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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO UNIDADE ACADMICA DE GARANHUNS CURSO DE AGRONOMIA

PRODUTIVIDADE DE MILHO SUBMETIDO A NVEIS CRESCENTES DE NITROGNIO (N) E FSFORO (P2O 5), EM NEOSSOLO LITLICO.

RICA DE OLIVEIRA SILVA

Monografia

apresentada ao

Curso de

Agronomia da Unidade Acadmica de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como parte das exigncias para aquisio do ttulo de Bacharel em Agronomia.

Orientador: Prof. Dr. Gustavo Pereira Duda. Co-Orientador (a): Prof. Dra. Edilma Pereira Gonalves

GARANHUNS PERNAMBUCO BRASIL 2010

Ficha catalogrfica Setor de Processos Tcnicos da Biblioteca Setorial UFRPE/UAGS586p Silva, rica de Oliveira Produtividade de milho submetido a nveis crescentes de nitrognio (N) e fsforo (P2O5), em Neossolo litlico. / rica de Oliveira Silva ._Garanhuns, 2010. 34 f. Orientador: Gustavo Pereira Duda Monografia (Curso de Agronomia) Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadmica de Garanhuns. 2010. Inclui bibliografia

RICA DE OLIVEIRA SILVA

PRODUTIVIDADE DE MILHO SUBMETIDO A NVEIS CRESCENTES DE NITROGNIO (N) E FSFORO (P2O 5), EM NEOSSOLO LITLICO.

Monografia

apresentada ao

Curso de

Agronomia da Unidade Acadmica de Garanhuns da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como parte das exigncias da Disciplina Estgio Supervisionado

Obrigatrio.

APROVADA em ______ de __________________ de __________

________________________________ Prof. Edilma Pereira Gonalves UAG/UFRPE

________________________________ Prof. Dr. Mcio Farias de Moura UAG/UFRPE

_______________________________ Prof. Dr. Gustavo Pereira Duda UAG/UFRPE

GARANHUNS PERNAMBUCO BRASIL

Dedico este trabalho aos meus pais, por todo o amor e dedicao para comigo, por terem sido a pea fundamental para que eu tenha me tornado a pessoa que hoje sou. A minha famlia pelo carinho e apoio dados em todos os momentos que precisei.

AGRADECIMENTOS

Agradeo,

Primeiramente a Deus que me dotou de sentidos, razo e intelecto para que pudesse chegar at aqui. A minha famlia, meus pais e meus irmos, por todo amor e dedicao que sempre tiveram comigo, pelo apoio, pacincia e incentivo, sempre muito compreensivos e colaboradores. Aos meus amigos, pelo carinho e pela compreenso nos momentos em que a dedicao aos estudos foi exclusiva. Aos proprietrios da Fazenda Santo Antnio, Sr. Manoel Viana Bezerra e Sra. Terezinha Alves Bezerra, que cederam a rea e custearam todo o experimento, sempre muito receptivos e carinhosos. Ao Merinaldo Alves Bezerra, que facilitou e viabilizou as visitas a rea experimental, pela colaborao com georreferenciamento, pelo estmulo, pelas orientaes, pacincia durante dois anos de estgio e pelo exemplo de profissional que . Ao Prof. Dr. Gustavo Pereira Duda, pela confiana, orientao, oportunidade de crescimento e pelo exemplo de profissional que . A Prof. Dra. Edilma Pereira Gonalves, pelas conversas, pela ateno, pelos conselhos infalveis e pelo exemplo de profissional que . Ao Prof. Dr. Roberto Carlos Orlando, pelo preparo da rea experimental, pelos ensinamentos ao longo do curso e pelo exemplo de profissional que . A empresa AGROCERES, pelo fornecimento das sementes. A turma de Agronomia 2010.2, que me recebeu muito carinhosamente e me fez compreender o sentido da palavra turma, Camila, Cataliny, Carol, Danilo, Diogo, Eduardo, Geraldo, Henrique, Izabel, Juliana, Luis, Marisngela, Micheline, Orlito, Pollyanna, Sara e Wagner, alm da imensa contribuio para execuo do meu experimento tanto em campo quanto em laboratrio. Aos meus colegas da UFRPE-UAG, Jarbas, Helton, Liberato, Rodrigo. A Aluna de mestrado Raquel e Eng. Agrnomo Eduardo Brito pela colaborao. E por fim, a todos aqueles que contriburam para o meu crescimento pessoal e profissional de forma direta e/ou indireta.

SUMRIOLISTA DE TABELAS ............................................................................................................... i LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... ii RESUMO ................................................................................................................................ iv ABSTRACT ............................................................................................................................. v 1. 2. 3. INTRODUO ................................................................................................................ 1 REFERENCIAL TERICO .............................................................................................. 3 MATERIAL E MTODOS ............................................................................................... 6 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5. 3.6. 3.7. 3.8. 3.9. Amostragem de solo e anlise qumica .......................................................................7 Incubao do solo com Carbonato de Clcio (CaCO3) ................................................ 7 Preparo e correo do solo ......................................................................................... 8 Semeadura ................................................................................................................. 9 Preparo das doses de fertilizantes ............................................................................. 10 Adubao de fundao ............................................................................................. 10 Tratos culturais ........................................................................................................ 10 Determinao da poca de colheita .......................................................................... 11 Altura de plantas, insero de espiga e comprimento da espiga................................. 11

3.10. Colheita ................................................................................................................... 12 3.11. Dimetro da espiga .................................................................................................. 12 3.12. Determinao da matria seca .................................................................................. 12 3.13. Determinao da produtividade e nmero de gros por espigas ................................ 13 3.14. Determinao do P na matria seca da planta ........................................................... 13 3.15. Determinao do N na matria seca da planta........................................................... 13 3.16. Anlise estatstica .................................................................................................... 14 4. 5. 6. 7. RESULTADOS E DISCUSSO ..................................................................................... 15 CONCLUSO ................................................................................................................ 25 BIBLIOGRAFIA CITADA ............................................................................................. 26 CONSIDERAES FINAIS .......................................................................................... 34

i

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Resultados de anlise qumica do solo. ......................................................... 07

Tabela 2. Altura de plantas (AP), altura de insero de espigas (AI), comprimento de espiga (CE), dimetro do tero mdio das espigas (DE) e numero de gros (NG), submetidas a doses de N. ............................................................................................... 15

ii

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Localizao da Fazenda Santo Antnio dentro do mapa de solos do Estado de Pernambuco. .................................................................................................................6

Figura 2. Resultados de pH encontrados na incubao de solo com CaCO3. ..................8 Figura 3. Preparo do solo com arado de disco. .................................................................8 Figura 4. Saco de sementes de milho hbrido BM3061, utilizadas no trabalho. ...........9 Figura 5. Espiga de milho apresentando a da linha do leite. ......................................11 Figura 6. Verificao da altura da planta e altura de insero das espigas. ..................11 Figura 7. Amostras em dessacador, evitando absoro de umidade. .............................12 Figura 8. Contagem do nmero de gros. .......................................................................13 Figura 9. Regresso dos valores mdios da altura de plantas (AP) de milho em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo. ..........................................................................16 Figura 10. Regresso dos valores mdios da altura de insero de espigas (AI) em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo. ..............................................................17 Figura 11. Regresso dos valores mdios do comprimento de espigas (CE) em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo. ..........................................................................17 Figura 12. Regresso dos valores mdios do dimetro do tero mdio das espigas em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo. ..............................................................18 Figura 13. Regresso dos valores mdios do nmero de gros por espiga em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo. .................................................................................18 Figura 14. Produtividade de matria seca de milho em funo das doses de nitrognio. .........................................................................................................................................19 Figura 15. Produtividade de matria seca de milho em funo das doses de fsforo. .........................................................................................................................................20 Figura 16. Produtividade de gros de milho em funo das doses de nitrognio. ..........20

iii

Figura 17. Produtividade de gros de milho em funo das doses de fsforo. ..............21 Figura 18. Regresso dos valores mdios do acmulo de P na MS da planta em funo das doses de nitrognio. .......................................................................................... .......22 Figura 19. Regresso dos valores mdios do acmulo de N na MS da planta em funo das doses de nitrognio. .......................................................................................... .......23 Figura 20. Regresso dos valores mdios do acmulo de P na MS da planta em funo das doses de fsforo. .......................................................................................... .......23

Figura 21. Crescimento inicial do milho. A - sintoma de deficincia de fsforo na dose 0 kg ha-1 de P2O5; B planta sadia na dose 80 kg ha-1 de P2O5; C - sintoma de deficincia de nitrognio na dose 0 kg ha-1de N; D planta sadia na dose 40 kg ha-1 de N. ............................................................................................................................ .......24

iv

RESUMO SILVA, rica, Oliveira de. Produtividade de milho submetido a nveis crescentes de nitrognio (N) e fsforo (P2O5), em Neossolo litlico. 2010. 34p. Monografia (Graduao em Agronomia) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brasil.* O milho (Zea mays) um dos cereais mais importantes do mundo, um alimento de alto valor nutritivo e seu grande mercado a alimentao animal. A cultura possui um alto potencial produtivo e para manter e aumentar seus nveis de rendimento h a necessidade do uso de tecnologia com reflexos diretos sobre a produtividade agrcola. Entre essas tecnologias, destaca-se a necessidade da melhoria na qualidade dos solos, visando uma produo sustentada. Uma das formas de disponibilizar nutrientes s plantas mais prontamente adio de fertilizantes qumicos, no entanto o custo com fertilizantes diretamente proporcional quantidade aplicada. Portanto, este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho da cultivar de milho BM 3061 submetido a doses de nitrognio e fsforo em Neossolos litlicos. O experimento foi montado na Fazenda Santo Antnio, localizado no municpio de Salo PE. Foram realizados dois experimentos, sendo um para o estudo das doses de N e outro para P, utilizando-se um delineamento inteiramente casualizado. Os tratamentos constaram de cinco nveis de adubao: 0, 10, 20, 30 e 40 kg ha-1 de N e 0, 20, 40, 60 e 80 kg ha-1 de P2O5. Os parmetros avaliados foram altura de plantas, insero de espiga, comprimento da espiga, dimetro da espiga, nmero de gros por espiga, produo de matria seca, produtividade de gros e acmulo de P e N na matria seca. Os dados foram submetidos anlise de varincia e regresso polinomial, sendo as mdias dos dados separadas pelo teste Tukey, ao nvel de 5% de probabilidade. Para o tratamento com N, apenas o nmero e gros, a produtividade de matria seca e de gros apresentaram diferena significativa entre as doses ofertadas. Observou-se tambm um incremento na produtividade de gros para os dois tratamentos, sendo as respostas das variveis analisadas dos tratamentos com doses de P2O5 superior s doses de N. O acmulo de nutrientes na parte area se mostrou diretamente proporcional ao acrscimo das doses de fertilizantes.Palavras-chave: Zea mays, Biomatrix, rendimento de gros, acmulo de nutrientes.

__________________ Comit Orientador: Gustavo Pereira Duda (Orientador), Edilma Pereira Gonalves (Coorientador) UAG/UFRPE

v

ABSTRACT SILVA, Erica, Oliveira de. Productivity of maize subjected to increasing levels of nitrogen (N) and phosphorus (P2O5) in Entisols. 2010. 34p. Monograph (Graduation in Agronomy) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco, Brazil.* Maize (Zea mays) is one of the world's most important cereals, is a food of high nutritional value and their largest market is the feed. The crop has high yield potential and to maintain and increase their income levels there is the need to use technology with direct impacts on agricultural productivity. Among these technologies, there is the need to improve soil quality, aiming at a sustained production. One way to provide nutrients to plants more readily is the addition of chemical fertilizers, however the cost of fertilizers is directly proportional to the amount applied. Therefore, this study aimed to evaluate the performance of maize cultivar BM 3061 subjected to nitrogen and phosphorus in Entisols. The experiment was conducted at Santo Antonio Farm, located in the municipality of Salo - PE. Two experiments were conducted, one for the study of rates of N and P to another, using a randomized design. The treatments consisted of five fertilization levels: 0, 10, 20, 30 and 40 kg ha-1 N and 0, 20, 40, 60 and 80 kg ha-1 P2O5. The parameters evaluated were plant height, ear insertion, ear length, ear diameter, number of grains per ear, dry matter production, grain yield and accumulation of N and P in dry matter. Data were subjected to analysis of variance and polynomial regression, and the averages of data separated by the Tukey test at 5% probability. For treatment with N, only the number and grain dry matter production and grain yield showed a significant difference between the rates offered. We also observed an increase in grain yield for the two treatments, the responses of the variables of treatment with P2O5 levels higher than those of N. The accumulation of nutrients in the shoot proved directly proportional to increasing doses of fertilizers.

Key words: Zea mays, Biomatrix, grain yield, nutrient accumulation.

Comit Orientador: Gustavo Pereira Duda (Orientador), Edilma Pereira Gonalves (Coorientador) UAG/UFRPE

1. INTRODUO

O milho (Zea mays) um dos cereais mais importantes do mundo, de acordo com a FAO (2008), o Brasil o 3 maior produtor de milho do mundo, com uma produo de 58.933 mil toneladas, ficando atrs dos Estados Unidos e China, com produes de 307.142 e 166.032 mil toneladas, respectivamente. um alimento de alto valor nutritivo, caracterizando-se num alimento energtico, seu grande mercado a alimentao animal, pois de acordo com a CONAB (2006), apenas 12% destinado indstria e os outros 88% ao consumo animal (aves, sunos e bovinos). A cultura possui um alto potencial produtivo e para manter e aumentar seus nveis de rendimento h a necessidade do uso de tecnologia com reflexos diretos sobre a produtividade agrcola (MENEZES, 2009). Entre as disponveis existentes, destaca-se a necessidade da melhoria na qualidade dos solos, visando uma produo sustentada (EMBRAPA, 2009). Cerca de 70% dos solos brasileiros cultivados apresentam acidez excessiva, entre outros problemas causados s plantas tem-se uma baixa disponibilidade de nutrientes, sendo este um dos grandes entraves para se alcanar altas produtividades, entretanto, solos aparentemente improdutivos podem tornar-se destacados produtores de alimentos, quando bem manejados (NETO et al., 2001). Os solos tropicais so mais intemperizados, mantm baixa capacidade de troca de ctions, ricos em xidos de ferro e alumnio, possuem grande capacidade de fixar fsforo. Assim, o P no solo para as plantas um dos principais limitantes da produo sob condies de solos tropicais (NOVAIS e SMYTH, 1999), a disponibilidade de N limita a produtividade das plantas na maioria dos ecossistemas naturais e agrcolas (EPSTEIN E BLOOM, 2004). Na planta, o fsforo crucial para seu metabolismo, desempenhando papel importante na transferncia de energia da clula, na respirao e na fotossntese. tambm componente estrutural dos cidos nuclicos de genes e cromossomos, assim como de muitas coenzimas, fosfoprotenas e fosfolipdios (EPSTEIN e BLOOM, 2004). As limitaes na disponibilidade de P no incio do ciclo vegetativo podem resultar em restries no desenvolvimento, das quais a planta no se recupera posteriormente, mesmo aumentando o suprimento de P a nveis adequados (GRANT, 2001). O Nitrognio constituinte de muitos componentes da clula vegetal, incluindo dos aminocidos e cidos nuclicos, sendo o elemento mineral exigido em maiores1

quantidades, podendo inibir o crescimento das plantas quando em baixa disponibilidade para os vegetais (TAIZ e ZEIGER, 2004). O custo com fertilizantes diretamente proporcional quantidade aplicada, portanto medida que se aumentam as doses de fertilizantes, aumenta-se tambm os gastos, porm os ganhos de produtividade no respondem proporcionalmente. Segundo Neto et al. (2001), se verifica elevadas respostas as doses iniciais de nutrientes,

havendo, a partir de determinado ponto, ganhos em produo decrescentes com o incremento nas quantidades de fertilizantes fornecidos. De acordo com o Instituto de economia Agrcola IEA (2004), o custo com correo e adubao do solo para a cultura do milho corresponde a 25%, sendo necessrio, portanto, a utilizao da melhor relao custo-benefcio, buscando a produtividade mxima com o menor custo possvel. Sendo assim, este trabalho teve por objetivo avaliar o desempenho do hbrido de milho submetido a doses crescentes de nitrognio e fsforo em Neossolos litlicos, no municpio de Salo-PE, determinando qual a dose de fertilizante representa a melhor relao custo-benefcio.

2

2. REFERENCIAL TERICO

O municpio de Salo est localizado na mesorregio Agreste e na Microrregio Garanhuns do Estado de Pernambuco. O clima do tipo tropical chuvoso, com vero seco, apresentando temperaturas mximas de 30 C, mdias de 21 C e mninas de 17 C e pluviosidade mdia anual de 744 mm (ITEP/LAMEPE, 2005). A rea municipal ocupa 295,8 km2, nas superfcies suave onduladas a onduladas, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, fortemente drenados, cidos a moderadamente cidos e fertilidade natural mdia e ainda os Argissolos, que so profundos, textura argilosa, e fertilidade natural mdia a alta; nas elevaes ocorrem os Neossolos litlicos, rasos, textura argilosa e fertilidade natural mdia; nos vales dos rios e riachos, ocorrem os Planossolos, medianamente profundos, imperfeitamente drenados, textura mdia/argilosa, moderadamente cidos, fertilidade natural alta e problemas de sais; ocorrem ainda afloramentos de rochas. (CPRM, 2005; BARROS et al., 2001). De acordo com SiBCS (EMBRAPA, 2006), os Neossolos Litolicos so rasos, apresentando geralmente 0,50 m de profundidade. Sua ocorrncia em Pernambuco mais comum na regio de clima semi-rido , ocupando significativas reas no Agreste e Serto, onde so usados em sistemas de produo pouco intensivos como algodo, milho, feijo e palma forrageira (CAVALCANTI et al., 2008). A principal atividade econmica do municpio a agropecuria, com uma participao de 18% no PIB, sendo o leite um dos produtos de maior importncia (IBGE, 2007). A produo de leite no municpio cresceu mais de 150% no perodo de 10 anos (1998 2008), acompanhando o crescimento do Estado, que nesse perodo tambm cresceu mais de 150% (IBGE, 2008). Para se manter a produo leiteira constante durante todo o ano, necessrio suprir as necessidades nutricionais elevadas, especialmente da categoria de vacas em lactao (MITTELMANN et al., 2005). O custo efetivo com alimentao do rebanho leiteiro pode chegar at 70% da receita do sistema de produo (EMBRAPA, 2002) e uma das alternativas para reduzir os custos com a alimentao produzir o alimento dentro da propriedade, diminuindo a dependncia de insumos externos principalmente no perodo de escassez de chuvas, onde h uma reduo na produo de forragens. Entre as forrageiras para ensilagem, o milho uma das melhores opes, por apresentar alta produo de matria seca, alto valor nutritivo e boa digestibilidade. (PAZIANI et al., 2009; GUARESCHI et al., 2008). O custo da silagem de milho est3

diretamente relacionado com a produtividade da lavoura, ou seja, quanto maior a produtividade menor ser o custo de cada tonelada produzida. Entretanto, o Estado de Pernambuco tem apresentado baixos rendimentos da cultura, quando comparado com a mdia nacional. No ano agrcola de 2009 o rendimento mdio de gros no Estado de Pernambuco foi de apenas 682 kg ha-1, enquanto que a mdia nacional foi de 3.651 kg ha-1, (IBGE, 2009). Segundo Frana e Coelho (2001), um dos principais fatores responsveis pela baixa produtividade a fertilidade do solo, sendo necessrio o suprimento de nutrientes em quantidades adequadas que atenda a demanda de todo o ciclo da planta. Enquanto no Brasil a quantidade utilizada de N no milho , em mdia, de 60 kg ha , nos EUA de 150 kg ha-1 e na China, de 130 kg ha-1. A aplicao de fsforo (P) no milho tambm baixa, no Brasil, com mdia de 35 kg ha-1 de P2O5 (International Fertilizer Industry Association, 2008). Dentre as fontes de P e N mais comercializadas encontram-se o superfosfato simples que contm 18% de P2O5, uma fonte hidrosolvel que disponibiliza o P mais prontamente s plantas, promovendo uma resposta mais imediata (PRIMAVESI, 2002) e a uria que possui aproximadamente 44% de N, principal fonte de N fertilizante, representando 75% do utilizado no Brasil (BREDA et al., 2010). Segundo Eurides et al. (2008), o nitrognio um dos nutrientes de dinmica mais complexa, pois apresenta grande mobilidade no solo; sofre inmeras transformaes mediadas por microorganismos; possui alta movimentao em profundidade; transforma-se em formas gasosas e se perde por volatilizao; tem baixo efeito residual; no fornecido pelas rochas de origem dos solos, sendo a principal fonte de N s plantas o gs N2 que compe 78 % do ar atmosfrico, mas no pode ser absorvido nesta forma. J o fornecimento de altas doses de P2O5, acima de 100 kg ha-1 na forma hidrossolvel, pode causar depresso da colheita em variedades sensveis deficincia de zinco (PRIMAVESI, 2002). Sendo o milho uma planta sensvel a deficincia de Zn, este interfere severamente no crescimento, pois o crescimento depende da sntese de protenas, que depende da transcrio de DNA, onde ele est envolvido diretamente (EPSTEIN e BLOOM, 2004). A fertilizao do solo uma prtica cultural que deve ser executada eficientemente, para maximizar o retorno financeiro sobre o investimento (SANGOI et al., 2009). De acordo com a recomendao de adubao para o Estado de Pernambuco:4-1

2 aproximao (2008), a dose recomendada de nitrognio (N) e fsforo (P 2O5) a ser aplicada na poca de semeadura para o milho verde ou para forragem de 20 kg ha-1 e 20 a 60 kg ha-1, respectivamente. Para alcanar excelentes resultados de produo deve-se estar atento s caractersticas fsicas, biolgicas e qumicas do solo, realizando a adubao adequada dentro de diferentes sistemas de produo e adotando estratgias que possibilitem a maior rentabilidade e estabilidade da atividade (ZANCANARO, 2010).

5

3. MATERIAL E MTODOS

O experimento foi montado na Fazenda Santo Antnio, localizado no Stio Baixa Verde (364612S e 85848W), localizado no municpio de Salo PE (Figura 1).

Figura 1. Localizao da Fazenda Santo Antnio dentro do mapa de solos do Estado de Pernambuco.

Foram realizados dois experimentos numa rea til total de 288 m2, sendo um para o estudo das doses de N e o outro para P. Delineamento foi inteiramente casualizado com 5 tratamentos e 4 repeties, sendo 0, 10, 20, 30 e 40 kg ha-1 de N, e as doses de P foram 0, 20, 40, 60 e 80 kg ha-1 de P2O5. As unidades experimentais constaram de trs fileiras de plantio, com 15 plantas por fileira, sendo considerada para avaliao apenas a fileira central. A adubao potssica foi realizada juntamente com a adubao de N e P2O5 de acordo com a recomendao de Cavalcanti et al. (2008), sendo 30 kg ha-1, para todos os tratamentos. Todas as anlises qumicas e algumas avaliaes de parmetros foram realizadas na Universidade Federal Rural de Pernambuco / Unidade Acadmica de Garanhuns Laboratrio de Solos e Laboratrio de Nutrio de Plantas do Centro de Laboratrios de Garanhuns (CENLAG), exceo a anlise de solo de rotina.

6

3.1.

Amostragem de solo e anlise qumica

Foram coletadas 10 amostras simples em caminhamento ziguezague, na camada de 0 a 20 cm, numa rea de aproximadamente 1,0 ha, homogeneizada, formando uma amostra composta. O material obtido da amostra composta foi enviado ao laboratrio de solos do IPA em Recife-PE, para realizao das anlises de rotina. O resultado da amostra encontra-se na Tabela 1. Tabela 1. Resultados de anlise qumica do solo.P mg.dm-3

pH (H2O)

K

Al

Ca-3

Mg

Cmolc.dm 0,06 0,65

13 4,90 Fonte: IPA, 2010.

0,65

0,45

3.2.

Incubao do solo com Carbonato de Clcio (CaCO3) Foi realizado teste de incubao com CaCO3, a fim de se verificar a dose de

neutralizao do pH, constando de 10 tratamentos com 3 repeties. Da amostra coletada para realizao da anlise de rotina foi retirada uma parte contendo aproximadamente 5,0 kg, esta foi passada em peneira de malha 2,0 mm e seca ao ar, posteriormente as amostras foram pesadas em 100 g, colocadas em copos descartveis de 180 ml. As doses de CaCO3 utilizadas foram 0, 0,5, 1,0, 1,5, 2,0, 2,5, 3,0, 3,5, 4,0 e 4,5 t ha-1. Posteriormente o CaCO3 foi pesado e misturado s amostras de solo, com o auxlio de um basto de vidro, em seguida foi adicionada gua destilada at atingir a capacidade campo total, as amostras foram cobertas com papel alumnio e seu pH verificado aps 15 dias. Para verificao do pH, as amostras foram submetidas a metodologia descrita pela Embrapa (1999). Os resultados obtidos a partir da incubao de solo com CaCO3 encontram-se na Figura 2.

7

Figura 2. Resultados de pH encontrados na incubao de solo com CaCO3.

3.3.

Preparo e correo do solo

O preparo do solo foi realizado com uma arao com arado de disco e duas gradagens com grade niveladora. A arao foi realizada no dia 23 de abril de 2010 (Figura 3) e a gradagem para nivelamento e incorporao do calcrio no dia 01 de maio de 2010.

Figura 3. Preparo do solo com arado de disco.

8

A correo da acidez do solo foi realizada de acordo com a recomendao de Cavalcanti et al. (2008), pelo mtodo do alumnio trocvel, utilizando-se calcrio dolomtico com PRNT de 70%, incorporando o calcrio numa profundidade de 20 cm. De acordo com anlise de solo realizada pelo laboratrio de solos do IPA, a recomendao de calcrio seria de 2,0 t ha-1, entretanto a quantidade aplicada foi de apenas 1,4 t ha-1, considerada ideal para atingir o pH entre 5,5 - 6,0, sendo este de acordo com a Embrapa (2009), considerado ideal para a o bom desenvolvimento da cultura.

3.4.

Semeadura

O plantio foi realizado no dia 07 de junho de 2010, de forma manual, com auxlio de matraca, no espaamento de 0,80 m entre fileiras e 0,20 m entre plantas, deixando-se cair de duas a trs sementes por cova. A cultivar utilizada foi o hbrido Biomatrix 3061, indicado pelo fabricante como ideal para produo de silagem, (Figura 4). De acordo com o fornecedor (AGROCERES), a cultivar possui porte alto, gros dentados e ciclo precoce, porm permite um maior perodo de colheita.

Figura 4. Saco de sementes de milho hbrido BM3061, utilizadas no trabalho.

9

3.5.

Preparo das doses de fertilizantes

As doses de fertilizantes foram preparadas no laboratrio de solos da Universidade Federal Rural de Pernambuco Unidade Acadmica de Garanhuns. As fontes utilizadas para nitrognio, fsforo e potssio foram a uria, superfosfato simples e cloreto de potssio, respectivamente. Os fertilizantes foram pesados em balana de preciso (0,001 g) e posteriormente colocados em sacos plsticos que foram devidamente identificados com lpis retroprojetor. Cada saco plstico correspondeu a uma fileira da unidade experimental, totalizando 12 sacos para cada tratamento.

3.6.

Adubao de fundao

A adubao foi realizada sete dias aps a semeadura (DAS), logo aps emergncia de todas as plntulas. A distribuio foi feita de forma manual, abrindo-se um sulco ao lado da linha de plantio com aproximadamente 5,0 cm de distncia e profundidade, que logo aps a colocao dos fertilizantes foram fechados. Na ocasio realizou-se o desbaste das plntulas menos vigorosas, deixando-se apenas uma planta por cova.

3.7.

Tratos culturais Aos oito dias aps o plantio foi aplicado em todos os tratamentos herbicida em

ps-semeadura para o controle de plantas daninhas. O produto utilizado foi o Atrazina 500 sc, registrado pelo Ministrio da Agricultura e Abastecimento para a cultura do milho, utilizando-se 3,0 L p.c ha-1, a aplicao foi realizada com auxlio de bomba costal com capacidade para 20 L. A adubao de cobertura de nitrognio foi realizada cerca de 40 dias aps a emergncia das plntulas. A dose de N utilizada foi de 40 kg ha-1, utilizando-se como fonte de N a uria, para todos os tratamentos. Observou-se alta incidncia da lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), entretanto, o controle qumico no pde ser realizado por falta de mo de obra e grande intensidade de chuvas, o que ocasionaria a lixiviao do produto aplicado. Para acompanhar a lavoura foram realizadas visitas regulares, com frequncia mnima de uma vez por semana.10

3.8.

Determinao da poca de colheita

O ponto ideal de colheita para produo de silagem foi determinado em campo, quando as espigas apresentaram a linha do leite (Figura 5), com teor de matria seca prximo de 35% (FERREIRA, 2001).

Figura 5. Espiga de milho apresentando a da linha do leite.

3.9.

Altura de plantas, insero de espiga e comprimento da espiga

Altura de plantas, altura de insero das espigas e comprimento da espiga foram medidos no campo aos 125 DAS, antes da colheita. As variveis foram medidas com auxlio de trena, avaliando-se 5 plantas de cada repetio da fileira central, sendo a altura de plantas considerada do solo at a insero da ltima folha (figura 6).

Figura 6. Verificao da altura da planta e altura de insero das espigas.

11

3.10. Colheita A colheita foi realizada no dia 13 de outubro de 2010. Foram colhidas 2 plantas aleatrias da fileira central de cada repetio, totalizando 8 plantas por tratamento. O corte foi realizado com auxlio de um faco, cortando-se a planta rente ao solo. O restante das plantas permaneceu no campo at que atingissem o ponto de colheita de gros maduros.

3.11. Dimetro da espiga Aps a colheita as plantas foram levadas para o Laboratrio de Solos da UFRPE UAG, medindo-se o tero mdio da espiga em palha com auxlio de paqumetro digital.

3.12. Determinao da matria seca

As plantas juntamente com as espigas colhidas e passadas em forrageira e acondicionadas em sacos de papel Kraft e levadas a estufa de ventilao forada, a 65 C, at a obteno de peso constante. Em seguida foram colocadas em dessecador de slica gel para esfriar e posteriormente pesadas em balana de preciso de 0,001 g (Figura 7).

Figura 7. Amostras em dessacador, evitando absoro de umidade.

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3.13. Determinao da produtividade e nmero de gros por espigas Ao final do ciclo foram coletas 10 espigas da fileira central de cada parcela para determinao da produtividade de gros, estas foram debulhadas e foram escolhidas aleatoriamente 5 espigas para determinao do nmero de gros de 5 delas (Figura 8). Os gros foram pesados em balana de preciso de 0,00 g, retirando-se duas amostras por tratamento para realizao da determinao do teor de umidade, conforme o mtodo de estufa a 105 C, descrito pelo BRASIL (2009), e corrigindo-a para 13%, que a umidade ideal de colheita do milho (EMBRAPA, 2009). A produtividade de cada tratamento foi estimada em toneladas por hectare.

Figura 8. Contagem do nmero de gros

3.14. Determinao do P na matria seca da planta O P foi determinado de acordo com a metodologia descrita pela Embrapa (1999), realizando-se extrao lquida com HCl, efetuando-se a leitura no espectrofotmetro a 725 nm.

3.15. Determinao do N na matria seca da planta

A determinao do N na massa seca da planta foi realizada de acordo com a metodologia da EMBRAPA (1999), efetuando a digesto Kjeldahl, determinando-se o nitrognio por destilao - titulao Kjeldahl.

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3.16. Anlise estatstica Os dados foram submetidos anlise de varincia e regresso polinomial, sendo as mdias dos dados separadas pelo teste Tukey, ao nvel de 5% de probabilidade. As anlises foram realizadas pelo programa computacional, Sistema para Anlise de Varincia SISVAR (FERREIRA, 2000).

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4. RESULTADOS E DISCUSSO Para os tratamentos com doses crescentes de nitrognio, as variveis: altura de plantas (AP), altura de insero de espigas (AI), comprimento de espiga (CE) e dimetro do tero mdio das espigas (DE), no apresentaram diferena significativa, apenas para o nmero de gros (NG) (Tabela 2). Tabela 2. Altura de plantas (AP), altura de insero de espigas (AI), comprimento de espiga (CE), dimetro do tero mdio das espigas (DE) e numero de gros (NG), submetidas a doses de N.Tratamentos N (kg ha-1) 0 10 20 30 40 CV (%) AP (m) 1,10a 1,20a 1,13a 1,16a 1,18a 8,70 AI (cm) 44,25a 45,00a 48,25a 46,25a 48,25a 14,54 Variveis CE (cm) 22,00a 24,75a 24,00a 22,25a 25,50a 9,28 DE (mm) 42,53a 44,93a 44,77a 45,83a 46,51a 5,32 NG 361ab 389a 276c 331b 357ab 5,89

*Mdias seguidas das mesmas letras nas colunas, no diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5%; CV (%): coeficiente de variao.

Apesar dos dados do NG apresentarem diferena significativa, o ajuste da curva aos dados no foi satisfatrio, apresentando o coeficiente de determinao (R2) muito baixo. A altura mxima verificada nos tratamentos com doses de nitrognio foi de 1,18 m, na maior dose ofertada. Pinho et al. (2008), em trabalho com adubao nitrogenada, densidade e espaamento de hbridos de milho em sistema de plantio direto na regio sudeste do Tocantins, em Latossolo vermelho encontraram valores de altura e insero de espiga de 1,83 e 0,90 m, respectivamente. Cardoso et al. (2002), afirmam que os Neossolos litlicos, alm da baixa capacidade de armazenamento de gua, apresentam, ainda, limitaes fsicas ao crescimento do sistema radicular das plantas. Consequentemente, a absoro de gua e nutrientes ser tanto maior quanto maior a quantidade de razes presentes em ambientes com maior disponibilidade de nutrientes e quanto melhor for o contato razes-partculas do solo (GUIMARES e MOREIRA, 2001). Sendo, portanto, as condies fsicas do solo limitantes ao desenvolvimento de plantas, j que este impede o bom desenvolvimento e crescimento de razes.15

A altura de insero de espigas em consequncia a baixa estatura de plantas tambm apresentaram baixa altura de insero, o que condiz com resultados encontrados por Schmitz et al. (2010), onde as variveis estatura de planta e estatura de insero de espiga apresentaram alta correlao pelo fato que quanto maior a estatura de planta, consequentemente maior ser a estatura de insero de espiga. As mdias de comprimento de espigas encontram-se acima da mdia encontrada por Brachtvogel et al. (2009), que verificaram espigas com comprimento mdio de 15,10 cm, em experimento com densidades populacionais de milho hbrido em arranjos espaciais convencional e equidistante, neste mesmo experimento, verifica-se um dimetro mdio de 49,71 mm, ficando um pouco acima dos valores mdios encontrados. A anlise de regresso polinomial apresentou comportamento quadrtico para altura de plantas (AP) (Figura 9), onde de acordo com o modelo se verificou um crescimento mximo de 1,36 m de altura, com uma dose mxima de 79,5 kg ha-1.

Figura 9. Regresso dos valores mdios da altura de plantas (AP) de milho em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo.

Os dados da altura de insero de espigas (AI) proporcionaram regresso polinomial de comportamento quadrtico (Figura 10), de acordo com o modelo a mxima AI seria de 64,13 cm e poderia ser alcanada com 119,20 kg ha-1 de P2O5.

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Figura 10. Regresso dos valores mdios da altura de insero de espigas (AI) em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo.

De acordo com o modelo de equao ajustada para os dados de comprimento de espiga (CE) (Figura 11), o maior comprimento teoricamente seria de 29,3 cm, atingido com 58,65 kg ha-1 de P2O5.

Figura 11. Regresso dos valores mdios do comprimento de espigas (CE) em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo.

Os dados do dimetro do tero mdio das espigas (DE) mostraram-se significativos em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo, apresentando na regresso polinomial um modelo quadrtico com um R2 igual a 0,88 (Figura 12), onde o maior DE de 50,19 mm, podendo ser alcanado com 48,66 kg ha-1 de P2O5.

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Figura 12. Regresso dos valores mdios do dimetro do tero mdio das espigas em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo.

Aps o ajuste da equao aos dados de nmero de gros (NG), o modelo quadrtico apresentou um R2 abaixo de 0,9 (Figura 13), o que implica que este ajuste pode no representar o nmero mximo nmero de gros de espigas real encontrados neste presente trabalho.

Figura 13. Regresso dos valores mdios do nmero de gros por espiga em funo das doses de fsforo aplicadas ao solo.

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No geral, as mdias das variveis avaliadas no tratamento com fsforo quando comparadas ao tratamento com nitrognio apresentaram superioridade, demonstrando que o fornecimento de P crucial para o bom desenvolvimento da cultura, tendo em vista que este elemento participa de reaes essenciais no metabolismo que promovem o melhor desenvolvimento da planta. Segundo Silva et al. (2009), a aplicao de P aumenta a recuperao do N. As doses de N apresentaram crescimento linear na produo de matria seca das plantas de milho (Figura 14). De acordo com o modelo de regresso, a produo de matria seca das plantas aumentou em 0,0539 t ha-1 por unidade de nitrognio (kg ha-1) aplicado ao solo, em mdia.

Figura 14. Produtividade de matria seca de milho em funo das doses de nitrognio.

As plantas submetidas s doses de P2O5 apresentaram comportamento quadrtico, apresentando um leve decrscimo acima de 60 kg ha-1 (Figura 15). De acordo com o modelo a maior produtividade de matria seca foi atingida com 49 kg ha1

, sendo a produtividade mxima econmica - PME (90%) de 10,6 t ha-1 alcanada com

28,37 kg ha-1 de P2O5.

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Figura 15. Produtividade de matria seca de milho em funo das doses de fsforo.

A produo de matria seca no tratamento com P se mostrou bem superior a encontrada pelo tratamento com N. Contudo, esta produo encontra-se abaixo da produtividade estimada pelo Cavalcanti et al. (2008), que de 12 t ha-1. Esta baixa produo de matria seca pode ser explicada pela limitao fsica de solo, que restringe o crescimento do sistema radicular causado por formao de camadas compactas no perfil cultural, resultando em dificuldade de aerao do solo e a absoro de gua e de nutrientes. Alm da limitao fsica, outros fatores que podem ter limitado a produo foram a ataque de pragas e baixa intensidade luminosidade comum na regio durante este perodo, ou ainda uma possvel deficincia de micronutrientes, como zinco. A anlise de regresso polinomial para os tratamentos com doses de N revelou efeito quadrtico para a produtividade de gros, permitindo afirmar que a maior produtividade de 4,58 t ha-1, poderia ser alcanada com a dose de 28,37 kg ha-1 de N, obtendo-se a PME (90%) de gros de 4,12 t ha-1 com apenas 4,18 kg ha-1 de N (Figura 16).

Figura 16. Produtividade de gros de milho em funo das doses de nitrognio.

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A produtividade de gros em funo das doses de P2O5 na anlise de regresso apresentou modelo quadrtico, cujo modelo estimado permite afirmar que a PME (90%) (5,06 t ha-1) seria atingida teoricamente com a aplicao de 39,5 kg ha-1 (figura 17).

Figura 17. Produtividade de gros de milho em funo das doses de fsforo.

O maior nmero de gros por espiga para as doses de N e P2O5 foram de 389 e 414, respectivamente. No entanto, o maior nmero de gros no corresponde a maior produtividade obtida, mostrando que o nmero de gros por espiga exerce pouca influncia sobre o seu peso. Lopes et al. (2007), afirmam que o aumento do nmero de gros insuficiente para afetar o peso de gros e Almeida et al. (1998), asseguram que os componentes do rendimento esto negativamente relacionados, ou seja, o aumento de um pode provocar decrscimo no outro. A produtividade de gros nas doses de P2O5 se mostrou superiores aquelas encontradas nas doses de N, alcanando um mximo rendimento mdio de gros de 5,56 e 4,58 t ha-1, nas doses de 60 kg ha-1 e 40 kg ha-1 de P2O5 e N, respectivamente. J Barreto e Fernandes aplicando 155,0 kg ha-1 de P2O5 no sulco de plantio atingiu uma produtividade de apenas 3,62 t ha-1. De acordo com Amado et al. (2002), a obteno de altas produtividades de milho diretamente dependente de elevadas doses de N, no entanto, as respostas podem no ser satisfatrias caso haja deficincia de fsforo, o que pode ser explicado pela o possvel reduo nas taxas de absoro de nitrato, devido ao decrscimo de ATP, ocasionando restrio na sntese do sistema de transporte de N, ou ainda a limitao de ATP pode restringir a energia disponvel diretamente para o transporte de nitrato contra21

o gradiente de potencial eletroqumico (ALVES et al., 1998; EPSTEIN e BLOOM, 2004). Prado et al. (2001), tambm trabalhando com milho hbrido (BR 3123), verificaram maiores rendimentos de gros, porm as doses de P2O5 foram bem acima das utilizadas neste experimento. No entanto, as produtividades de matria seca e gros comearam a reduzir a partir de doses acima de 60 kg ha-1 de P2O5. Uma das possveis razes para limitao da produo alm dos j citados acima, poderia ser o baixo fornecimento de N, pois a absoro de P influenciada positivamente pelo o N, devido ao estmulo de crescimento de razes no local em que N se encontra em maior concentrao (NOVAIS e SMYTH, 1999). As doses de N promoveram incremento linear para teores de P acumulados na parte area da planta (Figura 18). De acordo com o modelo de regresso, o acmulo de P na MS das plantas aumentou em 0,0133 g kg-1 por unidade de nitrognio (kg ha-1) aplicado ao solo, em mdia.

Figura 18. Regresso dos valores mdios do acmulo de P na MS da planta em funo das doses de nitrognio

De acordo com o coeficiente de determinao obtido (Figura 19) os resultados de acmulo de N (%) na MS da planta so explicados em 93% pelos tratamentos de nitrognio. De acordo com o modelo linear obtido o acmulo de N cresceu, teoricamente, numa taxa de 0,0051 % por unidade de nitrognio (kg ha-1) aplicado ao solo.

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Figura 19. Regresso dos valores mdios do acmulo de N na MS da planta em funo das doses de nitrognio.

Para os tratamentos com doses de fsforo o acmulo de N na MS da planta no mostrou diferena significativa, o que se justifica pelo fato que as doses de N fornecidas foram iguais para todos os tratamentos. J o acmulo de P na MS da planta foi proporcional ao aumento das doses de P2O5, apresentando um modelo linear (Figura 20), com um acrscimo de 0,0018 g kg-1 por unidade de fsforo (kg ha-1) aplicado ao solo.

Figura 20. Regresso dos valores mdios do acmulo de P na MS da planta em funo das doses de fsforo.

O acmulo de N e P na matria seca da parte area de milho foi proporcional ao aumento das doses de N. J para as doses de P2O5 o aumento s foi proporcional para o teor de P. Os maiores teores de P foram observados no tratamento com N na dose de 40

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kg ha-1, indicando provavelmente que o maior fornecimento de N pode favorecer a absoro de P. Silva et al. (2009), verificando o aproveitamento de nitrognio pelo milho, em razo da adubao verde, nitrogenada e fosfatada, tambm encontrou valores crescentes medida em que se aumentou o fornecimento de N. No entanto, o maior acmulo de N proporcionou um teor mximo de 5,6 % de protena bruta na MS do milho, sendo este valor abaixo do encontrado por Figueiredo (1996), que foi 8,2 %. De acordo com Malavolta et al. (1989), os nveis foliares de N e P na planta de milho encontram-se entre 27,5-32,5 e 2,5-3,5 g kg-1, respectivamente. Os nveis de acmulo de P nos dois tratamentos encontram-se abaixo da faixa acima citada. Barreto e Fernandes (2002), avaliando os teores de P em resposta a doses de P2O5 adicionadas a lano e no sulco de plantio em um solo de tabuleiro costeiro, encontraram teores de P em folhas de milho dentro da faixa recomendada por Malavolta et al. (1989), a partir da aplicao de 100 kg ha-1. Os sintomas de deficincia nutricional puderam ser observados j no crescimento inicial, cerca de 20 dias aps a emergncia de plntulas. Os sintomas de deficincia de P foram identificados pela cor verde-escura das folhas mais velhas seguindo-se tons roxos nas pontas e margens, apresentando o colmo tambm arroxeado (figura 21-A). J a deficincia de N foi identificada pelo amarelecimento da ponta para a base em forma de V, colmo fino, crescimento deficiente (Figura 21-C).

Figura 21. Crescimento inicial do milho. A - sintoma de deficincia de fsforo na dose 0 kg ha-1 de P2O5; B planta sadia na dose 80 kg ha-1 de P2O5; C - sintoma de deficincia de nitrognio na dose 0 kg ha-1de N; D planta sadia na dose 40 kg ha-1 de N.

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5. CONCLUSO As doses de N fornecidas no foram suficientes para obteno das mximas produtividades de matria seca e gros na cultura do milho, apresentando crescimento linear. As doses de P2O5 apresentaram respostas significativas, mostrando diminuio na produo de matria seca e gros, quando a cultura foi submetida dose acima de 60 kg ha-1. Apesar das limitaes fsicas devido ao tipo de solo a produtividade mdia de gros foi superior a mdia nacional, podendo esta ser aumentada medida que for proporcionada a melhoria da qualidade dos solos. O acmulo de nutrientes aumentou medida que houve incremento nas doses dos fertilizantes, aumentando o teor de nutrientes nos alimentos. A presena do nitrognio favorece positivamente a absoro de fsforo pelas razes.

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7. CONSIDERAES FINAIS

O presente trabalho infere que as doses de N e P2O5 recomendadas para o Estado de Pernambuco so insuficientes para obteno de maiores rendimentos nas produes de milho na regio com Neossolos litlicos. Entretanto, as doses aqui recomendadas podem no ser representativas para toda regio, devido s diversas condies de manejo e ambiente. Contudo, este trabalho revela a importncia do fornecimento destes nutrientes em quantidades satisfatrias para promover o bom desenvolvimento da planta e ao final poder ofertar um alimento em quantidade e qualidade. Um dos maiores problemas enfrentados foi falta de mo de obra na regio para realizao dos tratos culturais adequados, mostrando a importncia da mecanizao para obteno de maior eficincia nas produes agrcolas e pecurias. Mesmo com obteno de resultados positivos, se faz necessrio realizar a interao entre os fertilizantes e buscar fontes alternativas que possibilitem ganhos tanto para as produes quanto na melhoria qumica, fsica e biolgica do solo, promovendo assim uma produo sustentvel.

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