monografia especialização em gestao ambiental - versão final pós banca

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UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN DIRETORIA DE PESQUISA E PS-GRADUAO ESPECIALIZAO EM GESTO AMBIENTAL EM MUNICPIOS

CESAR TORRIELI

AVALIAO DOS TERMOS DE COMPROMISSOS DE RECUPERAO AMBIENTAL FIRMADOS NA REGIO NORDESTE DO ESTADO DE SO PAULO

MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAO

MEDIANEIRA 2011

CESAR TORRIELI

AVALIAO DOS TERMOS DE COMPROMISSOS DE RECUPERAO AMBIENTAL FIRMADOS NA REGIO NORDESTE DO ESTADO DE SO PAULO

Monografia apresentada como requisito parcial obteno do ttulo de Especialista na Ps Graduao em Gesto Ambiental em Municpios, Modalidade de Ensino Distncia, da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR Campus Medianeira. Orientador: Prof. Dr. Larcio Mantovani Frare

MEDIANEIRA 2011

Ministrio da Educao Universidade Tecnolgica Federal do Paran Diretoria de Pesquisa e Ps-Graduao Especializao em Gesto Ambiental em Municpios TERMO DE APROVAO Avaliao dos termos de compromissos de recuperao ambiental firmados na regio nordeste do estado de So Paulo Por Cesar Torrieli Esta monografia foi apresentada s 09h30 do dia 10 de Dezembro de 2011 como requisito parcial para a obteno do ttulo de Especialista no Curso de Especializao em Gesto Ambiental em Municpios, Modalidade de Ensino a Distncia, da Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Campus Medianeira. O candidato foi argido pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Aps deliberao, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

______________________________________ Prof. Dr. Larcio Mantovani Frare UTFPR Campus Medianeira (orientador)

______________________________________ Prof. M. Sc. Marlene Magnoni Bortoli UTFPR Campus Medianeira

______________________________________ Prof M.Sc. Nelsi UTFPR Campus Medianeira

Aos meus pais, Carlos (i.m.) e Analia, e a minha sempre doce companheira Caroline Cichoski que tanto me incentivou para que alcanasse com xito todas as vitrias durante a minha vida. Dedico.

AGRADECIMENTOS

Agradeo a Deus, pela fora e coragem para enfrentar todas as dificuldades e desafios encontrados na jornada da vida.

Universidade Tecnolgica Federal do Paran, pelo aprendizado proporcionado e por toda a sua estrutura.

Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So Paulo SMA e Companhia Ambiental do Estado de So Paulo CETESB, pelo apoio e confiana depositados no desenvolvimento deste trabalho.

Aos professores, grandes mestres e companheiros, pelos ensinamentos e contribuies para um desenvolvimento acadmico.

Aos amigos que sempre me proporcionaram um aprendizado de vida.

E a todos que me mostraram o quanto importante batalharmos pela conquista de nossos sonhos.

Na natureza no existem prmios, sequer punies. Existem conseqncias. (James Whistler)

RESUMO

TORRIELI, C. Avaliao dos Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental firmados na regio nordeste do Estado de So Paulo. 2011. 46 fls. Monografia (Especializao em Gesto Ambiental em Municpios). Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Medianeira, 2011. A anlise da viabilidade de aplicao de instrumentos de polticas pblicas fundamental para a elaborao de parmetros e adoo de medidas que visem melhoria da qualidade do meio ambiente, e, consequentemente a qualidade de vida. A utilizao de ferramentas de controle e de compensao ambiental, bem como o levantamento histrico de aplicao e sua contribuio nos processos de recuperao ambiental, subsidia os rgos ambientais quanto viabilidade do estabelecimento dos critrios de compensao e sua eficcia na preservao dos recursos naturais. Foi verificado o cumprimento de 29,5% dos termos de compromisso de recuperao ambiental firmados, correspondendo ao plantio de 74.683 mudas de rvores nativas e possibilitando a recuperao ambiental de rea de 448.098 m. Para cada rvore autorizada para a supresso foi estabelecido como medida compensatria o plantio mdio de 8,64 mudas de essncias florestais nativas. Este trabalho buscou avaliar, inserido na sistemtica de licenciamento ambiental, os aspectos e a eficcia dos termos de compromisso de recuperao ambiental firmados na regio nordeste do estado de So Paulo. Palavras-chave: Termo de Recuperao Ambiental, Compensao Ambiental e Instrumentos de Polticas Pblicas.

ABSTRACT

TORRIELI, C. Evaluation of commitment's terms of environmental recovery signed in northeast region of So Paulo's state. 2011. 46 p. Monografia (Especializao em Gesto Ambiental em Municpios). Universidade Tecnolgica Federal do Paran, Medianeira, 2011. The application viability analysis of instruments of policy public is fundamental for the parameters and adoption elaboration of measured that aim at the environment quality improvement, and, consequently life quality. The utilization tool of control and of environmental compensation, as well as the historical rising of application and it is contribution in the processes of environmental recovery, subsidizes the environmental organs regarding the criteria establishment viability of compensation and it is effectiveness in the preservation of the natural resources. It was verified the greeting of 29,5% of commitment of signed environmental recovery, corresponding to the planting of 74.683 dumb of native trees and enabling the environmental recovery of area of 448.098 m. For each tree authorized for the suppression was established as compensatory measure the average planting of 8,64 dumb of native forest essences. This work sought to evaluate, inserted in the systematic of environmental licensing, the aspects and the effectiveness of commitments terms of environmental recovery signed in the northeast region of So Paulos state. Keywords: Term of Environmental Recovery, Environmental Compensation and Instrument of Policy Public.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localizao dos municpios e indicao das sub-bacias hidrogrficas..................................................................................................... 24 Figura 2 Quantidade de mudas nativas compromissadas em TCRA firmados de 2001 2010.................................................................................. Figura 3 Nmero de rvores autorizadas para supresso de 2001 2010.. Figura 4 Quantidade de mudas por situao de TCRA de 2001 2010....... Figura 5 Situao dos TCRAs firmados de 2001 2010.............................. Figura 6 Comparativo das Autorizaes versus TCRAs............................... Figura 7 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA por municpio. Figura 8 Quantidade de mudas conforme situao de TCRA de 2001 28 29 29 30 31 31

2010 Municpio de Guar............................................................................... 32 Figura 9 Quantidade de mudas conforme situao de TCRA de 2001 2010 Municpio de Igarapava......................................................................... 33 Figura 10 Quantidade de mudas conforme situao de TCRA de 2001 2010 Municpio de Ituverava.......................................................................... 34 Figura 11 Quantidade de mudas conforme situao de TCRA de 2001 2010 Municpio de Miguelpolis..................................................................... 35

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA como medida

compensatria.................................................................................................. Tabela 2 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA em situao em aberto....................................................................................................... Tabela 3 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA e com plantio estabelecido......................................................................................................

35 36 36

SUMRIO

1 INTRODUO............................................................................................... 11 2 OBJETIVO..................................................................................................... 14

2.1 OBJETIVO GERAL..................................................................................... 2.2 OBJETIVO ESPECFICO........................................................................... 3 FUNDAMENTAO TERICA.................................................................... 3.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL................................................................ 3.2 INSTRUMENTOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL............................. 3.3 FORMAS DE LICENCIAMENTO QUE NECESSITAM DE AUTORIZAO DA CETESB..................................................................... 3.3.1 Supresso de exemplares arbreos nativos isolados............................. 3.3.2 Supresso de vegetao nativa.............................................................. 3.3.3 Interveno em rea de preservao permanente................................. 3.4 MEDIDAS COMPENSATRIAS................................................................ 3.5 TERMO DE COMPROMISSO DE RECUPERAO AMBIENTAL

14 14 15 15 16 17 17 18 18 19

TCRA................................................................................................................ 20 4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS DA PESQUISA....................................................................................................... 4.1 LOCAL DA PESQUISA............................................................................... 4.1.1 Municpio de Guar.................................................................................. 4.1.2 Municpio de Igarapava............................................................................ 4.1.3 Municpio de Ituverava ............................................................................ 4.1.4 Municpio de Miguelpolis........................................................................ 4.2 TIPO DE PESQUISA.................................................................................. 4.3 COLETA DE DADOS.................................................................................. 4.4 ANLISE DOS DADOS.............................................................................. 4 RESULTADOS E DISCUSSO.................................................................... 5 CONSIDERAES FINAIS E SUGESTES................................................ 6 CONCLUSO.............................................................................................. REFERNCIAS............................................................................................... 22 22 23 25 25 26 26 27 27 28 38 39 41

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1 INTRODUO

O atual nvel de consumo material e das atividades econmicas, aliado ao crescimento populacional e urbano desordenado, vem afetando significativamente a disponibilidade e a qualidade dos recursos naturais disponveis. Segundo a UNEP (2002), United Nations Environment Programme, em seu mapa tcnico denominado GLOBIO, durante os ltimos 150 anos a humanidade tem impactado e alterado a rea de terra global em cerca de 47%, e, dentro de 50 anos, os impactos podero atingir at 90% o que acarretar um aumento substancial de problemas ambientais relacionados aos habitats, biodiversidade, produo de alimento, aos recursos de gua doce e sade. Vrias atividades antrpicas vm criando problemas ambientais, no uso do solo e subsolo, entre as quais, segundo Machado (1995) destacam-se: a urbanizao desordenada, agricultura, pecuria, construo de barragens visando gerao de hidroeletricidade, atividades de minerao, uso no controlado de gua subterrnea, dentre outras atividades humanas. Conforme qualifica Sadler (1996), as atividades humanas so impactantes todos os compartimentos ecolgicos da terra como atmosfera, clima, hidrosfera, litosfera, pedosfera, biosfera, populao humana, economia, energia, transporte e fatores sociais. O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, em sua Resoluo n 1, de 23 de janeiro de 1986, define que:Considera-se impacto ambiental qualquer alterao das propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam: I - a sade, a segurana e o bem-estar da populao; II - as atividades sociais e econmicas; III a biota; IV as condies estticas e sanitrias do meio ambiente; V a qualidade dos recursos ambientais (CONAMA, 1986)

Diante de tal definio, possvel notar que o tema ambiental considerado de forma ampla, a abranger alm da esfera ecolgica, a social, econmica, cultural, da sade, segurana e bem-estar. Ressalta-se ainda, a generalizao quanto origem dos impactos, sendo considerados os impactos diretos ou indiretos oriundos de atividades humanas, ou seja, de aes antrpicas.

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Para Snchez (2001), o acmulo de danos ambientais que devem ser reparados a fim de que seja mantida a qualidade ambiental de um determinado local, est associado ao conceito de passivo ambiental. Macedo (1994) entende que os passivos ambientais constituem-se, genericamente, nos processos e efeitos adversos, permanentes ou temporrios, decorrentes do uso e da ocupao do solo realizados de maneira incorreta. Montano e Souza (2008) afirmam que no mbito das polticas pblicas voltadas para as questes de meio ambiente e desenvolvimento, tm sido criados e aprimorados diversos instrumentos que podem contribuir para a compatibilizao entre as atividades antrpicas e a capacidade do meio em suport-las, maximizar a qualidade de vida das populaes humanas e minimizar os impactos ambientais negativos, observados os padres de qualidade previamente estabelecidos. Uma das maneiras de demonstrar a incorporao dos limites relacionados capacidade de suporte do meio e do desenvolvimento sustentvel, remete avaliao prvia da viabilidade ambiental das aes propostas, realizada no Brasil por meio do licenciamento ambiental de atividades. O sistema de licenciamento ambiental brasileiro fundamentado no exerccio do poder de polcia por parte do Estado, em que se destacam a legitimidade e a necessidade de se restringir a ao do agente particular a fim de resguardar o interesse coletivo (GRANZIERA, 2003). Tal sistema prev a necessidade dos empreendimentos, intervenes e aes impactantes ao meio ambiente, terem seus projetos submetidos avaliao do Poder Pblico, que determinar as medidas controle e compensatrias a serem adotadas com a finalidade de mitigao dos impactos ambientais. A anlise da viabilidade de aplicao de instrumentos de polticas pblicas, inseridas no Licenciamento Ambiental de atividades que possam causar ou j tenham causado danos ambientais, so fundamentais para a elaborao de parmetros e adoo de medidas que visem melhoria da qualidade do meio ambiente, e, consequentemente a qualidade de vida. No estado de So Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo CETESB, na qualidade de rgo delegado do Governo do Estado de So Paulo no campo do controle da poluio, promove o licenciamento ambiental de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados

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efetiva e potencialmente poluidores, bem como capazes, sob qualquer forma de causar degradao ambiental. Tambm competncia da CETESB, desde 07/08/2009, o licenciamento de atividades que impliquem no corte de vegetao e intervenes em reas consideradas de preservao permanente e ambientalmente protegida (SO PAULO, 2009), sendo esta atribuio exercida anteriormente, de forma exclusiva, pelo extinto Departamento de Proteo de Recursos Naturais DEPRN. Diante desta nova competncia, a CETESB tm utilizado a confeco de Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental TCRA, para o estabelecimento de medidas de recuperao ambiental e compensatrias para as intervenes licenciveis contempladas na legislao vigente. Restou ainda a este rgo, dentro das suas atribuies de fiscalizao, o acompanhamento dos TCRA firmados anteriormente junto ao DEPRN. A avaliao da execuo das medidas contempladas nos TCRA firmados, bem como o levantamento histrico de aplicao e sua contribuio nos processos de recuperao ambiental, subsidiar aos rgos ambientais quanto viabilidade do estabelecimento dos critrios de compensao e sua eficcia na preservao dos recursos naturais. Este trabalho buscou avaliar, inserido na sistemtica de licenciamento ambiental no estado de So Paulo, os aspectos e a eficcia da utilizao de instrumentos, como os Termos de Compromisso, na aplicao de medidas de controle e nas aes de recuperao ambiental.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a eficcia e os aspectos contemplados nos Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental, no mbito do Licenciamento Ambiental, firmados na regio nordeste do Estado de So Paulo.

2.2 OBJETIVO ESPECFICO

Avaliar a aplicabilidade dos Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental, nos processos de licenciamento ambiental, e identificar os seguintes aspectos: reas compromissadas para recuperao ambiental; reas compromissadas e recuperadas; reas compromissadas e com obrigaes vencidas; Valorao das obrigaes vencidas; Comparao entre reas autorizadas para supresso e reas compromissadas e recuperadas; Avaliao da eficcia dos TCRA na recuperao ambiental de reas; Analisar a viabilidade da utilizao deste instrumento no Licenciamento Ambiental Municipalizado.

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3 FUNDAMENTAO TERICA

3.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL

O licenciamento um instrumento de gesto ambiental, na medida em que por meio dele, a Administrao Pblica busca exercer o necessrio controle sobre as atividades humanas que interferem nas condies ambientais, de forma a compatibilizar o desenvolvimento econmico com a preservao do equilbrio ecolgico (CONAMA, 1997). Segundo Oliveira (2005) o licenciamento ambiental o procedimento administrativo pelo qual o rgo ou entidade ambiental competente avalia os projetos que lhe so submetidos, considerando os impactos positivos e negativos, para decidir se lhe autoriza, ou no, a instalao, a ampliao ou o funcionamento, e, em o autorizando, se faz ou no exigncias para minorar os impactos ambientais negativos e maximizar os impactos ambientais positivos. A CETESB o rgo delegado do Governo do Estado de So Paulo no campo do controle da poluio, executor do Sistema Estadual de Administrao da Qualidade Ambiental, Proteo, Controle e Desenvolvimento do Meio Ambiente e Uso Adequado dos Recursos Naturais - SEAQUA, e do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hdricos SIGRH (SO PAULO, 1976). A Companhia Ambiental do Estado de So Paulo - CETESB a agncia do Governo do Estado responsvel pelo controle, fiscalizao, monitoramento e licenciamento de atividades geradoras de poluio, com a preocupao fundamental de preservar e recuperar a qualidade das guas, do ar e do solo. Alm de manter a funo de rgo fiscalizador e licenciador de atividades consideradas potencialmente poluidoras, a CETESB licencia atividades que impliquem no corte de vegetao e intervenes em reas consideradas de preservao permanente e ambientalmente protegida (SO PAULO, 2009).

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Suas atribuies so previstas no artigo 2 da Lei n 118, de 29 de junho de 1973, alterado pela lei estadual n 13.542, de 8 de maio de 2009, sendo elas:I - proceder ao licenciamento ambiental de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como capazes, sob qualquer forma, de causar degradao ambiental; II - autorizar a supresso de vegetao e intervenes em reas consideradas de Preservao Permanente e demais reas ambientalmente protegidas; III - emitir alvars e licenas relativas ao uso e ocupao do solo em reas de proteo de mananciais; IV - emitir licenas de localizao relativas ao zoneamento industrial metropolitano; V - fiscalizar e impor penalidades: a) a quem instale ou opere as atividades de que trata o inciso I deste artigo, sem licena ou autorizao ambiental ou descumpra as exigncias e condies nelas impostas; b) a quem cause poluio ou degradao do meio ambiente; c) aos infratores da legislao sobre o uso e ocupao do solo em reas de proteo de mananciais; d) aos infratores da legislao sobre o zoneamento industrial metropolitano; VI - executar o monitoramento ambiental, em especial da qualidade dos recursos hdricos superficiais e subterrneos, do ar e do solo; VII - efetuar exames e anlises necessrios ao exerccio das atividades de licenciamento, fiscalizao e monitoramento ambiental; VIII - desenvolver estudos e pesquisas de interesse de seu campo de atuao; IX - promover treinamento e aperfeioamento de pessoal para as atividades relacionadas com seu campo de atuao; X - prestar servios tcnicos especializados a terceiros no mbito de seu campo de atuao; XI - explorar direta ou indiretamente os resultados das pesquisas realizadas; XII - promover o intercmbio de informaes e transferncia de tecnologia com entidades nacionais e internacionais no mbito de seu campo de atuao. XIII - expedir normas tcnicas especficas e suplementares no mbito de suas atribuies (SO PAULO, 2009).

3.2 INSTRUMENTOS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A Constituio Federal (BRASIL, 1988) consagrou o meio ambiente como bem de uso comum do povo, essencial sadia qualidade de vida. Aceti Junior (2008) classifica num bem jurdico que pertence a todos. Por ser de todos e de ningum individualmente, inexiste direito subjetivo sua utilizao, que, evidncia, s pode legitimar-se mediante ato prprio de seu direto

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guardio o Poder Pblico de instrumentos de controle, que so as permisses, autorizaes e licenas (ACETI JUNIOR, 2008). Autorizao o ato administrativo discricionrio e precrio mediante o qual a autoridade competente faculta ao administrado, em casos concretos, o exerccio ou a aquisio de um direito, em outras circunstncias, sem tal pronunciamento, proibido (MAZZILLI, 2005). Importa dizer que a autoridade ambiental analisa discricionariamente, isto leva em considerao a oportunidade e a convenincia da autorizao. Segundo Aceti Junior (2008), a autorizao, envolve interesse da autoridade, que se caracteriza pelo ato discricionrio, no havendo por parte do interessado qualquer direito subjetivo obteno ou continuidade da autorizao. Por sua vez, a licena ato da autoridade ambiental administrativo vinculado e definitivo, que significa que foram atendidos todos os requisitos legais, de forma que no pode ser recusada a sua expedio. Aceti Junior (2008) afirma ainda que a licena resulta em direito subjetivo do requerente que satisfez todos os requisitos legais para a sua obteno, no poder ser negado pela autoridade, uma vez expedida, tem carter definitivo e sua anulao s se dar mediante comprovao de ilegalidade na sua expedio.

3.3 FORMAS DE LICENCIAMENTO QUE NECESSITAM DE AUTORIZAO

3.3.1 Supresso de exemplares arbreos nativos isolados

A autorizao para supresso de exemplares arbreos nativos isolados, vivos ou mortos, situados fora de reas de Preservao Permanente e Reserva Legal, Reservas e Estaes Ecolgicas assim definidas por ato do Poder Pblico, quando indispensvel para o desenvolvimento de atividades, obras ou empreendimentos, ser emitida pela CETESB, aps a realizao de anlise tcnica e mediante assinatura de Termo de Compromisso de Recuperao Ambiental que contemple plantio compensatrio.

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Tratando-se de lotes urbanos situados fora de reas de Preservao Permanente, assim definidas pelo artigo 2 do Cdigo Florestal (Lei Federal n 4.771 de 15 de setembro de 1965) ou fora de Parques, Reservas e Estaes Ecolgicas assim definidas por ato do Poder Pblico, a autorizao para supresso de exemplares arbreos nativos isolados, vivos ou mortos, dever ser emitida pelo rgo municipal competente. Nos casos em que o municpio no emita autorizao para a supresso de rvores isoladas, a mesma ser concedida pela CETESB (SO PAULO, 2007).

3.3.2 Supresso de vegetao nativa

Qualquer atividade que envolva a supresso de vegetao nativa depende de autorizao, seja qual for o tipo da vegetao (mata atlntica, cerrado e outras) e o estgio de desenvolvimento (inicial, mdio, avanado ou clmax). Mesmo um simples bosqueamento (retirada da vegetao do sub-bosque da floresta) ou a explorao florestal sob regime de manejo sustentvel, para retirada seletiva de exemplares comerciais (palmito, cips, espcies ornamentais, espcies medicinais, toras de madeira, etc) no podem ser realizados sem o amparo da autorizao do rgo ambiental.

3.3.3 Interveno em rea de Preservao Permanente

rea de preservao permanente a rea protegida nos termos dos arts. 2 e 3 da Lei Federal n 4.771/65 (BRASIL, 1965), coberta ou no por vegetao nativa, com a funo ambiental de preservar os recursos hdricos, a paisagem, a estabilidade geolgica, a biodiversidade, o fluxo gnico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populaes humanas (SO PAULO, 2005). O rgo ambiental competente poder autorizar a interveno ou supresso de vegetao em rea de Preservao Permanente APP, nos termos da Resoluo CONAMA n 369/2006, para a implantao de obras, planos, atividades

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ou projetos de utilidade pblica ou interesse social, ou para a realizao de aes consideradas eventuais e de baixo impacto ambiental. Qualquer interveno em rea de preservao permanente, sem autorizao do rgo ambiental competente, sendo a CETESB no estado de So Paulo (SO PAULO, 2009), uma infrao administrativa punvel com advertncia ou multa de at R$ 50.000,00 (cinqenta mil reais) por hectare danificado, bem como crime ambiental, conforme dispe a Lei Federal n 9.605/98, passvel de pena de deteno de 01 (um) a 03 (trs) anos (BRASIL, 1998). A partir da constatao da ocorrncia do impacto ambiental (no caso a interveno sem autorizao do rgo competente), ou do dano propriamente dito, surge para o responsvel a obrigao de repar-lo, de forma mais abrangente possvel. Neste sentido o inciso VII do artigo 4 da Lei n 6.938/81 estabeleceu VII a imposio, ao poluidor e ao predador, da obrigao de recuperar e/ou indenizar os danos causados (BRASIL, 1981). Assim, o responsvel pela degradao ambiental deve internalizar todos os custos com preveno e reparao dos danos ambientais. Leite e Almeida (2005) interpretam que o texto constitucional de 1988, em seu artigo 225, 2 e 3, define expressamente que a responsabilidade civil pelo dano ambiental objetiva. Conforme Baracho Jnior (2000), o artigo 14, 1 da Lei n 6.938/81, que define a Poltica Nacional do Meio Ambiente, tem sido considerado como recepcionado pelo 3 do artigo 225 da Constituio. Assim estabelece o dispositivo legal:Sem obstar a aplicao das penalidades previstas neste artigo, o poluidor obrigado, independentemente de existncia de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministrio Pblico da Unio e dos Estados ter legitimidade para propor ao de responsabilidade civil e criminal por danos causados ao meio ambiente (BRASIL, 1988).

3.4 MEDIDAS COMPENSATRIAS

A utilizao de medidas compensatrias acontece, no mbito do Direito Ambiental, nos casos em que se procura contrabalancear uma perda ambiental. Na mesma linha de raciocnio, Bechara (2009) define como todas as medidas de

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substituio de um bem danificado por outro de valor equivalente, sendo imposta sempre ao causador do dano em questo, uma vez verificada a impossibilidade de se reverter o quadro. O ordenamento jurdico brasileiro define algumas situaes como: (i) compensao por dano ambiental irreversvel; (ii) compensao para supresso e interveno em rea de Preservao Permanente; (iii) compensao de Reserva Legal; (iv) compensao para supresso de vegetao natural e (v) compensao para implantao de empreendimentos causadores de significativo impacto ambiental (BECHARA, 2009). A Lei Federal n 4771/65 (BRASIL, 1965) em seu 4, do artigo 4, j estabelecia que o rgo ambiental competente indicar, previamente emisso da autorizao para supresso de vegetao, as medidas mitigadoras e compensatrias que devero ser adotadas pelo empreendedor. A compensao ambiental pecuniria apresentada no 1, do artigo 36 da Lei Federal n 9985/00, onde definido o montante de recursos a ser destinado implantao e manuteno de unidades de conservao, sendo que este no pode ser inferior a meio por cento dos custos totais previstos para implantao do empreendimento (BRASIL, 2000). No Decreto Federal n 6848/2009, na Resoluo CONAMA n 369/2006 e nas Resolues SMA n 18/2007, n 15/2008 e n 85/2008, dentre outras, so estabelecidas as formas de compensao ambiental. Tais medidas compensatrias so estabelecidas pelo rgo ambiental nos TCRA, sendo as autorizaes concedidas vinculadas ao cumprimento integral dessas medidas.

3.5 TERMO DE COMPROMISSO DE RECUPERAO AMBIENTAL TCRA

O Termo de Compromisso de Recuperao Ambiental (TCRA) o documento oficial firmado pelo proprietrio ou empreendedor com a CETESB no processo de licenciamento para obteno da Autorizao ou Licena Ambiental no qual so formalizadas as medidas a serem executadas visando recuperao ambiental e/ou recomposio da vegetao nativa, bem como o estabelecimento de prazos para que tais medidas se concretizem (SO PAULO, 2008).

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As reas, objeto da recuperao, devem ser demarcadas em planta e valorada a recuperao ambiental para fins de execuo em caso de descumprimento (SO PAULO, 2006). assinado pela Autoridade Ambiental da CETESB, pelo compromissrio e duas testemunhas, tendo fora de ttulo executivo extrajudicial, podendo o acordo ser diretamente executado pelo Estado, sem a necessidade de ao de conhecimento para declarar a obrigao de realiz-lo.

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4 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS DA PESQUISA

4.1 LOCAL DA PESQUISA

A histria recente de ocupao da Regio Nordeste de So Paulo iniciou-se na segunda metade do sculo XIX com o estabelecimento da cafeicultura, atrada pela fertilidade natural das terras. Nesse perodo, grandes extenses de florestas mesfilas semidecduas, matas paludcolas e cerrados foram desbravadas para a introduo da cultura do caf. (KOTCHETKOFF-HENRIQUES, 2003) Desde sua origem, as atividades vinculadas ao setor agropecurio sobressaram-se na economia regional. Atualmente, o caf ainda importante, mas divide espao com outras atividades agropecurias, com destaque para a cana-deacar, a fruticultura, a soja e a pecuria. A paisagem da Regio Nordeste do Estado comeou a firmar-se e a adquirir os contornos atuais a partir da dcada de 1970. No mnimo dois acontecimentos desencadeados na dcada de 70 foram importantes nessa evoluo: o primeiro foi a intensificao do processo de desconcentrao industrial da capital paulista nessa poca e o segundo, o lanamento do Programa Nacional do lcool (Prolcool) (EMBRAPA, 2011). As polticas pblicas implantadas, especialmente o Programa Nacional do lcool em 1975, segundo Criscuolo et al.(2011), foram importantes para a definio dos contornos das paisagens, principalmente pelos incentivos oferecidos produo da cana-de-acar e ao fomento econmico de toda sua cadeia produtiva. A Regio Nordeste no apresentou em sua totalidade um nvel de crescimento econmico homogneo, alguns eixos se destacaram, em geral acompanhando o traado das principais rodovias e nas proximidades das usinas de acar e lcool.

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Segundo a Embrapa (2011), no houve um processo homogneo de incluso dos municpios devido diferenciao na implantao de infra-estruturas provenientes de capital privado, na aplicao de polticas pblicas e na implementao das inovaes pelo setor agrcola local dada a existncia de variados condicionamentos ambientais das diversas paisagens naturais. Dessa forma, considerando as caractersticas e peculiaridades do uso e ocupao do solo da regio, bem como a localizao nas sub-bacias hidrogrficas, foram definidos como rea de estudo desta pesquisa os municpios de Guar, Igarapava, Ituverava e Miguelpolis (Figura 1).

4.1.1 Municpio de Guar

Dados Bsicos do municpio: Populao: 19.858 habitantes (IBGE, 2011); rea: 362 km (IBGE, 2011); Bioma: Cerrado (IBGE, 2011); Remanescente de vegetao natural: 5,02 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 1,39% da rea total do municpio; Remanescente de vegetao ripria: 37,09 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 10,25% da rea total do municpio; Principais atividades econmicas desenvolvidas no municpio: agrcola (cultivo de cana-de-acar), indstria qumica (fertilizante), indstria metalrgica, tratamento de resduos slidos e gerao de energia (pequenas centrais hidreltricas).

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Figura 1 Localizao dos municpios e indicao das sub-bacias hidrogrficas. Fonte: Autor (2011)

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4.1.2 Municpio de Igarapava

Dados Bsicos do municpio: Populao: 27.952 habitantes (IBGE, 2011); rea: 468 km (IBGE, 2011); Bioma: Cerrado (IBGE, 2011); Remanescente de vegetao natural: 46,39 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 9,91% da rea total do municpio; Remanescente de vegetao ripria: 37,73 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 8,06% da rea total do municpio; Principais atividades econmicas desenvolvidas no municpio: agrcola (cultivo de cana-de-acar), usina sucroalcooleira, mineraes, indstria qumica (fertilizante) e gerao de energia (usinas hidreltricas).

4.1.3 Municpio de Ituverava

Dados Bsicos do municpio: Populao: 38.695 habitantes (IBGE, 2011); rea: 822 km (IBGE, 2011); Bioma: Cerrado (IBGE, 2011); Remanescente de vegetao natural: 24,1 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 2,93% da rea total do municpio; Remanescente de vegetao ripria: 71,75 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 8,73% da rea total do municpio; Principais atividades econmicas desenvolvidas no municpio: agrcola (cultivo de cana-de-acar), ensino, comrcio e indstrias diversas.

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4.1.4 Municpio de Miguelpolis

Dados Bsicos do municpio: Populao: 20.491 habitantes (IBGE, 2011) rea: 705 km (IBGE, 2011) Bioma: Cerrado (IBGE, 2011) Remanescente de vegetao natural: 9,72 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 1,28% da rea total do municpio. Remanescente de vegetao ripria: 82,17 km (EMBRAPA, 2011), correspondente a 11,65% da rea total do municpio; Principais atividades econmicas desenvolvidas no municpio: agrcola (cultivo de cana-de-acar), mineraes, gerao de energia (usinas hidreltricas) e turismo.

4.2 TIPO DE PESQUISA

Foi utilizada a pesquisa documental no desenvolvimento deste estudo. Segundo Gil (1994, p. 51), este tipo de pesquisa definido como a anlise de materiais que ainda no receberam tratamento analtico, apresentando a vantagem de que os documentos oficiais constituem uma fonte rica e estvel de dados ao longo do tempo. Foram consultados documentos oficiais constantes nos processos da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So Paulo SMA, situados nos arquivos da Agncia Ambiental de Ituverava CETESB. Esses documentos so classificados por Fernandes e Gomes (2003) como de primeira mo, pois no receberam ainda nenhum tratamento analtico.

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4.3 COLETA DOS DADOS

A coleta de dados ocorreu por meio da consulta fsica aos processos de licenciamento ambiental existentes nos arquivos da Agncia Ambiental da CETESB de Ituverava (pedidos de autorizao para supresso de vegetao, pedidos de interveno em reas ambientalmente protegidas e licenciamento de empreendimentos), sendo observado o disposto na Resoluo SMA n 66 de 17/12/1996 (SO PAULO, 1996) e na Lei n 10.650/03 (BRASIL, 2003), que dispe sobre o acesso pblico aos procedimentos administrativos que tratem de matria ambiental.

4.4 ANLISE DOS DADOS

Foram analisados os aspectos referentes aos compromissos firmados constantes nos processos de licenciamento ambiental dos municpios de estudo, com Autorizao emitida e Termo de Compromisso de Recuperao Ambiental firmado no perodo dos anos de 2001 2010. Atravs dos dados quantitativos referentes s reas de recuperao ambiental e ao nmero de mudas compromissadas nos Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental firmados, foram traados valores qualitativos referentes aos termos efetivamente cumpridos para o perodo. Foram ainda estabelecidos dados comparativos e de contribuio dos valores elencados no trabalho, com intuito de anlise da eficcia desta ferramenta de compensao ambiental. Para a valorao dos Termos de Compromisso foi utilizada a metodologia adotada pela Fundao Florestal do Estado de So Paulo (HAHN, C. et al., 2004) que consiste no clculo do valor da recuperao da rea, considerando os valores em Reais de mudas, insumos, hora/homem, dentre outros.

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5 RESULTADOS E DISCUSSO

Foram analisados 143 processos de licenciamento ambiental, nos quais foram firmados Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental, referentes aos municpios de Guar, Igarapava, Ituverava e Miguelpolis, no perodo do ano de 2001 2010. A quantidade de mudas de essncias florestais nativas firmadas para plantio e recuperao ambiental de reas para o perodo estudado, foi de 253.441 indivduos arbreos (Figura 2).

Figura 2 Quantidade de mudas nativas compromissadas em TCRA firmados de 2001 2010. Fonte: Autor (2011)

Foram ainda emitidas pelo rgo ambiental estadual, para o mesmo perodo e rea de estudo, autorizao para supresso de 29.335 indivduos arbreos nativos (Figura 3). Ou seja, para cada rvore autorizada para supresso, foi compromissado o plantio mdio compensatrio de 8,64 mudas de essncias florestais nativas como medida compensatria. Alm do plantio, cabia ainda ao compromissrio a obrigao da manuteno, realizao dos devidos tratos culturais, isolamento quando necessrio e substituio das mudas que viessem a falecer. Tais medidas devem ser adotadas at o desenvolvimento pleno das mudas e o estabelecimento do plantio.

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Nmero de rvores autorizadas para supresso de 2001 230000rvores suprimidas

25000 20000 15000 10000 5000 020 01 20 02 20 03 20 0 20 0 20 0 20 0 20 0 20 0 20 10 TO

4

5

6

7

8

9

TA

L

Figura 3 Nmero de rvores autorizadas para supresso de 2001 2010. Fonte: Autor (2011)

O prazo mdio para a execuo total das medidas de recuperao previstas nos TCRA's foi de 24 meses na mdia. Cabendo ao rgo ambiental competente a fiscalizao e verificao do cumprimento dos referidos termos. Os termos firmados de 2001 2007 apresentam taxa mdia de execuo total das medidas de recuperao ambiental compromissadas de 44%. A Figura 4 demonstra a situao atual dos termos firmados para o perodo na rea de estudo.

Figura 4 Quantidade de mudas por situao de TCRA de 2001 2010. Fonte: Autor (2011)

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Os termos apresentados na situao em aberto, so aqueles que no foram fiscalizados pelo rgo ambiental ou cuja comprovao de cumprimento no foi apresentada pelo compromissrio. Para esta situao, esto inclusos os termos no cumpridos. Dessa forma, das medidas de recuperao contida nos termos firmados no perodo para a rea de estudo, encontram-se cumpridas somente 29,5% do total (Figura 5).

Figura 5 Situao dos TCRA's firmados de 2001 2010. Fonte: Autor (2011)

Ao estabelecer-se o comparativo das rvores suprimidas com o nmero de rvores plantadas como medida compensatria verificou-se a realizao de plantio e conduo de 2,54 mudas para cada rvore autorizada para supresso (Figura 6).

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Comparativo das Autorizaes x TCRA's280000 240000

253441

Nmero de mudas

200000 160000 120000 80000 40000 0 SUPRIMIDAS ESTABELECIDAS COMPROMISSADAS

74683 29335

Figura 6 Comparativo das Autorizaes versus TCRA's. Fonte: Autor (2011)

Foi compromissado o plantio compensatrio mdio de 25.344 mudas por ano para a rea de estudo (Figura 7). Observa-se que no ano de 2006 foram compromissadas 72.602 mudas, destas 82,6% correspondem aos municpios de Igarapava e Miguelpolis.

Figura 7 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA por municpio. Fonte: Autor (2011)

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Para o municpio de Guar destaca-se a instalao da Pequena Central Hidreltrica - Anhangera no Rio Sapuca-Mirim, sendo que no ano de 2008, foi firmado TCRA para reflorestamento da rea de preservao permanente do reservatrio a ser formado (Figura 8), nos limites da Resoluo CONAMA n 302/2002 (CONAMA, 2002a).

Figura 8 Quantidade de mudas conforme situao do TCRA de 2001 2010 Municpio de Guar. Fonte: Autor (2011)

O municpio de Igarapava apresentou no ano de 2006 aumento no nmero de mudas compromissadas (Figura 9), tal fato devido ao processo de expanso agrcola e principalmente pelo processo de mecanizao no cultivo da cana-deacar. Naquele ano a colheita mecanizada da cana-de-acar, por fora do Decreto Estadual n 47.700/02 (SO PAULO, 2003), deveria corresponder a 30% da rea a ser colhida, bem como a eliminao da queima da palha deveria ocorrer em outros 30% da rea restante. Tal fato foi apresentado, na maioria dos casos, como justificativa para o pedido de supresso de indviduos arbreos isolados e localizados em meio aos cultivos de cana, estes que poderiam causar danos ou acidentes aos maquinrios empregados na colheita mecanizada.

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Figura 9 Quantidade de mudas conforme situao do TCRA de 2001 2010 Municpio de Igarapava. Fonte: Autor (2011)

Os termos firmados no municpio de Ituverava no perodo, encontram-se cumpridos em 54,85% dos casos. Em 24/11/2009 instalou-se no municpio a Agncia Ambiental Unificada da CETESB, j contemplando as atividades e atribuies do extinto Ncleo Tcnico do DEPRN. A existncia da Agncia Ambiental da CETESB no municpio apontado como responsvel para este ndice, tendo em vista a intensificao nas aes de fiscalizao e acompanhamento dos TCRAs firmados anteriormente junto ao DEPRN. Segundo Mota (1996) a participao do Estado reativa e apenas possibilita maior eficincia e abrangncia ao sistema que j existe em termos de incentivo ao controle ambiental. Dessa forma, a presena do rgo ambiental na regio, possibilitou o desenvolvimento de aes governamentais voltadas para a gesto ambiental descentralizada da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de So Paulo. Essa postura, segundo Scardua e Bursztyn (2003), enseja medidas de incentivo por parte do governo local e da participao da sociedade nos esforos de melhoria da qualidade de vida.

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Dos TCRAs cumpridos na regio no perodo de estudo, 81,05% foram constatados aps o incio das atividades da Agncia Ambiental, que foi no ano de 2009.

Figura 10 Quantidade de mudas conforme situao do TCRA de 2001 2010 Municpio de Ituverava. Fonte: Autor (2011)

O municpio de Miguelpolis alm de ter as atividades voltadas para o cultivo da cana-de-acar, possui seu permetro urbano limtrofe aos limites do reservatrio da Usina Hidreltrica de Volta Grande, fomentando assim, a atividade de turismo no municpio. A recuperao ambiental constante nos termos firmados, apresentam no ano de 2006 o seu maior valor. Tal fato evidenciado pela mecanizao da colheita de cana-de-acar como citado anteriormente, e pelos processos de regularizao de intervenes existentes em rea de preservao permanente regulamentadas naquele ano atravs da Resoluo CONAMA n 369/06 (CONAMA, 2006).

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Figura 11 Quantidade de mudas conforme situao do TCRA de 2001 2010 Municpio de Miguelpolis. Fonte: Autor (2011)

Alm das j citadas, foram objeto de finalidade das autorizaes emitidas, supresses e intervenes em reas ambientalmente protegidas enquadradas como de utilidade pblica e interesse social, em reas pblicas e privadas. As medidas compensatrias e de mitigao aos danos ambientais resultantes das autorizaes de supresso de vegetao concedidas, apresentam-se como importante ferramenta no processo de recuperao ambiental na regio. A realizao de reflorestamento com as mudas compromissadas nos TCRA's estudados (Tabela 1), observadas as condicionantes e especificaes previstas nas Resolues SMA n 21/2001 (SO PAULO, 2001), SMA n 47/2003 (SO PAULO, 2003b) e SMA n 08/2008 (SO PAULO, 2008), capaz de promover a recuperao ambiental de uma rea de 1.520.646 m.Tabela 1 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA como medida compensatria.

Municpio - TCRA (firmado) Guar Igarapava Ituverava Miguelpolis TOTAL Fonte: Autor, 2011.

Mudas 40.879 101.630 45.930 65.002 253.441

% (TOTAL) 16,13 40,10 18,12 25,65 100,00

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Dos TCRAs que se encontram no cumpridos (Tabela 2), o municpio de Igarapava apresenta 62.545 mudas no estabelecidas ou fiscalizadas, representando 34,99% do total. O municpio de Miguelpolis o segundo municpio em nmero de mudas compromissadas em TCRAs e no estabelecidas, com 55.687 mudas. Ambos municpios apresentam como caractersticas serem limtrofes, atravs do Rio Grande, com o Estado de Minas Gerais e possurem em seus territrios incidncia de rea de Preservao Permanente de reservatrios de Usinas de Gerao de Energia. A distncia destes municpios das unidades de fiscalizao dos rgos ambientais estaduais uma possvel justificativa para as dificuldades de fiscalizao das medidas de compensao ambiental firmadas.Tabela 2 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA em situao em aberto.

Municpio - TCRA (em aberto) Guar Igarapava Ituverava Miguelpolis TOTAL Fonte: Autor, 2011.

Mudas 39.791 62.545 20.735 55.687 178.758

% (TOTAL) 22,26 34,99 11,60 31,15 100,00

Na anlise dos TCRA's cumpridos (Tabela 3), verifica-se que as medidas de recuperao vinculadas e cumpridas no municpio de Igarapava representam mais da metade de toda a rea de estudo (52,33%).Tabela 3 Quantidade de mudas compromissadas em TCRA e com plantio estabelecido.

Municpio - TCRA (cumprido) Guar Igarapava Ituverava Miguelpolis TOTAL Fonte: Autor, 2011.

Mudas 1.088 39.085 25.195 9.315 74.683

% (TOTAL) 1,46 52,33 33,74 12,47 100,00

Os TCRA's firmados pela Agncia Ambiental de Ituverava da CETESB, desde 2009, encontram-se em andamento, sendo o controle realizado por meio de vistorias peridicas e atravs da apresentao de relatrio tcnico comprobatrio semestral, por parte do interessado.

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Das constataes de cumprimento dos TCRA's firmados pelo extinto DEPRN (2001 2008), 81,49% foram realizadas aps o incio das atividades da Agncia Ambiental de Ituverava.

6 CONSIDERAES FINAIS E SUGESTES

A descentralizao nas aes de controle e licenciamento, inseridas no processo de gesto ambiental, apresentam como objetivo facilitar, tornar mais direto

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e mais cotidiano o contato entre os cidados e as diversas instituies do Estado, e possibilitar que estas levem mais em conta os interesses e opinies daqueles antes de tomar decises ou de execut-las. Estudos mais aprofundados sobre a utilizao de ferramentas de Polticas Pblicas, como os Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental, seriam de fundamental importncia para a melhor compreenso das medidas de recuperao do meio ambiente aplicadas pelos rgos ambientais, bem como na anlise da sua eficcia na melhoria da qualidade de vida da sociedade. A fim de dar continuidade a este trabalho sugere-se: O estudo da finalidade das autorizaes concedidas pelos rgos ambientais; Levantamento da finalidade dos TCRA's firmados e a parametrizao da proporcionalidade das medidas compensatrias; Anlise tcnica das medidas de recuperao previstas nos TCRA's e a efetividade das mesmas nos processos de recuperao ambiental; A valorao dos TCRA's, sendo esta anlise considerada quando da valorao dos danos ambientais autorizados.

6 CONCLUSO

A partir dos resultados obtidos neste estudo, pode-se concluir que a utilizao de Termos de Compromisso de Recuperao Ambiental - TCRA utilizada no mbito

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da Secretaria Estadual do Meio Ambiente mostrou-se uma ferramenta til eficaz na melhoria da qualidade ambiental. O desenvolvimento agroindustrial na rea de estudo, ocorrido na ltima dcada, foi apontado como principal finalidade para a emisso de autorizaes de supresso de vegetao nativa e de interveno em reas de preservao permanente. As medidas compensatrias de recuperao ambiental firmadas nos TCRAs foram cumpridas em 29,5% de sua totalidade. Apesar do baixo ndice de cumprimento, tais medidas foram responsveis pela recomposio florestal em 2,54 vezes da vegetao autorizada para a supresso. Os termos firmados nos municpios de Igarapava e Miguelpolis representam 65,75% do total das medidas de recuperao ambiental compromissadas para a regio. A atividade sucroalcooleira, principal atividade econmica para estes municpios, relacionada ao valor elevado das autorizaes para supresso e dos TCRAs firmados na regio, devido expanso das reas e mecanizao da colheita da cana-de-acar. Das medidas de recuperao ambiental compromissadas e ainda no cumpridas, 32,79% foram firmadas entre os anos de 2001 e 2005, ou seja, termos com validade vencida entre 4 e 8 anos. Nestes casos, devido falta de fiscalizao pelo rgo competente na poca, no foi possvel a verificao da execuo da recuperao ambiental. As mudas compromissadas nos TCRA analisados, e que encontram-se com as obrigaes vencidas ou no cumpridos, utilizando-se da metodologia empregada pela Fundao Florestal do Estado de So Paulo (HAHN, C. et al., 2004), esto valorados em aproximadamente R$ 2.040.000,00 (dois milhes e quarenta mil reais). Ressaltando que o TCRA possui fora de ttulo executivo extrajudicial, podendo o acordo ser diretamente executado pelo Estado, caso no sejam cumpridas as medidas de recuperao firmadas. A instalao da Agncia Ambiental da CETESB na regio proporcionou maior fiscalizao e acompanhamento dos TCRAs firmados anteriormente pelo DEPRN. Destaca-se que este processo de descentralizao otimizou o atendimento na regio, sendo possvel a constatao 81,49% dos termos apresentados como cumpridos neste estudo.

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Para melhorar o atendimento ao usurio dos servios ambientais fundamental o envolvimento dos municpios paulistas no licenciamento e controle das fontes de poluio, das atividades geradoras de impacto ambiental e de alguns casos de supresses de vegetao. Alm da necessria articulao intersetorial, uma efetiva gesto ambiental tambm est condenada a modelos institucionais descentralizados. Segundo Moraes (2005), impossvel gerenciar o espao sem interfaces slidas com a sociedade civil e os governos locais. Isto remete a que se tenha uma estratgia de municipalizao em qualquer programa da rea, tendo sempre em mente a diversidade dos quadros municipais existentes no pas. Essa descentralizao das aes de controle e licenciamento fortalece a ao dos municpios na gesto ambiental, buscando implantar em todo Estado de So Paulo os conceitos preconizados pela Poltica Nacional de Meio Ambiente (BRASIL, 1981), sendo reforado pelo CONSEMA em 2009, que com a deliberao 33/09 que estabelece as diretrizes para a descentralizao do licenciamento ambiental em So Paulo (CONSEMA, 2009). A utilizao da ferramenta do TCRA no mbito do Licenciamento Municipalizado propicia o aumento do controle sobre atividades geradoras de incmodos ambientais e da fiscalizao das medidas de recuperao ambiental de carter compensatrio e mitigador, na medida em que integra os rgos municipais na fiscalizao e aumenta o nmero de profissionais envolvidos no licenciamento e controle, com a atuao dos agentes municipais.

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