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MONITOR DE TRANSPORTE ESCOLAR Gabriela Saldanha Instrutora

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Curso de Monitor de transporte Escolar IBEP Cursos (61) 3563 4891

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MONITOR DE TRANSPORTE ESCOLAR

Gabriela Saldanha Instrutora

O DIREITO À EDUCAÇÃO E A PRIORIDADE ABSOLUTA

COMO DEVE SER O CONDUTORQUAIS AS HABILIDADES DE UM MONITOR DE TRANSPORTE

ESCOLAR. CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO..

CAMPANHAS EDUCATIVASENTENDENDO A CRIANÇAPSICOLOGIA E A CRIANÇA

QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL.

O QUE VAMOS ESTUDAR HOJE?

O DIREITO À EDUCAÇÃO E A PRIORIDADE ABSOLUTA

• Constituição Federal de 1988 (CF/88) traz como um dos fundamentos da República a cidadania, considerando a educação como elemento essencial para sua construção. Esse direito tão importante está garantido na Constituição como direito social fundamental, assim como a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança e outros (Art.6º).

• É assegurado o acesso de todos à educação (Art. 205, CF/88), sendo dever do Estado e da família promover sua implementação, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a vida, para o exercício da cidadania e para sua qualificação profissional. Trata-se a educação, portanto, em todos os seus níveis e modalidades, de direito subjetivo que deve ser assegurado pelo Estado sempre que demandado.

• Além da Constituição, que estabelece de que forma o dever do Estado com a educação deve ser efetivado (Art. 208), temos outros instrumentos legais que regulamentam tal direito.

O DIREITO À EDUCAÇÃO E A PRIORIDADE ABSOLUTA

• É o caso da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB (Lei n° 9.394/1996), que vem confirmar o disposto na Constituição, trazendo como garantias a serem prestadas pelo Estado, entre outras, o ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria e o atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde (Art. 4°).

• O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei nº 8.069/90) é outro instrumento importante, tratando do direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer no contexto dos princípios da prioridade absoluta e da proteção integral (Art.4º), já presentes na Constituição Brasileira de 1988 (Art. 227), por meio dos quais a criança e o adolescente são vistos como sujeitos de direitos, sendo dever de todos garantir com absoluta prioridade os direitos fundamentais deste público.

O DIREITO À EDUCAÇÃO E A PRIORIDADE ABSOLUTA

• Ainda no tocante à dificuldade de acesso aos estabelecimentos de ensino, a PNAD apontou que 14,7% das pessoas entre 7 e 14 anos não frequentam a escola por não existir escola perto de casa, por falta de vaga ou por falta de transporte escolar. A pesquisa registra a exclusão educacional a que estão sujeitos crianças e adolescentes de classes sociais mais baixas, uma vez que demonstra que quanto maior o nível de rendimento domiciliar per capita maior o nível de escolarização. Importante destacar ainda o reduzido número de matrículas nas zonas rurais, se comparado ao número das zonas urbanas, o que justificaria um maior aporte de recursos naquelas regiões geográficas.

• Vimos, assim, que o transporte escolar figura como importante elemento para a garantia da Educação concorrendo para a aplicação de dois dos princípios do ensino: o da igualdade de condições de acesso e permanência na escola e da gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais, que não se reduz à não cobrança de taxas pelas escolas.

O TRANSPORTE ESCOLAR E A LEGISLAÇÃO:

• O Poder Público tem como primeiro dever a oferta da escola perto da residência dos alunos, capaz de atender à demanda da comunidade onde está instalada. Inexistindo essa escola perto de casa, é dever do Poder Público ofertar transporte escolar gratuito e de qualidade para os alunos.

• Já vimos que esse direito é assegurado pela Constituição Federal (Art. 208, VII), como também pelo Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Art. 54) e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB (Art. 4°), estando o Estado obrigado a garantir, através de programas suplementares, o serviço de transporte escolar

O TRANSPORTE ESCOLAR E A LEGISLAÇÃO

• O transporte escolar é serviço de utilidade pública e direito público subjetivo, ficando evidente que o Poder Público deve oferecê-lo gratuitamente para crianças e adolescentes que não tenham escola perto de casa. Esse serviço tem também que ser de qualidade aceitável, para tanto, o Código Trânsito Brasileiro – CTB traz os requisitos mínimos que este transporte deve ter 2003, passou a determinar a responsabilidade de Estados e Municípios quanto ao oferecimento de transporte escolar. O sentido dessa inovação legislativa é principalmente encerrar a discussão quanto à competência desse serviço e sua universalidade, ficando Estados e Municípios, respectivamente, responsáveis por assumir o transporte escolar dos alunos de sua rede.

O TRANSPORTE ESCOLAR E A LEGISLAÇÃO

Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:

I - registro como veículo de passageiros; II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança; III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à

meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas;

IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo; V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte

superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira;

VI - cintos de segurança em número igual à lotação; VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN

Podemos destacar a obrigatoriedade de o veículo ser de passageiro, não sendo aceitável nenhum outro tipo, como veículo de carga ou misto. Assim, somente um veículo adequado ao transporte de pessoas poderia preencher os requisitos do CTB. Art. 96. Os veículos classificam-se em:

• II - quanto à espécie: • a) de passageiros: • 1 – bicicleta; • 2 - ciclomotor; • 3 - motoneta; • 4 - motocicleta; • 5 - triciclo; • 6 - quadriculo; • 7 - automóvel; • 8 - micro-ônibus; • 9 - ônibus; • 10 - bonde; • 11 - reboque ou semirreboque; • 12 - charrete; • b) de carga: • 1 - motoneta; • 2 - motocicleta;

II - quanto à espécie: a) de passageiros: 1 – bicicleta; 2 - ciclomotor; 3 - motoneta; 4 - motocicleta; 5 - triciclo; 6 - quadriculo; 7 - automóvel; 8 - micro-ônibus; 9 - ônibus; 10 - bonde; 11 - reboque ou semirreboque; 12 - charrete; b) de carga: 1 - motoneta; 2 - motocicleta;

O TRANSPORTE ESCOLAR E A LEGISLAÇÃO

Dada a importância do transporte escolar, há recursos federaisespecíficos destinados à manutenção deste serviço. O Fundo deManutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e deValorização do Magistério (FUNDEF) possibilita que, além de outrosgastos, adquiram-se veículos escolares para o transporte de alunos doensino fundamental, bem como a manutenção desses veículos, comcombustíveis, óleos lubrificantes, consertos, revisões, reposição dePeças.

COMO DEVE SER O CONDUTOR

• Ter idade superior a 21 anos; • Ter habilitação para dirigir veículos na categoria “D”; • Se pilotar embarcações, deve ser habilitado na Capitania dos

Portos; • Ter sido submetido a exame psicotécnico com aprovação especial

para transporte de alunos; • Possuir curso de Formação de Condutor de Transporte Escolar; • Possuir matrícula específica no Detran ou Capitania dos Portos; • Não ter cometido falta grave ou gravíssima nos últimos doze meses.

PERCURSO TRANSPORTE ESCOLAR .

Ao fixar o itinerário para veículos que levam e trazem crianças, devesseevitar que elas percorram caminhadas superiores a 2 ou 3 quilômetrosaté o ponto onde o veículo passa. Os itinerários devem ser fixados em função da localização da residência/escola do aluno. O trajeto residência/escola de cada aluno transportado deve ser de no máximo: • crianças com até 8 anos – 30 minutos; • crianças com mais de 8 anos – 60 minutos.

É necessário também estabelecer horários adequados para buscar e levar alunos decasa para a escola e vice-versa. Alunos que são transportados por longas distâncias e/ou horários impróprios, costumamficar sem concentração nas salas de aula.

Responsabilidade dos pais

A educação é um direito de todos e o transporte é um dos meiosde viabilizá-la em iguais condições para todos, principalmentepara as crianças. A contribuição dos pais é fundamental para queisso aconteça.

Os pais podem discutir o Transporte Escolar com os dirigentesmunicipais buscando soluções dentro da própria comunidade,garantindo eficiência, economia e segurança no transporte dosalunos.Acompanhar e fiscalizar são boas formas de participar!

Responsabilidades do Aluno

•Ficar sentado enquanto o veículo estiver em movimento; •Afivelar o cinto de segurança; •Não falar com o motorista enquanto ele estiver dirigindo; •Respeitar o monitor do veículo; •Falar com os pais sobre o que acontece durante a viagem; •Descer do veículo somente depois que ele parar totalmente; •Estando em embarcações, manter-se sentado, com a bóia salva vidas afivelada.

Quais as habilidades de um Monitor de Transporte Escolar

• É essencial que um monitor de transporte escolar tenha noções de ética, assim como habilidade de lidar com pessoas, principalmente com crianças. Nos transportes públicos destinados apenas aos estudantes, a interação deve ser estimulada, mas de forma saudável. Exigir um comportamento padrão pode ser muito complicado, mas é possível estabelecer uma condição mínima para que todos convivam bem.

Funções do Monitor de Transporte

• Acompanhar alunos desde o embarque no transporte escolar até seu desembarque na escola de destino,

• Assim como acompanhar os alunos desde o embarque, no final do expediente escolar, até o desembarque nos pontos próprios;

• Verificar se todos os alunos estão assentados adequadamente dentro do veículo de transporte escolar;

• Orientar e auxiliar os alunos, quando necessário a colocarem o cinto de segurança;

• Orientar os alunos quanto ao risco de acidente, evitando colocar partes do corpo para fora da janela;

• Zelar pela limpeza do transporte durante e depois do trajeto; • Identificar a instituição de ensino dos respectivos alunos e deixá-los

dentro do local; • Ajudar os alunos a subir e descer as escadas dos transportes;

Funções do Monitor de Transporte

• Verificar a segurança dos alunos no momento do embarque e do desembarque; verificar os horários dos transportes, informando aos pais e alunos;

• Conferir se todos os alunos frequentes no dia estão retornando para os lares; ajudar os pais de alunos especiais na locomoção dos alunos;

• Executar tarefas afins; • Tratar os alunos com urbanidade e respeito, comunicar casos de

conflito ao responsável pelo transporte de alunos; • Ser pontual e assíduo, ter postura ética e apresentar-se com

vestimentas confortáveis e adequadas para o melhor atendimento às necessidades dos alunos.

• Executar outras tarefas correlatas que lhe forem determinadas pelo superior imediato.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO CAPÍTULO XIII - DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES

Polícia Rodoviár ia Federal Código de Trânsito Brasileiro – Anotado