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Page 1: Modulo tutor conteudo

Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE

Tutor

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Presidência da República

Ministério da Educação

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

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Caderno do Tutor

Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE

MEC / FNDE / SEED

Brasília, 2008

2a edição atualizada

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Supervisão e acompanhamento

Renato Silveira Souza Monteiro

Cecília Guy Dias

Marilene de Freitas

Revisão

CESPE/UnB

Colaboradores conteudistas

Maria Lúcia Cavalli Neder

Adalberto Domingos da Paz

Élida Maria Loureiro Lino

Projeto gráfico

Virtual Publicidade e CESPE/UnB

Ilustrações

Zubartez

CESPE/UnB

Impressão e acabamento

CESPE/UnB

B823c Brasil. Ministério da Educação (MEC).

Caderno do tutor / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Secretaria de Educação a Distância – Brasília : MEC, FNDE, SEED, 2006.

54 p. : il. color. – (Formação pela escola)

1. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 2. Financiamento da educação. 3. Políticas públicas – Educação. 4. Programas e ações – FNDE. 5. Formação continuada a distância – FNDE. 6. Formação pela escola – FNDE. I. Brasil. Ministério da Educação. II. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. III. Secretaria de Educação a Distância. IV. Título. V. Série.

CDU 37.014.543

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SumárioPara começo de conversa ________________________________________________________________________ 7

Unidade I – Programa Formação pela Escola: concepção, características e gestão ___________________________ 9

Apresentação _______________________________________________________________________________11

Introdução _________________________________________________________________________________11

1. Concepção do Programa Formação pela Escola __________________________________________________12

2. Dimensão política do Programa Formação pela Escola ____________________________________________14

3. Estrutura de gestão do Programa Formação pela Escola ___________________________________________16

Unidade II – Metodologia do Programa Formação pela Escola __________________________________________21

Apresentação _______________________________________________________________________________23

Metodologia do Formação pela Escola __________________________________________________________23

1. Estrutura do Programa Formação pela Escola ___________________________________________________24

2. Dinâmica do curso _________________________________________________________________________25

3. Materiais didáticos _________________________________________________________________________28

Unidade III – O sistema de tutoria no Formação pela Escola ____________________________________________31

Apresentação _______________________________________________________________________________33

Introdução _________________________________________________________________________________33

1. Concepção de tutoria ______________________________________________________________________34

2. Atribuições do tutor no Formação pela Escola ___________________________________________________35

3. As ações do tutor no Formação pela Escola _____________________________________________________37

Dicas de estratégia de ação de tutoria ___________________________________________________________46

Referências bibliográficas _____________________________________________________________________49

Anexo – Ficha de auto-avaliação de aprendizagem ________________________________________________50

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Para começo de conversaPrezado tutor,

Seja bem-vindo ao sistema de tutoria do Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE, o Formação pela Escola.

Sua atuação como tutor será muito importante, porque você contribuirá não só para a socialização dos diversos programas que fazem parte do Formação pela Escola, mas também para a capacitação de pessoas que serão parceiras (gestores, técnicos, conselheiros e representantes da comunidade) desses programas na sua região e no seu município.

Nosso propósito, neste caderno do tutor, é proporcionar a você a oportunidade de conhecer elementos teórico-práticos, na expectativa de que possam ajudá-lo a compreender a educação a distância e, também, o papel e as atribuições da tutoria no contexto do Formação pela Escola.

Ao considerarmos que, para a sua atuação como tutor neste programa, você necessita de fundamentos que alicercem suas ações, organizamos este caderno em três unidades intituladas:

Unidade I

Programa Formação pela Escola: concepção, características e gestão

Unidade II

Metodologia do Formação pela Escola

Unidade III

O sistema de tutoria no Formação pela Escola

Desejamos a você bons estudos e sucesso na sua atividade como tutor(a) do Formação pela Escola!

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Unidade IPrograma Formação pela escola: concepção, características e gestão

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Unidade I

Programa Formação pela Escola: concepção, características e gestão

ApresentaçãoPara que você possa desempenhar com qualidade suas funções de tutor(a) no Formação pela Escola, o primeiro passo

é obter informações a respeito deste programa, com o objetivo de:

:: Conceituar o Programa Formação pela Escola.

:: Discorrer sobre suas finalidades e a quem se dirige.

:: Citar os diferentes programas que integram o Formação pela Escola.

:: Discorrer sobre a dimensão política do programa.

:: Discorrer sobre a estrutura organizacional e de gestão do programa.

Por isso, nesta unidade, você irá estudar sobre a concepção do Programa Formação pela Escola, suas características e sua estrutura de gestão.

Vamos, então, aos estudos na busca desses conhecimentos?

IntroduçãoO Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE é uma autarquia do MEC, que tem como responsabilidade

principal executar as transferências automáticas e voluntárias de recursos públicos para garantir educação de qualidade a todos os brasileiros. Sendo assim, o FNDE desenvolve programas e ações de transferência de recursos para os estados, Distrito Federal e municípios.

O modelo operacional de transferência dos recursos para os estados, Distrito Federal e municípios requer destes uma boa capacidade de execução, além de um fortalecimento dos canais de controle social da aplicação dos recursos, exercido pelos

Autarquia:

entidade com re-cursos próprios, criada pelo Esta-do para auxiliá-lo no serviço públi-co.

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conselhos e demais formas de organização das comunidades escolar e local.

Os operadores, tanto da gestão quanto do controle, necessitam de capacitação especial para o desempenho das suas atividades e o FNDE, até o presente momento, fez a formação das pessoas envolvidas em seus programas de forma presencial, enviando técnicos aos municípios e aos estados.

Mas, considerando o tamanho do nosso país e da quantidade de estados, municípios e pessoas a atender, levantam-se as seguintes questões:

É possível atender, de forma presencial, a todos os 26 estados, o Distrito Federal e os 5.564 municípios do país que participam dos programas do FNDE?

O número de técnicos do FNDE seria suficiente para atender toda a demanda?

Obviamente a sua resposta a essas questões foi NÃO. As-sim também pensam o FNDE e a Secretaria de Educação a Distância (SEED) do MEC. Uma alternativa, então, vislumbra-da como possível é realizar essa formação na modalidade a distância.

1. Concepção do Programa Formação pela Escola

Com o propósito de atender à grande demanda e formar operadores de seus programas, o FNDE, em parceria com a SEED/MEC, criou o Programa Nacional de Formação Con-tinuada a Distância – Formação pela Escola.

MEC e FNDE estão preocupados com a formação das pessoas responsáveis pela execução de seus programas. Qual a razão disso?

A principal razão da criação deste programa é a instaura-ção de um processo de gestão democrática, em que várias instâncias executivas, nos níveis estaduais e municipais, além da sociedade civil organizada, possam participar efe-tivamente da execução e do controle social dos recursos públicos.

Em síntese, a finalidade do Formação pela Escola é constituir-se em espaço para que a comunidade educativa conheça melhor os programas do FNDE, participe ativa-mente deles e avalie a sua execução.

Desse modo, mediante a criação do Formação pela Es-cola, o MEC elege como finalidade primordial a formação

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dos sujeitos que atuam em cada um dos programas desen-volvidos pelo FNDE, a saber:

Programa Dinheiro Direto da Escola – PDDE

Programa Nacional de Alimentação Escolar – Pnae

Programas de Transporte do Escolar – PTE

Programas do Livro – PLi

O FNDE espera que esses programas não somente sejam eficazes, mas, sobretudo, significativos. Isto é, que contribuam efetivamente para a melhoria da educação e das condições de vida de milhões de cidadãos que diariamente freqüentam os espaços escolares.

De que maneira?

Mediante o oferecimento de cursos a distância – modalidade adequada para formação de grande contingente de pessoas em todos os estados, Distrito Federal e municípios do país – o FNDE e a SEED esperam formar pessoas para atuar em todos esses programas.

Vejamos, agora, quem se constitui o público-alvo do Formação pela Escola, do qual você será tutor(a), e, ainda, quais são os seus objetivos.

Público-alvo

Gestores, técnicos, conselheiros, professores, me-rendeiras, pais de alunos e representantes da comu-nidade que estejam envolvidos ou queiram participar do controle social dos programas geridos pelo FNDE.

Objetivo geral

Contribuir para o fortalecimento da atuação dos agentes e parceiros envolvidos com execução, acom-panhamento e avaliação de programas e ações desen-volvidos no âmbito do FNDE.

Objetivos específicos

Do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)

:: Fornecer informações básicas necessárias à compre-ensão do programa e de sua forma de operacionaliza-ção, de modo a colaborar com as comunidades locais e escolares para o desenvolvimento de projetos par-ticipativos, de princípios democráticos, no sentido de promover o desenvolvimento do controle social dos recursos públicos destinados ao PDDE.

Do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae)

:: Contribuir para a formação de gestores que possam atuar não só na busca da garantia da alimentação es-colar de qualidade e em quantidade suficiente a todos os alunos, mas também na formação de hábitos ali-mentares saudáveis no contexto escolar. Visa estimular o exercício do controle social, de modo a elevar a qua-lidade da gestão desse programa.

Dos Programas de Transporte do Escolar (PTE)

:: Levar o cursista a ampliar sua compreensão em rela-ção à dimensão política dos programas de transporte do escolar; conhecer a dinâmica dos programas em

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Em outras palavras, o Programa Formação pela Escola, oferecido na modalidade a distância, possibilitará a forma-ção de um grande número de gestores para os diversos programas do FNDE, atingindo-se o maior número possí-vel de estados e municípios.

Então, para finalizar este item, reforçando o que foi dito sobre a concepção do programa, podemos perguntar:

Por que oferecer o Programa Formação pela Escola na modalidade a distância?

Porque:

:: A educação a distância (EAD) ultrapassa as barreiras geo-gráficas por meio de práticas educacionais desenvolvidas com tecnologias de informação e comunicação – TICs.

:: Por meio da EAD é possível disponibilizar a cursistas – em todo o país e a qualquer momento – grande quanti-dade de informações.

:: Assim, o FNDE poderá tornar mais eficaz o processo de capacitação e a divulgação de seus programas e ações.

seus diferentes aspectos de gestão; identificar os proce-dimentos contábeis; e compreender a importância do acompanhamento e do controle social dos programas.

Dos Programas do Livro (PLi)

:: Estimular a participação da comunidade escolar no processo de decisão de escolhas, reutilização, conser-vação e remanejamento dos livros, de modo a ampliar o acesso aos recursos disponíveis e fortalecer a gestão democrática da escola pública.

2. Dimensão política do Programa Formação pela Escola

Você está, com este curso, preparando-se para atuar como tutor(a) deste programa e a sua participação é essencial para a garantia da democratização do acesso ao processo de formação dos futuros cursistas.

Assim, considerando que um tutor deve começar sua atuação pelo conhecimento do programa em que atuará, propomos, a seguir:

Discutir a dimensão política do Programa Formação pela Escola.

Gostaríamos de começar essa discussão chamando a atenção para duas questões que julgamos fundamentais para quem desenvolve atividades de EAD.

A primeira delas diz respeito ao fato de que, quando se discute essa modalidade, geralmente as pessoas colocam sua atenção primeira no aspecto relativo ao seu modo de or-ganização, que possibilita, por exemplo, que a relação entre professor e aluno não se dê, necessariamente, face-a-face.

A segunda diz respeito ao uso das novas tecnologias como recurso para que o processo de interação entre os sujeitos da prática educativa possa ocorrer.

Embora essas questões sejam importantes para a com-preensão dessa modalidade, elas não são a sua essência. A essência, e chamamos a atenção para isso, é ser uma modali-dade de desenvolvimento da EDUCAÇÃO.

Nesse sentido, ao pensarmos na educação a distância, de-vemos desviar o foco de nossa atenção:

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DO ADJETIVO (DISTÂNCIA)

AO SUBSTANTIVO (EDUCAÇÃO)

É isso mesmo, antes de pensarmos no modo de organiza-ção e desenvolvimento de um curso que terá como uma de suas características básicas a não-presencialidade dos sujei-tos da prática educativa, e que, por isso mesmo, exige uso de tecnologia de comunicação, é importante que tenhamos sempre presente que estamos participando de um processo educativo.

O substantivo, isto é, a essência primeira é a EDUCAÇÃO. Isso implica que, além da dimensão da formação profissional ou instrumental, de qualquer projeto, há a dimensão políti-ca, relativa à formação do cidadão crítico, participativo, res-ponsável pela construção da sociedade em que vive.

Presencialidade: pressupõe a sensa-ção de presença, a partir do diálogo e da participação dos sujeitos envolvidos no processo educa-tivo.

Dessa forma, ao se trabalhar com a EAD, não podemos reduzir nossa compreensão apenas a aspectos ligados ao uso de tecnologia ou, ainda, ao fator da não-presencialida-de entre professor-aluno. É importante estarmos atentos à sua dimensão política, isto é, conscientes de que, com nossas ações, estamos contribuindo não só para formação de pes-soas que atuarão no mundo do trabalho, mas também e, so-bretudo, para a formação do cidadão.

No caso do Programa Formação pela Escola, sua dimen-são política está nos seus objetivos centrais, que são:

:: formar maior número possível de pessoas para o desenvolvimento, o acompanhamento e a ava-liação dos programas desenvolvidos pelo FNDE;

:: fortalecer a gestão democrática dos programas, qualificando pessoas para exercerem o controle social dos recursos disponibilizados pelo MEC – FNDE.

Levando em conta essa dimensão política do Formação pela Escola, é importante realçar que, ao trabalhar em um programa de EAD, você estará desenvolvendo, também, uma ação política e que, com essa sua ação, estará possibilitando participação crítica, responsável e democrática na gestão dos recursos públicos.

A ação política é realçada também em termos da possibi-lidade que essa modalidade oferece de atender a um maior número de pessoas, com ampliação dos espaços de atendi-mento, favorecendo, assim, uma maior democratização do acesso ao saber.

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Você já tinha pensado sobre a educação a distância nessa perspectiva? Você tinha em mente essa dimensão política na ação educativa? E em termos da dimensão dos programas do FNDE?

Sendo assim, é importante que você reflita um pouco mais sobre o que acabou de ler antes de seguir para o nos-so próximo item de estudo, onde veremos como se estru-tura a gestão do Formação pela Escola.

3. Estrutura de gestão do Programa Formação pela Escola

No processo de gestão dos cursos do FNDE, vamos en-contrar três níveis de responsabilidades: o municipal, o estadual e o nacional.

O município e/ou o estado indicarão pelo menos um educador para exercer a função de tutor do Formação, que será o responsável pela articulação, capacitação, acom-panhamento, monitoramento e avaliação dos trabalhos desenvolvidos no programa, em âmbito municipal ou das cidades coligadas. Cada tutor acompanhará aproximada-mente 40 participantes.

Entre outras tarefas, cabe ao tutor do Formação, em arti-culação com o município e com o estado, organizar a fase presencial do curso, indicando local e infra-estrutura ade-quados à sua realização.

O tutor ou conjunto de tutores em cada mu-nicípio compõem, dentro da estrutura de ges-tão do Formação pela Escola, o nível tutoria municipal.

O estado será responsável pela articulação, capacitação dos tutores, acompanhamento, monitoramento e avalia-ção do programa no âmbito estadual.

Os membros da equipe que executará as ações citadas acima em cada estado com-põem, dentro da estrutura de gestão do For-mação, o nível coordenação estadual.

No nível nacional, encontra-se a coordenação nacional do Formação pela Escola, integrada por equipes do FNDE e da SEED. Nesse nível, são formuladas as diretrizes para im-plementação do programa, são elaboradas as estratégias de execução e são feitos o acompanhamento, o monitora-mento e a avaliação dos resultados, além da produção de materiais e administração financeira.

Veja no organograma a seguir como se estrutura o pro-cesso de gestão do Programa Formação pela Escola.

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3.1. Níveis de gestão

Formação pela Escola – Organograma

Gestão em nível estadualApoio à coordenação

de tutoria estadual

Coordenador estadual

Coordenação estadual

Gestão compartilhadaFNDE SEEDCoordenação

nacional

Apoio aos cursistasTutores do Formação

Tutoria municipal

Especialistas estaduais nos programas do FNDE

Apoio à tutoria municipal

Orientadoresestaduais

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E quais são as atribuições e responsabilida-des em cada um desses níveis de gestão no programa?

Vejamos:

:: Coordenação nacional

A coordenação nacional será integrada por um coorde-nador do FNDE, um coordenador da SEED e respectivas equipes técnicas. Cabe a essa coordenação, prioritaria-mente, capacitar, acompanhar, monitorar e avaliar os tra-balhos desenvolvidos pelas coordenações estaduais do programa.

Principais atribuições da coordenação nacional:

:: participar ativamente da elaboração do projeto de curso do Programa Formação pela Escola, bem como do seu material didático e das propostas de capacita-ção dos envolvidos;

:: disponibilizar material de apoio sobre o PDDE, Pnae, PLi, PTE, bem como toda e qualquer informação neces-sária à elaboração do material didático do Formação;

:: apresentar o programa aos secretários estaduais e municipais de educação, solicitando a sua adesão;

:: solicitar a indicação de um coordenador estadual para o programa, em nível estadual;

:: articular a liberação das equipes estaduais para o ser-viço de coordenação de tutoria estadual do programa;

:: realizar a coordenação administrativa e financeira do programa (administração das equipes e dos recursos financeiros: licitação de empresas para produção do material impresso e dos vídeos; custear gastos gerais de passagem aérea, hospedagem e alimentação dos participantes nas capacitações);

:: organizar, acompanhar, monitorar e avaliar o curso de formação para os tutores do programa;

:: realizar pesquisa avaliativa sobre o Formação pela Es-cola, propondo reformulações pertinentes.

:: Coordenação estadual

Uma outra instância na gestão do Formação é a coorde-nação estadual.

Como se estrutura essa coordenação?Quem indica essa coordenação?Quais são as suas principais atribuições?

Veja as respostas a essas perguntas:

As atividades de apoio ficarão sob a responsabilidade de uma coordenação estadual do programa, indicada pela secretaria estadual de educação de cada um dos estados participantes do Programa Formação pela Escola.

Essa coordenação deverá, preferencialmente, integrar a coordenação de educação a distância estadual e ser apoia-da pelas equipes e responsáveis pelos programas TV Esco-la e Proinfo.

Caberá à coordenação estadual do programa capacitar,

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acompanhar, monitorar e avaliar os trabalhos desenvolvi-dos pela tutoria municipal, bem como fornecer assistência técnica para a solução de dúvidas e de questões comple-xas que não puderem ser resolvidas com os recursos dis-poníveis.

Os responsáveis pelos programas desenvolvidos pelo FNDE nos estados exercerão a função de especialistas em conteúdo e apoiarão técnica e institucionalmente a equi-pe estadual do Programa Formação pela Escola.

Principais atribuições da coordenação estadual:

:: participar das reuniões técnicas do programa;

:: definir o plano de ação para a implementação do pro-grama, fazendo os ajustes necessários e adequando a proposta apresentada à realidade dos estados;

:: definir a equipe de orientadores estaduais, sendo preferencialmente servidores ligados ao TV Escola e ao Proinfo;

:: articular entre si os agentes envolvidos com o Forma-ção no estado, incluindo os responsáveis pelos progra-mas do FNDE;

:: articular-se com os prefeitos municipais, apresentan-do o programa e construindo parcerias;

:: promover divulgação do programa, destacando seus objetivos e critérios de participação;

:: realizar encontros e visitas nos municípios, após de-finida a tutoria municipal, explicando o programa, sua natureza, funcionamento e metodologia;

:: apoiar tecnicamente o período de inscrição do curso;

:: propor, aos orientadores estaduais e à tutoria muni-cipal, a melhor estratégia para a realização da fase pre-sencial;

:: disponibilizar infra-estrutura de equipamentos (TV, vídeos, parabólicas, computadores conectados à inter-net) e comunicação (telefone, fax, correio eletrônico);

:: apoiar técnica e institucionalmente os eventos rea-lizados nos estados, em especial, a fase presencial do curso;

:: acompanhar, monitorar e avaliar o trabalho dos orien-tadores estaduais, propondo encaminhamentos e so-luções possíveis no processo de implementação do programa;

:: monitorar a implementação do programa no ambien-te Sife Web1 , incorporando informações solicitadas;

:: apoiar a pesquisa avaliativa do programa, propondo reformulações pertinentes;

:: elaborar um plano de acompanhamento pedagógi-co do sistema de tutoria municipal.

:: Tutoria municipal

Esse é o nível de gestão que você integra. Ele corres-ponde ao apoio aos cursistas realizado pelos tutores do Formação, selecionados e preparados para desempenhar funções voltadas ao desenvolvimento do programa.

1 Sistema de Informação do Programa Formação pela Escola: o Sife Web é uma ferramen-ta de gerenciamento que permite acompanhar, monitorar e avaliar o desempenho dos cursistas, dos tutores do Formação e das coordenações estaduais do Programa Formação pela Escola nos estados e municípios participantes.

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Na unidade III deste módulo de estudo, você verá de-talhadamente as questões que envolvem ser um tutor: o que é, que papel desempenha e quais as atribuições no contexto do Formação pela Escola.

Após conhecermos as atribuições e responsabilidades de cada uma das instâncias que participam do proces-so de gestão do programa, é hora de conhecermos a dinâmica de funcionamento do Programa Formação pela Escola.

Então, vamos para a unidade II!

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Unidade II

Metodologia do Programa Formação pela Escola

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Unidade II:

Metodologia do Programa Formação pela Escola

ApresentaçãoNesta unidade, você vai conhecer a proposta metodológica do Formação pela Escola, bem como a estrutura do pro-

grama e sua dinâmica de funcionamento.

Sendo assim, o objetivo desta unidade de estudo é oferecer subsídios para que você compreenda:

:: a metodologia de EAD utilizada e a estrutura do programa;

:: a concepção de educação que fundamenta o Formação pela Escola;

:: as etapas indispensáveis para o sucesso do programa.

A partir da compreensão dessas questões, você construirá mais uma base de conhecimentos que lhe permitirá atuar com qualidade e eficiência como tutor do Formação pela Escola.

Pronto para começar? Então, bom estudo!

Metodologia do Formação pela EscolaQuando focalizamos o termo “a distância”, a característica da não-presencialidade dos sujeitos, num mesmo espaço

físico e ao mesmo tempo, coloca-se como um ponto importante na configuração e organização da modalidade.

Por isso, no processo de formação dos tutores, um dos pontos mais importantes é conhecer a proposta metodológica do curso para poder fazer uma tutoria de qualidade.

A proposta deste Programa de Formação Continuada a Distância – Formação pela Escola – fundamenta-se em uma concepção de educação que valoriza a construção do conhecimento como base do processo educativo, bem como sua natureza situada, contínua e ao longo da vida, tendo como diretrizes:

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:: caracterização dos problemas de gestão dos diferen-tes programas geridos pelo FNDE, analisando as variá-veis e buscando soluções mais pertinentes nas questões locais e regionais;

:: ampliação de informações que possibilitem maior acesso e utilização dos recursos disponíveis;

:: fortalecimento da gestão democrática da escola pú-blica, estimulando processos cooperativos de decisão e operacionalização;

:: promoção da formação continuada dos agentes e par-ceiros executores desses programas na elaboração de propostas diversificadas de atuação e uso mais adequa-do dos recursos segundo peculiaridades regionais;

:: fortalecimento dos canais de controle, por meio dos conselhos locais e regionais, que exercem o controle so-cial da aplicação dos recursos.

Para garantir que os cursos oferecidos pelo FNDE levem em consideração as diretrizes anteriormente citadas, alguns princípios foram escolhidos para dar sustentação aos módu-los do Programa Formação pela Escola. São eles:

Busca-se, por meio da interação, possibilitar o diálogo entre os cursistas com os coordenadores e tutores do cur-so; dos cursistas entre si e com os envolvidos nos diferentes programas.

Com os princípios da problematização e da resolução de problemas, busca-se provocar nos cursistas o estudo, o de-bate e a atitude de questionamento perante a atual situação do programa em estudo. Assim, o material didático dos cur-sos propicia aos cursistas subsídios para que possam analisar criticamente os problemas enfrentados na execução dos di-ferentes programas, apontando possíveis soluções aos pro-blemas levantados.

O princípio da cooperação visa despertar o sentimento de pertencer a um projeto social coletivo, cuja condução e so-lução de problemas se darão de maneira efetiva mediante a participação dos sujeitos envolvidos.

Como você pode perceber, o Programa For-mação pela Escola dá ênfase à metodologia de resolução de problemas. A partir daí, po-demos afirmar que a preocupação básica é oferecer aos cursistas elementos teóricos que permitam detectar problemas, analisá-los e propor soluções.

1. Estrutura do Programa Formação pela Escola

O programa está organizado em cinco módulos: um mó-dulo de competências básicas e quatro temáticos.

Interação

Problematização

Cooperação

Resolução de problema

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É possível uma mesma pessoa fazer mais de um módulo específico?

A resposta é sim. O cursista do Formação pela Escola, con-cluído o módulo de competências básicas e um módulo te-mático, poderá se inscrever para fazer outro módulo temáti-co.

2. Dinâmica do cursoA preparação do curso se inicia bem antes do que você ou

o cursista imaginam. Por isso, vamos apontar rapidamente algumas fases ou etapas preliminares, indispensáveis para o sucesso do programa e para a aprendizagem do cursista.

2.1. Fases preliminaresa) Constituição e formação das equipes

Nesta fase, realizam-se a constituição das equipes estadu-ais e a seleção e formação dos tutores.

As equipes estaduais são formadas de acordo com o perfil técnico adequado para o desempenho das funções. A sele-ção de tutores também segue determinados critérios: o tutor, tanto estadual quanto municipal, deve ter formação supe-rior completa comprovada, conhecimentos de informática e, preferencialmente, ter experiência em educação a distância. Esses tutores devem ser preferencialmente do quadro de servidores, integrantes das equipes dos programas TV Escola e Proinfo (multiplicadores). É recomendável que os tutores já conheçam os programas ou integrem equipes do FNDE nos municípios.

Depois da seleção dos tutores, ocorre a formação para a

Módulo de competências básicas – comum a todos os cursos

Discute as políticas públicas para educação básica no âmbito do FNDE.

Módulos temáticos específicosDedicados aos diferentes programas desenvolvidos

pelo FNDE: Pnae, PTE, PLi e PDDE.

Observação: a partir do 2º semestre de 2008, também serão oferecidos os mó-dulos Fundeb e Prestação de Contas.

Cada módulo é de quarenta horas e desenvolvido ao lon-go de, aproximadamente, um mês, com previsão de uma hora e meia de estudo por dia. Portanto, o cursista deverá ser orientado por você na organização do tempo de estudo para dar conta da leitura do módulo e da realização das atividades previstas, além da avaliação final.

O módulo de competências básicas é obrigatório, isto é, o cursista deve estudar esse módulo antes dos temáticos es-pecíficos – escolhidos pelo cursista, conforme seu interesse e condições de oferta do curso relativo a um dos programas do FNDE.

MT* MT* MT* MT*

Turma

Módulo de competências básicas

Cursistas

*MT: Módulo temático

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atuação no âmbito do Programa Formação pela Escola, por meio do Curso de Formação de Tutores, desenvolvido no ambiente virtual de aprendizagem Moodle.

b) Pré-matrícula

A pré-matrícula ocorre durante o período de divulgação do programa e permite o mapeamento dos potenciais cur-sistas e dos módulos mais demandados. Essa fase abrange as seguintes ações:

:: Divulgação pela tutoria municipal e coordenação es-tadual do Formação junto às comunidades escolares.

:: Distribuição de folder e ficha de pré-matrícula, sob a responsabilidade do tutor.

:: Recebimento das fichas de pré-matrícula pelo tutor e tabulação dos dados.

:: Inserção dos dados consolidados no Sife Web pelo tu-tor.

Os dados levantados na pré-matrícula determinarão a quantidade de material a ser produzido, bem como as estra-tégias de atendimento aos cursistas.

c) Matrícula

A matrícula é a inscrição efetiva dos cursistas no Formação pela Escola. A partir dela, as turmas são abertas e os módulos são iniciados. Dois níveis de gestão são responsáveis pela efetivação da matrícula no programa. Vejamos quais são:

Ações de responsabilidade da coordenação estadual:

:: Verificação dos dados de pré-matrícula consolidados pelo tutor.

:: Levantamento das demandas municipais.

:: Abertura das turmas para os tutores.

:: Comunicação aos tutores sobre o plano de atendimen-to do município/estado.

Ações de responsabilidade da tutoria municipal:

:: Seleção dos cursistas a serem matriculados.

:: Efetivação da matrícula do cursista no Sife Web.

2.2. Fluxo

Como vai ocorrer a caminhada do cursista?

Para ajudar o cursista em seu estudo a distância, estão previstos momentos presenciais no início, meio e ao final do curso, e momentos a distância, com estudo autônomo dos módulos pelo cursista, contando sempre com o apoio do tu-tor.

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Relembrando:

Cada módulo é de quarenta horas e é desenvolvido ao longo de, aproximadamente, um mês, com previsão de uma hora e meia de estudo por dia.

Observe pela tabela que as quarenta horas de estudo para cada módulo incluem os encontros presenciais e os estudos autônomos. O curso Formação pela Escola tem, então, oiten-ta horas no total, considerando as quarenta horas para cada módulo.

Agora, vamos conversar um pouco mais sobre esses dife-rentes momentos.

:: Momentos presenciais

O curso inicia com o encontro presencial inicial, quando o cursista será informado a respeito do Programa Formação pela Escola, sobre os módulos, a modalidade de educação a distância, o material didático, a avaliação, a atividade final dos módulos e, sobretudo, a forma como se operacionalizará o processo de tutoria.

Quando o curso for oferecido por meio do ambiente de aprendizagem Moodle, o aluno deverá receber um treina-mento, no encontro presencial, para operar esse ambiente,

conhecendo as diversas ferramentas que irá utilizar para se comunicar com seu tutor. Ou seja, esta será mais uma das tarefas realizadas por você no encontro presencial inicial.

Além desse momento presencial inicial, haverá outro en-contro ao final do módulo de competências básicas e antes do início do módulo temático (encontro presencial interme-diário). O tutor fará, juntamente com os cursistas, uma ava-liação do módulo de competências básicas, discutirá a ativi-dade final de aprendizagem do módulo e os orientará sobre a leitura e as atividades do módulo temático específico.

Finalmente, ao término do módulo temático, haverá outro encontro para finalizar o percurso do cursista. É o momento de apresentação dos trabalhos dos cursistas, de avaliação do material didático do curso e do próprio curso.

Os momentos presenciais devem ser bem planejados e va-lorizados, pois esses momentos em que o cursista tem con-tato direto com você lhes possibilitarão o desenvolvimento da afetividade, do diálogo e da cooperação.

Portanto, tutor, organize com cuidado sua fala e suas ações para esses encontros. Lembre-se que também participarão os representantes da coordenação estadual do programa. Vocês devem planejar o encontro presencial coletivamente.

:: Momentos a distância

O curso inicia-se com o encontro presencial, mas depois,

Módulo de competências básicas Módulo temáticoMomentos presenciais

Encontro presencialinicial (4 h)

Encontro presencialintermediário (4 h)2

Encontro presencialfinal (4 h)

Momentos a distância

Estudo individual (34 h)

Estudo individual (34 h)

2 No encontro presencial intermediário, duas horas são computadas para o módulo de competências básicas e as outras duas horas são destinadas ao módulo temático.

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ao longo de mais ou menos um mês, o cursista fará o estudo autônomo do módulo, bem como as atividades propostas no caderno de atividades. Porém, ele não deverá sentir-se isolado ou largado. É importante que você o oriente sobre como aproveitar ao máximo o tempo disponível, em quais momentos poderá contar com seu apoio e de que maneira entrará em contato com você, caso tenha dúvidas ou deseje socializar suas reflexões.

A tutoria é um dos elementos da EAD que contribui para o sucesso do estudo autônomo, pois permite a superação do sentimento de não-presença do professor, uma vez que há o estabelecimento de interação do estudante com o seu tu-tor.

3. Materiais didáticos

O material didático na modalidade a distância é de funda-mental importância, porque ele é a base para a construção dos conhecimentos que são selecionados para o processo de formação, tanto em sua dimensão profissional quanto na sua dimensão política.

Por esse motivo ele se configura como elemento impor-

tante na organização da modalidade, pois é um dos meios para que a interação entre os sujeitos da prática educativa possa acontecer. O material é um dos mediadores da inter-locução entre o professor e o cursista, entre o tutor e o cur-sista.

Como vimos anteriormente, o Formação pela Escola é or-ganizado em módulos. Há o módulo de competências bá-sicas, que aborda as questões ligadas às políticas públicas de governo, em que se insere o Formação pela Escola, e há os módulos temáticos, que abordam os programas do FNDE.

Podemos dizer, então, que a estrutura do material didá-tico do Programa Formação pela Escola corresponde a essa organização modular. Assim, temos um módulo específico do Programa da Alimentação Escolar, um do Transporte do Escolar, um do Livro Didático e um do Dinheiro Direto na Es-cola.

O sistema modular se apresenta como alternativa mais apropriada para propiciar diferentes níveis e itinerários de formação. Essa flexibilidade é considerada também no uso de diferentes mídias e em sua integração.

O FNDE poderá, progressivamente, elaborar novos mó-dulos e agregá-los ao programa, conforme as necessidades identificadas e/ou sugeridas pelas instituições participantes.

Cada um desses módulos é organizado com a seguinte proposta metodológica:

:: Problematização – encoraja a reflexão sobre fatos exis-tentes no contexto da prática profissional do cursista, com exposições de casos selecionados.

:: Relato de experiências – estimula a proposição de soluções mais adequadas à circunstância e à realidade de cada cursista.

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:: Construção cooperativa de conhecimento – valoriza a vivência investigativa do cursista no aperfeiçoamento da prática individual e coletiva.

Portanto, as problematizações, identificadas no cotidia-no da implementação dos programas geridos pelo FNDE, e a prática dos cursistas serão componentes fundamentais e contributivos no processo de capacitação.

Essa opção está diretamente relacionada à metodologia de resolução de problemas, favorecendo a aprendizagem como processo de construção de conhecimentos conceitu-ais e procedimentais, a apropriação de valores e a consolida-ção de atitudes.

Por isso, cada módulo trará uma problematização, que orientará o cursista no estudo dos conteúdos ali previstos. Essa problematização também será o fio condutor para o tra-balho final do módulo realizado pelo aluno.

Então, você deve estar se perguntando:

Na orientação, o tutor deve ficar atento às proble-matizações propostas em cada módulo? Por quê?

Porque é mediante a análise e a resposta a essas proble-matizações que os autores dos módulos trarão os principais conteúdos e informações, que possibilitarão ao cursista a construção de conhecimento a respeito do tema estudado.

Não se esqueça, então, de ficar atento às problematiza-ções dos módulos, certo?

Não se esqueça também que o material didático nos cur-sos desenvolvidos na modalidade a distância é o balizador

em termos de seleção dos conhecimentos fundamentais na formação dos cursistas. É ele também o mediador da intera-ção cursista-tutor e cursista-cursista.

Por essa sua importância no contexto da EAD, o mate-rial didático deve ser bem estudado pelo tutor para que, na interlocução com o cursista, ele possa contribuir para uma aprendizagem significativa.

Quais são as mídias utilizadas para o curso do Programa Formação pela Escola?

O processo de formação na modalidade a distância ocor-rerá mediante a utilização, principalmente, de materiais im-pressos e vídeos e, ainda, excepcionalmente, no ambiente virtual de aprendizagem Moodle. No desenvolvimento do curso, haverá proposição de atividades individuais e coleti-vas*, encontros presenciais e atividade final de módulo.

Assim, em cada módulo, o cursista encontrará:

a) Textos para estudo: os conteúdos que são a base para a aprendizagem dos cursistas são organizados em módulos de ensino e aprendizagem que incorporam, ainda, o uso conjugado de diferentes mídias. A organização e a produção dos diferentes textos (impresso, audiovisual ou multimídia) são feitas por uma equipe de especialistas em educação a distância, tendo como parceiros as equipes da SEED/MEC e do FNDE. A produção de conteúdos para a fase piloto, bem como para a expansão nacional envolveu especialistas da * Atividades individuais e coletivas: correspondem, respectivamente, a atividades e estudos realizados a distância, por meio do material didático, e no encontro presen-cial, bem como a atividades específicas que exigem o trabalho em equipe.

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Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). Os coorde-nadores e técnicos do FNDE, executores dos programas, são os colaboradores na produção de conteúdos do material do Programa Formação pela Escola. Na elaboração desses ma-teriais, é dada importância vital ao recurso pedagógico de casos selecionados, de projetos e experiências vinculados à prática dos cursistas.

b) Atividades individuais e coletivas: correspondem às atividades e aos estudos realizados a distância, por meio do caderno de atividades (atividades individuais), às atividades realizadas de forma presencial (encontro presencial), bem como às atividades específicas que exigem o trabalho em equipe (atividades coletivas).

c) Relato de experiências (trabalho final de cada módulo): inicia-se com a identificação de um problema específico lo-calizado pelo cursista. A solução deve ser levantada e encon-trada tendo como referência o módulo específico concluído e o contexto em que o cursista está inserido. Esse processo deve ser registrado e avaliado pelo cursista. Essa atividade deverá ser enviada ao tutor ao final de cada módulo e será pré-requisito para a certificação.

Para o desenvolvimento dos cursos do Formação pela Escola, será utilizada a versão básica (composta por mate-rial impresso e vídeos). Futuramente, os cursos poderão ser disponibilizados na plataforma Moodle, via internet. Vamos verificar o que é cada uma dessas versões?

:: Versão básica: é composta por textos impressos e vídeos. O material impresso, pelas características de trata-mento do tema, possibilita o aprofundamento e a prob-lematização apresentada pelos vídeos, que, por sua vez, por suas características expressivas, serão utilizados para sensibilizar, mobilizar, deflagrar reflexões e discussão, so-

cialização de experiências e de demonstração. Impressos e vídeos são concebidos como indutores de estudo, inves-tigação, experimentação e sistematização de propostas de ação e de experiências, a partir de levantamentos con-textualizados da problemática e das peculiaridades lo-cais e regionais. O material impresso para cada módulo se compõe de: caderno de estudo e caderno de atividades.

:: Versão Moodle: o Moodle é um ambiente virtual de aprendizagem que utiliza as ferramentas de comunicação, informação, gestão e avaliação, incluindo vídeos. Nesse ambiente colaborativo de aprendizagem, são exploradas as características de hipertextualidade e interatividade, organizadas e contextualizadas a partir da metodologia de resolução de problemas.

Lembre-se sempre que você é um dos sujeitos da prática educativa e que sua participação crítica e ativa é uma das garantias de qualidade no desenvolvimento dos cursos do FNDE.

Bom, agora que você já conhece a estrutura do curso e do material didático, iremos abordar um outro elemen-to importante na organização do Programa Formação pela Escola.

Vamos, então, para a unidade III conhecer como se dá o processo de tutoria neste programa?

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Unidade III

O sistema de tutoria no Formação pela Escola

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Unidade III:

O sistema de tutoria no Formação pela EscolaApresentação

Nesta unidade serão abordados os seguintes temas:

1. Concepção de tutoria, em que faremos uma abordagem teórica sobre a figura do tutor em cursos a distância, com vis-tas a refletir a respeito do significado da tutoria, seus papéis e atribuições.

2. Atribuições do tutor no Formação pela Escola, em que apresentaremos o papel do tutor nas diversas fases do pro-grama.

3. As ações do tutor no Formação pela Escola, em que será apresentada, de forma mais detalhada, a ação do tutor nos encontros presenciais e no sistema de avaliação, tanto de aprendizagem quanto de qualidade e eficiência do programa. Dare-mos, ainda, algumas dicas para a elaboração de estratégias de ação do tutor em cada fase do programa.

Esperamos que ao final do estudo desta unidade você tenha desenvolvido condições para:

:: trazer, para o centro de sua preocupação, a essência da educação a distância;

:: compreender a dimensão política da tutoria;

:: apontar a tutoria como um dos elementos centrais da modalidade educação a distância, com possibilidades de contri-buir para redefinição de paradigmas educacionais;

:: explicitar como se organiza o sistema de tutoria no Programa Formação pela Escola;

:: discorrer sobre as funções e atribuições de um tutor no Formação pela Escola.

Bom estudo!

Introdução Discutimos na unidade I deste módulo como a educação, incluindo a educação a distância, interfere no modo de vida so-

cial. É a partir dela que podemos construir sociedades mais democráticas, mais justas, mais equânimes, mais inclusivas.

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Assim, ao pensarmos sobre a tutoria, devemos fazê-lo no contexto de uma reflexão que nos aponte para a responsabi-lidade de nossa ação.

Como um dos sujeitos da prática educativa, que envolve alunos, professores, administradores e técnicos, o tutor tem uma enorme responsabilidade, porque suas ações também contribuirão para a construção de determinado tipo de so-ciedade.

Em razão disso, há uma discussão teórica, hoje, a respeito da melhor denominação para o termo tutor. Muitos teóricos preferem a denominação orientador pedagógico. Neste cur-so, estamos usando a terminologia que internacionalmente já é consagrada, ou seja, tutor.

E então, como podemos compreender a figura do tutor em cursos a distância?

1. Concepção de tutoria

Ao ouvir pela primeira vez a palavra “tutor”, o que você pensou de imediato? Ao se candidatar para a função de tutor no Formação pela Escola, sabia o significado dessa palavra?

Hoje, tornou-se comum ouvir falar em “tutor”, pois está havendo uma disseminação de cursos a distância pelo país e a figura do tutor aparece em todos eles.

Mas o que significa “tutor”?

Trata-se de palavra que veio do campo jurídico, do latim,

e significa: “aquele que protege, ampara, dirige, o defensor”. Era a figura da pessoa que ficava responsável pela educação e zelava dos bens dos menores quando pais faleciam ou não podiam cuidar de seus filhos.

Posteriormente, no final do século XV, as universidades inglesas de Oxford e Cambridge utilizavam a figura do tutor para assessorar grupos de alunos de modo individualizado, sob coordenação de um professor titular. No século XIX, essa figura seria institucionalizada nas universidades, fazendo parte do quadro de funcionários.

Em 1969, ao ser criada a primeira Universidade Aberta (e a distância), a Open University da Inglaterra, o modelo de Oxford e Cambridge influenciaria a configuração do sistema de tutoria da Open University. Esse modelo seria copiado, em seguida, por outras universidades a distância que foram sur-gindo (na Espanha, Alemanha, Canadá), espalhando-se pelo mundo, a partir da década de 1990.

Nesse modelo da Open University, o tutor tinha como fun-ções principais:

:: verificar as atividades dos alunos, sua compreensão e argumentação;

:: solucionar dúvidas, corrigir informações;

:: animar os estudante em leituras e trabalhos;

:: informar conteúdos a serem trabalhados;

:: realizar avaliações permanentes.

Você gostou de saber onde estão as origens do seu novo tra-balho?

Você poderá discordar da palavra “tutor” (afinal, lidamos

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com adultos e não com crianças que devemos cuidar e tu-telar). Mas ela se consagrou pelo mundo e quando você fala de tutoria todos sabem de que figura você está falando. Por isso, aqui no Programa Formação pela Escola, foi mantida a terminologia clássica.

O importante é você não esquecer que: o tutor é um dos SUJEITOS da prática educativa, porque participa, juntamente com outros sujeitos (cursistas, equipe de coordenação, especia-listas do FNDE), da produção de significados que interferirão na vida social.

O tutor é um dos sujeitos da prática social desenvolvida no contexto da educação a distância, o que implica res-ponsabilidades em termos de construção de significados sociais.

Ser tutor significa extrapolar a função de ser meramente alguém que ajuda o aluno a estudar determinados conteú-dos em um determinado curso a distância.

Ser tutor implica participar ativamente do desenvolvi-mento de um projeto político e educativo de um curso a distância, acompanhando-o e avaliando-o em todas as suas dimensões.

Mas no Formação pela Escola existem atribuições específi-cas para o tutor?

2. Atribuições do tutor no Formação pela Escola

Em razão da necessidade de uma colaboração ativa do tutor, é interessante que você participe dos momentos de

organização, acompanhamento e avaliação do programa no qual vai participar.

Na fase de planejamento, o tutor deve participar da dis-cussão, com a equipe de coordenação (tanto nacional como estadual), da proposta metodológica, do processo de acom-panhamento e avaliação dos cursistas. Com os especialistas do FNDE, o tutor deverá aprofundar seus conhecimentos so-bre o conteúdo dos programas que serão apresentados nos módulos do curso.

No desenvolvimento do curso, o tutor tem papel funda-mental, principalmente no que diz respeito ao acompanha-mento do percurso do aluno, observando-o em termos das seguintes atividades e atitudes:

:: como estuda, que dificuldades apresenta;

:: se consulta bibliografia de apoio ou outra bibliografia;

:: se realiza as tarefas e exercícios propostos;

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:: se é capaz de relacionar o conteúdo dos módulos com sua prática;

:: se busca relacionar-se com outros colegas para estudar;

:: se busca apoio quando surgem dúvidas durante o es-tudo.

O papel do tutor é acompanhar o aluno durante todo seu processo de aprendizagem, sobretudo em termos de esti-mulá-lo e motivá-lo permanentemente, buscando contribuir também para o desenvolvimento da capacidade de organi-zação do estudo, das atividades de aprendizagem e de auto-aprendizagem.

É da responsabilidade do tutor o registro de todo o pro-cesso de acompanhamento de cada um dos alunos sob sua orientação, além da participação no processo de avaliação do curso e da aprendizagem dos alunos.

Por todas essas responsabilidades, torna-se imprescindí-vel que o tutor tenha formação especial, em termos dos as-pectos pedagógicos da educação a distância e da proposta metodológica do curso em que atua.

Portanto, as atribuições de um tutor devem se desenvol-ver em dois níveis:

:: nível da avaliação do curso e da modalidade a distân-cia;

:: nível do acompanhamento e da avaliação da apren-dizagem do cursista.

Em relação ao primeiro nível, é fundamental a partici-pação do tutor, tendo em vista que, sendo um interlocutor

privilegiado, tem a possibilidade de acompanhar de perto o desenvolvimento de todo o curso, constituindo-se assim um dos elementos decisivos para o processo de avaliação do curso do qual participa.

Cabe ao tutor verificar se as finalidades, as diretrizes e os princípios estão sendo respeitados no desenvolvimento do curso.

Quanto à avaliação do curso, são atribuições do tutor:

:: apontar as falhas no sistema de tutoria;

:: avaliar, com base nas dificuldades apontadas pelos alu-nos, os materiais didáticos utilizados no curso;

:: informar sobre a necessidade de apoios complemen-tares não previstos pelo projeto;

:: mostrar problemas relativos à EAD, a partir das observa-ções e das críticas recebidas dos alunos;

:: participar do processo de avaliação do curso.

No que diz respeito ao nível do acompanhamento e ava-liação do processo de ensino e de aprendizagem, são fun-ções do tutor:

:: participar dos cursos e reuniões para estudo dos módu-los;

:: auxiliar o aluno em seu processo de estudo;

:: estimular o aluno à leitura e estudo dos módulos;

:: detectar problemas dos alunos, buscando encaminha-mentos de solução;

:: estimular o aluno em momentos de dificuldades para que não desista do curso;

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:: avaliar a aprendizagem do cursista.

Puxa vida, a função de tutor é bem complexa, você deve estar pensando. É um trabalho de mui-ta responsabilidade, não é mesmo?

É isso mesmo, é um trabalho de muita responsabilidade, mas também muito prazeroso, uma vez que possibilita aos tutores ajudarem seus orientandos no processo de constru-ção de conhecimento.

Pois bem, conhecidas as atribuições de um tutor, é hora de nos perguntarmos:

De que forma devemos desenvolver as funções e as ativida-des de tutoria?

3. As ações do tutor no Formação pela Escola

3.1. Encontros presenciais

Como vimos, os cursistas do Formação pela Escola terão três encontros presenciais, com duração de quatro horas cada um: encontro inicial, encontro intermediário e encon-tro final.

Antes do primeiro encontro presencial, a coordenação es-tadual de tutoria e os tutores do Formação deverão se reunir para, entre outras tarefas, organizar a fase presencial:

:: realizar o levantamento da infra-estrutura necessária para a realização dos encontros presenciais nos mu-

nicípios, bem como definir as ações para providenciá-la;

:: definir as datas, locais e horários dos encontros;

:: elaborar o cronograma de ações dos tutores.

Os tutores deverão informar aos cursistas do Formação pela Escola as datas, horários, locais e modo de funciona-mento do encontro presencial inicial.

Veja a seguir os objetivos de cada encontro presencial e as ações que você deve desempenhar:

Encontro presencial inicial – tem como objetivos apre-sentar aos cursista o Programa Formação pela Escola, orientando-os sobre seu funcionamento e dinâmica de re-alização, bem como fazer a introdução ao módulo de com-petências básicas.

Para esse encontro, você como tutor deverá:

a) Planejar a dinâmica do encontro, distribuindo as ações a serem realizadas ao longo das quatro horas de duração, de modo que seja um encontro produtivo e prazeroso (pense em atividades de descontração, como dinâmicas de grupo, para intercalar entre uma ação e outra, evitando

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que o encontro se torne monótono e desestimulante).

b) Definir as estratégias de recebimento e distribuição aos cursistas do material impresso do módulo de competên-cias básicas (caderno de estudo e caderno de atividades).

c) Elaborar materiais impressos complementares a serem distribuídos aos cursistas, como o cronograma do curso, incluindo as fases presenciais e a distância, as orientações sobre o atendimento de tutoria, as orientações sobre o sistema de avaliação e outros que você considerar ne-cessários.

d) Elaborar materiais de apoio e estratégias de apresenta-ção da natureza, funcionamento e metodologia do curso Formação pela Escola.

e) Apresentar os vídeos, lembrando os cursistas sobre sua veiculação nas escolas que dispõem do programa TV Es-cola. Observação: os vídeos estarão disponíveis no segun-do semestre de 2008.

f) Elaborar material de apoio para fazer a introdução ao módulo de competências básicas, incluindo orientações sobre a atividade final do módulo. Lembre-se que o objeti-vo dos encontros não é o de dar uma aula sobre os temas dos módulos do curso e, sim, o de preparar, orientar e estimular os participantes para os estudos e identificar dificuldades para o aprendizado.

g) Definir estratégias para estimular os cursistas a estabe-lecerem com você e com os colegas um elo de comunica-ção que seja mantido ao longo dos estudos e pelo qual todos troquem idéias, se ajudem e construam coletiva-mente a aprendizagem.

h) Avaliar a participação de cada cursista no encontro, de

acordo com os critérios de avaliação do Formação pela Es-cola.

Encontro presencial intermediário – os objetivos desse encontro são levar os cursistas a avaliarem e sociabiliza-rem entre si e com o tutor a aprendizagem do módulo de competências básicas e fazer a introdução aos estudos dos módulos temáticos. Também nesse encontro, você recebe-rá dos cursistas a atividade final do módulo de competên-cias básicas.

Para esse encontro, você como tutor deverá:

a) Planejar a dinâmica do encontro, distribuindo as ações a serem realizadas ao longo das quatro horas de duração, de modo que seja um encontro produtivo e prazeroso.

b) Distribuir aos cursistas o material impresso dos módulos temáticos: caderno de estudo e caderno de atividades.

c) Definir estratégias para avaliar e socializar a aprendiza-gem do módulo de competências básicas, favorecendo o debate entre os cursistas sobre as possíveis dificuldades e soluções apresentadas ao longo do estudo e, especial-mente, no trabalho final do módulo.

d) Definir as estratégias e elaborar material de apoio para fazer a introdução aos módulos temáticos, incluindo ori-entações sobre a atividade final do curso Formação pela Escola.

e) Apresentar os vídeos, lembrando aos cursistas sobre sua veiculação nas escolas que dispõem do programa TV Escola.

f) Avaliar a participação de cada cursista no encontro, de acordo com os critérios de avaliação do Formação pela Es-cola.

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Encontro presencial final – esse encontro objetiva a ava-liação e socialização da aprendizagem dos módulos temá-ticos, tomando como referência o trabalho final do curso, o qual deverá ser entregue até três dias antes do encontro. Também nesse encontro, você deverá informar os cursistas sobre o resultado final da avaliação do curso e orientar sobre as ações pós-curso (publicação de trabalhos finais, espaço para continuação dos debates e discussões on line ou pre-senciais, etc., de acordo com as orientações da coordena-ção estadual de tutoria).

Para esse encontro, você como tutor deverá:

a) Planejar a dinâmica do encontro, distribuindo as ações a serem realizadas ao longo das quatro horas de duração, de modo que seja um encontro produtivo e prazeroso.

b) Definir estratégias para avaliar e socializar a aprendiza-gem dos módulos temáticos, favorecendo o debate en-tre os cursistas sobre as possíveis dificuldades e soluções apresentadas ao longo do estudo e, especialmente, no trabalho final do curso.

c) Apresentar a avaliação, indicando a aprovação ou re-provação do cursista e, em caso de reprovação, orientan-do sobre o reingresso no curso.

3.2. Sistema de avaliação da aprendizagem

A avaliação de aprendizagem terá caráter formativo, bus-cando servir sempre como apoio ao permitir que o cursista tenha um retorno de seu desenvolvimento no curso.

Ela será realizada de duas formas:

a) mediante a auto-avaliação do cursista;

b) mediante acompanhamento do tutor.

a) Na avaliação mediante auto-avaliação, cada cursista deverá, ao final de cada módulo, preencher uma ficha de auto-avaliação. Nessa ficha, que se compõe de três itens de avaliação (desenvolvimento dos estudos e atividades dos módulos, atividade final de cada módulo e participa-ção nos encontros presenciais), o cursista irá comentar e aplicar uma nota (de 0 a 20 pontos) para a sua trajetória no curso e para o desenvolvimento de sua aprendizagem desde o ingresso até a conclusão no Formação pela Es-cola. Tomando como base a resolução de suas atividades, as mudanças ocorridas em relação a atitudes, valores, compreensão do sistema social, político, educacional e tecnológico que fundamentam a nossa sociedade e ao fortalecimento dos laços de solidariedade e de uma pos-tura cidadã mais ativa, o cursista irá avaliar se sua apren-dizagem foi satisfatória ou se deveria melhorar em algum aspecto.

Para cada item de auto-avaliação, o cursista irá aplicar uma nota:

:: Desenvolvimento dos estudos e atividades dos mó-dulos – de 0 a 5 pontos.

:: Atividade final de cada módulo – de 0 a 10 pontos.

:: Participação nos encontros presenciais – de 0 a 5 pontos.

Portanto, a nota máxima a ser dada pelo cursista a si pró-prio é 20 pontos.

b) Na avaliação mediante acompanhamento do tutor, cada cursista do Formação pela Escola será avaliado por você, tutor:

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1. pelo grau de dedicação aos estudos dos módulos, com base no desenvolvimento dos estudos e das atividades;

2. pela presença e participação nos encontros presenci-ais;

3. pela realização das atividades finais dos módulos, pro-postas no caderno de atividades de cada módulo.

Observação: as atividades relativas às unidades de estudo dos módulos, disponíveis no caderno de atividades, não serão cor-rigidas pelo tutor; são exercícios propostos para a fixação e sis-tematização da aprendizagem e serão corrigidos pelo próprio cursista, utilizando os gabaritos e as chaves de correção. Isso não significa, no entanto, que o cursista não possa discutir ou tirar suas dúvidas com você sobre as atividades. E lembre-se: você deve estimular os cursistas a realizarem os exercícios pro-postos no caderno de atividades, embora não sejam avaliados, pois são muito importantes para o processo de ensino-apren-dizagem. Uma boa estratégia para isso é recolher o caderno de atividades ou solicitar ao cursista que o deixe com você por um tempo, depois que o módulo estiver concluído. Mas atenção: é importante que você o devolva para o cursista!

3.2.1. Atividade final

A atividade final de cada módulo poderá ser realizada in-dividualmente pelo cursista ou em grupo de, no máximo, três pessoas. O trabalho em grupo deve ser estimulado, pois proporciona uma excelente troca de experiências entre os cursistas.

O trabalho pode ser um relato de experiência ou um pla-no de ação, a ser entregue ao tutor no final de cada módu-lo, partindo da identificação de um problema específico em

sua comunidade escolar, cuja solução deverá ser levantada e encontrada tendo como referência o módulo específico em estudo e o contexto em que o cursista está inserido.

3.2.2. Distribuição dos pesos das etapas de avaliação para a composição da nota final

Durante o módulo, a avaliação é dividida em quatro eta-pas, que têm pesos diferentes para compor a avaliação final. Na tabela abaixo indicamos o peso de cada etapa:

Etapas da avaliação PesoParticipação no encontro presencial 20Desenvolvimento dos estudos e das atividades a distância (estudo autônomo dos módulos)

25

Auto-avaliação 20Atividade final 35Total 100

Entretanto, você, tutor, não registrará as etapas da avalia-ção indicando a nota final. Você avaliará o cursista em cada etapa de acordo com o conjunto de itens que demonstra-remos adiante. Quando você registrar as avaliações no Sife Web, o próprio sistema calculará a nota final do cursista e indicará a sua situação (pendente, aprovado ou reprovado). A seguir, veremos detalhes de como isso ocorre.

3.2.3. Critérios de avaliação e pontuação das etapas de avaliação

Para cada etapa de avaliação, você deverá elaborar es-

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tratégias de orientação e acompanhamento para avaliar o desempenho dos cursistas. As orientações sobre o desenvol-vimento dos estudos e atividades, a realização do trabalho final, os critérios de avaliação e o peso de cada etapa para a nota final devem ser apresentados de forma muita clara e objetiva aos cursistas.

A partir de suas estratégias de acompanhamento, você irá registrar a avaliação de cada aluno em quadros avaliativos, observando se, em cada item, o cursista atingiu o objetivo proposto plenamente, parcialmente ou se ele não atingiu o objetivo.

Cada quadro refere-se a um momento da avaliação, logo, temos quatro quadros, sendo:

:: Participação no encontro presencial

:: Desenvolvimento dos estudos e das atividades a distância (estudo autônomo dos módulos)

:: Auto-avaliação

:: Atividade final

Você pode imprimir os quadros diretamente do Sife Web e registrar sua avaliação atribuindo, em cada item, a seguinte pontuação:

:: Se o cursista atingiu plenamente o objetivo: 2 pontos

:: Se o cursista atingiu parcialmente o objetivo: 1 ponto

:: Se o cursista não atingiu o objetivo: 0 pontos

Na coluna total, você deve inserir a soma das avaliações atribuídas por item. Após chegar nesse total, basta consultar a tabela de conversão (específica para cada momento da ava-liação) para definir se o cursista atingiu o objetivo proposto plenamente, parcialmente ou se ele não atingiu o objetivo. Este é o resultado que você deve registrar no Sife Web.

Para o cursista ser aprovado no módulo, é necessário que ele:

:: tenha concluído e entregue a atividade final do módulo;

:: obtenha o mínimo de 60% de aproveitamento no módulo.

Quadros avaliativos

Os quatro quadros avaliativos apresentados a seguir são os modelos dos instrumentos a serem utilizados por você para o registro da avaliação individual do cursista. Lembra-mos que você pode imprimir cada quadro diretamente do Sife Web.

Para cada quadro existem critérios específicos, com mé-dias de pontuações diferenciadas por etapa de avaliação, que indicam se o objetivo ou os objetivos da avaliação foram alcançados.

Parece um pouco confuso? Não se preocupe, quando você começar a operacionalizar e a registrar as avaliações verá que sua sistemática é bastante simples e funcional.

A seguir demonstraremos exemplos de todos os quadros avaliativos.

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Quadro 1 - Participação nos encontro presenciais

Encontro Presencial (exemplo)Atingiu os objetivos?

Nome dos alunos Cooperação Interesse Responsabilidade Total Plenamente Parcialmente Não atingiuPaulo Sérgio 2 2 2 6 X

Evanir 1 0 0 1 X

Cassandra 1 2 2 5 X

Eduarda 2 1 1 4 X

Lucas 0 0 0 0 X

Rafela 0 2 0 2 X

Renato 2 2 2 6 X

Pontuação Resultado

Maior ou igual a 4 pontos Atingiu plenamente os objetivosMenor de 4 pontos e maior ou igual a 2 pontos Atingiu parcialmente os objetivosMenor de 2 pontos Não atingiu os objetivos

Observe que o tutor avaliou os cursistas em cada item, atribuindo a nota de 0 a 2 pontos. Depois consolidou a avaliação na coluna total e verificou, na tabela de conversão (acima), qual a classificação da nota (se ele atingiu plenamente, parcialmen-te ou se ele não atingiu os objetivos). É somente essa classificação que você deve registrar no Sife Web.

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Quadro 2 - Desenvolvimento dos estudos e das atividades a distância (estudo autônomo dos módulos)

Desenvolvimento dos estudos e das atividades a distância (exemplo)Atingiu os objetivos?

Nome dos alunos

Cooperação e compreensão

Interesse Integração Pontualidade Sub-to-tal geral

Plenamente Parcialmente Não atingiu

Hélio 2 2 2 2 8

Ana Maria 1 0 0 1 2 X

Letícia 1 2 2 1 6 X

Adriana 2 1 1 1 5 X

Wagner 0 0 0 0 0 X

Lucas 0 2 0 2 4 X

Eduardo 2 2 2 2 8 X

Isabela 1 0 0 0 1 X

Ana Luiza 1 2 2 2 7 X

Bruno 1 2 0 1 4 X

Pontuação Resultado

Maior ou igual a 5 pontos Atingiu plenamente os objetivosMenor de 5 pontos e maior ou igual a 3 pontos Atingiu parcialmente os objetivosMenor de 3 pontos Não atingiu os objetivos

Após avaliar os cursistas em cada item, atribuindo a nota de 0 a 2 pontos, o tutor utilizou a tabela de conversão acima para verificar se ele atingiu plenamente, parcialmente ou se ele não atingiu o objetivo. Observe que ela difere da primeira (afi-nal, o número de itens avaliados é diferente). É somente essa classificação que você deve registrar no Sife Web.

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Quadro 3 - Atividade final

Atividade final (exemplo)Atingiu os objetivos?

Nome dos alunos

Identificação do problema

Explicitação dos objetivos

Proposta de solução

Sub-total geral

Plenamente Parcialmente Não atingiu

Adalberto 2 2 2 6 X

Élida 1 0 0 1 X

Simone 1 2 2 5 X

Cecília 2 1 1 4 X

João Paulo 0 0 0 0 X

Antônia 0 2 0 2 X

Alexandre 2 2 2 6 X

José 1 0 0 1 X

Rosa 2 2 2 6 X

Cristiane 1 2 2 5 X

João 2 1 1 4 X

Pontuação Resultado

Maior ou igual a 4 pontos Atingiu plenamente os objetivosMenor de 4 pontos e maior ou igual a 2 pontos Atingiu parcialmente os objetivosMenor de 2 pontos Não atingiu os objetivos

Adivinha onde você deve registrar o resultado final? Claro, no Sife Web!

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Quadro 4 - Auto-avaliação

Após receber a ficha de auto-avaliação preenchida pelo cursista (em que consta o total de pontos auto-aplicados pelo cur-sista), utilize a tabela de conversão dos pontos em conceitos para obter o resultado final. Como exemplo, apresentamos, em seguida, a tabela do módulo de competências básicas.

Pontuação Resultado

Maior ou igual a 4 pontos Atingiu plenamente os objetivosMenor de 4 pontos e maior ou igual a 2 pontos Atingiu parcialmente os objetivosMenor de 2 pontos Não atingiu os objetivos

A auto-avaliação, após você tê-la consolidado na tabela de conversão, também deverá ser registrada no Sife Web.

Como já foi dito, após realizar a avaliação, você deverá, no encontro presencial final, informar aos cursistas o resultado ob-tido por cada um deles. Mas sua tarefa não se encerra nesse momento. Você deverá ainda:

:: comunicar à coordenação estadual de tutoria os resultados do curso, incluindo a entrega de relatório com avaliação do processo de formação dos cursistas, com observações sobre os diversos níveis do programa;

:: selecionar os trabalhos mais significativos dos cursistas para serem publicados no Sife Web ou no site do programa.

Obs: essa tabela varia de acordo com o módulo (competências básicas e temático)

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Avaliação do Programa Formação pela Escola

A participação dos tutores na avaliação do programa é importantíssima, sobretudo porque são eles quem acompa-nham, passo-a-passo, o seu desenvolvimento, verificando os principais problemas no decorrer de todo o projeto.

O tutor participará da avaliação do programa por meio do preenchimento de fichas e de relatórios que abordem os principais elementos da educação a distância: material didá-tico, tutoria, processo de comunicação, a gestão e a avalia-ção.

Os cursistas também participarão dessa avaliação por meio do preenchimento de duas fichas:

:: a primeira deverá ser pré-requisito para a matrícula no curso. Nela o participante deverá registrar as suas inten-ções e o nível de conhecimento em relação aos progra-mas do FNDE;

:: ao final de cada módulo temático, o cursista deverá pre-encher uma ficha de avaliação do processo de formação.

Dicas de estratégia de ação de tutoria

:: Ações para promover e divulgar o programa – Que ações e estratégias você pretende adotar para a promoção e divul-gação do programa? Quais materiais de divulgação você terá à sua disposição – cartazes, fôlderes – e de que forma você pretende utilizá-los? Há uma série de possibilidades. Você pode, por exemplo, afixar cartazes e distribuir fôlderes na(s) escola(s), na(s) associação(ões) de moradores, nos salões de festas comunitários. Além dessas, que outras ações comple-mentares de divulgação você pode empreender? Conta-

tar os representantes de associações de moradores e pedir para fazer a apresentação do programa numa reunião; usar o diário dos alunos para convidar os pais para uma palestra sobre o programa ou enviar uma carta (mala direta) para os pais. Pense e use a sua criatividade, mas lembre-se: pense em ações executáveis dentro da estrutura físico-financeira de que você dispõe.

:: Ações para a fase de preparação de curso – Como você irá proceder para executar as ações que antecedem o início do curso? Defina o cronograma e as ações para as inscrições e matrículas, incluindo os procedimentos para solicitação de confirmação dos inscritos e divulgação do local e horário do encontro presencial. Em relação às inscrições e matrículas, é importante destacar que durante as suas visitas e palestras você levará consigo as fichas impressas de pré-matrícula, mas muitos preferirão pensar e procurá-lo depois. Então, você precisa estabelecer horários de atendimento a essas pessoas. Se possível, ofereça flexibilidade de horários e crie uma estratégia para não perder os candidatos que apare-cerem fora dos horários programados. Estabeleça o crono-grama e as ações para definir, junto à coordenação de tutoria estadual e à prefeitura do seu município, o local e infra-estru-tura para os encontros presenciais. Defina o cronograma e as ações, juntamente com a coordenação de tutoria estadual, para o plantão pedagógico/de tutoria – horário de atendi-mento, telefone, fax, etc.

:: Ações para cada um dos encontros presenciais – Quais são suas atribuições nos encontros presenciais, qual o obje-tivo de cada um desses encontros e como você irá proceder para executar as suas tarefas? Aqui você estabelecerá as ações para: solicitar, receber e distribuir os materiais didáticos dos módulos de estudo; apresentar a natureza, funcionamento

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e metodologia do(s) módulo(s) – que estratégias e materi-ais você vai utilizar? Computador, TV, vídeo-cassete, DVD, rádio, retroprojetor, Power Point, materiais impressos. Você realizará dinâmicas de grupo, brincadeiras lúdicas, atividade individuais e em grupo?; estabelecer estratégias para avaliar o desenvolvimento/evolução do aprendizado dos cursistas; definir estratégias de acompanhamento pedagógico para os alunos que não estão atingindo os objetivos de aprendiza-gem. Lembre-se que cada encontro presencial tem um foco, portanto requer estratégias diferenciadas, e que os objetivos desses encontros não é o de dar uma aula sobre os temas dos módulos do curso e, sim, o de preparar, orientar e estimular os participantes para os estudos e identificar dificuldades para o aprendizado.

:: Ações para a educação a distância – Quais as suas estraté-gias para o acompanhamento técnico e pedagógico do pro-cesso de formação dos cursista a distância? Defina quando e de que forma realizará os seus plantões de tutoria – o seu atendimento será presencial ou será um atendimento híbri-do (presencial, por telefone, fax e e-mail)? Quais os horários para atendimento presencial e por telefone? Qual o local, quais telefones e qual e-mail? Qual o tempo máximo para dar resposta ao aluno? Lembre-se sempre das principais ha-bilidades que devem ser desenvolvidas por um tutor:

:: Conhecimento – Domínio do conteúdo didático-pedagógico e do contexto/realidade do aluno.

:: Orientação – Habilidade para guiar o aluno em sua formação, especialmente para uma aprendizagem autônoma, capacidade de se comunicar com clareza e coesão, seja na forma oral face-a-face ou por telefone, seja na forma escrita, capacidade de contextualizar o tema de aprendizagem ao contexto/realidade do aluno.

:: Atitude – postura centrada na afetividade, fazendo contatos com os alunos “silenciosos”, ou seja, ausentes ou pouco participantes, responder a todas as dúvidas e angústias dos alunos, respeitar as críticas, opiniões e pontos de vista e se auto-avaliar e aprender com elas.

Além de definir a metodologia dos seus plantões de tuto-ria, você deve estabelecer os critérios para receber e avaliar as atividade de aprendizagem dos cursistas e apontar as es-tratégias e critérios para identificar as dificuldades e proble-mas encontrados pelos alunos durante o curso, bem como de que maneira você pretende apresentar esses problemas e suas possíveis soluções no Sife Web aos seus coordenado-res.

:: Ações para o pós-curso – Ao final de cada módulo de es-tudo você deverá apresentar a avaliação final dos cursistas no Sife Web, comunicar à coordenação de tutoria estadual os resultados do curso e selecionar e publicar os trabalhos mais significativos dos cursistas no Sife Web ou no site do Formação pela Escola. Quais serão suas estratégias para a ex-ecução dessas tarefas? Para responder a essa pergunta, você vai se valer das informações e impressões levantada a partir das estratégias de avaliações estabelecidas para os encon-tros presenciais e para as ações de educação a distância.

Considerações finais

Bem, chegamos ao fim deste módulo de estudo. Espe-ramos que ele tenha sido rico, que tenhamos conseguido transmitir a você todos os conhecimentos necessários para que sua atuação como tutor do Formação pela Escola seja eficaz e eficiente.

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Buscamos, ao longo do desenvolvimento deste caderno, trazer informações e discussões que subsidiassem você na função de tutor no Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE – Formação pela Escola.

Gostaríamos, mais uma vez, de salientar que, como um dos sujeitos envolvidos na prática educativa dos cursos desenvol-vidos no contexto do Programa Formação pela Escola, você não está sozinho.

Você faz parte de uma rede institucional (MEC, FNDE, universidades, secretarias de educação: estaduais e municipais) cuja finalidade é contribuir com o desenvolvimento da educação na busca de construção de uma sociedade cada vez mais demo-crática e inclusiva.

Lembre-se sempre que seu trabalho é muitíssimo importante para a concretização desse sonho.

E não se esqueça: se tiver dúvidas, procure a coordenação estadual e converse com seus colegas.

Sucesso para você na realização do seu trabalho como tutor do Formação pela Escola!!!

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Referências bibliográficas

BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. Campinas, SP: Editora Autores Associados, 1999.

“FORMAÇÃO pela Escola”: projeto de curso. Brasília: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 2005. 26 f. Não impresso. Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE.

NEDER, Maria Lucia Cavalli. O processo de comunicação na educação a distância: o texto como elemento de mediação entre sujeitos da ação educativa. In Preti, Oreste (org.). Educação a Distância: ressignificando práticas. Brasília: Líber Livro Editora, 2005.

________________________. A orientação acadêmica no contexto da EAD. Cuiabá, NEAD/UFMT, 2005.

________________________. A orientação acadêmica: papéis, funções e atribuições. Cuiabá, NEAD/UFMT, 2005.

_______________________. Produção de material didático para educação a distância. Curitiba. IBPEX, 2002.

_______________________. A Educação a Distância e a possibilidade de ressignificação de paradigmas educacionais. Cuiabá, UFMT, 2001 (mimeo).

PRETI, Oreste. Educação a Distância: uma prática educativa mediadora e mediatizada. In PRETI, Oreste (org.). Educação a Dis-tância: inícios e indícios de um percurso. NEAD/IE/UFMT. Cuiabá: UFMT, 1996.

Sítios

http://portal.mec.gov.br/seed

http://www.fnde.gov.br

http://www.nead.ufmt.br/

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Anexo – Ficha de auto-avaliação de aprendizagem

Cursista: ____________________________________________________________________________

Módulo: _________________ Código da turma: ____________________ Tutor: ___________________________________

Município: ________________________________ Estado: __________ Data: _________/ _______ /________

Atividades ComentáriosDesenvolvimento dos estudos e atividades do módulo

Atividade final do módulo

Participação no encontro presencial

Avaliação final de todas as atividades

(de 0 a 20 pontos)

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Presidência da República

Ministério da Educação

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

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Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE

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