momentos - sbte.org.br · compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante...

36
OS MELHORES MOMENTOS 2017 Veja as fotos que marcaram nosso XXXI encontro Produção de embriões bovinos em 2016: fim de um ciclo? Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO Edição 60 ano XXXI / 2º Semestre 2017

Upload: phamkhanh

Post on 01-Aug-2019

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

OS MELHORESMOMENTOS

2017

Veja as fotos quemarcaram nosso

XXXI encontro

Produção de embriões bovinosem 2016: fim de um ciclo?

Compreendendo o metabolismo lipídico no complexocumulus-oócito durante a maturação oocitária

ARTIGO TÉCNICO

Edição 60 ano XXXI / 2º Semestre 2017

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Capa_Ed_60.pdf 1 24/10/2017 10:56:13

Page 2: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC
Page 3: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

José BuratiniPresidente da SBTE – Gestão 2016/2017

PALAVRADO PRESIDENTE

Caros amigos,

O tempo de fato voa. Temos a sensação de que nossa diretoria assumiu a SBTE há algumas semanas, mas já estamos muito próximos do final de nossa administração. O tempo passou rápido devido ao acúmulo de tarefas, mas especialmente por conta da alegria e empolgação com que realizamos essa função. Foi mais que um privilégio, e agradeço a todos vocês mais uma vez pela confiança e oportunidade. Quero reforçar minha fala no discurso de abertura de nossa reunião anual, e dizer-lhes novamente que essa foi uma das experiências profissionais mais gratificantes de minha carreira em função do significado da SBTE para mim, e por tudo que me proporcionou: oportunidades, conhecimento, diversão e amigos. Espero que nossa administração tenha conseguido proporcionar em nossas reuniões essa atmosfera científica e familiar que tanto me motivou a partir de meados da década de 90.

Uma grande preocupação e desafio para nossa administração, foi manter a qualidade científica e social das reuniões anuais, preservando a saúde financeira da SBTE nesse período de instabilidade econômica. Estipulamos como meta entregarmos nosso caixa ao menos corrigido para a próxima diretoria. E na verdade, nosso balanço financeiro foi ainda melhor do que o anunciado em nossa última assembleia, quando ainda não dispúnhamos de todas as contas. Como vocês podem ver no balanço financeiro publicado nesta edição do JOE, o caixa da SBTE foi corrigido acima da inflação, e é hoje cerca de 7% maior em valores reais em comparação ao caixa de janeiro de 2016.

Ao final de nosso mandato, estamos muito contentes com a transição entre a nossa e a próxima diretoria. Temos total confiança de que o grande e querido Marcelo Seneda, juntamente

com sua diretoria, farão um excelente trabalho. Aliás, nossas

diretorias estão em contato contínuo para o aperfeiçoamento de

aspectos administrativos e operacionais da SBTE.

Antes de me despedir na qualidade de presidente da

SBTE, quero apenas reforçar alguns agradecimentos. Para

começar, acho que na verdade não tenho como expressar

minha gratidão a todos os membros de nossa diretoria. A

união, a eficiência, o comprometimento e o sentido de

amizade e solidariedade desse grupo foram simplesmente

indescritíveis. Agradeço a todos vocês não só pela ajuda, mas

especialmente pela amizade e pela lições proporcionadas

por nosso convívio. Estendo esse mesmo agradecimento e

reconhecimento à Brix, nossa querida parceira.

Agradeço por fim às empresas do condomínio SBTE, pelo

suporte financeiro e boa vontade com que sempre receberam

nossas propostas. A participação de vocês é absolutamente

fundamental para a manutenção da qualidade de nossas

reuniões, e para a gestão da SBTE.

Obrigado a todos pela oportunidade.Vida longa à família SBTE.

Até o Costão do Santinho!Forte abraço.

Bura

Page 4: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC
Page 5: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

ÍNDICE Jornal O Embrião

Jornal O Embrião - 5

EXPEDIENTEJosé Buratini Junior

UnespPresidente

Marcelo Marcondes SenedaUEL

Vice-presidente

Claudia Maria B. Membrive (Unesp):1º SecretáriaLindsay Unno Gimenes (Unesp): 2ª Secretária

Guilherme de Paula Nogueira (Unesp): 1º TesoureiroAlexandre Rossetto Garcia (Embrapa): 2º Tesoureiro

Felipe Perecin (USP): Diretor CientíficoJosé Eduardo Portela Santos (UFL, EUA): Diretor Científico

Paula de Carvalho Papa (USP): Diretora CientíficaJosé de Oliveira Carvalho (UFES): Diretor de Comunicação

Anthony César de Souza Castilho (UNOESTE): Colaborador de comunicação Mauricio Antonio Silva Peixer (Bio Biotecnologia Animal): Diretor Comercial

Edmundo Rocha Vilel (Lageado): Representante dos Veterinários de Campo

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO:BRIX COMUNICAÇÃO E EVENTOS

Diretor de Arte: Marcelo Francelin

ARTIGO TÉCNICO PRODUÇÃO DE EMBRIÕES BOVINOS EM 2016: FIM DE UM CICLO?

REUNIÃO SBTE 2017 31ª REUNIÃO ANUAL DA SBTE

PREMIAÇÃO PREMIADOS NA ÁREA BÁSICA E APLICADA E OS PRÊMIOS DE DESTAQUE DO ANO NA ÁREA CIENTÍFICA E PROFISSIONAL DE CAMPO

ARTIGO TÉCNICO COMPREENDENDO O METABOLISMO LIPÍCO NO COMPLEXO CUMULUS-OÓCITOS DURANTE A MATURAÇÃO OOCITÁRIA

RADAR SBTE NOTÍCIAS E NOVIDADES

NOVA DIRETORIA GESTÃO SBTE 2018/2019

BALANCETE FINANCEIRO 2016/2017

06

12

18

20

30

32

34

Page 6: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

6 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

PRODUÇÃO DE EMBRIÕES BOVINOS EM 2016: FIM DE UM CICLO?João Henrique M VianaEmbrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

[email protected]

Ana Cristina Silva de FigueiredoUniversidade de Alfenas

INTRODUÇÃOUma das premissas da inovação é que a nova tecnologia ou processo não apenas chegue ao mercado, mas que sua adoção pelo setor produtivo de fato gere alguma transformação. Esta característica é muito evidente quando consideramos a produção de embriões in vitro (PIVE) como um modelo de inovação (Viana et al. 2010). O uso comercial da PIVE não apenas trouxe uma alternativa a produção de embriões in vivo, mas de fato possibilitou a expansão dos mercados existentes e a abertura de novos. Com isso, observou-se ciclos de crescimento da atividade, hoje em um patamar que representa cerca de 10 vezes (350.000 a 400.000 embriões) o que era a média da produção nos anos 90.

A análise retrospectiva dos dados estatísticos permite caracterizar dois grandes ciclos de crescimento da PIVE no Brasil. O primeiro foi associado às raças zebuínas e de corte, particularmente Nelore e Brahman, e foi seguido por um ciclo de expansão em raças leiteiras e, consequentemente, com maior participação de raças taurinas (Viana et al. 2012). Nos dois casos, a demanda reprimida por animais geneticamente superiores, associada a evolução tecnológica e conceitual da PIVE, justificam os respectivos ciclos de crescimento. E, em ambos os casos, é esperado que ao fim de cada ciclo de expansão o mercado se estabilize em um novo patamar.

Os dados estatísticos de 2016, compilados pela Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões (SBTE), sugerem a tendência de estabilização dos números no segmento leite, após alguns anos de crescimento acelerado. Ainda que possa haver também um efeito inibidor da conjuntura econômica desfavorável, este comportamento já era esperado, e pode caracterizar o fim do segundo ciclo de expansão da PIVE. O monitoramento e análise dos dados estatísticos, realizado anualmente pela SBTE, é imprescindível para compreendermos os fatores que propiciaram o início e determinaram o fim de cada ciclo e, consequentemente, para prospectarmos os fatores e segmentos que poderão estar associados a novos ciclos de crescimento no futuro.

O ANO DE 2016 EM NÚMEROSOs totais de embriões bovinos produzidos em 2016, estratificados por segmento (zebuínos e taurinos, corte e leite) e por metodologia (in vivo e in vitro), estão apresentados na Tabela 1. O total geral mostra uma discreta elevação em relação a

Page 7: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Jornal O Embrião - 7

ARTIGO TÉCNICO

2015 (+0,9%), ainda insuficiente para reverter a queda observada entre 2013 e 2015 (-9,9%) decorrente de um conjunto de fatores climáticos e macroeconômicos, conforme já discutido anteriormente (Viana et al. 2017). Novamente, observa-se uma variação nesta tendência de crescimento, quando considerados segmentos específicos.

A produção de embriões in vivo, por exemplo, apresentou alta de 43,7% no período 2015-2016, contrastando com a queda de 1,8% na produção in vitro (Figura 1). Considerando-se a série histórica, contudo, essa alta não parece constituir tendência consistente, uma vez que a produção in vivo apenas retornou ao patamar de uso desta técnica nos anos 90, e que representa apenas cerca de 40% do observado em 2006. Aparentemente, o uso da produção in vivo parece manter-se em alguns nichos de mercado, nos quais a PIVE, por questões diversas, não se tornou a técnica de eleição. Apesar da pequena flutuação negativa, a PIVE continua sendo responsável por mais de 90% dos embriões produzidos no país, e é possível que o progressivo aumento no uso da criopreservação (+70,1% ao ano entre 2011 e 2017), que em 2017 atingiu 22,0% do total de embriões produzidos in vitro, venha a contribuir para futuras reduções na produção de embriões in vivo.

Em relação aos segmentos específicos, 2016 foi marcado pela recuperação do mercado de embriões nas raças de corte, particularmente em zebuínos (+10,7%), que foi o grupamento que acusou a maior retração no período 2013-2015 (-50,5%), particularmente na raça Nelore. Já o segmento corte/taurinos apresentou pequena retração (-0,9%), após uma alta surpreendente em 2015, mas que pode ter sido circunstancial. A recuperação do segmento corte reverteu a forte tendência de aumento nos segmentos leite e taurinos observada até 2014 (Figuras 2 e 3), e entre 2015 e 2016 o mercado de embriões apresentou um maior equilíbrio entre os segmentos corte e leite.

FIM DO CICLO DO LEITE?Ao contrário dos últimos anos, nos quais o crescimento vigoroso do segmento leite compensou em grande parte a retração do segmento corte, resultando em uma relativa estabilização nos números totais no período 2014-2015, em 2016 a recuperação do segmento corte foi contrabalanceada pela queda no segmento leite (-2,3%). Esta redução, ainda que proporcionalmente pequena, é muito significativa, considerando-se que o leite foi responsável pelo segundo grande ciclo de crescimento da PIVE (Viana et al. 2012). Entre 2006 e 2014, a produção de embriões no segmento leite aumentou 115,8% ao ano, ritmo comparável ao aumento no segmento corte entre 2001 e 2006 (123,9% ao ano) decorrente do início do uso comercial da PIVE. Desta forma, as seguidas retrações observadas em 2015 e 2016 sugerem que este ciclo de crescimento acelerado pode ter chegado ao fim, e o mercado venha a apresentar uma estabilidade relativa, assim como ocorreu com o corte após 2006.

HÁ ESPAÇO PARA UM NOVO CICLO?Ainda que a indústria de embriões tenha apresentado um crescimento sem paralelo nos últimos 15 anos, e o Brasil tenha se tornado o maior produtor mundial de embriões bovinos in vitro (Perry 2016), a relativização dos números sugere que ainda há um grande potencial para crescimento. O uso de tecnologias de embriões já é muito expressivo em algumas raças puras, mas, considerando-se o rebanho nacional como um todo, alcança menos que 0,5% das fêmeas aptas a reprodução, e em um ranking de intensidade de uso, o Brasil ocupa apenas a 11ª posição (Viana et al. 2017). De fato, este paradoxo ocorre não apenas no mercado de embriões, mas em todo o segmento biotecnologia da reprodução (Sartori et al. 2016).

A evolução futura do mercado de embriões dependerá da combinação de três componentes: a conjuntura macroeconômica; o crescimento de novos mercados; e a evolução tecnológica. No caso dos dois primeiros componentes, há um conjunto de indicadores que sinaliza uma tendência de retomada do crescimento econômico e o aumento da demanda por proteína animal. Contudo, em ambos os casos a evolução tende a ser gradual, e consequentemente, também seus efeitos sobe a indústria de

Page 8: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

8 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

embriões. Por outro lado, a evolução tecnológica tem um maior potencial para gerar um “breakthrough”, e alavancar um novo ciclo de crescimento. É o caso, por exemplo, de um avanço significativo na criopreservação, cuja concretização abre todo um leque de novas possibilidades de uso e, consequentemente, novos mercados para a PIVE.

Tabela 1. Produção de embriões bovinos no Brasil em 2016, estratificada por segmento

e por tecnologia adotada ( in vivo ou in vitro).

SEGMENTO In vivo In vitro TOTAL Variação 2014-2015Zebuínos leiteiros 51 11.517 11.568 -15,3Taurinos leiteiros 16.547 175.313 191.860 -1,4SUBTOTAL 16.598 186.830 203.428 -2,3Zebuínos de corte 1.101 91.509 92.610 +10,7Taurinos de corte 14.434 68.741 83.175 -0,9SUBTOTAL 15.535 160.250 175.785 +4,9Total Geral 32.133 347.080 379.213 +0,9

Figura 1. Produção de embriões bovinos no Brasil no período 1995-2016, total e por tecnologia adotada ( in vivo ou in vitro).

450.000

400.000

350.000

300.000

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

01995

19961997

19981999

20002001

20022003

20042005

20062007

20082009

20102011

20122013

20142015

2016

In vivo In vitro

Page 9: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Jornal O Embrião - 9

ARTIGO TÉCNICO

Figura 2. Proporção do total de embriões bovinos produzidos no Brasil de 2007 a 2016 provenientes de

raças leiteiras (Leite) ou de corte (Corte).

Figura 3. Proporção do total de embriões bovinos produzidos no Brasil de 2007 a 2016 provenientes de

raças taurinas (Bos taurus) ou zebuínas (Bos indicus).

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 20162015

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

Leite Corte

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 20162015

100%

90%

80%

70%

60%

50%

40%

30%

20%

10%

0%

Bos indicus Bos taurus

Page 10: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

10 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

REFERÊNCIASPerry G. 2016. 2015 statistics of embryo collection and transfer in domestic farm animals. Embryo Transfer Newsl, 34(4):10-24.Viana JHM, Siqueira LGB, Palhao MP, Camargo LSA. 2010. Use of in vitro fertilization technique in the last decade and its effect on Brazilian embryo industry and animal production. Acta Sci Vet, 38:s661-s674.Viana JHM, Siqueira LGB, Palhao MP, Camargo LSA. 2012. Features and perspectives of the Brazilian in vitro embryo industry. Anim Reprod, 9:12-18.Sartori R, Prata AB, Figueiredo ACS, Sanches BV, Pontes GCS, Viana JHM, Pontes JH, Vasconcelos JLM, Pereira MHC, Dode MAN, Monteiro Jr PLJ, Baruselli PS. 2016. Update and overview on assisted reproductive technologies (ARTs) in Brazil. Anim Reprod, 13:300-312.

Page 11: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

0800 16 0024www.globalgen.vet

De Criadores e Técnicospara Técnicos e Criadores.Conheça mais sobre os protocolos Globalgen edescubra como aumentar os índices de concepção.

REPRODUZIR BEM PARAPRODUZIR MAIS.

Page 12: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

REUNIÃO SBTE 2017

12 - Jornal O Embrião

XXXI REUNIÃO ANUAL DA SBTE APRESENTOU PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA DE QUALIDADE

Entre os dias 17 a 19 de agosto, foi realizada a trigésima primeira Reunião Anual da SBTE, belíssima região de Cabo de Santo Agostinho. Este ano, 451 congressistas participaram de extensa programação com os principais temas de interesse do setor de tecnologia de embriões, seja em pesquisa ou em campo. A programação também contou com a presença das empresas do condomínio empresarial, apresentação de posters, com apresentação de 277 resumos, e debates com a possibilidade de troca de conhecimento e de integração entre profissionais da academia e mercado.

O evento reuniu 34 palestrantes e 12 empresas líderes em diferentes setores relacionadas à reprodução animal. As palestras foram apresentadas durante três dias, durante workshops, plenárias e áreas temáticas da SBTE ciência e SBTE tecnologia. O formato do evento ainda incluiu mesas redondas com os palestrantes, nas quais os participantes tiveram a oportunidade de interagir com os diferentes oradores.

Aproveite e veja algumas fotos da reunião nesta edição do JoE, ou acesse o site da SBTE/reunião2017 para visualizar todas as fotos do evento.

Page 13: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC
Page 14: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

REUNIÃO SBTE 2017

14 - Jornal O Embrião

Page 15: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

REUNIÃO SBTE 2017

Jornal O Embrião - 15

Page 16: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

REUNIÃO SBTE 2017

16 - Jornal O Embrião

Page 17: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

REUNIÃO SBTE 2017

Jornal O Embrião - 17

Page 18: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

PREMIAÇÃO

18 - Jornal O Embrião

SBTE RECONHECE TALENTOS EM PREMIAÇÕESDurante a 31º Reunião Anual da SBTE, alguns trabalhos foram premiados na área básica e aplicada, na já tradicional competição de estudantes, assim como os prêmios de destaque do ano na área científica e profissional de campo. Confira abaixo os trabalhos premiados

Prêmio “Assis Roberto de Bem”(destaque na área científica)FELIPE PERECIN

Prêmio “Roberto Jorge Chebel”(destaque na área aplicada)BRUNO VALENTE SANCHES

Competição de Estudantes (SBTE Ciência)VENCEDORA DA ÁREA BÁSICA ALINNE GLORIA CURCIO“Glycogen synthase kinase-3 (gsk-3) inhibition during bovine oocytes in vitro maturation negatively affects embryo in vitroproduction”

Competição de Estudantes (SBTE Tecnologia)VENCEDOR DA ÁREA APLICADA FRANCISCO REBOLO LOPES JR“Addition of a second dose of prostaglandin f2alpha to a timed ai protocol influences pre-ovulatory follicle and pregnancy per ai in anovular dairy cows”

Melhor Trabalho Científico “Ciência”(área básica)BRUNA MARTINS GARCIA“Mutant mitochondrial dna is selectively eliminated in the mouse oocyte by mitophagy”

Melhor Trabalho Científico “Tecnologia”(área aplicada)MIGUEL PIZZOLANTE BOTTINO“Pre-synchronization by persistentdominant follicle induction using aprogesterone device in gnrh-basedsynchronization of ovulation protocols inlactating dairy cows”

Melhor Trabalho dos Profissionais (campo)ALAÔR PEREIRA MARTINS JÚNIOR“Comparação de dois protocolos para aumentar a concentração de progesterona circulante antes da inseminação artificial em tempo fixo em vacas leiteiras em lactação”

Page 19: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Jornal O Embrião - 19

ARTIGO TÉCNICO

Page 20: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

20 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

COMPREENDENDO O METABOLISMO LIPÍDICO NO COMPLEXO CUMULUS-OÓCITO DURANTE A MATURAÇÃO OOCITÁRIA

Maite del Collado, Juliano R. Sangalli, Gabriella M. Andrade, Letícia R. S. Sousa, Juliano C. da Silveira e Felipe Perecin

Departamento de Medicina Veterinária - Faculdade de Zootecnia e Engenharia dos Alimentos (FZEA) – Universidade de São Paulo (USP), Pirassununga, SP, Brasil.

INTRODUÇÃOO complexo cumulus-oócito (COC) é composto por dois tipos celulares: células do cumulus e o oócito; com origens e funções distintas. O oócito é o encarregado de fornecer metade do material genético nuclear e o citoplasma que irá compor o embrião; enquanto que as células do cumulus tem funções que incluem fornecer suporte ao oócito para que este alcance a maturidade e adquira capacidade de ser fertilizado e sustentar a geração de um novo indivíduo.

Embora as diferenças morfológicas e funcionais destes dois tipos celulares sejam conhecidas, muitas vezes o COC é tratado como uma estrutura celular única. Muitos estudos tratam o COC como tal, e ao invés de analisar células do cumulus e ooócitos separadamente, o fazem de forma integral (Yang et al. 2012; Fullston et al. 2015; Dunning et al. 2010; Dunning et al. 2014). Além disso, estudar o COC em condições in vivo é trabalhoso e custoso, e embora existam trabalhos comparando COCs após maturação in vivo e in vitro, a maioria dos estudos buscam compreender o papel do oócito e das células do cumulus a partir da maturação in vitro (MIV) de COCs, avaliando os COCs integralmente ou seus componentes, como oócitos desnudos, complexos oocectomizados ou valendo-se do co-cultivo entre células do cumulus e oócitos desnudos (Sutton et al. 2003; Li et al. 2000; Sugiura, Pendola, and Eppig 2005; Khurana and Wales 1989; Eppig et al. 2005).

Assim, devemos nos perguntar: é possível compreender o impacto da maturação in vitro no COC analisando o complexo como uma unidade? O sistema in vitro (MIV) é a melhor opção para compreender o que acontece neste complexo? Sabendo que o complexo é composto por dois tipos celulares, com metabolismos e funções diferentes, o sistema in vitro poderia influenciar de modo diferente as células do cumulus e o oócito? E por último, eventuais desbalanços induzidos pela MIV dentro do complexo interferem nas trocas de moléculas entre as células deste complexo?

Nos últimos anos nosso grupo de pesquisa buscou entender como o sistema de maturação in vitro influencia o metabolismo das células do cumulus e dos oócitos, e como esses dois tipos celulares interagem dentro do COC. Para tal nós investigamos o metabolismo de oócitos e de células do cumulus obtidas em sistemas in vivo e in vitro de maturação, e posteriormente, nos aprofundamos no entendimento do papel de uma proteína carregadora de ácidos graxos no transporte de lipídeos dentro do COC.

Page 21: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Jornal O Embrião - 21

ARTIGO TÉCNICO

UMA RÁPIDA REVISÃO SOBRE O METABOLISMO LIPÍDICO NOCOMPLEXO CUMULUS-OÓCITOApesar dos avanços alcançados na produção in vitro de embriões (PIVE) bovinos, ainda hoje existem barreiras que fazem com que os embriões produzidos in vitro estejam aquém do esperado. O sistema in vitro de maturação oocitária busca simular o ambiente in vivo, porém, há inúmeros fatores que contribuem para que a qualidade destes embriões seja inferior aos obtidos in vivo. Um dos efeitos mais conhecidos provocado pelo sistema de produção in vitro de embriões é o acúmulo de gotas lipídicas citoplasmáticas que acontece durante a PIVE em bovinos trazendo efeitos prejudicais na criopreservação embrionária e diminuindo a taxa de prenhez (Rizos et al. 2002; Seidel 2006). É bem estabelecido que este acúmulo acontece de forma aguda durante o cultivo in vitro (CIV) sendo mais acentuado quando utilizado o soro fetal bovino (SFB) no meio (Rizos 2002; Abe et al. 2002). No entanto, recentemente, nosso grupo de pesquisa descreveu que a MIV do COC também provoca aumento do conteúdo lipídico oocitário, que não ocorre no sistema in vivo, e que este acúmulo ocorre independente do uso do SFB (del Collado et al. 2016). Isto traz à tona um efeito inerente ao próprio sistema in vitro que vai além do uso do SFB que é resultado do metabolismo alterado do complexo cumulus-oócito.

A adequada maturação oocitária e a capacidade desse oócito para atingir o estádio de blastocisto é dependente de eventos orquestrados tanto pelo oócito quanto pelos componentes foliculares, como as células do cumulus. O COC é um complexo dinâmico em que trocas de diversas moléculas ocorrem para a manutenção e maturação do oócito. Essa troca de moléculas é realizada por vias de comunicação entre o oócito e as células do cumulus. Essa comunicação é mediada, além da via parácrina, através das projeções transzonais (TZPs), que são elongações das células do cumulus que atravessam a zona pelúcida e comunicam-se com o citoplasma oocitário mediante junções comunicantes ou, como recentemente proposto, através de vesículas extracelulares (Macaulay et al. 2014; Sutton, Gilchrist, and Thompson 2003). As moléculas transportadas pelas junções comunicantes incluem moléculas de baixo peso molecular (< 1 kDa) como íons, metabólitos e aminoácidos importantes para o desenvolvimento oocitário (Thomas, Armstrong, and Gilchrist 2004). Essas junções permanecem ativas até 6 horas da MIV quando ocorre a condensação da cromatina dentro da vesícula germinativa (VG; (Lodde et al. 2013). Já as TZPs são canais de comunicação sem a fusão de membranas, formadas por filamentos de actina, de aproximadamente 2 µm de diâmetro, que permitem o transporte de moléculas grandes, tais como mRNAs (Macaulay et al. 2014; Macaulay et al. 2016).

Um exemplo clássico que revela a dependência do oócito pelas células do cumulus é a necessidade do fornecimento de piruvato e lactato por essas células para o oócito. O oócito e o embrião até a fase de compactação são incapazes de realizar a glicólise, por isso, as células do cumulus são as responsáveis por abastecer o oócito de lactato e piruvato para serem metabolizados dentro do citoplasma oocitário (Thompson, Brown, and Sutton-McDowall 2015; Khurana and Niemann 2000).

Embora a via glicolítica dentro do COC tenha sido amplamente estudada, pouco se sabe sobre o funcionamento de outra via energética dentro do complexo, a β-oxidação. Existem evidências em oócitos de camundongo que apontam para uma redução da capacidade de realizar a β-oxidação nos COCs maturados in vitro quando comparados aos maturados in vivo (Dunning et al. 2014). Além disso, alguns estudos demostraram que o aumento de atividade desta via durante a MIV leva a uma diminuição do acúmulo lipídico e a um aumento nas taxas de maturação e de desenvolvimento a blastocisto (Dunning et al. 2010; Baldoceda et al. 2015; Dunning and Robker 2012), evidenciando a possível falha desta via durante a MIV. Dessa forma, ainda não está bem claro o impacto da MIV no metabolismo lipídico e qual é o papel das células do cumulus no acúmulo lipídico oocitário, o que dificulta a compreensão de como o complexo funciona fisiologicamente, assim como a detecção dos possíveis problemas gerados a partir do sistema in vitro.

Page 22: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

22 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

COMPARANDO A MATURAÇÃO IN VIVO E IN VITRO EM BOVINOS: O IMPACTO NOMETABOLISMO LIPÍDICO DENTRO DO COC.Com intuito de entender o que é fisiológico e o que é resultante da manipulação in vitro, foram analisadas e comparadas células do cumulus e oócitos provenientes de COC imaturos e maturados in vivo e in vitro obtidos a partir de vacas da raça Nelore (del Collado et al. 2017a). A partir destas amostras foram realizadas técnicas para quantificação lipídica, tais como a quantificação da área das gotas lipídicas oocitárias por microscopia confocal de fluorescência, quantificação da proteína que constitui a gota lipídica nas células do cumulus (chamada de PLIN2) pela técnica de Western blot, e a quantificação dos mono-, di- e triacilglicerois por espectrometria de massas nos oócitos e células do cumulus. Além disso, como indicativos de atividade mitocondrial e metabolismo energético, foi realizada a mensuração da razão de ATP/ADP nos oócitos. Por último, foi realizada a quantificação dos transcritos relacionados com síntese (SREBP1, ACACA e FASN), elongação e dessaturação (SCD, FADS2, ACSL3, ACSL6 e ELOVL6) e acúmulo (PLIN2 e PLIN3) de ácidos graxos e dos receptores de membrana responsáveis por introduzir os ácidos graxos na mitocôndria para que ocorra a β-oxidação, as CPTs (CPT1A, CPT1B e CPT2), nos oócitos e células do cumulus.

Neste estudo foi constado que a MIV provoca excessivo acúmulo lipídico oocitário. Ainda, os perfis de mono-, di- e triacilglicerois mostraram-se alterados após maturação in vitro, com aumento da quantidade de ácidos graxos de cadeia longa, como os ácidos palmítico, oleico e linolênico. Além disso, a menor razão ATP/ADP verificada nos oócitos após MIV sugere uma menor atividade mitocondrial nestes. No entanto, essas diferenças fenotípicas encontradas no oócito não foram acompanhadas por diferenças correspondentes nos transcritos dos genes das vias relacionadas com síntese, elongação, dessaturação e acúmulo de lipídeos ou β-oxidação.

Nas células do cumulus maturadas in vitro também foi observado um aumento nos estoques lipídicos, além de alteração no perfil de lipídeos quando comparadas àquelas maturadas in vivo. No entanto, desta vez, foi constatado uma desregulação massiva na expressão dos genes relacionados com as vias do metabolismo lipídico. Houve um aumento na expressão dos genes relacionados com síntese (SREBP1 e ACACA), acúmulo (PLIN2), dessaturação e elongação (SCD e ACSL3) de ácidos graxos e diminuição da expressão da CPT1A, indicativo de redução de β-oxidação.

Esses resultados sugerem que a MIV provoca no COC excessivo acúmulo lipídico e menor atividade mitocondrial. Além disso, os dados indicam que as vias metabólicas nas células do cumulus sofrem mais severamente a influência do sistema de maturação in vitro do que o oócito. Sabendo-se da grande interação entre as células do cumulus e o oócito dentro do COC, a pergunta que surge naturalmente é: existe a possibilidade de que os ácidos graxos acumulados nas células do cumulus durante a maturação in vitro estejam sendo transportados até o oócito, sendo essa uma das causas do excessivo acúmulo lipídico em oócitos maturado in vitro?

A FABP3 E AS TZPS ESTÃO ENVOLVIDAS NO ACÚMULO LIPÍDICO OOCITÁRIONA MIV EM BOVINOMesmo que tenha sido relatado que a MIV provoca um aumento nos estoques lipídicos oocitários que não acontece no sistema in vivo e que tenha sido observado esse acúmulo inclusive no meio de maturação sem soro fetal bovino (Aardema et al. 2011; del Collado et al. 2016), ainda não foi elucidado o mecanismo que provoca este aumento, e o papel das células do cumulus neste acúmulo. Neste panorama, existem três mecanismos possíveis de acúmulo lipídico oocitário: o aumento da síntese de lipídeos no oócito; a diminuição da oxidação dos ácidos graxos (decréscimo na β-oxidação) no oócito; ou a incorporação destes lipídeos a partir do meio de cultivo ou a partir das células do cumulus.

Page 23: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

PIT_1737A_AGE_17_Anuncio Primer_21x28cm.indd 1 08/08/2017 12:15:35

Page 24: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

24 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

Apesar de existirem poucos relatos sobre a capacidade do oócito de sintetizar lipídeos, Auclair et al. (2013) descreveram o

aumento da proteína ácido graxo sintetase (FASN) durante a MIV nos oócitos, demonstrando que o oócito pode ser capaz

de sintetizar ácidos graxos e possivelmente exacerbar tal síntese durante a MIV. Além disso, nosso grupo de pesquisa

demonstrou que o acúmulo lipídico oocitário acontece sem suplementação de soro fetal bovino, sugerindo um aumento na

síntese lipídica (del Collado et al. 2016).

A diminuição da beta-oxidação está bem suportada pela literatura. Estudos realizados com camundongos descreveram a

diminuição da beta-oxidação e da expressão dos genes relacionados a ela durante a MIV quando comparado ao sistema in

vivo (Dunning et al. 2014). Além disso, foi demonstrado por Somfai et al. (2011) que o aumento da beta-oxidação nesta fase

diminui o conteúdo lipídico oocitário.

Por último, o menos explorado dos potenciais mecanismos de acúmulo, está o possível transporte de ácidos graxos de fora

para dentro do oócito. Já foi demonstrado que, dependendo do suplemento utilizado durante a MIV, o acúmulo lipídico é

diferente. Quando há presença do soro fetal bovino na MIV há maior acúmulo lipídico intra-oocitário do que na MIV livre de

SFB e com BSA (del Collado et al. 2016). Tal resultado pode ser explicado por duas hipóteses: a primeira sugere que o meio

de cultivo livre de ácidos graxos (sem SFB e com BSA) reduz o acúmulo de lipídeos em função do reduzido transporte de

lipídeos a partir do meio de cultivo. A segunda hipótese é que componentes ainda não conhecidos presentes no SFB induzem

alterações no metabolismo celular que levam ao maior acúmulo lipídico. Nesse sentido, nós demonstramos (del Collado et

al. 2017a) que a maturação na presença de SFB provoca mínima alteração na expressão dos genes ligados ao metabolismo

lipídico nos oócitos, mas uma massiva desregulação destes genes nas células do cumulus, o que permite supor que exista

transporte de lipídeos a partir das células do cumulus até o oócito.

Como, no entanto, ácidos graxos poderiam ser transportados do cumulus para os oócitos? As proteínas com potencial

de transporte de ácidos graxos dentro do COC são aquelas da família das Fatty Acid Binding Proteins (FABPs). Nestas

proteínas ancoram-se ácidos graxos de cadeia longa (C16-C20) que são transportados intracelularmente para a mitocôndria,

o peroxissomo, o retículo endoplasmático ou para as gotas lipídicas. Além desse transporte intracelular, as FABPs são

capazes de realizar transporte extracelular de ácidos graxos, seja livremente ou dentro de vesículas extracelulares, em

diferentes tecidos e fluidos corporais (Hertzel and Bernlohr 2000; Hotamisligil and Bernlohr 2015). A isoforma 3, também

chamada FABP3 ou FABP-cardíaca, parece ter um papel importante dentro do COC, sendo que foi a única isoforma das FABPs

cuja expressão apresentou aumento durante a MIV (Sanchez-Lazo et al. 2014). A FABP3 tem apenas 133 aminoácidos e um

peso molecular de 15k kDa, o que faz dela uma boa candidata para transportar ácidos graxos dentro do COC, talvez por TZPs,

por vesículas extracelulares, ou ambos.

A partir desses dados, nós decidimos investigar a hipótese de que a FABP3 poderia estar carregando ácidos graxos a partir

das células do cumulus até o oócito via TZPs durante a MIV em bovinos (del Collado et al. 2017b).

Neste estudo verificamos que a MIV provoca um aumento na expressão (mRNA e proteína) da FABP3 nas células do cumulus

quando comparado a células do cumulus após maturação in vivo; nos oócitos, em contrapartida, não foram observadas

alterações na expressão da FABP3. Em continuação, foi realizada a imunolocalização (detecção utilizando anticorpos) da

Page 25: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Jornal O Embrião - 25

ARTIGO TÉCNICO

FABP3 nas TZPs de COC imaturos e após 9 e 18 horas de MIV (exemplificado na Figura 1). Assim, foi constatada a presença

da FABP3 nas TZPs já no COC imaturo, com uma maior presença após 9 horas de MIV. Com 18 horas de MIV, após a extrusão

do primeiro corpúsculo polar, verificamos que as moléculas de FABP3 acumulam-se na porção final das TZPs, sugerindo que a orientação do transporte seja a partir das células do cumulus até o oócito e não no sentido oposto.

Figura 1. Fotomicrografia confocal demonstrando

a presença (imunolocalização) da FABP3 dentro

das TZPs nos COCs após 9 horas de MIV. A FABP3

foi imunolocalizada utilizando a Alexa Fluor 488

(verde); as TZPs (actina) foram detectadas mediante

a Alexa Fluor 647 faloidina (vermelho) e os núcleos

das células do cumulus foram corados com DAPI

(azul). No canto superior esquerdo está o oócito,

a região central (mais escura) corresponde à zona

pelúcida, e as células do cumulus estão no canto

inferior direito.

Para determinar se a presença da FABP3 na zona pelúcida era dependente da presença das TZPs, oócitos desnudos (sem

células do cumulus) e parcialmente desnudos foram maturados in vitro por 9 horas. Demonstramos que nos oócitos maturados

desnudos, e consequentemente sem TZPs, não houve a presença de moléculas de FABP3 na zona pelúcida. Nos oócitos

parcialmente desnudos, no entanto, nas porções sem células, e consequentemente sem TZPs, não foi identificada a FABP3,

mas nas porções com células do cumulus e TZPs, foi observada a presença da FABP3 na zona pelúcida. Dessa forma,

concluímos que a presença da FABP3 na zona pelúcida é dependente da presença de TZPs.

O próximo passo foi estudar o comportamento do acúmulo lipídico e da FABP3 no oócito ao longo da MIV (com 0, 9 e 18 horas

de MIV). Verificamos um aumento concomitante do conteúdo lipídico e dos níveis da proteína FABP3 em oócitos nas primeiras

9 horas da MIV, o que corresponde ao intervalo de tempo em que as TZPs são funcionais (Macaulay et al. 2014). Não houve

alteração nos transcritos oocitários de FABP3 durante a MIV, o que sugere que as moléculas de FABP3 acumuladas nessas

9 horas sejam de origem extra-oocitária (potencialmente originadas das células do cumulus).

A necessidade de TZPs funcionais para que ocorra o acúmulo lipídico intra-oocitário é suportado pela literatura. A

suplementação do meio de maturação com altos níveis de ácidos graxos durante as últimas 6 horas da MIV (considerando-

se uma MIV de 23 horas) resultou em acúmulo lipídico nas células do cumulus, mas não no oócito (Aardema et al. 2013). No

momento que as TZPs não são mais funcionais, o transporte de lipídeos das células do cumulus para o oócito parece ser

interrompido.

Page 26: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

26 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

A necessidade de TZPs funcionais para o estabelecimento do acúmulo lipídico intra-oocitário é também suportado por experimentos realizados pelo nosso grupo. Mediante a desestruturação das TZPs nos COCs durante as primeiras 9 horas da MIV pelo uso de citocalasina-B (um inibidor da polimerização da actina que provoca colapso estrutural das TZPs) nós constatamos diminuição do conteúdo lipídico oocitário (del Collado et al. 2017b).

Estes resultados demonstram a dependência da comunicação entre o cumulus e o oócito para a ocorrência do acúmulo lipídico, e sugerem que o possível mecanismo de transporte de ácidos graxos entre as células do cumulus e o oócito seja via FABP3 e TZPs. Foi verificada a desregulação da síntese e do acúmulo da FABP3 concomitantemente ao acúmulo lipídico durante a MIV. A exata causa desta desregulação ainda não é conhecida, mas pode se especular que o aumento dos lipídeos nas células do cumulus maturadas in vitro induza o aumento nos níveis de expressão da FABP3 com intuito de transportar esses ácidos graxos. Experimentos adicionais são necessários para validar esta hipótese.

CONCLUSÕESOs estudos conduzidos pelo nosso grupo evidenciam a carência de conhecimento sobre os mecanismos celulares e moleculares que determinam o metabolismo lipídico num complexo tão dinâmico como o complexo cumulus-oócito. Evidenciam também que há necessidade de melhor compreender o que ocorre fisiologicamente de forma a permitir entender o impacto das biotécnicas reprodutivas neste complexo.

Demonstramos que logo na primeira etapa da PIVE em bovinos, a MIV, ocorrem alterações que podem repercutir negativamente na competência do oócito em atingir estágio de blastocisto. Adicionalmente, embora tenha sido demonstrado que a MIV leva a um aumento nos estoques lipídicos tanto em células do cumulus como no oócito, demonstramos que as células do cumulus são potencialmente mais susceptíveis a alterações nas vias metabólicas induzidas pelo ambiente in vitro do que o oócito. Dessa forma, estudos que tenham como objetivo a compreensão dos processos envolvidos nas comunicações dentro do COC, bem como o impacto da MIV nessa comunicação, tornam-se necessários.

Acreditamos que o acúmulo lipídico oocitário na MIV seja multifatorial: aumento da síntese lipídica; diminuição da β-oxidação; e transporte de ácidos graxos a partir das células do cumulus até o oócito via FABP3 e TZPs. Este último compreende mecanismos ainda não completamente elucidados, e que devem ser cuidadosamente avaliados para o desenvolvimento de estratégias capazes de inibir ou diminuir o transporte de lipídeos durante a MIV.

Finalmente, o melhor entendimento dos mecanismos de comunicação e transporte de moléculas no COC deverá abrir caminho para avanços nos sistemas de cultivo in vitro capazes de modular a interação cumulus-oocitária durante a maturação in vitro. Tais avanços poderão ter grandes implicações nas tecnologias de reprodução assistida em animais e humanos e nos tratamentos com vistas à restauração de fertilidade em animais e mulheres com distúrbio s metabólicos.

REFERÊNCIASAardema, H., F. Lolicato, C. H. van de Lest, J. F. Brouwers, A. B. Vaandrager, H. T. van Tol, B. A. Roelen, P. L. Vos, J. B. Helms, and B. M. Gadella. 2013. ‘Bovine cumulus cells protect maturing oocytes from increased fatty acid levels by massive intracellular lipid storage’, Biol Reprod, 88: 164.Aardema, H., P. L. Vos, F. Lolicato, B. A. Roelen, H. M. Knijn, A. B. Vaandrager, J. B. Helms, and B. M. Gadella. 2011. ‘Oleic acid prevents detrimental effects of saturated fatty acids on bovine oocyte developmental competence’, Biol Reprod, 85: 62-9.Abe, H., S. Yamashita, T. Satoh, and H. Hoshi. 2002. ‘Accumulation of cytoplasmic lipid droplets in bovine embryos and cryotolerance of embryos developed in different culture systems using serum-free or serum-containing media’, Mol Reprod Dev, 61: 57-66.Auclair, S., R. Uzbekov, S. Elis, L. Sanchez, I. Kireev, L. Lardic, R. Dalbies-Tran, and S. Uzbekova. 2013. ‘Absence of cumulus cells during in vitro maturation affects lipid metabolism in bovine oocytes’, American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism, 304: E599-E613.

Page 27: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Copy

right

Zoe

tis In

dúst

ria d

e Pr

odut

os V

eter

inár

ios L

tda.

Todo

s os d

ireito

s res

erva

dos.

Para

info

rmaç

ões,

cons

ulte

o si

te w

ww.

zoet

is.co

m.b

r ou

SAC:

080

0 01

1 19

19.

A LINHA DE HORMÔNIOS PARA IATF QUE VOCÊ CONHECE E CONFIA ESTÁ COMPLETA. CONTE COM A QUALIDADE COMPROVADA DOS NOSSOS PRODUTOS E A EXPERIÊNCIA DA NOSSA EQUIPE TÉCNICA PARA REFORÇAR A SUA PRODUTIVIDADE.

CONTE COM A LINHA REPRODUTIVA ZOETISPARA CONTAR MAIS BEZERROS

0

5

25

75

95

100

Page 28: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

28 - Jornal O Embrião

ARTIGO TÉCNICO

Baldoceda, L., D. Gagne, C. R. Ferreira, and C. Robert. 2015. ‘Genetic influence on the reduction in bovine embryo lipid content by l-carnitine’, Reprod Fertil Dev.del Collado, M., J. C. da Silveira, M.L. F. Oliveira, B.M.S.M. Alves, R.C. Simas, A.T. Godoy, M.B. Coelho, L.A. Marques, M.M. Carriero, M.F.G. Nogueira, M.N. Eberlin, L. A. Silva, F. V. Meirelles, and F. Perecin. 2017a. ‘In vitro maturation impacts cumulus oocyte complex metabolism and stress in cattle’, Reproduction, in press, doi: 10.1530/REP-17-0134.del Collado, M., J. C. da Silveira, J. R. Sangalli, G. M. Andrade, L. R. S. Sousa, L. A. Silva, F. V. Meirelles, and F. Perecin. 2017b. ‘Fatty Acid Binding Protein 3 And Transzonal Projections Are Involved In Lipid Accumulation During In Vitro Maturation Of Bovine Oocytes’, Sci Rep, 7: 2645.del Collado, M., N. Z. Saraiva, F. L. Lopes, R. C. Gaspar, L. C. Padilha, R. R. Costa, G. F. Rossi, R. Vantini, and J. M. Garcia. 2016. ‘Influence of bovine serum albumin and fetal bovine serum supplementation during in vitro maturation on lipid and mitochondrial behaviour in oocytes and lipid accumulation in bovine embryos’, Reprod Fertil Dev, 28: 1721.Dunning, K. R., M. R. Anastasi, V. J. Zhang, D. L. Russell, and R. L. Robker. 2014. ‘Regulation of fatty acid oxidation in mouse cumulus-oocyte complexes during maturation and modulation by PPAR agonists’, PLoS One, 9: e87327.Dunning, K. R., K. Cashman, D. L. Russell, J. G. Thompson, R. J. Norman, and R. L. Robker. 2010. ‘Beta-oxidation is essential for mouse oocyte developmental competence and early embryo development’, Biol Reprod, 83: 909-18.Dunning, K. R., and R. L. Robker. 2012. ‘Promoting lipid utilization with l-carnitine to improve oocyte quality’, Animal Reproduction Science, 134: 69-75.Eppig, J. J., F. L. Pendola, K. Wigglesworth, and J. K. Pendola. 2005. ‘Mouse oocytes regulate metabolic cooperativity between granulosa cells and oocytes: Amino acid transport’, Biology of Reproduction, 73: 351-57.Fullston, T., H. Shehadeh, L. Y. Sandeman, W. X. Kang, L. L. Wu, R. L. Robker, N. O. McPherson, and M. Lane. 2015. ‘Female offspring sired by diet induced obese male mice display impaired blastocyst development with molecular alterations to their ovaries, oocytes and cumulus cells’, Journal of Assisted Reproduction and Genetics, 32: 725-35.Hertzel, A. V., and D. A. Bernlohr. 2000. ‚The mammalian fatty acid-binding protein multigene family: molecular and genetic insights into function‘, Trends Endocrinol Metab, 11: 175-80.Hotamisligil, G. S., and D. A. Bernlohr. 2015. ‘Metabolic functions of FABPs-mechanisms and therapeutic implications’, Nature Reviews Endocrinology, 11: 592-605.Khurana, N. K., and H. Niemann. 2000. ‘Energy metabolism in preimplantation bovine embryos derived in vitro or in vivo’, Biol Reprod, 62: 847-56.Khurana, N. K., and R. G. Wales. 1989. ‘Effects of oxygen concentration on the metabolism of [U-14C]glucose by mouse morulae and early blastocysts in vitro’, Reprod Fertil Dev, 1: 99-106.Li, R., R. J. Norman, D. T. Armstrong, and R. B. Gilchrist. 2000. ‘Oocyte-secreted factor(s) determine functional differences between bovine mural granulosa cells and cumulus cells’, Biol Reprod, 63: 839-45.Lodde, V., F. Franciosi, I. Tessaro, S. C. Modina, and A. M. Luciano. 2013. ‘Role of gap junction-mediated communications in regulating large-scale chromatin configuration remodeling and embryonic developmental competence acquisition in fully grown bovine oocyte’, J Assist Reprod Genet, 30: 1219-26.Macaulay, A. D., I. Gilbert, J. Caballero, R. Barreto, E. Fournier, P. Tossou, M. A. Sirard, H. J. Clarke, E. W. Khandjian, F. J. Richard, P. Hyttel, and C. Robert. 2014. ‘The gametic synapse: RNA transfer to the bovine oocyte’, Biol Reprod, 91: 90.Macaulay, A. D., I. Gilbert, S. Scantland, E. Fournier, F. Ashkar, A. Bastien, H. A. Saadi, D. Gagne, M. A. Sirard, E. W. Khandjian, F. J. Richard, P. Hyttel, and C. Robert. 2016. ‘Cumulus Cell Transcripts Transit to the Bovine Oocyte in Preparation for Maturation’, Biol Reprod, 94: 16.Rizos, D. 2002. ‘Bovine Embryo Culture in the Presence or Absence of Serum: Implications for Blastocyst Development, Cryotolerance, and Messenger RNA Expression’, Biology of Reproduction, 68: 236-43.Rizos, D., T. Fair, S. Papadopoulos, M. P. Boland, and P. Lonergan. 2002. ‘Developmental, qualitative, and ultrastructural differences between ovine and bovine embryos produced in vivo or in vitro’, Mol Reprod Dev, 62: 320-7.Sanchez-Lazo, L., D. Brisard, S. Elis, V. Maillard, R. Uzbekov, V. Labas, A. Desmarchais, P. Papillier, P. Monget, and S. Uzbekova. 2014. ‘Fatty acid synthesis and oxidation in cumulus cells support oocyte maturation in bovine’, Mol Endocrinol, 28: 1502-21.Seidel, G. E. 2006. ‘Modifying oocytes and embryos to improve their cryopreservation’, Theriogenology, 65: 228-35.Somfai, T., M. Kaneda, S. Akagi, S. Watanabe, S. Haraguchi, E. Mizutani, T. Q. Dang-Nguyen, M. Geshi, K. Kikuchi, and T. Nagai. 2011. ‘Enhancement of lipid metabolism with L-carnitine during in vitro maturation improves nuclear maturation and cleavage ability of follicular porcine oocytes’, Reprod Fertil Dev, 23: 912-20.Sugiura, K., F. L. Pendola, and J. J. Eppig. 2005. ‘Oocyte control of metabolic cooperativity between oocytes and companion granulosa cells: energy metabolism’, Developmental Biology, 279: 20-30.Sutton, M. L., P. D. Cetica, M. T. Beconi, K. L. Kind, R. B. Gilchrist, and J. G. Thompson. 2003. ‘Influence of oocyte-secreted factors and culture duration on the metabolic activity of bovine cumulus cell complexes’, Reproduction, 126: 27-34.Sutton, M. L., R. B. Gilchrist, and J. G. Thompson. 2003. ‘Effects of in-vivo and in-vitro environments on the metabolism of the cumulus-oocyte complex and its influence on oocyte developmental capacity’, Hum Reprod Update, 9: 35-48.Thomas, R. E., D. T. Armstrong, and R. B. Gilchrist. 2004. ‘Bovine cumulus cell-oocyte gap junctional communication during in vitro maturation in response to manipulation of cell-specific cyclic adenosine 3’,5’-monophosophate levels’, Biol Reprod, 70: 548-56.Thompson, J. G., H. M. Brown, and M. L. Sutton-McDowall. 2015. ‘Measuring embryo metabolism to predict embryo quality’, Reprod Fertil Dev, 28: 41-50.Yang, X., L. L. Wu, L. R. Chura, X. Y. Liang, M. Lane, R. J. Norman, and R. L. Robker. 2012. ‘Exposure to lipid-rich follicular fluid is associated with endoplasmic reticulum stress and impaired oocyte maturation in cumulus-oocyte complexes’, Fertil Steril, 97: 1438-43.

Page 29: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC
Page 30: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

30 - Jornal O Embrião

RADAR SBTE

NOTÍCIAS E NOVIDADESEDIÇÃO DE DNA AMPLIA O ENTENDIMENTO SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE EMBRIÕES HUMANOSUsando 41 embriões humanos excedentes e doados por casais após o tratamento com FIV, cientistas aplicaram a ferramenta de edição de genes Crispr/Cas9 para fazer cortes precisos no DNA e desativar um gene chamado OCT4. O estudo, publicado na Nature, mostrou que esse gene é fundamental para que o embrião faça as mudanças essências para a formação de um blastocisto e abre espaço à discussões da aplicabilidade dessa ferramenta de edição do Genoma.Fonte: https://www.theguardian.com/science

OVÁRIOS IMPRESSOS EM 3D PERMITEM QUE OS RATOS RETOMEM SUA FERTILIDADEA criação de ovários artificiais para humanos está mais próxima após o nascimento de filhotes saudáveis de camundongos utilizando “biopróteses ovarianas”. O estudo demonstrou o  nascimento de filhotes de camundongos que se acasalaram depois de receber os ovários artificiais e abre a possibilidade de novas perspectivas e métodos alternativos para retomada da fertilidade em mamíferos.Fonte: https://www.theguardian.com/science

PRIMEIRA FAZENDA FLUTUANTE DO MUNDO ESTREIA EM 2017A primeira fazenda flutuante do mundo, uma plataforma de 1.000 metros quadrados foi construída no porto de Roterdã e já atraiu dois produtores de leite. A fazenda seguirá uma tendência de “agricultura urbana”. O objetivo é produzir cerca de 800 litros de leite por dia. O interesse por esse projeto flutuante já é grande, segundo os desenvolvedores, e vai desde estudantes, urbanistas e agricultores. Fonte: https://www.milkpoint.com.br

CARNE SUSTENTÁVEL DO PANTANAL GANHA PROTOCOLO DE CERTIFICAÇÃO

A Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO), com apoio do WWF-Brasil, no intuito de conservar o Pantanal, entrega aos consumidores uma carne bovina sem resíduos químicos e obtida com responsabilidade social e ambiental. A ABPO, entidade criada por um grupo de pecuaristas pantaneiros em 2001, tem atualmente 15 produtores e um rebanho de 80 mil animais com certificação orgânica e sustentável. O bem-estar animal é uma preocupação em todas as fases do processo produtivo; além disso, a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva (desde nutricionais, manejo, transporte, abate e processamento) e a padronização dos processos são pontes chaves no processo de controle de certificação e qualidade.Fonte: http://www.beefpoint.com.br

Page 31: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

A CIÊNCIA PARA ANIMAIS MAIS SAUDÁVEIS

Ciosin®

Confiança reproduzindo resultados.

• Ciosin® é altamente eficaz na sincronização do cio, na indução do parto e na involução uterina.

• Promove resultados de alta performance nos programas de IATF.

• Através do protocolo PLANPARTO, reduz o intervalo entre o parto e o primeiro cio.

• Maior número de fêmeas prenhes, mais bezerros e maior produção leiteira.

MARCA LÍDER É ASSIM:NÃO SAI DA CABEÇA DAS PESSOAS.Ciosin®. A primeira e a mais lembrada marca do mercadopara aumentar a produtividade do rebanho.

Page 32: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

32 - Jornal O Embrião

NOVA DIRETORIA

Marcelo Marcondes SenedaPresidente – Gestão 2018/2019UEL - Londrina, PR

José Nélio Sales2o TesoureiroUFLA - Lavras, MG

Bernardo GasperinDiretoria CientíficaUFPel - Pelotas, RS

Marcos ChiarattiDiretoria de ComunicaçãoUFSCar - São Carlos, SP

Vilceu BordignonDiretoria CientíficaMcGill - Montreal, Canadá

Gustavo Gomes dos SantosRepresentante Veterinários CampoSheepEmbryo - Assaí, PR

Fabiana Bressan2a SecretáriaUSP - Pirassununga, SP

Flávio MeirellesVice-Presidência – Gestão 2018/2019USP - Pirassununga, SP

Manoel Sá FilhoDiretoria ComercialAlta Genetics - Uberaba, MG

Luciana Marinho1a SecretáriaUDC - Foz do Iguaçu, PR

Luiz PfeiferDiretoria CientíficaEmbrapa - Porto Velho, RO

Fabiana SterzaDiretoria de ComunicaçãoUEMS - Aquidauana, MS

Márcio Marques1o TesoureiroGeraembryo - Cornélio Procópio, PR

PREZADA FAMÍLIA SBTE!Nós, da Diretoria 2018-2019, aceitamos o desafio de trabalhar em prol de nossa SBTE com muita alegria e disposição! Agradecemos pela oportunidade e tudo faremos para retribuir a confiança em nós depositada!

Como dissemos durante a eleição, na última Assembleia, nosso principal compromisso é garantir a saúde financeira da SBTE. Cada gestão é temporária, mas a Sociedade deve permanecer segura e estável. Daremos nosso máximo empenho para manter o compromisso da Diretoria 2016-2017, de preservar a integridade de nossos recursos financeiros.

Queremos registrar nossa admiração pelo excelente desempenho da gestão sob a batuta do Buratini. Mesmo lidando com um cenário de imensos desafios econômicos, sociais e políticos, o nosso estimado Bura conseguiu manter viva a chama do conhecimento e a união da “Família SBTE”!

Uma grande meta nossa é resgatar uma participação mais intensa do profissional do campo. Na Plenária Tecnologia, vamos oferecer uma programação proveitosa, objetiva, capaz de incrementar os resultados daqueles colegas dedicados ao contexto primordial de nossa Sociedade: a Tecnologia de Embriões.

O contexto científico será igualmente valorizado, mantendo o elevado patamar alcançado nas últimas reuniões. A programação da Plenária Ciência irá contar com pesquisadores de renome, tanto do Brasil quanto do exterior.

Na reunião de 2018 vamos apresentar uma novidade: o Espaço Integração. Teremos locais e períodos específicos para promover o networking, favorecendo negócios com as empresas do condomínio e colaborações científicas entre pesquisadores. A proposta é criar um ambiente agradável, focado em proporcionar o máximo rendimento da integração entre associados, área comercial e palestrantes.

Vamos também oferecer vários temas de Workshops. Com opções para Ciência e Tecnologia, nosso objetivo é proporcionar palestras dinâmicas e atuais. Participando do Workshop, o associado terá um acréscimo real em sua formação profissional, para aplicar de modo imediato o conhecimento adquirido. Estamos trabalhando ativamente para viabilizar áreas de grande interesse, como sêmen, equinos, ovinos, caprinos, diagnóstico por imagem entre outros. Em breve divulgaremos a programação completa!

Na proposta atual de todos os segmentos profissionais, vamos fortalecer nossa comunicação digital. A SBTE estará presente nas diversas plataformas online de redes sociais. Com isso, iremos ampliar a divulgação de informações técnicas, a visibilidade das empresas do condomínio e o contato com os associados.

Contamos com a participação de todos! Um grande abraço! Nos vemos no Costão do Santinho!

Page 33: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC
Page 34: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

34 - Jornal O Embrião

BALANCETE FINANCEIRO 2016/2017

TABELA BALANCE FINANCEIRO SBTE GESTÃO 2016/2017Custo Operacional Mensal – SBTE Ano de Ano de 2017

CATEGORIA 2016 2017Pessoal (Salário + FGTS, PIS, GPS) R$ 1.998,00 R$ 2.426,00Aluguel, Condomínio, Telefone, Internet e Luz R$ 993,53 R$ 1.228,69Escritório De Contabilidade R$ 1.797,00 R$ 1.712,00Sistemas iCase e iCongresso (iTarget) R$ 2.112,18 R$ 2.264,00Jornal “O Embrião” R$ 2.260,00 R$ 1.833,33TOTAL R$ 9.160,71 R$ 9.464,02

Entrada Anual Condomínio SBTE

DESCRIÇÃO 2016 2017Condomínio Empresarial Anual R$ 97.696,92 R$ 107.748,02

Entradas - Reunião Anual 2017

DESCRIÇÃO 2016 2017Anuidades R$ 128.180,00 R$ 148.025,00Inscrições (PF E PJ) R$ 148.054,00 R$ 141.938,00Estandes R$ 63.200,00 R$ 81.125,00Espaço Empresa R$ 15.000,00 R$ 19.200,00CAPES R$ 22.500,00 R$ 25.813,00Cnpq R$ 50.000,00 R$ 80.000,00Workshops R$ 20.000,00 R$ 8.800,00Pastas R$ 10.000,00 R$ 15.000,00TOTAL 2015 = R$523.988,10 R$ 446.934,00 R$ 519.901,00

SAÍDAS - REUNIÃO ANUAL

DESCRIÇÃO 2016 2017Equipamentos Audiovisuais, Banda, Fotografia R$ 114.059,00 R$ 54.958,14Pastas, Crachás, Certificados, Troféus e Brindes R$ 6.644,00 R$ 20.246,50Anais, Publicação na Revista R$ 11.000,00 R$ 11.000,00Tradução Simultânea e Equipamentos R$ 36.400,00 R$ 31.660,00Locação de Salas e Montagem dos Estandes R$ 65.000,00 R$ 75.021,00Coquetéis, Coffee Breaks e Festa de Encerramento R$ 39.515,00 R$ 129.440,00 ECAD, Brigadista, Ambulância R$ 4.000,00 R$ 4.800,00Hospedagens de Palestrantes e Diretoria R$ 90.241,20 R$ 69.329,40Transporte de Palestrantes e Diretoria R$ 51.437,25 R$ 77.357,30Gerenciamento e Criação BRIX R$ 15.000,00 R$ 18.000,00TOTAL 2015= R$ 468.201,42 R$ 433.297,45 R$ 491.812,34

Page 35: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

Jornal O Embrião - 35

BALANCETE FINANCEIRO 2016/2017

SITUAÇÃO FINANCEIRA - SBTE

16/10/2017 Saldo Em C/C 58.867,22C SALDO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO (R$) 2016 2017BB Ref DI LP 500 Mil 230.517,74 245.400,62BB Ref DI LP 90 Mil 7.413,53 -BB CDB DI 46.319,25 9.013,68BB CDB DI SWAP 157.536,72 126.517,78Total Em Fundos: 2015: 400.085,42 435.117,25 380.932,08

16/10/2017 A Receber Da CAPES E Cnpq R$ 35.813,00 C

SITUAÇÃO FINANCEIRA - SBTE

ANO 01/01/2016 16/10/2017TOTAL R$ 423.773,04 R$ 475.612,30

SALDO DA REUNIÃO ANUAL 2017 (PRELIMINAR)

ENTRADA Saída LucroR$ 519.901,00 R$ 491.812,34 R$ 28.088,66

FOZ DO IGUAÇU - WISH RESORT GOLF & CONVENTIONwww.sbte.org.br/IRRS2018

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Anun_IRRS2018_210x140.pdf 1 20/10/2017 10:59:26

Page 36: MOMENTOS - sbte.org.br · Compreendendo o metabolismo lipídico no complexo cumulus-oócito durante a maturação oocitária ARTIGO TÉCNICO ... 6 - Jornal O Embrião ARTIGO TÉCNIC

organização

VISITE O SITE DO HOTEL DO EVENTO:WWW.COSTAO.COM.BR

XXXII ∞ 2018 ∞ FLORIANÓPOLIS -

SC

16 a 19.08FLORIANÓPOLIS - SC

2018

A SUA AGENDA

RESERVE

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Anun_SBTE2018.pdf 1 20/10/2017 12:34:55