moinhos da ribeira de seiça e do casenho (figueira da foz)
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Artigo publicado em "Molinologia Portuguesa", n. 3, volume anual, 2009, Etnoideia, LdaTRANSCRIPT
Inês Pinto
Moinhos da Ribeira de Seiça e do Casenho
(Figueira da Foz)
Resumo
Seiça foi outrora terra de monges e, numa região
agrícola rica em água, o surgimento de moinhos de
água foi uma evolução natural. Este artigo pretende
dar a conhecer um pouco da história dos moinhos
na ribeira de Seiça, particularmente a do único
moinho que ainda se encontra activo nesta região.
Manuel Carvalho é o último moleiro de uma
família que há mais de 400 anos vive na povoação
de Casenho, na freguesia de Borda do Campo.
Abstract
Seiça was once land of monks and an agricultural
region rich in water, the appearance of watermill
was a natural evolution. This article aims to
present some history of mills on the Seiça
riverside, particularly the only mill that is still
active in this region. Manuel Carvalho is the last
miller of a family that for over 400 years lives in
the village of Casenho, in the parish of Borda do
Campo.
Região
Numa zona de campos férteis e de linhas de água,
outrora navegáveis, rodeada por florestas, arrozais
e pauis, Seiça sempre teve uma influência mística
para quem a visita, transmitindo a sensação de
podermos viajar até ao passado. Localizada na
freguesia do Paião, a cerca de 15 km da sede do
concelho, Figueira da Foz, Seiça é uma localidade
parada no tempo.
A história deste lugar cruza-se com a lenda do
abade João, monge retirado no Mosteiro de
Lorvão, que recebeu do rei Ramiro I, de quem era
tio paterno, a doação da vila de Montemor-o-
Velho.
Reza a lenda que este abade, acompanhado de um
pequeno exército de cristãos, perseguiu os mouros
até Seiça, onde os derrotou. Durante a noite, depois
da vitória, recebe a notícia de que todos os seus
homens mortos em combate, tinham ressuscitado
milagrosamente. Em reconhecimento pela Graça
concedida, o monge decidiu ficar para sempre em
Seiça, onde mandou fundar a capela que dedicou a
Nossa Senhora de Seiça.
Dessa ermida, que ruiu em 1590, nada resta. Em
1602, no mesmo lugar e por iniciativa de Frei
Manuel das Chagas, foi construída a actual capela
de Nossa Senhora de Seiça.
Fig. 1 – Capela de Nossa Senhora de Seiça
No interior desta capela podemos observar um
conjunto de pinturas sobre a lenda do abade João.
Fig. 2 – Quadro existente no interior da capela de
Nossa Senhora de Seiça, sobre o combate do
abade João contra os mouros
A poucos metros de distância desta capela
encontra-se o Mosteiro de Santa Maria de Seiça,
do qual se desconhece a data exacta de fundação e
cuja referência documental mais antiga data de
1162, pertencendo então aos Frades Crúzios.
Diz a lenda que certo dia D. Afonso Henriques
andava à caça nas matas de Seiça quando um seu
criado caiu do cavalo e morreu. Existindo ali perto
uma ermida levaram para lá o corpo do jovem
cavaleiro. Mas quando já preparavam o seu
enterro, eis que o rapaz abre os olhos e revive. Tal
milagre foi logo atribuído a Nossa Senhora de
Seiça e o rei terá então mandado construir ali perto
um Mosteiro em honra a Santa Maria de Seiça. [1]
Fig. 3 – Quadro existente no interior da capela de
Nossa Senhora de Seiça, alusivo à fundação do
Mosteiro de Santa Maria de Seiça, com a legenda
“ermitão e o rei que lhe promete fundar o
mosteiro” [2]
Em 1175 D. Afonso Henriques doou àquela
comunidade uma carta de couto [3] e em 1195 este
Mosteiro passou para a Ordem de Cister.
Entre os finais do século XVI e o início do século
XVII este edifício foi totalmente reedificado, o
qual, devido à proximidade do Colégio de Santa
Cruz de Coimbra, passou a funcionar como Centro
de Estudos Filosóficos de toda a congregação da
Ordem de Cister, entre os séculos XVII e XVIII [4].
Fig. 4 – Fachada principal do Mosteiro de Santa
Maria de Seiça
Após a dissolução das ordens religiosas em 1834,
este mosteiro foi vendido a um particular que
transformou parte do edifício em fábrica de
descasque de arroz. Presentemente, este
monumento, propriedade da Câmara Municipal da
Figueira da Foz, encontra-se desprovido de
utilização.
Os Moinhos
Com o cognome de Povoador, o rei D. Sancho I,
favoreceu o povoamento em diversos pontos do
território português de então. A fundação de um
mosteiro não se tratava apenas de uma obra de
devoção ou edificação religiosa, assumindo
igualmente um papel de estímulo ao
desenvolvimento agrícola e à criação de
povoações. De facto, os monges desempenhavam
um papel civilizacional, económico e
administrativo do país, dado que, para além das
suas funções religiosas, também cultivavam e
ensinavam a cultivar terras e defendiam o território
dos inimigos.
A zona onde o convento foi instalado, junto à
ribeira de Seiça, então navegável, era uma área
bastante alagadiça e pantanosa. Os monges
brancos, como era conhecida a Ordem de Cister,
contribuíram de forma decisiva para o
povoamento, arroteamento e desenvolvimento das
vastas áreas que ocuparam. Aplicando as suas
inovadoras e intensivas técnicas agrícolas,
transformando as envolventes através do
desbravamento de terras e da construção de
sistemas hidráulicos, rapidamente criaram
condições para a fixação de povoados.
Utilizada tanto pelos monges como pelas
povoações, a ribeira de Seiça e o controlo dos
canais de água revelaram-se fundamentais tanto
para a agricultura, como para a implementação de
diversos moinhos de rodízio nesta região.
Para além desta ribeira, existem outros cursos de
água, tal como o rio Pranto e seus afluentes, que
permitiram igualmente a instalação de moinhos nas
suas margens.
Dada a escassez de informação é difícil determinar,
com exactidão, quantos moinhos terão existido
nesta região, qual a data da sua instalação, bem
como a sua capacidade produtiva. No entanto, de
entre as várias povoações referidas na relação de
foros, pagos ao mosteiro entre 1818 e 1835,
encontram-se referenciados diversos moinhos,
nomeadamente na Azenha, na Ribeira dos
Carriços, no Negrote, no Casenho, na Ribeira de
Seiça.
Nessa listagem de tributos é feita alusão aos
diversos pagamentos cobrados pelo mosteiro a
quem possuía bens, fossem eles terras de cultivo
ou moinhos (quadro 2).
De acordo com os documentos manuscritos e
respeitantes ao Mosteiro de Santa Maria de Seiça,
existentes no Arquivo da Universidade de
Coimbra, o foro mais antigo, indicado na referida
relação de foros do Mosteiro, é respeitante ao
pagamento que, desde 1815, António Joaquim
Lopes Garrido, pelo Prazo de um Moinho na
Ribeira do Cazenho, paga pelo S. Miguel oito
alqueires de trigo e outros oito alqueires de milho
e duas galinhas. [5]
No entanto tal não significa que seja o mais antigo,
pois tanto o moinho de José Lavaredas como o de
Manoel Pedroza filho, também mencionados nos
foros, foram herdados de seus pais e, de acordo
com os moradores mais antigos desta região,
existem moinhos junto à ribeira de Seiça há pelo
menos quatrocentos anos.
Analisando os dados transpostos para o quadro 2,
alguns factos se destacam, nomeadamente o valor
do foro (cuja diferença nas quantidades poderá
estar relacionada com o número de mós de cada
moinho), os tipos de cereais cultivados nesta região
na primeira metade do século XIX (trigo e milho),
e a época do ano em que o pagamento era
efectuado. Também se verifica que nem todos os
tributários residiam na povoação onde estava
instalado o moinho.
Fig. 5 – Rodízios de um moinho, actualmente
construídos em inox, mas que inicialmente seriam
de madeira
No século VIII surgiu na Europa um novo cereal, o
arroz, introduzido no sul de Espanha pelos Árabes.
Até meados do século XIX o cultivo desta planta,
em Portugal, era esporádico. Apenas por volta de
1840 é que a orizicultura se começou a
desenvolver de uma forma sustentada no Baixo
Mondego, em parte devido ao elevado grau de
instabilidade política vivida desde as Invasões
Francesas (1807-1810) até aquela data, mas
também ao facto de os campos de cultivo serem
muito pantanosos. [6]
O aparecimento deste novo cereal levou à
necessidade de conceber uma forma de o
descascar. Através de uma alteração ao sistema de
mós dos moinhos, com recurso à colocação de
placas de cortiça entre as mós, os moleiros
passaram a ter uma nova forma de rendimento.
Para além das mudanças que aconteceram na
agricultura, também no domínio da administração
do território ocorriam alterações.
Em 1830 Lavos foi elevado a concelho, composto
pelas freguesias de Lavos e de Paião [7] e integrado
na comarca de Soure. Em 1834 foram extintas as
ordens religiosas em Portugal e em 1835 o
concelho de Lavos passou a designar-se por
concelho de Lavos e Paião. Em 1853 este concelho
foi extinto, passando as povoações que o
constituíam a fazer parte da comarca e concelho da
Figueira da Foz, até à presente data.
De entre os documentos manuscritos da Câmara do
Couto de Lavos, existentes no Arquivo Histórico
Municipal da Figueira da Foz, encontra-se um
recenseamento geral dos eleitores do concelho de
Lavos, de 1852 [8], no qual é indicada a profissão
dos mesmos. Nesse recenseamento é feita a
referência a quatro moleiros na povoação de
Casenho, nove na Ribeira de Seiça e um no Vale
Vendeiro (quadro 3).
Na recolha de Informações para a Estatística
Industrial do Districto de Coimbra, em 1861,
Francisco Teixeira da Silva [9] relata que existiam
no distrito de Coimbra 1.101 moinhos, sendo o
concelho da Figueira da Foz aquele que possuía o
maior número, num total de 227 moinhos. Era na
freguesia do Paião [10] que se encontrava a maior
concentração de moinhos deste concelho: quarenta
e dois moinhos de água e quatro de vento.
Freguesias do concelho da
Figueira da Foz 3
Moinhos de água
Moinhos de vento
Alhadas 30 10
Brenha 2 5
Ferreira 27 -
Figueira - -
Lavos 14 13
Maiorca 4 2
Paião 42 4
Quiaios 6 8
Tavarede 14 8
Vila Verde 1 6
Buarcos - 31
Total 140 87
Quadro 1 – Número de moinhos inventariados em
1861 por Francisco Teixeira da Silva
Onde outrora existiram dezenas de moinhos de
água, hoje subsistem apenas vestígios de alguns
desses engenhos. Desde Seiça até ao Casenho
ainda é possível encontrar edificações de seis
moinhos, todos de rodízio horizontal, em relativo
estado de conservação.
Fig. 6 – Localização dos moinhos ainda existentes
desde o Mosteiro de Santa Maria de Seiça até ao
Casenho
Ribeira de Seiça, freguesia de Paião:
1 – Moinho dos Carriços, em ruínas;
2 – Moinho da Benta, em ruínas;
Casenho, freguesia de Borda do Campo:
3 – Moinho do Fernandes, conservado, mas
desactivado;
4 – Moinho de José Ferreira de Carvalho, em
ruínas;
5 – Moinho de Manuel Maria Ferreira de
Carvalho, ainda em funcionamento;
6 – Moinho de Manuel Maria Ferreira de
Carvalho, em ruínas;
Moinho de Manuel Carvalho
Deste seis moinhos apenas um se encontra em
pleno funcionamento. Manuel Carvalho é o único
moleiro que nesta zona ainda continua a fazer
farinha e a descascar arroz, a tempo inteiro, tal
como fazia o seu pai, o seu avô e as gerações
anteriores, desde há pelo menos quatrocentos anos.
Adaptado aos cereais produzidos na região, o seu
moinho possui dois conjuntos de mós, um para
farinação e outro para descasque de arroz.
Fig. 7 – Manuel Carvalho no seu moinho, junto às
mós de descasque de arroz (moinho 5 na fig. 6)
A manutenção de um moinho inclui diversas
tarefas, entre elas a picagem da mó andadeira. Com
alguma regularidade, e para tirar a casca ao arroz,
esta mó tem de ser picada, dado que a sua
superfície inferior vai ficando lisa.
Com o auxílio de um rodilhão e de uma alavanca,
o moleiro retira a andadeira da sua base.
Fig. 8 – O moleiro retira a mó andadeira
Depois de bem apoiada, segue-se picagem de toda
a superfície desta mó.
Fig. 9 – Picagem da mó andadeira
O descasque de arroz é efectuado através da
colocação de uma cama de cortiça entre as duas
mós, criando uma superfície macia, evitando assim
que o grão se quebre e ou se transforme em
farinha.
Fig. 10 – Cama de cortiça para o descasque de
arroz
Depois de concluída a picagem, é necessário voltar
a colocar a andadeira sobre a segurelha.
Fig. 11 – Reposição da andadeira
No fim desta tarefa terminada é altura de abrir a
comporta da água e colocar o rodízio a girar para
descascar arroz.
As mós de farinação sofrem um processo de
picagem idêntico, de forma a evitar que vidrem e
deixem de fazer farinha.
Fig. 12 – Arroz a ser descascado
Fig. 13 – Arroz descascado, em pormenor
Na fase de descasque, o arroz cai misturado com a
casca. Para o limpar, o moleiro ergue-o com
recurso a uma tarara.
Fig. 14 – Depois de descascado, o arroz tem de ter
erguido, para ficar limpo de cascas
São muitos os agricultores da região que procuram
este moinho. Quem já provou, diz que o gosto do
arroz descascado artesanalmente, sem qualquer
processo de branqueamento, tem outro sabor.
Dizem também que a farinha produzida neste
moinho atribui um paladar à broa muito mais
saboroso do que outra qualquer.
Um moinho tão antigo tem de ser tratado com
carinho. Com 86 anos e com a força que a saúde
ainda lhe permite é junto às mós que Manuel
Carvalho se sente feliz, mas lamenta que mais
ninguém queira aprender o ofício.
Para este moleiro o seu moinho é a sua vida e antes
que se perca para todo o sempre, urge preservar
este património vivo, para além do edificado.
Na Borda do Campo, uma freguesia onde o
património etnográfico é rico e cuja principal
actividade económica é ainda a agricultura,
nomeadamente o cultivo do arroz e do milho, mas
onde a mecanização foi aos poucos substituindo os
trabalhos outrora realizados através da força física,
é urgente preservar esse património [11], o qual
pode ser uma atracção turística e uma mais valia
para estas gentes, bem como um testemunho vivo
para as gerações futuras.
Localização do Moinho
Residência Tributário Foro anual por moinho Época de
Pagamento
A mulher de Manoel Ferreira Manço
Dois alqueires de trigo Dia de Natal
José Lavaredas Oito alqueires de trigo e duas galinhas
de crista tombada S. Miguel Casenho
José Manoel Brás d’Oliveira
24$000 Dia de Páscoa
Barra Luíz dos Santos Morgado Quatro alqueires de trigo e duas galinhas
de crista tombada S. Miguel
Copeiro António Joaquim Lopes
Garrido Oito alqueires de trigo, oito alqueires de
milho e duas galinhas S. Miguel
Casenho
Regalheiras de Lavos
António Gonçalves de Freitas
Dois alqueires de trigo e duas galinhas Dia de Natal
Manoel Pedroza filho Dois alqueires de trigo e dois alqueires
de milho, mais uma galinha e um frango Dia de Todos
os Santos
José Brás Cinco alqueires de trigo, cinco alqueires
de milho e duas galinhas S. Miguel
António da Costa Cabral Seis alqueires de trigo S. Miguel
Ribeira de Seiça
Ribeira de Seiça
António Rodrigues Bispo Um alqueire de trigo e duas boas
galinhas S. Miguel
Lavos e Marinha
Manoel Gonçalves Curado Dois alqueires de milho, dois alqueires
de trigo e um capão S. Miguel
Francisco Rodrigues Bispo Dois alqueires de trigo e duas galinhas S. Miguel
José Gomes Christino Dois alqueires de trigo e duas galinhas S. Miguel
Ribeira dos Carriços Ribeira dos
Carriços Bernardo da Costa Dois alqueires de trigo e duas galinhas S. Miguel
Amieira Francisco da Cruz Dois alqueires de trigo, dois capões e
duas galinhas S. Miguel
Negrote Negrote José de Brito Manço Meio alqueire de trigo S. Miguel
Azenha Amieira Francisco Veríssimo Três alqueires de trigo e duas galinhas
boas 1º de Maio
Esteiro da Caldeira
Bizorreiro de Lavos e de Paião
José da Silva Dois alqueires de trigo S. Miguel
Quadro 2 – Foros pagos pelos arrendatários / proprietários ao Real Mosteiro de Seiça, entre 1818 e 1834
Povoação Nome do Moleiro Dízima Idade
José Ferreira Carvalho 1.513$000 57 anos
José Ferreira Pedro 1.582$000 29 anos
José Thomaz 2.649$000 31 anos Casenho
Manoel Ferreira de Carvalho 2.890$000 32 anos
António da Costa Cabral 3.527$000 41 anos
Francisco da Cruz 4.705$000 46 anos
Bernardo da Costa 1.738$000 41 anos
Jerónimo da Costa 2.731$000 27 anos
José Pedrosa 1.822$000 29 anos
Manoel da Costa Jacintho 1.451$000 61 anos
Manoel Ferreira 5.753$000 51 anos
Manoel Pedrosa Vieira (filho) 4.594$000 30 anos
Ribeira de Seiça
Manoel Pedrosa Vieira 6.070$000 51 anos
Vale Vendeiro Luíz Carvalheiro 1.768$000 61 anos
Quadro 3 – Eleitores e elegíveis para deputados, do concelho de Lavos, em 1852, com a profissão de
moleiros
Notas
[1] SILVA, Eurico, Convento de Seiça – Memórias,
Cadernos Municipais, nº 36, Câmara Municipal da
Figueira da Foz, 1999, pp. 7-11
[2] Capela de Nossa Senhora de Seiça, IGESPAR,
http://www.igespar.pt/patrimonio/pesquisa/geral/be
nscomproteccaolegal/detail/74885/ , consultado em
07-12-2009
[3] Em 1175 D. Afonso Henriques (juntamente com
seu filho, o rei D. Sancho I) fez a doação do Couto
de Barra a D. Paio Egas, prior de Seiça. O
território doado ao Mosteiro compreendia quase
todas as terras que constituem actualmente as
freguesias de Alqueidão, Borda do Campo de
Marinha das Ondas e Paião, no concelho da
Figueira da Foz, bem como a quinta do Seminário,
pertencente à freguesia da Vinha da Rainha, no
concelho de Soure.
PRATAS, José Casaleiro, Elementos para a
história eclesiástica da freguesia do Paião, e
Assassinos e Assassínios no extinto concelho de
Lavos no tempo do cabralismo, Edição da Junta de
Freguesia do Paião, 2004, pp. 47-49
[4] Em 1774 esta escola foi transferida para o
Colégio do Mosteiro de Alcobaça, cujos alunos,
entretanto, vinham passar férias a Seiça. Após a
extinção das ordens religiosas em Portugal, em
1834, constatou-se que a biblioteca do Mosteiro de
Santa Maria de Seiça continha 1755 volumes.
SILVA, Eurico, Paião, edição da Junta de
Freguesia do Paião, 2005, pp. 21
[5] Livro dos Foros do Real Mosteiro de Ceiça, fl.
13 verso
[6] VAQUINHAS, Irene; MENDES, José Amado,
Canteiros de Arroz: a orizicultura entre o passado
e o futuro, Câmara Municipal de Montemor-o-
Velho, 2005, pp. 55-57
[7] Quando em 12 de Março de 1771, D. José I
criou a comarca da Figueira da Foz, entre outras
povoações, Paião e Lavos foram desmembrados do
concelho de Montemor-o-Velho, ao qual
pertenciam até essa data.
[8] Recenseamento geral dos eleitores e elegíveis
para deputados, do concelho de Lavos – 1852,
Câmara do Couto de Lavos
[9] SILVA, Francisco Teixeira da, Informações
para a Estatística Industrial do Districto de
Coimbra, Lisboa, Imprensa Nacional, 1861, pp. 44
[10] Actualmente o concelho da Figueira da Foz é
constituído por 18 freguesias. Parte do território da
freguesia do Paião passou para as freguesias de
Marinha das Ondas, Alqueidão e Borda do Campo,
criadas posteriormente.
[11] No endereço www.bordadocampo.com é
possível encontrar mais informação sobre esta
freguesia.
Bibliografia
CONCEIÇÃO, A. Santos, Terras de Montemor-o-
Velho, Câmara Municipal de Montemor-o-Velho,
1992
PRATAS, José Casaleiro, Elementos para a
história eclesiástica da freguesia do Paião, e
Assassinos e Assassínios no extinto concelho de
Lavos no tempo do cabralismo, Edição da Junta de
Freguesia do Paião, 2004
SILVA, Eurico, Convento de Seiça – Memórias,
Cadernos Municipais, nº 36, Câmara Municipal da
Figueira da Foz, 1999
SILVA, Eurico, Paião, edição da Junta de
Freguesia do Paião, 2005
SILVA, Francisco Teixeira da, Informações para a
Estatística Industrial do Districto de Coimbra,
Lisboa, Imprensa Nacional, 1861
VAQUINHAS, Irene; MENDES, José Amado,
Canteiros de Arroz: a orizicultura entre o passado
e o futuro, Câmara Municipal de Montemor-o-
Velho, 2005
Sitografia
Borda do Campo,
http://bordadocampo.com/freguesia/origens/,
consultado em 07-12-2009
Capela de Nossa Senhora de Seiça, IGESPAR,
http://www.igespar.pt/patrimonio/pesquisa/geral/be
nscomproteccaolegal/detail/74885/, consultado em
07-12-2009
Mosteiro de Santa Maria de Seiça, IGESPAR,
http://www.igespar.pt/patrimonio/pesquisa/geral/be
nscomproteccaolegal/detail/71634/, consultado em
07-12-2009
Documentos históricos
Arquivo Histórico Municipal da Figueira da Foz,
Câmara do Couto de Lavos, Recenseamento geral
dos eleitores e elegíveis para deputados, do
concelho de Lavos – 1852
Arquivo da Universidade de Coimbra, Documentos
do Mosteiro de Santa Maria de Seiça, Relação de
todos os indivíduos que pagavam foros ao
mosteiro
Idem, Livro dos Foros do Real Mosteiro de Ceiça
Agradecimentos
Anabela Bento, Manuel Mª Ferreira de Carvalho,
Guilherme Gaspar e Sílvio Gaspar
Autoria das Fotografas
Inês Pinto, Guilherme Gaspar e Sílvio Gaspar
Captions
Fig. 1 –Nossa Senhora de Seiça’s Chapel
Fig. 2 – Existing painting in the inside of Nossa
Senhora de Seiça’s Chapel, about the fight of abbot
João against the Moors
Fig. 3 – Existing painting in the inside of Nossa
Senhora de Seiça’s Chapel, illustrating the
foundation of the Monastery of Santa Maria de
Seiça, with the caption “eremite and the king who
promises him to found the monastery”
Fig. 4 – Main front of the Monastery of Santa
Maria de Seiça
Fig. 5 – Ladle-boarded wheel, currently built in
stainless steel, but initially would be made of wood
Fig. 6 – Location of mills still existing from the
Monastery of Santa Maria de Seiça to the Casenho
Fig. 7 – Manuel Carvalho in his mill, close by the
rice peeling millstone (mill 5 in fig. 6)
Fig. 8 – The miller takes out the moving millstone
Fig. 9 – Pricking the moving millstone
Fig. 10 – Cork bed for the peeling of rice
Fig. 11 – Restoring the moving millstone
Fig. 12 – Rice being peeled
Fig. 13 – Peeled rice, in detail
Fig. 14 – Once peeled, the rice must be cleaned, to
be rid of peels
Borda do Campo, Dezembro de 2009