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MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DO PARQUE DAS NAÇÕES - ÁGUAS DE DESCARGA, ORNAMENTAIS E SUBTERRÂNEAS - RELATÓRIO ANUAL 2017 Câmara Municipal de Lisboa • Direcção Municipal da Estrutura Verde, Ambiente e Energia • Divisão do Ambiente e Energia • Laboratório de Bromatologia e Águas

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MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DO PARQUE DAS NAÇÕES

- ÁGUAS DE DESCARGA, ORNAMENTAIS E SUBTERRÂNEAS -

RELATÓRIO ANUAL

2017

Câmara Municipal de Lisboa • Direcção Municipal da Estrutura Verde, Ambiente e Energia •

Divisão do Ambiente e Energia • Laboratório de Bromatologia e Águas

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 3

1.1 IDENTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS .............................................................................. 3

1.2 ÂMBITO DA MONITORIZAÇÃO............................................................................... 3

2. VIGILÂNCIA DO FUNCIONAMENTO DA REDE DE COLETORES PLUVIAIS ......................... 4

2.1 OCORRÊNCIAS E TRABALHOS REALIZADOS ........................................................... 4

2.2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO ............................................................ 4

2.3 RESULTADOS ANALÍTICOS.................................................................................... 11

2.4 ANÁLISE COMPARATIVA ...................................................................................... 17

2.5 MEDIDAS E SUGESTÕES ....................................................................................... 17

3. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ................................................................................................ 18

3.1 OCORRÊNCIAS E TRABALHOS REALIZADOS ......................................................... 18

3.2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO .......................................................... 18

3.3 RESULTADOS ANALÍTICOS.................................................................................... 24

3.4 APRECIAÇÃO DOS RESULTADOS ANALÍTICOS ...................................................... 26

3.5 ANÁLISE COMPARATIVA ...................................................................................... 27

3.6 MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRETIVAS/SUGESTÕES ............................................ 27

4. ÁGUAS ORNAMENTAIS.................................................................................................. 27

4.1 OCORRÊNCIAS E TRABALHOS REALIZADOS ......................................................... 28

4.2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO .......................................................... 28

4.3 RESULTADOS ANALÍTICOS.................................................................................... 32

4.4 APRECIAÇÃO DOS RESULTADOS ANALÍTICOS ...................................................... 40

4.5 ANÁLISE COMPARATIVA ...................................................................................... 41

4.6 MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRETIVAS ................................................................. 41

5. CONCLUSÕES FINAIS ..................................................................................................... 41

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1. INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Relatório Anual de Monitorização Ambiental do

Parque das Nações, no que se refere a águas de diversas origens, relativo ao período

compreendido entre janeiro e dezembro de 2017.

1.1 IDENTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS

No âmbito do programa de Monitorização Ambiental do Parque das Nações, o

Laboratório de Bromatologia e Águas (LBA) da Divisão de Ambiente e Energia (DAE) da

Câmara Municipal de Lisboa procedeu, em 2017, à monitorização da qualidade das águas

de descarga na frente ribeirinha, das águas ornamentais e das águas subterrâneas.

A monitorização realizada teve por objetivos a identificação de eventuais áreas e

situações sensíveis do ponto de vista ambiental e respetiva análise de impactes

associados, bem como proposta de medidas preventivas e corretivas para controlo e

mitigação desses impactes.

No presente Relatório de Monitorização são apresentados os resultados obtidos nas

campanhas de monitorização realizadas no ano de 2017.

1.2 ÂMBITO DA MONITORIZAÇÃO

No período compreendido entre janeiro e dezembro de 2017 foram desenvolvidas

atividades de monitorização nos seguintes âmbitos:

• Qualidade da água de descargas - coletores pluviais;

• Qualidade das águas ornamentais;

• Qualidade das águas subterrâneas - piezómetros e furos de rega.

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2. VIGILÂNCIA DO FUNCIONAMENTO DA REDE DE COLETORES PLUVIAIS

2.1 OCORRÊNCIAS E TRABALHOS REALIZADOS

No âmbito da Monitorização Ambiental do Parque das Nações é realizado o

controlo da qualidade da água drenada pelos coletores pluviais, com o objetivo de

detetar eventuais variações que possam pôr em causa a qualidade da água do estuário do

Rio Tejo. Através desta monitorização pretende-se assim verificar o adequado

funcionamento da rede de drenagem bem como detetar eventuais descargas de águas

residuais domésticas e/ou industriais em meio aquático.

As campanhas de monitorização realizadas consistiram na análise dos seguintes

parâmetros físico-químicos – pH, Sólidos Suspensos Totais, Carência Química de Oxigénio

(CQO), Carência Bioquímica de Oxigénio, 5 dias (CBO5), Azoto nitrito, Azoto nitrato, Azoto

amoniacal, Azoto Kjeldahl, Azoto total, Fósforo total, Ferro total, Sulfatos, Detergentes,

Óleos e gorduras, Hidrocarbonetos, Fenóis, Cloretos e Salinidade.

2.2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

Os pontos de descarga monitorizados durante as campanhas foram os seguintes:

• PA – Passeio de Neptuno, junto à Marina;

• PB1 – Passeio de Neptuno, junto ao Teatro Camões;

• PB2 – Passeio de Neptuno, junto ao Jardim da Água;

• P1 Nova II – Porta do Tejo, frente ao Centro Comercial Vasco da Gama;

• PD – Porta do Tejo;

• PT – Porta do Tejo, frente ao Jardim das Tágides;

• PE – Porta do Tejo, frente à rotunda;

• PF – Passeio das Tágides, sob a plataforma norte do teleférico;

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• PG – Passeio do Tejo, junto ao hotel Myriade

• PH/PI – Passeio do Tejo, junto ao hotel Myriade

• PJ – Passeio do Tejo, junto à Estátua de Dona Catarina de Bragança;

• PCB – Caminho das Andorinhas, junto ao Parque de Skate;

• P1 Trancão – Passeio do Trancão;

• Pi – Passeio do Trancão;

Na figura 1 é apresentada a localização dos coletores monitorizados no Parque das

Nações.

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Figura 1. Localização dos Coletores Pluviais – Parque das Nações

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Nas fotografias seguintes é apresentado o registo dos pontos de monitorização da

rede de coletores pluviais.

Fotografias 1 e 2. Ponto PA.

Fotografias 3 e 4. Ponto PB.

Fotografia 5. Ponto P1/NOVAII.

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Fotografia 6. Ponto PD

Fotografias 7. Ponto PT

Fotografias 8. Ponto PE

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Fotografias 9 e 10. Ponto PF

Fotografias 11 e 12. Ponto PG

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Fotografia 13. Ponto PH/PI

Fotografias 14 e 15. Ponto PJ

Fotografia 16. Ponto PCB

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Fotografia 17. Ponto P1 Trancão

Fotografia 18. Ponto Pi

2.3 RESULTADOS ANALÍTICOS

No âmbito da vigilância do funcionamento da rede de drenagem e deteção de

eventuais anomalias, foram realizadas duas campanhas de monitorização semestrais,

uma em tempo seco – nos dias 8 e 22 de junho – e outra em tempo húmido – nos dias 9 e

23 de outubro. Nos seguintes pontos não foi possível efetuar colheitas:

a) Ponto PD - por motivos não imputáveis ao LBA, não foi possível aceder à câmara

de visita imediatamente a montante deste ponto em nenhuma das campanhas

realizadas;

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b) Ponto PG - devido à ausência de caudal não foram realizadas colheitas em

nenhuma das campanhas;

c) Ponto PT - devido à ausência de caudal não foram realizadas colheitas em

nenhuma das campanhas;

d) Pontos PB1 e PB2 - devido à ausência de caudal não foram realizadas colheitas na

campanha de tempo húmido.

Nos quadros seguintes são apresentados os resultados das campanhas de

monitorização e comparados com os valores limites de emissão (VLE) na descarga de

águas residuais constantes do anexo XVIII do Decreto-Lei 236/98 de 1 de agosto.

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Quadro 1. Resultados dos ensaios laboratoriais referentes à campanha de amostragem realizada a 8 e 22 de junho, Parque das Nações 2017.

Parâmetro Unidade

Monitorização da rede de coletores pluviais - campanha tempo seco, Parque das Nações - 2017

D.L. nº236/98

Anexo XVIII

PA PB

P1/NOVA II PE PF PJ PH/PI PCB Pi P1

Trancão PB1 PB2 VLE

pH Unidades de

pH 7,7 8,2 8,1 7,8 7,9 7,9 8,0 8,0 7,8 7,5 8,0 6,0 – 9,0

Sólidos Suspensos Totais

mg/L 46 175 35 100 68 629 80 74 71 163 84 60

CQO mg/L O2 100 32 13 91 54 154 197 141 76 312 96 150

CBO5 mg/L O2 9 7 6 7 6 40 3 9 4 165 10 40

Azoto nitrito µg/L N 20 126 19 40 153 93 6 23 20 15 44 -

Nitratos mg/L NO3 4,98 11,31 45,16 7,80 3,11 1,84 2,21 19,66 6,95 0,97 10,03 50

Azoto amoniacal mg/L NH4 2,60 0,85 0,16 3,75 3,07 3,18 0,57 3.53 3,85 43,49 6,06 10

Azoto Kjeldahl mg/L N 4,50 1,57 0,30 a) 3,52 3,68 0,50 2,80 5,08 42,78 8,09 -

Azoto total mg/L N 5,88 4,25 10,52 - 4,37 4,19 1,01 7,26 6,67 43,01 10,40 15

Fósforo total mg/L <0,01 0,20 0,14 0,06 0,04 0,09 <0,01 0,10 1,37 2,75 0,34 10

Fero total mg/L Fe 0,92 7,22 1,32 1,67 0,75 15,13 1,33 1,87 2,18 3,75 2,15 2,0

Sulfatos mg/L SO4 1979 222 165 1584 858 680 2286 461 1260 150 777 2000

Detergentes mg MBAS/L 0,2 <0,1 0,1 0,2 0,2 0,6 0,3 0,8 0,4 1,5 <0,1 2,0

Óleos e gorduras mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 15

Hidrocarbonetos mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 15

Fenóis mg/L

C6H6OH <0.10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 <0,10 0,24 <0,10 0,5

Cloretos mg/L Cl 15620 747 804 12958 9713 6674 18176 3149 10593 1123 6127 -

Salinidade ‰ 28,22 1,35 1,45 23,41 17,55 12,06 32,84 5,69 19,14 2,03 11,07 -

Cont. de Bactérias colif. fecais

NMP/100mL >4,84x10^3 >4,84x10^3 41 >4,84x10^3 >4,84x10^3 >4,84x10^3 >4,84x10^3 >4,84x10^3 >4,84x10^3 8,16x10^5 2,09x10^2 -

Valor superior ao VLE do anexo XVIII do D.L. 236/98 de 1 de agosto.

a) Ensaio inutilizado, não foi possível repetir por falta de amostra.

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Face aos resultados obtidos na campanha em tempo seco, é possível constatar

que a maioria das descargas dos coletores municipais não cumpre o disposto no Decreto

– Lei 236/98, de 1 de agosto (anexo XVIII - Valores limite de emissão na descarga de águas

residuais), devido a serem excedidos os seguintes VLE:

- Sólidos suspensos totais nos pontos PB1, P1/NOVA II, PE, PF, PJ, PH/PI, PCB, Pi E

P1 Trancão;

- CQO nos pontos PF, PJ e Pi;

- CBO5 no ponto Pi;

- Ferro total nos pontos PF, PH/PI, Pi e P1 Trancão;

- Sulfatos no ponto PJ.

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Quadro 2. Resultados dos ensaios laboratoriais referentes às campanhas de amostragem realizadas no dia 9 e 23 de outubro, Parque das Nações 2017.

Parâmetro Unidade

Monitorização da rede de coletores pluviais - campanha tempo húmido, Parque das Nações - 2017

D.L. nº236/98

Anexo XVIII

PA P1/NOVA II PE PF PJ PH/PI PCB Pi P1

Trancão VLE

pH Unidades de pH 7,8 8,0 8,1 8,0 8,0 7,6 7,9 7,4 7,9 6,0 – 9,0

Sólidos Suspensos Totais

mg/L 40 3 15 3685 361 214 459 296 1454 60

CQO mg/L O2 227 24 62 229 191 275 154 268 68 150

CBO5 mg/L O2 3 4 6 10 9 a) 45 163 4 40

Azoto nitrito µg/L N 21 1118 480 62 80 126 52 <5 267 -

Nitratos mg/L NO3 4,68 29,89 8,62 7,88 7,41 9,30 3,29 0,82 5,00 50

Azoto amoniacal mg/L NH4 0,80 1,70 0,77 0,93 3,18 25,68 0,39 37,28 2,59 10

Azoto Kjeldahl mg/L N 1,21 2,51 1,14 1,52 1,41 26,86 0,53 38,66 2,54 -

Azoto total mg/L N 2,29 10,39 3,57 09,46 3,18 29,09 1,32 38,85 3,94 15

Fósforo total mg/L 0,02 0,19 0,05 63,40 0,05 0,13 <0,01 247 0,03 10

Ferro total mg/L Fe 0,77 0,16 0,36 0,04 6,91 3,33 9,50 1,16 7,75 2

Sulfatos mg/L SO4 2201 25 866 1838 3959 603 239 2,91 687 2000

Detergentes mg MBAS/L <0,10 0,24 <0,10 0,56 <0,1 1,98 <0,1 3,81 <0,1 2,0

Óleos e gorduras mg/L <10 <10 <10 <10 <10 11 <10 17 <10 15

Hidrocarbonetos mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10 15

Fenóis mg/L C6H6OH <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 <0,1 0,28 <0,1 0,5

Cloretos mg/L Cl 20718 97 8080 10565 19326 6376 18630 2659 4722 -

Salinidade ‰ 37,43 0,18 14,60 19,09 34,91 11,52 33,66 4,80 8,53 -

Cont. de Bactérias colif. fecais

NMP/100mL 9,00x10^4 3,45x10^2 8,20x10^3 6,89x10^4 9,70x10^3 >2,42x10^6 9,70x10^3 1,30x10^6 9,21x10^2 -

Valor superior ao VLE do anexo XVIII do D.L. 236/98 de 1 de agosto.

a) Ensaio comprometido

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Relativamente aos resultados obtidos na campanha em tempo húmido, é possível

constatar que a maioria das descargas dos coletores municipais não cumpre o disposto no

Decreto – Lei 236/98, de 1 de agosto (anexo XVIII - Valores limite de emissão na descarga

de águas residuais), devido a serem excedidos os seguintes VLE:

- Sólidos nos pontos PF, PJ, PH/PI, PCB, Pi, e P1 Trancão;

- CQO nos pontos PA, PF, PJ, PH/PI, PCB e Pi;

- CBO5 nos pontos PCB e Pi;

- Azoto amoniacal no ponto PH/PI;

- Azoto total no ponto PH/PI;

- Sulfatos no ponto PA;

- Detergentes no ponto Pi;

- Óleos e gorduras no ponto Pi.

Face à legislação aplicável importa referir que, de acordo com o Decreto-Lei 236/98

de 1 de agosto, o VLE é definido como valor limite de emissão, entendido como média

mensal, definida como média aritmética das médias diárias referentes aos dias de

laboração de um mês, que não deve ser excedido. O valor diário, determinado com base

numa amostra representativa da água residual descarregada durante um período de vinte

e quatro horas, não poderá exceder o dobro do valor médio mensal (a amostra num

período de vinte e quatro horas deverá ser composta tendo em atenção o regime de

descarga das águas residuais produzidas).Considerando os meios disponíveis no LBA as

amostras colhidas foram pontuais e apenas nos dias indicados, pelo que é necessária

ponderação na extrapolação/generalização dos resultados obtidos. Acresce que, para a

quase totalidade dos pontos é evidente – devido ao elevado teor em cloretos/salinidade,

típico de águas salinas – uma significativa influência de marés, pelo que não será correto

considerar a água analisada como descarga de águas residuais urbanas, mas antes uma

mistura destas com águas do estuário. Pese embora o atrás exposto, existem pontos

(nomeadamente nos quais os VLE de Detergentes e Óleos e Gorduras são ultrapassados)

onde os resultados obtidos sugerem a existência de anomalias na rede de drenagem

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pluvial no Parque das Nações, que podem eventualmente estar relacionados com a

existência de ligações indevidas da rede de drenagem de águas residuais domésticas à

rede de drenagem de águas pluviais e/ou danos nos coletores da rede de drenagem

pluvial que possibilitam a sua contaminação.

2.4 ANÁLISE COMPARATIVA

Relativamente a 2016, a colheita efectuada em tempo seco apresenta melhorias,

tendo sido registado um menor número de VLE excedidos (18 em 2017; 21 em 2016). O

mesmo é verificado para a colheita em tempo húmido em relação a 2016, com um

número menor de VLE excedidos (19 em 2017; 32 em 2016).

2.5 MEDIDAS E SUGESTÕES

De modo a melhorar a qualidade ambiental relacionada com a descarga de águas

pluviais em meio recetor e consequentemente minimizar o impacte ambiental, sugerem-

se as seguintes medidas:

a) Erradicação de caudais domésticos na rede de drenagem pluvial do Parque das

Nações, através do levantamento da existência de ligações indevidas;

b) Inspeção vídeo da rede de drenagem de modo a identificar eventuais danos

nos coletores que possam contribuir para a contaminação da água drenada.

Face à elevada extensão de rede sugere-se que esta inspeção seja faseada e

incida inicialmente a montante dos pontos cujas descargas apresentam pior

qualidade;

c) Manutenção preventiva das redes de drenagem de modo a evitar

assoreamento dos coletores, situação que poderá ser responsável pelos

valores elevados de sólidos suspensos totais verificados na quase totalidade

dos pontos em estudo.

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3. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

3.1 OCORRÊNCIAS E TRABALHOS REALIZADOS

Tendo por objetivo avaliar a qualidade das águas subterrâneas do Parque das

Nações foram realizadas duas campanhas de colheita em piezómetros a 24/04/2017 e a

07/11/2017 (a segunda complementada com ensaios no Laboratório de Análises do

Instituto Superior Técnico - LAIST) e ainda duas campanhas de monitorização de águas de

rega em dois locais a 08/02/2017, 18/04/2017 e a 25/10/2017.

As campanhas de monitorização realizadas nos piezómetros consistiram na análise,

para as colheitas efectuadas na primeira campanha, dos seguintes parâmetros físico-

químicos – pH, Oxidabilidade, Carência Química de Oxigénio, Azoto nitrito, Azoto nitrato,

Azoto amoniacal, Cloretos, Óleo e Gorduras e Hidrocarbonetos. Na segunda campanha,

além destes parâmetros foram ainda determinados pelo LAIST, os seguintes parâmetros

físico-químicos – Arsénio, Hidrocarbonetos, Tolueno, Etilbenzeno, o-Xileno, m-Xileno + p-

Xileno e Benzeno. As campanhas de monitorização realizadas nos furos de rega

consistiram na análise dos seguintes parâmetros microbiológicos e físico-químicos – pH,

Sólidos Suspensos Totais, Ferro total, Sulfatos, Cloretos, Azoto Nitrato e Coliformes

Fecais.

3.2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

Os poços de águas subterrâneas monitorizados durante as campanhas foram os

seguintes:

• PM1 – Rua das Musas, junto à Marina;

• PM4 – Passeio de Neptuno, frente ao lote 2.02.01.G;

• PM5 – Jardim das Ondas, cruzamento do Passeio de Neptuno com o Passeio de

Ulisses;

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• PM6 – Alameda dos Oceanos, junto ao Casino de Lisboa;

• PM11 – rotunda junto ao Cabeço das Rolas;

• PM12 – Av.ª Dom João II, separador central junto ao edifício da Climaespaço;

• PM15 – Via do Oriente, junto ao lote 5.01.02.

Os furos de rega monitorizados durante as campanhas foram os seguintes:

• R1 – Cabeço das Rolas;

• R6 – Cisterna da ETAR de Beirolas.

Na Figura 2 apresenta-se a localização dos pontos de medição das águas subterrâneas e

de rega.

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Figura 2. Localização dos pontos de colheita de águas subterrâneas – piezómetros e furos de rega.

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Nas fotografias seguintes apresenta-se o registo dos pontos em estudo.

Fotografia 19. PM1

Fotografias 20 e 21. PM4

Fotografia 22. PM5

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Fotografias 23 e 24. PM6

Fotografias 25 e 26. PM11

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Fotografias 27 e 28. PM12

Fotografia 29. PM15

Fotografias 30 e 31. R1

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Fotografia 32 e 33. R6

3.3 RESULTADOS ANALÍTICOS

Seguindo o procedimento adoptado em 2016, considerando que ambos são

indicadores de insalubridade, optou-se por determinar oxidabilidade ou CQO - sendo o

limite de quantificação da CQO de 5 mg/L O2, apenas para valores inferiores a este foi

determinada a oxidabilidade. Os resultados obtidos são comparados com os valores

constantes na norma canadiana “Soil, Ground Water and Sediments for Use Under Part

XV.1 of the Environmental Protection Act (Anexo II) Ontario Ministry of the Environment

– April 2011” considerando ainda os dados do relatório “Descontaminação do Solo da

Área da Refinaria – Relatório de Avaliação – Heidemij – Março de 1996”.

Na monitorização dos furos de rega foram analisados os parâmetros pH, Sólidos

Suspensos Totais, Ferro total, Sulfatos, Cloretos, Nitratos e Coliformes Fecais.

Considerando que as águas provenientes dos furos têm uma utilização, ao contrário das

provenientes dos piezómetros, os resultados obtidos são comparados com os constantes

do Anexo XVI do Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto.

Nos quadros seguintes são apresentados os resultados obtidos.

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Quadro 3. Resultados obtidos na monitorização de águas subterrâneas – piezómetros – Parque das Nações, realizada a 24/04/2017. a) valor indicativo: por falta de amostra a determinação não foi repetida.

Parâmetro Unidade Monitorização de águas subterrâneas – Piezómetros - Parque das Nações

PM1 PM4 PM5 PM6 PM11 PM12 PM15

pH Unidades

de pH 7,0 6,9 6,6 6,8 6,8 6,3 6,5

Oxidabilidade mg/LO2 - - - - - - -

Carência Química de Oxigénio

mg/L O2 9 103 19 41 45 9 58

Azoto nitrito µg/L N <5 <5 <5 6 <5 <5 6

Azoto nitrato mg/L N 0,35 (a) 2,48 <0,20 (a) 0,23 (a) <0,20 (a) <0,20 0,74 (a)

Azoto amoniacal mg/L <0,10 <0,10 1,42 1,92 <0,10 <0,10 2,46

Cloretos mg/L Cl 564 8662 233 916 71 201 126

Óleo e Gorduras mg/L <10 <10 <10 <10 25 <10 <10

Hidrocarbonetos mg/L <10 <10 <10 <10 <10 <10 <10

Quadro 4. Resultados obtidos na monitorização de águas subterrâneas – piezómetros – Parque das Nações, realizada a 07/11/2017.

Parâmetro Unidade Monitorização de águas subterrâneas – Piezómetros - Parque das Nações Norma

canadiana PM1 PM4 PM5 PM6 PM11 PM12 PM15

pH Unidades de

pH 7,7 7,6 7,5 8,0 8,1 7,7 8,0 -

Oxidabilidade mg/LO2 - - - - - - - -

Carência Química de Oxigénio

mg/LO2 66 562 30 546 75 67 70 -

Azoto nitrito µg/L N <5 9 <5 <5 <5 7 7 -

Azoto nitrato mg/L N 4,48 4,20 <0,05 0,06 <0,05 0,19 0,04 -

Azoto amoniacal mg/L <0,05 0,13 0,87 10,33 1,46 0,07 3,43 -

Cloretos mg/L Cl 539 13863 142 8343 91 212 168 -

Óleo e Gorduras mg/L <10 <10 <10 - <10 <10 <10 -

Hidrocarbonetos mg/L <10 <10 <10 - <10 <10 <10 -

Arsénio mg/L 0,006 0,014 0,012 0,015 0,014 <0,005 0,102 1,9 mg/L

Hidrocarbonetos totais

mg/L <10 34 11 18 14 <10 <10

Tolueno µg/L <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 18000

Etilbenzeno µg/L <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 2300

o-Xileno µg/L <1 <1 <1 <1 <1 <1 <1 4200 m-Xileno + p-

Xileno µg/L <1,4 <1,4 <1,4 <1,4 <1,4 <1,4 <1,4

Benzeno µg/L <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 <0,5 44

Bactérias Coliformes fecais

NMP/100mL 50 8,66x10^2 <1 1,52x10^2 1,94x10^2 1 <1 -

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Quadro 5. Resultados obtidos na monitorização de águas subterrâneas – furos de rega – Parque das Nações, realizadas a 08/02/2017, 18/04/2017 e a 25/10/2017.

Parâmetro Unidades

Monitorização de águas subterrâneas – Furos de Rega - PN D.L. nº 236/98 de 1 de

Agosto Anexo XVI

R1 R6 VMR

VMA

08-02-2017 25-10-2017 18-04-2017 25-10-2017

pH Unidades de

pH 7,9 6,5 6,9 6,3 6,5-8,4 4,5-9,0

Sólidos Suspensos Totais (SST)

mg/L <2 <2 <2 <2 60 ---

Ferro total mg/L <0,10 <0,10 0,06 <0,10 5 ---

Sulfatos mg/L SO4 45 27 28 33 575

Cloretos mg/L Cl 71 104 85 113 70

Nitratos mg/L NO3 7,75 8,49 26,08 28,23 50

Coliformes Fecais NMP/100mL <1 3,08x10^2 2 <1 100 ---

3.4 APRECIAÇÃO DOS RESULTADOS ANALÍTICOS

Relativamente a águas colhidas nos piezómetros a análise efetuada teve por

objetivos caracterizar, de um modo genérico, a qualidade das águas subterrâneas dos

piezómetros e detetar eventuais situações anómalas. Na generalidade, algumas das

amostras analisadas apresentam teores de CQO e cloretos elevados. Relativamente aos

cloretos, tais resultados poderão estar relacionados com a influência das marés,

enquanto os valores elevados de CQO, poderão estar relacionados com influência das

marés, contaminação do solo ou eventuais danos na rede de drenagem municipal. À

semelhança de anos anteriores foram ainda comparados alguns dos valores obtidos com

a norma canadiana referida anteriormente, sendo possível constatar que não existem

situações de incumprimento no âmbito desta norma.

Relativamente às águas destinadas à rega, verificou-se que águas provenientes

dos pontos R1 e R6 não apresentam valores acima do VLE, tendo no entanto sido

verificado que o VMR é excedido nas seguintes situações:

• Ponto R1 – cloretos em ambas as campanhas; coliformes fecais na colheita

efetuada a 25-10-2017.

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• Ponto R6 – cloretos em ambas as campanhas.

3.5 ANÁLISE COMPARATIVA

Relativamente a 2016, os valores obtidos são, na generalidade, da mesma ordem de

grandeza, não sendo óbvia uma tendência para uma maior ou menor qualidade das águas

subterrâneas.

3.6 MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRETIVAS/SUGESTÕES

De modo a identificar possíveis contaminações das águas subterrâneas, propõe-se a

continuação das campanhas de monitorização, em tempo seco e em tempo húmido. O

número de campanhas deverá ser alargado caso as águas com origem nos piezómetros

venham a ser utilizadas para rega ou outro fim.

Relativamente ao ponto R1 (Cabeço das Rolas), é possível verificar que numa das

campanhas os valores obtidos para o parâmetro coliformes fecais são superiores ao VMR

estipulado no Anexo XVI do Decreto-Lei n.º 236/98 de 01 de Agosto. De acordo com a

referida legislação, o VMR é um valor de norma de qualidade que, de preferência, deve ser

respeitado ou não excedido, o que se verificou nas colheitas efetuadas. Face ao exposto,

considerando o sistema de rega por aspersão existente e a natureza lúdica dos espaços

verdes no Parque da Nações, existe possibilidade de contacto destas águas com os

utilizadores deste espaço, pelo que, preventivamente, propõe-se que sempre que seja

detectada contaminação microbiológica em qualquer dos reservatórios, a água não seja

utilizada para rega sem recurso prévio a tratamento de desinfeção.

4. ÁGUAS ORNAMENTAIS

Os vulcões da Alameda dos Oceanos, bem como a fonte e a cascata do Jardim da

Água, integram o conjunto de elementos de água existentes no recinto do Parque das

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

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Nações. Apesar do seu caráter ornamental, revestem-se de grande importância no

âmbito da saúde pública, uma vez que, nos períodos mais quentes são frequentemente

utilizados pelos visitantes para se refrescarem, ocorrendo por isso contacto direto. Como

tal, com o objetivo de garantir a qualidade destas águas, foram realizadas 6 campanhas

de monitorização em 2017, nos seis vulcões de água situados na Alameda dos Oceanos,

bem como na fonte e na cascata existentes no Parque das Nações.

4.1 OCORRÊNCIAS E TRABALHOS REALIZADOS

Entre os meses de maio e outubro foram realizadas seis campanhas de amostragem

nos seis vulcões, na fonte (Alameda dos Oceanos) e na cascata dos Jardins da Água, com o

objetivo de avaliar a eficácia do sistema de desinfeção com cloro.

As campanhas de monitorização realizadas consistiram na análise dos seguintes

parâmetros microbiológicos e físico-químicos - Bactérias coliformes, Escherichia coli,

Microrganismos viáveis em meio nutritivo gelosado, em anaerobiose, a 37ºC, Enterococos

fecais, Staphylococcus, Staphylococcus produtores de coagulase, Pseudomonas

aeruginosa, Amoníaco, Condutividade, Cloro residual livre, Cloro residual total, pH,

Temperatura e Oxidabilidade. Na Cascata, além dos parâmetros mencionados foi ainda

monitorizada a presença de Legionella, pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo

Jorge (INSA).

4.2 LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS DE MEDIÇÃO

Os pontos de águas ornamentais monitorizados foram os seguintes:

• Vulcão 1 – Alameda dos oceanos, vulcão verde;

• Vulcão 2 – Alameda dos oceanos, vulcão azul claro;

• Vulcão 3 – Alameda dos oceanos, vulcão azul-escuro;

• Vulcão 4 – Alameda dos oceanos, vulcão lilás;

• Vulcão 5 – Alameda dos oceanos, vulcão vermelho;

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• Vulcão 6 – Alameda dos oceanos, vulcão laranja;

• Fonte – Rotunda junto ao Cabeço das Rolas;

• Cascata – junto ao Oceanário de Lisboa.

Na Figura 3 apresenta-se a localização dos pontos de monitorização das águas

ornamentais.

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das NaçõesDMEVAEPT

Figura 3. Localização dos pontos de medição das águas ornamentais

Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

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Localização dos pontos de medição das águas ornamentais – Parque das Nações

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Nas fotografias seguintes apresenta-se o registo dos pontos de colheita – vulcões, cascata

e fonte, no Parque das Nações.

Fotografia 34. Vulcão Verde (1). Fotografia 35. Vulcão Azul Claro (2).

Fotografia 36. Vulcão Azul Escuro (3). Fotografia 37. Vulcão Lilás (4).

Fotografia 38. Vulcão Vermelho (5). Fotografia 39. Vulcão Laranja (6).

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Fotografia 40. Fonte. Fotografia 41. Cascata.

4.3 RESULTADOS ANALÍTICOS

Nos quadros 7 a 14 são apresentados os resultados dos ensaios laboratoriais

realizados no Laboratório de Águas Residuais e Bromatologia da Divisão de Ambiente e

pelo INSA (Legionella). Os resultados obtidos são comparados com o anexo II (Parâmetros

do controlo sanitário da água) do Decreto Regulamentar n.º 5/97 de 31 de Março, que

define as condições técnicas e de segurança dos recintos com diversões aquáticas.

Relativamente aos valores limites de Oxidabilidade, os mesmos foram calculados, para

cada mês, de acordo com os resultados disponibilizados pela EPAL, para “Qualidade da

Água para Consumo Humano na Rede de Distribuição de Lisboa – Amostragem na

Torneira do Consumidor”

(http://www.epal.pt/EPAL/menu/%C3%A1gua/divulga%C3%A7%C3%A3o-de-dados-da-

qualidade-da-%C3%A1gua/controlo-legal/torneiras-na-cidade-de-lisboa), conforme

exposto no Quadro 6.

Quadro 6. Valores Limite (VL) de oxidabilidade, calculados de acordo com o Regulamentar n.º 5/97 de 31 de Março, em função dos valores divulgados pela EPAL entre os meses de Maio e Setembro.

Mês Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro

Oxidabilidade (mg O2/L) - valor

referência EPAL 1,59 1,15 1,30 1,12 1,33 1,46

VL calculado (DR n.º 5/97) 5,59 5,15 5,30 5,12 5,33 5,46

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Quadro 7. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro no Vulcão 1 (verde), Parque das Nações 2017.

Vulcão 1 (verde) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml <1 <1 >2,4x10^3 >2,4x10^3 <1 <1

Cont. E. coli - 0/100 ml <1 <1 13 9 <1 <1

Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) n.d. n.d. >300 >300 1 4

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml <1 <1 63 11 <1 <1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml a) 3 1 >80 20 0 0

Cont. de Staphylococcus coag. Positiva

0/100 ml 0/100 ml b) 1 1 0 0 0 0

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml <1 <1 15 >2,4x10^3 <1 <1

Amoníaco (mg NH3/L) <0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,09 <0,06 0,21 0,67 0,08 0,06

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 190 236 307 251 262 226

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH 7,4 a 8)

0,3 3,0 0,1 0,1 3,4 >4,5

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l 0,3 3,6 0,2 0,1 3,5 >4,5

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 8,1 8,0 7,2 8,3 7,8 7,4

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

20,3 21,2 24,8 21,6 19,7 18,0

Oxidabilidade (mg O2/L)

- - 0,98 1,11 4,08 1,52 2,79 5,84

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro 6 4,98 5,11 8,08 5,52 6,79 9,84

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; n.d.: Parâmetro não detetado em 1 mL. Quadro 8. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro no Vulcão 2

(azul claro), Parque das Nações 2017.

Vulcão 2 (azul claro) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml <1 <1 >2,4x10^3 >2,4x10^3 <1 <1

Cont. E. coli - 0/100 ml <1 <1 13 30 <1 <1

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

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Vulcão 2 (azul claro) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) 3 1 >300 >300 n.d. 82

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml <1 <1 5 29 <1 <1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml a) 0 6 >80 >40 2 1

Cont. de Staphylococcus

coag. Positiva 0/100 ml 0/100 ml b) 0 3 >32 0 0 1

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml <1 <1 >2,4x10^3 <1 <1 <1

Amoníaco (mg NH3/L) <0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,09 <0,06 0,98 0,22 0,07 <0,06

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 203 473 407 359 320 336

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH

7,4 a 8)

0,1 2,8 0,1 0,03 2,3 >4,5

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l 0,2 2,9 0,1 0,08 2,6 >4,5

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,7 7,6 7,0 8,0 7,3 7,2

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

19,6 21,0 24,0 21,2 19,4 18,2

Oxidabilidade (mg O2/L) - - 0,94 2,82 3,44 1,44 4,63 6,80

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro 6 4,94 6,82 7,44 5,44 8,63 10,80

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras. Quadro 9. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro no Vulcão 3

(azul escuro), Parque das Nações 2017.

Vulcão 3 (azul escuro) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml >2,4x10^3 <1 461 816 5 <1

Cont. E. coli - 0/100 ml 10 <1 9 3 <1 <1

Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) >300 n.d >300 >300 1 n.d

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml 3,7x10^2 <1 27 15 1 <1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml a) # 1 # # 21 2

Cont. de Staphylococcus coag. Positiva

0/100 ml 0/100 ml b) - 1 - # 0 2

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

Pág. 35

Vulcão 3 (azul escuro) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml <1 <1 >2,4x10^3 >2,42x10^3 2 <1

Amoníaco (mg NH3/L) <0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,1 <0,06 0,45 0,54 0,27 <0,06

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 233 354 492 366 326 236

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH

7,4 a 8)

<0,03 1,3 0,3 <0,03 0,4 >4,5

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l <0,03 1,5 0,4 <0,03 1,4 >4,5

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,6 7,4 7,7 7,8 7,2 6,5

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

20,4 21,0 22,5 21,3 19,0 18,0

Oxidabilidade (mg O2/L)

- - 3,26 4,23 2,00 1,76 6,78 8,80

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro 6 7,26 8,23 6,00 5,76 10,78 12,80

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; * Parâmetro não detetado em 1 mL; n.d. Parâmetro não determinado; # Contagem prejudicada devido a crescimento confluente

Quadro 10. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro no Vulcão 4

(lilás), Parque das Nações 2017.

Vulcão 4 (lilás) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml >2,4x10^3 <1 <1 <1 <1 <1

Cont. E. coli - 0/100 ml 48 <1 <1 <1 <1 <1 Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) >300 n.d. n.d. 1 ** 2

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml 12 <1 <1 <1 <1 <1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml

a) 78 3 14 0 5 0

Cont. de Staphylococcus coag. Positiva

0/100 ml 0/100 ml b) 3 1 0 0 0 0

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml >2,4x10^3 <1 <1 <1 <1 <1

Amoníaco (mg NH3/L)

<0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,15 <0,06 0,09 0,08 0,07 <0,06

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 195 301 345 356 367 257

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

Pág. 36

Vulcão 4 (lilás) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH 7,4 a 8)

0,2 1,0 1,4 2,4 1,2 3,7

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l 0,3 1,1 1,5 2,4 1,4 4,2

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,6 7,6 7,7 7,6 7,3 6,5

Temperatura (ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

20,5 20,4 23,6 20,5 19,6 18,3

Oxidabilidade (mg O2/L) - -

20,5 2,05 3,76 1,60 4,44 7,84

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro 6 24,05 6,05 7,76 5,60 8,44 11,84

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; n.d. Parâmetro não detetado em 1 mL; ** Parâmetro determinado não determinado.

Quadro 11. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro no Vulcão 5

(vermelho), Parque das Nações 2017.

Vulcão 5 (vermelho) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes 0/100 ml 10/100 ml >2,4x10^3 <1 <1 <1 <1 2,8x10^2

Cont. E. coli - 0/100 ml 36 <1 <1 <1 <1 <1 Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) >300 38 12 23 2 50

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml 20 <1 <1 <1 <1 <1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml a) # 28 >80 3 8 0

Cont. de Staphylococcus

coag. Positiva 0/100 ml 0/100 ml b) - 2 0 0 0 0

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml >2,4x10^3 <1 4 <1 <1 <1

Amoníaco (mg NH3/L) <0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,26 <0,06 0,09 0,08 0,07 0,09

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 229 311 327 557 263 290

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH 7,4 a 8)

0,2 1,0 1,9 2,1 1,9 0,05

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l 0,3 1,2 2,0 2,3 2,1 0,09

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,5 7,6 7,1 7,9 7,3 4,0

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

19,6 20,1 24,0 20,4 19,0 18,5

Oxidabilidade (mg O2/L) - - 4,47 4,16 5,84 2,24 4,11 3,92

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

Pág. 37

Vulcão 5 (vermelho) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Oxidabilidade + 4 mg O2/L V. Quadro 6 8,47 8,16 9,84 6,24 8,11 7,92

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; # Contagem prejudicada devido a crescimento confluente.

Quadro 12. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro no Vulcão 6

(laranja), Parque das Nações 2017.

Vulcão 6 (laranja) DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml >2,4x10^3 24 <1 >2,4x10^3 <1 <1

Cont. E. coli - 0/100 ml 6,1x10^2 4 <1 9 <1 <1 Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) >300 29 * >300 1 32

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml 80 <1 <1 16 <1 <1

Cont. total de Staphylococcus <20/100 ml

a) # 0 17 37 5 3

Cont. de Staphylococcus coag. Positiva

0/100 ml 0/100 ml b) - 0 0 0 0 2

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml 7 <1 <1 13 1 <1

Amoníaco (mg NH3/L) <0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,32 <0,06 0,09 0,21 0,07 <0,06

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 215 286 393 357 231 226

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH

7,4 a 8)

<0,03 0,2 0,5 0,1 3,0 2,4

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l <0,03 0,3 0,8 0,2 3,3 2,8

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,5 7,5 7,2 7,7 7,2 5,6

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

19,8 19,7 23,0 20,2 19,0 17,3

Oxidabilidade (mg O2/L) - -

4,54 3,57 6,40 2,00 5,58 8,96

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro

XX 8,54 7,57 10,40 6,00 9,58 12,96

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; * Parâmetro não detetado em 1 mL; # Contagem prejudicada devido a crescimento confluente.

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Pág. 38

Quadro 13. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro na Fonte, Parque das Nações 2017.

Fonte DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17

(2) 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml >2,4x10^3 - >2,4x10^3 >2,4x10^3 <1 5,8x10^2

Cont. E. coli - 0/100 ml 1,1x10^3 - 250 104 <1 9

Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) >300 - >300 >300 17 >300

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml 4,4x10^2 - 32 22 <1 1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml

a) 39 - # # >53 17

Cont. de Staphylococcus coag. Positiva

0/100 ml 0/100 ml b) 2 - - # 1 1

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml 28 - >2,4x10^3 >2,42x10^3 >2,4x10^3 <1

Amoníaco (mg NH3/L) <0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,13 - 0,32 0,52 6,33 0,36

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 240 - 332 421 546 662

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH 7,4 a 8)

1) - 0,1 0,04 0,9 0,1

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l 1) - 0,2 0,08 2,6 0,5

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,4 - 7,5 7,6 7,3 5,8

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

20,6 - 22,3 19,6 18,8 17,8

Oxidabilidade (mg O2/L) - -

3,93 - 7,20 2,08 4,79 4,48

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro XX 7,93 - 11,20 6,08 8,79 8,48

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não - Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; 1) Equipamento avariado; 2) Local em manutenção; # Contagem prejudicada devido a crescimento confluente.

Quadro 14. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados entre os meses de maio e setembro na Cascata,

Parque das Nações 2017.

Cascata DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Legionella spp (UFC/100 mL)

Cont. bactérias coliformes

0/100 ml 10/100 ml 4,4x10^2 <1 <1 8 <1 <1

Cont. E. coli - 0/100 ml 10 <1 <1 <1 <1 <1

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

Pág. 39

Cascata DR n.º 5/97 Data de Colheita

Parâmetro VR VL 29-05-17 29-06-17 24-07-17 08-08-17 27-09-17 24-10-17

Cont. microrganismos a 37ºC

<100/ml às 24h

a) >300 42 n.d. 28 ** 12

Cont. de Enterococos fecais

- 0/100 ml 9 <1 <1 <1 <1 <1

Cont. total de Staphylococcus

<20/100 ml

a) 9 4 6 6 7 0

Cont. de Staphylococcus

coag. Positiva 0/100 ml 0/100 ml b) 0 1 6 0 0 0

Cont. de Pseudomonas

aeruginosa - 0/100 ml <1 <1 <1 <1 <1 <1

Amoníaco (mg NH3/L)

<0,5 mg/L <1,5 mg/L 0,11 <0,06 0,10 0,08 0,09 <0,06

Condutividade (µS/cm a 20ºC)

<900 1700 213 222 312 247 236 213

Cloro residual livre (mg Cl2/L)

-

0,5-1,2 mg/L (pH 7 a 7,4) e 1 a 2 mg/L (pH

7,4 a 8)

1) 0,4 3,4 1,2 3,7 1,2

Cloro residual total (mg Cl2/L)

- Cloro livre +

0,6 mg/l 1) 0,4 3,4 1,2 3,9 1,4

pH 7,4 a 7,6 7 a 8 7,7 7,7 7,3 7,8 7,6 5,9

Temperatura ( ºC) - <24 a 30

(pisc. aquecidas)

20,4 17,9 22,3 18,5 19,2 18,2

Oxidabilidade (mg O2/L)

- - 1,93 1,82 4,64 2,16 1,59 8,96

Oxidabilidade + 4 mg O2/L

V. Quadro

XX 5,93 5,82 8,64 6,16 5,59 12,96

Conformidade (DR n.º 5/97)

Não Não Não Não Não Não

a) Poder-se-á ultrapassar o valor recomendado uma vez por época de abertura ao público; b) Em 90% das amostras; n.d. Parâmetro não detetado em 1mL; ** Parâmetro não determinado; 1) Equipamento avariado

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

Pág. 40

Quadro 15. Resultados dos ensaios laboratoriais realizados pelo INSA entre os meses de maio e setembro na Cascata, Parque das Nações 2017.

31-05-2017 23-06-2017 31-07-2017 31-08-2017 28-09-2017 27-10-2017

Pesquisa e identificação de Legionella spp, ISO/TS 12869:2012 - Real Time PCR

Detetada a presença de

ADN

Detetada a presença de ADN

Detetada a presença de

ADN

Detetada a presença de

ADN

Detetada a presença de

ADN -

Pesquisa e identificação de Legionella pneumophila, ISO/TS 12869:2012 - Real Time PCR

Não detetada a

presença de ADN

Detetada a presença de ADN

Não detetada a

presença de ADN

Não detetada a

presença de ADN

Não detetada a

presença de ADN

-

Pesquisa e quantificação de Legionella spp. não pneumophila, ISO 11731:1998 -FM

- - Não

Detetada Não

Detetada Não

Detetada Não

Detetada

Pesquisa e quantificação de Legionella pneumophila, ISO 11731:1998 - FM

- - Não

Detetada Não

Detetada Não

Detetada Não

Detetada

4.4 APRECIAÇÃO DOS RESULTADOS ANALÍTICOS

De acordo com os resultados analíticos obtidos nas campanhas realizadas, é

possível constatar que nenhuma das amostras de água analisada está em conformidade

com o Decreto Regulamentar n.º 5/97 de 31 de Março. Relativamente aos resultados

obtidos para pesquisa de Legionella salienta-se o facto de ter sido detectada a presença

de ADN de Legionella pneumophila numa das campanhas e de Legionella spp em todas as

campanhas, situações que foram imediatamente comunicadas aos serviços competentes

(DPGMEV). No entanto, através do método cultural, não foi detectada a sua presença em

nenhuma das amostragens. Realça-se ainda apenas podemos considerar a análise dos

valores de oxidabilidade face à legislação aplicável como indicativos, uma que foi

considerado o valor de referência máximo de oxidabilidade divulgado pela EPAL, não

tendo sido possível aferir com exatidão o valor de oxidabilidade da água que abastece

estes locais. À semelhança do observado em campanhas anteriores, as concentrações de

cloro residual livre e cloro residual total não estão em conformidade com o estabelecido

no referido Decreto Regulamentar (quer por excesso quer por defeito), o que deverá ter

como consequência a contaminação microbiológica nos locais em estudo em que estes

valores se verificam inferiores ao recomendado.

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Pág. 41

4.5 ANÁLISE COMPARATIVA

Face aos valores obtidos em 2016, os valores obtidos são, na generalidade, da

mesma ordem de grandeza. Salienta-se no entanto o facto de estes elementos de água

serem ornamentais e não estarem destinados a uma utilização como águas de recreio,

pelo que os resultados devem ser analisados como indicativos.

4.6 MEDIDAS PREVENTIVAS/CORRETIVAS

Considerando a importância dos locais como atração durante o verão por parte dos

visitantes do Parque das Nações, sendo muitas vezes utilizadas por crianças e adultos

para se refrescarem, propõe-se a continuidade do plano de monitorização em vigor. Face

aos resultados obtidos, propõe-se a adoção das seguintes medidas:

a) Assegurar um teor em cloro na água nunca inferior a 0,5 e nunca superior a

2,0 mg/l, idealmente em cerca de 1,0 mg/l;

b) Inspeção diária dos equipamentos e constituintes do sistema de modo a

assegurar o seu correto funcionamento e detetar eventuais anomalias;

c) Manter as instalações em adequado estado de conservação e limpeza;

d) Garantir a manutenção da sinalética existente no local de modo a evitar

qualquer tipo de contacto com as águas ornamentais;

e) Manter a pesquisa de Legionella na cascata devido à produção de aerossóis

neste local.

5. CONCLUSÕES FINAIS

No âmbito da monitorização do funcionamento da rede de coletores pluviais

verificou-se que a maioria das descargas não cumpre o disposto no Decreto – Lei 236/98,

de 1 de agosto (anexo XVIII), por serem excedidos em diversas situações pelo menos um

VLE de um dos parâmetros. Conforme referido anteriormente, realça-se que as amostras

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REVISÃO: 00 Monitorização Ambiental do Parque das Nações - Relatório 2017 DMEVAE\DAE\LBA PT

Pág. 42

colhidas foram pontuais e apenas nos dias indicados e não uma média mensal, definida

como média aritmética das médias diárias. Acresce que, em diversos pontos é evidente

uma influência significativa das marés. Pese embora o atrás exposto, os resultados

obtidos sugerem, quer pela ordem de grandeza dos valores obtidos, quer pelo facto de

existir caudal considerável na rede de drenagem pluvial em tempo seco, a existência de

anomalias na rede de drenagem que devem ser alvo de inspeção.

Relativamente ao descritor águas subterrâneas – piezómetros, não foram

detetadas situações graves, considerando que não existe qualquer uso para estas águas

atualmente. As águas utilizadas para rega cumprem o estipulado na legislação, embora no

ponto R1 tenha sido detetado um valor superior ao VMR para o parâmetro Coliformes

Fecais pelo que, preventivamente, a água não deve ser utilizada para rega sem recurso

prévio a tratamento de desinfeção.

De acordo com os resultados analíticos obtidos durante a monitorização das águas

ornamentais constatou-se que, devido a alguns VLE serem excedidos quando analisados

de acordo com o Decreto Regulamentar n.º 5/97 de 31 de Março, a totalidade das

amostras não está em conformidade com o referido Decreto. Ainda assim salienta-se o

facto de estes locais não serem, supostamente, utilizados como águas de recreio, pelo

que os valores obtidos devem apenas servir como indicadores gerais de qualidade.

Propõe-se a continuidade da pesquisa de Legionella na cascata devido à produção de

aerossóis neste local.