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1 Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET Engenharia da Computação Judy Lorena Huertas Naranjo Monitoramento e Controle das Forças Atuantes num Corpo em Movimento Circular Curitiba 2006

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET Engenharia da Computação

Judy Lorena Huertas Naranjo

Monitoramento e Controle das Forças Atuantes num Corpo em Movimento Circular

Curitiba 2006

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Centro Universitário Positivo - UnicenP Núcleo de Ciências Exatas e Tecnológicas – NCET Engenharia da Computação

Judy Lorena Huertas Naranjo

Monitoramento e Controle das Forças Atuantes num Corpo em Movimento Circular

Monografia apresentada à disciplina de

Projeto Final, como requisito parcial à conclusão do Curso de Engenharia da Computação. Orientador: Prof. José Carlos da Cunha

Curitiba 2006

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SUMARIO

LISTA DE FIGURAS..................................................................................................... 5 Lista de tabelas ............................................................................................................... 6 Lista de siglas ................................................................................................................. 6 Lista de símbolos............................................................................................................ 6 Resumo: ......................................................................................................................... 7 Abstract .......................................................................................................................... 8 1. MOTIVAÇÃO............................................................................................................ 9 2. DESCRIÇÃO DO PROJETO ....................................................................................10 3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA....................................................................................11

3.1 movimento circular ..............................................................................................11 3.1.1. Freqüência e Período ....................................................................................15 3.1.2 Relação entre a velocidade angular e a freqüência .........................................15

3.2 Motores de indução..............................................................................................16 3.2.1 Controle de velocidade ..................................................................................18

3.3 Transmissão de dados via infravermelho ..............................................................20 3.4 Transdutores e interfaces.....................................................................................21

3.4.2 Características dos Transdutores...................................................................21 4 ESPECIFICAÇOES DO HARDWARE......................................................................24

4.1 Funções do sistema ..............................................................................................25 4.2 Requisitos de Hardware ......................................................................................26

4.2.2 Módulo de aquisição de dados dos sensores...................................................26 4.2.2.1 Transdutores:..............................................................................................27 4.2.2.1.1 Sensor optoacoplador ..............................................................................27 4.2.3 Módulo de aquisição de dados via infravermelho .........................................28 4.2.4 Módulo de controle de velocidade do motor CA...........................................28 4.2.5 Módulo de conversão AD..............................................................................30 4.2.6 Amplificadores Operacionais ........................................................................31

5 ESPECIFICAÇÕES DO SOFTWARE .......................................................................32 5.1 Ferramentas de desenvolvimento e linguagem de programação ............................32 5.2 Software do sistema .............................................................................................32

6 PREVISÃO DE CUSTOS ..........................................................................................33 7 CRONOGRAMA DO PROJETO ...............................................................................34 8 PROJETO DO HARDWARE....................................................................................36

8.1 Circuito de alimentação........................................................................................36 8.2 Controle da velocidade.........................................................................................37 8.3 Módulo dos sensores...........................................................................................37

8.3.1 Ângulo e velocidade.....................................................................................37 8.3.2 Sensores de deformação ................................................................................38

8.4 Microcontrolador .................................................................................................41 8.5 Transmissão de infravermelho..............................................................................43

9 PROJETO DO SOFTWARE ......................................................................................45 9.1.1 Fluxograma do firmware ...............................................................................46

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9.1.2 Diagrama de estados......................................................................................47 9.2 Software de analise .............................................................................................47 9.3 Descrição do processo de software ......................................................................50

9.3.1 Rotina do microcontrolador...........................................................................50 9.4 Transmissão do infravermelho ............................................................................51

9.4.1 Fluxograma da transmissão ...........................................................................51 10 RESULTADOS E CONCLUSÕES..........................................................................53

10.1 Velocidade .........................................................................................................53 10.2 Ângulo:..............................................................................................................54 10.3 Força..................................................................................................................56 10.4 Transmissão infravermelho ................................................................................57

11 VALIDAÇÃO ..........................................................................................................59 13 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................60 14 ARTIGO TECNICO................................................................................................61 15 MANUAIS ..............................................................................................................64

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LISTA DE FIGURAS Figura 1- Diagrama geral do projeto ..............................................................................10 Figura 2- Vetores força centrípeta e aceleração centrípeta ..............................................11 Figura 3- Ângulos dos vértices da aceleração tangencial ................................................12 Figura 4- Variação da velocidade por variação de tensão ...............................................19 Figure 5- Motores serie universal...................................................................................25 Figura 6- Optoacoplador óptico .....................................................................................27 Figura 7- Strain gauge ...................................................................................................28 Figura 8- Esquemático controle .....................................................................................29 Figura 9- Tensão de saída e corrente de carga do controlador de tensão CA...................29 Figura 10- Função de um conversor A/D .......................................................................30 Figura 11- Amplificador Operacional 741......................................................................31 Figura 12- Módulo regulador de tensão para 5V ............................................................36 Figura 13- circuito regulador de potencia.......................................................................37 Figura 14- Optoacoplador para medição do ângulo ........................................................38 Figura 15- Partes do string gauge...................................................................................39 Figura 16- Esquemático da Ponte de Wheatstone usada para testes ................................40 Figura 17- Localização dos sensores na haste.................................................................41 Figura 18- Descrição dos pinos do PIC ..........................................................................42 Figura 19- Transmissor infravermelho na sua posição final............................................42 Figura 20- Circuito oscilador de 4Mh o PIC16F876A ....................................................43 Figura 21- conversor de sinais RS232/TTL para comunicação serial entre a placa

controladora e o computador ..................................................................................44 Figura 22- alinhamento do receptor com o transmissor de infravermelho .......................45 Figura 22- Fluxograma do firmware ..............................................................................46 Figura 23- Diagrama de estados do Firmware ................................................................47 Figura 24- diagrama de caso de uso do software analisador............................................49 Figura 25- Fluxograma Microcontrolador ......................................................................50 Figura 26- Fluxograma do Infravermelho.......................................................................52 Figura 27- Valor Maximo em rotações por minuto obtido por um tacômetro..................53 Figura 28- Ângulos apresentados no software 0°-15°- 30°- 45°- 60°-75°- 90°................56 Figura 29- posicionamento do transmissor e o receptor para uma melhor comunicação..58

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Lista de tabelas Tabela 1 - valores medidos e valores calculados da velocidade...........................54 Tabela 2 - valores do ângulo pelo sensor e calculado pelo software....................55 Tabela 3 - Resultados calculados da força centrípeta ............................................57

Lista de siglas Amp.OP.- Amplificador Operacional; A/D – Analógico Digital; PC – Personal Computer, Computador Pessoal;

Lista de símbolos ΩΩΩΩ - ohm; bps - bits por segundo; Bytes - 8 bits; Hz – Hertz; mA - 10-3 Amperes; V – Volts; G – Ganho; mA- mili Ampere; mV – mili Volt; Vcc – Tensão de Alimentação; MRUV - movimento uniformemente variado

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Monitoramento e Controle das Forças Atuantes um Corpo em Movimento Circular

Resumo:

O progresso da ciência e da tecnologia, nos últimos anos, está exigindo

cada vez mais um estudo aprofundado, suporte em bases claras,

desenvolvimento e aplicação de processos científicos e tecnológicos a todo

momento. A Física é a base de todas as ciências naturais [1], o que permite a

um estudante que possui sólidos conhecimentos das suas leis, a interpretação

precisa de fenômenos científicos. Com esta motivação este projeto pretende

explorar a compreensão das leis que estão envolvidas em movimentos de

rotação para que estes conceitos sejam fixados com maior clareza pelo

estudante. O projeto consiste no desenvolvimento de um kit didático para

avaliação de experimentos em física relacionados ao movimento rotacional e às

demais forças atuantes num corpo. O sistema proposto deverá contemplar uma

interface gráfica que permitirá, a partir de sensores de inclinação, velocidade e

força, dentre outros componentes, a interpretação e a análise do experimento.

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Abstract

Science and the technology progress, in the last years, is demanding each

time more deepened study, support in clear bases and the development and

application of scientific and technological processes in every moment. The

Physics is the base of all natural sciences [1], allowing a student who possess

solids knowledge of its laws, the necessary interpretation of scientific

phenomena. With this motivation this project intends to explore the

understanding of the laws that are involved in rotation movements so that these

concepts can be fixed with bigger clarity for the student. The project consists of

the development of a didactic kit for evaluation of experiments in physics related

to the rotational movement and other operating forces in a body. The considered

system should contemplate a graphical interface that will allow, from sensors of

inclination, speed and force, amongst others, the interpretation and the analysis

of the experiment.

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1. MOTIVAÇÃO

Um bom experimento de laboratório deve mostrar idéias teóricas, refletir

importantes problemas do mundo real, dar ajuda visual, ter um adequado tempo

de escala e experimentação, ser seguro, fácil de entender e utilizar. A área de

controle de processos na física, por ser uma área fundamentada em abordagens

teórico/práticas deve utilizar estes princípios em larga escala. Exercícios de

laboratório de física sobre o movimento circular fazem uso de sistemas de

controle assistido por computador com limitada experimentação.

Adicionalmente, a aquisição de kits físicos para propósito do ensino deste

tipo de movimentos na prática é difícil já que soluções comerciais superam as

possibilidades econômicas de muitas instituições. Portanto, a única possibilidade

de obter os objetivos do ensino prático é desenvolver um equipamento para

atividade de laboratório, que dê ao aluno uma visão geral e clara dos conceitos

que envolvem o ensino do movimento circular. Este projeto vem ajudar a dar

direções de como educadores, na área de controle de processos físicos, podem

enriquecer seus conteúdos teóricos, através de experiências práticas em

laboratórios, com pouco suporte financeiro, utilizando um sistema que mostrará

de forma visual as forças atuantes num corpo em movimento circular, com as

aulas práticas irão melhorar ao máximo os conceitos da teoria à prática.

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2. DESCRIÇÃO DO PROJETO

Com este projeto pretende-se determinar a força centrípeta necessária

para manter uma massa em movimento circular e estudar a variação desta força

com alguns fatores relevantes dos quais a força depende. A execução

experimental deste trabalho baseia-se na utilização de uma plataforma de

rotação que a partir de sensores de inclinação, velocidade, força e outros

componentes, fará a analise dos dados. Estes sinais serão capturados por um

módulo de aquisição e condicionamento, e logo transmitidos via infravermelho.

O processamento das informações e controle dos dispositivos externos, serão

tratados na forma digital para que seja possível a analise dos mesmos num

computador, por meio de um software de controle. O diagrama em blocos a

seguir (figura 1), apresenta cada uma das interfases a ser desenvolvida no

projeto.

Figura 1- Diagrama geral do projeto

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3 REVISÃO BIBLIOGRAFICA

3.1 movimento circular

Um corpo descreve um movimento circular uniforme, ao variar a sua

velocidade de rotação e a distância ao eixo de rotação, medindo-se a força

centrífuga em função destes dois parâmetros [1].

Esta situação acontece quando um corpo está em movimento em uma

trajetória circular como é apresentado na figura 2.

Figura 2- Vetores força centrípeta e aceleração centrípeta

A 1ª lei de Newton estabelece que um corpo, uma vez em movimento, só

altera as características desse movimento se sobre ele agir uma força externa

[1]. A 2ª lei, por sua vez, estabelece que a variação da velocidade em grandeza

e/ou direção (aceleração) é proporcional e tem a mesma direção da força

aplicada, sendo a massa do corpo a constante de proporcionalidade conforme a

equação 3.1.1 [1]:

*f m a= Eq.(3.1.1)

Esta força, denominada força centrípeta, atua na direção do raio da

circunferência, buscando o centro, imprimindo ao corpo uma aceleração na

mesma direção e no mesmo sentido, denominada aceleração centrípeta. Esta

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aceleração é devida à variação da direção do vetor velocidade e não da variação

do módulo do vetor velocidade.

Para quantificar esta força, considere um objeto de massa M, com uma

velocidade linear v, e uma trajetória circular de raio R. O objeto encontra-se,

portanto, em movimento cuja aceleração, dirigindo-se para o centro da trajetória

circular, é mostrado na equação 3.1.2.

2vac

r= Eq. (3.1.2)

Figura 3- Ângulos dos vértices da aceleração tangencial

Na figura 3, os triângulos POQ e ACB são semelhantes porque são

isósceles, tendo os ângulos dos vértices iguais [5]. Considerando a medida do

arco V t aproximadamente igual à medida do arco corda AB, obtemos:

v t R

v v

∆ =

Eq (3.1.3)

.

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Aproximadamente, temos:

2v v

t R

∆=

∆ Eq (3.1.4)

Esta relação será mais exata quanto menor for t, porque o arco tende

para a corda e vice-versa.

Considerando t 0, no limite obtemos o módulo do vetor aceleração centrípeta

2v

acR

= Eq. (3.1.5)

Entretanto, quando a velocidade escalar varia no decorrer do tempo,

como é o caso deste projeto, o movimento circular não é mais uniforme e o

movimento tem, além da aceleração centrípeta, uma aceleração tangencial [6].

O deslocamento angular (indicado por ϕ ) se define de modo similar ao

deslocamento linear. Porém, ao invés de considerarmos um vetor deslocamento,

consideramos um ângulo de deslocamento. Há um ângulo de referência,

adotado de acordo com o problema. O deslocamento angular não precisa se

limitar a uma medida de circunferência (2π ); para quantificar as outras

propriedades do movimento circular, será preciso muitas vezes um dado sobre o

deslocamento completo do corpo, independentemente de quantas vezes ele deu

voltas em uma circunferência. Se for expresso em radianos, temos a relação.

SR =∗ϕ Eq (3.1.6)

Onde R é o raio da circunferência e S é o deslocamento linear.

Pegue-se a velocidade angular (indicada por ω), por exemplo, que é a

derivada do deslocamento angular pelo intervalo de tempo que dura esse

deslocamento:

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τϕ

ϖ∆∆

= Eq. (3.1.7)

A unidade é o radiano por segundo. Novamente há uma relação entre

propriedades lineares e angulares:

R∗=ϖν Eq. (3.1.8)

Onde ν é a velocidade linear.

Por fim a aceleração angular (indicada por γ ), somente no MRUV, é

definida como a derivada da velocidade angular pelo intervalo de tempo em que

a velocidade varia:

τϖ

γ∆∆

= Eq. (3.1.9)

A unidade é o radiano por segundo por segundo, ou radiano por segundo ao

quadrado. A aceleração angular guarda relação somente com a aceleração

tangencial α e não com a aceleração centrípeta:

αγ =∗ R Eq. (3.1.10) Onde é a aceleração tangencial.

É possível obter a velocidade angular a qualquer instante , no movimento

circular com velocidade variada, a partir da equação 3.1.11:

ϕγϖϖ ο ∆+= *222 Eq. (3.1.11)

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3.1.1. Freqüência e Período

Freqüência seria o número de vezes que um fenômeno se repete em um

determinado tempo, e período é o tempo que leva para o fenômeno se repetir.

Em linguagem mais específica para o movimento circular, definiremos:

Freqüência: é o número de voltas que um objeto dá por unidade de tempo

Notação: f freqüência

Período: é o tempo que o objeto leva para dar uma volta completa

Notação: T período

Pelas próprias definições temos que a freqüência é o inverso do período e vice-

versa, ou seja:

1f

t= ou

1T

f= Eq. (3.1.12)

3.1.2 Relação entre a velocidade angular e a freqüência Pelas equações acima sabemos que a velocidade angular é definida

como sendo:

τθ

ϖ∆∆

= Eq. (3.1.13)

Quando a partícula dá uma volta completa:

radπθ 2=∆ )(periodoΤ=∆τ

Substituindo em (3.1.13) obtemos

T

πϖ

2= Eq. (3.1.14)

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Como 1

ft

= , substituindo em (3.1.14):

f∗= πϖ 2 Eq. (3.1.15)

que é a relação entre a velocidade angular e a freqüência , deste modo, a

intensidade da força centrípeta exercida sobre o objeto é dada por:

2Mv

fcR

= Eq. (3.1.16)

Se o corpo dá uma volta completa em T segundos (período do movimento), a

velocidade angular e linear é dada, respectivamente, por:

T

πϖ

2= e R∗=ϖν Eq. (3.1.17)

Ao revisar a equação (3.1.16) pode-se observar que a força centrípeta

Fc é diretamente proporcional ou quadrado da velocidade do objeto em

movimento. Isto significa que para aumentar a velocidade ao dobro de seu valor

original, se requer uma força 4 vezes maior que a força inicial. De maneira

similar pode-se observar que para duplicar a massa do objeto ou reduzir o raio

de giro pela metade, requeresse de uma força centrípeta duas vezes maior que

a original. Então:

2 2

2

4Mv MRfc

R T

π= = Eq. (3.1.18)

Utilizando um dispositivo de rotação e o procedimento adequado, é possível

verificar a relação (3.1.18) para objetos de massas diferentes, variando o raio

das suas trajetórias e o período dos seus movimentos.

3.2 Motores de indução

O Motor elétrico de corrente alternada (CA), é um equipamento rotativo

que funciona a partir de energia elétrica. Diferente de outros motores elétricos, o

motor CA não precisa, necessariamente, qualquer entreposto dele à

alimentação e serve, basicamente, para "girar" um segundo acoplado, ou

movido.

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Estes motores podem ser divididos, num primeiro momento, em

síncronos e assíncronos, sendo que, este último, sofre escorregamento

conforme a intensidade de carga (oscila a rotação), contudo, são a esmagadora

maioria nas indústrias.

Uma outra grande divisão dentre os motores CA, são trifásicos e

monofásicos. Os motores CA têm outras divisões todas elas mundialmente

normalizadas, entre as mais comuns temos: motor de dupla polaridade, o qual

pode rodar em duas velocidades diferentes em detrimento da potência, motor de

eixo-duplo, com uma saída para cada lado[2].

O motor CA funciona normalmente com velocidade constante, que varia

ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande

simplicidade, robustez e baixo custo é o motor mais utilizado, sendo adequado

para quase todos os tipos de máquinas encontradas na prática. Atualmente é

possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxílio de

conversores de freqüência.

A maior parte dos motores de indução são suficientemente robustos

para arrancarem diretamente da rede elétrica, isto é, acelerarem a carga desde

parado até à velocidade nominal, estando aplicada a tensão nominal. No

entanto, durante a fase inicial de arranque, o arranque direto implica um

consumo de corrente cinco a sete vezes superior à corrente nominal do motor[2].

A elevada corrente no arranque direto poderá ter efeitos nocivos:

• Para o motor: O excesso de corrente causa sobreaquecimento, podendo

deteriorar os isolamentos.

• Para a instalação elétrica: Ou é dimensionada para estes valores de corrente,

ou poderão “disparar” os dispositivos de proteção (relês ou disjuntores). Uma

apreciável queda de tensão na linha poderá afetar o funcionamento de outros

equipamentos alimentados pela mesma linha.

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Poderão então existir casos em que é necessário um método de

arranque alternativo, baseando-se todos na redução da tensão de alimentação:

• Arranque por reostato: Uma resistência variável é introduzida em série com o

enrolamento do estator. Método antieconômico, devido às perdas por Efeito de

Joule no reostato.

• Arranque por transformador ou autotransformador: É utilizado um

transformador ou um autotransformador trifásico para auxiliar o arranque por

variação da tensão de alimentação. Dispendioso, dado o preço do

transformador.

• Arranque por conversor eletrônico de potência: O mesmo equipamento de

controlo controla a velocidade e o arranque do motor.

Os motores de rotor bobinados têm também a possibilidade de poderem

ser arrancados (e controlar a velocidade) por introdução de uma resistência

retórica, na fase de arranque.

3.2.1 Controle de velocidade O controle de velocidade dos motores poderá ser efetuado por diversos

métodos:

• Variação da freqüência

A velocidade de sincronismo, é proporcional à freqüência da tensão de

alimentação [3]. Para a tensão da rede elétrica nacional, esta freqüência é fixa

(60 Hz), exigindo um dispositivo eletrônico que forneça uma tensão com

freqüência variável - um conversor eletrônico de potência. Estes dispositivos

normalmente fornecem uma tensão proporcional à variação da freqüência de

forma a manter o binário constante.

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Com a ajuda de um inversor (conversor CC/CA) é também possível obter

uma tensão/freqüência variável a partir de uma fonte de alimentação contínua,

como é o caso das baterias dos automóveis elétricos, permitindo assim a

utilização de um motor de indução num automóvel[7].

• Variação da tensão de alimentação

A variação da tensão de alimentação poderá ser feita por um

autotransformador ou por um conversor eletrônico de potência.

Sendo o binário do motor proporcional ao quadrado da tensão aplicada,

variando a tensão varia-se o binário disponível, logo a velocidade vai ser

diferente. Este fato encontra-se descrito na figura 4. O motor ao ser alimentado

por duas tensões (V1, V2) desenvolve duas curvas de binário (TM1, TM2) [3]. A

interseção das curvas com a carga dá o ponto de funcionamento do motor, o

que corresponde a duas velocidades diferentes (N1, N2):

Figura 4- Variação da velocidade por variação de tensão

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A variação da tensão e da freqüência de alimentação, dos sistemas

modernos de controlo de velocidade, baseados em conversores eletrônicos de

potência, permitem controlar ao mesmo tempo a tensão e a freqüência de

alimentação, permitindo um mais adequado arranque e controlo de velocidade

dos motores de indução.

3.3 Transmissão de dados via infravermelho

Neste tipo de transmissão, o transmissor emite um feixe de raio

infravermelhos que é capturado por um dispositivo sensível ao infravermelho

(similar a uma célula fotoelétrica, porém sensível apenas as radiações na faixa

do infravermelho) que converte as variações do feixe de ondas em variações de

corrente elétrica. Dados digitalizados podem, assim, ser transferidos bit após bit

(ou seja, em uma transmissão tipo serial) entre o transmissor e o receptor. Na

verdade todo transmissor pode agir igualmente como receptor o que faz da

transmissão via infravermelho uma troca de dados bidirecional.

Toda transmissão de dados digitalizados depende de um protocolo, um

conjunto de regras que estabelece a forma pela qual os dados fluem entre

transmissor e receptor e critérios para verificação de erros.

A transmissão via radiação infravermelha é barata e confiável, mas tem

algumas desvantagens. A primeira é que é necessário manter desimpedida uma

linha de visada entre o transmissor e o receptor, ou seja, um tem que ficar em

frente do outro, sem obstáculos entre eles (a radiação infravermelha, como a

luminosa, não é capaz de transpor obstáculos opacos). A segunda é que se trata

de uma comunicação do tipo um para um (ou seja, de um único transmissor para

um único receptor; pode-se trocar dados entre computadores e diversos

periféricos, porém não simultaneamente).

Em princípio, a troca de informações via infravermelho foi concebida

para dispositivos situados a curta distancia (idealmente menos de um metro) e

fluxo de dados relativamente lento: as transmissões são feitas entre 9.600 b/s

(bits por segundo) até um Maximo de 4Mb/s (Megabits por segundo).

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3.4 Transdutores e interfaces Uma importante função da eletricidade é a possibilidade de se medir

grandezas físicas como temperatura, posição, força, pressão entre outros

fatores. Para tanto é necessário transformar essas grandezas físicas em

grandezas elétricas. A função de transformação de uma grandeza, ou uma

forma de energia em outra, pode ser realizada por um sistema conhecido como

transdutor. Simplificando, “transdutor é um sistema que transforma uma forma

de energia para fins de medida.” [4]

Existe sempre uma confusão entre sensores e transdutores, porém por

definição o transdutor é o sistema por inteiro, que produz um sinal devidamente

proporcional à grandeza física que está sendo medida. Por outro lado o sensor é

apenas a parte do transdutor que “sente” a grandeza física a ser medida pelo

transdutor.

3.4.1 Finalidade do Transdutor:

Detectar a presença, a mudança, a amplitude ou a freqüência de uma

determinada medida.

Providenciar na saída um sinal elétrico, que, quando convenientemente

processado e aplicado a um aparelho de medida nos permite quantificar o

elemento medido. Esse elemento pode ser uma quantidade, uma propriedade ou

uma condição que o transdutor transforma num sinal elétrico.[4]

3.4.2 Características dos Transdutores

Na escolha de um transdutor é necessário observar alguns aspectos

que podem ser de grande relevância no desenvolvimento de um projeto. Estes

aspectos estão descritos abaixo de forma um pouco mais sucinta. [4]

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Faixa

Representa os níveis de amplitude do sinal de entrada, sinal o qual o transdutor

deve operar.

Resolução Pode ser definida como o menor incremento do sinal de entrada que pode ser

sensível e conseqüentemente medido pelo instrumento.

Sensibilidade O transdutor deve ser suficientemente sensível para permitir uma saída

razoavelmente detectável.

Linearidade O objetivo de uma curva de resposta de um transdutor é que ela seja o mais

próxima de uma reta, configurando assim a linearidade do transdutor.

Exatidão ou Erro Todo instrumento apresenta uma exatidão que seria definida pela diferença

absoluta entre o valor real da medida e o valor que o instrumento indica.

Precisão ou Repetibilidade É a capacidade do instrumento obter o mesmo valor várias vezes pelo mesmo

instrumento, sendo dado pelo desvio padrão das medidas efetuadas de um

mesmo valor.

Relação Sinal/Ruído É definida pela relação entre a potência de um sinal que está sendo indicado na

saída e a potência do sinal de ruído com o sinal ausente.

Estabilidade

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23

Define-se estabilidade pela capacidade do instrumento em retornar a uma

situação permanente depois de receber um sinal qualquer.

Isolação

Encontrada dentro do instrumento com a finalidade de que não haja ruptura, um

“vazamento” pela constante dielétrica do instrumento.

Resposta de Freqüência É a faixa definida do espectro que determinado equipamento pode reproduzir.

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24

4 ESPECIFICAÇOES DO HARDWARE O sistema é composto, por uma placa para aquisição dos sinais dos

sensores, situada na base giratória do Kit, um motor de corrente alternada com

controle de velocidade e um computador.

Os computadores são excelentes instrumentos utilizados em sistemas de

controle digitais de processos dinâmicos, porque podem executar com

flexibilidade e rapidez o cálculo das ações requeridas em tarefas de regulação,

implementando, inclusive técnicas de controle.

A principal idéia de funcionamento do hardware baseia-se no

gerenciamento e aquisição de sinais provenientes de uma plataforma que se

encontra em movimento circular.

As características operacionais da implementação prática são: circuitos

eletrônicos de medição e atuação, filtros, calibração, e sensores; enquanto que

as características de experimentação são: aspectos de estabilidade e

linearidade, modelagem e controle digital, ensaios e regulação.

As técnicas do hardware de aquisição de dados desenvolvidas, utilizam

basicamente: 1 microprocessador, um módulo de transmissão e receptor de

infravermelho e demais componentes eletrônicos como capacitores e resistores.

O motor usado no projeto é um motor de indução chamado de universal. A

denominação de motor universal deriva do fato de poder operar tanto sob

alimentação CA como CC [2]. Para operar em CA, o estator e o rotor devem ser

de chapas laminadas, para evitar perdas por histerese e correntes parasitas.

Tipicamente o estator é um conjunto de pólos salientes como bobinas

enroladas sobre eles. O rotor é construído por um enrolamento distribuído em

ranhuras e ligado em serie com as bobinas do estator, que recebe o nome de

armadura. Os terminais das bobinas do rotor são soldados num anel coletor

solidário ao eixo, e a conexão com o meio externo é feita por um conjunto de

escovas de grafite conforme pode ser visto na figura 5.

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Figure 5- Motores serie universal

Esses motores podem apresentar elevadas rotações, chegando ate 12.000 rpm.

A variação de tensão aplicada permite a variação de velocidade [2].

4.1 Funções do sistema As principais características do equipamento para experimentação

podem ser resumidas como:

1- Mostra um problema comum de controle de processos industriais como o

controle da velocidade do motor CA e transmissão de dados via infravermelho.

2- Os estudantes podem apreciar através de sensações visuais (movimento do

motor e movimento de um corpo em torno de um eixo).

3- A constante de tempo do sistema estará adaptada para apreciar facilmente a

evolução dos sinais, a duração de cada movimento do corpo girante e os dados

de adquiridos pelo sistema.

4- É totalmente seguro. Foi desenvolvido dentro de uma cúpula de proteção em

madeira e acrílico, de forma que o estudante possa ter uma visualização geral

do experimento sem risco algum.

5- É fácil de manusear e a conexão com o PC é realizada pela porta serial,

simplificando significativamente a instalação.

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26

6- De manutenção reduzida, pois os componentes de implementação são

comuns e facilmente substituíveis.

4.2 Requisitos de Hardware

4.2.1 PIC16F867A

Um microcontrolador se caracteriza por incorporar no mesmo

encapsulamento um microprocessador, memória de programa e dados e

vários periféricos como temporizadores, “watchdog timers”, comunicação

serial, conversores Analógico/Digital, geradores de PWM, etc.

Para o desenvolvimento do kit foi usado o PIC16F876A, microcontrolador de

8 bits que é o responsável pelo controle do módulo dos sensores e a

interfase do infravermelho com a serial do computador.

Algumas características do PIC 16F876A são:

Freqüência de operação: 4Mhz Tensão de alimentação: 5 Vdc Conversor A/D (5 Entradas) 20 Pinos para I/O

4.2.2 Módulo de aquisição de dados dos sensores Neste módulo, são coletadas todas as informações que os sensores de

inclinação, força e velocidade adquirem para que possam ser enviados ao

computador.

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4.2.2.1 Transdutores:

4.2.2.1.1 Sensor optoacoplador

Um optoacoplador, também chamado acoplador óptico, é um componente

eletrônico formado pela união de um LED e um fototransistor, acoplados através

de um meio condutor de luz e encapsulados numa cápsula fechada e opaca á

luz.

Quanta maior corrente elétrica através do fotodiodo, maior será a

quantidade de fótons emitidos e, por tanto, maior será a corrente elétrica que

recorra o fototransistor. Consiste em uma maneira de transmitir um sinal de um

circuito elétrico a outro. Observe-se que no existe comunicação elétrica entre os

dois circuitos, ou seja existe uma transferência de informação mas não existe

uma conexão elétrica: a conexão é óptica.

Figura 6- Optoacoplador óptico

4.2.2.1.2 Strain gauge

É um resistor composto de uma finíssima camada de material condutor,

depositado sobre um composto isolante. Este é então colado sobre a estrutura

em teste com auxílio de adesivos como epóxi ou cianoacrilatos. Pequenas

variações de dimensões da estrutura são então transmitidas mecanicamente ao

strain gauge, que transforma essas variações em variações equivalentes de sua

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resistência elétrica (por está razão, os strain gauges são definidos como

transdutores).

O strain gauge, como o próprio nome diz, é um sensor de deformação

mecânica localizada.

Figura 7- Strain gauge

4.2.3 Módulo de aquisição de dados via infravermelho

Neste módulo foi desenvolvida a interface que se encarregará de receber

os sinais dos sensores, tudo por meio de um protocolo de comunicação para

saber de qual sensor está sendo enviado o valor. Para sua construção foi usada

a porta serial do micro. O LED infravermelho emissor e o fotodiodo receptor

estarão posicionados de tal maneira que não tenham nenhuma obstrução entre

eles.

4.2.4 Módulo de controle de velocidade do motor CA

Um circuito controlador de tensão CA monofásico, com controle de

potencia, foi feito para o controle da velocidade do motor, com a finalidade de ter

diferentes momentos na inclinação na haste que carregara os pesos. O que o

circuito da figura 8 faz é controlar o ângulo de condução do TIC. Disparando-o

em diversos pontos do sinal senoidal da rede elétrica, é possível aplicar

Terminal para soldar o fio de ligação

Grade Elemento Resistivo Fio ou Lâmina (foil)

Base do extensômetro

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potências diferentes a uma carga (motor, lâmpada incandescente, estufa,

secador de cabelos etc.).

Assim, se o disparo for feito no início do semiciclo, todo ele (o semiciclo

de potência) poderá ser conduzido para a carga e ela receberá potência

máxima. Entretanto, se o disparo ocorrer no final do semiciclo, uma pequena

parcela da energia será conduzida até a carga que operará com potência

reduzida. A forma de onda gerada com o disparo, é apresentada na figura 9.

10K

R2

220KPOT

C1

100nF

TIC226D

1

Vca

1

Vca

1

MOTOR

1

D1

DIODE DIAC

Figura 8- Esquemático controle

Figura 9- Tensão de saída e corrente de carga do controlador de tensão CA

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4.2.5 Módulo de conversão AD

Este módulo recebe os sinais analógicos provenientes do sensor de força

(strain gauge), este é convertido para digital e posteriormente transmitido por

infravermelho.

O conversor AD faz o mapeamento do valor de entrada analógico

(contínuo) para um valor de saída discreto, ou seja, transforma um número

qualquer de tensão em outro valor para a base binária (figura 10).

Figura 10- Função de um conversor A/D

Como os computadores só reconhecem sinais digitais, se faz necessária

a conversão de sinais analógicos para digital.

Todo conversor A/D possui uma resolução que é determinada pelo

número de bits de saída, sendo que a resolução do conversor determina o

menor passo que sinal analógico de entrada pode ser discriminado.

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4.2.6 Amplificadores Operacionais

O amplificador operacional é um amplificador muti-estágio de

acoplamento direto e entrada diferencial cujas características se aproximam de

um amplificador ideal. O Amplificador Operacional, também denominado de

amp-op é um amplificador diferencial de ganho muito elevado com uma

impedância de entrada muito alta e baixa impedância de saída [8]. Tipicamente

o amp-op é usado para se obter amplitudes variáveis de tensão, osciladores,

circuitos de filtros e muitos tipos de circuitos de instrumentação. [8]

A pinagem de um amplificador operacional 741, um dos mais populares,

pode ser visualizada na figura 14, bem como a descrição de cada pino.

Figura 11- Amplificador Operacional 741

Os amplificadores operacionais serão utilizados no projeto no módulo

de tratamento de sinais provenientes dos sensores de força, já que as tensões

que eles geram são muito baixas e com muito ruído, tendo que condicionar o

sinal para poder obter uma leitora certa do que está acontecendo em termos de

deformação da haste.

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5 ESPECIFICAÇÕES DO SOFTWARE

5.1 Ferramentas de desenvolvimento e linguagem de programação

O projeto foi desenvolvido principalmente na linguagem de programação

C++, plataforma do C++ Builder 6.0 pois é uma ferramenta de fácil uso alem de

eficiente e poderosa na parte de transmissão serial.

Para a programação do firmware, que é o responsável pela configuração

do microcontrolador, operação do conversor analógico digital e transmissão dos

dados para o computador, será utilizado o MPLAB IDE [MICROCHIP] e a

linguagem C para microcontroladores PIC.

5.2 Software do sistema

O software desenvolvido tem a funcionalidade de interpretar os valores

provenientes da porta serial e determinara os cálculos da:

• Força centrípeta do corpo

• Velocidade que o corpo tem em um determinado instante

• Ângulo que o corpo faz com a haste

• Posição num determinado momento do movimento

Todos estes cálculos são referentes, à aquisição dos dados recebidos

pelo módulo de recepção via infravermelho. O programa mostra ao usuário uma

interfase gráfica para Windows com os resultados finais.

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6 PREVISÃO DE CUSTOS A seguir são apresentados os custos do projeto:

• Hora técnica do profissional: R$ 5.00 aprox 600 horas = R$3.000

• Motor de corrente alternada: R$ 25.00

• Componentes do receptor do infravermelho: R$ 40.00

• Componentes do módulo dos sensores: R$90.00

• Cúpula protetora: R$70.00

• Módulo do controle da velocidade: R$20.00

• Módulo para o Microcontrolador PIC16F876A: R$40.00

Um total de R$3.285

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7 CRONOGRAMA DO PROJETO

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8 PROJETO DO HARDWARE

O hardware desenvolvido no projeto tem a funcionalidade de detectar as

diferentes posições e variações de um corpo quando este se encontra em

rotação sobre um eixo, captura esses sinais, converti-os a sinais digitais e envia-

os para o computador.

A segunda parte do hardware, um módulo de controle do sinal senoidal

da rede elétrica é o responsável por aplicar potencias diferentes e no final

conseguir o controle da velocidade do motor de indução.

8.1 Circuito de alimentação

Para á alimentação do circuito de controle dos sensores e transmissão

dos dados, foram utilizadas baterias de 9V regulada para uma tensão de 5V, por

meio do circuito apresentado na figura 12. Já o motor de indução, é alimentado

diretamente da rede elétrica (127volt).

IN1

OUT3

U1

LM7805C/TO220

D1

DIODE

R1KRESISTOR

D3LED

C1CAPACITOR

VCC

+5V

0V

GND

Vdd +

Figura 12- Módulo regulador de tensão para 5V

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8.2 Controle da velocidade

O circuito para o controle da velocidade gerencia o disparo do TIC.

Quando o potenciômetro se encontra na sua posição de valor máximo, o tempo

de carga do capacitor até ocorrer o disparo do DIAC (que controla o TIC) é

maior. O disparo ocorre quase que no final do semiciclo e a potência entregue

ao motor é mínima. Com o potenciômetro na sua posição de mínimo, a carga do

capacitor é rápida e o disparo do DIAC ocorre no início do semiciclo quando o

motor desenvolve praticamente toda a sua potência.

Uma característica importante do circuito da figura 13 é que sendo o

controle feito pela parcela do semiciclo aplicado e não pela sua tensão, o torque

se mantém mesmo em baixas velocidades.

10K

R2

220KPOT

C1

100nF

TIC226D

1

Vca

1

Vca

1

MOTOR

1

D1

DIODE DIAC

Figura 13- circuito regulador de potencia

8.3 Módulo dos sensores

8.3.1 Ângulo e velocidade

Para medir o ângulo da haste com a vertical, utilizou-se um optoacoplador

(figura 14), posicionado no axial da haste, e um encoder calibrado para

interromper o feixe de luz 6 vezes nos respectivos ângulos 15°-30°-45°-60°-75°-

90. Por meio dele e do valor da velocidade, foi possível verificar o ângulo que o

corpo tem num determinado instante.

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A cada passagem, é gerado um pulso que o microcontrolador interpreta,

guarda e compara com o valor da velocidade, se o valor da velocidade

aumentou, o ângulo è incrementado em 15°, se ela decresce, o ângulo será

diminuído nos mesmos 15°. O firmware do microcontrolador está configurado de

tal forma que o valor mínimo do ângulo è 0° e um valor Máximo de 90°.

Figura 14- Optoacoplador para medição do ângulo

Para obter o valor da velocidade, foi usado o mesmo mecanismo de

medição, a diferencia é que o optoacoplador estará posicionado no eixo central

da haste e a cada giro do motor (360°). O microcontrolador interpretara este

sinal e por meio do timer e um contador, envia ao receptor, o numero de

passagem que ocorreram em um minuto.

Os valores práticos do sensor a ser usado no projeto se encontram entre

20% e 300 %, dependendo da potência da radiação do LED, da eficiência na

transmissão do sinal luminoso e da razão de transferência de corrente estática o

fototransistor.

8.3.2 Sensores de deformação

Um dos fatores envolvidos no movimento circular é a força centrifuga que

a haste tem quando se encontra em rotação. Para medir este valor, tentou-se

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utilizar sensores de deformação do tipo String gauge, porem, logo de vários

testes com a plataforma em movimento não foi possível obter o resultado

esperado e a tensão resultante não apresentava um padrão com o qual se

pudesse validar a força exercida na haste.

Figura 15- Partes do string gauge

O princípio de funcionamento baseia-se na variação da resistência

ôhmica de um extensômetro, quando submetido a uma deformação. Foram

utilizados dois extensômetros ligados entre si segundo a ponte de Wheatstone

apresentada na figura 16, sendo o desbalanceamento da mesma, em virtude da

deformação dos extensômetros, proporcional à força que a provoca. É através

da medição deste desbalanceamento que se obtém o valor da força aplicada.

Os extensômetros foram colados a uma haste metálica (alumínio) na

posição apresentada na figura 17. A força atua, portanto sobre o corpo da haste

e a sua deformação é transmitida aos extensômetros, que por sua vez mediram

sua intensidade. A forma e as características da haste devem ser objeto de um

meticuloso cuidado, tanto no seu projeto quanto na sua execução, visando

assegurar que a sua relação de proporcionalidade entre a intensidade da força

atuante e a conseqüente deformação dos extensômetros seja preservada tanto

no ciclo inicial quanto nos ciclos subseqüentes, independentemente das

condições ambientais. A forma e peso, portanto, deve conduzir a uma

"linearidade" dos resultados.

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Figura 16- Esquemático da Ponte de Wheatstone usada para testes

A análise do circuito está desenvolvida abaixo:

E = VABC = VADC

IABC= VABC/(R1 + R2)

IADC=VADC/(R3 + R4)

eo = VBC - VDC

eo = R2.IABC - R3.IADC

eo = E.R2/(R1 + R2) - E.R3/(R3 + R4)

eo = E.(R2.R4 - R1.R3) / (R1 + R2).(R3 + R4)

A cada extensômetro é definida a tensão elétrica E aplicada à ponte.

O extensômetro pode ocupar o lugar de um, dois ou quatro resistores.

Sua posição na ponte é definida pelo tipo de medição a que se destina o circuito.

No caso da haste foram utilizados dois extensômetros. O primeiro para medição

da deformação e o segundo para equilibrar a ponte e diminuir erros.

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Figura 17- Localização dos sensores na haste

8.4 Microcontrolador

Na figura 18 são descritas as ligações dos componentes ao

microcontrolador que gerencia os sensores e o protocolo de comunicação com a

porta serial.

Os pinos 21 e 22, normalmente em nível lógico zero, enviam um pulso de

aproximadamente 5v ao Tx (pino 17) quando o feixe dos sensores é bloqueado.

No pino 17 está conectado o LD271 transmissor de infravermelho

estrategicamente colocado na ponta da haste (figura 19) único lugar, no qual o

LED se encontra em uma correta posição para a transmissão de dados, pois

este deve estar alinhado com o módulo receptor, que se encontra na parte fixa

da caixa protetora.

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12

J2

CON2

R5

330

D4

LED transmissor

VIN1

GND

2

VOUT3

U3 LM7805/TO

MCLR/VPP/THV1

RA0/AN02

RA1/AN13

RA2/AN2/VREF-4

RA3/AN3/VREF+5

RA4/T0CKI6

RA5/SS/AN47

GND19

OSC1/CLKIN9

OSC2/CLKOUT10

RC0/T1OSO/T1CKI11

RC1/T1OSI/CCP212

RC2/CCP113

RC3/SCK/SCL14

RC4/SDI/SDA15

RC5/SDO16

RC6/TX/CK17

RC7/RX/DT18

GND8

VDD20

RB0/INT21

RB122

RB223

RB3/PGM24

RB425

RB526

RB6/PGC27

RB7/PGD28

U9

PIC16F876

10K

100uFD2

LED

4 Mhz

R4470

33pF

SW2

D3

1N4001 33pF

12345678

J1

Figura 18- Descrição dos pinos do PIC

Figura 19- Transmissor infravermelho na sua posição final

Um dos primeiros módulos a ser conectado ao microcontrolador foi o

circuito oscilador (figura 20), um cristal oscilando a 4Mhz. É esse cristal que

gera os pulsos precisos para um bom funcionamento do microcontrolador.

Transmissor infravermelho

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Figura 20- Circuito oscilador de 4Mh o PIC16F876A

8.5 Transmissão de infravermelho

Um outro módulo necessário para o projeto é o conversor de sinais

RS232/TTL (figura 21) utilizado para fazer a conexão entre o módulo receptor

dos sinais infravermelhos e o computador através da porta serial. Na figura 20

podemos ver que no pino 11 do Max232 esta ligada uma das saídas de um

buffer 74ls541 que recebe os pulsos enviados pelo transmissor por meio de um

foto-transistor para infravermelhos (BP103B3) . Este buffer foi utilizado já que

existia uma tensão no led, que o Max interpretava erroneamente como sendo

um valor. O pino 2 do conector DB9 é conectado através do cabo serial ao pino

14(Tx) do Max232. O pino 5 (GND) do conector é ligado ao terra do circuito de

alimentação. Os capacitores eletrolíticos são utilizados para configurar o

funcionamento certo do Max232.

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VIN1

GND

2

VOUT3

U5 LM7805/TO

10uF

D8

1N4001 VCC

12

J2

CON2

SW3 R7

56k

VCC

D6

LED Receptor

A12

A23

A34

A45

A56

A67

A78

A89

G11

G219

Y118

Y217

Y316

Y415

Y514

Y613

Y712

Y811

U11

74LS541

C1+1

C1-3

C2+4

C2-5

VCC16

GND15

V+2

V-6

R1OUT12

R2OUT9

T1IN11

T2IN10

R1IN13

R2IN8

T1OUT14

T2OUT7

U4

MAX232

1uF1uF

VCC1uF

1uF

594837261

CONNECTOR DB9

VCC

Figura 21- conversor de sinais RS232/TTL para comunicação serial entre a placa controladora e o computador

A seção receptora do infravermelho foi conectada a uma porta serial

COM. Os pulsos provenientes do LED infravermelhos têm freqüência de 160

Hz e seu alcance, com o receptor, está entre 1 e 3cm. Com outros tipos de

receptores pode-se alcançar até cerca de 30cm, sem qualquer lente

focalizadora, mas com um alinhamento perfeito entre Tx e Rx, mostrado na

figura 22. Como a plataforma não é uma estrutura fixa, pelo contrario, o

transmissor esta em rotação sob seu próprio eixo foi decidido deixa-lo mais

próximo possível, para evitar erros na transmissão e futuramente, erros nos

cálculos.

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Figura 22- alinhamento do receptor com o transmissor de infravermelho

9 PROJETO DO SOFTWARE

O projeto de software deste projeto está dividido no firmware da placa

controladora e no software de analise dos dados.

9.1 O firmware

É o encarregado de gerenciar cada uma das portas usadas do

microcontrolador. Nele está especificada a velocidade de transmissão dos

dados, os pinos utilizados para aquisição e envio de sinais, a configuração do

timer e da porta serial e alguns cálculos necessários para obter no final o ângulo,

velocidade e força certos.

Neste programa, Também está especificado o protocolo de comunicação

utilizado para saber qual dos sensores foi ativado, o inicio e o fim da

transmissão dos dados e o tempo total que leva o processo em acontecer.

A figura 22, apresenta o fluxograma, caminho que os dados e as instruções

fazem a cada vez que é inicializado o PIC.

Conector porta serial

Receptor de infravermelho

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9.1.1 Fluxograma do firmware

inicio

configuracao da porta serial e das portas

interrupcao porta

carater recebido?

converte dados dos sensotes

envia dados dos sensores

Habilita transmissao

nao

sim

Figura 22- Fluxograma do firmware

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9.1.2 Diagrama de estados

Em espera Lendo a porta serial

Configurando conversor

Transmitindo dados

Convertendoos sinais

Interrupcao porta serial (RX)

Inicio

Figura 23- Diagrama de estados do Firmware

9.2 Software de analise

Este software é executado no computador. Consiste numa interface gráfia

que tem por finalidade manipular e mostrar de uma forma fácil de entender, os

dados recebidos pela porta serial. É o encarregado de transformar os bits em

dados com os quais poderão ser feitos os cálculos da força, ângulo e velocidade

do corpo num determinado momento.

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As opções que o software oferece são:

• Mostrar: habilita a transmissão de dados pela porta serial

• Parar: congela a tela, para poder visualizar e comparar dados.

• Zerar: é um reset para o programa zera os valores das variáveis

• Sair: sai do programa

Os campos que o usuário pode visualizar descrevem o seguinte:

• Tempo: mostra o tempo transcorrido desde o início dos testes

• Velocidade: a velocidade em radianos por segundo, que o corpo tem num

determinado instante.

• Ângulo com velocidade: recebe o valor das passagens do encoder e o

compara com a velocidade se aumento, o ângulo será incrementado, se a

velocidade diminuiu, o ângulo será decrementado.

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• Ângulo sem velocidade: é o valor calculado matematicamente com a

freqüência do corpo em rotação. Isto é feito para que o usuário possa

comparar a margem de erro que é mínima em altas rotações. Estes dois

parâmetros podem ser observados tanto gráfica como numericamente.

• Força: mostra o valor que a força centrípeta, está exercendo sobre a

haste.

• Leitura atual: mostra o valor atual recebido pela porta

• Histórico de leitura: mostra um histórico dos dados que estão sendo

enviados pelo transmissor, sem tratamento nenhum

Na figura 24 é apresentado o diagrama de caso de uso do software

analisador, com cada um dos agentes que interagem na execução do mesmo.

Figura 24- diagrama de caso de uso do software analisador

Aumentar velocidade

Inicio

Diminuir velocidade

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9.3 Descrição do processo de software

9.3.1 Rotina do microcontrolador

A rotina do microcontrolador é a responsável pela inicialização do sistema

cada vez que este é resetado. Esta configuração carrega as ferramentas básicas

do clock e seleciona as rotinas dos sensores, como é apresentado na figura 25.

INICIO NO MRICROCONT

Inicializa o timer

inicializa o oscilado

inicializa as entradas e as

saidas

velocidade Min

velocidade max

inicializa oconversor

A\D

retorna

Figura 25- Fluxograma Microcontrolador

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9.4 Transmissão do infravermelho

A transmissão de dados infravermelho é implementada de acordo com

protocolos e padrões. Esses padrões são projetados para aceitar componentes

de baixo custo como no caso do projeto.

O protocolo usado especifica os procedimentos que oferece suporte para

estabelecer o vinculo, a descoberta de endereços de dispositivos, a negociação

da inicialização da conexão e da taxa de dados, a troca de informações, a

desconexão e o desligamento do vinculo.

9.4.1 Fluxograma da transmissão

A placa microcontroladora cria um vínculo detectado através de uma

solicitação do usuário. A estação de comando envia uma solicitação de conexão

a 9.600 bits por segundo para outro dispositivo (incluindo informações como

endereços, taxa de dados, e outros recursos como os sinais já convertidos dos

sensores). O dispositivo de resposta assumirá o papel secundário e retorna

informações que contem seu endereço e seus recursos. A estação principal do

microcontrolador e a secundária alteram a taxa de dados e os parâmetros do

vínculo passando a utilizar a configuração comum definida pela transferência

inicial de informações.

Finalmente á estação principal envia dados para estação secundária

confirmando a conexão. Os dispositivos são conectados e iniciam a

transferência de dados sobre o controle do dispositivo principal, o fluxograma é

mostrado na figura 26.

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Inicio

Solic Usuario

Cria Vinculo

recebe(Secundario)

Retorna endereço

Solicita Conexao(Primario)

Fechar

FIN

sim

Não\Fecha

Figura 26- Fluxograma do Infravermelho

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10 RESULTADOS E CONCLUSÕES

Para a calibração de cada um dos sensores, foram feitos diferentes testes

cujos resultados são mostrados nas tabelas a seguir:

10.1 Velocidade

O valor Máximo da velocidade do motor, medido com um tacômetro foi de

1710 rpm rotações por minuto. A freqüência de rotação máxima, mostrada pelo

computador foi de 29 rps (rotações por segundo). O timer do microcontrolador foi

configurado em contagem de um segundo por ser está, a unidade padrão para

cálculos de velocidade. No software foi deixado à vista do usuário o valor que o

timer estava enviando (tempo em segundos) ao computador, comparando este

valor com um cronômetro digital, observo-se que o intervalo de um segundo

estava ocorrendo de forma correta sem erros nem variações aleatórias.

Por este motivo pode se concluir que o erro de 1,6% obtido no valor da

freqüência de rotação pode diminuir, se em vez de usar um tacômetro digital

segurado pela minha mão, usamos um tacômetro ótico, que pela sua forma de

posicionamento pode chegar a ser mais exato.

Figura 27- Valor Maximo em rotações por minuto obtido por um tacômetro

A tabela abaixo mostra alguns dos valores de testes obtidos no software,

com seu respectivo valor medido no tacômetro.

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Tabela 1- valores medidos e valores calculados da velocidade

10.2 Ângulo:

Para calibrar o ângulo que a haste faz com a vertical quando está se

encontra em rotação, foi usado um encoder, modificado de forma que a

separação das suas divisões tiverem intervalos de 15°.

Fisicamente, conhecendo a velocidade linear e o raio do sistema em rotação,

podemos encontrar o ângulo num determinado instante. Sabendo que:

Tag ө = V 2 / Rg

1710 29 1681 28 1402 27 1375 23 1280 20 1040 17 744 12 556 9 491 8 404 7 358 6 325 5 166 3 67 1 0 0

Velocidade medida pelo tacômetro em

rpm

Velocidade calculada em

rps

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Onde V e a velocidade linear, R é o raio da haste (27cm), g a força da

gravidade = 9.8 m/s2 e ө é o ângulo que queremos achar é possível determinar

com está formula o valor do angulo. Na interfase gráfica do software, está

disponível para o usuário o valor do ângulo calculado com a formula descrita

acima e a visualização do ângulo com os dados provenientes do sensor

posicionado no axial da haste, isto foi feito para que o usuário tenha uma forma

de comparar o valor esperado matematicamente com o valor amostrado pelo

sensor.

A tabela 2 mostra, o valor da velocidade lineal em cada instante (m/s), os

valores do sensor ângulo mostrados graficamente pelo software e os valores

calculados pelo software usando a velocidade.

Tabela 2 – valores do ângulo pelo sensor e calculado pelo software.

Velocidade da

plataforma

Ângulo em graus da haste

mostrado graficamente no

software

Ângulo da haste em graus

calculado pelo software

0 0 0

0,318 15 14..87

0,467 30 29.91

0,614 45 44.83

0,809 60 59.4

1,187 75 73.82

4.653 90 88.94

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Figura 28- Ângulos apresentados no software 0°°°°-15°°°°- 30°°°°- 45°°°°- 60°°°°-75°°°°- 90°°°°.

10.3 Força

O calculo da força centrifuga da haste, foi determinado pela formula

fc= mv2 / r, onde m é a massa do corpo pendurado nas hastes, v a velocidade da

plataforma e r o raio. A massa do objeto foi calculada da seguinte forma:

Massa = (PesoObjeto em Kg * 9.807) / 9.8

O Valor do peso foi multiplicado por 9.807 para passar para Newton

A tabela 3 mostra os valores da força centrifuga do corpo em movimento

circular com velocidades variadas.

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Tabela 3 – Resultados calculados da força centrípeta

Velocidade Força centrifuga peso de

5g Força centrifuga com

peso de 10g 0 0 0

0,318 0.003746 0.00374800

0,467 0.00404157 0.00808314

0,614 0.006986394 0.01397278

0,809 0.012128675 0.024257

1,187 0.026110653 0.0522213

4.653 0.401219847 0.8024397

A ponte construída nas especificações, para medição da força teve

ótimos resultados no protoboard. Ao exercer uma força na haste que variara a

resistência do strain gauge foram obtidos valores validos de deformação que

testados e confirmados no sistema de medição de deformação implementado no

laboratório de resistência dos materiais da engenharia mecânica. Já a

implementação do mesmo na plataforma de rotação, não obteve o mesmo

resultado, a força não era exata e não era possível a sua visualização. Foi por

este motivo que se decidiu deixar a força calculada pelo software, tudo para ter

um melhor entendimento do sistema.

10.4 Transmissão infravermelho

A transmissão infravermelha funcionou conforme o esperado. As

dificuldades, ao principio, aconteceram no alinhamento entre o transmissor e o

receptor. Para isso, os módulos foram construídos de tal forma que o

transmissor e o receptor de infravermelho foram fixados, e não ter erros ou

valores indesejados nos dados transmitidos. O receptor foi coberto de forma que

a luz externa, não incida na comunicação e o transmissor colado na ponta da

haste (figura 30).

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Figura 29- posicionamento do transmissor e o receptor para uma melhor comunicação.

Receptor de infravermelho

Transmissão de infravermelho

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11 VALIDAÇÃO

O objetivo deste projeto foi a construção de uma plataforma que

mostrasse de forma fácil as forças que um corpo tem quando se encontra em

movimento circular. A estrutura foi capaz de se movimentar e de levantar os

diferentes pesos sem nenhum tipo de contato e os módulos de transmissão e

recepção funcionaram conforme o esperado. Um dos aspetos a se levar em

consideração nesses módulos é o alinhamento entre o led transmissor e o

receptor. Com a estrutura construída para isto, a transmissão teve um fluxo bom

de dados sem perdas no caminho.

Na aquisição do sinal do ângulo utilizou-se um encoder modificado para obter

intervalos de 15°, validado com ajuda de um transferidor. Com fins de

melhoramento do produto para futuros projetos, poderia ser usado um encoder

absoluto, com maior precisão na medição, dando um valor diference a cada um

dos seus espaçamentos, podendo com este, ter mais valores de ângulos para

visualização.

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13 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] PAUL E. TIPPENS “FISICA 1”. Mc GRAW-HILL, INTERAMERICANA DE MEXICO,S.A, 1992. [2] GILLERME FILIPPO FILHO. “MOTRO DE INDUÇÃO”, ERICA, SÃO PAULO 2000.

[3] MUHAMMAD H. RASHID. “ELETRÔNICA DE POTENCIA”, MAKRON

BOOKS DO BRASIL, SÃO PAULO 1999.

[4] MARCELO MARTINS WERNECK. “TRANSDUTORES E INTERFACES”,

LTC S.A LIVROS TECNICOS E CIENTIFICOS, RIO DE JANEIRO, 1996.

[5] FISICA GERAL DISPONIVEL EM WWW :

http://www.ualg.pt/fct/fisica/PDFdoc/força_centrifuga.pdf UNIVERSIDADE

DO ALGARVE, 2004.

[6] ACELERAÇAO EM MOVIMENTO CIRCULAR DISPONIVEL EM WWW:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_circular MARÇO, 2006.

[7] MAQUINAS ELETRICAS, ANTONIO A.R. COELHO,

SANTACATARINA, 1996.

[8] ANTONIO PERCENTE-JUNIOR, “AMPLIFICADORES OPERACIONAIS ”,

MAKRON, SÃO PAULO, 1996.

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MANUAL TECNICO

Monitoramento e Controle das Forças Atuantes num Corpo em Movimento Circular

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NOTIFICAÇÂO Este manual, junto com todas as informações técnicas, imagens, ilustrações e

software são de propriedade única do autor. Não pode ser reproduzido nem

copiado sem a autorização do mesmo. Sujeito a mudanças sem aviso prévio do

autor.

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Descrição

Este manual contém todas as especificações técnicas necessárias do Kit,

assim como uma descrição detalhada do hardware e do software desenvolvido,

a fim de facilitar e solucionar eventuais problemas de funcionamento.

Lista de componentes

Componente Função 16F876A Microcontrolador Max232 Driver Para Serial 74ls541 Buffer Strain_gauges Deformação Optoacoplador Detector de passagem BP103B3 Foto-transistor Receptor

LD 271 Infrared Emitter LM7805 Regulador de tensão

Mecânica do KIT A parte da plataforma do Kit foi feita em alumínio e madeira, dividida em:

• Um Motor universal

• Uma haste central

• Uma base no topo da haste com mais duas hastes axiais

• Módulo transmissor

• Kit de pesos com massas diferentes para testes

• Caixa protetora em madeira com tampa de proteção em acrílico

• Base em madeira lateral para diminuição de vibração

• Módulo Receptor

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Manutenção

A parte mecânica do Kit é inteiramente desmontável, a fim de facilitar sua

manutenção, mas não deve ser feita pelo usuário se este não tiver condições de

calibrar cada uma das partes, pois qualquer desequilibro pode gerar erro nos

cálculos finais.

São utilizados dois optoacopladores para os cálculos de velocidade e

ângulo.

O primeiro encontra-se no topo do módulo transmissor, junto à haste

central para obter a freqüência do motor e poder posteriormente obter a

velocidade angular em determinado momento.

O segundo está posicionado na esquina da base que contem o módulo

transmissor, ele lê as passagens do encoder, estes pulsos são usados para

determinar o ângulo em que a haste se encontra ao variar a velocidade.

Os sinais dos dois sensores chegam, digitalmente, a placa transmissora,

deve-se ter extremo cuidado na escolha dos resistores do circuito do

optoacoplador já que uma variação delis pode queimar o componente, o valor

recomendado é de 470 ohms para o emissor e 100K ohms para diodo.

Alimentação elétrica

Os módulos de aquisição e recepção de dados, funcionam com tensão

de 5V. Dentro de cada módulo está implementado um circuito para regular a

tensão proveniente das baterias de 9V que alimenta cada um dos componentes.

Estas se encentram dentro das caixas com um suporte e um conector para troca

fácil do usuário.

O motor, é ligado diretamente na tomada (127V) passando por um circuito

regulador de potencia, para poder variar a velocidade.

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Tratamento do sinal

Os sinais digitais, transmitidos pelo infravermelho são provenientes dos

optoacopladores eles têm uma variação de 0V quando não tem passagem e de

3.8V ate 5V quando é interrompido o feixe. Esta faixa é suficiente para que o

pulso seja transmitido sem perda de dados pelo infravermelho.

Já na parte receptora foi utilizado um buffer 74ls541 para regular a tensão

do fototransistor para uma melhor leitura na interfase serial, pois ele tinha uma

tensão de 0,8V que não era aceito como zero pelo max232 e por conseqüência

existiam perdas de dados no software.

Microcontrolador

O microcontrolador é o encarregado de coletar e gerencias os sinais dos

sensores. Alimentado com 5V usa o pino 17 para transmitir os pulsos dos

sensores pelo LD271 precisando de uma resistência de 330 ohms ate 470 ohms

para não queimar o transmissor.

Transmissão serial

Os pulsos capturados pelo receptor são enviados para o computador

serialmente. Para a conversão dos níveis de tensão aceitos por esta porta é

usado o circuito integrado MAX232 da Texas instrument.

Inspeção do sistema

1- Sem alimentar o circuito, verifique a continuidade dos fios.

2- Verifique se cada um dos módulos está ligado. Para isso, o LED do lado

direito dos módulos deve estar aceso.

3- Verifique se os sensores estão funcionando corretamente, se ao cortar o

feixe existe mudança de nível de tensão.

4- Reset o PIC com o botão do lado esquerdo do módulo transmissor

5- Com um voltímetro, verifique se o cabo serial tem continuidade nos cabos

6- Ligue o cabo serial no módulo receptor e no computador

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7- Com ajuda de uma lanterna de luz infraverleho e do programa de

comunicação serial (Hyperterminal) verifique se a interfase do max232

está funcionando

8- Alinhe o módulo receptor

9- Verifique se o transmissor está enviando os pulsos certos pelo LD271 ao

resetar o PIC o software deve mostrar a palavra “INICIO”

10- Teste o circuito de variação de velocidade ligando o motor na tomada

(127V) e girando o potenciômetro de controle.

Software de leitura

Este software foi desenvolvido única e exclusivamente para o

monitoramento da plataforma de rotação. Nele são amostrados os cálculos da

velocidade, a freqüência de rotação o ângulo e a força que está atuando sobre a

haste.

Para uma leitura coerente dos dados, verifique se o RadioButto do peso do

objeto escolhido, coincide com aquele que está na ponta das hastes.

O software mostrara numérica e graficamente o que está acontecendo na

plataforma enquanto aumenta ou diminui a velocidade.

Monitoramento e controle de um corpo em movimento circular

Autor: Judy Lorena Huertas

Email: [email protected]

Orientador: Prof. José Carlos da Cunha

Email: [email protected]

UnicenP

Centro Universitário Positivo

Engenharia da Computação

Curitiba 6 de Novembro de 2006

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MANUAL DE USUARIO

Monitoramento e Controle das Forças Atuantes num Corpo em Movimento Circular

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NOTIFICAÇÂO

Este manual, junto com todas as informações técnicas, imagens, ilustrações e

software são de propriedade única do autor. Não pode ser reproduzido nem

copiado sem a autorização do mesmo. Sujeito a mudanças sem aviso prévio do

autor.

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O Kit é um sistema que contempla uma interface gráfica que permitirá, a

partir de sensores de inclinação, velocidade e força, dentre outros, a

interpretação e análise de um corpo em movimento circular .

Neste manual, são disponibilizadas informações sobre o funcionamento

da plataforma e do software, com o objetivo de um melhor entendimento nos

experimentos de física.

Descrição

• Plataforma com motor elétrico

• Módulo transmissor

• Kit de Pesos com massas diferentes para testes

• Caixa protetora em madeira com tampa de proteção em acrílico

• Base em madeira lateral para diminuição de vibração

• Módulo Receptor

• Cabo Serial

• Módulo de variação de velocidade

• Software de monitoramento. Para a execução do software é necessário

que a porta serial com1 esteja livre para uso.

Utilização

1. Você receberá a plataforma pronta para uso, certifique-se que todas as

partes estejam posicionadas nos lugares certos da plataforma.

2. ligue cada um dos módulos de transmissão e recepção de dados. Você

saberá que estão ligados se o LED do lado direito estiver aceso.

3. Ligue o cabo serial no módulo receptor e na CPU do seu computador

4. Execute o programa

5. Coloque os pesos nas hastes e verifique se é o mesmo que está marcado

no software. Se for diferente mude

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6. Ligue a plataforma na tomada (127V)

7. Pressione “MOSTAR” para começar com a aquisição dos dados

8. Varie a velocidade e veja o que está acontecendo.

Manutenção

Os módulos de aquisição e recepção dos dados são alimentados com

bateria 9V. Verifique se cada um dos módulos está ligado para isso o led do lado

direito dos módulos deve estar aceso se não estiver, troque a bateria.

Resete o módulo transmissor com o botão do lado esquerdo e verifique

se foi mostrada a palavra “inicio “ na tela, se não estiver, alinhe o receptor na

base se madeira e assegure-se que o cabo serial esteja bem conectado. Resete

novamente.

Teste o circuito de variação de velocidade ligando o motor na tomada (127V) e

girando o potenciômetro de controle.

Monitoramento e controle de um corpo em movimento circular

Autor: Judy Lorena Huertas

Email: [email protected]

Orientador: Prof. José Carlos da Cunha

Email: [email protected]

UnicenP

Centro Universitário Positivo

Engenharia da Computação

Curitiba 6 de Novembro de 2006