu todos os podcasts para poder elaborar o resumo de cada áudio. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

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71

2.7.3 Leia

Figura 13: Seção Leia

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção Leia se apresenta como uma área dedicada à leitura. A área central

da página é composta de 14 artigos, que trazem temas como planejamento

financeiro para aproveitar as férias sem entrar no vermelho, mesada do casal, o

equilíbrio entre dinheiro e felicidade, o que fazer com o dinheiro extra, definindo a

prioridade de supérfluos, entre outros. Não há um texto introdutório a fim de

apresentar ao leitor o que esperar desta seção. Por fim, a página se encerra com a

seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

48.

Veja a seguir a lista de conteúdos disponíveis na seção Leia:

48

ITAÚ. Leia. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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72

Tabela 3: Artigos disponíveis na seção Leia

Item Nome do artigo Mensagem/ conteúdo do artigo

1 Já decidiu para onde vai viajar nas próximas férias?

Artigo aborda o lado bom das férias, mas também ressalta a importância de se programar financeiramente com antecedência, para, no retorno, não se passar aperto com dívidas.

2 Supérfluo Fundamental

Artigo desmistifica o mote de que planejamento financeiro significa apertar o cinto e cortar gastos. Esse texto apresenta como o conceito de supérfluo depende de um ponto de vista individual, e como ele pode ser balanceado e incorporado à gestão financeira pessoal ou familiar.

3 A Mesada do Casal

Texto retoma o tema supérfluo, mas inserido no contexto da vida familiar, entre casais. Conteúdo propõe a destinação de parte da renda conjunta para a chamada mesada do casal, para a realização de desejos individuais.

4 A Chave da Felicidade

Artigo traz para reflexão a questão do dinheiro x felicidade. Quem tem mais dinheiro é mais feliz? Qual é a satisfação que o dinheiro traz? O texto mostra a avaliação dessas questões com base na interpretação de dados de pesquisas internacionais.

5 Equilíbrio Financeiro

Equilíbrio financeiro agora ou no futuro? Texto apresenta uma breve reflexão sobre a importância de se fazer um plano de previdência para garantir um futuro tranquilo na aposentadoria.

6 O mapa de navegação

Artigo mostra que a melhor forma de se saber para onde está indo o dinheiro é fazendo o controle do orçamento pessoal/ familiar. Nessa leitura, o leitor é instruído a definir objetivos de curto, médio e longo prazo, e a estipular um planejamento estratégico que vai ajudar a atingir cada objetivo.

7 Entrou um dinheiro extra

Texto propõe a melhor forma de se lidar com a entrada de dinheiro não programada - liquidando dívidas pendentes ou antecipando um sonho, como a entrada de uma casa, um carro, a programação de uma viagem - tudo isso considerando os gastos calculadamente.

8 Família e Dinheiro

O artigo apresenta que a chave para o equilíbrio financeiro familiar é o envolvimento de toda a família no planejamento financeiro, inclusive das crianças. Além de educar os filhos sobre a importância de se planejar gastos, as crianças aprendem o valor do trabalho.

9 Faça seu planejamento

A proposta desse texto é mostrar a importância de se planejar financeiramente para a independência financeira no presente e no futuro. O material sugere a reserva de dinheiro mensal para aplicação em fundos de investimento de acordo com cada perfil de investidor, bem como a sustentação de poupança e a construção de reserva para emergências.

10 Crédito para realizar seus sonhos

Nesse artigo, é mostrado como contratar um crédito que se adequa a cada necessidade, seja ela financiamento da casa, carro, quitação de contas, entre outros, e o que cada pessoa deve se atentar antes de contratar um serviço de crédito. Além disso, o texto ainda apresenta considerações sobre como equilibrar essa dívida com as demais já existentes e com as novas que virão após a solicitação do crédito.

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73

11 Escolha o crédito adequado para você

O artigo mostra como utilizar diferentes modalidades de crédito pré-aprovado pelo banco para comprar a casa própria, fazer uma viagem, pagar os estudos, comprar um carro ou simplesmente trocar a geladeira, porém com a ressalva de que é necessário sempre estar atento à quitação mais rápida do crédito. Texto faz referência especial à modalidade de crédito para emergências, o cheque especial.

12 Não espere mais para sair do vermelho

O texto mostra em 5 passos como sair de uma situação de endividamento.

13 Nas férias escolares, a educação deve continuar

O artigo mostra o modo ideal dos pais estabelecerem a proximidade com os filhos na época de férias escolares, de maneira menos dispendiosa em termos financeiros, estimulando as atividades em família com menos valor financeiro agregado, para que os filhos valorizem mais a interação familiar e menos o consumo.

14 O exercício de fazer boas escolhas

Com base em estudos internacionais, o artigo apresenta que o hábito de se fazer boas escolhas está nos sacrifícios que as pessoas são capazes de fazer no presente para colher os frutos no futuro.

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Leia49

2.7.4 Simule

Figura 14: Seção Simule

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

49

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Leia do Programa uso consciente do dinheiro. Para elaboração da descrição do conteúdo da coluna Mensagem/ conteúdo do artigo, o autor deste trabalho leu todos os artigos da seção para poder elaborar o resumo de cada texto. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

Page 76: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

74

A seção Simule se apresenta como uma área dedicada ao cálculo e

raciocínio. A área central da página é composta de 12 simuladores, capazes de

simular as mais variadas situações financeiras possíveis, como montar o orçamento

familiar, calcular a mesada do casal e o tamanho de dívidas em atraso, dimensionar

balanço patrimonial pessoal e familiar, como escolher o melhor crédito empresarial,

entre outros. Não há um texto introdutório a fim de apresentar ao leitor o que esperar

desta seção. Por fim a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo

legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

50.

Apresenta-se a lista de simulados disponíveis na seção Simule:

Tabela 4: Simuladores disponíveis na seção Simule

Item Nome do simulador

Mensagem/ conteúdo do simulador

1 Orçamento Familiar Faça as contas: coloque na ponta do lápis seus ganhos e gastos.

2 Mesada do casal Defina um valor para cada um gastar como quiser. Faça as contas aqui.

3 Tamanho das dívidas em atraso

Liste os pagamentos em atraso e descubra o tamanho total das contas atrasadas.

4 Reserva de emergência

Veja quanto você deve guardar para gastos inesperados ou situações de emergência.

5 Calculadora custo-hora

Saiba quantas horas você trabalha para comprar cada produto.

6 Balanço patrimonial Veja o quanto você conquistou até hoje. Calcule a diferença entre

50

ITAÚ. Simule. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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o total dos seus bens e o total das suas dívidas.

7 Você sabe reduzir gastos?

Quais compromissos você e a sua família estão dispostos a assumir? Veja as oportunidades.

8 Você está com dificuldades financeiras?

Teste se você está com dificuldades financeiras ou perto disso.

9 Como você consome?

Você consome de maneira consciente ou impulsiva? Descubra agora.

10 Perfil de investidor Antes de investir, descubra o seu perfil de acordo com seus objetivos e tolerância a riscos.

11 Filhos e dinheiro Como é a sua relação com seus filhos quando o assunto é dinheiro? Entenda e saiba lidar melhor.

12 Crédito consciente - empresas

Selecione os objetivos da sua empresa e descubra qual o crédito recomendado para chegar lá.

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Simule51

2.7.5 Baixe

Figura 15: Seção Baixe

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

51

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Simule do Programa uso consciente do dinheiro. Para elaboração da descrição do conteúdo da coluna Mensagem/ conteúdo do simulador, o autor deste trabalho realizou testes em todos os simuladores desta seção para poder elaborar o resumo de cada simulador. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

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A seção Baixe se apresenta como outra área dedicada à leitura. A área

central da página é composta de nove e-books, que trazem temas sobre economia e

poupança, a melhor modalidade de crédito para cada necessidade e os pontos de

atenção, as diversas modalidades de contas-correntes e formas de pagamento,

planejamento familiar, como falar de dinheiro com crianças, além do livro infantil A

Árvore dos Sonhos, entre outros. O texto introdutório da seção é curto e se

apresenta como uma área para download de guias em PDF, com dicas de

especialistas do Banco Itaú. Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com

um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

52.

Veja a seguir a lista de e-books disponíveis na seção Baixe:

Tabela 5: e-Books disponíveis na seção Baixe

Item Nome do e-Book Número de

páginas Mensagem/ conteúdo do e-Book

1 Consumir e Poupar - Conquiste seus objetivos

15

O guia que mostra como manter o equilíbrio entre consumo e poupança, com a sugestão de mudanças de pequenas atitudes diárias.

2 O melhor crédito para você - Entenda e não se supreenda

19

O guia apresenta os principais pontos aos quais as pessoas devem estar atentas antes de solicitar um crédito ao banco, e dá dicas de como escolher a opção de crédito mais apropriada para cada necessidade.

3 conta-corrente e cartão de débito - Faça um bom uso

19

O guia apresenta as diversas modalidades de contas-correntes existentes atualmente, suas diferenças, vantagens, desvantagens, bem como as formas de pagamento que bancos oferecem atualmente, como cartão de débito, cheque e suas variantes e transferência bancária.

52

ITAÚ. Baixe. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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4 Sobrou dinheiro, e agora? Invista nos seus planos e sonhos

19

O guia apresenta como lidar com cenários possíveis de sobra de dinheiro fazendo o melhor uso da quantia extra - realizando sonhos imediatos ou aplicando em planos de investimentos para no futuro realizar sonhos maiores, com a possibilidade ou não de uso de crédito complementar

5 Como falar de dinheiro com as crianças

8

O guia para pais e educadores que mostra como falar de dinheiro com as crianças em casa e na escola, para estimulá-los a poupar e reconhecer o valor do dinheiro desde cedo.

6 Use bem seu dinheiro - Orçamento na ponta do lápis

15

O guia mostra a importância de se fazer o planejamento financeiro para o presente e o futuro, e dá dicas de como montar o orçamento individual ou familiar.

7 Saia do vermelho - Fora do Controle? Vire o jogo

15 O guia dá dicas de como sair de uma situação financeira difícil e como se previnir para não passar por ela.

8 Família e dinheiro - Planeje-se como um time

23

O guia mostra a importância de famílias não tratarem o assunto dinheiro como um tabu, e sim como algo que faz parte do cotidiano e que deve ser tratado com seriedade, mas também com leveza. Material ainda propõe a participação de todos os membros da família nas discussões que envolvem aporte de dinheiro para a realização de sonhos da família, incluindo as crianças para que, desde cedo, entendam o valor do dinheiro, estimulando a poupança familiar no curto e longo prazo para a segurança de uma vida tranquila no futuro de todos os membros.

9 Livro A árvore dos sonhos 36

Livro infantil que conta a história de Joãozinho, que, no dia do seu aniversário, ganha um presente inusitado de seu avô Pereira - a árvore do dinheiro. O objetivo da obra é explorar a curiosidade das crianças sobre economia e poupança de dinheiro, e mostrar como a dose certa entre consumo e poupança pode realizar sonhos de qualquer tamanho, desde cedo.

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Baixe53

53

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Baixe do Programa uso consciente do dinheiro. Para elaboração da descrição do conteúdo da coluna Mensagem/ conteúdo do e-book, o autor deste trabalho leu todos os e-books desta seção para poder elaborar o resumo de cada livro eletrônico. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

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2.7.6 Dúvidas

Figura 16: Seção Dúvidas

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção Dúvidas se apresenta como outra área dedicada à leitura, mas com

foco na solução de dúvidas. A área central da página é composta de 22 perguntas e

respostas sobre as mais variadas dúvidas financeiras, como consumo consciente,

sobre como fazer as melhores escolhas, por que organizar os gastos pessoais, uso

de cartão de crédito para pagar compras, qual é a melhor opção na hora de comprar

um carro – crédito ou consórcio, melhor tempo para começar a previdência familiar,

entre outros. O texto introdutório da seção é curto e se apresenta como uma área

para perguntas e respostas. Ao final dessa seção, é possível ainda ver um pequeno

glossário com as principais terminologias financeiras e suas definições, como ação,

alavancagem financeira, derivativos, dividendo, fundos de investimentos, juros,

leasing, entre outros. Antes de se encerrar a página, a seção apresenta uma

pequena nota que convida os visitantes da página a enviar um e-mail para a conta

informada em caso de dúvida: “Mande sua pergunta. O que mais você gostaria de

saber para um melhor uso do dinheiro? Mande suas dúvidas para

[email protected]” (ITAÚ, 2015)54. Por fim, a página

se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

54

ITAÚ. Dúvidas. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

55.

Veja a seguir a lista de perguntas e dúvidas e o glossário disponíveis na

seção Dúvidas:

Tabela 6: Perguntas e respostas na seção Dúvidas

Item Perguntas Respostas

1 O que é consumir de forma consciente?

Consumir de forma consciente é tomar decisões com o objetivo de usar melhor o seu dinheiro. É se planejar e consumir de acordo com os seus objetivos e prioridades em cada momento da sua vida, mantendo as finanças em equilíbrio. Veja também o vídeo: Consumir e poupar

2 Quais são as dicas para fazer as melhores escolhas?

Pense antes de consumir; • Veja se cabe no bolso; • Pesquise, compare, negocie; • Tenha tempo para cuidar do seu dinheiro; • Faça o seu planejamento e o seu orçamento e • Reflita se os benefícios da compra valem o impacto do custo sobre suas contas. Veja também o vídeo: Consumir e poupar

3 Qual a melhor forma para começar a organizar as finanças?

Para iniciar a organização do seu dinheiro, tenha com você uma agenda ou caderno para colocar todas as notas fiscais e anotar os gastos que não tiverem nota. Depois, reserve alguns minutos durante a semana para anotar as despesas em uma planilha, que tanto pode ser um caderno quanto uma planilha eletrônica. Depois de ter anotado seus gastos, separe aquelas despesas que são fundamentais para sua vida daquelas que são supérfluas. Analise as despesas supérfluas para saber se elas agregam qualidade à sua vida na proporção do esforço que você fez para ganhar o dinheiro gasto. Se seu

55

ITAÚ. Dúvidas. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

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orçamento estiver equilibrado, a sugestão é manter as despesas fundamentais e os supérfluos, e elimine os desperdícios. Se estiver devendo, elimine também os supérfluos até pagar suas dívidas e recompor sua reserva de emergência. Depois disso, vai sobrar mais dinheiro para gastar com aquilo que contribui para a sua qualidade de vida. Organizar as finanças e ter um bom orçamento não significa gastar menos, significa gastar melhor. Veja também o vídeo: Use bem o seu dinheiro.

4 Por que controlar os gastos pessoais se eu só gasto com o que considero necessário?

Mesmo que você seja uma pessoa extremamente controlada com os seus gastos, pode não estar lidando bem com o dinheiro. Elaborar um planejamento financeiro faz com que você tenha uma visão geral do seu orçamento, o que ajuda a perceber se existe dinheiro sobrando ou faltando. Uma boa gestão do dinheiro dá a segurança necessária para planejar investimentos de curto e longo prazos. Além disso, ter os gastos na ponta do lápis ajuda a identificar e cortar os eventuais desperdícios que porventura existam. Lembre-se: ter um orçamento vai ajudá-lo a gastar com o que é importante para o seu dia a dia e a realizar os seus sonhos.

5 Quais são as vantagens e desvantagens financeiras de se ter conta conjunta?

Na conta conjunta, duas ou mais pessoas são titulares da conta. Na conta conjunta tipo “e”, cada operação depende da autorização de todos os titulares. Na conta conjunta tipo “e/ou”, também chamada de solidária, qualquer titular pode movimentar a conta sem a participação dos outros, exceto o serviço de fornecimento de talões e/ou folhas de cheques em domicílio, para o qual todos os titulares deverão autorizar expressamente. É a opção mais usada para compartilhar uma conta entre casais ou entre pais e filhos, por exemplo. Na conta conjunta os participantes podem usufruir dos serviços pagando apenas uma tarifa mensal, se contratado o pacote de serviços. No entanto, é necessário que haja grande controle dos gastos e harmonia financeira entre os titulares. Nos casamentos, optar por uma conta conjunta ou individual depende muito da dinâmica de cada casal: alguns se adaptam com apenas uma conta e outros preferem ter contas separadas.

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6 Como saber qual tipo de crédito é mais adequado?

O tipo de crédito depende do objetivo para o qual ele será utilizado. Comprar um carro? Adquirir uma casa? Financiar os estudos? Saiba para o que vai usar o dinheiro, quanto precisa e por quanto tempo. Definido isso, pesquise as modalidades de crédito que tenham relação com seu objetivo. Por exemplo, para comprar um carro, você pode optar por um financiamento, um leasing ou um consórcio. Verifique o custo e prazos das opções encontradas e não se esqueça de avaliar se a parcela cabe no seu bolso. Crédito, quando bem utilizado, pode melhorar sua vida. Mas fique atento: o crédito não é indicado como complemento de salário. Se suas finanças estão desorganizadas, é hora de reorganizá-las para não complicar sua vida. Veja também o vídeo: O melhor crédito para você.

7 Cartão de crédito ou cartão de débito?

O cartão de crédito tem a opção de concentrar todos os pagamentos em um só dia e, na maioria dos cartões, você ainda acumula pontos que podem ser trocados por passagens aéreas ou outros prêmios. No entanto, algumas pessoas têm a falsa sensação de não estar pagando pelos bens e serviços que compram usando o cartão de crédito e acabam gastando mais do que poderiam. Se este for o seu caso, pense se não é mais adequado utilizar o cartão de débito, em que o valor é debitado no momento da compra na sua conta corrente. Quando você usa o cartão de débito, é como se sacasse dinheiro da conta, diferentemente do cartão de crédito, em que é utilizado um limite de crédito atribuído pelo banco. Ou seja, para utilizar o cartão de débito é preciso ter saldo para cobrir suas compras. Acompanhe sempre seu saldo e planeje suas compras.

8 Vale a pena utilizar o cartão de crédito quando vou às compras?

O cartão de crédito é um meio moderno e eficiente de pagamento. Se bem utilizado, pode ajudar a manter suas contas sob controle e ajudar a conquistar seus sonhos. Mas algumas pessoas não utilizam o cartão de crédito a seu favor e complicam as próprias vidas. As principais dicas para a utilização consciente do cartão são as seguintes: • Pague a fatura até o vencimento, sempre no valor integral; • Acompanhe o extrato do cartão e use a fatura como guia para seu orçamento mensal e • Aproveite o sistema de pontuação dos

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cartões. Veja também o vídeo: O melhor crédito para você.

9 Quando é recomendado o uso do cheque especial?

O cheque especial nada mais é que um crédito pré-aprovado na conta corrente que você pode utilizar além do saldo da conta. Entretanto, ele é um crédito com juros altos que só é aconselhável ser utilizado em uma emergência e por pouco tempo. Se tiver opção, busque alternativas mais baratas, como o crédito consignado ou o crédito pessoal. Quando você deixar de utilizar o cheque especial, é hora de fazer uma reorganização financeira para poder pagar as parcelas do financiamento e começar a construir sua reserva de emergência para evitar que situações como esta venham a se repetir no futuro. Veja também o vídeo: O melhor crédito para você.

10 Quero contratar um financiamento para comprar um imóvel, quais são as dicas?

Planeje seu orçamento futuro. Além da parcela do financiamento, fique atento aos gastos com documentação, taxas e impostos, no momento do registro do contrato do financiamento, no cartório de registro de imóveis. Também se faz necessário avaliar os custos que virão com o novo imóvel: condomínio, decoração, IPTU, eventuais reformas. Avalie se o imóvel é do tamanho ideal. Muita gente acaba comprando uma casa ou apartamento maior do que precisa e fazendo uma dívida maior do que estava preparado. Além disso, reflita se é o melhor momento. Profissionais em começo de carreira costumam comprar a casa própria quando ainda ganham pouco e comprometem muito o orçamento. São comuns mudanças de emprego ou até de cidade nessa fase da vida profissional, e comprar um imóvel pode restringir seu leque de escolhas. Assim, morar um tempo de aluguel pode ser uma boa opção. Também é interessante tentar guardar, por no mínimo seis meses, o valor equivalente à prestação que você vai assumir. É uma forma de ver se as prestações cabem no seu orçamento e ainda possibilita dar uma entrada maior, reduzindo os juros e as parcelas a

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serem pagas. Veja também o vídeo: O melhor crédito para você

11 Melhor pegar um empréstimo ou guardar e esperar para comprar o sonhado carro?

O melhor seria pagar todo o valor à vista. Porém, às vezes, vale a pena contratar um empréstimo ou financiamento com juros para antecipar um sonho. Qual o impacto desse carro na sua vida? Será que ele compensa os juros que você vai pagar? Reflita sobre essas questões antes de comprar. Veja também o vídeo: O melhor crédito para você.

12 Quero comprar um veículo, como escolher entre financiamento e consórcio?

A principal diferença entre o financiamento e o consórcio é o prazo do recebimento do veículo. No caso do financiamento, recebe-se o veículo logo após a assinatura do contrato e ele fica alienado ao banco, como garantia. No consórcio, o prazo depende do sorteio ou da disponibilidade de dinheiro para fazer um lance. Existe a chance de você ser sorteado logo no início, mas é preciso levar em consideração o risco de só ser sorteado ao final do prazo. Em vista disso, o consórcio é um produto recomendado para as pessoas que não têm pressa em adquirir o bem. No consórcio, não há cobrança de juros remuneratórios, há apenas taxa de administração paga para a administradora de consórcio. Avalie a sua necessidade e o custo de cada um dos produtos para fazer a escolha mais adequada para você. Veja também o vídeo: O melhor crédito para você

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13 Como saber se estou com problemas financeiros?

Ao fazer algum tipo de crediário ou financiamento, você está assumindo um compromisso de pagamento. Ter dívidas não é necessariamente um problema. Tomado de forma consciente, o crédito pode ajudar na conquista de sonhos. Afinal de contas, não é fácil guardar todo o dinheiro necessário para comprar uma casa ou um carro, por exemplo. Mas o descontrole no uso do crédito acontece quando você assume dívidas superiores à sua capacidade de pagamento. Nesse caso, está correndo o risco de ficar impossibilitado de pagar todos os compromissos que assumiu. Confira se você: - Paga o valor mínimo da fatura do cartão de crédito há três meses ou mais; - Usou o limite do cheque especial pelo terceiro mês seguido; - Usou mais de um terço do que ganha para pagar prestações; - Tem atrasado o pagamento de contas por falta de dinheiro na data do vencimento. Se você respondeu sim a uma ou mais dessas questões, é hora de começar a agir. Veja também o vídeo: Saia do vermelho.

14 Não estou conseguindo pagar minhas dívidas, e agora?

Descubra o tamanho real das suas dívidas e corte todas as despesas que não são fundamentais. Lembre-se: quanto mais firme você for, mais rápido vai resolver o problema. Negocie o pagamento de suas dívidas, procurando maiores prazos e menores juros. O crédito consignado ou crédito pessoal, por exemplo, com juros menores, é uma boa opção para quitar pendências no cartão de crédito e no cheque especial, que têm juros maiores. Com as dívidas quitadas, vai sobrar mais dinheiro para realizar seus sonhos e os de sua família. Veja também o vídeo: Saia do vermelho

15 É recomendado tomar empréstimo para saldar dívidas?

É recomendado quando existe a oportunidade de tomar empréstimos mais baratos para quitar empréstimos mais caros. Mas quem está endividado deve antes de tudo se organizar. O primeiro passo é reconhecer que existe um problema e que ele é seu – e não dos outros. É preciso fazer cortes profundos nos gastos, cortar supérfluos e eliminar desperdícios. Lembre-se: quanto mais firme você for, mais rápido vai resolver o problema. Quando as contas estiverem sob controle, considere pegar um empréstimo com juros baixos, como o crédito consignado ou crédito pessoal, para quitar de vez as dívidas de

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juros mais altos, como cheque especial e rotativo do cartão de crédito. Veja também o vídeo: Saia do vermelho

16 O que se deve fazer para não começar mais um ano com dívidas?

O essencial para não começar um novo ano com dívidas é o planejamento. Existem várias despesas que só ocorrem no início do ano e que precisam ser previstas no orçamento. Também é aconselhável que você reserve parte do décimo terceiro para esse fim. Se você já iniciou o ano com orçamento apertado, é melhor começar o quanto antes a organizar suas finanças. Veja também o simulador: Orçamento familiar.

17 Quais são as recomendações para o uso do 13°?

1º Pague as dívidas; 2º Recomponha a reserva de emergência; 3º Faça uma contribuição adicional para o plano de previdência; 4º Gaste. Veja também o simulador: Reserva de emergência.

18 Quanto devo ter de reserva financeira? E quais os tipos de investimento mais adequados?

Primeiro comece pela reserva de emergência. Você deve poupar três vezes seus gastos mensais, se você for assalariado, ou seis vezes o valor de suas despesas se você for autônomo. Como os imprevistos sempre acontecem, se você não tiver reservas pode precisar recorrer ao cheque especial, que tem juros altos. A reserva de emergência precisa ser investida em aplicações de elevada liquidez (como a caderneta de poupança, fundos DI ou CDBs de bancos de primeira linha) para que você possa recorrer a ela quando for necessário. Sempre que usar algum valor da reserva, não deixe de repor. Depois, você deve montar sua reserva de aposentadoria. O valor dessa reserva depende de quanto você ganha, qual sua idade e sua expectativa de aposentadoria. Em seguida, vem a reserva de sonhos. Acesse o simulador de Projetos de vida e veja quanto você precisa investir todos os meses para alcançar os seus objetivos. Veja também o vídeo: Sobrou dinheiro, e agora?

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19 A partir de qual valor é possível investir?

Melhor do que investir muito é investir sempre. Começar a investir cedo, desde o início da vida profissional, é uma excelente decisão. Para quem está começando, o importante é desde o primeiro momento manter receitas e despesas sob controle e lembrar-se de investir parte da renda assim que a receber. Uma boa ideia é programar investimentos automáticos todos os meses. Assim você terá muito mais chances de atingir seus objetivos.

20 Vale a pena contribuir para a previdência oficial ou é melhor fazer previdência privada?

Contribuir com a previdência oficial é fundamental. A previdência privada é um complemento. Quando você paga a previdência oficial, está coberto desde a primeira contribuição - em caso de um acidente, ou se vier a faltar, você ou seus dependentes estarão protegidos. Mas o investimento em previdência privada é muito importante para todos aqueles que quiserem complementar o valor a ser recebido pela previdência oficial. Vale lembrar que, com o aumento da expectativa de vida da população, o teto da previdência oficial tende a diminuir. Se você pretende ter renda mensal superior a da previdência oficial quando parar de trabalhar, adquirir um plano de previdência privada é uma boa alternativa.

21 Quando devo começar a contribuir para a previdência dos filhos?

Quanto antes você começar a contribuir, menor será o valor mensal da contribuição, pois você terá mais tempo para alcançar o montante total planejado. Os planos de previdência privada para as crianças são os mesmos disponíveis para os adultos; o que muda são os objetivos e a idade de resgate. Contribuindo com uma pequena quantia desde o nascimento do seu filho, você terá um bom dinheiro para garantir as despesas com a faculdade dele mais tarde. Lembre-se que educação é um ótimo investimento. Veja também o simulador: Projetos de vida.

22 Como ensinar os filhos a lidar com o dinheiro?

O importante é você dar o exemplo. Fale sobre dinheiro em casa de forma positiva. Mostre aos seus filhos o resultado das suas escolhas. Como as crianças mais novas não têm grande capacidade de esperar, você pode criar metas de curto prazo para serem adquiridas com o esforço da poupança. Uma sugestão é estabelecer uma semanada para os filhos logo que eles entram na escola. Assim, aos poucos, eles aprendem a lidar com o dinheiro. Lá pelos 12 anos estarão preparados para gerenciar o dinheiro por prazos maiores,

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então a semanada pode virar mesada. Veja também o vídeo: Família e dinheiro

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Dúvidas56

Tabela 7: Glossário na seção Dúvidas

Item Termo Significado/ explicação do termo

1 Ação É uma parte de uma empresa. O investidor em ações é chamado de acionista e é dono de uma parcela da empresa, participando de seus resultados.

2 Alavancagem financeira

É a utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de ganhos e lucros. Por exemplo, uma empresa que faça um financiamento bancário com taxa de 10% de juros ao ano para investir, e cujo ativo rendam 20% ao ano, está fazendo alavancagem financeira.

3 Alavancagem operacional

É a utilização de recursos de terceiros para aumentar as possibilidades de ganhos e lucros. Por exemplo, comprar um equipamento cujo trabalho gere receitas maiores que o custo é fazer alavancagem operacional.

4 ANBID

Associação Nacional dos Bancos de Investimento. Entidade de representação do segmento das instituições financeiras que operam no mercado de capitais. Seus associados são os bancos de investimento e bancos com carteira de investimento.

5 Benchmark

Termo utilizado no mercado financeiro para determinar um índice que servirá como parâmetro de comparação entre investimentos. Um fundo cambial, por exemplo, pode ter como benchmark a variação do dólar norte-americano.

6 Bolsa de valores

É onde são negociadas ações, derivativos de ações, títulos de renda fixa, títulos públicos federais, derivativos financeiros, moedas à vista e commodities agropecuárias. Seus principais objetivos são: manter sistemas eletrônicos de negociação adequados às transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, e fazer a divulgação das operações realizadas.

7 Caderneta de poupança

É o investimento mais simples e popular do Brasil. A remuneração é igual em todas as instituições financeiras.

8 Capital de giro Linha de crédito destinada a atender às necessidades das empresas no curto e médio prazo.

9 Cartão de débito Cartão magnético que serve para fazer operações bancárias em caixas eletrônicos e estabelecimentos comerciais.

56

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Dúvidas do Programa uso consciente do dinheiro e colocados no formato de tabela. Nenhuma mensagem foi alterada. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

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10 Cartão de crédito

Forma de pagamento eletrônico em que o portador define o dia para pagar todas as compras feitas no mês. Caso não pague o valor integral na data escolhida, o saldo é financiado e a instituição financeira passa a cobrar juros até a data do pagamento total da dívida.

11 Cartão empresarial

Cartão de crédito feito para empresas. Oferece todas as vantagens de um cartão convencional, como: praticidade no pagamento das despesas do dia a dia, facilidade nas compras, parcelamento e prazos para pagamento.

12 CDB

Certificados de Depósito Bancário. Títulos que pagam uma remuneração ao investidor em períodos definidos. Quando um cliente compra um CDB, está emprestando dinheiro para o banco.

13 CDC

Crédito Direto ao Consumidor. Operação de crédito concedida a pessoas físicas ou jurídicas para aquisição de bens e serviços. Ao contratar, o consumidor pode utilizar um bem imediatamente e pagá-lo com sua renda futura.

14 CET

Custo Efetivo Total. Corresponde a todos os encargos, impostos e despesas em operações de crédito e de leasing contratadas por pessoas físicas, microempresas ou empresas de pequeno porte.

15 Cheque Ordem de pagamento à vista.

16 Cheque especial

Valor que fica disponível na conta corrente para ser utilizado quando quiser. Com ele, é possível realizar saques ou cobrir imprevistos. Os juros cobrados são proporcionais ao valor e aos dias de uso.

17 Crédito consignado

Empréstimo pessoal, sem necessidade de comprovação do uso do dinheiro, com pagamento em parcelas mensais fixas descontadas diretamente da folha de pagamento.

18 Crédito informal Empréstimo adquirido informalmente, como empréstimos de amigos ou parentes e fiados em pequenos mercados.

19 Crédito pessoal Crédito financeiro destinado a despesas pessoais, sem necessidade de comprovação do uso do dinheiro, com pagamento em parcelas mensais fixas.

20 Crédito pré-aprovado Concessão de crédito de forma automática. A instituição faz a análise do cliente previamente e a linha fica disponível mesmo antes de se necessitar dela.

21 CVM Comissão de Valores Mobiliários. Órgão federal que disciplina e fiscaliza o mercado de valores mobiliários.

22 Conta conjunta

Conta em que duas ou mais pessoas são titulares. Pode ser tipo “e”, na qual cada operação depende da autorização de todos os titulares, ou tipo “e/ou”, também chamada de solidária, em que qualquer titular pode movimentar a conta sem a participação dos outros. É a opção mais usada para compartilhar uma conta entre casais ou entre pais e filhos, por exemplo.

23 Conta individual

Tem apenas um titular e prevê todos os serviços, como talões de cheques e cartão de débito, e disponibiliza todas as operações na agência e nos meios eletrônicos.

24 Conta salário

Conta exclusiva para receber salário, com isenção de tarifas para os serviços que oferece. Existem duas opções. Uma permite fazer saques, consultar saldo e contratar débito automático ou pagar títulos e boletos. Na outra, é possível apenas receber o salário, que é transferido automaticamente para uma conta corrente.

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25 Conta universitária

Pacote de serviços para universitários que prevê talões de cheques, cartão de débito e disponibiliza as operações na agência e nos canais eletrônicos. Tem custos menores e linhas de crédito especiais.

26 Consórcio

Grupo fechado de pessoas físicas ou jurídicas que pagam uma parcela mensal para formar uma poupança destinada à compra de um bem (imóvel, carro ou caminhão) novo ou usado. Os consorciados são contemplados através de sorteios mensais (baseados na extração da Loteria Federal) ou através de lances.

27 Contrato Documento que estabelece as condições da operação que está sendo fechada. Cada operação tem um contrato específico.

28 Corretagem Remuneração paga ao corretor por sua intermediação na compra ou venda de títulos.

29 Corretoras

Instituições financeiras credenciadas pelo Banco Central e membros das bolsas de valores ou de futuros. Estão habilitadas a negociar valores mobiliários ou contratos futuros em pregão.

30 Custo-hora Relação do preço de algum produto com o valor que o trabalhador recebe por cada hora de trabalho.

31 Derivativos

Operações financeiras derivadas de outros ativos e realizadas através dos mercados futuros de índice, câmbio, juros e de opções. Os derivativos podem ser utilizados como proteção de flutuações de preços ou para os investidores tentarem obter rentabilidades diferenciadas, assumindo riscos de terceiros.

32 Desconto de recebíveis

Linha de crédito para aumentar o capital de giro e acelerar o crescimento da micro ou pequena empresa. Com ele é possível antecipar o fluxo de caixa utilizando como garantia o que a empresa tem a receber.

33 Despesas Soma dos valores a serem pagos no mês, como: aluguel, contas de água, luz e telefone, despesas com alimentação, transporte, assistência médica etc.

34 Diversificação Prática de investir em um número variado de ativos, buscando reduzir riscos.

35 Dívida Valor que uma parte deve pagar a outra em data futura, por conta de um empréstimo, compra ou prestação de serviço.

36 Dividendo

Divisão dos lucros de uma empresa entre seus acionistas. A participação varia em função da quantidade de ações possuídas. De acordo com os resultados obtidos pela empresa em determinado período, um percentual definido na Assembleia Geral Ordinária é pago aos acionistas, sob a forma de dividendos.

37 DOC Documento de Ordem de Crédito. Transferência bancária entre pessoas físicas e jurídicas de valores baixos e entre bancos diferentes.

38 Empréstimo Operação pela qual um consumidor ou uma empresa obtém recursos para antecipar a realização de seus projetos ou objetivos.

39 Endividamento consciente

Endividamento feito após uma profunda análise sobre a real necessidade. Com isso, o tomador usa o crédito para conquistar sonhos, sem perder o sono.

40 FGTS

Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. Recursos captados dos assalariados pelas empresas e administrados pela Caixa Econômica Federal com o objetivo de garantir amparo aos trabalhadores em casos de perda de emprego, doenças graves ou catástrofes naturais.

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90

41 Fiança bancária

Fiança é uma garantia prestada pela Instituição Financeira (fiador) a um terceiro (credor) de que uma obrigação assumida pelo cliente (afiançado) perante o credor será cumprida. O fiador obriga-se a pagar uma quantia (valor da fiança) caso seu cliente deixe de cumprir a obrigação assumida.

42 Financiamento No mercado financeiro, é sinônimo de operação de crédito e empréstimo.

43 Financiamento de veículos

Operação de crédito direto ao consumidor destinada à aquisição de veículos. O veículo é dado como garantia e fica alienado à instituição financeira até o término do contrato.

44 Financiamento imobiliário

Modalidade de empréstimo para pessoas físicas ou empresas que querem comprar um imóvel, novo ou usado, para fins comerciais ou residenciais.

45 Fundos de investimentos

Recursos de um grupo de investidores administrados por uma instituição financeira autorizada pela CVM e geridos por um especialista do mercado financeiro também registrado na CVM.

46 Hedge Utilizado como instrumento de proteção contra o risco de variações de preços nos diversos mercados de ativos reais ou financeiros.

47 Home Broker

Canal de relacionamento entre os investidores e as corretoras, para negociações no mercado acionário. Permite o envio de ordens de compra e venda de ações pela internet e possibilita acesso às cotações e acompanhamento de carteiras de ações, entre vários outros recursos.

48 Inadimplência

Falta de cumprimento dos prazos de pagamento estipulados em contrato. No caso de um empréstimo, é quando o devedor deixa de pagar suas prestações.

49 IGP-M

Índice Geral de Preços do Mercado. É elaborado pela Fundação Getúlio Vargas e busca medir a inflação de forma ampla. O período de coleta de preços ocorre entre os dias 21 de um mês e 20 do mês seguinte, com divulgação no dia 30. Esse índice também é divulgado em duas prévias todos os meses.

50 IOC Imposto Cobrado sobre Operações de Crédito.

51 IOF Imposto sobre Operações Financeiras.

52 IPCA

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. É calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e procura refletir o comportamento dos preços dos produtos e serviços consumidos por famílias que recebem entre um e 40 salários mínimos, nas 11 principais capitais do país.

53 Juros Valor cobrado pelo empréstimo de dinheiro. É definido um percentual sobre o valor emprestado e essa taxa é embutida nas parcelas.

54 Juros nominais Taxa de remuneração do capital que não leva em consideração a variação de algum indexador ou índice de inflação.

55 Juros reais Resultado da taxa de juros nominal, descontada a inflação ou índice de preços.

56 Leasing

Operação de arrendamento mercantil utilizado para adquirir um bem. O produto arrendado é de propriedade da instituição financeira até que o comprador acabe de pagar as parcelas do contrato.

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91

57 Letra do Tesouro Nacional

LTN. Papel prefixado emitido pelo Tesouro Nacional. Permite saber exatamente o valor do resgate e apresenta risco de oscilação das taxas de juros.

58 Mesada Quantia fixa que o beneficiado, filho ou dependente, recebe mensalmente.

59 Mesada do casal

Porcentagem da renda familiar que todo mês pode ser dividida entre o casal para cada um usar da forma que quiser, sem precisar registrar os gastos no orçamento comum.

60 Microcrédito

Crédito produtivo orientado para investimento no empreendimento. É direcionado a pessoas que trabalham por conta própria e empreendedores donos de pequenos negócios. Pode ser destinado para capital de giro, ativo fixo ou reforma.

61 Nota do Tesouro Nacional

NTN. Título público que rende juros reais (caso da NTN-F) e, eventualmente, mais a variação de um indexador (como a NTN-B e NTN-B Principal, que têm como indexador o IPCA).

62 Objetivos de curto prazo

Metas a serem atingidas dentro de um ano, como trocar o computador ou a geladeira.

63 Objetivos de médio prazo

Metas a serem atingidas em prazo superior a um ano, como comprar um carro.

64 Objetivos de longo prazo

Metas a serem realizadas ao longo da vida, como reunir dinheiro para ter uma aposentadoria tranquila no futuro.

65 Orçamento Projeção dos ganhos e gastos por um período determinado. Pode ser para um mês, um semestre ou para anos.

66 Pagamento à vista Quando o valor integral de um bem ou serviço é pago no momento da compra.

67 Planejamento financeiro

É como um mapa de navegação que a pessoa ou a família estrutura para cuidar do dinheiro, mostrando a situação atual, aonde quer chegar e quais os caminhos a percorrer.

68 Poupar É o ato de gastar menos do que se ganha.

69 Prestação Pagamento em parcelas de um produto ou serviço adquirido. O valor total é dividido em parcelas iguais e pode ser acrescido de juros.

70 Previdência oficial

Plano de proteção do trabalhador administrado pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), que garante um valor mensal para quando o trabalhador se aposentar ou se ficar doente. Em caso de morte do trabalhador, é concedida uma pensão aos dependentes.

71 Previdência privada

Sistema complementar ao INSS para acumular recursos que proporcionem uma renda mensal no futuro. Pode ser utilizada para complementar aposentadoria ou para o estudo dos filhos, por exemplo. A previdência privada complementa a previdência oficial, mas não a substitui.

72 Receitas Soma de todos os recursos (dinheiro) recebidos em um período.

73 Reserva de emergência

Quantia em dinheiro guardada e planejada para momentos em que ocorram imprevistos.

74 Risco Brasil

Tentativa de quantificar o risco de se investir no país. É a diferença, expressa em pontos ou em taxa anual, entre o que se recebe para investir no Brasil (através de seus diversos títulos) em relação aos títulos do tesouro dos Estados Unidos.

75 Risco de crédito Risco de perdas caso o emissor de um título tenha dificuldades em honrar o pagamento dos títulos de própria emissão.

Page 94: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

92

76 Risco de liquidez Risco de perdas devido à impossibilidade ou à dificuldade de vender algum ativo para obtenção de dinheiro, o que pode trazer prejuízos para o investidor.

77 Sebrae Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Agência que promove programas de capacitação, estímulo ao associativismo, desenvolvimento territorial e acesso a mercados.

78 Selic Taxa média das operações diárias com títulos públicos registrados no sistema Selic. É considerada a taxa básica de juros da economia.

79 Serasa Centralização dos Serviços Bancários S/A. Empresa privada que atua na proteção de crédito diretamente com bancos e instituições financeiras.

80 SPC Serviço de Proteção ao Crédito. Uma das maiores empresas de proteção de crédito do Brasil, que atua diretamente com lojistas.

81 Tarifas

Custo cobrado por bancos para prestar seus serviços. Dois lugares podem ter juros iguais, mas praticar tarifas diferentes, o que tornará o dinheiro mais caro em um do que em outro.

82 Taxa Básica de Juros - Selic

Ver Selic.

83 Taxa de administração

Remuneração paga ao administrador pela prestação de serviços de gestão e administração de um determinado serviço. Normalmente é cobrada nos fundos de investimentos.

84 Taxa de desempenho/ performance

Taxa cobrada uma vez que é obtido o retorno preestabelecido para aplicação. Por exemplo: 25% do que exceder o CDI. Alguns fundos cobram taxa de administração mais taxa de performance.

85 Taxa pós-fixada Valor a ser pago que só é conhecido no vencimento. O credor aplica sobre o valor da dívida uma taxa de correção, mais juros e outros encargos.

86 TED

Transferência Eletrônica Disponível. Tipo de transferência entre pessoas físicas ou jurídicas de valores atualmente superiores a R$ 3 mil. O dinheiro cai na conta do beneficiário no mesmo dia em que for autorizado.

87 Títulos públicos São emitidos pelo Tesouro Nacional para financiar parte de suas atividades e regular a política monetária.

88 Taxa Referencial

TR. É calculada e divulgada pelo Banco Central a partir da aplicação de um "redutor" sobre a Taxa Básica Financeira (TBF). Para cada TBF calculada, o Banco Central divulga uma TR correspondente. A TR é a base de remuneração dos depósitos em caderneta de poupança e dos financiamentos concedidos através do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

89 Transferência Envio de valores entre contas que pertencem ao mesmo banco.

Fonte: Itaú. Portal uso consciente do dinheiro, seção Dúvidas57

57

A tabela foi criada com base nos dados providos pela seção Dúvidas do Programa uso consciente do dinheiro e colocados no formato de tabela. Nenhuma mensagem foi alterada. Conteúdo disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 outubro 2015.

Page 95: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

93

2.7.7 A iniciativa

Figura 17: Seção Iniciativa

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção iniciativa se apresenta como a porta de entrada para o portal Uso

Consciente do Dinheiro do banco Itaú. A parte esquerda da página é composta por

um vídeo central, uso consciente do dinheiro (anteriormente descrito no subcapítulo

2.2.1 Assista), e por um texto que se inicia apresentando um panorama macro da

economia brasileira, seu desenvolvimento e a expansão do mercado interno, que

possibilitou a muitos brasileiros o acesso fácil ao crédito e, consecutivamente, o

aumento do consumo de bens e serviços, porém apresenta que isso trouxe também

o endividamento e a inadimplência para muitos indivíduos e famílias. Com esse

panorama exposto, o texto apresenta a missão do banco Itaú sobre educação

financeira:

Nesse contexto, o papel de um banco não é apenas o de oferecer produtos e serviços financeiros. Buscamos, por meio de uma série de iniciativas, orientar colaboradores, clientes e sociedade em geral a usar bem o seu dinheiro. Para nós, fazer mais não é sinônimo de gastar mais. Incentivamos o uso consciente do dinheiro, através do qual as pessoas podem melhorar suas vidas e conquistar seus objetivos. Acreditamos que o que as pessoas fazem com o seu dinheiro pode mudar o seu mundo (ITAÚ, 2015)

58.

58

ITAÚ. Iniciativa. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015

Page 96: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

94

Por fim, o texto se encerra afirmando o compromisso do da marca em

transmitir para os interessados o conhecimento necessário para a gestão financeira

doméstica, familiar e empresarial.

Logo após o final do texto, é possível acessar um link com a seguinte

chamada: “Clique aqui e conheça como estamos traçando este caminho e quais

foram nossos aprendizados até agora” (ITAÚ, 2015)59. Ao clicar no link, abre-se o

white paper Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, que apresenta

toda a fundamentação do programa de educação financeira, conforme sugere a

Figura 18:

Figura 18: Capa do White paper Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

O lado direito da página apresenta alguns elementos agregadores, já

apresentados neste trabalho, a fim de complementar a fundamentação trazida pela

seção Iniciativa. Estes elementos são: uma caixa com três sugestões de artigos para

leitura (Já decidiu para onde vai viajar nas próximas férias, Supérfluo fundamental,

59

ITAÚ. Iniciativa. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015

Page 97: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

95

Mesada do Casal), uma caixa com três sugestões de e-books para download

(Consumir e poupar, Use bem seu dinheiro, Melhor crédito para você), e uma caixa

com três sugestões de vídeo para assistir (Como organizar seus gastos e cortar

desperdícios, Quanto devo economizar, de acordo com a minha idade?, Como criar

o hábito de guardar dinheiro todo o mês para os seus sonhos).

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

60.

Agora faz-se necessário analisar os temas, que de acordo com o portal Uso

Consciente do Dinheiro, estão diretamente relacionados com momentos da vida.

60

ITAÚ. Iniciativa. Disponível em: https://www.itau.com.br/usoconsciente/. Acesso em 18 out 2015.

Page 98: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

96

2.7.8 Saia do vermelho

Figura 19: Seção Saia do vermelho

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Page 99: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

97

A seção “Saia do vermelho” é dedicada à situação de endividamento, com

dicas e materiais sobre como sair do vermelho e equilibrar as contas. Ao acessar a

página, na área central, observa-se um vídeo – Saia do vermelho – não elencado no

item 2.2.1 Assista, pois ele consta somente nesta seção do site. Sendo este vídeo

uma introdução do que se esperar desta seção, ele expõe como é fácil se endividar,

começando com pequenas aquisições não planejadas, uso indiscriminado do cartão

de crédito, e evolui para empréstimos bancários que muitas vezes são utilizados

para pagar dívidas que se acumulam e tudo vira uma bola de neve. Para sair dessa

situação, o vídeo apresenta cinco passos para sair do vermelho: conhecer o

tamanho do problema (elencar todas as dívidas e as taxas e os juros cobrados por

cada uma delas), apertar o cinto (fazendo o orçamento familiar para equilibrar as

despesas e entradas mensais), renegociar as dívidas (é importante discutir com os

credores melhores soluções de pagamento), regularizar a situação (aconselha-se

que o montante devido seja reduzido para apenas um credor, com o apoio de um

crédito com taxas baixas ou um consignado para idosos), e ter uma reserva de

emergência (após quitar todas as dívidas, é recomendado que se construa uma

reserva de dinheiro que deve ser pelo menos 3x maior que os gastos mensais).

Esta seção se divide em seis tópicos:

Passo a passo: dicas de como avaliar a situação de crise financeira, com

a possibilidade de utilizar o simulador “orçamento familiar”.

Para sair do vermelho: passo-a-passo do que deve ser feito para a

recuperação financeira, com a possibilidade de utilizar o simulador

“reserva de emergência”.

Como reduzir gastos: dicas de como diminuir os gastos para acelerar a

recuperação financeira individual ou familiar.

Quanto você deve: plano para descobrir o tamanho da dívida total devida.

Recuperação de crédito: passo-a-passo de como retirar o nome de listas

de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, à medida que cada dívida é

quitada.

Situação de emergência: apresentação de situações de emergência que

podem ser comuns a qualquer indivíduo e como estar preparado para

enfrentar cada uma delas.

Page 100: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

98

A seção “Saia do vermelho” traz também alguns materiais de apoio,

previamente descritos nas seções Assista, Leia e Baixe, que servem de

complemento para a proposta desta seção e um convite ao visitante para visitar

outras seções do site. A seguir tem-se a relação dos conteúdos extras:

Assista – seção dedicada aos vídeos:

o Como é sua relação com o crédito?

o Receitas de planejamento financeiro pessoal

o Como a queda na taxa de juros afeta as pessoas que tomam

empréstimos

o O que é planejamento financeiro

o Mecanismos para poupar

o Como evitar o gasto por impulso

Leia – seção dedicada aos artigos

o Não espere mais para sair do vermelho

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia Saia do vermelho

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

61

61

ITAÚ. Saia do vermelho. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/saia-do-vermelho/index.html#content54. Acesso em 18.10.2015

Page 101: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

99

2.7.9 Consumir e poupar

Figura 20: Seção Consumir e poupar

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção “Consumir e poupar” é dedicada à conscientização sobre o

equilíbrio entre consumo e poupança. Ao acessar a página, na área central,

Page 102: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

100

observa-se um vídeo – Consumir e poupar – não elencado no item 2.2.1 Assista,

pois ele consta somente nesta seção do site. Sendo este vídeo uma introdução do

que se esperar desta seção, ele apresenta a importância do equilíbrio financeiro

para realizar sonhos ao fazer escolhas melhores de gastos, sem abrir mão do

consumo, porém este sendo mais regrado e racional.

Esta seção se divide em cinco tópicos:

Gastar ou guardar: uma reflexão sobre “dinheiro existe para gastar ou

poupar?”, seguido de uma breve explicação sobre como consumo e

poupança deve andar lado a lado equilibradas. Ao final, tem-se a

possibilidade de acessar o simulador “orçamento familiar”.

Jeitos de comprar: exposição de compras por impulso e os fatores que

levam a esse tipo de consumo, bem como os riscos aos quais esse tipo

de compra leva, versus o consumo consciente – apresentação de como

ele é e o que deve ser considerado ao se optar pelo consumo medido e

controlado.

Dinheiro e felicidade: uma reflexão sobre “dinheiro traz felicidade?”, que

apresenta que o dinheiro é, na verdade, uma peça na engrenagem que

move a felicidade, mas não é tudo, pois sua importância se complementa

com outras peças, como as relações pessoais (de amizade, amorosa e

familiar), bem como as experiências e as realizações conquistadas ao

longo da vida. No final, é possível utilizar o simulador “projetos de vida”.

Custo-hora: apresentação de uma conta matemática de como calcular o

valor-hora do trabalho de cada indivíduo, de modo a reforçar que não é

fácil ganhar dinheiro, é uma tarefa que envolve um esforço e que, por

isso, qualquer tipo de consumo deve ser medido e contado da mesma

forma, a fim de se avaliar se o gasto pretendido é válido.

Dicas: como sugere o nome, uma parte dedicada a prover dicas de como

consumir de forma consciente, levando em consideração que a pesquisa

é fundamental antes da aquisição, avaliar se o bem é necessário, não

comprar motivado pelo impulso, observar se a dívida cabe no bolso e

sempre barganhar para conseguir o melhor preço.

Page 103: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

101

A seção “Consumir e poupar” traz também alguns materiais de apoio,

previamente descritos nas seções Assista, Leia, Baixe e Ouça, que servem de

complemento para a proposta desta seção e um convite ao visitante para visitar

outras seções do site. A seguir tem-se a relação dos conteúdos extras:

Assista – seção dedicada aos vídeos:

o Planejamento financeiro pessoal

o A importância dos juros ao longo do tempo

o Desafio de motivação para o planejamento financeiro

o Receitas de planejamento financeiro pessoal

o 5 regras para enriquecer

o O que é planejamento financeiro

Leia – seção dedicada aos artigos:

o Supérfluo Fundamental

o A Chave da Felicidade

o O exercício de fazer boas escolhas

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia Consumir e Poupar

Ouça – seção dedicada aos podcasts:

o Como Organizar as Finanças

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

62

62

ITAÚ. Consumir e poupar. Disponível em:

https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/consumir-e-

poupar/index.html#content55. Acesso em 18 outubro 2015

Page 104: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

102

2.7.10 Use bem o seu dinheiro

Figura 21: Seção Use bem o seu dinheiro

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Page 105: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

103

A seção “Use bem o seu dinheiro” é dedicada ao planejamento financeiro,

com dicas e materiais sobre como fazer boas escolhas de consumo no curto, médio

e longo prazo. Ao acessar a página, na área central, observa-se um vídeo – Use

bem o seu dinheiro – não elencado no item 2.2.1 Assista, pois ele consta somente

nesta seção do site. Sendo este vídeo uma introdução do que se esperar desta

seção, ele apresenta, em linhas gerais, a importância do planejamento financeiro

para o presente e o futuro, tendo como plano de fundo uma situação emergencial

que pode ser enfrentada por qualquer pessoa, como a necessidade de reparo do

telhado residencial.

Esta seção se divide em quatro tópicos:

Na ponta do lápis: uma visão geral de como é importante fazer orçamento

familiar e como usar bem o dinheiro, com a possibilidade de utilizar o

simulador “orçamento familiar”.

Planeje seu mês: dicas de como montar o orçamento familiar do mês, seja

no computador, ou num caderno, e propostas de situações em caso de

sobra de dinheiro ou na falta dele. Ao transcorrer do texto, é possível

utilizar o simulador “orçamento familiar”.

Presente e futuro: apoio em como rever situações que deixam as despesas

pessoais desorganizadas, dicas de como economizar para o futuro,

fazendo pequenas economias mensalmente ou poupando o 13º salário, por

exemplo, e como definir e priorizar metas de curto, médio e longo prazo

que dependem de aporte financeiro.

Quanto você tem hoje: uma explicação do que é o balanço patrimonial

pessoal e que resultados positivos e negativos representam para cada

indivíduo, com a possibilidade de montá-lo no simulador “balanço

patrimonial”.

A seção “Use bem seu dinheiro” traz também alguns materiais de apoio,

previamente descritos nas seções Assista, Leia, Baixe e Ouça, que servem de

complemento para a proposta desta seção e um convite ao visitante para visitar

outras seções do site. A seguir tem-se a relação dos conteúdos extras:

Page 106: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

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Assista – seção dedicada aos vídeos:

o Como organizar seus gastos e cortar desperdícios

o Planejamento financeiro pessoal

o Receitas de planejamento financeiro pessoal

o Mecanismos para poupar

o Bons filmes sobre dinheiro

o O dinheiro na jornada de satisfação

Leia – seção dedicada aos artigos:

o Já decidiu para onde vai viajar nas próximas férias?

o O mapa de navegação

o Entrou um dinheiro extra

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia “Use bem seu dinheiro”

Ouça – seção dedicada aos podcasts:

o Como usar o 13º salário de forma consciente

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

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ITAÚ. Use bem o seu dinheiro. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/use-bem-o-seu-dinheiro/index.html. Acesso em 18.10.2015

Page 107: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

105

2.7.11 Família e dinheiro

Figura 22: Seção Família e Dinheiro

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção “Família e dinheiro” é dedicada à família, de modo a guiar famílias a

encontrar o equilíbrio financeiro para realizar sonhos em conjunto ou individuais. Ao

acessar a página, na área central, observa-se um vídeo – Família e dinheiro – não

Page 108: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

106

elencado no item 2.2.1 Assista, pois ele consta somente nesta seção do site. Sendo

este vídeo uma introdução do que se esperar desta seção, ele mostra que toda a

família tem um sonho e que, às vezes, parece impossível de se realizar, mas com

planejamento financeiro é possível chegar lá, com cada membro da família fazendo

a sua parte. Coisas como cortar dinheiro para juntar mais, diminuir a quantidade de

presentes e fazer programas gratuitos tornam a realização do sonho possível.

Muitas vezes, crianças pequenas resistem para aceitar isso. Nesse momento, os

pais são modelos, precisam dar o exemplo, e ensinar que, para se alcançar um

objetivo, é necessário fazer esforços em prol dele. O vídeo ainda complementa a

lição para os pais, incentivando-os a ensinar desde cedo o valor do dinheiro aos

filhos, além de dar uma dica de como fazer isso – com a mesada mensal para os

maiores e pequenas lições de economia para os mais novos, além de incentivar a

cultura de mesada do casal, para que cada um possa ter a sua quantia pré-

determinada mensalmente a fim de que possam utilizá-la da forma que quiserem

sem comprometer a renda familiar.

Esta seção se divide em cinco tópicos:

Envolvendo os filhos: uma apresentação de como o tema dinheiro pode

ser tratado no ambiente familiar sem ser considerado um tabu, com o

intuito de se educar os filhos sobre a vida e o dinheiro. O texto apresenta

fórmulas de como os pais podem conscientizar os filhos de como lidar

com dinheiro de maneira responsável com receitas simples, como, por

exemplo, fazer lista de compra antes de sair de casa (para se comprar o

que foi acordado previamente, a fim de evitar excessos), e fazer

programas familiares gratuitos em espaços públicos. O material ainda

coloca em cheque a questão do modelo de pai e mãe como exemplos na

formação financeira dos filhos. Ao final, tem-se a possibilidade de utilizar

o simulador “orçamento familiar”.

Mesada do casal: o tópico apresenta uma maneira simples de se evitar

desentendimentos familiares quando o assunto é dinheiro – a mesada

de adultos e crianças. O casal decide a quantia que pode gastar

individualmente por mês para a realização de vontades pessoais, bem

Page 109: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

107

como determinar a mesada dos filhos. Ao final, tem-se a possibilidade de

utilizar o simulador “mesada do casal”.

O dinheiro em cada idade: o texto apresenta a evolução do aprendizado

humano sobre dinheiro, que começa aos 2 anos de idade, e propõe

quando é ideal começar a falar sobre o assunto dinheiro com as

crianças, bem como incentivá-las a fazer sua própria gestão financeira

com a mesada.

Planos em família: uma reflexão sobre como o tema dinheiro deve fazer

parte das discussões familiares a fim de se planejar sonhos em comum

e conquistar realizações individuais. O texto ainda apresenta dicas de

como se planejar vontades que os membros de uma família têm em

comum, como uma viagem, e o que eles devem fazer para realizá-las.

Ao final, tem-se a possibilidade de utilizar o simulador “projetos de vida”.

Momentos de vida: apresentação de um infográfico que traz quatro

diferentes momentos de vida (acumular, evoluir, consolidar e aproveitar),

que envolvem o casamento, a chegada dos filhos, os filhos adultos e a

aposentadoria, bem como as características de cada fase, seus

desafios, e dicas de como se sair bem de cada uma delas

financeiramente.

A seção “Família e dinheiro” traz também alguns materiais de apoio,

previamente descritos nas seções Assista, Leia, Baixe e Ouça, que servem de

complemento para a proposta desta seção e como um convite ao visitante para

visitar outras seções do site. A seguir, tem-se a relação dos conteúdos extras:

Assista – seção dedicada aos vídeos:

o Como organizar seus gastos e cortar desperdícios

o Quanto eu devo economizar para um futuro tranquilo

o Quanto devo economizar, de acordo com a minha idade?

o Gestão financeira no casamento

o Bons filmes sobre dinheiro

o O dinheiro na jornada da satisfação

Leia – seção dedicada aos artigos:

o Já decidiu para onde vai viajar nas próximas férias?

o A Mesada do Casal

Page 110: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

108

o Família e Dinheiro

o Nas férias escolares, a educação deve continuar

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia Família e dinheiro

o Livro A árvore dos sonhos

o Livro Como falar de dinheiro com as crianças

Ouça – seção dedicada aos podcasts:

o Dicas de como lidar com o orçamento familiar - Parte 1

o Áudio Livro A Árvore dos Sonhos

o Áudio Livro A Árvore dos Sonhos (Áudio Descrição)

o Áudio Livro Árvore dos Sonhos, versão DAISY

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

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ITAÚ. Família e dinheiro. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/familia-e-dinheiro/index.html. Acesso em 18 outubro 2015

Page 111: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

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2.7.12 Sobrou dinheiro, e agora?

Figura 23: Seção Sobrou dinheiro, e agora?

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Page 112: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

110

A seção “Sobrou dinheiro, e agora?” é dedicada aos investimentos pessoais,

com o objetivo de orientar as pessoas sobre como fazer investimentos rentáveis. Ao

acessar a página, na área central, observa-se um vídeo – Sobrou dinheiro, e agora?

– não elencado no item 2.2.1 Assista, pois ele consta somente nesta seção do site.

Sendo este vídeo uma introdução do que se esperar desta seção, ele apresenta a

evolução dos desejos e vontades à medida que uma pessoa cresce e amadurece, e

a importância de se guardar dinheiro para a realização deles, mesmo que o sonho

mude no decorrer do tempo. O vídeo ainda apresenta a importância de se aplicar

rendimentos a fim de se garantir uma vida segura e estável, explicando como fazer

isso, conhecendo primeiro o perfil de investidor pessoal, seguido da aplicação do

"método das três caixinhas", que compreende a economia de dinheiro para

emergência, aposentadoria e projetos de vida, e como fazer o investimento para

cada uma das caixinhas, seja ele por ações, caderneta de poupança, CDB,

previdência privada, entre outros.

Esta seção se divide em sete tópicos:

Qual seu sonho: tópico apresenta que sonhos fazem parte da vida

daqueles que querem ter uma vida melhor e que, para isso, é necessário

ter objetivos que vão guiar o indivíduo até a concretização do sonho. Para

isso, o texto apresenta que não há fórmulas mágicas ou sorte por trás de

grandes realizações, mas sim planejamento e economia para vencer

desafios e chegar aonde se deseja. Ao final, tem-se a possibilidade de

utilizar o simulador “projetos de vida”.

Crédito x investimento: o texto mostra que sonhos podem ser realizados

por meio de investimentos ou crédito e que a forma de utilizá-los, seja

juntos ou separados, depende do tamanho de cada sonho. O texto ainda

apresenta dois exemplos iguais sobre a aquisição de um carro, porém um

com a utilização de investimento e o outro de crédito, e propõe ao leitor a

reflexão sobre qual das situações apresentadas é a mais ideal para o seu

próprio caso.

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111

O tempo a seu favor: apresenta-se aqui um breve aconselhamento ao

leitor: que ele comece desde cedo a investir dinheiro, para que os juros de

rendimentos sejam seus aliados para o futuro.

Perfil de investidor: o texto apresenta que, antes de se começar a investir,

é importante que o indivíduo conheça exatamente o seu perfil de

investidor, para saber como fazer a gestão adequada de seus

rendimentos. Ao final, tem-se a possibilidade de utilizar o simulador “perfil

de investidor”.

Projetos pessoais: uma reflexão sobre os projetos pessoais que cada um

pode ter, e o que deve ser feito para se alcançá-los, levando em

consideração seu valor e quanto tempo o indivíduo está disposto a

esperar para realizá-los. Com isso, o texto apresenta fundos de

investimentos comuns a todos os bancos, que podem ser adquiridos para

apoiar pessoas em seus rendimentos. Ao final, tem-se a possibilidade de

utilizar o simulador “projetos de vida”.

Emergências: o conteúdo explica a finalidade da reserva de emergência,

qual é a quantia ideal de se ter e como acumulá-la, com a sugestão de

alguns fundos de investimentos que são comuns a todos os bancos. Ao

final, tem-se a possibilidade de utilizar o simulador “reserva de

emergência”.

Aposentadoria: o texto apresenta que, quando jovens, todos os indivíduos

são em sua maioria economicamente ativos, capazes de realizações

pessoais e profissionais, porém isso tende a diminuir com a idade. Por

isso, é bom poder contar com um plano de aposentadoria que garanta o

mesmo estilo de vida que cada indivíduo está acostumado. Nesse caso,

vê-se a referência ao plano de previdência do governo combinada a um

plano de previdência privado comum a todos os bancos, com opções

PGBL e VGBL.

A seção “Sobrou dinheiro, e agora?” traz também alguns materiais de apoio,

previamente descritos nas seções Assista, Leia e Baixe, que servem de

complemento para a proposta desta seção e como um convite ao visitante para

visitar outras seções do site. A seguir, tem-se a relação dos conteúdos extras:

Assista – seção dedicada aos vídeos:

Page 114: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

112

o Quanto eu devo economizar para um futuro tranquilo

o Quanto devo economizar, de acordo com a minha idade?

o Como criar o hábito de guardar dinheiro todo mês para os seus

sonhos

o Qual o investimento certo para alguém com a minha idade?

o A importância dos juros ao longo do tempo

o Transição suave para a aposentadoria

Leia – seção dedicada aos artigos:

o Equilíbrio financeiro

o Faça seu planejamento

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia Sobrou dinheiro, e agora?

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015)

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ITAÚ. Sobrou dinheiro, e agora?. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/sobrou-dinheiro-e-agora/index.html. Acesso em 18 outubro 2015

Page 115: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

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2.7.13 O melhor crédito para você

Figura 24: Seção O melhor crédito para você

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Page 116: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

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A seção “O melhor crédito para você” é dedicada à orientação de

contratação de crédito, com a intenção de informar aos leitores as opções de

créditos disponíveis no mercado e que são tipicamente comuns a todos os bancos.

Ao acessar a página, na área central, observa-se um vídeo – O melhor crédito para

você – não elencado no item 2.2.1 Assista, pois ele consta somente nesta seção do

site. Sendo este vídeo uma introdução do que se esperar desta seção, ele ilustra

como o crédito pode ser uma boa opção para acelerar sonhos de grande valor

aquisitivo e que levariam muito tempo para serem conquistados apenas com as

economias de fundos de investimentos, como a poupança. Ainda no vídeo, é

possível ter uma explanação completa sobre as diferenças entre as opções de

crédito – financiamento para reforma imobiliária, financiamento imobiliário,

financiamento de veículo, leasing, crédito para viagem ou empréstimo pessoal,

crédito pessoal, cheque especial, cartão de crédito e crédito direto ao consumidor –

ou seja, o que é cada opção de crédito, em qual situação utilizá-las, as taxas que

envolvem cada opção, bem como os pontos de atenção que devem ser

considerados antes de sua contratação. Por fim, o vídeo finaliza fazendo a ressalva

de que o crédito pode ser a melhor solução quando a vontade de mudar chega, mas

é importante que o interessado na contratação de crédito fique atento a todas as

variáveis antes de contratar esse serviço, independente do banco escolhido.

Esta seção se divide em quatro tópicos:

Seja consciente: o tópico se inicia fazendo uma apresentação de

como uma opção de crédito pode ser vantajosa para a realização de

um sonho, uma vez que este pode acelerar o processo de aquisição

de um bem ou serviço. Porém, se a contratação de crédito não for

bem avaliada, ela pode trazer grandes problemas, como, por

exemplo, o acúmulo de dívidas. Por isso, o texto apresenta a

consideração de que antes de se contratar um crédito, é necessário

se avaliar variáveis, analisando se a necessidade por tal produto ou

serviço realmente existe, o quanto o crédito vai comprometer o

orçamento pessoal ou familiar mensalmente e qual tipo de crédito é

Page 117: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

115

adequado para a necessidade atual. Por fim, o texto traz alguns

princípios que devem ser considerados antes da contratação de um

crédito.

Antes de contratar: apresentam-se três pontos que devem ser

considerados antes de se contratar um crédito – escolher o tipo

adequado para a necessidade, pesquisar taxas e juros de

contratação, comparar valor e a quantidade de prestações, colocando

tudo no orçamento para se ter uma visão do impacto no presente e

futuro. Posteriormente, o texto apresenta uma tabela com situações

comuns de consumo e emergências, e quais as opções de crédito

adequadas para cada uma delas, bem como o prazo de pagamento.

Opções de crédito: neste tópico, são apresentadas algumas opções

de consumo mais comuns no mercado – compras gerais de bens

duráveis e bens não duráveis, reforma imobiliária, viagem, carro,

imóvel – e o que deve ser considerado em cada uma delas antes de

se contratar um crédito para sua viabilidade, como cartão de crédito,

crédito imobiliário, crédito consignado, cheque especial, crediário,

entre outros. Ao final, tem-se a possibilidade de utilizar o simulador

“orientador de crédito”, não elencado na seção 2.7.4 Simule, pois este

link aparece apenas nesta página. Ao clicar no link, o visitante é

direcionado para a página “orientador de crédito”, onde é possível

simular opções de crédito adequadas para cada situação de

consumo66.

Entenda juros, tarifas, valor da parcela e análise de crédito: o texto

apresenta uma explicação do que são os juros, tarifa, valor de parcela

e análise de crédito. Ao final, tem-se a possibilidade de clicar no link

“Entenda mais termos financeiros em nosso Glossário”, e ser

redirecionado para a seção 2.7.6 Dúvidas, podendo-se, assim,

conferir o glossário com terminologias financeiras.

A seção “O melhor crédito para você” traz também alguns materiais de

apoio, previamente descritos nas seções Assista, Leia, Baixe e Ouça, que servem

66

ITAÚ. Orientador de crédito. Disponível em: https://www.itau.com.br/creditos-financiamentos/orientador/. Acesso em 28.12.2015.

Page 118: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

116

de complemento para a proposta desta seção e como um convite ao usuário para

que ele visite outras seções do site. A seguir, tem-se a relação dos conteúdos

extras:

Assista – seção dedicada aos vídeos:

o Como a queda na taxa de juros afeta as pessoas que tomam

empréstimos

o O que é planejamento financeiro

o Mecanismos para poupar

o Como evitar o gasto por impulso

o Bons filmes sobre dinheiro

o O dinheiro na jornada da satisfação

Leia – seção dedicada aos artigos:

o Crédito para realizar seus sonhos

o Escolha o crédito adequado para você

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia O melhor crédito para você

Ouça – seção dedicada aos podcasts:

o Crédito – melhores escolhas para compras

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

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ITAÚ. O melhor crédito para você. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/o-melhor-credito-para-voce/index.html#content35. Acesso em 28.12.2015

Page 119: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

117

2.7.14 Conta-corrente

Figura 25: Seção Conta-corrente

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Page 120: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

118

A seção “Conta-corrente” é dedicada ao serviço de conta-corrente, com o

objetivo de mostrar e explicar aos leitores as opções de contas-correntes disponíveis

no mercado e que são tipicamente comuns a todos os bancos. Ao acessar a página,

na área central, observa-se um vídeo – Conta-corrente – não elencado no item 2.2.1

Assista, pois ele consta somente nesta seção do site. Sendo este vídeo uma

introdução do que se esperar desta seção, ele apresenta que a conta-corrente é a

melhor maneira de se organizar a vida financeira, pois ela apresenta diversos tipos,

ideal para cada perfil de cliente, e é algo que não se perde de vista, pois está

disponível em vários canais, como internet, telefone, caixas eletrônicos e nas filiais

do banco. O vídeo ainda apresenta as modalidades de contas-correntes disponíveis

no mercado e que são geralmente comuns a todos os bancos – conta individual,

conta conjunta, conta salário, conta universitária e conta eletrônica – bem como

instruções de como abrir, fechar ou mudar uma conta, e considerações que devem

ser feitas antes de se contratar esse serviço, como ler o contrato antes de escolhê-lo

e analisar o limite de uso, as taxas e tarifas cobradas.

Esta seção se divide em quatro tópicos:

Abrindo uma conta: o texto apresenta as vantagens de se ter uma

conta-corrente para administrar a vida financeira e tudo que é

necessário (como documentos pessoais) para solicitar esse serviço

em qualquer banco.

Tipos de conta: este tópico apresenta as contas-correntes conjunta,

eletrônica e salário, mostrando o perfil de cada uma, bem como os

serviços que oferecem.

Comparando contas: apresentam-se comparações de custo e

benefício entre conta comum x conta salário e conta individual x conta

conjunta.

Encerrando uma conta bancária: o texto apresenta o que deve ser

feito caso um cliente queira encerrar uma conta-corrente.

Page 121: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

119

A seção “Conta-corrente” traz também alguns materiais de apoio,

previamente descritos nas seções Assista e Baixe, que servem de complemento

para a proposta desta seção e um convite ao usuário para visitar outras seções do

site. A seguir, tem-se a relação dos conteúdos extras:

Assista – seção dedicada aos vídeos:

o Como fazer melhores escolhas - parte 1 de 2

o Como fazer melhores escolhas - parte 2 de 2

o Planejamento financeiro pessoal

o A importância dos juros ao longo do tempo

o Receitas de planejamento financeiro pessoal

o O que é planejamento financeiro

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia conta-corrente e cartão de débito

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

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ITAÚ. Conta-corrente. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/conta-corrente/index.html#content24. Acesso em 28.12.2015

Page 122: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

120

2.7.15 Cartão de débito e cheques

Figura 26: Seção Cartão de débito e cheques

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

A seção “Cartão de crédito e cheques” é dedicada ao serviço de pagamento

com cartão de débito, cheques e transferências, com o objetivo de mostrar e explicar

aos leitores como funcionam essas opções como formas de pagamento. Ao acessar

Page 123: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

121

a página, na área central, observa-se um vídeo – Cartão de crédito e cheques – não

elencado no item 2.2.1 Assista, pois ele consta somente nesta seção do site. Sendo

este vídeo uma introdução do que se esperar desta seção, ele mostra como é

simples movimentar a conta-corrente com cartão de débito, cheques e transferência.

Para cada uma dessas opções de pagamento, ele mostra como utilizá-las nas mais

variadas situações e ao que o cliente desse serviço deve ficar atento ao fazer uso de

uma dessas formas.

Esta seção se divide em cinco tópicos:

Cartão de débito: o tópico apresenta as facilidades de se utilizar o

cartão de débito, dentre elas a segurança de não se precisar andar

com grandes quantidades de dinheiro e a aceitação desta forma de

pagamento por grande parte dos estabelecimentos em geral. O texto

finaliza deixando a mensagem de que é importante manter uma

gestão financeira responsável com o cartão de débito, uma vez que é

necessário controlar o volume de dinheiro que se gasta da conta-

corrente para não ficar no vermelho.

Cuidado com os cheques: apresenta-se que o cheque foi uma forma

de pagamento muito utilizada, mas que atualmente é uma modalidade

que vem sendo substituída pouco a pouco por outras formas de

pagamento, como cartão de débito e crédito. Porém, neste texto,

ressalta-se mais a questão da segurança para aqueles que optam em

ainda utilizar o cheque, como andar apenas com a quantidade de

folhas que se vai utilizar, e, em caso de furto, roubo ou extravio, a

importância de se fazer um boletim de ocorrência. O texto ainda

mostra passo-a-passo como se preencher um cheque corretamente.

Cheques sem fundos: neste texto, apresenta-se o que acontece

quando um cheque sem fundo é devolvido, e o que isso pode

acarretar ao emissor do cheque, caso ele não apresente saldo para

sua compensação.

Cheque pré-datado: o tópico apresenta como o cheque pré-datado

pode ser uma forma de pagamento parcelado, porém ressalta-se que

esta forma de pagamento se configura como algo informal, não

Page 124: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

122

regulamentado por uma lei. Portanto, é necessário que o emissor do

cheque tenha em mente que o indivíduo em posse do cheque pode

descontá-lo a qualquer momento, mesmo que o compromisso tenha

sido acordado de outra forma. Para tanto, o texto apresenta algumas

dicas às quais as pessoas devem estar atentas antes de se

apresentar cheque pré-datado como forma de pagamento. Finaliza-se

o texto explicando o que é o cheque especial para a conta-corrente.

Transferência: o tópico apresenta as facilidades de fazer

transferências entre contas de mesmo banco ou contas de outros

bancos, e mostra as diferenças entre as operações Transferência

eletrônica disponível – TED – e Documento de crédito – DOC.

A seção “Cartão de débito e cheques” traz também um material apoio,

previamente descrito na seção Baixe, que serve de complemento para a proposta

desta seção e um convite ao usuário para visitar outras seções do site. A seguir tem-

se a relação dos conteúdos extras:

Baixe – seção dedicada aos e-books:

o Guia conta-corrente e cartão de débito

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Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

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ITAÚ. Cartão de débito e cheques. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/cartao-de-debito-e-cheques/index.html#content20. Acesso em 28.12.2015

Page 125: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

123

2.7.16 Crédito consciente para empresas

Figura 27: Seção Crédito consciente para empresas

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

Page 126: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

124

A seção “Crédito consciente para empresas” é dedicada ao crédito para

micro e pequenas empresas, com o objetivo de explicar, em linhas gerais, como

funciona a abertura de uma empresa e as modalidades de créditos que podem ser

contratadas para a expansão do negócio. Ao acessar a página, na área central,

observa-se um vídeo – Crédito consciente para empresas – não elencado no item

2.2.1 Assista, pois ele consta somente nesta seção do site. Sendo este vídeo uma

introdução do que se esperar desta seção, ele mostra que é comum as pessoas se

planejarem antes de abrir um negócio, da mesma forma que a situação inversa

também é predominante, pois muitas vezes indivíduos se veem a frente de um

negócio por mera casualidade ou por força maior, em decorrência de desemprego,

por exemplo. Independente da forma como o empreendedorismo acontece para

cada um, o vídeo apresenta, de maneira geral, como abrir uma empresa, como

formalizá-la e como saber escolher a melhor opção de crédito para a expansão do

negócio, tendo como base o exemplo fictício de uma empreendedora do ramo

alimentício.

Esta seção se divide em dois tópicos:

Abertura de conta-corrente: neste tópico, apresenta-se um passo-a-

passo detalhado de como abrir uma conta para uma empresa, bem

como o que é importante ser considerado antes de se pedir um

crédito, seja ele para aumentar a estrutura do negócio, para cobrir

despesas de emergência, para adquirir equipamentos, para renovar

estoque, entre outros. Ao final, é possível utilizar o simulador “crédito

consciente – empresas”.

Tipos de crédito: apresentam-se as sete modalidades de créditos

mais comuns para contratação pelas empresas e que são comuns a

todos os bancos: cheque especial, contas garantidas, capital de giro,

desconto de cheques e duplicadas, microcrédito, leasing ou

arrendamento mercantil e cartão empresarial.

Por fim, a página se encerra com a seguinte nota com um dispositivo legal:

Page 127: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

125

Todos os materiais contidos neste site têm como objetivo único fornecer informações gerais e não constituem nem devem ser interpretados como orientação financeira, tributária e contábil. Tais orientações devem ser obtidas de forma independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar qualquer decisão de investimento. Rentabilidade passada não é necessariamente indicativa de resultados futuros. O Itaú Unibanco exime-se de toda e qualquer responsabilidade por eventuais prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou de seu conteúdo. Sujeito a alterações. Todos os direitos reservados. Vedada a sua divulgação, distribuição, reprodução ou qualquer forma de uso (ITAÚ, 2015).

70

No capítulo a seguir, apresentam-se os resultados da pesquisa com usuários

de internet a fim de se entender seu grau de conhecimento e os hábitos de consumo

dos conteúdos disponíveis na página do portal Uso Consciente do Dinheiro, do

banco Itaú, e a discussão de seu conteúdo com base nas leituras feitas para o

desenvolvimento deste trabalho.

70

ITAÚ. Crédito consciente para empresas. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/guias/credito-consciente-empresas/index.html. Acesso em 28.12.2015

Page 128: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

126

3 Pesquisa e discussão

Neste capítulo apresenta-se os resultados da pesquisa, bem como a

discussão do texto articulada com a referencial teórico utilizado para elaboração

deste trabalho.

3.1 Apresentação dos resultados

A pesquisa elaborada para este trabalho teve como objetivos avaliar o

quanto o público geral conhece do portal online Uso Consciente do Dinheiro,

mantido pelo Banco Itaú, e dentre os indivíduos que conhecem o portal, quantificar o

nível de agrabilidade que o material disponível no website desperta no público

consultado.

A pesquisa online foi composta de 16 perguntas fechadas, realizada no

Google Forms71, e divulgada pelos canais online Facebook e email no período de

31/10/2015 à 09/11/2015, e recebeu no total 120 respostas de usuários de internet.

O questionário foi elaborado pelo autor desta monografia e foi composto de

perguntas fechadas com seleção de respostas fixas (sim/ não), e de múltipla escolha

com mais de uma opção de resposta. As perguntas foram segmentadas da seguinte

maneira:

Perguntas de 1 a 2: padrão para todos os entrevistados. A pergunta 1

era obrigatória a resposta.

Pergunta 3: dependendo da resposta dada nesta questão, o

entrevistado era direcionado para a questão seguinte, no caso a 4, ou

para questão 11. A pergunta 3 era obrigatória a resposta.

Perguntas 4 e 5: padrão para todos os entrevistados, dependendo da

resposta provida na pergunta 3. As pergunta 4 e 5 eram obrigatórias a

resposta.

71

A pesquisa online foi elaborada pelo autor desta monografia no Google Forms e disponível neste No link https://docs.google.com/forms/d/1USpzCEvDNMD9Y-Va9vWsXKWv6TLw_hvyD1K4n3Rf1Mc/prefill

Page 129: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

127

Pergunta 6: dependendo da resposta dada nesta questão, o

entrevistado era direcionado para a questão seguinte, no caso a 7, ou

para a questão 11. A pergunta 6 era obrigatória a resposta.

Perguntas de 7 a 16: padrão para todos os entrevistados,

dependendo da resposta provida na pergunta 6. As pergunta de 7 à

10 eram obrigatórias a resposta.

A seguir tem-se o questionário aplicado, bem como o resultado de cada

resposta, considerando os maiores números.

Na questão 1 foi perguntado a faixa etária do entrevistado. 48% declararam

ter entre 26 e 35 anos, 24% declararam ter entre 15 e 25 anos, e 23% declararam

ter entre 36 e 45 anos, de acordo com a Figura 28:

Figura 28: Pergunta 1 – qual é a sua faixa etária?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 120

Na questão 2 foi perguntado o sexo do entrevistado. 58% se declararam

mulher e 42% se declararam homem, de acordo com a Figura 29:

24%

48%

23%

4% 1%

1. Qual é a sua faixa etária?

15 a 25 anos

26 a 35 anos

36 a 45 anos

46 a 55 anos

acima de 56 anos

Page 130: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

128

Figura 29: Pergunta 2 - seu gênero/ sexo

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 120

A questão 3 tratou-se de um pergunta eliminatória. O intuito desta pesquisa

era falar em detalhes com pessoas interessadas no tema educação financeira. 74%

declararam já ter buscado informações sobre educação financeira para gestão de

finanças pessoais ou empresariais, de acordo com a Figura 30. Seguiu-se o

questionário em profundidade com este público. Os 26% que declararam nunca

terem buscado informações sobre educação financeira foram direcionados para a

questão 11 para avaliar um vídeo do portal online Uso Consciente do Dinheiro.

Figura 30: Pergunta 3 – você já buscou informações sobre educação financeira?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 120

42%

58%

2. Você é:

Homem

Mulher

74%

26%

3. Você já buscou informações sobre educação/ gestão financeira pessoal ou empresarial?

Sim

Não

Page 131: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

129

Na questão 4 foi perguntado a finalidade para qual as informações sobre

educação e gestão financeira eram procuradas. Nesta pergunta mais de uma opção

de resposta era possível. 76% declararam que a finalidade é para fazer

planejamento pessoal, 61% declararam que é para poupar e investir dinheiro, 33%

declararam que é para fazer planejamento financeiro familiar e 26% declararam que

é para abrir um negócio, de acordo com a Figura 31:

Figura 31: Pergunta 4 – para qual finalidade você buscou informações sobre educação financeira?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 191

O intuito da pergunta 5 era saber em quais meios de comunicação o

entrevistado buscou informações sobre educação/ gestão financeira. Nesta pergunta

mais de uma opção de resposta era possível. 75% declararam buscar informações

sobre o assunto em sites de busca, 32% em jornais e revistas, 27% em sites de

bancos, 26 % no site do SEBRAE, e 15% nas redes sociais, de acordo com a Figura

32:

26%

10%

76%

33%

61%

8%

1%

Para abrir um negócio

Para gerenciar um negócio próprio jáexistente

Para fazer planejamento financeiropessoal

Para fazer planejamento financeirofamiliar

Para poupar ou investir dinheiro

Para me proteger dos efeitos da criseecônomica atual

Outros

4. Para qual finalidade você buscou informações sobre educação/ gestão financeira pessoal ou empresarial?

Page 132: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

130

Figura 32: Pergunta 5 – em quais meios de comunicação você buscou informações sobre educação financeira?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 180

A questão 6 tratou-se de um pergunta eliminatória e foi estimulada com a

Figura 33, a fim de nortear o respondente sobre a questão.

Figura 33: Reprodução da página inicial do portal Uso Consciente do Dinheiro

Fonte: website portal Uso Consciente do Dinheiro, Banco Itaú

75%

27%

26%

15%

7%

3%

32%

18%

Sites de busca

Sites de bancos

Site do Sebrae

Redes sociais

Televisão

Rádio

Revistas ou jornais

Outros

5. Em quais meios de comunicação você buscou informações sobre educação/ gestão financeira pessoal ou empresarial?

Page 133: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

131

A partir da pergunta 6, o intuito era falar com pessoas que conheciam o

portal online Uso Consciente do Dinheiro, do banco Itaú, uma vez que se faz

necessário saber o quanto os conteúdos disponíveis no portal são conhecidos e

apreciados pelo público-alvo. 19% declararam conhecer o portal online Uso

Consciente do Dinheiro, de acordo com a Figura 34. Seguiu-se o questionário em

profundidade com este público. Os 81% que declararam não conhecer o portal foram

direcionados para a questão 11 para avaliar um vídeo disponível no portal online

Uso Consciente do Dinheiro.

Figura 34: Pergunta 6 – você conhece o portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 89

Parte importante deste trabalho é saber o quanto o público conhece os

conteúdos disponíveis no portal online Uso Consciente do Dinheiro, por isso, na

questão 7 perguntou-se se os entrevistados conheciam os conteúdos-chave do

portal, que se ligam diretamente a uma etapa especial da vida (compra da casa

própria, situação de emergência, aposentadoria, abertura de negócio, entre outros).

Nesta pergunta mais de uma opção de resposta era possível. 47% declararam

conhecer a seção Use bem seu dinheiro, dedicada ao planejamento financeiro, 30%

declararam conhecer a seção Sobrou dinheiro, e agora?, dedicada à economia de

dinheiro e aplicação financeira, 24% declararam conhecer as seções O melhor

crédito para você, dedicada ao crédito pessoal, e Saia do vermelho, dedicada aos

individados que querem equilibrar as contas, e 17% declararam conhecer as seções

Família e dinheiro, dedicada ao planejamento familiar, e Conta-corrente, dedicada à

administração da conta-corrente, e por fim, 18% declararam nunca terem visto

19%

81%

6. Você conhece o portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Sim

Não

Page 134: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

132

nenhum destes conteúdos no portal online Uso Consciente do Dinheiro, de acordo

com a Figura 35:

Figura 35: Pergunta 7 – você já viu/ acessou algum destes conteúdos a seguir?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 31

47%

24%

18%

30%

24%

18%

0%

6%

17%

0%

Use bem o dinheiro: seção dedicada ao planejamentofinanceiro, com conteúdos sobre como fazer o orçamento

mensal e programar dívidas.

Saia do vermelho: seção dedicada aqueles que estãocom dívidas, com conteúdos sobre como organizar o

orçamento para saír do negativo e equilibrar as contas.

Família e dinheiro: seção dedicada ao planejamentofamiliar, com conteúdos sobre como organizar o

orçamento familiar e planejar a realização de sonhospessoais e da família.

Sobrou dinheiro, e agora?: seção dedicada à economiade dinheiro, com conteúdos sobre aplicação financeira

adequada a cada perfil de investidor.

O melhor crédito para você: seção dedicada ao créditopessoal, com conteúdos sobre como escolher a melhoropção de crédito para cada necessidade, como créditoimobiliário para compra de imóvel, financiamento para

reforma de casa, consórcio, leasing de car

Conta-corrente: seção dedicada à conta-corrente, comconteúdos sobre como escolher a melhor opção de conta-

corrente e administrá-la, como conta individual, contaconjunta, conta universitária, conta salário, entre outros.

Cartão de débito e cheques: seção dedicada ao cartão decrédito e cheque, com conteúdos sobre como utilizar

estas opções de pagamento.

Crédito consciente para empresas: seção dedicada aocrédito empresarial, com conteúdos sobre como escolher

a melhor opção de crédito para pequenosempreendedores, para iniciar ou expandir o negócio.

Nunca vi/ acessei nenhum destes conteúdos.

Outros

7. O portal online Uso consciente do Dinheiro do Banco Itaú possui algumas seções com diversos conteúdos (vídeos, textos, eBooks, podcasts, etc.), sobre como manter/ equilibrar a vida financeira. Você já viu/ acessou algum destes conteúdos a seguir?

Page 135: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

133

A pergunta 8 tinha o objetivo de avaliar, de modo geral, a percepção que o

público-alvo tem dos conteúdos disponíveis no portal online Uso Consciente do

Dinheiro. 76% consideraram os conteúdos “Bons”, enquanto que 12% se dividiram

entre “Ótimos” e “Regulares”, de acordo com a Figura 36:

Figura 36: Pergunta 8 – o que você achou dos conteúdos que você já viu/ acessou no portal?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 17

A base da estratégia de marketing de conteúdo está pautada no

desenvolvimento e promoção de conteúdos engajadores, relevantes e úteis. A

pergunta 9 tinha como o objetivo avaliar a relevância dos conteúdos disponíveis no

portal online Uso Consciente do Dinheiro para quem busca informações sobre

educação e gestão financeira. 82% consideraram os conteúdos disponíveis no portal

“Relevantes”, de acordo com a Figura 37:

12%

76%

12%

0%

8. De modo geral, o que você achou dos conteúdos que você já viu/ acessou no portal online Uso Consciente do Dinheiro do

Banco Itaú?

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Page 136: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

134

Figura 37: Pergunta 9 – como você avaliaria os conteúdos que você já viu/ acessou no portal?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 17

A pergunta 10 tinha como objetivo avaliar o perfil geral dos conteúdos

disponíveis no portal Online Uso Consciente do Dinheiro. 70% consideraram os

conteúdos informativos e que ajudam com o tema gestão financeira, e 18%

consideraram os conteúdos comerciais e que fazem apenas propaganda do banco,

de acordo com a Figura 38:

Figura 38: Pergunta 10 – como você descreveria os conteúdos que você já viu/ acessou no portal?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 17

82%

18%

9. De modo geral, como você avaliaria os conteúdos que você já viu/ acessou no portal online Uso Consciente do Dinheiro do

Banco Itaú?

Relevantes: os conteúdosatenderam a minhanecessidade de gestãofinanceira.

Sem relevância: osconteúdos não atenderama minha necessidade degestão financeira.

70%

12%

18%

10. De modo geral, como você descreveria os conteúdos que você já viu/ acessou no portal

online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Informativos: osconteúdos me deraminformações que meajudaram com aminha necessidadede gestão financeira.

Divertidos: gostei daforma descontraída einformal como ostemas de educação/gestão financeira sãotratados.

Page 137: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

135

A questão 1172 foi estimulada com o vídeo “Uso consciente do dinheiro”,

elencado neste trabalho na seção 2.7.1 Assista, que mostra como cortar

desperdícios de dinheiro e fazer melhores escolhas de gastos, disponível no portal

online Uso Consciente do Dinheiro, com o objetivo de avaliá-lo ao final da exibição.

Na questão 11, portanto, foi perguntado ao respondente o que ele achou do vídeo.

63% consideraram o vídeo “Bom”, enquanto que 20% consideraram-no “Ótimo”, e

14% classificaram-no como “Regular”, de acordo com a Figura 39:

Figura 39: Pergunta 11 – o que você achou do vídeo?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 118

A pergunta 1273 tinha como o objetivo avaliar a relevância da mensagem do

vídeo Uso Consciente do Dinheiro disponível no portal. 80% consideraram a

mensagem do vídeo “Relevante”, de acordo com a Figura 40:

72

A pergunta 11 apresenta as respostas daqueles que informaram que nunca haviam buscado informações sobre gestão financeira na pergunta 3 do questionário, por isso, a base de respondente sobe consideravelmente ao final do questionário. 73

A pergunta 12 apresenta as respostas daqueles que informaram que nunca haviam buscado informações sobre gestão financeira na pergunta 3 do questionário, por isso, a base de respondente sobe consideravelmente ao final do questionário.

20%

63%

14%

3%

11. O que você achou do vídeo?

Ótimo

Bom

Regular

Ruim

Page 138: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

136

Figura 40: Pergunta 12 – como você avaliaria a mensagem deste vídeo?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 119

A pergunta 1374 tinha como objetivo avaliar o perfil geral do vídeo Uso

Consciente do Dinheiro disponível no portal. 40% consideraram o vídeo informativo

e que ajudou na compreensão do tema uso consciente do dinheiro, 39%

consideraram o vídeo comercial e que fez apenas propaganda dos serviços do

banco, e 21% consideraram o vídeo divertido e que gostaram da forma descontraída

como o tema foi tratado, de acordo com a Figura 41:

74

A pergunta 13 apresenta as respostas daqueles que informaram que nunca haviam buscado informações sobre gestão financeira na pergunta 3 do questionário, por isso, a base de respondente sobe consideravelmente ao final do questionário.

80%

20%

12. Como você avaliaria a mensagem deste vídeo?

Relevante: a mensagemme fez compreender aimportância do usoconsciente do dinheiro.

Sem relevância: amensagem não me ajudoua compreender aimportância do usoconsciente do dinheiro.

Page 139: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

137

Figura 41: Pergunta 13 – como você descreveria este vídeo?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 118

A pergunta 1475 tinha o objetivo de avaliar o quanto os materiais disponíveis

no portal online Uso Consciente do Dinheiro eram atraentes a ponto de estimular o

visitante da página a acessar mais de um conteúdo. Com isso, tendo como

parâmetro o vídeo Uso Consciente do Dinheiro, perguntou-se aos entrevistados se

após assistir ao vídeo, eles considerariam acessar outros conteúdos disponíveis no

portal. 58% considerariam acessar outros materiais no portal online Uso Consciente

do Dinheiro, de acordo com a Figura 42:

75

A pergunta 14 apresenta as respostas daqueles que informaram que nunca haviam buscado informações sobre gestão financeira na pergunta 3 do questionário, por isso, a base de respondente sobe consideravelmente ao final do questionário.

40%

21%

39%

13. Como você descreveria este vídeo?

Informativo: o conteúdo medeu informações que meajudaram a compreender aimportância do usoconsciente do dinheiro.

Divertido: gostei da formadescontraída de semostrar a importância douso consciente dodinheiro.

Comercial: o vídeo fazapenas propaganda dosserviços do Banco Itaú.

Page 140: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

138

Figura 42: Pergunta 14 – você consideraria acessar outros materiais disponíveis no portal?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 119

A pergunta 1576 se refere à disseminação do conteúdo nos meios

comunicacionais a fim de torná-lo conhecido e disponível entre o público-alvo.

Perguntou-se aos entrevistados se eles já haviam visto alguma iniciativa do Banco

Itaú na mídia geral ou especializada com o intuito de promover o portal online Uso

Consciente do Dinheiro. Nesta pergunta mais de uma opção de resposta era

possível. 70% declararam nunca terem visto nenhuma ação sobre educação

financeira do Banco Itaú nos meios de comunicação, 17% declararam terem visto

vídeos, imagens e animações sobre educação financeira no Facebook, Instagram,

Twitter e YouTube, e 16% declararam terem visto dicas sobre educação financeira

no programa televisivo “Encontros com Fátima Bernardes” no canal Globo em 2015,

de acordo com a Figura 43:

76

A pergunta 15 apresenta as respostas daqueles que informaram que nunca haviam buscado informações sobre gestão financeira na pergunta 3 do questionário, por isso, a base de respondente sobe consideravelmente ao final do questionário.

58%

42%

14. Após assistir este vídeo, você consideraria acessar outros materiais disponíveis no portal online Uso Consciente do

Dinheiro do Banco Itaú?

Sim

Não

Page 141: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

139

Figura 43: Pergunta 15 – Você já viu alguma iniciativa sobre educação/ gestão financeira do Banco Itaú nestes meios de comunicação?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 125

Na questão 16 foi perguntado aos entrevistados se eles são correntistas do

Banco Itaú. 41% se declararam correntistas do Banco Itaú, como apresenta a Figura

44:

Figura 44: Pergunta 16 – você é correntista do Banco Itaú?

Fonte: Entrevista online realizada com 120 entrevistados a partir de 15 anos. Base de respostas: 119

16%

17%

70%

3%

Televisão: dicas sobre educaçãofinanceira no programa "Encontros com

Fátima Bernardes", do canal Globo.

Redes sociais: vídeos, imagens eanimações sobre educação financeira noFacebook, Instagram, Twitter e YouTube.

Nunca vi nenhuma iniciativa sobreeducação financeira do Banco Itaú em

meios de comunicação.

Outros

15. Você já viu alguma iniciativa sobre educação/ gestão financeira do Banco Itaú nestes meios de comunicação?

41%

59%

16. Você é correntista do Banco Itaú?

Sim

Não

Page 142: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

140

3.2 Discussão

O objeto deste trabalho, o portal online Uso Consciente do dinheiro, é um

dos elementos trabalhados na estratégia de educação financeira do Banco Itaú, que

visa “entender as necessidades das pessoas para oferecer conhecimento e soluções

financeiras adequadas, contribuindo para que a sociedade e as empresas tenham

uma relação saudável como dinheiro” (ITAU, 2014)77. Esta estratégia unida às

estratégias Riscos e Oportunidades Socioambientais e Diálogo e Transparência,

compõem as metas os temas que conduzirão o banco para alcançar a sua visão:

“ser o banco líder em performance sustentável e em satisfação dos clientes”

(ITAU)78.

Com isso, no que concerne à educação financeira, a marca atua em três

frentes para promover o tema de acordo com dados apresentados no White paper

Estratégia de Educação Financeira do Banco Itaú Unibanco (2014)79:

Promove entre seus colaboradores, a fim de contribuir para melhoria

do bem-estar financeiro, oferecer soluções financeiras adequadas às

suas necessidades e torná-los multiplicadores deste conhecimento

para clientes e familiares. Como? Com iniciativas internas, como

portal interno com informações sobre o tema (intranet), planos de

incentivos, endomarketing, cursos à distância e presenciais, palestras,

programas de voluntariados e atendimento especializado.

Promove entre seus clientes, com o intuito de garantir transparência e

satisfação nas estratégias de negócio, produtos e serviços, prezando

pela assertividade ao apresentar os produtos adequados, no

momento certo, além de oferecer conhecimento e soluções

financeiras concernentes a cada momento de vida do cliente. Como?

Prestação de serviço gratuito por SMS e online sobre oferta de

77

ITAÚ. Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, [2014]. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/iniciativa/case-educacao-financeira.pdf. Acesso em 05 outubro 2015. 78

ITAÚ. Sustentabilidade. Disponível em: https://www.itau.com.br/sustentabilidade/. Acesso em 05 outubro 2015. 79

ITAÚ. Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, [2014]. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/iniciativa/case-educacao-financeira.pdf. Acesso em 05 outubro 2015.

Page 143: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

141

serviços e produtos, bem como sobre pontos de atenção com as

finanças, por exemplo, grupos de estudos sobre o tema, rodadas de

diálogo com Procon e multiplicadores de educação financeira

disponível em PABs dos banco.

Promover para sociedade, “(...) para disseminar conteúdo isento e

relevante de educação financeira, por meio de abordagem simples,

próxima e transparente (ITAÚ, 2014, p. 21)”80, desenvolver o diálogo

sobre o tema com diversos públicos que compõem a sociedade

brasileira. Como? Com portal sobre educação financeira, Uso

Consciente do Dinheiro (objeto de estudo deste trabalho), com

diversos materiais à disposição, que inclui materiais para crianças,

iniciativas para universitários, campanha de crédito consciente, canal

no YouTube sobre investimento e previdência e programa de

educação financeira para estudantes do ensino médio.

Ainda, de acordo com dados verificados no White paper Estratégia de

Educação Financeira do Banco Itaú Unibanco (2014)81, seguindo principio de

transparência, a marca não vincula o tema à oferta de produtos e serviços do banco;

quando necessário, faz a contextualização sob à ótica de mercado, que mantem, no

geral, a oferta similar de produtos e serviços.

Quando se verifica o que foi exposto no começo desta discussão com o que

se espera de uma estratégia focada em marketing de conteúdo, proposta por Pulizzi

(2014), tem-se que a marca segue em linha com que se propõe em iniciativas

focadas em conteúdo, que é a criação e distribuição de material relevante, atraente

e que engaja o público-alvo, com o objetivo de conduzir o negócio para um nível

rentável. No caso, o trabalho da marca em conduzir o público-alvo para níveis

rentáveis se concentra nos clientes que o banco já mantem e nos funcionários da

empresa, como o faz declaradamente no White paper Estratégia de Educação

Financeira do Banco Itaú Unibanco. Ainda que a marca considere seu material

80

ITAÚ. Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, [2014]. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/iniciativa/case-educacao-financeira.pdf. Acesso em 05 outubro 2015. 81

ITAÚ. Estratégia de Educação Financeira do Itaú Unibanco, [2014]. Disponível em: https://ww2.itau.com.br/hotsites/itau/usoconsciente_14/iniciativa/case-educacao-financeira.pdf. Acesso em 05 outubro 2015.

Page 144: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

142

isento de informações sobre produtos e serviços, em pesquisa realizada para este

trabalho, foi solicitado aos entrevistados que assistissem ao vídeo Uso Consciente

do Dinheiro, elencado na seção 2.7.1, e que o classificassem como “Relevante”,

“Divertido” ou “Comercial”; as opiniões se dividiram entre os 40% que acharam o

vídeo “Informativo” e os 39% que acharam o vídeo meramente “Comercial”.

De acordo com Brito (2013), a estratégia focada em conteúdo é tática, por

isso, ela deve ser complementar às outras estratégias de marketing da marca.

Tendo isso em mente, considera-se aqui o portal online Uso Consciente do Dinheiro

uma peça tática importante no programa de educação financeira da marca, visto a

magnitude de conteúdos sobre o tema que o portal apresenta: são 34 vídeos, 10

podcasts, 14 artigos, 12 simuladores, 9 e-books, uma seção de perguntas e

respostas com 22 entradas, um glossário com 88 termos, além das nove seções

centrais, que se dividem, em média entre 3 e 4 abas, com conteúdos focados em

momentos e temas da vida articulados com questões financeiras (situação de crise

financeira, compra da casa, casamento, filhos, mesada, aposentadoria,

investimento, abertura de negócio, entre outros).

O portal segue a linha inovadora e moderna da marca. Ele tem sua base

online construída para operação no computador pessoal, mas é responsivo para

dispositivos móveis gerais, como tablets e smartphones. Como salienta Brito (2013),

com a multiplicidade de dispositivos, a informação das marcas tem de estar

acessível em qualquer dispositivo que se vá utilizar.

Os materiais no geral apresentam estruturas comunicativas e vocábulos

simples, que tornam os conteúdos acessíveis a quase todos os públicos que

possuem níveis mínimos de alfabetização. Todos os temas são estimulados ora com

o predomínio mais intenso de uma forma linguagem – sonora, visual ou textual – ora

com a hipermídia, assim, nenhum tema deixa de ser coberto, caso uma pessoa opte

em ver apenas os vídeos ou ler apenas os guias, por exemplo. Vale o destaque para

o livro virtual “A Árvore dos Sonhos”, que apresenta uma versão para crianças com

deficiência visual, como uma tentativa de inclusão social infantil por parte da marca.

Page 145: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

143

Os conteúdos presentes no portal online são ricos e variados – apresentam

vídeos, e-books, podcasts, artigos, simuladores – exatamente como se espera em

uma estratégia de marketing focada em conteúdos: uma diversidade de materiais

para um público exigente, que tem preferências distintas (PULIZZI, 2014), como

aqueles que preferem ler e optam pelos manuais e artigos, ou aqueles que são

“mais ouvintes” e preferem os áudios. As nove seções principais do portal (Saia do

vermelho, Consumir e poupar, Use bem o seu dinheiro, Família e dinheiro, Sobrou

dinheiro. E agora?, O melhor crédito para você, Conta-corrente, Cartão de débito e

cheques e Crédito consciente para empresas), apresentam-se como ligadas à cada

momento da vida, desde à infância, adolescência, vida adulta, vida à dois, vida

familiar, até a maturidade, apresentando as principais situações financeiras mais

comuns ao indivíduo e à família, como a compra da casa própria, a compra do carro,

a mesada do filho e do casal, endividamento, a aposentadoria, planos de viagem,

entre outros. Os conteúdos disponíveis em cada seção versam sobre o tema a ser

abordado naquele espaço; eles estão bem amarrados a fim de garantir a máxima

compreensão sobre o tema, disponíveis em vários formatos. Na pesquisa realizada

para este trabalho, quando perguntado a aqueles que conheciam o portal o que eles

achavam dos conteúdos disponíveis no espaço, 76% disseram achar os conteúdos

“Bons”; quando perguntado sobre a relevância, 82% disseram achar os conteúdos

“Relevantes”, e quando perguntado sobre a característica central dos conteúdos,

70% descreveu os materiais como “Informativos”.

Na seção iniciativa, um abre alas do portal, a marca apresenta a razão de

existência desse portal e seu intuito, a fim de orientar o visitante sobre o conteúdo

que ele vai encontrar nas demais seções. Algumas seções do site não apresentam

uma introdução, ainda que breve, do conteúdo que se encontra ali. Apesar dessas

seções terem nomes intuitivos do que se esperar, como Assista e Leia, pode ser

factível de incompreensão por parte de alguns visitantes.

O portal oferece ao visitante a oportunidade de consumir alguns conteúdos

nesse espaço ou à posse deles, no caso dos materiais contidos nas seções Ouça e

Baixe, onde os visitantes podem fazer o download gratuito dos conteúdos destas

áreas para ler e ouvir num outro momento que queiram.

Page 146: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

144

Vale também o destaque para os podcasts e os vídeos, que trazem a

opinião de especialistas do mercado e do banco, o que aumenta consideravelmente

o endosso dos conteúdos. Os vídeos podem ser vistos no portal ou no YouTube,

porém seis vídeos se encontram inativos, o que pode gerar uma frustração por parte

do visitante da página e desencorajá-lo a ver outros materiais.

A seção Dúvidas é um espaço de perguntas e respostas. O interessante é

que, ao esclarecer a dúvida, a marca ainda oferece a chance do visitante saber mais

sobre o tema, fazendo a indicação de um algum material extra disponível no portal.

O mesmo acontece para as seções centrais do portal, que ao terminar a explicação

de um tema, encorajam o visitante a buscar mais informações em outras seções do

site por meios de comandos call-to-action. É uma boa estratégia de “nós”

conectados, a fim de garantir uma experiência de navegação por todas as seções do

site.

O portal está atrelado ao site do Banco Itaú por meio de links disponíveis na

barra superior da página, onde se vê o logo do banco. Trata-se de um ambiente

controlado e de propriedade do banco, que funciona com um hub (PULIZZI, 2014),

uma central que condensa os conteúdos que podem ser distribuídos em outros

canais, como as redes sociais. Neste espaço mediado, não há interferências

externas, pois não existe funcionalidades que permitam o público externo avaliar os

materiais, postar opinião ou dúvida, por exemplo. Para finalidade de contato para

solução de dúvidas, o visitante conta com uma opção de email, pouco visível,

indicada ao final da seção Dúvidas, elencada na seção 2.7.6. No portal em si, a

pouca possibilidade de interação ativa está nos simuladores, que permite ao

visitante deixar a sua posição de receptor da mensagem e adotar uma postura ativa.

Com relação ao compartilhamento de conteúdo, no final da página inicial do

portal, existem ícones das redes sociais Facebook, Twitter e YouTube indexados

para os perfis do banco Itaú nestes canais. As páginas do portal não existem opções

propriamente destinadas ao compartilhamento de materiais específicos. A seção

Assista, elencada no item 2.7.1, apresenta os ícones das mídias sociais Facebook,

Twitter, YouTube e Orkut, que aparentemente, não estão destinadas ao

compartilhamento de materiais, mas sim indexados aos perfis do banco nestas

Page 147: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

145

mídias, porém a funcionalidade se mostrou inoperante. Vale ressaltar que a rede

social Orkut teve suas atividades encerradas no dia 30 de setembro de 2014, porém

o ícone ainda se encontra no portal.

O sucesso de uma estratégia focada produção de conteúdo está

condicionada, dentre outras coisas, à disseminação de conteúdos nos canais oficiais

da empresa/ marca e em outros canais especializados, que ofereçam alguma

oportunidade relevante de consideração por parte do público-alvo que vai ver o

material, além de um bom trabalho de indexação de conteúdos. Na pesquisa

realizada para este trabalho, verificou-se que 74% dos entrevistados já haviam

buscado pelo menos uma vez informações sobre educação e gestão financeira,

porém apenas 19% conheciam o portal online do Uso Consciente do Dinheiro. 75%

declararam que buscaram informações em sites de busca, como o Google. Quando

perguntado sobre as iniciativas de educação financeira da marca nos meios de

comunicação, 70% responderam nunca terem visto iniciativas do Itaú sobre este

tema nos meios de comunicação; 17% responderam terem visto ações sobre o tema

nas redes sociais e 16% disseram ter visto ações sobre o tema no Programa

Encontros com Fátima Bernardes, no canal Globo.

Verificou-se que no período em que o website foi lançado, em 2012, não

houve campanhas no Facebook que direcionassem os visitantes para um dos

conteúdos disponíveis no portal, por exemplo. Os vídeos que se encontram no portal

estão vinculados ao canal da marca no YouTube, mas uma pessoa que faz o

caminho inverso (vai ao canal da marca no YouTube ao invés de ir ao portal) não

encontra nenhum vínculo entre aquele conteúdo e o portal Uso consciente do

Dinheiro.

Outro princípio importante da estratégia de marketing de conteúdo é a

periodicidade e atualização do tema. Poucos materiais apresentam data, o que

compromete a definição de quanto tempo cada material existe e quão atualizado ele

está. Dentre aqueles que apresentam data, viu-se que os vídeos são os mais atuais,

alguns de 2015, porém os materiais da seção Ouça são de 2013. Notou-se que não

há uma regularidade para a postagem dos materiais, nem uma estratégia de

divulgação no próprio portal e fora dele, como nos canais da marca. Haja vista que o

Page 148: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

146

Brasil passa por um momento econômico crítico, tem-se no momento uma boa

oportunidade de renovação deste portfolio com novas propostas de tema e

renovação daqueles que ainda se enquadram no contexto atual.

Constata-se que embora o portal tenha potencial para ser uma referência

para a marca sobre educação financeira, visto que na pesquisa realizada, 58% dos

entrevistados disseram que acessariam conteúdos do portal após assistirem ao

vídeo Uso Consciente do Dinheiro, ele no momento apresenta aspectos de um

repositório, pois não se nota marcas de renovação desde 2012. Vê-se, porém, que a

marca ainda estimula os temas de educação financeira em outros canais e,

inclusive, traz com a chancela de sua campanha institucional “Isso muda o mundo”

com eles, principalmente com vídeos postados no YouTube, mas não atrela ao

portal Uso Consciente do Dinheiro. Após esta discussão, apresenta-se a seguir a

conclusão deste trabalho.

Page 149: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

147

Conclusão

O presente trabalho buscou fazer uma análise da estratégia utilizada para

produção e compartilhamento dos conteúdos disponíveis no portal online Uso

Consciente do Dinheiro da marca Itaú.

Tinha-se a pretensão de entrevistar o (a) responsável pelas iniciativas de

educação financeira do Banco Itaú, a fim de se entender as razões que levaram o

banco a manter este programa de educação financeira, com foco em descobrir as

motivações da criação do portal online Uso Consciente do Dinheiro. O contato foi

possível para a solicitação da entrevista, porém o responsável não dispunha de

tempo para a atividade. Como apoio complementar, foi indicado a visita à página

online da área de Sustentabilidade do banco. Os materiais desta área colaboraram

para a produção dos capítulos 2 e 3.

As conclusões deste trabalho indicaram que o portal é um componente

dentre todos os outros que fazem parte de uma estratégia maior do banco, que visa

disseminar conhecimento sobre educação financeira, portanto, o seu papel é tático.

O portal é uma iniciativa desenvolvida para a sociedade, a fim de se prover

conhecimento sobre o tema, para que as pessoas tenham uma relação saudável

com o dinheiro.

Constatou-se também que ainda que a marca afirme que sua iniciativa de

prover subsídio sobre educação financeira seja isenta de conteúdo institucional ou

publicitário, alguns materiais do portal avaliados na pesquisa suscitaram a opinião

divergente do público entrevistado.

Ao analisar os conteúdos disponíveis no portal, verificou-se uma gama

variada de materiais, dentre eles vídeos, podcasts, e-books, simuladores, entre

outros, que juntos compõem um compêndio digital sobre educação financeira.

Dentre a porcentagem das pessoas que declararam conhecer o portal, verificou-se

que 76% acham os materiais “Bons”, 82% acham os materiais relevantes e 70%

acham os materiais informativos, o que se conclui que o portal em si é considerado

relevante para o público-alvo. Os materiais são constituídos de linguagem simples,

Page 150: Monografia-larissa_v16-novos arquivos

148

acessíveis a quase todos os públicos e inclusivos. Todos eles têm o predomínio das

três tradicionais formas de linguagem e também as suas formas híbridas para o

digital.

Os resultados também mostraram que dentre a porcentagem das pessoas

que buscaram informações sobre gestão financeira (74%), apenas 19% conheciam o

portal online, o que demonstra a pouca exposição ao qual o website está submetido.

Isso também fica evidente quando se olha a porcentagem de pessoas que

declararam nunca terem visto iniciativas da marca Itaú sobre educação financeira

nos meios de comunicação – 70%. Uma porção de 17% declarou ter visto ações

sobre o tema nas redes sociais e 16% disseram ter visto ações sobre o tema no

Programa Encontros com Fátima Bernardes, no canal Globo. No ano em que o

portal foi lançado não foi encontrada nenhuma postagem indexada para o local. A

pouca exposição que o portal é submetida é feita no YouTube, que concentra todos

os vídeos disponíveis no portal.

Por fim, constatou-se que falta periodicidade na produção de conteúdos para

o portal a fim de se renovar o espaço com novos temas e atualização dos temas que

ainda se mostram dentro do contexto socioeconômico brasileiro.

Recomendação para estudo de caso

Recomenda-se que para pesquisas futuras sejam analisadas todos os

componentes que formam a estratégia de educação financeira da marca, para a

melhor compreensão de todas as peças que compõem a engrenagem desta

estratégia no digital.

Limitações

Neste estudo foi necessário delimitar o escopo do objeto de análise. Como o

tema trabalhado foi marketing de conteúdo no digital, optou-se pela análise de

apenas um componente da estratégia, que é o portal Uso Consciente do dinheiro.

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149

Referências bibliográficas

AAKER, David A.; JOANCHIMSTHALER, Erich. Como construir marcas líderes. 2.

ed. São Paulo: Editora Futura, 2002. 262 p.

BRITO, Michael. Your Brand, The Next Media Company. [S.I.]: Que Publishing,

2013. 272 p.

CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. 244 p.

FIORE, Quentin; MCLUHAN, Marshall. Guerra e paz na aldeia global. Rio de

Janeiro: Record, 1971.

_____________. O meios são as massa-gens. Rio de Janeiro: Record, 1969.

LEVY, Pierre. Cibercultura. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2001. 264 p.

KELLER, Kevin Lane; KOTLER, Phillip. Administração de marketing. 12. ed. São

Paulo: Pearson, 2006. 750 p.

LINDSTROM, Martin. A lógica do consumo. São Paulo: Nova Fronteira, 2008. 208

p.

MCLUHAN, Marshall. A galáxia de Gutenberg. São Paulo: Editora Nacional, 1972.

390 p.

PULIZZI, Joe. Epic content marketing: how to tell a different story, break through

the clutter, & win more customers by marketing less. 2. ed. [S.I.]: McGraw-Hill

Education, 2014. 256 p.

SANTAELLA, Lucia. Matrizes da linguagem e do pensamento: sonora, visual e

verbal. São Paulo: Fapesp, 2001. 432 p.

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150

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO ONLINE

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151

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153

APÊNDICE B – CURRICULUM VITAE

Larissa de Cássia Candido, Brasileira, 27 anos

Mais de dois anos de experiência em marketing e comunicação, gerenciando

portfolio local e implementando soluções que agregam valor ao negócio.

Mais de cinco anos de experiência em assessoria executiva em empresas

multinacionais, assistindo executivos de gestão de alto nível.

Histórico Profissional

GfK, novembro/2012 – Presente

Especialista em marketing digital

Área: marketing

Bristol-Myers Squibb, outubro 2009 – outubro 2012

Assistente Executiva

Área: marketing

Research International, fevereiro 2009 – setembro 2009

Estagiária

Área: diretoria executiva

Histórico Acadêmico

Faculdade Escola de Comércio Álvares Penteado – FECAP

Bacharelado em Assessoria Executiva – de 2009 à 2012

Universidade Presbiteriana Mackenzie

Bacharelado e Licenciatura em Letras, inglês e português – de 2005 à 2009

Idiomas

Inglês, avançado

Espanhol, avançado

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154

ANEXO A – RESULTADO DA PESQUISA ONLINE

1. Qual é a sua faixa etária?

Nº respostas Porcentagem

15 a 25 anos 29 24.2%

26 a 35 anos 57 47.5%

36 a 45 anos 28 23.3%

46 a 55 anos 5 4.2%

acima de 56 anos 1 0.8%

2. Você é

Nº respostas Porcentagem

Homem 51 42.5%

Mulher 69 57.5%

3. Você já buscou informações sobre educação/ gestão financeira pessoal ou empresarial?

Nº respostas Porcentagem

Sim 89 74.2%

Não 31 25.8%

4. Para qual finalidade você buscou informações sobre educação/ gestão financeira pessoal ou empresarial?

Nº respostas Porcentagem

Para abrir um negócio 23 25.8%

Para gerenciar um negócio próprio já existente 9 10.1%

Para fazer planejamento financeiro pessoal 68 76.4%

Para fazer planejamento financeiro familiar 29 32.6%

Para poupar ou investir dinheiro 54 60.7%

Para me proteger dos efeitos da crise econômica atual 7 7.9%

Outros 1 1.1%

5. Em quais meios de comunicação você buscou informações sobre educação/ gestão financeira pessoal ou empresarial?

Nº respostas Porcentagem

Sites de busca 67 75.3%

Sites de bancos 24 27%

Site do Sebrae 23 25.8%

Redes sociais 13 14.6%

Televisão 6 6.7%

Rádio 3 3.4%

Revistas ou jornais 28 31.5%

Outros 16 18%

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155

6. Você conhece o portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Nº respostas Porcentagem

Sim 17 19.1%

Não 72 80.9%

7. O portal online Uso consciente do Dinheiro do Banco Itaú possui algumas seções com diversos conteúdos (vídeos, textos, eBooks, podcasts, etc.), sobre como manter/ equilibrar a vida financeira. Você já viu/ acessou algum destes conteúdos a seguir?

Nº respostas Porcentagem

Use bem o dinheiro: seção dedicada ao planejamento financeiro, com conteúdos sobre como fazer o orçamento mensal e programar dívidas.

8 47.1%

Saia do vermelho: seção dedicada aqueles que estão com dívidas, com conteúdos sobre como organizar o orçamento para saír do negativo e equilibrar as contas.

4 23.5%

Família e dinheiro: seção dedicada ao planejamento familiar, com conteúdos sobre como organizar o orçamento familiar e planejar a realização de sonhos pessoais e da família.

3 17.6%

Sobrou dinheiro, e agora?: seção dedicada à economia de dinheiro, com conteúdos sobre aplicação financeira adequada a cada perfil de investidor.

5 29.4%

O melhor crédito para você: seção dedicada ao crédito pessoal, com conteúdos sobre como escolher a melhor opção de crédito para cada necessidade, como crédito imobiliário para compra de imóvel, financiamento para reforma de casa, consórcio, leasing de carro, entre outros.

4 23.5%

Conta-corrente: seção dedicada à conta-corrente, com conteúdos sobre como escolher a melhor opção de conta-corrente e administrá-la, como conta individual, conta conjunta, conta universitária, conta salário, entre outros.

3 17.6%

Cartão de débito e cheques: seção dedicada ao cartão de crédito e cheque, com conteúdos sobre como utilizar estas opções de pagamento.

0 0

Crédito consciente para empresas: seção dedicada ao crédito empresarial, com conteúdos sobre como escolher a melhor opção de crédito para pequenos empreendedores, para iniciar ou expandir o negócio.

1 5.9%

Nunca vi/ acessei nenhum destes conteúdos. 3 17.6%

Outros 0 0

8. De modo geral, o que você achou dos conteúdos que você já viu/ acessou no portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Nº respostas Porcentagem

Ótimo 2 11.8%

Bom 13 76.5%

Regular 2 11.8%

Ruim 0 0

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156

9. De modo geral, como você avaliaria os conteúdos que você já viu/ acessou no portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Nº respostas Porcentagem

Relevantes: os conteúdos atenderam a minha necessidade de gestão financeira.

14 82.4%

Sem relevância: os conteúdos não atenderam a minha necessidade de gestão financeira.

3 17.6%

10. De modo geral, como você descreveria os conteúdos que você já viu/ acessou no portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Nº respostas Porcentagem

Informativos: os conteúdos me deram informações que me ajudaram com a minha necessidade de gestão financeira.

12 70.6%

Divertidos: gostei da forma descontraída e informal como os temas de educação/ gestão financeira são tratados.

2 11.8%

Comerciais: os conteúdos fazem apenas propaganda dos serviços do Banco Itaú.

3 17.6%

11. O que você achou do vídeo?

Nº respostas Porcentagem

Ótimo 24 20.3%

Bom 74 62.7%

Regular 17 14.4%

Ruim 3 2.5%

12. Como você avaliaria a mensagem deste vídeo?

Nº respostas Porcentagem

Relevante: a mensagem me fez compreender a importância do uso consciente do dinheiro.

95 79.8%

Sem relevância: a mensagem não me ajudou a compreender a importância do uso consciente do dinheiro.

24 20.2%

13. Como você descreveria este vídeo?

Nº respostas Porcentagem

Informativos: os conteúdos me deram informações que me ajudaram com a minha necessidade de gestão financeira.

47 39.8%

Divertidos: gostei da forma descontraída e informal como os temas de educação/ gestão financeira são tratados.

25 21.2%

Comerciais: os conteúdos fazem apenas propaganda dos serviços do Banco Itaú.

46 39%

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14. Após assistir este vídeo, você consideraria acessar outros materiais disponíveis no portal online Uso Consciente do Dinheiro do Banco Itaú?

Nº respostas Porcentagem

Sim 69 58%

Não 50 42%

15. Você já viu alguma iniciativa sobre educação/ gestão financeira do Banco Itaú nestes meios de comunicação?

Nº respostas Porcentagem

Televisão: dicas sobre educação financeira no programa "Encontros com Fátima Bernardes", do canal Globo.

19 16%

Redes sociais: vídeos, imagens e animações sobre educação financeira no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

20 16.8%

Nunca vi nenhuma iniciativa sobre educação financeira do Banco Itaú em meios de comunicação.

83 69.7%

Outros 3 2.5%

16. Você é correntista do Banco Itaú?

Nº respostas Porcentagem

Sim 49 41.2%

Não 70 58.8%