monografia 23-03-2012 - estudo comparativo de postos de ... · tabela 3 – tendência (t):...
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1Pós-graduando em ergonomia, saúde, segurança e otimização de processo e produto
Avaliação e proposta de recomendação de melhoria ergononia para o posto de trabalho de montagem de aparelho celular “domesheet” pelo
metodo BS8800, EWA e GUT
Leandro Manoel Beiga1 [email protected]
Dayana Priscila Mejia de Sousa Pós-graduação em ergonomia, saúde, segurança e otimização de processo e produto – Faculdade Ávila
Resumo A ergonomia visa compreender a interação do homem ao ambiente de trabalho considerando os fatores biomecânicos: força, posturas incorretas dos membros superiores, repetividade, vibração e compressão mecânica. Através da aplicação da metodologia de identificação de riscos ergonômicos (BS8800, EWA e GUT), foi possível avaliar, analisar e estabelecer recomendações de melhorias no posto de trabalho de montagem de celulares denominado posto domesheet. Com a implementação das recomendações proposta apartir do método houve eliminação dos registros de queixas ergonômicas, aumentando a sensação de conforto do colaborador no posto de trabalho. Palavra-chave: Metodologia; Gut; Bs 8800; Ewa; Melhoria
1. Introdução
Segundo Barnes (1977) citado por Itiro Iida (2005) é através da análise do trabalho que é possível entender a interação entre as atividades e os trabalhadores incluindo, por exemplo, os cinco fatores biomecânicos: força, posturas incorretas dos membros superiores, repetividade, vibração e compressão mecânica. Desta forma, a ergonomia inicia-se com o estudo das características do trabalhador, para depois projetar o trabalho que ele consegue executar, preservando sua saúde. Assim, a ergonomia parte do conhecimento do homem para fazer o projeto do trabalho, ajustando-o as suas capacidades e limitações. Importante observar que as adaptações sempre ocorrem no sentido do trabalho para o homem. A recíproca nem sempre é verdadeira, ou seja, é muito mais difícil adaptar o homem ao trabalho. Esse tipo de conceito para a ergonomia poderia resultar em máquinas e equipamentos complexos. Pois os sistemas e suas interações poderiam colocar o trabalhador em condições adversas de trabalho, no qual comprometeria a saúde e a segurança do trabalhador. Para Itiro Iida (2005), a ergonomia estuda diversos fatores que influem no desempenho dos sistemas produtivos e procura reduzir suas consequências nocivas ao trabalhador. Assim ele procura reduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes, proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores, durante o seu relacionamento com esse processo produtivo. A análise ergonômica do trabalho visa aplicar os conhecimentos de ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. Ela foi desenvolvida por pesquisadores franceses e se constituí ergonomia de correção. O método AET (análise ergonômica do trabalho) desdobra-se em cinco etapas: análise da demanda, análise da tarefa, análise da
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atividade, diagnóstico e recomendação (GUERIN et al.,2001) citado por Itiro Iida (2005). As três primeiras constituem a fase de análise e permite realizar o diagnóstico para formular as recomendações. Para o presente artigo, realizado em uma empresa do ramo montagem de aparelhos celulares no posto de trabalho de montagem denomindado domesheet. A demanda inicial foi o registro de queixas e desconfortos nos membros superiores registrados no ambulatório médico por alguns colaboradores, adivindo das posturas, dos movimentos e dos gestos empregados na realização das atividades pelos operadores de produção. Em consequência o colaborador se ausenta do posto de trabalho, seguido de perda na produtividade e aumento do absenteísmo por queixas laborais. O problema ocorre com a interação dos fatores biomecânicos, por isso definiu-se uma avaliação da situação atual, em vista a um projeto de adequação e correção de um novo posto de trabalho, portanto determinou-se como objetivo principal, avaliar a situação atual do posto de trabalho domesheet e especificamente, melhorar os fatores biomecânicos e reduzir queixas ergonômicas da linha avaliada.
2. Metodologia
Para a avaliação do posto de trabalho domesheet foi aplicado questionários aos colaboradores, entrevistas, lista de análise pró-ativa de riscos ergonômicos, onde são adaptados pelo método de avaliação de risco em ergonomia (BS 8800), EWA. Para melhorar os fatores biomecânicos e reduzir queixas foi elaborada uma matriz GUT (gravidade, urgência, tendência), que propõe que as condições ergonômicas sejam apreciadas por classe:
− Planejamento: Iniciou-se definindo os objetivos (abrangência da análise, análise da demanda, análise dos fatores ergonômicos e ocupacionais), que visa a concepção de um novo posto de trabalho. Identificar os perigos existentes no posto de trabalho;
− Análise das atividades - Estimar os riscos a partir de cada perigo, gravidade, urgência e tendência;
− Análise das tarefas: A tarefa consiste em retirar o engine (placa de circuito impresso eletrônico) do conveyour-esteira e posicionar no jig de montagem alinhando as placas eletrônicas pelo pino guia o jig, aciona o botão do jig “vácuo” e retira o line (película protetora), após retira as placas de circuíto impreso do jig e aplica o jato de ar, fazendo movimentos para o lado direito e esquerdo, feche a tampa do jig e aguarde a prensagem do “Domesheet”;
− Avaliação dos Riscos: Após a determinação das situações encontradas perante as observações de classes, foram identificados os possíveis riscos humanos (efeitos produzidos a saúde e segurança do trabalhador) e organizacionais (efeitos técnicos e administrativos produzidos a empresa). Para que se interpretem os riscos, a partir de cada classe representada, são atribuídos critérios de níveis quantitativos e qualitativos, conforme seguem as tabelas 1, 2 e 3 abaixo;
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Pontuação Gravidades operacionais
5 Os prejuízos ou dificuldades são EXTREMAMENTE graves
4 Os prejuízos ou dificuldades são MUITO graves
3 Os prejuízos ou dificuldades são GRAVES
2 Os prejuízos ou dificuldades são POUCO graves
1 Os prejuízos ou dificuldades NÃO SÃO GRAVES
Fonte: Pesquisa Direta Tabela 1 – Gravidade (G): Avaliado de acordo com os levantamentos de dados do posto de trabalho, queixas,
afastamentos, inspeções de segurança, ou relato dos funcionários
Pontuação Urgência/ probabilidade e exposição
5 É necessária uma ação imediata
4 É necessária uma ação com alguma urgência
3 É necessária uma ação o mais cedo possível
2 Pode esperar um pouco
1 Não há pressa para agir
Fonte: Pesquisa Direta Tabela 2 – Urgência (U): É avaliada de acordo com o tempo que o trabalhador encontra-se em exposição ao
risco, de acordo com o ciclo ou a jornada de trabalho
Pontuação Tendência/ controle aplicado
5 Se nada for feito, haverá um grande e imediato agravamento do problema
4 Se nada for feito a situação vai piorar em pouco tempo
3 Se nada for feito, haverá um grande e imediato agravamento a longo prazo
2 Se nada for feito a situação vai piorar em logo tempo
1 Se nada for feito, não haverá agravamento, podendo até melhorar
Fonte: Pesquisa Direta Tabela 3 – Tendência (T): Avalia-se a gravidade do dano, lesão ou risco ergonômico (que se enquadre em um
dos itens citados em cada nível, de acordo com o custo humano ou organizacional)
− Priorização de Riscos: Demonstra a atitude a ser tomada na prevenção, eliminação, ou minimização do risco, de acordo com a sua prioridade. A escala é representada em um formato que sugere que quanto maior o resultado, maior a prioridade: GRAV OPERACIONAIS (Tabela 1) x URG.EXP (Tabela 2) x TEND. CONTROLE APLICADO (Quadro 3) = PRIIORIZAÇÃO. Para as condições favoráveis, recomenda-se que esforços sejam tomados no sentido de minimizar ao máximo os indicadores demonstrados na Prioridade (PRI);
− Recomendações Ergonômicas: Foi baseada nas variáveis descritas no modelo de análise ergonômica do método EWA.
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3. Referencial teórico
Segundo Hagberg (1995), citado por Itiro Iida (2005), é através da análise do trabalho que é possível entender a interação entre as atividades e os trabalhadores incluindo, por exemplo, os quatro fatores biomecânicos:
− Força: quanto mais força a tarefa exigir do trabalhador, tanto mais propenso estará o mesmo de desenvolver as LER/DORT;
− Posturas incorretas dos membros superiores: ocasionam desde o impacto em estruturas duras contra estruturas moles (como no caso do ombro), fadiga e desconforto por contração estática (como no caso do pescoço) e, até mesmo compresão de nervos e tendões (como no caso do punho). Parte o corpo e lista de movimentos;
a) Pescoço excessivamente estendido; b) Pescoço excessivamente fletido; c) Braços abduzidos (abertura dos braços). d) Braços elevados acima do nível dos ombros. e) Membros superiores suspensos por muito tempo; f) Sustentação estática dos antebraços pelos braços; g) Flexão exagerada do punho h) Extensão exagerada do punho; i) Desvio ulnar da mão (flexão do eixo da mão na direção do 5° dedo). − Repetividade- quanto maior o número de movimentos desenvolvidos em determinado
intervalo de tempo, tanto maior será a probabilidade de o mesmo vir a sofrer lesões de membros superiores, especialmente a inflamação dos tendões, denominada tenossinovites;
− Vibração e compressão mecânica- especialmente deletérias são as formas de vibraçào ocorrendo em frequência de 8 a 100 Hz, com alta aceleração. Também importante é a compressão mecânica da base das mãos, no local onde terminao nervo mediano.
Desta forma, a ergonomia inicia-se com o estudo das características do trabalhador, para depois projetar o trabalho que ele consegue executar, preservando sua saúde. Assim, a ergonomia parte do conhecimento do homem para realizar o trabalho, ajustando-o as suas capacidades e limitações. Importante observar que as adaptações sempre ocorrem no sentido do trabalho para o homem. A recíproca nem sempre é verdadeira, ou seja, é muito mais difícil adaptar o homem ao trabalho. Esse tipo de conceito para a ergonomia poderia resultar em máquinas e equipamentos complexos. Pois os sistemas e suas interações poderiam colocar o trabalhador em condições adversas de trabalho, no qual comprometeria a saúde e a segurança do trabalhador. Para Itiro Iida (2005), a ergonomia estuda diversos fatores que influem no desempenho dos sistema produtivo e procura reduzir suas suas consequëncias nocivas ao trabalhador. Assim ele procura reduzir a fadiga, estresse, erros e acidentes, proporcionando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores, durante o seu relacionamento com esse processo produtivo. Podemos definir os fatores que influem diretamente no sistema produtivo:
− Saúde: a saúde do trabalhador e mantida quando as exigências do trabalho e do ambiente não ultrapassam as suas limitações enegéticas e cognitivas, de modo a evitar as situações de estresse, riscos de acidentes e doenças ocupacionais;
− Segurança: a segurança é concebida com os projetos do posto de trabalho, ambiente e organização no trabalho, que estejam dentro das capacidades e limitações do trabalhador, de modo a reduzir riscos e erros, acidentes estrese e fadiga;
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− Satisfação: é o resultado proveniente do atendimento as necessidades e expectativas do colaborador. Contudo, há muitas diferenças individuais e culturais. Uma mesma ação pode ser considerada satisfatória para uns e insatifatória para outros, isso vai depender da necessidade de cada um. Trabalhadores satisfeitos tendem adotar comportamentos mais seguros e são mais produtivos;
− Eficiência: eficiência é a consequência do bom planejamento e organização do trabalho, que proporcione saúde, segurança e satisfação ao trabalhador. Ele deve ser colocado dentro de certos limites, pois o aumento indiscriminado da eficiëncia pode implicar em prejuízos à saúde e segurança.
A análise ergonômica do trabalho visa aplicar os conhecimentos de ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir uma situação real de trabalho. Ela foi desenvolvida por pesquisadores franceses e se constituí ergonomia de correção. O método AET desdobra-se em cinco etapas: análise da demanda, análise da tarefa, análise da atividade, diagnóstico e recomendação (GUERIN et al., 2001), citado por Itiro Iida (2005). As três primeiras constituem a fase de análise e permite realizar o diagnóstico para formular as recomendações. Para o presente artigo, realizado em uma empresa do ramo montagem aparelhos celular eletroeletrônico de telecomunicações, a demanda inicial foi o registro de queixas e desconfortos nos membros superiores registrados no ambulatório médico por alguns colaboradores. Logo se define uma avaliação da situação atual do posto de trabalho denominado Domesheet, em vista a um projeto de adequação e correção de um novo posto de trabalho. Registro de queixas e desconfortos nos membros superiores, postura e esforço relatado pelos colaboradores. Adivindo das posturas e dos movimentos e dos gestos empregados na realização das atividades pelos operadores de produção. Em consequência o colaborador se ausenta do posto de trabalho, seguido de perda na produtividade e aumento do absenteísmo por queixas laborais. No posto de trabalho de montagem de aparelho celular domesheet.
4. Avaliação do posto de trabalho domesheet
A figura 1 e 2 é possivel identificar os riscos ergonômicos no posto de trabalho: risco de acidente, membros superiores distantes da esteira, espaço insuficiente para os membros inferiores, riscos elétricos, jig danificado.
Figura 1- Vista Lateral Figura 2- Vista lateral com angulação
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Com a aplicação do questionário e entrevista aos colaboradores, cuja amostragem foi de 9 pessoas, não foi possível correlacionar o resultado da pesquisa com o problema de registro de queixas ergonômicas. Por que o Figura 3 demonstra que 67,67% dos colaboradores consideram o ritmo de trabalho moderado.
Figura 3: Gráfico do Questionário aplicados aos colabora Figura 3: Gráfico do Questionário aplicados aos colaboradores
No Figura 4 demonstra que 33,33% dos colaboradores sentem-se cansados nas pernas, o que é incoerente pois o posto é realizado sentado em cadeira ajustável. 33,33% nos braços e 33,33% não responderam.
Figura 4: Gráfico do Questionário aplicados aos colaboradores
No Figura 5 demonstra que 33,33% não se sentem cansado durante o seu trabalho,
55,56% disseram que se sentem cansados mais ou menos. 66,67% responderam que não faz força no seu posto de trabalho. 44,44% disseram que não podem se ausentar do posto de trabalho e 33,33% disseram mais ou menos e 22,22% disseram que sim.
Figura 5: Gráfico do Questionário aos colaboradores
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5. Planilha matriz gut
A planilha “Matriz GUT” abaixo (Tabela 4) demonstra a identificação da situação encontrada, a priorização e a prevenção de riscos aqui proposta. Logo após seguida pelos itens de protocolo ergonômico, onde lista-se todas as ações e medidas que visam à eliminação, minimização, neutralização, substituíção, medidas administrativas e/ou controle da condição ergonômica apresentada:
− Operador de produção: Grau de instrução dos trabalhadores, título de formação acadêmica adquirido em instituição oficial de ensino médio completo, necessários para atuar no cargo. A experiência e competências do histórico profissional exigem conhecimento de mínimo seis meses em atividades e conhecimento em operação de montagem em linha de produção. Os trabalhadores possuem idades ente 20 e 32 anos. Antropometria dos colaboradores: 1.50mt a 1.75mt. O processo de montagem segue os padrões de qualidade assegurada ISO 9001: 2008;
− Características técnicas do posto de trabalho: Esteira-conveyour, jig automatizado, cadeira regulável com pistão em três, luminárias, jato de ar, exaustor, bancada emborrachada, bancada energizada/aterrada, gabinete de plástico, equipamento de proteção coletiva em acrilíco-EPC, calcanheira antiestática, pulseira antiestática, bomba de sucção á vácuo, apoio para os membros inferiores, estrutura tubular, dispositivo de parada de placas;
− Aplicações: O posto de trabalho esta localizado na parte final da linha de produção integrado ao posto de diagnóstico e teste de placas, será usado para inserir o Domesheet na placa de circuíto impresso. O sistema de transporte de placas é feito pelas esteira-conveyour, a manutenção é realizada em períodos programados, são 7 linhas produtivas, considerando dois posto de trabalho idênticos em cada linha de produção. Ciclo da atividade 33,06s (observado), quantidade de peças produzidas por hora 874 por hora;
− Condições operacionais: O trabalhador executa suas atividades sentadas, porém a flexibilidade do posto de trabalho permite que o mesmo desenvolva suas atividades em pé. É empregado as posturas de flexão braço e cotovelo, movimento de pinça, abdução interna, desvio, ulnar, prono e supinação. Uso de equipamentos Antiestático- ESD (Luva emborrachada, sandália, pulseira, uniforme, uso de protetor auricular;
− Condições ambientais: O ambiente físico em torno do posto de trabalho, ruído entre 65dba a 75dba, iluminação 618 lux em conformidade com a NBR 5413, temperatura ambiente climatizado 24°, vibrações não aplicável, gases e emanações não aplicável, ventilação por meio de ar condicionado, predominância de cores cinza, bege claro com fundo na cor branca, piso paviflex antiderrapante, assoalho anti-chama;
− Condições organizacionais: Os horários são dividios em quatro turnos, 1° Turno (07h00 as 15h20min), 2° Turno (15h20min as 23h20min), 3° Turno (23h20min as 07h00) e horário Comercial (07h00 as 17h00). Todos os respectivos horários possuí pausa de 60min para refeição e 10min de ginástica laboral. Os trabalhos são subdivididos em grupos, possibilitando a realização das atividades de forma ordenada e contínuada dentro da cadeia de produção;
− Recomendações ergonômicas: Foi proposta uma nova concepção do posto de traballho que:
a) Permite ao colaborador executar suas atividades com saúde e segurança; b) Favoreça um melhor espaço de trabalho e alocação de materiais e equipamentos sobre a
bancada; c) Diminua a distância entre a esteira e a área de alcance dos membros superiores; d) Incluía revezamento e ginástica elaboral nos postos de trabalho;
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e) Garanta que as atividades possam ser realizadas sentadas ou em pé; f) Obedeça aos espaços da área para a acomodação dos membros inferiores; g) Tenha apoio para os pés no momento de alternar com a atividade em pé; h) Atenda as necessidades antropométricas dos colaboradores; i) Identifique e sinalize os pontos de atenção, incluindo riscos de acidentes, máquinas e
equipamentos; j) Garanta ao colaborador acionar o dispositivo de parada de emergência; k) Garanta a facilidade de realização de manutenção; l) Garanta que os fatores ambientais (temperatura, ruído, iluminação, umidade relativa do
ar, avaliação quimíca) estejam em nível aceitável.
G U TNível
de Risco
3 3 3 27
3 3 2 18
4 4 4 64
4 5 3 60
5 5 5 125
Variável 1 - Área de trabalho horizontal
1- Revezamento entre posto de trabalho que permita o
alcance usual dos membros superiores.
Observou-se que a colaboradora se
desloca do seu posto de trabalho para
corrigir o problema ocorrido na esteira da
máquina que sta alocada ao lado de
seu posto de trabalho
Devido falha sistêmica do equipamento.
Perda de tempo e risco de
acidente- esmagamentos de mãos
e dedos
Tempo perdido e
probabilidade de acidentes
Treinar e conscientizar o colaborador que
tarefas que tenha-se que realizar
intervenções em equipamentos deverão ser feitas pelo Técnico de manutenção que é o profissional habilitado e
capacitado para tal função.
1- Implementar política de segurança- Advertências, suspensão, desligamento.2- Incluir na descrição de
cargo do técnico de diagnóstico a
obrigatoriedade da realização dessa atividade.
Remanejar a mangueira do jig, que permita o acesso do membro
superior esquerdo ao depositar a placa na
esteira.
1- Revezamento entre posto de trabalho que permita o
alcance usual dos membros superiores.
2- participar de forma asídua da ginástica laboral.
Observou-se que no momento de depositar
a placa na esteira a região da coluna
cervial do colaborador se desencosta do
encosto da cadeira.
Devido a distância da esteira, layout inadequado.
Elevação e aumento da angulação do membro superior (E)
Tempo perdido de
repouso
Definir nova concepção de posto de trabalho
que permita ao colaborador se
aproximar do posto de trabalho.
Aproximar em 40cm o carrinho de magazine,
junto ao posto de trabalho do
colaborador.
1- Revezamento entre posto de trabalho que permita o
alcance usual dos membros superiores.
2- participar de forma asídua da ginástica laboral.
Elevação do membro superior esquedo ao depositar a placa na
esteira.
Devido a mangueira de ar do jig de
montagem estar no percurso entre o
membro superior e a esteira.
Elevação e aumento da angulação do membro superior (E)
Tempo perdido e
aumentos de scrap's
(defeitos).
Definir nova concepção de posto de trabalho
que permita ao colaborador se
aproximar do posto de trabalho.
1- Revezamento entre posto de trabalho que permita o
alcance usual dos membros superiores.
Observou-se que quando a problemas
relacionado a qualidade as placas são armazenados no
magazine ao lado direito do colaborador.
O carrinho contendo o magazine encontra-se
distante da área de alcance dos mebro superior direito do
colaborador.
Sobrecarga Ombro (D), Braço (D)
Tempo perdido
Eliminação Prevenção
Frequentemente ambos os braços se distanciam do corpo
para retirar e depositar a placa de circuíto na
esteira
Devido a distância da esteira, layout inadequado.
Sobrecarga Ombro
(D,E), Braço (D,E)
Tempo perdido de
repouso
Situação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 2 - Altura do plano de trabalho
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
Tabela 4: Análise Pró- Ativa de Risco Ergonômico – Matriz GUT (continua)
9
G U TNível
de Risco
4 5 3 60
5 4 4 80
5 4 5 100
Variável 4 - Espaço para membros inferiores
Definir nova concepção de posto de trabalho.
1- Remover as fiações que estam em excesso no posto
de trabalho.2- Inserir selos e lacres nas
amarrações de fios.3- Criar protocolo de
recebimento- entrega de posto de trabalho.
Emaranhados de fiação exposta na parte inferior das
bancadas.
Devido ao consistel, diversas tomadas, layout inadequado
Desconforto no pescoço
Probabilidade de acidentes e
choques elétricos.
1- Revezamento entre posto de trabalho que realizam
trabalhos em pé.
Compressão mecânica das pernas- joelho, junto a base da
esteira.
Layout inadequadoDesconforto nas pernas
Desconforto
Definir nova concepção de posto de trabalho a
60 cm de profundidade, que permita ao
colaborador acomodar os membros inferiores.
1- Revezamento entre posto de trabalho que realizam
trabalhos em pé.
Observou-se que algumas bancadas não
possuí espaço suficientes para os membros inferiores dos colaboradores.
Layout inadequadoDesconforto nas pernas
Tempo perdido e dificuldade
para repouso
Definir nova concepção de posto de trabalho a
60 cm de profundidade, que permita ao
colaborador acomodar os membros inferiores.
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
3 4 5 60
5 5 5 125
3 4 5 60
Variável 5 - Assentos
1- Intensificar inspeções de segurança, juntamente com
a CIPA.
1- Reestruturar plano de manutenção de
cadeiras.2- Elaborar fluxo de
comunicação de cadeiras.
3- Realizar a conscientização dos
Supervisores e Líderes.4- Divulgar e
1- Intensificar inspeções de cadeiras nas áreas
produtivas.2- Sempre que for
evidenciado cadeiras com problemas deverá ser
comunicado a manutenção e suporte.
Observou-se que as cadeiras possuem ajustes reguláveis,
porém os colaboradores não
ajustam o equipamento.
Falta de conscientização e
desconhecimento dos colaboradores,
Desconforto nos
membros superiores, cervical e
região lombar.
Tempo perdido e dificuldade
para repouso, impacto na qualidade
1- Treinar e conscientizar os colaboradores .
Treinar e conscientizar os colaboradores .
1- Intensificar inspeções de segurança, juntamente com
a CIPA.
Observou-se que algumas cadeiras
estavam danificadas, porém sendo
utilizadas.
Plano de manutenção das cadeiras ineficiente.
DesconfortoProbabilidade de acidentes.
Observou-se que as cadeiras possuem apoio para os pés,
mas os colaboradores não utilizam.
Falta de conscientização e
desconhecimento dos colaboradores,
Desconforto nos
membros inferiores
Desconforto
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
5 4 5 100
5 4 5 100
Variável 6 - Ferramentas manuais, outros equipament os
1- O Time operacional setup deverá realizar check list de entrega de ferramentas manuais a linha produtiva.
Dificuldade de direcionar a placa de celular no jig de montagem.
Pino guia do jig esta empenado- torto.
Aplicação de força ao encaixar a
placa.
Impacto na qualidade
1- Reestruturar plano de manutenção eplano de ação.
1- O Time operacional setup deverá realizar check list de entrega de ferramentas manuais a linha produtiva.
Observou-se que o jig de montagem e a bomba de vácuo esta com fuga de ar comprimido.
Devido ao conector da mangueira da bomba de vacúo ligado ao jig estar danificado.
Aplicação de força ao encaixar a
placa.
Dificuldades operacionais
pelos operadores, impacto na qualidade.
1- Reestruturar plano de manutenção e plano de ação.
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
Tabela 4: Análise Pró- Ativa de Risco Ergonômico – Matriz GUT (continua)
10
G U TNível
de Risco
0
Variável 7 - Atividades fisíca geral
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 8 - Levantamento e transporte de carga
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
5 4 4 80
5 4 4 80
Variável 9 - Postura de trabalho e movimentos
Definir nova concepção de posto de trabalho que permita ao colaborador se aproximar do posto de trabalho.
1- Realizar revezamento entre postos de trabalho a cada 2h.2- Participar da ginástica laboral.3- Intensificar inspeções e acompanhamento de segurança.
Definir nova concepção de posto de trabalho que permita ao colaborador se aproximar do posto de trabalho.
1- Realizar revezamento entre postos de trabalho a cada 2h.2- Participar da ginástica laboral.3- Intensificar inspeções e acompanhamento de segurança.
Ao remover e ou dispensar a placa na esteira, observou-se o descolamento da região da coluna cervical do encosto da cadeira.
Devido a largura da esteira, layout inadequado,
Desconforto nos
membros superiores, cervical e
região lombar.
Tempo perdido
Ao remover e ou dispensar a placa na esteira, observou-se o distanciamento entre a mão do colaborador e a esteira, aumento da angulação entre 45° a 60° para os membros superiores.
Layout inadequado
Desconforto nos
membros inferiores
Tempo perdido
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 10 - Conteúdo de trabalho
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 11 - Restrições no trabalho
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 12 - Comunicação entre trabalhadores e con tatos pessoai
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
Tabela 4: Análise Pró- Ativa de Risco Ergonômico – Matriz GUT (continua)
11
G U TNível
de Risco
4 5 2 40
5 5 5 125
Variável 13 - Tomada de decisão
Observou-se que em alguns momentos o
operador decide solicitar ou não o
suporte do técnico de manutenção, quando a
placa enrosca no equipamento que inseri códigos na
placa.
Placa enroscada
Acidentes, afastamento,
dias perdidos,
aumento da taxa de
gravidade, mãos e dedos
Probabilidade de acidentes e
ou esmagamento
nas mãos e dedos
Observou-se que em alguns momentos o operador reseta o equipamento que inseri códigos na
placa.
Defeitos na placa Aspectos
psicológicos.
Tempo perdido, perda de produção, impacto na qulaidade.
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
3 4 4 48
Variável 14 - Repetitividade do trabalho
1- Enriquecer a atividade com outras atividades de montagem
1- Realizar revezamento entre postos de trabalho a cada 2h.2- Participar da ginástica laboral.3- Intensificar inspeções e acompanhamento de segurança.
Evidenciou que o ciclo do posto de trabalho de trabalho é inferior a 30s.
Método de trabalho, estudo de tempo.
Monotonia, aspectos
cognitivos.
Tempo perdido,
morosidade, sonolência.
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 15 - Atenção
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
1 1 1 1
Variável 16 - Iluminação
1- Realizar anualmente a medição de lux no postos de trabalho
1- Elaborar plano de ação para corrigir os pontos que estam em desacordo com a NBR 5413.
Evidenciou-se que os posto de trabalho estam em conformidade com a NBR 5413. Lux medido in loco 620.
Concepção do posto de trabalho
Aspectos satisfatório.
Qualidade assegurada
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
1 1 0
Variável 17 - Ambiente Térmico
Evidenciou-se que os posto de trabalho esta em conformidade com a ISO 7243. Umidade relativa do arTemperatura efetiva do termomêtro de Bulbo
Concepção do posto de trabalho
Aspectos satisfatório.
Qualidade assegurada
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 18 - Ruído
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
Tabela 4: Análise Pró- Ativa de Risco Ergonômico – Matriz GUT (continua)
12
G U TNível
de Risco
0
Variável 19 - Riscos de acidentes
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
G U TNível
de Risco
0
Variável 20 - Riscos quimícos
Item em confomidade ou não aplicavél
Eliminação PrevençãoSituação EncontradaCausa Raiz do
ProblemaGravidades Humanas
Gravidades Operacionais
Antecipação Priorização Conduta
Tabela 4: Análise Pró- Ativa de Risco Ergonômico – Matriz GUT
6. Modelo de posto de trabalho proposto As figuras 6, 7 e 8 ilustram a concepção ideal do posto de trabalho, localizado na área de projetos da fábrica de acordo com as recomendações ergonômicas geradas pela metodologia de avaliação GUT, EWA, BS8800.
Figura 6: Vista lateral Figura 7: Vista lateral aproximada Figura 8: Vista frontal
Figura 8: Vista frontal na linha produtiva
13
7. Regulação do posto de trabalho na linha produtiva
A regulação deste posto de trabalho, figura 8, permite ao operador de produção desenvolver suas atividades com o máximo de conforto e segurança. Devido a concepção do posto, é possível realiza a alternância entre atividades em pé e sentado. O projeto participativo é um caso particular da ergonomia, pois tem o objetivo de incorporar as reais necessidades e desejos dos operadores, ou seja, os próprios operadores participam da correção do posto do trabalho. 8. Folow up dos colaboradores
Após 30 dias de instalação e implementação da nova concepção de posto de trabalho com as melhorias adaptadas não foram registradas nenhuma queixa ergonômica e houve aceitação por parte dos colaboradores. Contudo, ao monitorar a usabilidade do novo posto de trabalho, os colaboradores ao participarem do projeto inicial conseguiram identificar outras oportunidades de melhorias, principalmente no que tange os aspectos de layout: alocação e disposição de equipamentos e materiais sobre a bancada, diminuir a altura do jig, melhorar o espaço dos membros inferiores dos colaboradores altos.
9. Conclusão
Conclui-se que o método de avaliação ergonômica (BS8800), EWA e matriz GUT nos parecem interessante no sentido de estabelecer uma sistemática para a caracterização dos riscos ergonômicos. Pois através desta avaliação, foi possível projetar e implementar uma nova concepção do posto de trabalho. Dessa forma, é possível identificar os potenciais de riscos ergonômicos incoporados a organização e gerencia-lós de modo a minimizar os impactos sobre os colaboradores. Sua utilização proporciona a organização um processo de gerenciamento ergonômico voltado para ações preventivas e corretivas de forma a detectar os problemas e propor ações, a mesma poderá ser revisada regularmente, sempre que ocorrerem alterações ou não. O redesenho do posto de trabalho contribue para uma postura melhor do operador, adaptado as dimensões antropométricas, facilita a realização dos movimentos corporais. Foram adotados revezametos e pausas durante a jornada de trabalho. Essas pausas também tem a função de permitir mudanças na postura e promove uma recuperação de fadiga. Esse redesenho também propiciou a identificação dos aspectos ocupacionais, bem como suas tratativas. Torna-se a empresa mais competitiva e com potenciais diferenciados nos quesitos de saúde e segurança. Considera-se que este método deve ser disseminado com foco em melhoria contínua de todos os processos em qualquer empresa.
Referências
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COUTO, H. A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: Manual Técnico da Máquina Humana. vol1 e 2. Belo Horizonte: Ergo, 1995.
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Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO. Pontos de Verificação Ergonômica. São Paulo, 2001
GRANDJEAN, Etienne. Tradução de João Pedro Stein. Manual de Ergonomia. Porto Alegre: Bookman, 1998.
LIDA, I. Ergonomia Projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2005.
Proderg Ergosolution. Ergonomia Industrial – Os Caminhos da perfeição. São Paulo, 2004.
QUEIROZ, M. O que é ergonomia. São Paulo, SENAC, 1999.