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PDDE

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Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE

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Presidência da República

Ministério da Educação

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE

Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE

MEC / FNDE / SEED

Brasília, 2008

2a edição atualizada

Supervisão e acompanhamento

Renato Silveira Souza Monteiro

Cecília Guy Dias

Marilene de Freitas

Colaboradores conteudistas

Gleyva Maria Simões de Oliveira

Adalberto Domingos da Paz

Élida Maria Loureiro Lino

Revisão

Cespe/UnB

Projeto gráfico e diagramação

Virtual Publicidade e Cespe/UnB

Ilustrações

Zubartez e Cespe/UnB

Impressão e acabamento

Cespe/UnB

B823m Brasil. Ministério da Educação (MEC).

Módulo PDDE / Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Secretaria de Educação a Distância – 2.ed., atual. – Brasília : MEC, FNDE, SEED, 2006.

126 p. : il. color. – (Formação pela escola)Acompanhado de caderno de atividades (32p.)

1. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). 2. Financiamento da educação. 3. Políticas públicas – Educação. 4. Programas e ações – FNDE. 5. Formação continuada a distância – FNDE. 6. Formação pela escola – FNDE. 7. Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). I. Brasil. Ministério da Educação. II. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. III. Secretaria de Educação a Distância. IV. Título. V. Série.

CDU 37.014.543

SumárioContextualização do módulo _____________________________________________________________________ 9

Plano de ensino do módulo: Programa Dinheiro Direto na Escola _______________________________________10

Para começo de conversa _______________________________________________________________________13

Problematizando ______________________________________________________________________________15

Unidade I – Apresentando o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) _________________________________23

1.1. Definindo o PDDE ________________________________________________________________________26

1.2. Os objetivos do programa _________________________________________________________________27

1.3. Conceituando e classificando unidade executora ______________________________________________27

1.4. Criando uma unidade executora (UEx) _______________________________________________________28

1.5. Adesão e habilitação para recebimento dos recursos ____________________________________________31

1.5.1. Definindo a adesão ao PDDE ____________________________________________________________32

1.5.2. Definindo a habilitação para recebimento dos recursos _____________________________________34

1.5.3. Detalhando o sistema de adesão / habilitação ao PDDE _____________________________________34

1.5.4. Utilizando a internet para realizar e atualizar cadastro de adesão / habilitação ____________________36

1.6. Condições para a participação das escolas no PDDE ____________________________________________37

Unidade II – Entendendo o funcionamento do PDDE _________________________________________________39

2.1. Os tipos de recursos ______________________________________________________________________42

2.2. Em que é permitido investir os recursos do PDDE ______________________________________________43

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2.3. O que é vedado adquirir com os recursos do PDDE _____________________________________________44

2.4. Cálculo do repasse dos recursos ____________________________________________________________44

2.4.1. Repasse para as escolas da rede pública de educação básica __________________________________44

2.4.2. Repasse para as escolas privadas de educação especial ______________________________________51

2.4.3. Realizando um exemplo de cálculo dos recursos ___________________________________________54

2.5. Buscando informações junto ao FNDE ________________________________________________________56

2.6. O percurso dos recursos do PDDE até a comunidade escolar ______________________________________57

Unidade III – Prestando contas dos recursos do PDDE _________________________________________________59

3.1. A necessidade da prestação de contas _______________________________________________________62

3.2. A organização da comunidade para o gerenciamento dos recursos do PDDE ________________________63

3.3. Quem deve prestar contas? ________________________________________________________________64

3.4. Para quem prestar contas? _________________________________________________________________64

3.5. Fluxo de prestação de contas do PDDE (entidades/instituições e formulários) ________________________65

3.6. Os prazos para prestar contas ______________________________________________________________67

3.7. Problemas nas prestações de contas _________________________________________________________68

3.8. Realizando a prestação de contas ___________________________________________________________70

3.9. Exemplos de prestação de contas ___________________________________________________________70

3.9.1. Identificando os recursos ______________________________________________________________71

3.9.2. Conhecendo a programação ____________________________________________________________71

3.9.3. Elaborando a prestação de contas das UEx para envio à prefeitura _____________________________74

3.9.4. Examinando a prestação de contas da prefeitura como unidade executora ______________________88

3.10. Consolidando as prestações de contas das UEx _________________________________________________94

3.11. Encaminhando as prestações de contas ao FNDE ________________________________________________96

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3.12. Outras obrigações ________________________________________________________________________101

Unidade IV – Controle social ____________________________________________________________________103

4.1. Definindo controle social _________________________________________________________________105

4.2. Características do controle social __________________________________________________________105

4.3. Etapas do controle social no PDDE __________________________________________________________107

Retomando a conversa inicial ___________________________________________________________________111

Ampliando seus horizontes _____________________________________________________________________116

Referências webgráficas _____________________________________________________________________116

Referências bibliográficas ____________________________________________________________________116

Contatos ____________________________________________________________________________________118

Glossário ____________________________________________________________________________________119

Anexo – Caderno de Atividades _________________________________________________________________125

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Contextualização do módulo

O módulo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) faz parte do Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE (Formação pela Escola), desenvolvido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em parceria com a Secretaria de Educação a Distância (SEED), ambos órgãos vinculados ao Ministério da Educação (MEC). O Formação pela Escola é um programa que utiliza a metodologia de educação a distância, com o objetivo principal de capacitar os agentes, parceiros, operadores e conselheiros envolvidos com a execução, acompanhamento e avaliação de ações e programas no âmbito do FNDE.

Com este módulo, o Formação pela Escola tem por objetivo disponibilizar a você, cursista, informações sobre a concepção do PDDE, seus principais objetivos, sua forma de execução, de-talhando inclusive a sua operacionalização e a prestação de contas. Pretende-se, desse modo, dar a você conhecimentos para que possa colaborar com as comunidades locais e escolares para o desenvolvimento de projetos participativos, de princípios democráticos, no sentido de promover o desenvolvimento do controle social dos recursos públicos.

Antes de começar seus estudos, leia atentamente o plano de ensino do módulo para conhecer os objetivos de aprendizagem e o conteúdo programático, entre outras informações.

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Plano de ensino do módulo Programa Dinheiro Direto na Escola

Carga horária: 40 horas

Período de duração: aproximadamente 30 dias

Objetivos do módulo

Objetivo geral

Este módulo tem como objetivo fornecer aos cursistas informações e conhecimentos que lhes permitam:

::: compreender o PDDE como instrumento de transferência de recursos, inserido na política de descentralização adotada pelo governo federal nos últimos anos;

::: proporcionar informações básicas necessárias sobre a forma de operacionalização do PDDE, bem como a devida prestação de contas; e

::: fortalecer os princípios democráticos e a gestão participativa da escola pública, promo-vendo, inclusive, o controle social dos recursos públicos repassados à conta do PDDE.

Objetivos específicos

Unidade I – Apresentando o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)

:: Conhecer o PDDE e os objetivos gerais do programa.

:: Identificar e diferenciar as unidades executoras (UEx, EEx, EM).

:: Identificar as etapas para a adesão/habilitação ao PDDE.

Unidade II – Entendendo o funcionamento do PDDE

:: Identificar os tipos de recursos recebidos por meio do programa e como utilizá-los.

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:: Identificar o funcionamento do PDDE.

:: Reconhecer quais instituições/entidades podem receber os recursos.

:: Verificar como, onde e de que maneira a comunidade escolar pode se organizar para definir a utilização dos recursos.

:: Definir como são efetuados os cálculos para saber quanto a sua escola poderá receber de recursos do PDDE.

Unidade III – Prestando contas dos recursos do PDDE

:: Compreender por que é necessário prestar contas da utilização dos recursos do PDDE.

:: Identificar como a comunidade pode se organizar para gerenciar os recursos do progra-ma.

:: Enumerar as instituições que devem prestar contas.

:: Conhecer os prazos para a prestação de contas.

:: Identificar as possibilidades para resolver problemas nas prestações de contas.

Unidade IV – Controle social

:: Identificar o conceito de controle social.

:: Discorrer sobre as características do controle social.

:: Descrever a relação entre o PDDE e o controle social.

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Para começo de conversa

Olá, prezado cursista!

Estamos começando o módulo Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e, como você já deve ter lido sobre a dinâmica desse curso no módulo de competências básicas, neste início de conversa, apresentaremos alguns aspectos importantes para que você entenda como este módulo está estruturado e, então, se organize para o estudo.

O Programa Dinheiro Direto na Escola é um assunto sério e de muita importância. Por isso, para que você possa ampliar seus conhecimentos acerca dos meios mais eficazes e qualitativos de gerenciar esse programa, criamos situações de aprendizagem baseadas em resolução de problemas. Ao solucioná-las, você passa a contar com essa experiência nos momentos em que problemas semelhantes aparecerem em sua comunidade.

Além disso, é importante observar que desenvolvemos uma variedade de atividades (caderno de atividades) para que possa exercitar seus conhecimentos a respeito dos assuntos tratados neste módulo. Por meio dessas atividades, será possível verificar o seu entendimento sobre o tema e sanar possíveis dúvidas junto ao tutor. Associadas a essas atividades estão as auto-avaliações, que lhe permitirão (re)conhecer suas dificuldades de aprendizagem.

Durante o curso, gostaríamos que você observasse o quanto consideramos importante sua participação e seu envolvimento, pois disso depende a sua aprendizagem e, conseqüentemente, a aprendizagem das pessoas que formam sua comunidade local e escolar, uma vez que muitas delas, talvez, não possam contar com essa oportunidade que você está tendo de aprender um pouco mais sobre o PDDE.

Por falar em “oportunidade para aprender”, nos lembramos de um exemplo muito difundido em nossa cultura, o da metamorfose da lagarta em borboleta, que poderá colaborar para sua reflexão durante todo o percurso deste módulo.

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Imagine a seguinte situação:

Ao passear por um parque, você encontra um casulo. Por curiosidade em observar como ocorre a metamorfose da lagarta em borboleta, você leva esse casulo para sua casa.

Certo dia, você observa que o casulo começa a se romper. Então, passa a dedicar algum tempo a sua observação e se surpreende com a força que a borboleta faz para passar por uma pequenina fresta no casulo.

A dificuldade é tanta que, por certo tempo, a borboleta cessa seus movimentos. E você imagina que, diante de tamanha dificuldade, deveria ajudar a borboleta, assim, sua luta pela liberdade poderia se tornar menos árdua.

Decidido, você pega uma tesoura, corta parte do casulo, de maneira que todo o corpo da borboleta possa passar por ele, e a liberta.

No entanto, em pouco tempo, você observa que, em vez de voar livre e solta, a borboleta está com o corpo inchado e suas asas estão trêmulas. Portanto, jamais terão força o suficiente para suportar o peso da borboleta e ela jamais poderá voar. Tirá-la do casulo antes da hora foi um erro! É o esforço que ela faz para sair do casulo que deixa seu corpo e suas asas fortes.

Assim, podemos refletir sobre a importância das nossas ações e das ações que esperamos dos outros em relação às oportu-nidades que encontramos para aprender durante toda nossa vida.

Para que a borboleta pudesse voar, era essencial que ela exercitasse com exaustão seus movimentos, porque isso fortaleceria sua estrutura física.

Às vezes, quando sentimos dificuldade em resolver algum problema, temos a sensação de que não sofreríamos para apren-der se tivéssemos alguém para nos dizer como resolvê-lo. Porém, mais tarde, quando de fato precisamos do conhecimento, percebemos que, se tivéssemos resolvido o problema, teríamos construído o conhecimento e teríamos a liberdade para resol-ver nossos problemas sem ter de recorrer sempre aos outros.

Pense nisso!

Reflita sobre o que é mais importante: “Dar o peixe ou ensinar a pescar?” ou “Ganhar o peixe ou aprender a pescar?”

Veja o quanto é necessário exercitar sua estrutura física e, nesse caso, sua “estrutura mental” para aprender.

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Faça você mesmo as leituras e as atividades sugeridas, pois disso depende sua aprendizagem e, conseqüentemente, sua liberdade.

Ao voltar para sua comunidade local e escolar, permita que as pessoas que lá estão também possam aprender. Controle sua vontade de dizer a elas como resolver os problemas e dê a elas oportunidade de pensar e tentar resolver, ajudando-as com os conhecimentos necessários para tanto. Só assim elas também poderão aprender.

Então, bom vôo!

Problematizando

Neste momento, nosso objetivo é conduzir a uma reflexão a respeito de uma importante metáfora escrita por Platão, que adaptamos neste módulo para que você possa relacionar co-nhecimento com emancipação.

Vivemos no mundo da globalização dos meios de comuni-cação, economia e tecnologia. A cada segundo, uma vasta quantidade de informação nos é fornecida. Para selecionar-mos o que é útil, precisamos de conhecimento.

Conhecimento tem um conceito mais amplo que informação. Podemos dizer que quem tem conhecimento tem informa-ção, mas não podemos afirmar o oposto, pois o conhecimen-to significa utilizar com qualidade e eficiência a informação.

Podemos considerar, por exemplo, que uma pessoa “despre-parada” pode utilizar mal uma informação. Por desprepara-da, podemos compreender a pessoa sem o conhecimento necessário para resolver determinada situação ou problema.

Na metáfora de Platão, o conhecimento está representado pela luz do sol e, para entendermos um pouco melhor como é o relacionamento humano mediante o conhecimento, Pla-tão nos desafia a pensar nos tipos de reações que podemos expressar na ausência da luz (conhecimento) e na sua presen-ça.

Nesse sentido, convidamos você a refletir sobre isso na leitura de O mito da caverna.Vamos lá?

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Transformando o mito em realidadeAgora tente imaginar uma escola que utiliza seus co-

nhecimentos de maneira que os recursos financeiros por ela administrados permitem aos seus alunos aprender com prazer. Uma escola capaz de ouvir sua comunidade e trans-formar sonhos em realidade por meio da participação das pessoas que a formam.

Está sendo difícil imaginar? Isso lhe parece utopia?

É possível que você tenha dito que imaginar algo assim não é difícil, pois em sua comunidade escolar vocês es-tão conseguindo obter êxito na gestão dos programas do FNDE/MEC.

Então, podemos considerar que sua comunidade local e escolar já conseguiu se libertar das correntes do desconhe-cimento. Assim, a luz do sol (o conhecimento) aquece em vocês o gosto da liberdade, que somente aqueles que con-seguiram construir o conhecimento podem desfrutar.

Mas, se sua sensação está sendo de total desconfiança em cada linha que você está lendo, então, talvez ainda haja correntes fazendo com que você permaneça na “caverna” e a luz que lá chega tenha sido insuficiente para que você perceba com clareza as possibilidades de se libertar.

Talvez você já tenha percebido que, nesse momento, es-tamos lhe fazendo uma provocação, pois estamos nos colo-cando na situação daquela pessoa que conseguiu se liber-tar e saiu da caverna.

Sim, nós experienciamos os conhecimentos acerca do PDDE e agora, ao escrever este módulo, estamos nos colo-cando na situação da pessoa que retorna à caverna.

Dessa maneira, podemos considerar que, com as pesso-as que já conseguiram ver a luz (no nosso caso, conhecer

o PDDE), teremos a possibilidade de conversar sem muito conflito Mas, para as pessoas que ainda não tiveram qual-quer experiência em relação ao PDDE, muitos conflitos, dú-vidas e divergências poderão surgir.

O importante é que esses conflitos possam servir de mo-tivação para você buscar o conhecimento, como a borbo-leta que se debate no casulo até conseguir se libertar dele e voar, pois muitas experiências de vôos de sucesso, com relação ao PDDE, estão sendo difundidas em nosso país.

A exemplo disso, a revista Nova Escola, no seu exemplar de número 185, do mês de setembro de 2005, traz algu-mas experiências de escolas que, por meio da participação da comunidade local e escolar, têm desenvolvido projetos criativos utilizando os recursos do PDDE.

É o caso, por exemplo, da escola municipal Hilda Rabello Matta, em Belo Horizonte/MG, que com os recursos do PDDE adquiriu ferramentas e sementes para desenvolver um projeto de hortaliças que lhes beneficiou com legumes frescos e saudáveis, e, principalmente, com importantes conhecimentos acerca da preservação do meio ambiente, uma vez que seus alunos aprendem a fazer a adequada uti-lização do lixo orgânico.

A escola municipal de ensino fundamental Augusto Mo-chel, em São Luís/MA, é outro caso de sucesso na execução do PDDE citado pela revista. Segundo sua diretora, as de-cisões sobre como aplicar os recursos do programa são to-madas nas reuniões do conselho escolar, que contam com a participação da comunidade. Isso possibilitou incrementar o projeto de leitura da escola com materiais para as ativida-des pedagógicas e ampliar a biblioteca por meio da aquisi-ção de estantes e livros paradidáticos, entre outros.

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Você já parou para pensar no que fez com que essas expe-riências fossem parar numa revista?

Muito provavelmente, foi a repercussão do sucesso que es-sas escolas estão conquistando em suas ações de recebimen-to, gestão e fiscalização dos recursos do PDDE.

Claro que você também pretende, para sua comunidade escolar, o êxito na utilização dos recursos do programa.Você teria condições de listar as etapas necessárias para conhecer o PDDE de modo a utilizá-lo com qualidade?

Pois bem, no traçado da sua trajetória para conhecer o

Poderíamos citar os outros exemplos disponibilizados na matéria, mas pre-ferimos lhe sugerir a leitura, que se encontra disponível na revista e em seu sítio na internet: http://revistaescola.abril.com.br/edi-coes. Procure pela edição 185, do ano de 2005, na seção “Gestão”.

PDDE, é importante que você tenha presente as seguintes questões:

– O que é o Programa Dinheiro Direto na Escola?

– Como funciona esse programa?

– Como prestarei contas dos recursos do PDDE utilizados em minha comunidade escolar?

Pense nessas questões sem perder de vista a fundamental importância da participação da comunidade local e escolar na busca do conhecimento e na organização para gerir e fis-calizar o programa.

É importante que você e sua comunidade associem o con-ceito de conhecimento ao conceito de autonomia, tal qual a borboleta que consegue voar por meio de seus esforços e da pessoa que sai da caverna e aprende a enxergar para além das aparências.

Talvez você já tenha tido a oportunidade de encontrar co-munidades escolares totalmente dependentes das ações das prefeituras e secretarias de educação para ter acesso a mate-riais de manutenção da escola ou para a aquisição de qual-quer tipo de bem. Ou seja, quando precisam de um bebedou-ro, de um ventilador, de um serviço de encanador ou mesmo de materiais de limpeza e higiene, deslocam o diretor, a se-cretária, a coordenadora até a secretaria de educação para ter acesso a esses bens e serviços.

Será que, nessa situação, a comunidade escolar está en-contrando condições para aprender a se administrar, a resol-ver seus problemas? Ou será que ela está sendo tratada como a borboleta que, ao ser ajudada, fica impossibilitada de voar?

Será que essa comunidade escolar encontrará possibilida-de de obter conhecimento (sair da caverna) ou ficará pensan-

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do que isso é o que deve ser feito, que é assim que as coisas funcionam e que nada deve ser mudado para não criar mal-estar com a prefeitura, com a secretaria de edu-cação?

Ao estudar este módulo, não perca de vista sua possibilidade de emancipação, de autonomia, pois a cada unidade você encontrará informações que, se utilizadas, po-derão transformar realidades e fazer a diferença para a melhoria da coletividade.

O princípio dessa era da globalização é de que informação é poder! Assim, é im-portante desconfiar daqueles que se propõem a ajudar sua comunidade, mas cen-tralizam a informação, fazendo com que tudo e todos dependam dos seus conheci-mentos. Quanto mais informação a comunidade tiver, maior a possibilidade de fazer escolhas qualitativas.

Então, bom estudo!

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Caro cursista,

No ano de 2006, o FNDE alterou e passou a utilizar uma nova denominação para alguns formu-lários usados na execução e prestação de contas do PDDE. Para que você possa ir se habituando com as mudanças e os novos nomes, apresentamos abaixo uma tabela com a relação da situação anterior e da nova situação desses formulários:

I - Formulários para a adesão/habilitação

Situação dos formulários antes de 2006 Nova situação dos formulários1. Da entidade mantenedora (EM) de escola privada de educação especial, sem fins lucra-tivos:

:: Cadastro do órgão / entidade e do dirigente – ANEXO I

:: Termo de compromisso – ANEXO II-A

Os formulários e a sua nomenclatura não mu-daram.

2. Da entidade executora (EEx) – prefeitura municipal e secretaria estadual e distrital de educação:

:: Cadastro do órgão / entidade e do dirigente – ANEXO I(*)

O formulário e a sua nomenclatura não muda-ram.

3. Da unidade executora (UEx) da escola pú-blica:

:: Cadastro de unidade executora própria – ANEXO I-A

Cadastro de unidade executora – ANEXO I-A.

O formulário continua o mesmo, apenas foi excluída de sua nomenclatura a expressão “própria”.

(*) Mais adiante falaremos do fluxo relativo ao processo de adesão.

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II – Formulários para a prestação de contas

Situação dos formulários anterior a 2006 Nova situação dos formuláriosDemonstrativo da execução da receita e da despesa e de pa-gamentos efetuados – Anexo III

Demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pa-gamentos efetuados.

O formulário continuou o mesmo, excluindo-se apenas a expressão ANEXO III.

Relação de bens adquiridos ou produzidos – ANEXO IV Relação de bens adquiridos ou produzidos.

O formulário continuou o mesmo, excluindo-se apenas a expressão ANEXO IV.

Demonstrativo sintético anual da execução físico-financeira das (UEx) – ANEXO V

Demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das unidades executoras (UEx).

O formulário alterou a sua denominação, excluindo-se, in-clusive, a expressão ANEXO V.

Relação de unidades executoras (UEx) inadimplentes com prestação de contas – ANEXO VII

Relação de unidades executoras (UEx) inadimplentes com prestação de contas.

O formulário continuou o mesmo, excluindo-se apenas a expressão ANEXO VII

Demonstrativo analítico da execução físico-financeira – ANEXO VIII

Demonstrativo analítico da execução físico-financeira.

O formulário continuou o mesmo, excluindo-se apenas a expressão ANEXO VIII.

Termo de doação – ANEXO IX Termo de doação.

O formulário continuou o mesmo, excluindo-se apenas a expressão ANEXO IX.

Conciliação bancária – ANEXO X Conciliação bancária.

O formulário continuou o mesmo, excluindo-se apenas a expressão ANEXO X.

Unidade IApresentando o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE)

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Unidade I

Apresentando o Programa Dinheiro Direto na Escola

Tem novidade na escola!

Olha só, a escola está de cara nova! O que será que está

acontecendo?

Paredes pintadas, bebedouro novinho!

Mas...

de onde veio o dinheiro pra

isso tudo?

É, parece que alguém não anda participando das reuniões na escola!

Você saberia dizer de onde vem o dinheiro que sua escola utiliza para manutenção e aquisição de bens patrimoniais?

Imagino que esse assunto já foi discutido em sua comunidade escolar e, se você participa das reuniões, já deve estar saben-do do que estamos falando.

Sim, estamos falando da participação da comunidade nas decisões sobre como utilizar recursos financeiros da educação.

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Você sabia que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do Ministério da Educação (MEC), executa programas cujos controle e fiscalização cabem à comunidade escolar?

Então, se você é aluno, diretor, professor, profissional da educação, pai de aluno, saiba que, sem a sua participação, a sua comunidade escolar pode estar deixando de receber recursos financeiros do governo federal ou pode estar utili-zando de maneira inadequada esses recursos.

Por isso, estamos aqui para resgatar essa discussão.

Vamos falar sobre um dos programas do FNDE/MEC, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a partir do qual poderemos compreender melhor a importância da par-ticipação da comunidade na escola e os benefícios do plane-jamento e da fiscalização dos recursos públicos.

Objetivos da unidade I::: conhecer o PDDE e os objetivos gerais do programa;

:: identificar e diferenciar as unidades executoras (UEx, EEx, EM); e

:: identificar as etapas para a adesão ao PDDE.

1.1. Definindo o PDDEA política de descentralização dos recursos da educação,

que propiciou às escolas o recebimento, a gestão e a fiscaliza-ção de recursos públicos, teve início em 1995 com o Progra-ma de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Funda-mental (PMDE). A partir da Medida Provisória nº 1.784, de

14 de dezembro de 1998, o PMDE passou a ser denomina-do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Em 2008, novos avanços estão sendo registrados com a extensão do PDDE para as diversas etapas da educação básica. Podemos, portanto, definir o PDDE como o programa por meio do qual o FNDE (executor do programa) repassa recursos, em cará-ter suplementar, para:

:: as escolas públicas de educação básica, nas modalida-des de ensino regular e especial.

:: as escolas privadas de educação especial mantidas por entidade sem fins lucrativos, registrada no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como entidade beneficente de assistência social, responsável pelo re-cebimento, execução e prestação de contas dos recur-sos.

Para serem beneficiárias do PDDE, as escolas, públi-cas ou privadas sem fins lucrativos, devem estar recen-seadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e em funcionamen-to regular.

Você deve estar se perguntando:

Por que esses recursos são transferidos para as escolas?Quais os objetivos do FNDE em efetuar esses repasses?

Para responder a essas questões teremos de conhecer o objetivo dessa ação. Vamos lá!

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1.2. Os objetivos do programa O PDDE tem por objetivo prover, de forma suplementar,

as escolas com recursos financeiros, visando à melhoria da infra-estrutura física e pedagógica, de modo a:

:: contribuir para a elevação da qualidade da educação básica, tornando sua oferta eqüitativa;

:: reforçar a autonomia gerencial e a participação de alu-nos, pais de alunos, professores, diretores e demais servi-dores da educação, colaboradores, voluntários, nas unida-des de ensino, com o propósito de tornar a escola uma organização que propicie ensino de qualidade.

Porém, para ter acesso aos recursos, é fundamental que as escolas a serem beneficiadas tenham unidade executora.

O que é uma unidade executora?Por que as escolas devem providenciar a criação de unidade executora? Como ocorre sua organização?

Vamos às respostas a essas questões... Antes, pegue seu ca-derno de atividades e faça as atividades propostas.

Atividades 1 a 3

1.3. Conceituando e classificando unidade executora

Como o FNDE repassa os recursos do PDDE?Os prefeitos ou os secretários de educação têm de ir até Brasília (DF) para buscar, no FNDE, os recursos?

Os recursos do PDDE são repassados por meio de uma conta bancária. Mas, em se tratando de recursos públicos, não pode ser utilizada uma conta bancária qualquer. Ela deve ser específica para fins do recebimento desses recursos.

Qualquer escola pode abrir essa conta corrente?

Sendo uma conta corrente especial, ela é aberta pelo FNDE, não em nome da escola, mas em nome da unidade executo-ra da escola beneficiada. O que significa isso? Por que isso acontece?

As escolas públicas beneficiárias do PDDE não são entida-des com personalidade jurídica capaz de reunir os elemen-tos exigidos pelo Banco Central para possuir, em nome pró-prio, a conta corrente onde serão depositados os recursos. Por isso, o FNDE encontrou como alternativa técnica criar a figura da unidade executora.

Em seu conceito genérico, unidades executoras são entidades, instituições ou órgãos responsáveis pelo recebimento, execução e prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE e em nome das quais a autarquia(*) abre contas bancárias para repassar o dinheiro.

(*) O FNDE é uma autarquia do Ministério da Educação, razão pela qual empregamos às vezes a expressão autarquia no lugar de FNDE.

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1 – A unidade executora assume três tipos distintos:

:: unidade executora (UEx) – Entidade sem fins lu-crativos, representativa do estabelecimento de ensi-no público, constituída e integrada por membros das comunidades escolar e local, de que são exemplos Caixas Escolares, Associações de Pais e Mestres ou si-milares;

:: entidade executora (EEx) – Prefeituras municipais e secretarias estaduais e distrital de educação, respon-sáveis pelas escolas que não instituíram UEx;

:: entidade mantenedora (EM) – Entidade sem fins lu-crativos, inscrita no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), ou outra similar de atendimento ao en-sino especial de maneira gratuita, que comprove ser de utilidade pública.

Portanto, o depósito dos recursos do PDDE a serem em-pregados na manutenção física e pedagógica da escola é re-alizado:

:: para a escola pública que constituiu uma unidade execu-tora (UEx) na conta bancária aberta em nome dessa UEx;

:: para as escolas públicas que não constituíram uma UEx, na conta bancária aberta conforme a vinculação da esco-la, ou seja, em nome da prefeitura ou da secretaria estadu-al ou distrital de educação a que a escola pertença. Esses órgãos, nessas circunstâncias, são considerados unidades executoras, recebendo a denominação de entidade exe-cutora (EEx); e

:: no caso da escola privada de educação especial, a entida-de mantenedora (EM) é também a unidade executora, e

em nome dela o FNDE abre a conta bancária para o repas-se dos recursos do programa.

Atividades 4 e 5

1.4. Criando uma unidade executora (UEx)Para que você possa colaborar com sua comunidade ou

outra que necessite de conhecimento acerca dos procedi-mentos de criação de UEx, leia com a atenção as explicações a seguir.

São cinco os passos que deverão ser seguidos para que uma escola pública consiga criar uma unidade executora (UEx):

1º passo – Convocação de uma assembléia geral

O diretor da escola deve convocar uma assembléia geral, ou seja, uma reunião de professores, pais, funcionários, cola-boradores e demais pessoas da comunidade para deliberar sobre os assuntos que dizem respeito à criação da UEx.

Essa convocação pode ser feita de diversas maneiras:

:: publicação no jornal local de um edital de convocação es-pecífica;

:: envio de correspondência, em forma de convocação, aos pais dos alunos; e

:: afixação do edital de convocação na escola.

O ideal é que se combine mais de uma das possibilidades citadas acima para garantir a presença do maior número de pessoas possível. Por exemplo, além de afixar o edital de con-vocação na escola, enviar também correspondência aos pais dos alunos.

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Agora, preste atenção no modelo de convocação para assembléia geral abaixo:

Edital de Convocação

Assembléia Geral da Escola __________________________________________________________________(Nome da Escola)

Prezados Senhores,

Convocamos pais, professores, funcionários, colaboradores e alunos da Escola (nome da escola), bem como as demais pessoas da comunidade interessadas na solução dos problemas da educação, para uma assembléia geral, que será realizada no dia ___ de _______ do corrente ano, às ____ horas, no pátio externo, para deliberar sobre os seguintes assuntos:

1. Criação da unidade executora (UEx).

2. Eleição dos membros dos conselhos e dos dirigentes da entidade.

3. Dar posse aos membros dos conselhos e dirigentes da entidade.

(local e data)

Assinatura do diretor da escola

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Os principais objetivos são::: fundar a unidade executora (UEx);:: discutir e aprovar o estatuto da UEx; e :: eleger e dar posse à diretoria, ao conselho deliberativo e ao conselho fiscal.

A nossa sugestão é que o estatuto da unidade executora seja elaborado de maneira democrática, com a participação de representantes dos diversos segmentos da comunidade local e escolar nos estudos e debates promovidos pela escola para este fim.

2º passo – Lavrar ata

Ao final da reunião, deve ser lavrada a ata dos trabalhos da assembléia que se reuniu para constituir a UEx. Este documento deverá ser assinado por todos os participantes da assembléia, inclusive o diretor da escola.

3º passo – Registrar a unidade executora (UEx)

A próxima etapa a ser cumprida é o registro da UEx. O diretor da escola deve solicitar o registro do estatuto da UEx no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

Normalmente, os cartórios solicitam os seguintes documentos:

:: requerimento, dirigido ao oficial do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, solicitando o registro do estatuto da UEx;

:: dois exemplares do estatuto, com todas as folhas rubricadas pelo presidente da UEx, eleito na assembléia, com firma reconhecida, contendo o visto de um advogado com o respectivo número de inscrição na Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB);

:: livro de atas com a ata da fundação da UEx.

4º passo – Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

O diretor da escola encaminha o registro da UEx, junto com a ata da assembléia de constituição da UEx e o seu estatuto, à Delegacia da Receita Federal no estado, para inscrição da entidade no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

5º passo – Adesão e abertura da conta corrente

Finalmente, no momento da realização da adesão, os dados da UEx são informados ao FNDE, que providenciará a abertura da conta bancária da unidade executora.

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Você conhece na sua comunidade alguma escola pública que nunca foi atendida pelo PDDE ou que vem sendo atendida indiretamente, por meio da prefeitura ou secretaria de educação, em razão de não possuir uma UEx?

Se sua resposta for sim, então acreditamos que você po-derá contribuir com essa escola, ajudando-a a constituir sua UEx e, com isso:

:: a escola que nunca foi beneficiada passará a ser atendida diretamente com os recursos do PDDE; e

:: aquela que vinha sendo atendida por meio da prefeitura ou secretaria de educação passará a receber diretamente o dinheiro do programa.

Uma dica: quando você for ajudar a constituir uma unidade executora, faça antes uma visita a uma es-cola que já possui UEx. Veja um modelo de estatuto e converse com a direção, com os professores e com os servidores para colher deles as experiências e, com isso, tornar mais fácil sua missão.

É importante você saber que toda comunidade escolar pode constituir sua unidade executora e isso independe do número de alunos atendidos.

A diferença é que a Resolução do Conselho Deliberativo do FNDE nº 9, de 24 de abril de 2007, definiu, em seu artigo 5º, que para as escolas que possuem mais de 50 (cinqüenta) alunos matriculados é obrigatória a constituição da unida-

de executora para o recebimento dos recursos do PDDE.

Não há obrigatoriedade para as escolas com até 50 alunos matriculados instituírem UEx para participar do programa. Da mesma forma, não há nenhum impedimento para essas escolas receberem os recursos do PDDE por meio das uni-dade executoras. Basta que elas criem, caso queiram, suas UEx e, no momento da adesão, informem ao FNDE.

É provável que as comunidades escolares que ainda não aderiram ao programa ou que não estão conseguindo pres-tar contas estejam encontrando problemas, seja no sentido do desconhecimento acerca do programa ou na fiscalização e controle social dos recursos repassados. Portanto, muita atenção aos itens que desenvolveremos a seguir, pois ne-les você encontrará importantes informações a respeito de como aderir e habilitar-se ao PDDE.

Atividades 6, 6.1 e 6.2

1.5. Adesão e habilitação para recebimento dos recursos

Até aqui, nós nos preocupamos em apresentar o PDDE, destacando sua criação, em 1995, e sua institucionalização, mediante a edição da Medida Provisória nº 1.784/98. Apre-sentamos, também, os objetivos, conceituamos e caracteri-zamos as unidades executoras.

Neste tópico, você ficará sabendo que são necessários pro-cedimentos simples para que uma escola receba os recursos do programa. São os processos de adesão e de habilitação para recebimento dos recursos do PDDE.

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1.5.1. Definindo a adesão ao PDDEA adesão consiste na manifestação de interesse da uni-

dade executora (UEx), da prefeitura municipal, da secretaria estadual e distrital de educação (EEx) e da entidade mantene-dora (EM) de participar do PDDE, mediante o envio, ao FNDE, de dados e informações visando à atualização do banco de dados da autarquia.

Por que a cada ano é preciso renovar a adesão?

Porque as informações e os dados apresentados pelas en-tidades mantenedoras, prefeituras, secretaria de educação e unidades executoras são alterados constantemente e, com isso, devem ser atualizados. Elas devem informar ao FNDE, por exemplo, se houve mudanças dos gestores dos órgãos públicos, entre outras.

Vamos aos procedimentos de adesão?

Para aderir ao programa, a prefeitura municipal ou secre-taria estadual ou distrital de educação, com estrita obser-vância da sua rede de ensino, deve encaminhar ao FNDE os seguintes formulários: :: cadastro de unidade executora, conhecido também como

Anexo I-A; e:: cadastro do órgão / entidade e do dirigente – Anexo I.

O encaminhamento ao FNDE pode ser feito por meio de formulários expedidos pelos Correios ou pela in-ternet.

Mas veja bem:

Apesar de a adesão ao PDDE ser realizada pelas prefeitu-ras municipais e secretarias de educação dos estados ou do Distrito Federal, a comunidade escolar tem de ficar atenta, pois muitas escolas ficam fora do programa porque alguns desses órgãos públicos não promovem a atualização dos da-dos cadastrais e não enviam os documentos e informações necessários ao FNDE.

E observe:

No caso das escolas privadas de educação especial sem fins lucrativos, o interesse em aderir ao programa deve ser expresso por sua entidade mantenedora, que encaminhará diretamente ao FNDE o cadastro do órgão / entidade e do dirigente – Anexo I, o termo de compromisso (Anexo II-A) e um ofício manifestando interesse em participar do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Acompanhe, agora, o fluxo do processo de adesão e ha-bilitação ao PDDE das escolas públicas.

1ª etapa – FNDE:

disponibiliza os documentos no seu sítio www.fnde.gov.br, e, também, envia-os para as secretarias de educação e prefeituras municipais.

2ª etapa – Prefeituras/secretarias de educação::: recebem os documentos expedidos pela autarquia; ou:: realizam download (baixa) desses documentos da página

do FNDE para suas redes;:: produzem as orientações e as enviam para as escolas;:: encaminham o Anexo I-A para ser atualizado pelas esco-

las.

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3ª etapa – Escolas com UEx::: atualizam o Anexo I-A e o remetem de volta às prefeituras municipais/secretarias de educa-

ção.

4ª etapa – Prefeituras/ secretarias de educação: :: reúnem os formulários, cadastro de unidade executora (Anexo I-A) e cadastro do órgão / en-

tidade e do dirigente – Anexo I-A e os remetem por:

a) meio eletrônico, utilizando o aplicativo PDDEnet no sítio do FNDE;

b) remessa postal ou dando entrada no protocolo do FNDE.

Fluxograma do Processo de Adesão e Habilitação ao PDDE

Disponibiliza os documentos na internet e/ou envia-os às prefeituras e às Seduc.

:: Informativo:: Resolução:: Anexo I:: Anexo I-A

1º Recebem ou realizam downloads dos documentos.

Produzem as orientações e encaminham-nas, junto com o Anexo I-A, para as escolas.

Escola pública com UEx

Atualiza o Anexo I-A e o remete à prefeitura ou à SEDUC.

Reúne os Anexos I e I-A e os envia pelo correio ou por meio do aplicativo PDDEnet.

Vejamos, agora, o processo de habilitação para recebimento dos recursos do PDDE.

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1.5.2. Definindo a habilitação para recebimento dos recursos

A habilitação corresponde à análise e à aprovação dos dados e informações enviados ao FNDE, inclusive da pres-tação de contas de recursos recebidos em exercícios anterio-res, com base nas diretrizes e nos critérios que disciplinam os repasses financeiros do programa.

Os dados e informações aqui mencionados são os obtidos pelo FNDE:

a) no caso das escolas públicas, por meio dos formulá-rios cadastro do órgão / entidade e do dirigente (Anexo I), cadastro de unidade executora (Anexo I-A) e dos cor-respondentes à prestação de contas, que veremos na unidade III;

b) no caso das escolas privadas de educação especial, por meio dos formulários cadastro do órgão/entidade e do dirigente (Anexo I) e termo de compromisso (Anexo II-A), do ofício de manifestação do interesse em partici-par do programa e de outros documentos determina-dos por resolução do Conselho Deliberativo do FNDE que estabeleça os documentos necessários à habilita-ção.

Bem, agora você já sabe o que é o processo de adesão / ha-bilitação, quem é responsável por sua realização e também que, se ele não for feito, a escola beneficiária não recebe o di-nheiro do PDDE. Vamos descrever com maior detalhe como é esse processo?

1.5.3. Detalhando o sistema de adesão/habilita-ção ao PDDE

No primeiro semestre de cada ano, o FNDE disponibiliza para as prefeituras e secretarias estaduais e distrital de edu-cação:

:: a resolução que disciplina os critérios de atendimento do programa;

:: orientações operacionais do programa;

:: os formulários para a coleta / atualização de dados e infor-mações.

Você sabe que formulários são estes?

São os seguintes:

:: cadastro do órgão / entidade e do dirigente (Anexo I); e

:: cadastro da unidade executora (Anexo I-A).

Estes formulários são disponibilizados em meio eletrônico e impresso. Alguns campos já aparecem preenchidos com os dados existentes no arquivo do FNDE.

Veja a seguir o exemplo de campos dos formulários pre-enchidos. Para que você tenha uma visão do procedimento, escolhemos dois blocos como ilustração:

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Bloco 1 – Identificação do órgão / entidade

01 – CNPJ 02 – Nome

03 – Endereço (Rua, Avenida ou Praça e Nº)

04 – Complemento do Endereço (Andar, Sala etc) 05 – Bairro/Distrito

06 – UF 07 – Município 08 – CEP

09 – Caixa Postal 10 – DDD 11 – Telefone 12 – Fax 13 – E-Mail

12312314/0001-49 Prefeitura Municipal Vila Grande

Rua 12

Sala 201 Centro

MN Vila Grande 98.733-180

91 3331-3333 3331-3332 [email protected]

Bloco 5 - Autenticação

VIla Grande- MN. 10 de março de 2007

José Antônio de Souza Mendes

43 – Local e Data

44 – Nome do Dirigentente ou do seu Representante Legal

45 – Assinatura do Dirigente ou do seu Representante Legal

Este é um exemplo de formulário impresso, (todos os dados apresentados são fictícios).

Será que todos os formulários enviados às escolas vão com alguns dos campos preenchidos?

Se você disse não, muito bem, pois:

:: nos casos em que são enviados os formulários impressos para sua comunidade escolar, sem-

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pre haverá um conjunto deles com todos os campos em branco para atender a possíveis situações de cadastros novos;

:: na possibilidade de utilização da internet, a prefeitura ou secretaria estadual e distrital de educação poderá ter acesso a formulários sem preenchimento. Isso cabe, tam-bém, para cadastros novos.

Observe:

O FNDE não dispõe de todas as informações em seu banco de dados, razão pela qual os formulários pré-impressos não são disponibilizados com todos os campos preenchidos.

Então, de posse da resolução que rege o programa, das orientações e dos formulários, as prefeituras, secretarias es-taduais e distrital de educação e as entidades mantenedoras mobilizam suas escolas e promovem, no âmbito de suas ju-risdições, as atividades de coleta e atualização dos dados.

Recomenda-se que, quando a atualização for realizada mediante formulários impressos, sejam preenchidos apenas os campos que precisarem ser alterados/complementados ou que estão em branco. O formulário enviado pelo FNDE possui frente e verso. Na frente, apresenta os dados já cadas-trados. O verso do formulário está em branco e é nele que você deve fazer os ajustes.

É importante você saber que essas orientações se desti-nam a facilitar o trabalho de digitação dos dados.

Após mobilizar e promover a atualização e coleta dos da-dos, o passo seguinte é enviá-los ao FNDE.

Você saberia dizer como isso é feito?

Quanto às escolas públicas:

1o envio eletrônico utilizando a internet; ou

2o envio do formulário impresso mediante postagem ou entrega direta no Protocolo do FNDE.

Quanto às escolas privadas de educação especial, envio do formulário impresso mediante postagem ou entrega di-reta no protocolo do FNDE.

1.5.4. Utilizando a internet para realizar e atualizar cadastro de adesão / habilitação

A cada exercício é disponibilizado, no sitio www.fnde.gov.br, um aplicativo denominado PDDEnet. Esse aplicativo tem por finalidade:

:: propiciar às prefeituras e às secretarias estaduais e distrital de educação os formulários com informações da base de dados do FNDE referentes ao PDDE, para fins do processo de adesão; e

:: viabilizar o envio, ao FNDE, das informações que possibili-tarão a atualização de sua base de dados, com vistas tam-bém ao processo de adesão.

É importante chamar a atenção, finalmente, para os se-guintes fatos:

:: a utilização da internet no processo de adesão reduz o tempo de atualização dos dados na base do FNDE e di-minui a ocorrência de erros de digitação, possibilitando

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maior rapidez na liberação dos recursos;

:: as prefeituras, secretarias estaduais e distrital de educação e as entidades mantenedoras, no momento oportuno, são informadas sobre a disponibilização do PDDEnet no sítio do FNDE na internet e sobre as orientações para utilização do aplicativo;

:: qualquer que seja a forma de envio dos dados (por meio impresso ou eletrônico) ao FNDE, o quanto antes for en-viado, mais cedo os recursos chegam à escola.

E então? Com as informações vistas até aqui é pos-sível ajudar a sua comunidade escolar a solucionar as dúvidas sobre o processo de adesão ao PDDE, no sentido de evitar que escolas deixem de receber os recursos do programa?

Caso sua resposta seja afirmativa, você poderá seguir com seu estudo.

Mas se ainda há tem dúvidas, é importante que você reve-ja seu processo de aprendizagem, a partir da releitura desta unidade, da busca de orientação com a tutoria e em materiais sobre o assunto aqui tratado, disponibilizados na sua comu-nidade escolar, na prefeitura ou secretaria de educação em que sua escola está vinculada no sitio do FNDE na internet.

1.6. Condições para a participação das escolas no PDDE

As condições para participação das escolas no PDDE são:

:: ter conta bancária específica para crédito dos recursos, daí necessidade de a escola dispor de unidade executora;

:: aderir, mediante o envio de dados e informações cadas-trais ao FNDE pela entidade executora (prefeituras e se-cretarias de educação) ou pela entidade mantenedora (no caso das escolas privadas de educação especial sem fins lucrativos), das escolas a elas vinculadas;

:: participar do censo escolar realizado pelo Inep/MEC;

:: possuir alunos matriculados, nas modalidades regular, es-pecial e indígena;

:: permanecer em atividade no ano de repasse dos recur-sos;

:: estar a unidade executora do estabelecimento de ensino - qualquer que seja, UEx, EEx ou EM - adimplente com a prestação de contas.

Embora as unidades executoras sejam entidades jurí-dicas sem fins lucrativos que representam a comuni-dade perante o FNDE, as decisões sobre como e onde investir os recursos do PDDE cabem à comunidade lo-cal e escolar. Portanto, não podemos delegar os nos-sos direitos aos gestores públicos e administrativos. Somente a participação e a fiscalização da comunida-de podem tornar eficientes as ações dos gestores no gerenciamento dos recursos públicos.

Você se lembra dos três tipos de unidade executora?

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Lembre-se:

a maneira mais eficaz de a comunidade escolar atuar no PDDE é participar da eleição das prioridades, manter-se atenta ao processo de adesão / habilitação e acompanhar a utilização do dinheiro e a prestação de contas.

Entendeu bem com funciona o sistema de adesão e ha-bilitação ao PDDE? Se teve dúvidas, releia o conteúdo e converse com seu tutor e colegas de curso.

Atividades 6.3 e 7

Unidade I em sínteseNesta unidade, você teve a oportunidade de conhecer o que é o Programa Dinheiro Direto na Escola, um programa baseado no princípio constitucional da participação da sociedade civil na gestão e fiscalização dos recursos públicos. O PDDE repassa recursos de maneira suplementar para as escolas da rede pública da educação básica que atuam nas modalidades regular, especial e indígena e para as escolas privadas de educação especial, sem fins lucrativos, devidamente cadastradas no Conselho Nacional de Assistência Social.

Vale reforçar que a adesão / habilitação corresponde, por um lado, à manifestação de interesse da unidade executora em participar do PDDE, mediante o envio ao FNDE de dados e informações visando à atualização do banco de dados da autarquia e, por outro lado, diz respeito à análise para verificação da consistência dos dados e informações encaminhados ao FNDE, inclusive sobre prestação de contas, conforme determinação da resolução que regulamenta os critérios do programa, no ano em curso.

Por causa da preocupação do FNDE em aperfeiçoar a operacionalização dos seus programas, mudanças têm ocorrido a cada ano. Portanto, é fundamental conhecer a resolução em vigor e observar quais são os dados e as informações solicitados. Com essa medida, as prefeituras, as secretarias de educação e as entidades mantenedoras de escolas de educação especial ganham tempo, reduzem erros e propiciam condições ao FNDE para repassar os recursos o quanto antes.

Agora que você já sabe o que é o PDDE e compreendeu como funcionam o processo e o sistema de adesão / habilita-ção, vamos mostrar como funciona o programa. Esse é o tema da nossa unidade II. Vamos continuar?

Entendendo o funcionamento do PDDE

Unidade II

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Unidade II

Entendendo o funcionamento do PDDEPara que você entenda como funciona o PDDE, é necessário saber que os recursos transferidos à conta desse programa

destinam-se a contribuir, supletivamente, para a melhoria física e pedagógica dos estabelecimentos de ensino beneficiados.

Agora, você irá conhecer os tipos de recursos do PDDE que são destinados às comunidades escolares e em que é permitido ou não utilizar o dinheiro.

Diferenciar os tipos de recursos é uma maneira eficiente de identificar em quais tipos de bens e serviços investir.

Objetivos da unidade II:: Identificar os tipos de recursos recebidos por meio do programa e como utilizá-los.

:: Identificar o funcionamento do PDDE.

:: Reconhecer quais instituições/entidades podem receber os recursos.

:: Verificar como, onde e de que maneira a comunidade escolar pode se organizar para definir a utilização dos recursos.

:: Definir como são efetuados os cálculos para saber quanto a sua escola poderá receber de recursos do PDDE.

Então, para começar, convidamos você a conhecer o que é recurso de custeio e recurso de capital.

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2.1. Os tipos de recursos

Quais são os tipos de recursos utilizados no PDDE?

Os recursos utilizados no PDDE são de dois tipos:

a) Recursos de custeio: destinados à aquisição de mate-riais de consumo e à contratação de serviços para funciona-mento e manutenção da escola.

Veja alguns exemplos:

:: materiais didáticos e de expediente: jogos pedagógi-cos, blocos lógicos, papel, cartolina, giz, fita de vídeo virgem, entre outros;

:: materiais de limpeza e de manutenção da rede física, como: tinta de parede, material para manutenção e reparo das instalações elétrica, hidráulica ou sanitária (fios, tomadas, interruptores, canos, conexões e ou-tros);

:: contratação de serviços para pintura do prédio, reparos das instalações elétrica, hidráulica ou sanitária, reparo de equipamentos e outros serviços, desde que não se-jam contratados, para os fins aqui especificados, ser-vidores ativos das administrações públicas municipal, estadual, distrital ou federal.

b) Recursos de capital: destinados a cobrir despesas com aquisição de equipamentos e material permanente para as escolas, que resultem em reposição ou elevação patrimo-nial.

Exemplos:

:: aquisição de bebedouro, fogão, armário, ventilador, ge-ladeira, mesa, cadeira e outros;

:: equipamento de informática, retroprojetor, projetor de slides, mimeógrafo e outros.

Agora que você já sabe quais os tipos de recursos do PDDE, deve querer saber:

Quanto de recursos de custeio e de capital as escolas podem receber do valor a ser repassado pelo PDDE?

Para saber qual o valor de custeio e de capital que a escola irá receber, o estabelecimento de ensino precisa fazer uma programação. Na hora do preenchimento dos dados cadas-trais, a escola deve informar, no campo específico do formu-lário Anexo I-A, o percentual de recursos de custeio e de ca-pital que deseja receber no ano seguinte. Por exemplo, 30% de capital e 70% de custeio, ou 100% de custeio, ou 100% de capital, ou qualquer outra combinação, de acordo com sua programação.

Mas, se a escola não informar ao FNDE quanto quer receber de recursos de custeio e quanto quer receber de recursos de capital, o que acontece?

Nesse caso, o FNDE repassará o valor que será devido ao estabelecimento de ensino, dividindo-o em 80% de custeio e 20% de capital.

Portanto, você precisa lembrar que:

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No processo de adesão / habilitação, a escola com UEx, quando for atualizar os dados cadastrais, pro-gramará a porcentagem de quanto deseja receber no ano seguinte em cada uma das categorias econômi-cas. Caso não programe, receberá 80% em custeio e 20% em capital. Já as escolas que não possuem UEx só receberão recursos de custeio.

Nesse ponto, é importante chamarmos a atenção nova-mente para um detalhe que causa muita dúvida e que diz respeito à criação de UEx.

Você já ouviu falar que a escola só pode criar sua UEx se tiver pelo menos um certo número de alunos matriculados?

Como vimos na unidade I, isso não é correto. Toda e qual-quer escola pode e deve (de preferência) criar sua UEx.

A dúvida maior está no fato de que, para receber recur-sos do PDDE, escolas a partir de determinada quantidade de alunos matriculado, são obrigadas a possuir UEx (por exem-plo, a Resolução CD/FNDE/nº 17/2005 estabeleceu a obriga-toriedade para as escolas com número superior a 50 alunos matriculados).

Sendo assim, fique atento:

Os estabelecimentos de ensino com uma faixa de alunos menor do que a exigida não são obrigados, mas podem (e é importante que o façam) constituir UEx para fins de recebimento dos recursos do PDDE.

2.2. Em que é permitido investir os recursos do PDDE

Os recursos do PDDE podem ser investidos em:

:: manutenção, conservação e pequenos reparos na unida-de escolar;

:: aquisição de material permanente (quando a escola rece-ber recursos de capital);

:: aquisição de material de consumo, necessário ao funcio-namento da escola;

:: aquisição de material didático-pedagógico;

:: desenvolvimento de atividades educacionais;

:: avaliação de aprendizagem;

:: implementação de projeto pedagógico.Como foi visto acima, é grande o leque de opções para

a utilização dos recursos do PDDE. Contudo, ainda é maior o conjunto de necessidades da escola. Assim, no sentido de definir as prioridades a serem atendidas com os recursos do PDDE, a escola deve estimular a participação da comunida-de no planejamento de como e em que investir a verba do programa.

Convocar a participação da comunidade para definir as prioridades da escola é o primeiro passo para a boa utiliza-ção dos recursos.

Os passos seguintes são verificar se as prioridades selecio-nadas estão de acordo com os objetivos do programa (que você conheceu na unidade I deste módulo), com as finalida-des descritas nesta unidade e, então, examinar se os recursos necessários são de custeio ou de capital ou ambos, e qual o percentual desses recursos que cada escola programou e deseja receber.

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2.3. O que é vedado adquirir com os recursos do PDDEOs recursos do PDDE não podem ser investidos em:

:: compra de bens e contratação de serviços que resultem em benefícios individuais e não atendam ao interesse coletivo. Dessa forma, não é permitida, inclusive, a aquisição de mate-riais para a distribuição e doação aos alunos, como: uniforme, caderno, lápis, borracha e ou-tros (exceto quando utilizados em atividades pedagógicas e como material de expediente);

:: festividades e comemorações (coquetéis, recepções, premiações);

:: pagamento de contas de água, energia elétrica, telefone e taxas de qualquer natureza;

:: aquisição de combustíveis, de peças e materiais para manutenção de veículo e transporte para o desenvolvimento de ações administrativas;

:: aquisição de livros didáticos e de literatura distribuídos pelo FNDE por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e do Programa Nacional da Biblioteca Escolar (PNBE);

:: aquisição de gêneros alimentícios;

:: pagamento de salários e contribuições sociais.

Muito bem, você viu até aqui quais são os tipos de recursos utilizados no PDDE e em que é permitido ou não investir esses recursos.

A seguir, veremos como é feito o cálculo do repasse desses recursos.

Atividades 8 e 9 (9.1 e 9.2)

2.4. Cálculo do repasse dos recursos

2.4.1. Repasse para as escolas da rede pública de educação básica Para fazer o cálculo do repasse dos recursos do PDDE, o FNDE conta com critérios fundamen-

tados na legislação brasileira e em políticas públicas que visam à diminuição da desigualdade social.

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Quais critérios são utilizados para o cálculo do valor dos recursos do PDDE a serem repassados para as escolas públicas de educação básica?

O valor que cada escola recebe é calculado com base:

:: na quantidade de alunos, determinada pelo censo escolar; e

:: na localização geográfica do estabelecimento de ensino

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Assim, nas regiões brasileiras nas quais foram constatados maiores desníveis socioeduca-cionais, as unidades educacionais receberão um valor maior em relação às demais regiões do país.

Mas por que o FNDE utiliza o critério de localização geográfica, repassando valores maiores às regiões que apresentam maiores desníveis socioeducacionais?

Esse critério foi adotado pelo FNDE porque o dinheiro do PDDE destinado às escolas públi-cas é originário da contribuição social do salário-educação, tributo correspondente a 2,5% sobre a folha de pagamento, recolhido pelo governo com a finalidade específica de financiar a educação básica pública brasileira.

Um dos princípios que rege o emprego desses recursos é a redução dos desníveis socioe-ducacionais do país, razão pela qual existem os diferenciais regionais acima comentados.

Os critérios e a forma de cálculo são estabelecidos por resoluções do Conselho Delibe-rativo do FNDE.

Vejamos, então, com base na Resolução CD/FNDE/nº 9, de 24 de abril de 2007, alguns exem-plos de como calcular o valor do repasse (observe qual é a resolução vigente quando sua co-munidade escolar for calcular o valor devido).

O valor devido é estabelecido considerando:

a) escolas com até 20 alunos. Em 2007, esses valores corresponderam a R$ 29,00 e R$ 24,00 por aluno, dependendo da localização regional da escola;

b) intervalos de classe que consideram um número mínimo e um número máximo de alu-nos.

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Assim:

:: esses valores variam de acordo com o princípio redistributivo dos recursos, que vimos no módulo de competências básicas, visando contribuir para a diminuição das desigualdades sociais. Com isso, as escolas situadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, exceto o Distrito Federal, serão contempladas com um valor adicional, o que não ocorre com as escolas localizadas nas regiões Sul e Sudeste e no Distrito Federal;

:: para os valores estipulados em cada um dos intervalos, conforme a tabela 1 acrescenta-se ao limite inferior de cada intervalo o valor de uma constante, denominada fator K, por aluno excedente. Em 2007, esse valor foi de R$ 4,20.

Tabela 1 – Ordem de intervalo de classe das tabelas de cálculo para o repasse dos recursos do PDDE às escolas públicas

Número de ordem de classe

Intervalo de classe de número de alunos

1 ª 21 a 50

2 ª 51 a 99

3 ª 100 a 250

4 ª 251 a 500

5 ª 501 a 750

6 ª 751 a 1.000

7 ª 1.001 a 1.500

8 ª 1.501 a 2.000

9 ª Acima de 2.000

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As tabelas a seguir resumem o processo de cálculo para as escolas a partir de 21 alunos matriculados e que precisam utilizar os intervalos de classes.

Tabela 2 – Referencial de cálculo dos valores a serem repassados às escolas públicas situadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste

Ordem de intervalo de

classe

Intervalo de classe de número

de alunos

Região

N/NE/CO(*)

Valor base (1)

(R$1,00)Fator de

correção(2)

Valor total (3)

(R$1,00)

1 ª 21 a 50 600 (X – 21) x K 600 + (X – 21) x K

2 ª 51 a 99 1.300 (X – 51) x K 1.300 + (X – 51) x K

3 ª 100 a 250 2.700 (X – 100) x K 2.700 + (X – 100) x K

4 ª 251 a 500 3.900 (X – 251) x K 3.900 + (X – 251) x K

5 ª 501 a 750 6.300 (X – 501) x K 6.300 + (X – 501) x K

6 ª 751 a 1.000 8.900 (X – 751) x K 8.900 + (X – 751) x K

7 ª 1.001 a 1.500 10.300 (X – 1.001) x K 10.300 + (X – 1.001) x K

8 ª 1.501 a 2.000 14.400 (X – 1.501) x K 14.400 + (X – 1.501) x K

9 ª Acima de 2.000 19.000 (X – 2.000) x K 19.000 + (X – 2.000) x K(*) Exceto o Distrito Federal.(1) Valor base: parcela mínima a ser destinada à instituição de ensino que apresentar quantidade de alu-

nos matriculados, segundo o censo escolar, igual ao limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos, no qual o estabelecimento de ensino esteja situado.

(2) Fator de correção: resultado da multiplicação da constante K pela diferença entre o número de alu-nos matriculados na escola e o limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos, no qual o estabelecimento de ensino esteja situado (X – Limite Inferior) x K, representando X o número de alunos da escola, segundo o censo escolar, e K o valor adicional por aluno acima do limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos.

(3) Valor total: resultado, em cada intervalo de classe, da soma horizontal do Valor Base mais o Fator de Correção.

Fonte: Resolução FNDE/CD/ n° 9, de 24 de abril de 2007

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Tabela 3 – Referencial de cálculo dos valores a serem repassados às escolas públicas situadas nas regiões Sul, Sudeste e no Distrito Federal.

Ordem de intervalo de classe

Intervalo de classe de número de

alunos

Região

S/SE/DF Valor base

(1)

(R$ 1,00)Fator de correção(2)

Valor total (3)

(R$ 1,00)

1 ª 21 a 50 500 (X – 21) x K 500 + (X – 21) x K

2 ª 51 a 99 1.100 (X – 51) x K 1.100 + (X – 51) x K

3 ª 100 a 250 1.800 (X – 100) x K 1.800 + (X – 100) x K

4 ª 251 a 500 2.700 (X – 251) x K 2.700 + (X – 251) x K

5 ª 501 a 750 4.500 (X – 501) x K 4.500 + (X – 501) x K

6 ª 751 a 1.000 6.200 (X – 751) x K 6.200 + (X – 751) x K

7 ª 1.001 a 1.500 8.200 (X – 1.001) x K 8.200 + (X – 1.001) x K

8 ª 1.501 a 2.000 11.000 (X – 1.501) x K 11.000 + (X – 1.501) x K

9 ª Acima de 2.000 14.500 (X – 2.000) x K 14.500 + (X – 2.000) x K

(1) Valor base: parcela mínima a ser destinada à instituição de ensino que apresentar quantidade de alu-nos matriculados, segundo o censo escolar, igual ao limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos, no qual o estabelecimento de ensino esteja situado.

(2) Fator de correção: resultado da multiplicação da constante K pela diferença entre o número de alu-nos matriculados na escola e o limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos, no qual o estabelecimento de ensino esteja situado (X – Limite Inferior) x K, representando X o número de alunos da escola, segundo o censo escolar, e K o valor adicional por aluno acima do limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos.

(3) Valor total: resultado, em cada intervalo de classe, da soma horizontal do Valor Base mais o Fator de Correção.

Fonte: Resolução FNDE/CD/ n° 9, de 24 de abril de 2007

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Não resta dúvida de que a superação dessa realidade só será possível a partir da mobilização social dos diferentes atores envolvidos com a educação em torno desse desafio. Ou seja, é necessário promover a conjugação dos esforços da União, estados, Distrito Federal e municípios, atuando em regime de colaboração com as famílias e a comunidade em prol desse projeto capaz de promover a qualidade da educa-ção brasileira que pretendemos.

Você deve estar se perguntando:

O que isso tem a ver com o PDDE?Quais são as conseqüências diretas para a execução desse programa?

Para responder a essas perguntas, leia o quadro abaixo e veja a novidade que temos para você:

As transferências de recursos do PDDE serão acres-cidas de uma parcela extra de 50%, a título de incen-tivo, concedida a todas as escolas públicas rurais, no presente e nos dois próximos exercícios, e também, de acordo com o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, nos dois próximos exercícios, às escolas públicas urbanas que cumprirem as metas intermediárias do Índice de Desenvolvimento da Edu-cação Básica (Ideb) estipuladas para o ano de 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Edu-cacionais Anísio Teixeira (Inep), observando o critério da proporcionalidade das matrículas nas escolas que atendam as duas fases do ensino fundamental.Artigo 8º, §6º, da Resolução do CD/FNDE/nº 9, de 24 de abril de 2007.

Observe que o fator de correção é idêntico nas tabelas 2 e 3. O que muda de uma para outra são os valores-base, o que, conseqüentemente, muda o valor total. As regiões Nor-te, Nordeste e Centro-Oeste (exceção DF) são contempladas com um adicional, em virtude do princípio redistributivo de recursos, visando à redução das desigualdades sociais, que mencionamos.

Até aqui, mostramos como é o processo de cálculo de repasse dos recursos. Mais adiante, demonstraremos, com exemplos, como realizar o cálculo.

Mas, antes, precisamos tratar de um outro assunto muito importante e que trouxe conseqüências diretas para a exe-cução do PDDE.

Você sabe que, em 15 de março de 2007, foi lançado pelo governo federal o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)? E você sabe o que esse plano sugere?

Vejamos: O Plano de Desenvolvimento da Educação propõe, entre

outros aspectos, melhorar a qualidade da educação básica pública, enfrentando os problemas de rendimento, freqüên-cia e permanência do aluno na escola. Para que esse objetivo seja alcançado, o PDE elegeu como uma das estratégias fun-damentais a criação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação.

Com essa estratégia, o governo federal pretende enfrentar o principal problema da educação brasileira: os resultados negativos das últimas décadas, que criaram uma geração de crianças e jovens que estudam, mas não aprendem, aban-donam a escola e engordam a legião de adultos com baixa escolaridade.

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Ou seja, o PDDE repassou parcela extra de recursos para algumas escolas já a partir de 2007.

Esse repasse obedeceu as seguintes regras:

1ª caso – Todas as escolas públicas rurais receberão, nos anos de 2007 a 2009, ou seja, por três anos consecutivos, a parcela extra acima citada.

2ª caso – Foi definido no Plano Compromisso Todos pela Educação que as escolas públicas urbanas que cumprirem as metas intermediárias do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), estipuladas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), também terão direito a esse repasse especial, em 2008 e 2009.

Qual o valor desse repasse?No que ele pode ser investido?

O valor a ser creditado a essas unidades de ensino, a título de incentivo, é de 50% do valor do repasse a que as escolas têm direito, observando-se os critérios utilizados para os cálculos já explicados anteriormente. Esses recursos devem ser investidos na melhoria física e pedagógica, de acordo com as normas do programa.

Podemos perceber, então, que o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação trouxe como conseqüência direta ao PDDE o repasse de recursos extras para escolas rurais (de 2007 a 2009) e escolas urbanas que cumprirem as metas do Ideb (de 2008 a 2009).

2.4.2. Repasse para as escolas privadas de educação especial

Há diferença entre escolas públicas e escolas privadas de educação especial em relação aos critérios para os cálculos do repasse dos recursos do PDDE?

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Podemos considerar que sim, pois, apesar de a referência também ser a quantidade de alu-nos matriculados, baseada no censo escolar, as escolas privadas de educação especial contam com tabela específica para repasse dos recursos.

Assim, o montante anual devido é repassado às entidades mantenedoras (EM) considerando os seguintes fatores:

a) Para as escolas acima de cinco alunos matriculados, o valor devido é estabelecido com base em intervalos de classe que consideram um número mínimo e um número máxi-mo de alunos matriculados. Para esses estabelecimentos de ensino, metade dos recursos é repassada em custeio e a outra metade em recursos de capital.

b) Escolas com até cinco alunos matriculados recebem um valor per capita (por indivíduo) apenas na categoria de custeio. Em 2007, o valor per capita foi de R$ 120,00.

As tabelas a seguir demonstram resumidamente o processo de cálculo para as escolas priva-das de educação especial com quantidade a partir de seis alunos matriculados e que precisam utilizar os intervalos de classes.

Tabela 4 – Ordem de intervalo de classe da tabela de repasse de recursos do PDDE às esco-las privadas de educação especial sem fins lucrativos

Ordem de intervalo de classe Intervalo de classe de número de alunos

1ª 6 a 25

2ª 26 a 45

3ª 46 a 65

4ª 66 a 85

5ª 86 a 125

6ª 126 a 200

7ª 201 a 300

8ª Acima de 300Fonte: Resolução FNDE/CD n° 9, de 24 de abril de 2007

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Tabela 5 – Referencial de cálculo dos valores a serem repassados às escolas privadas que ministram educação especial

Intervalo de classe de número de alunos

Valor base (1)

(R$ 1,00)

Fator de correção (2) Valor total(3)

(R$ 1,00)

06 a 25 1.050 (X – 06) x E 1.050 + (X – 06) x E26 a 45 1.800 (X – 26) x E 1.800 + (X – 26) x E46 a 65 2.700 (X – 46) x E 2.700 + (X – 46) x E66 a 85 3.600 (X – 66) x E 3.600 + (X – 66) x E

86 a 125 4.800 (X – 86) x E 4.800 + (X – 86) x E126 a 200 5.700 (X – 126) x E 5.700 + (X – 126) x E201 a 300 7.100 (X – 201) x E 7.100 + (X – 201) x E

Acima de 300 9.000 (X – 301) x E 9.000 + (X – 301) x E(1) Valor base: parcela mínima a ser destinada à instituição de ensino que apresentar quantidade de alunos matricu-lados, segundo o censo escolar, igual ao limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos, no qual o estabelecimento de ensino esteja situado.

(2) Fator de correção: resultado da multiplicação da constante E pela diferença entre o número de alunos matriculados na escola e o limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos, no qual o estabelecimento de ensino esteja situado – (X – Limite Inferior) x E, representando X o número de alunos da escola, segundo o censo escolar, e o valor adicional por aluno acima do limite inferior de cada Intervalo de Classe de Número de Alunos.

(3) Valor total: resultado, em cada intervalo de classe, da soma horizontal do Valor Base mais o Fator de Correção.

Fonte: Resolução FNDE/CD n° 9, de 24 de abril de 2007

Você notou que, para ser calculado o valor total, em reais, que cada unidade irá receber, é utili-zada uma multiplicação? Observe a 4ª coluna da tabela acima.

Percebeu também que um dos elementos dessa multiplicação é a letra E, que representa o va-lor adicional por aluno, acima do limite inferior de cada intervalo de classe?

Esse valor é definido anualmente por Resolução do Conselho Deliberativo do FNDE. No caso específico de 2007, na Resolução nº 9, de 24 de abril de 2007, artigo 9º, inciso II, §1º, o valor adicional por aluno equivaleu a R$ 18,00.

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2.4.3. Realizando um exemplo de cálculo dos recursos

Com as informações anteriores, você considera possível realizar o cálculo para saber quanto sua comunidade escolar poderá receber de recursos do PDDE?

Para que você compreenda como deve ser realizado o cálculo dos repasses de recursos do PDDE, disponibilizamos dois exemplos sobre escolas públicas. Sua forma não difere da aplicada para o ensino especial.

Se esses exemplos não forem suficientes, porque não de-monstram a situação da sua escola, você pode consultar a prefeitura ou a secretaria estadual ou distrital de educação à qual sua escola está vinculada, ou ainda, verificar se na esco-la vizinha os membros da comunidade escolar podem ajudá-lo a solucionar as dúvidas.

Exemplo I

Quanto tem a receber de recursos do PDDE uma escola pública de educação básica, localizada na região Norte, cujo censo escolar revelou conter 3.000 (três mil) alunos matricu-lados na modalidade regular?

Os passos do problema:

1º - Atente-se para a utilização da Tabela 2. Nessa tabela, a escola está classificada na 9ª ordem de intervalo de classe, ou seja, acima de 2.000 alunos. Por isso, o valor base é de R$ 19.000,00.

2º - Como 3.000 alunos matriculados excedem o intervalo inferior (2.001 é o menor número de alunos dessa classe), é preciso aplicar o fator de correção. Então, vamos subtrair (3.000 – 2.001) e multiplicar a diferença (999) pelo K (fator de correção, que em 2007 foi de R$ 4,20). Utilizamos, então, a fórmula (X – limite inferior do intervalo) x K, onde:

:: X = número de alunos matriculados de acordo com o censo escolar.

:: O limite inferior do intervalo de classe (ver Tabela 01) é igual a 2.001 (o limite inferior da classe é 2001, por ser o primeiro número inteiro acima de 2.000).

:: K = R$ 4,20 (valor que corresponde a cada aluno ex-cedente ao limite inferior do intervalo de classe de número de alunos).

3º - Calculando o fator de correção:

Então, se a parcela para correção é = (X – limite inferior) x K (“X” corresponde à quantidade de alunos que, neste exemplo, é de 3.000), temos:

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Parcela para correção = (3.000 – 2.001) x R$ 4,20

Parcela para correção = 999 x R$ 4,20 = R$ 4.195,80

4º - Calculando o valor total

O valor total é = valor base + parcela para correção

Temos, então:

Valor total = R$ 19.000,00 + R$ 4.195,80 = R$ 23.195,80

Logo, a escola irá receber R$ 23.195,80 (vinte e três mil cento e noventa e cinco reais e oi-tenta centavos).

Simples, não é? Vejamos, agora, o segundo exemplo.

Exemplo II

Quanto receberia de recurso do PDDE uma escola pública de educação básica, nas modali-dades regular, especial e indígena, localizada na região Sul, com 150 alunos matriculados, con-forme o censo escolar?

Os passos do problema:

1º - Veja que deve ser empregada a Tabela 3. Nessa tabela, a escola está classificada na 3ª ordem de intervalo de classe, ou seja, de 100 a 250 alunos. Por isso, o valor base é de R$1.800,00.

2º - Como 150 alunos matriculados excedem o limite inferior do intervalo, é preciso aplicar o fator de correção. Então, vamos subtrair (150 – 100) e multiplicar a diferença (50) pelo K (fator de correção, que em 2007 foi de R$ 4,20). Utilizamos, portanto, a fórmula (X – limite inferior do intervalo x K), onde:

:: X = número de alunos matriculados de acordo com o censo escolar do ano anterior.:: O limite inferior do terceiro intervalo de classe (ver Tabela 02) = 100. :: K = R$ 4,20 (valor que corresponde a cada aluno excedente ao limite inferior do inter-

valo de classe de número de alunos).

3º - Calculando o fator de correção

Se a parcela para correção é = (X – limite inferior) x K (X corresponde à quantidade de alu-nos que, neste exemplo, é de 150).

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Temos:

Parcela para correção = (150 - 100) x R$ 4,20

Parcela para correção = 50 x R$ 4,20 = R$ 210,00

4º - Calculando o valor total

O valor total é = valor base + parcela para correção

Sendo assim, o cálculo é:

Valor total = R$ 1.800,00 + R$ 210,00 = R$ 2.010,00

Logo, a escola irá receber R$ 2.010,00.

Como você pode perceber, não é difícil realizar esses cálculos. Mas você avaliou a importância de aprender a fazê-los?

Pois saiba que esses cálculos são importantes não apenas para você aprender um pouco mais sobre o funcionamento do PDDE, mas, principalmente, para que colabore com sua comunidade local e escolar, no sentido de esclarecê-la de que não é necessário contratar serviços de empresas para realizá-los.

2.5. Buscando informações junto ao FNDE O FNDE disponibiliza no seu sítio na internet várias informações sobre todos os seus projetos e programas educacionais.

Isso torna suas ações públicas e transparentes.

Lá você pode buscar, por exemplo, o Informativo/2006 - acessando, na opção Dinheiro Direto na Escola, o link Consulta - , onde encontrará importantes informações acerca dos tipos de bens a serem adquiridos e dos serviços que podem ser con-tratados utilizando os recursos do PDDE, além de esclarecer dúvidas e ampliar o conhecimento sobre o programa.

Não havendo possibilidade de sanar suas dúvidas por meio da leitura do Informativo, lembre-se que você pode solicitar informações sobre a classificação (custeio ou capital) dos bens a serem adquiridos no setor contábil-financeiro do estado, do Distrito Federal ou do município ao qual a escola esteja vinculada.

E lembre-se, ainda, de procurar ajuda e orientações do seu tutor no Programa Formação pela Escola e discutir os temas com seus colegas de curso.

Agora, para concluir o estudo desta unidade, vamos mostrar o fluxo do repasse de recursos financeiros do PDDE.

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2.6. O percurso dos recursos do PDDE até a comunidade escolar

Diagrama de repasse dos recursos financeiros – o caminho que o dinheiro percorre

Escola privada de educação especial

Escola pública com UEx

Escola pública sem UEx

Ao observar o diagrama de repasses dos recursos financeiros – o caminho que o dinheiro percorre –, você deverá partir da suposição de que já foram adotadas as medidas correspon-dentes à adesão/habilitação e que não há pendências no processo de habilitação.

Assim, seguindo o fluxo, o FNDE repassa dinheiro para a unidade executora do estabeleci-mento de ensino. Quando se trata de escola pública que possui unidade executora, os recur-sos vão direto para a UEx. Mas, no caso de o estabelecimento de ensino não possuir UEx, os recursos são repassados para as (EEx) prefeituras, secretarias estaduais e distrital de educação, conforme a vinculação da unidade educacional.

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Você percebeu como aqui se reafirma a informação dada na unidade I, de que, à medida que as prefeituras aderem ao programa e que não há pendências no processo de habilitação, o repasse dos recursos é realizado automaticamente, sem a necessidade de celebração de convênios, contratos ou quaisquer outros instrumentos semelhantes?

Em relação às escolas privadas de educação especial, o repasse é feito diretamente para a entidade mantenedora, que é a executora da verba.

Unidade II em sínteseNesta unidade, você teve a oportunidade de observar quais são as duas categorias econômicas em que os recursos do PDDE podem ser utilizados: recursos de custeio - com os quais a comunidade escolar pode adquirir bens de consumo e de manutenção da escola e/ou contratar serviços para manutenção e pequenos reparos - e recursos de capital, com os quais a comunidade escolar pode adquirir ou repor equipamentos e elevar seus bens patrimoniais.

Você viu que as escolas que possuem UEx podem programar o quanto desejam receber em cada uma das duas categorias econômicas, que o total desses recursos é repassado de acordo com o número de alunos matriculados (dados obtidos pelo censo escolar) e, também, que os estabelecimentos de ensino recebem, em determinadas situações, um fator de correção.

Vimos que o valor de repasse é estipulado em tabelas específicas, com valores diferenciados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (exceto o Distrito Federal) e para as regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal, mas o fator de correção (fator K, que foi equivalente a R$ 4,20 em 2007) é o mesmo para todas as regiões do Brasil.

Aprendemos que o cálculo para saber quanto uma comunidade escolar recebe a cada ano deve ser realizado de acordo com a tabela de cálculo da região brasileira onde a escola está localizada, observando as disposições expressas em Resolução do FNDE, específica do programa. E, finalmente, conhecemos o caminho que o dinheiro percorre para chegar à escola.

Agora chegou a hora de testar seus conhecimentos e sistematizar sua aprendizagem. Portanto, pegue seu caderno de atividades e realize os exercícios propostos. Em seguida, continue seu percurso na unidade III, na qual abordaremos a prestação de contas do PDDE.

Atividades 10 e 11

Prestando contas dos recursos do PDDE

Unidade III

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Unidade III

Prestando contas dos recursos do PDDE

Será que é necessário ser profissional especializado ou recorrer a empresas para prestar contas ao FNDE sobre o emprego dos recursos financeiros do PDDE?

A prestação de contas dos recursos do PDDE é obrigatória.

Se você tem:

:: lido os materiais impressos que o FNDE/MEC destina às escolas com a finalidade de propiciar orientações relativas ao fun-cionamento e prestação de contas do PDDE;

:: participado dos encontros de agentes de controle social;

:: procurado informações junto ao FNDE, por meio do sítio da autarquia na internet ou por intermédio do serviço 0800 61 61 61; e

:: recorrido sempre ao setor contábil da prefeitura e/ou secretarias de educação, é bem provável que você tenha entendido como realizar a prestação de contas.

Mas, ainda assim, é importante reconhecer que, às vezes, aparecem situações complicadoras e que, mesmo com certa ex-periência, nos vemos com dúvidas.

É nesse sentido que falaremos sobre como prestar contas dos recursos do PDDE.

Certamente não conseguiremos esgotar o assunto. Portanto, você precisará:

:: participar assiduamente do planejamento e fiscalização da execução do programa em sua comunidade escolar; e

:: em caso de dúvida, buscar os veículos de informação disponíveis em impressos, internet, telefone e na prefeitura ou secre-tarias de educação à qual sua escola está vinculada.

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Objetivos da unidade III:: Compreender por que é necessário prestar contas da utilização dos recursos do PDDE.

:: Identificar como a comunidade pode se organizar para gerenciar os recursos do programa.

:: Enumerar as instituições que devem prestar contas.

:: Conhecer os prazos para a prestação de contas.

:: Identificar as possibilidades para resolver problemas nas prestações de contas.

Vamos, então, ao estudo de cada um dos itens relativos ao funciona-mento do sistema de prestação de contas do PDDE.

3.1. A necessidade da prestação de contas

O PDDE envolve recursos públicos. Então, toda e qualquer comunidade que utiliza esse tipo de recurso tem de prestar contas, porque isso é um dever cons-titucional.

A Constituição Federal do Brasil, no art. 70, parágrafo único, rege que:

Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize e arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

Além disso, a Constituição define, ainda, que os recursos públicos devem ser gerenciados por meio dos princípios democráticos e participativos. Nesse sentido, a sua participação e da sua comunidade são muito importantes, não só no momento da prestação de contas, mas em todo o processo de tomada de decisões e de gestão desses recursos.

Essa é uma importante oportunidade para que você e sua comunidade aprendam a desen-volver a cidadania, o controle social e a criatividade para empregar os recursos com qualidade e sabedoria.

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3.2. A organização da comunidade para o gerenciamento dos recursos do PDDE

Por que algumas comunidades escolares obtêm êxito na prestação de contas dos recursos do PDDE e outras não conseguem ter as suas contas apresentadas e aprovadas?

Podemos considerar que o êxito na prestação de contas deve-se muito à organização e articulação da comunida-de escolar que, ao participar do processo de planejamento e execução dos programas do FNDE, impede que pessoas oportunistas desviem os recursos para fins que não contem-plem benefícios à coletividade, como propõem os referidos programas.

Para empregar bem os recursos do PDDE, é importante reunir os membros da UEx com a comunidade escolar e local (diretor da escola, pais de alunos, funcionários, professores, equipe técnico-pedagógica, membros representativos dos segmentos sociais da localidade) para elaborar o Plano de Aplicação de Recursos, ou seja, planejar como e em que investir os recursos do PDDE.

Após identificar, em conjunto, as necessidades da esco-la, torna-se fundamental eleger as prioridades. Feito isso, os próximos passos serão:

:: efetuar a pesquisa de preços, com registro dos valores ob-tidos; e

:: submeter o Plano de Aplicação de Recursos das despesas a serem realizadas e a pesquisa de preços à validação da comunidade e anotar essas medidas em ata ou documen-to similar.

Você saberia responder as seguintes questões?

Quais as razões para se efetuar registros oficiais (em ata) do ato de apresentação do Plano de Aplicação dos Recursos do PDDE à comunidade?

Por que é importante a realização de pesquisa de preços dos produtos, bens e serviços a serem adquiridos com os recursos do PDDE?

Entre outros aspectos, o registro desses atos em ata e a re-alização da pesquisa de preços podem ser justificados pelos seguintes elementos:

:: a escola e a unidade executora estão lidando com recur-sos públicos e, por isso, tais recursos devem ser utilizados com a maior transparência possível;

:: a pesquisa de preços, a ser efetuada no mínimo em três fornecedores, possibilitará a aquisição de produtos mais baratos e de boa qualidade e, conseqüentemente, melhor aproveitamento de recursos do programa;

:: a prestação de contas é obrigatória e os registros oficiais facilitarão a elaboração dessa tarefa. Além do mais, o re-gistro oficial em ata preserva a informação de que ocorreu participação da sociedade na execução do PDDE, a partir do momento em que representantes da comunidade local e escolar aprovaram o Plano de Aplicação dos Recursos, o que efetiva o direito da sociedade brasileira de saber em que são empregados os recursos públicos.

Atividade 12

O ideal é que a pesquisa para aquisição da mer-cadoria ou con-tratação do serviço obtenha, no míni-mo, três propostas de preços.

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3.3. Quem deve prestar contas?

Considerando que o Programa Dinheiro Direto na Es-cola envolve instituições, entidades e autarquias, você saberia dizer se a sua comunidade escolar tem de pres-tar contas e a quem ela presta contas?

É importante saber que:

Devem prestar contas dos recursos do PDDE as entidades e os órgãos em nome dos quais os re-cursos do programa foram creditados.

Sendo assim, você deve lembrar que os recursos podem ser creditados nas contas das:

:: unidades executoras (UEx);

:: entidades executoras (EEx), ou seja, as secretarias de edu-cação dos estados e do Distrito Federal e as prefeituras municipais; e

:: entidades mantenedoras (EM) das escolas privadas de educação especial.

Qual dessas instituições ou entidades representa sua comunidade escolar? Você conhece seus representantes? Eles estão prestando contas adequadamente?

É fundamental que a unidade executora (qualquer que seja ela – UEx, EEx ou EM) e cada entidade mantenedora

afixe, em local de fácil acesso e visibilidade, a relação de seus membros e demonstrativo evidenciando os bens e materiais adquiridos e serviços prestados à escola que re-presenta e, ainda, disponibilize toda e qualquer informação referente à aplicação dos recursos do PDDE.

3.4. Para quem prestar contas?É importante você e sua comunidade local e escolar sabe-

rem que o processo de execução do PDDE é feito em regime de parcerias, pois são muitas as UEx, EEx e EM distribuídas por todo o território nacional.

Você não acha que seria extremamente complicado se todos os órgãos e entidades enviassem suas presta-ções de contas diretamente para o FNDE?

Por isso, para racionalizar o processo de prestação de con-tas, o encaminhamento funciona da seguinte forma:

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:: as unidades executoras (UEx) enviam as prestações de contas para as prefeituras municipais ou para a secretaria estadual ou distrital de educação, conforme a vinculação da escola beneficiária, mediante preenchimento dos formulários: i) de-monstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados; e ii) bens adquiridos ou produzidos;

:: quando as prefeituras municipais e as secretarias estaduais e distrital de educação recebem recursos para as escolas que não possuem UEx, são elas quem elaboram a prestação de contas relativa a essas escolas, mediante preenchimento tam-bém do formulário demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados;

:: as prefeituras municipais e as secretarias estaduais e distrital de educação consolidam, no formulário demonstrativo con-solidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras, as prestações de contas recebidas das UEx das suas respectivas redes de ensino e, juntamente com o formulário demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados de suas escolas sem UEx, as encaminham ao FNDE.

3.5. Fluxo de prestação de contas do PDDE (entidades/instituições e formulários)

Veja na descrição do fluxo e no diagrama da prestação de contas do PDDE como são as etapas desse processo para as es-colas públicas:

I – Escolas com UEx:a) preenchem os dados sobre suas prestações de contas nos formulários:

:: demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados; e

:: relação de bens adquiridos ou produzidos.

b) enviam os formulários às prefeituras e secretarias estaduais e distrital de educação, conforme a rede de ensino à qual pertençam.

II – Prefeituras e secretarias estaduais e distrital de educação:a) consolidam os formulários demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados de suas

escolas com UEx, no formulário demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras para enviar ao FNDE.

b) elaboram, também, o demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados, fazem a conciliação bancária (quando for necessária) no formulário conciliação bancária, nos casos em que atuarem como unidade executora (EEx), recebendo recursos destinados às suas escolas que não possuem UEx, para enviar ao FNDE.

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III – FNDE:recebe as prestações de contas, com vistas a sua análise e aprovação.

Diagrama de prestação de contas do PDDE

Etapa I Etapa II Etapa III

Escola estadual com UEx

Escola municipal com UEx

Preenche o Demonstrativo da Execução da Receita e da Despesa de Pagamento Efetuados.

Preenche o formulário de Relação de Bens Adquiridos ou Produzidos.

Envia para a prefeitura ou Seduc, confor-me sua vinculação.

Preenche o Demonstrativo Consolidado da Execução Físi-co-Financeira das Unidades Executoras.

Preenche o Demonstrativo da Execução da Receita e da Despesa e de Pagamentos Efetuados - Escola sem UEx.

Realiza a Conciliação Bancária (quando for o caso).

Anexa o Extrato Bancário e a Relação de Bens Adquiridos ou Produzidos.

Encaminha todos esses documentos ao FNDE.

Analisa e aprova ou não a prestação de contas.

A prestação de contas pode não ser aprovada pelo FNDE se houver indício de mau uso dos recursos.

Para você veri� car se já é capaz de saber como prestar contas, faça uma pausa na leitura e vá até o caderno de atividades para desenvolver as atividades da unidade III. Bom trabalho!

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3.6. Os prazos para prestar contas

Um dos pontos que suscita muita dúvida diz respeito aos prazos para a prestação de contas dos recursos do PDDE. As prestações de contas devem dar entrada no FNDE até a data do ano subseqüente ao exercício que deu origem ao repasse dos recursos, regulamentado por resolução do Conselho Deliberativo do FNDE (CD/FNDE). Por exemplo: a prestação de contas do dinheiro correspondente ao ano de 2007 deve ser apresentada ao FNDE até 28 de fevereiro de 2008, mesmo que por algum motivo tenha sido inscrito em restos a pagar e o repasse seja efetivado no decorrer de 2008.

Portanto, considerando neste caso que as prefeituras municipais e as secretarias estaduais e distrital de educação têm de analisar e consolidar as informações e encaminhá-las ao FNDE até 28 de fevereiro, as UEx precisam prestar suas contas a essas esferas de governo até 31 de dezembro de 2007.

A data acima definida para a UEx apresentar sua prestação de contas pode ser antecipada pelas secretarias de educação dos estados e do Distrito Federal e pelas prefeituras, se elas julgarem que o tempo necessário à realização das atividades de análise e consolidação é insuficiente e pode comprometer o prazo da entrega da prestação de contas no FNDE.

Em resumo, os prazos para prestação de contas do PDDE são:

Fluxo entre as instituições / entidades Prazos

Das UEx para as secretarias estaduais e distrital de educação e para as prefeituras municipais.

Até a data determinada por resoluções do CD/FNDE ou os prazos definidos pelas secretarias estaduais e distrital de educação ou pelas prefeituras municipais, conforme a vinculação da escola, desde que não impossibilite a análise, consolidação e envio das prestações de contas ao FNDE.

Das secretarias estaduais e distrital de educação e das prefeituras municipais ao FNDE.

Até a data do exercício subseqüente ao ano que deu origem aos repasses, determinada por resoluções do CD/FNDE.

Das entidades mantenedoras ao FNDE.Até a data do exercício subseqüente ao ano que deu origem aos repasses, determinada por resoluções do CD/FNDE.

Fique atento às datas. Elas são amplamente divulgadas nas resoluções e no sítio do FNDE na internet.

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3.7. Problemas nas prestações de contasQuando falamos em prestar contas, podem surgir dúvi-

das sobre sanções. Ao trabalhar com a prestação de contas, principalmente para aqueles que começam a realizar esse tipo de atividade, é comum a seguinte questão:

O que ocorre se a prestação de contas não for encaminhada no prazo estipulado ou contiver incorreções?

Bom, temos diferentes situações:

a) no caso da unidade executora (UEx):

a prefeitura municipal e/ou a secretaria estadual ou distri-tal de educação devem conceder o prazo de mais 30 (trinta) dias para a apresentação ou regularização da prestação de contas. Se a situação não for regularizada no prazo estabele-cido, esses órgãos comunicam o fato ao FNDE.

O FNDE, por sua vez, adotará as seguintes medidas:

:: suspenderá o repasse dos recursos financeiros daquela UEx; e

:: adotará os procedimentos necessários para responsabi-lizar o gestor pela negligência ou mau uso dos recursos, isto é, realizará a instauração de tomada de contas es-pecial (TCE).

b) no caso da prefeitura municipal, secretaria estadual e distrital de educação e da entidade mantenedora:

o FNDE concede o prazo de mais 30 (trinta) dias para a apresentação ou regularização da prestação de contas.

Persistindo a situação, a autarquia suspenderá o repasse de recursos para todas as escolas vinculadas ao órgão ou à enti-dade e adotará os procedimentos de responsabilização dos gestores.

Lembre-se que:

A falta da apresentação da prestação de contas ou de ajustes de incorreções leva à suspensão do repasse de recursos do PDDE e à responsabilização do gestor, mediante instauração de tomada de contas especial, com a finalidade de ressarcimento dos recursos.

Você já deve ter ouvido falar de situações em que algumas comunidades escolares são prejudicadas, no sentido de per-derem o acesso aos recursos do PDDE, porque um prefeito, por querer prejudicar seu sucessor, deixou de prestar contas ou prestou contas de maneira inadequada.

A prestação de contas é obrigatória. Então, o que fazer quando não for possível apresentá-la por falta de documentos, no todo ou em parte, por dolo ou culpa do gestor anterior?

O atual gestor deverá fazer a representação do seu ante-cessor, junto ao Ministério Público, para que sejam adotadas as providências cíveis e criminais cabíveis, e enviar justificati-vas ao FNDE, com uma cópia autenticada da representação.

Se as justificativas forem aceitas – e uma vez instaurada a correspondente tomada de contas especial –, o FNDE res-tabelecerá as condições necessárias ao repasse dos recursos aos beneficiários do PDDE.

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Para a instrução da representação junto ao Ministério Público contra o dirigente ou gestor anterior da UEx, EM ou EEx - que é de responsabilidade dos dirigentes atuais -, é necessário apresentar: qualquer documen-to disponível referente à transferência de recursos; relatório das ações empreendidas com os recursos transferidos; e qualificação do ex-dirigente ou ex-ges-tor, inclusive com o endereço atualizado, se houver.

É importante destacar que o extrato da conta bancária específica do PDDE é o documento que comprova toda a movimentação dos recursos referentes a crédito, débito e, ainda, o resumo mensal da aplicação financeira, caso te-nham sido realizadas aplicações.

Atenção!Os bancos não podem cobrar das unidades executo-ras tarifas de manutenção e movimentação das contas correntes abertas pelo FNDE para o repasse de recur-sos do PDDE. Mensalmente, cada UEx tem o direito a 1 (um) talão de cheques, até quatro extratos bancários do mês corrente e um do mês anterior, bem como um cartão magnético, com uso restrito para consultas e extratos.Resolução FNDE/ CD nº 9, de 24 de abril de 2007, art. 16, §3º.

Os originais das notas fiscais, recibos, faturas e demais documentos comprobatórios das despesas realizadas com recursos do PDDE devem ser mantidos em arquivo (em boa guarda, conservação e organização) na sede da unidade exe-cutora dos recursos (UEx, EEx ou EM) por pelo menos cinco

anos, a partir da data da aprovação da prestação de contas do FNDE pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Essa docu-mentação deve ficar à disposição do FNDE e dos órgãos de controle interno e externo para eventuais consultas.

A Constituição nos obriga a prestar contas da utilização dos recursos públicos. Você se lembra que falamos sobre isso?

Lembra, também, qual foi a pergunta que fizemos no iní-cio desta unidade?

Vejamos a pergunta novamente:

Será que é necessário ser especialista ou recorrer aos serviços de empresas para prestar contas ao FNDE sobre o emprego dos recursos financeiros do PDDE?

Com as informações apresentadas sobre esse assunto, o que você nos responderia?

Foi possível a você compreender que o FNDE organizou os procedimentos de maneira que não é necessário ser espe-cialista, nem contratar empresa para elaborar a prestação de contas dos recursos do PDDE?

Para consolidar cada vez mais o conhecimento sobre a sis-temática de elaboração e apresentação da prestação de con-tas dos recursos do PDDE, iremos conversar um pouco mais sobre o assunto. Leia atentamente o tópico a seguir.

3.8. Realizando a prestação de contasComecemos esclarecendo que a prestação de contas não

deve se restringir ao formalismo de preenchimento dos for-

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mulários para enviá-los à prefeitura municipal, à secretaria estadual ou distrital de educação para, em seguida, serem encaminhados por esses órgãos ao FNDE.

Para criar na comunidade a cultura da participação e da informação, os gestores dos recursos devem começar a prestação de contas nas comunidades escolar e local, por exemplo, divul-gando em reuniões e afixando nos murais da escola a lista de prioridades eleitas, o valor dos recursos recebidos, planilhas que contabilizem os bens adquiridos e os serviços contratados, os saldos bancários, além de outras informações que julgarem necessárias.

Essa forma de prestação de contas confere visibilidade e transparência, para a comunidade, das ações realizadas com recursos públicos repassados pelo PDDE e possibilita o controle so-cial e o exercício da cidadania.

A sua escola ou as escolas de sua comunidade adotam essa sistemática?

Se sua resposta for sim, essa escola está de parabéns!

Mas, se for não, você pode colaborar, oferecendo esclarecimentos e buscando sensibilizá-la sobre a importância da prestação de contas para a comunidade.

Para auxiliá-lo nessa tarefa, acreditamos que um exemplo irá favorecer ainda mais sua com-preensão sobre esse assunto. Para isso, vamos tratar da prestação de contas formal, aquela regulamentada pelas normas do programa.

É importante deixar claro que vamos utilizar um exemplo no qual escola, prefeitura e dados apresentados são fictícios, elaborados apenas para serem empregados como recurso didático. Nesse caso, qualquer semelhança é mera coincidência.

3.9. Exemplos de prestação de contas

Vamos juntos analisar os dados das escolas públicas da prefeitura de Vila Grande, município do estado de Minas do Norte (MN), localizado na região Norte do Brasil, com a finalidade de conhecer o processo de prestação de contas do PDDE.

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3.9.1. Identificando os recursosO primeiro passo é conhecer os valores dos recursos do programa. Então, comecemos cal-

culando o quanto cada escola irá receber de recursos. Para efetuarmos esse cálculo, usamos as instruções que foram dadas na unidade II, tópico 2.4., “Cálculo do repasse dos recursos”, e chegamos ao resultado colocado na tabela abaixo, nas colunas da parte (c), considerando os critérios estabelecidos na Resolução CD/FNDE nº 9/2007.

As escolas Anísio Teixeira e Paulo Freire definiram, junto ao FNDE, como gostariam de rece-ber esses recursos. A escola Maria Clara Machado só pode receber “custeio”. Na tabela abaixo, estão identificados os tipos de recursos.

Cálculo dos recursos das escolas públicas municipais:Escola (a) Quant.

Alunos (b)Cálculo do valor a

ser recebido (b)Valor a ser recebido R$ (c)

Custeio Capital TotalAnísio Teixeira 851 R$ 8.900,00 + (851-

751) x 4,200,00 9.320,00 9.320,00

Paulo Freire 451 R$ 3.900,00 + (451-251) x 4,20

3.120,00 1.620,00 4.740,00

Maria Clara Machado*

20 R$ 20 x 29,00 580,00 580,00

*O PDDE repassa à unidade executora R$ 29,00 (vinte e nove reais) anuais por aluno matriculado, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (menos o DF). No caso das regiões Sul, Sudeste e Distrito Federal, o valor é de R$ 24,00 reais/ano por aluno. Obs. i) Os recursos foram creditados nas contas das executoras em 30 de junho de 2007. O fator de correção K

utilizado foi de R$ 4,20.

ii) Não se esqueça que o município do exemplo faz parte de um estado da região Norte.

3.9.2. Conhecendo a programaçãoAgora, vamos conhecer os bens adquiridos e serviços contratados pelas escolas durante o

exercício em que receberam os recursos.

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Execução do PDDE 2007: bens e serviços adquiridos

Escola Favorecido(s) Especificação do bem/ serviço Documento Quant. Preço (R$ 1,00)Unitário Total

Anísio Teixeira

Mercado Multicor

microcomputador nf 00.050/07

8 900,00 7.200,00

impressora 2 312,24 624,48ventilador de teto nf 00.83/07 10 80,00 800,00freezer nf 00.423/07 1 1.200,00 1.200,00

Subtotal (A) 9.824,48Paulo Freire Mercado

Multicortv 29 polegadas 1 760,00 760,00geladeira nf

00.042/071 860,00 860,00

ConstruVida madeira nf

00.451/07

60 m 20,00 1.200,00

ferragens1 nf00.451/07

1 200,00 200,00

Sr. Antônio Pereira

mão-de-obra de marcenaria para produção de 8 armários

rb 8 75,00 600,00

Subtotal (B) 3.620,00Maria Clara Machado

Sr. José da Silva

mão-de-obra de pintura (5 salas de aula)

rb *** 200,00 200,00

ConstruVida tinta nf00.452/05

02 latas 120,00 240,00

Papelaria Escolares

giz nf

00.901/05

20 caixas 1,30 26,00

Subtotal (C) 466,00Total (A + B + C) 13.910,48

1 Utilizamos a expressão “ferragens” com a seguinte conotação: prego, parafuso, fechadura, dobradiça e outras coisas mais necessárias para a produção de armários para a escola. Fizemos isto para simplificar o nosso exercício.

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Viu como não há mistério nenhum para calcular e regis-trar os dados de prestação de contas?

Para isso, basta que a escola, com base no valor do recurso repassado e no tipo de recurso (de custeio e de capital), ela-bore planilhas registrando onde, como e quanto utilizou do dinheiro, o tipo de documento que comprova o investimen-to (nota fiscal, recibo etc.).

Adiante, mostraremos o processo de preenchimento e en-vio dos formulários de prestação de contas. Antes de descre-ver o processo, vamos apresentar mais algumas informações para tornar nossos exemplos mais completos.

:: As UEx das escolas Anísio Teixeira e Paulo Freire são, respectivamente, Caixa Escolar Anísio Teixeira (CNPJ 00.123.124/0001-01) e Caixa Escolar Paulo Freire (CNPJ 00.223.224/0001-01). A entidade executora (EEx) da esco-la Maria Clara Machado é a prefeitura de Vila Grande (CNPJ 10.220.330/0001-40).

:: O cheque (nº 00003) emitido para pagar a Papelaria Esco-lares pela aquisição de giz antialérgico branco, no valor de R$ 20,00, não havia sido compensado até o dia 31 de dezembro, quando foram emitidos os extratos bancários.

:: Apenas a escola Anísio Teixeira tinha R$ 26,00 de saldo de exercícios anteriores.

:: Os dados de identificação, necessários ao processo de prestação de contas e não oferecidos no exemplo estão lançados diretamente nos formulários.

:: A prefeitura só utilizou parte dos recursos dois meses após o recebimento. Nos períodos em que o dinheiro ficou pa-rado, ele foi aplicado em caderneta de poupança.

Atenção!A aplicação de recursos em contas poupanças não de-sobriga as unidades executoras de efetuarem as mo-vimentações financeiras do PDDE exclusivamente por intermédio das contas correntes específicas, abertas pelo FNDE.

Resolução FNDE/CD nº 9, de 24 de abril de 2007, art. 16, §9º

:: Já a Escola Paulo Freire utilizou parte dos recursos assim que os recebeu e os valores parados na conta foram apli-cados, também, em caderneta de poupança. A Escola Aní-sio Teixeira utilizou todo o dinheiro tão logo o recebeu.

:: Admitimos que as compras e a contratação dos serviços foram realizadas depois da pesquisa de preços.

Agora que já temos as informações, vamos começar a descrever o processo de prestação de contas na seguinte or-dem:

I – Demonstraremos como devem ser preenchidos os formu-lários demonstrativo da execução da receita, da despesa e de pagamentos efetuados, no caso das UEx das duas es-colas, bem como a relação de bens adquiridos ou produzi-dos das caixas escolares.

II – Simularemos o envio pelas UEx à prefeitura:

a) dos demonstrativos da execução da receita, da despe-sa e de pagamentos efetuados;

b) da relação de bens adquiridos ou produzidos.

III – Simularemos a elaboração da prestação de contas da pre-feitura como unidade executora (EEx) da Escola Maria Clara Machado, também utilizando o demonstrativo da execu-

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ção da receita, da despesa e de pagamentos efetuados, inclusive elaborando a conciliação bancária.

IV – Demonstraremos a consolidação dos demonstrativos da execução da receita, da despesa e de pagamentos efetu-ados das UEx, pela prefeitura, no demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras para, finalmente, prestar contas ao FNDE.

3.9.3. Elaborando a prestação de contas das UEx para envio à prefeitura

a) Escola Anísio TeixeiraCom base nos dados fornecidos na tabela “Execução do PDDE 2007: bens e serviços adquiridos”, avalie o formulário abaixo,

onde foi detalhada a prestação de contas da caixa escolar da Escola Anísio Teixeira.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA FINANCEIRA

COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA E DE PAGAMENTOS EFETUADOS

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação Programa Dinheiro Direto na Escola- PDDE

02 – Exercício 2007

03 – Nome da Razão SocialCaixa Escolar Anísio Teixeira

04 – Número do CNPJ 00.123.124/0001-01

05 – Endereço Rua Gomes de Sá, Nº 45 - Centro

06 – Município Vila Grande

07 – UF MN

BLOCO 2 – SÍNTENSE DA EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA (R$)

08 – Saldo do Exercício Anterior

20,00

09 – Valor Recebido no Exercício

9.320,00

10 – Recursos Próprios

519,84

11 – Rend. de Aplicação Financeira

0,00

12 – Devolução ao FNDE (-)

0,00

13 – Valor Total da Receita

9.859,84

14 – Despesa Realizada

9.859,84

15 – Saldo

Saldo a Ser Reprogramado

Valor: R$ 0,00 Saldo Devolvido

16 – Período de Execução

30/06/07 a 31/12/07

17– Nº de Escolas Atendidas

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BLOCO 3 – PAGAMENTOS EFETUADOS

18 – Item 19 – Nome do Favorecido e CNPJ ou CPF

20 – Tipo de bens e materiais adquiridos ou serviços contratados

21 – Origem

R$ (*)

22 – Nat. Desp

23 – Documento 24 – Pagamento

Tipo Número Data Nº Ch/OB Data 25 – Valor (R$)

01

02

03

04

Mercado Multicor - CNPJ: 00.111.222/0001-00

Casas Cometa Ltda - CNPJ 00.333.225/0001-00

Casas Cometa Ltda - CNPJ 00.333.225/0001-00

B.Brasil - CNPJ: 00.444.222/0001-12

08 computadores itautec (CPU-ST 4242 e monitor CRT15)02 impressoras a laser ML 1610/sansung

10 ventiladores de teto loven sind comerc sem lustre - 4 pás

01 freezer prosdócimo CW 500 horizontal duas portas 980 litros (***)

pagamento de CPMF- Débito em c/c (**)

FNDE

FNDE

FNDERP

FNDE

K

K

K

NF

NF

NF

0050/07

0083/07

00423/07

02/07/07

12/07/07

22/07/07

0001

0002

0003

02/07/07

12/07/07

22/07/07

Subtotal Próprio

7.824,48

800,00

1.200,00

35,36

9.859,84- 519,84

26 – TOTAL 9.340,00

BLOCO 4 – AUTENTICAÇÃO

Vila Grande –MN, 10 de outubro de 2007

Local e Data

Maria Conceição Dias Silva

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal

Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal

(*) Origem dos recursos: FNDE ou Recursos Próprios (RP).

(**) Até 31 de dezembro de 2007, era descontado 0,38% das movimentações financeiras nas contas bancárias, a título de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). A CPMF incidente sobre a movimentação dos recursos do PDDE podia ser paga com o dinheiro do programa.

(***) Observe que, apesar de o valor da nota fiscal ser de R$ 1.200,00, a escola dispunha no momento da compra de recursos do PDDE de apenas R$ 680,16, por isso emitiu o cheque no 003 nesse valor.

Para efetuar os pagamentos, a UEx emitiu os cheques nº 001 (R$ 7.824,48), nº 002 (R$ 800,00) e nº 003 (R$ 680,16), que, so-mados, totalizaram R$ 9.304,64. Então, sobre esse valor é que foi calculada a CPMF (0,38% x R$ 9.304,64 = R$ 35,36). Veja que o valor da CPMF adicionado ao total dos cheques perfaz R$ 9.340,00, o quanto a escola tinha disponível de dinheiro do PDDE.

Você deve estar se perguntando por que a CPMF não foi calculada sobre o valor total da despesa?

A resposta a essa pergunta é: porque R$ 519,87 não são recursos oriundos do PDDE, e sim recursos própios da escola. A CPMF sobre este valor não pode ser paga com o dinheiro do programa.

Com base na prestação de contas acima, podemos observar que:

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1) A Caixa Escolar Anísio Teixeira tinha um saldo de exercícios anteriores (R$ 20,00) na cate-goria de capital.

Como ela sabia desse saldo?

Consultando o campo saldo do demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados da prestação de contas do exercício anterior, que no atual formulário é o campo nº 08.

Mas como distinguir se é de custeio ou de capital?

Quando a unidade executora elabora sua prestação de contas, informa as despesas em cus-teio e capital, ou seja, pega os valores de custeio e de capital que recebeu e subtrai das despe-sas, também de custeio e de capital, obtendo o saldo em cada categoria econômica.

2) A UEx recebeu, no exercício de 2007, R$ 9.320,00 e utilizou os recursos assim que eles foram creditados pelo banco. Por isso, não foram contabilizados rendimentos de aplicações financeiras.

3) É importante registrar que a despesa realizada (R$ 9.859,84) foi superior aos recursos dis-ponibilizados pelo PDDE. Antes de adquirir o freezer, a escola já havia gasto R$ 8.659,84 (inclu-sive com a CPMF) e só lhe restavam R$ 680,16. Então, para comprar o aparelho de refrigeração, que custava R$ 1.200,00, seria necessária uma complementação com recursos próprios de R$ 519,84.

O que fazer?

Simples. A diferença foi paga com recursos próprios da escola, vindos de outras fontes (como doações, bingos e similares). Na elaboração da prestação de contas, a caixa escolar justifica, por exemplo, no nosso simulado, da seguinte forma:

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valor das compras R$ 9.824,48;

mais o valor de R$ 35,36, debitado a título de CPMF;

subtotal: R$ 9.859,84;

menos R$ 9.340,00 (sendo R$ 9.320,00 correspondentes ao repasse do PDDE em 2007 e R$ 20,00 relativos a saldo de exercícios anteriores);

igual a R$ 519,84, que é a diferença que a UEx pagou com recursos próprios da escola.

A loja onde foi efetuada a compra deverá emitir duas notas? Uma referente ao valor repassado pelo PDDE e a outra referente aos recursos próprios?

A loja não vai emitir (e não precisa) duas notas. Porém, é necessário que, no momento de prestar contas, a unidade executora deixe claro que os R$ 519,84 (quinhentos e dezenove reais e oitenta e quatro centavos) são recursos próprios.

Lembre-se:

:: nas situações em que as despesas forem superiores aos recursos do PDDE e pagas com re-cursos da UEx, esse valor deverá ser registrado com sinal negativo, de tal maneira que, ao final, o total da prestação de contas corresponda aos valores que a executora dispõe oriun-dos do PDDE;

:: os recursos de outras fontes não podem ser creditados na conta bancária que o FNDE abriu especificamente para depositar o dinheiro do PDDE.

Qual a outra conclusão a que podemos chegar?

4) Nos dados e no demonstrativo da execução da receita, da despesa e de pagamentos efetuados, a UEx não deixou saldo para o próximo exercício.

Agora, vamos avaliar a questão dos documentos comprobatórios dessa prestação de contas.

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Os mais importantes são as notas fiscais ou recibos de pagamentos e o extrato bancário.

Em relação à nota fiscal, é necessário avaliar, detalhadamente:

:: o prazo de validade (data limite para emissão);

:: se todos os dados da empresa fornecedora estão visíveis;

:: se foi preenchida corretamente, no que diz respeito aos produtos adquiridos; e

:: se foi identificado o comprador, ou seja, a unidade executora, inclusive com o CNPJ correto.

Observe as notas fiscais emitidas pelo Mercado Multicolor e pelas Casas Cometa Ltda., que descrevem as aquisições efetua-das pela Caixa Escolar Anísio Teixeira.

Endereço: Rua Processamento de Dados, nº 10 - Centro/ Vila Grande-MN

Fone/ Fax: (32) 5124-1020 / (32) 5124-5589

Inscrição Estadual n°: 633.572.894.114 CNPJ: 00.111.222/0001-00

MODELO 1 SÉRIE: A

NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR Data limite para emissão: 05/02/2008

1ª Via - Consumidor

Nº 0050 Data de emissão: 02/07/2007

Nome/ Razão Social: Caixa Escolar Anísio Teixeira CPF/CNPJ: 00.123.124/0001-01

Endereço: Rua Gomes de Sá, nº 45 Bairro: Centro Município: Vila Grande

Cep: 50120-035 Fone/Fax: (32) 5122-6789

UF:

MN

Quant. Discriminação das mercadorias Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)

8 Microcomputador Itautec (CPU-ST4242 e Monitor CRT 15’)

900,00 7.200,00

2 Impressora a Laser ML 1610 - Sansung 312,24 624,48

TOTAL 7.824,48

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Endereço: Rua da Luz, nº 15 - Centro/ Vila Grande-MN

Fone/ Fax : (32) 5124-1022 / (32) 5124-5590

Inscrição Estadual n°: 633.672.894.110 CNPJ: 00.333.225/0001-00

MODELO 1 SÉRIE: A

NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR Data de emissão: 12/07/2007

1ª Via - Consumidor

Nº 0083 Data de emissão: 02/07/2007

Nome/ Razão Social: Caixa Escolar Anísio Teixeira CPF/CNPJ: 00.123.124/0001-01

Endereço: Rua Gomes de Sá, nº 45 Bairro: Centro Município: Vila Grande

Cep: 50120-035 Fone/Fax: (32) 5122-6789

UF:

MN

Quant. Discriminação das mercadorias Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)

10 Ventilador de teto Loven Sind Comerc sem lustre – 4 pás

80,00 800,00

TOTAL 800,00

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Endereço: Rua da Luz, nº 15 - Centro/ Vila Grande-MN

Fone/ Fax : (32) 5124-1022 / (32) 5124-5590

Inscrição Estadual n°: 633.672.894.110 CNPJ: 00.333.225/0001-00

MODELO 1 SÉRIE: A

NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR Data limite para emissão: 25/06/2008

1ª Via - Consumidor

Nº 0083 Data de emissão: 02/07/2007

Nome/ Razão Social: Caixa Escolar Anísio Teixeira CPF/CNPJ: 00.123.124/0001-01

Endereço: Rua Gomes de Sá, nº 45 Bairro: Centro Município: Vila Grande

Cep: 50120-035 Fone/Fax: (32) 5122-6789 UF:

MN

Quant. Discriminação das mercadorias Preço Unitário (R$) Preço Total (R$)

1 Freezer Prosdócimo CW 500 Horizontal duas por-tas 980 litros

1.200,00 1.200,00

TOTAL 1.200,00

Lembre-se que:

No verso dos comprovantes de despesas pagas (notas fiscais) com os recursos do pro-grama, deve vir escrito: “pago com recursos do PDDE” , inclusive com a identificação da pessoa responsável pelo recebimento dos produtos (RG, CPF ou matrícula funcional). No caso da compra com a complementação de recursos próprios da UEx, a inscrição no verso da nota fiscal deve destacar o valor da parcela que foi pago com o dinheiro do PDDE.

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Quanto aos extratos bancários, eles apresentam as informações de movimentações realizadas na conta corrente aberta pelo FNDE em nome da unidade executora. Informações como o crédito dos recursos do programa, o saldo do exercício anterior (se houver), os débitos dos cheques emitidos, os descontos de CPMF e o saldo existente no final do período de execução do PDDE são importan-tes para comprovar e legitimarão a prestação de contas. Observe o exemplo abaixo.

Nome: Caixa Escolar Anísio Teixeira

Conta: 0456-3395-X

Data de Emissão: 31/09/2007

Hora: 11:25:37

Lançamentos

Data Histórico Documento Valor Saldo

Saldo anterior 20,00+

30/06/07 Crédito PDDE 101992 9.320,00 9.340,00+

30/06/07 Saldo 9.340,00+

02/07/07 Cheque 0001 -7.824,48 1.515,52+

06/07/07 CPMF -29,73 1.485,79+

12/07/07 Deb Chq Comp 0002 -800,00- 685,79+

13/07/07 CPMF -3,04 682,73+

22/07/07 Deb Chq Comp 0003 -680,16- 2,59+

24/07/07 CPMF -2,59 0,00

Saldo atual: 0,00

Bloqueado 24H: 0,00

Bloqueado 48H: 0,00

Bloqueado comp. nacional: 0,00

Reserva de CPMF: 0,00

Saldo disponível: 0,00

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E agora, o que falta no processo de prestação de contas da UEx?

Falta a caixa escolar informar à prefeitura sobre os bens patrimoniais adquiridos ou produzidos, mediante apresentação do formulário relação de bens adquiridos ou produzidos, e providenciar termo de doação desses bens.

Vejamos cada um desses casos.

A UEx precisa encaminhar para a prefeitura os formulários com a relação dos bens patrimoniais que adquiriu com recursos de capital ou produziu com recursos de custeio recebidos do PDDE.

Qual é a importância dessas informações?

A qualquer momento, as entidades/instituições de controle social ou as de controle interno e externo (Controladoria Geral da União, Tribunal de Contas da União etc.) poderão pedir vistas dos benefícios adquiridos pela escola, tanto no sentido de fiscalizar a adequada utilização dos recursos públicos quanto no de verificar a disponibilidade desses benefícios para a uti-lização da comunidade local e escolar. Isto serve para garantir que os bens patrimoniais permaneçam na escola para uso da coletividade.

Vamos ver como deve ser preenchido esse formulário, com base no exemplo da Caixa Escolar Anísio Teixeira, que detalha-mos anteriormente.

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FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃODIRETORIA FINANCEIRACOORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

RELAÇÃO DE BENS ADQUIRIDOS OU PRODUZIDOS

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE

02 – Exercício 2007

03 – Nome da Razão SocialCaixa Escolar Anísio Teixeira

04 – Número do CNPJ 00.123.124/0001-01

05 – EndereçoRua Gomes de Sá, nº 45 – Centro

06 – Município Vila Grande

07 – UF MN

BLOCO 2 – IDENTIFICAÇÃO DOS BENS ADQUIRIDOS OU PRODUZIDOS

08 – Documento09 – Especificação dos Bens 10 – Quantidade

11 – Valor (R$)

Unitário Total

NFNFNFNF

0050/070050/7

0083/0700423/07

02/07/0702/07/0712/09/0722/07/07

Computadores Itautec (CPU-ST 4242 e Monitor CRT 15)Impressora a Laser ML 1610/SansungVentiladores de Teto Loven Sind Comerc. Sem lustre e 4 pásFreezer Prosdócimo CW 500, Horizontal, duas portas e 980 litros(Recursos Próprios: R$ 519,84 )

08021001

900,00312,14

80,001.200,00

7.200,00624,48800,00

1.200,00-519,84

12 - TOTAL(*) 9.304,64

BLOCO 3 – AUTENTICAÇÃO

Vila Grande, MN, 31 de outubro de 2007

Local e Data

Maria Conceição Dias Silva

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal

Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal da UEx ou EM

(*) Não se esqueça que R$ 35,36 foram utilizados para pagamento de CPMF. Se você somar esse total com a despesa da CPMF, irá chegar ao valor total que a escola possuía, relativo ao repasse do PDDE (R$ 9.340,00)

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Como você observou, o preenchimento do formulário relação de bens adquiridos ou produzidos ocorre quando é ad-quirido ou produzido um bem patrimonial com recursos do PDDE.

Todas as vezes que a UEx adquire ou produz um bem patrimonial com recurso do PDDE, ela tem de preencher o termo de doa-ção, concedendo-o à prefeitura ou à secretaria estadual ou distrital de educação, conforme a vinculação da escola.

A prefeitura ou a secretaria, por sua vez, faz o tombamento, ou seja, registra o bem em seu patrimônio, identificando-o com uma plaqueta.

Essa medida é importante, pois possibilita que as pessoas identifiquem os bens patrimoniais adquiridos com os recursos do programa (recursos públicos).

Atenção! Apesar de o bem passar a pertencer ao patrimônio da prefeitura ou secretaria de educação, ele tem de estar disponível na escola, para o atendimento das necessidades da unidade de ensino.

Veja um exemplo de como é o termo de doação:

Termo de doaçãoPelo presente instrumento, a Caixa Escolar Anísio Teixeira, da Escola Anísio Teixeira, faz, em conformidade com a legislação aplicável ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e demais normas pertinentes à matéria, a doação do(s) bem (ns), conforme discriminado(s) abaixo, adquirido(s) ou produzido(s) com recursos do referido programa, ao (à) prefeitura de Vila Grande/MN para que seja(m) tombado (s) e incorporado(s) ao seu patrimônio público e destinado(s) à escola acima identifi-cada, à qual cabe a responsabilidade pela guarda e conservação do(s) mesmo(s).

N . º ORD.

DESCRIÇÃO DO BEMNOTA FISCAL VALOR (R$)

N.º DATA UNITÁRIO TOTAL010203

04

Computadores Itautec (CPU-ST 4242 e Monitor CRT 15)Impressora a Laser ML 1610/SansungVentiladores de Teto Loven Sind Comerc. Sem lustre e 4 pásFreezer Prosdócimo CW 500, Horizontal, duas portas e 980 litros(Recursos Próprios: R$ 519,84)

080210

01

0050/070050/070083/07

0423/07

01/07/0701/07/0701/09/07

12/07/07

900,00312,1480,00

1.200,00

7.200,00624,48800,00

1.200,00- 519,84

Totais 2.920,00

Vila Grande, MN, 31 de outubro de 2007

Local e Data

Maria Conceição Dias Silva

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal

Maria Conceição Dias Silva

Assinatura do (a) Dirigente ou do Representante Legal

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Você compreendeu bem todas as etapas do processo de prestação de contas? Agora, juntos vamos avaliar a prestação de contas da Caixa Escolar Paulo Freire? Vamos lá, então!

b) Escola Paulo Freire

Antes de iniciarmos o processo de prestação de contas da UEx da Escola Paulo Freire, chamamos a atenção para o fato de que nos limitamos à elaboração apenas do demonstrativo da execução da receita, da despesa e de pagamentos efetua-dos. Não foram apresentados as notas fiscais, extrato bancário, relação de bens adquiridos ou produzidos, termo de doação referentes à Caixa Escolar Paulo Freire, uma vez que tais componentes do processo de prestação de contas foram exemplifica-dos no caso anterior, da Escola Anísio Teixeira. Fizemos isto para o texto não se tornar repetitivo e cansativo.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA FINANCEIRA

COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DA RECEITA, DA DESPESA E DE PAGAMENTOS EFETUADOS

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE

02 – Exercício 2007

03 – Nome da Razão SocialCaixa Escolar Paulo Freire

04 – Número do CNPJ 00.223.224/0001-01

05 – Endereço Rua 12, quadra 01, nº 215 – Jardim das Orquídeas

06 – Município Vila Grande

07 – UF MN

BLOCO 2 – SÍNTENSE DA EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA (R$)

08 – Saldo do Exercício Anterior

0,00

09 – Valor Recebido no Exercício

4.740,00

10 – Recursos Próprios

0,00

11 – Rend. de Aplicação Financeira

34,89

12 – Devolução ao FNDE (-)

0,00

13 – Valor Total da Receita

4.774,89

14 – Despesa Realizada

3.633,75

15 – Saldo

Saldo a Ser Reprogramado

Valor: R$ 1.141,14 Saldo Devolvido

16 – Período de Execução

30/06/2007 a 31/12/2007

17– Nº de Escolas Atendidas

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BLOCO 3 – PAGAMENTOS EFETUADOS

18 – Item

19 – Nome do Favorecido e CNPJ ou CPF

20 – Tipo de bens e materiais adquiridos ou serviços contratados

21 – Origem

R$ (*)

22 – Nat. Desp

23 – Documento 24 – Pagamento

Tipo Número Data Nº Ch/OB Data 25 – Valor (R$)

01

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03

04

Mercado MulticorCNPJ 00.111.222/0001-00

ConstruVida LtdaCNPJ 00.333.444/001-01

Antônio Pereira da SilvaCPF 018.302.503-19

Banco do Brasil S/ACNPJ 00.444.222/0001-12

TV Sansung 29 polegadas - Modelo MW35Geladeira Eletrolux, Modelo XD 1200,360 litros

60 metros de madeira; Ferragens variadas (pregos, parafusos, fechaduras, dobradiças, etc.) e cola de madeira

Mão-de-obra - serviços de marcenaria para oito armários

CPMF - débito em conta corrente

FNDE

FNDE

FNDE

FNDE

K

C

C

C

NF

NF

RB

0413/07

0321/07

001/07

01/07/07

30/08/07

01/09/07

00001

00002

00003

01/07/07

01/07/07

30/07/07

1.620,00

1.400,00

600,00

13,75

26 – TOTAL 3.633,75

BLOCO 4 – AUTENTICAÇÃO

Antônio Carlos Pitomba

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal

Antônio Carlos Pitomba

Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal

* Origem dos recursos: FNDE ou Recursos Próprios (RP)

Ao observar o demonstrativo da execução da receita, da despesa e de pagamento efetuados, você vai perceber que a Caixa Escolar Paulo Freire não tinha saldo de exercícios anteriores e que recebeu R$ 4.740,00 de recursos do PDDE em 30 de junho de 2007. Utilizou parte do dinheiro no início do mês de julho. No final de agosto e início de setembro, fez novos paga-mentos. Isso nos leva a duas conclusões imediatas:

a) após o último pagamento em setembro, a escola ainda manteve dinheiro no banco (saldo);

b) além disso, a escola passou muito tempo entre a data do recebimento e a sua última compra.

É importante que você e sua comunidade local e escolar saibam que isso pode acontecer e não é algo prejudicial às suas prestações de contas e aos futuros repasses de recursos por parte do FNDE.

Mas o ideal é que saldos de recursos do PDDE só ocorram em situações especiais. Duas importantes situações podem jus-tificar a utilização parcial do dinheiro do programa:

::: quando a unidade executora escolhe deixar uma reserva para permitir aquisições futuras (programadas);

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::: quando o dinheiro, por algum motivo, chegar à unidade executora ao final do ano letivo, fato que gere dificuldades e que ponha em risco a qualidade da execução do recurso.

Exceto nessas situações, é conveniente que todo o dinheiro seja utilizado no decorrer do exer-cício do ano do repasse.

Se o dinheiro ficar parado na conta, o que a unidade executora deve fazer?

:: Se o prazo for inferior a um mês, deve verificar com o gerente da agência bancária se há al-guma alternativa de aplicação financeira que não cause prejuízo.

:: Se houver opção, determina-se a aplicação do dinheiro. Caso contrário, não deve ser aplica-do.

:: Se o prazo for igual ou superior a um mês, recomenda-se aplicar em caderneta de poupan-ça.

Você percebeu que, no nosso exemplo, a UEx teve um ganho com aplicação financeira?

O dinheiro que foi aplicado por dois meses na caderneta de poupança rendeu para a uni-dade executora R$ 34,89. Portanto, esse valor deve ser somado ao valor do repasse do PDDE. Dessa forma, a caixa escolar dispôs, na verdade, de R$ 4.774,89 durante o ano para efetuar a aquisição de bens e serviços.

A UEx utilizou R$ 3.633,75, restando na conta corrente R$ 1.141,14, que devem ser lançados como saldo.

Esse simples lançamento no campo saldo é o que se chama de reprogramação de saldo.

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Reprogramar saldo é algo simples. Não requer ope-rações complexas ou a elaboração de um plano, apenas um lançamento, onde a unidade executora declara o valor que restou do repasse do PDDE a ser in-vestido no próximo exercício, logo a partir do seu início.

Pois bem, os demonstrativos da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados das duas caixas escolares (escolas Anísio Teixeira e Paulo Freire) foram concluídos e estão prontos para serem enviados à prefeitura, para que ela os consolide no demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras.

Essa operação também não é difícil!

A consolidação se resume apenas à transcrição de dados e ao preenchimento de alguns cam-pos do formulário, com umas poucas contas de somar e de subtrair, e nada mais.

Mas antes de ver essa tarefa, vamos conversar sobre a prestação de contas da prefeitura dos recursos que ela recebeu para a Escola Maria Clara Machado.

3.9.4. Examinando a prestação de contas da prefeitura como unidade executora

Já sabemos que as prefeituras ou as secretaria estaduais ou distrital de educação quando recebem recursos do PDDE em seus nomes são também unidades executoras, denominadas entidades executoras (EEx). É o caso da prefeitura do exemplo que estamos trabalhando.

Vimos que, em 2007, a Escola Maria Clara Machado possuía 20 alunos matriculados no turno matutino e que a prefeitura, por ser a sua EEx , recebeu R$ 580,00.

A unidade EEx passou mais de dois meses sem utilizar o dinheiro, por isso aplicou-o na ca-derneta de poupança, que rendeu R$ 5,81. Esse valor, somado ao repasse recebido do PDDE, totalizou R$ 585,81.

Com esses recursos, a prefeitura adquiriu, para a Escola Maria Clara, materiais de consumo, contratou serviços no valor de R$ 466,00 e destinou R$ 1,77 para pagar CPMF, ficando um saldo de R$ 118,04.

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FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃODIRETORIA FINANCEIRACOORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRATIVO DA EXECUÇÃO DA RECEITA, DA DESPESA E DE PAGAMENTOS EFETUADOS

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE

02 – Exercício 2007

03 – Nome da Razão SocialPrefeitura Municipal de Vila Grande

04 – Número do CNPJ 10.220.330/0001-40

05 – Endereço Rua 45, Centro

06 – Município Vila Grande

07 – UF MN

BLOCO 2 – SÍNTENSE DA EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA (R$)

08 – Saldo do Exercício Anterior

0,00

09 – Valor Recebido no Exercício

580,00

10 – Recursos Próprios 11 – Rend. de Aplicação Financeira

5,81

12 – Devolução ao FNDE (-)

0,00

13 – Valor Total da Receita

585,81

14 – Despesa Realizada

467,77

15 – Saldo

Saldo a Ser Reprogramado

Valor: R$ 118,04 Saldo Devolvido

16 – Período de Execução

30/06/2007 a 31/12/2007

17– Nº de Escolas Atendidas

01

BLOCO 3 – PAGAMENTOS EFETUADOS

18 – Item

19 – Nome do Favorecido e CNPJ ou CPF

20 – Tipo de bens e materiais adquiridos ou serviços contratados

21 – Origem

R$ (*)

22 – Nat. Desp

23 – Documento 24 – Pagamento

Tipo Número Data Nº Ch/OB Data 25 – Valor (R$)

1

2

3

4

ConstruVida CNPJ – 00.666.333/0001-90

Sr José da SilvaCPF 000.000.000-YYJ

Papelaria EscolaresCNPJ: 00.345.678/0001-12

Banco do Brasil S/A

2 latas de tinta Suvinil / azul clara, para parede

Serviços de mão-de-obra para pintura de cinco salas de aula

2 caixas de giz escolar antialérgico branco com 50 unidades

CPMF - Débito em conta corrente

FNDE

FNDE

FNDE

FNDE

C

C

C

C

NF

RB

NF

_

00.452/07

S/N

00.901/07

_

03/09/07

25/10/07

25/10/07

_

00001

00002

00003

_

03/09/07

25/10/07

25/10/07

_

240,00

200,00

26,00

1,77

26 – TOTAL 467,77

BLOCO 4 – AUTENTICAÇÃO

João Carlos Barbosa Lima

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal

João Carlos Barbosa Lima

Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal

* Origem dos recursos: FNDE ou Recursos Próprios (RP)

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Observação: optamos, nesse caso, por idealizar uma situação que requer conciliação bancária e demonstrar um modelo de recibo. Omitimos as notas fiscais e outros documentos já trata-dos nessa nossa análise da prestação de contas pelas mesmas razões apresentadas no exem-plo anterior.

RECIBO R$ 200,00

Recebi da Prefeitura Municipal de Vila Grande/MN, CNPJ 10.220.330/0001-40, a importân-cia de R$ 200,00 (duzentos reais), por meio do Cheque n° 003 do Banco do Brasil, Agência Município Vila Grande, correspondentes a recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), para a realização de serviços de pintura de cinco salas de aula da Escola Maria Clara Machado.

Vila Grande/MN, 25 de outubro de 2007.

------------------------------------------------Sr. José da Silva

CI 000.001 – SSP/MNCPF 481.413.154 – 94,

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A prefeitura retirou o extrato bancário e verificou que havia divergência entre os saldos da conta e do demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados.

Nome: Prefeitura Municipal de Vila Grande

Conta: 210-158932-9

Data de Emissão: 31/12/2007

Hora: 14:50:52

Lançamentos

Data Histórico Documento Valor Saldo

Saldo anterior 0,00+

30/06/07 Crédito PDDE 101992 580,00+ 580,00+

30/06/07 Aplicação - Poupança 105896 580,00- 0,00+

02/09/07 Crédito da Pupança 105896 580,00+ 580,00+

02/09/07 Juros da Poupança 105896 5,81+ 585,81+

03/09/07 Cheque 0001 240,00- 345,81+

06/09/07 CPMF 0,91-1 344,90+

25/10/07 Cheque 0002 200,00- 144,90+

16/10/07 CPMF 0,76- 144,14+

Saldo atual: 144,14+

Bloqueado 24H: 0,00

Bloqueado 48H: 0,00

Bloqueado comp. nacional: 0,00

Reserva de CPMF: 0,00

Saldo disponível: 144,14+

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Avalie, cuidadosamente, o resumo do extrato abaixo e compare-o com o formulário demonstrativo da execução da receita e da despesa e pagamentos efetuados.

Extrato do BancoHistórico R$Saldo anterior 585,81+Cheque nº 0001 240,00-CPMF 0,91-Cheque nº 0002 200,00-CPMF 0,76-Total dos débitos até 31/10/07 441,67Saldo disponível em 31/10/07 144,14

Você percebeu que o Cheque nº 0003, no valor de R$ 26,00 (vinte e seis reais) não havia sido compensado até o momento que a prefeitura tirou o extrato da conta bancária, onde foram creditados os recursos do PDDE, para anexar à prestação de contas? Conseqüentemente, o valor do CPMF referente ao Cheque nº 0003 também não foi debitado.

Pois bem, a diferença de R$ 26,00 corresponde ao valor do Cheque nº 0003, pago à Papelaria Escolares pela aquisição de 20 caixas de giz antialérgico branco, que não havia sido descontado até 31 de dezembro de 2007, data em que a prefeitura concluiu a prestação de contas.

Por causa dessa diferença, é preciso fazer a conciliação bancária e justificar a divergência entre o saldo da conta corrente e os lançamentos efetuados na prestação de contas.

O que é e onde se faz a conciliação?

A conciliação bancária é uma conferência comparada de informações sobre:

:: cheques emitidos;

:: saldos; e

:: valores de aplicações apresentadas no extrato bancário.

Com::: notas fiscais; e

:: recibos.

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Para:

certificar que não há erro na prestação de contas e comprovar divergências de saldo, em razão de documentos emitidos e ainda não lançados na conta até o final do exercício.

Vamos avaliar a conciliação bancária enviada ao FNDE pela prefeitura de Vila Grande, referente aos recursos da Escola Maria Clara Machado.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃODIRETORIA FINANCEIRACOORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

CONCILIAÇÃO BANCÁRIA

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE

02 – Exercício 2007

03 – Nome da Razão SocialPrefeitura Municipal de Vila Grande

04 – Número do CNPJ 10.220.330/0001-40

05 – Endereço Rua 45, Centro

06 – Município Vila Grande

07 – UF MN

BLOCO 2 – SÍNTENSE DA EXECUÇÃO DA RECEITA E DA DESPESA (R$)

08 – Banco

001

09 – Cód. da Agência210

10 – Nº da Conta Corrente158.932-9

11 – Saldo do Extrato Bancário

Data: 31/10/2007

Valor (R$)144,14

BLOCO 3 – PAGAMENTOS EFETUADOS

12 – Créditos não Demonstrados no Extrato

13 – Débitos não Demonstrados no Extrato 14 – Restos a Pagar Processados 15 – Saldo Contábil (11+12) – (13+14)

Histórico Valor (R$) Histórico Valor (R$)Histórico Valor (R$)

Cheque 0003 + CPMF 26,10 118,04

16 – TOTAL 118,04

BLOCO 4 – AUTENTICAÇÃO

João Carlos Barbosa Lima

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal

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3.10. Consolidando as prestações de contas das UExAgora que já exemplificamos o preenchimento do demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamen-

tos efetuados, da relação de bens adquiridos ou produzidos e do termo de doação, vamos falar sobre a consolidação que a prefeitura tem de fazer em relação às informações contidas nos formulários de prestação de contas recebidos das UEx, com vistas ao seu envio ao FNDE.

Essa consolidação é feita no formulário demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Exe-cutoras, no qual são lançadas as somas dos dados físicos e financeiros das prestações de contas de todas as UEx da rede de ensino, no nosso exemplo, do município Vila Grande.

Veja os passos da consolidação nos blocos 2 e 3 da execução financeira e física, respectivamente, no demonstrativo:

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃODIRETORIA FINANCEIRA

COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

DEMONSTRATIVO CONSOLIDADO DA EXECUÇÃO FíSICO-FINANCEIRA DAS UNIDADES EXECUTORAS

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa /Ação Programa Dinheiro Direto na Escola

02 – Exercício 2007

03 – Nome da Razão SocialPrefeitura Municipal de Vila Grande

04 – Número do CNPJ 10.220.330/0001-40

05 – Endereço Rua 45, Centro

06 – Município Vila Grande

07 – UF MN

BLOCO 2 – EXECUÇÃO FINANCEIRA (R$) BLOCO 3 – EXECUÇÃO FÍSICA

08 – Origem dos Recursos 09 – Valor 10 – Atendimento

Saldo do Exercício Anterior 20,00 10.1 Nº de UEx Atendidas 10.2 Nº de Escolas Atendidas 10.3 Nº de UEx Desativadas 10.4 Nº de Esc. Desativadas

+ Transferido pelo FNDE no Exercício 14.060,00 02 02 0 0

+ Recursos Próprios 519,84

+ Rendimento de Aplicação Financeira 34,89 11 – Prestação de Contas das UEx

= Receita Total 14.634,73 Apresentadas11.4 Não Apresentadas

(-) Devolução 0,00 11.1 Aprovadas 11.2 Não Aprovadas 11.3 Total

(-) Despesa Realizada Aprovada 13.493,59 2 0 2 0

= Saldo 1.141,14

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BLOCO 4 – PARECER CONCLUSIVO SOBRE A EXECUÇÃO DOS RECURSOS DO PROGRAMA

As UEx das escolas apresentaram suas prestações de contas à Prefeitura Municipal, contendo os documentos de comprovação das despesas (recibos, notas fiscais, extratos bancários). Fundamentado na análise realizada em tais documentos o executivo municipal certificou-se da regular utilização dos recursos do PDDE, que foram empregados de acordo com os critérios e objetivos definidos pelo programa.

BLOCO 5 – DECLARAÇÃO BLOCO 6 - AUTENTICAÇÃO

Declaro, sob as penas da lei, que as informações prestadas são a expressão da verdade e visam o atendimento do disposto na legislação pertinente ao programa.

Local e Data

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal da Prefeitura municipal ou Seduc

Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal da Prefeitura ou Seduc

Observe que a diferença entre a receita total e a despesa realizada aprovada corresponde ao saldo para o próximo exercí-cio. O ato de registrar esse saldo no formulário é o que chamamos de reprogramação de saldo.

Como você pode ver no formulário de consolidação que estamos examinando, além dos dados financeiros, é preciso infor-mar o número de UEx atendidas, quantas escolas beneficiárias, desativações de UEx e de escolas, quando for o caso, e o ba-lanço de prestações de contas das UEx, se aprovadas, não aprovadas e não apresentadas. É isso que chamamos de execução física, quando nos referimos ao bloco 3 do formulário.

O que se pretende com esse balanço de prestação de contas?

Saber se todas as UEx prestaram contas e se elas foram aprovadas.

Finalmente, no bloco 4 do demonstrativo, a prefeitura (ou secretaria estadual e distrital de educação, conforme a vincula-ção da escola) deverá apresentar parecer certificando a aprovação ou não das contas das UEx, no caso de nosso exemplo, das executoras das escolas Anísio Teixeira e Paulo Freire.

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3.11. Encaminhando as prestações de contas ao FNDE

Recapitulando, vimos que as UEx enviam a prestação de conta por meio dos formulários demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados, da relação de bens adquiridos ou produzidos e do termo de doação dos bens. Recebidos esses documentos, a prefeitura consolida os dados no demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras.

A prefeitura também elabora sua prestação de contas no demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pa-gamentos efetuados, quando atua como EEx.

Se o saldo bancário for diferente do saldo de sua prestação de contas, ela faz a conciliação bancária.

E agora, o que falta?

Falta encaminhar a prestação de contas ao FNDE , composta pelos documentos:

:: demonstrativo da execução da receita, da despesa e de pagamentos efetuados referentes à escola da qual atua como UEx, extrato bancário, conciliação bancária e o demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras referente às demais escolas do município que possuem UEx.

Atenção! Quando ocorrer inadimplência (não apresentação ou não aprova-ção da prestação de contas) e/ou regularização da inadimplência (apresentação ou aprovação da prestação de contas) por parte de UEx, a prefeitura e a secretaria estadual ou distrital de educação deverão:

- no primeiro caso, relacionar as UEx no formulário relação de Uni-dades Executoras inadimplentes com prestação de contas; e

- no segundo caso, relacionar as UEx que regularizaram a sua situ-ação, utilizando o formulário relação de Unidade Executora ex-cluída da inadimplência.

Em quaisquer desses casos, o(s) formulário(s) deverá(ão) compor a prestação de contas e ser encaminhado(s) ao FNDE.

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Veja os modelos dos formulários a seguir.

FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA FINANCEIRA

COORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

RELAÇÃO DE UNIDADES EXECUTORAS (UEX) INADIMPLENTES COM PRESTAÇÃO DE CONTAS

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação 02 – Exercício

03 – Nome da Razão Social 04 – Número do CNPJ

05 – Endereço 06 – Município 07 – UF

BLOCO 2 – IDENTIFICAÇÃO DA UEx E DA ESCOLA

08 – Nº Ordem 09 – CNPJ da UEx 10 – Código da Escola 11 – Nome da Escola 12 – Valor Recebido (R$) 13 – Situação da PC*

Custeio Capital Total

14 - TOTAIS

BLOCO 4 – AUTENTICAÇÃO

Local e Data Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal

* Legenda: Situação da PC (Prestação de Contas) 01 – Não Apresentada

02 – Não Aprovada

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FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃODIRETORIA FINANCEIRACOORDENAÇÃO-GERAL DE CONTABILIDADE E ACOMPANHAMENTO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS PRESTAÇÃO DE CONTAS

RELAÇÃO DE UNIDADES EXECUTORAS (UEX) EXCLUIDAS DA INADIMPLêNCIA

BLOCO 1 – IDENTIFICAÇÃO

01 – Programa/Ação 02 – Exercício

03 – Nome da Razão Social 04 – Número do CNPJ

05 – Endereço 06 – Município 07 – UF

BLOCO 2 – IDENTIFICAÇÃO DA UEx E DA ESCOLA

08 – Nº Ordem 09 – CNPJ da UEx 10 – Código da Escola 11 – Nome da Escola 12 – Valor Recebido (R$) 13 – Situação da PC*

BLOCO 5 – DECLARAÇÃO BLOCO 6 - AUTENTICAÇÃO

Declaro, sob as penas da lei, que as informações prestadas são a expressão da verdade e visam o atendimento do disposto na legislação pertinente ao programa.

Local e Data

Nome do(a) Dirigente ou do Representante Legal da EEx

Assinatura do(a) Dirigente ou do Representante Legal da EEx

Algumas dúvidas podem surgir no momento em que está sendo efetuada a prestação de contas. Portanto, observe os pro-cedimentos necessários para solucioná-las, caso elas ocorram em sua comunidade.

Primeiro caso:: Necessidade ou não do preenchimento da conciliação bancária

Apenas as secretarias estaduais ou distrital de educação e as prefeituras municipais, na condição de EEx, devem elaborar a conciliação bancária para enviar ao FNDE, e isso somente no caso em que o saldo da conta bancária for maior do que o saldo real informado no processo de prestação de contas.

Você se lembra do caso da prefeitura Municipal de Vila Grande, utilizado como exemplo no tópico 3.9.4? Pois bem, a pre-feitura era a EEx da Escola Maria Clara Machado.

Como vimos, houve divergência entre o valor do saldo bancário (R$ 144,14) apresentado no extrato da conta e o valor do saldo informado no campo 15 do formulário demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamento efetuados

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(R$ 118,04). É que faltavam ser compensados os valores do cheque nº 0003, de R$26,00, e da CPMF desse cheque, de R$ 0,10.

Em casos como esses, é necessário fazer a conciliação bancária.

Na conciliação bancária, a EEx justifica a razão das dife-renças de saldo e anexa o extrato bancário para que sejam enviados ao FNDE.

Segundo caso

O que acontece quando a escola não utiliza todo ou parte do recurso repassado pelo Programa?

Podem ocorrer duas situações

a) Reprogramação de saldo

Utilizemos novamente o exemplo da prefeitura munici-pal de Vila Grande. Veja que, no final do exercício, parte dos recursos do PDDE não foi utilizada. Nesse caso, o dinheiro pode ser usado no exercício seguinte, a qualquer momento, e a reprogramação de saldo é o simples ato de registrar esse saldo na prestação de contas enviada ao FNDE. No caso do exemplo da EEx da Escola Maria Clara Machado, esse saldo reprogramado foi de R$ 118,04.

O registro dos saldos nas prestações de contas deve ser adotado por todas as unidades executoras que não utiliza-ram o total dos recursos durante o exercício. O lançamento deve ser realizado no formulário compatível e seguir os flu-xos já discutidos.

Lembramos que quando estamos nos reportando a:

:: unidade executora, genericamente, nos referimos a EEx, UEx e EM;

:: reprogramação de saldos, entendemos que a EEx, UEx e a EM têm uma motivação razoável para pos-tergar o uso dos recursos do PDDE com a manuten-ção física e pedagógica da escola.

b) Devolução de saldos

A devolução de recursos do PDDE ao FNDE deve ocorrer nas seguintes situações:

::: quando a unidade executora (UEx, EEx ou EM) recebe um montante de recursos e a comunidade escolar não utiliza esse montante no decorrer do ano, e opta por de-volver os recursos. É claro que não se tem registro dessa natureza, visto que os saldos podem ser reprograma-dos, mas não há um fator impeditivo;

::: quando a escola for extinta ou se encontrar paralisada. Nesses casos, se a escola:

:: não possuir UEx, é a EEx quem devolve os recursos ao FNDE;

:: possuir UEx, a prefeitura municipal e a secretaria es-tadual ou distrital de educação, conforme o caso, informa ao FNDE, que providenciará o estorno dos recursos; e

:: for privada de educação especial, é a EM quem provi-dencia a devolução.

::: por força de irregularidades.

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Lembre-se que os formulários que devem ser enviados ao FNDE são:

:: demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados - somente quando as secretarias estaduais e distrital de educação e as prefeituras municipais recebem recursos para escolas sem UEx - acompanhado do formulário conciliação bancária, caso haja necessidade;

:: demonstrativo consolidado da execução físico-financeira das Unidades Executoras, com a consolidação das prestações de contas (demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados) das UEx das redes de ensino;

:: comprovantes de devolução de recursos, quando for o caso;

:: as entidades mantenedoras (EM) das escolas privadas de ensino especial enviam suas prestações de contas diretamente ao FNDE, mediante o preenchimento dos formulários demonstrativo da execução da receita e da despesa e de pagamentos efetuados e da relação de bens adquiridos ou produzidos.

Então, agora é só envelopar os formulários e enviá-los ao FNDE:

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)

Diretoria Financeira

Coordenação-Geral de Contabilidade e Acompanhamento de Prestação de Con-tas

PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA

Prestação de Contas do Exercício de 200_ (informe o ano correspondente à pres-tação de contas)

SBS, Quadra 2, Bloco F, Ed. Áurea, 10º andar

Brasília – DF 70.070-120

Não se esqueça: mesmo que não tenham sido utilizados os recursos, total ou parcialmente, é necessária a elaboração e apresentação da prestação de contas ao FNDE. Lembre-se, inclusi-ve, que a reprogramação de saldo é o ato de registrá-lo na prestação de contas e informar ao FNDE.

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3.12. Outras obrigações

Além da prestação de contas dos recursos encaminhada ao FNDE, as UEx e EM, na pessoa de seus respectivos dirigentes, têm a obrigatoriedade de apresentar:

a) semestralmente, à Secretaria da Receita Federal, a Declaração de Débitos e Créditos Tri-butários Federais (DCTF). A obrigação de apresentar essa declaração é uma novidade para o programa e deve-se a determinação da Instrução Normativa da SRF nº 695, de 14 de de-zembro de 2006.

A seguir, registramos parte da Instrução Normativa, que estabeleceu a citada obrigatoriedade.

Conforme determinação da Receita Federal, as pessoas jurídicas em geral (inclusive as Unidades Executoras do PDDE) ficam obrigadas a apresentar, a partir de 01 de janeiro de 2006, a Declaração de Débi-tos e Créditos Tributários Federais – DCTF semestral, contendo infor-mações relativas a vários impostos e contribuições federais, confor-me art 9º, dentre os quais: Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ); Contribuição para o PIS/Pasep, Contribuição para o Financia-mento da Seguridade Social (Cofins), Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF).

IN – SRF Nº 695/2006

b) anualmente, a declaração de Isenção do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais), ainda que negativa, na forma e nos prazos estabelecidos, respectivamente, pela Secretaria da Receita Federal, do Ministério da Fazen-da, e pela Secretaria de Políticas de Emprego e Salário, do Ministério do Trabalho, sob pena de ter de pagar multa estipulada por esses órgãos.

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Unidade III em sínteseNesta unidade, você teve a oportunidade de observar que a prestação de contas de recursos públicos é um dever do cidadão brasileiro que lida com esses recursos, previsto na Constituição Federal de 1988. A unidade executora apresenta sua prestação de contas à secretaria estadual e distrital de educação ou à prefeitura municipal, conforme a sua vinculação. Cabe a esses órgãos prestar contas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) dos recursos recebidos de todas as escolas das suas redes de ensino, inclusive as que possuem UEx.

As escolas privadas de educação especial sem fins lucrativos fazem a prestação de contas por meio das suas entidades mantenedoras (EM) diretamente ao FNDE.

Os prazos para as prestações de contas estão estipulados na legislação que instituiu o PDDE e em resolução anual referente ao programa, aprovada pelo Conselho Deliberativo da autarquia, onde também estão previstas as sanções para os inadimplentes e para inadequação na utilização dos recursos.

Você viu também que, mesmo que a UEx e a EM sejam entidades sem fins lucrativos, elas devem fazer a declaração de Isenção do Imposto de Renda, preencher a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e apresentar semestralmente à Secretaria da Receita Federal a declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF). Para efetuar compras, devem realizar pesquisa de preços, com o objetivo de garantir o menor preço e a melhor qualidade aos bens adquiridos e aos serviços prestados. Os documentos comprobatórios das aquisições realizadas com recursos do PDDE devem ficar guardados em lugar seguro pelo prazo de cinco anos. Quaisquer dúvidas que possam surgir, deve-se consultar a legislação que rege o programa.

Agora, vamos à última unidade de estudo do nosso módulo PDDE, onde falaremos sobre o controle social. Vamos em frente!

Muito bem, demonstramos o passo-a-passo para prestação de contas do uso dos recursos do PDDE. Chegou a hora de você aplicar seus conhecimen-tos. Para tanto, realize os exercícios propostos no caderno de atividades.

Atividade 14

Controle socialUnidade IV

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Unidade IV

Controle social

Objetivos da unidade IV:: Identificar o conceito de controle social.

:: Discorrer sobre as características do controle social.

:: Descrever a relação entre o PDDE e o controle social.

4.1. Definindo controle social

O controle social é um direito do cidadão brasileiro, conquistado na Constituição Federal de 1988. Ou seja, é o direito da participação da sociedade no acompanhamento e verificação da gestão dos recursos empregados nas políticas públi-cas.

O controle social é possível quando os cidadãos e cidadãs deixam de ser espectadores para assumir a sua participação social, ou seja, quando se tornam atuantes na sociedade, capazes de orientar e fiscalizar as ações do Estado.

Faz parte dos nossos direitos participar dos conselhos escolares e similares, para exercitar o controle social sobre os recursos públicos destinados à comunidade escolar.

4.2. Características do controle social

Por considerarmos um pouco complexo o conceito de controle social, resolvemos separar o conceito de controle do con-ceito de social, e encontramos no dicionário Aurélio a seguinte definição:

Controle – Fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, departamentos, ou sobre produ-tos, entre outros, para que tais atividades, ou produtos, não se desviem das normas preestabelecidas.

Social – Pode ser concebido como algo próprio dos sócios de uma sociedade, comunidade ou agremiação.

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De maneira simplificada, podemos considerar que con-trole social é a ação fiscalizadora exercida pelos sócios de uma comunidade.

Assim como os sócios de um clube têm o direito de gozar dos benefícios que o clube lhes disponibiliza (esporte, pis-cina, área de lazer), eles têm o dever de contribuir, por meio de recursos financeiros, para a manutenção do clube. Nesse sentido, as decisões sobre como e em que investir os recur-sos cabem aos associados, que são representados pelo pre-sidente do clube, juntamente com os demais membros do conselho.

No caso do PDDE, não estamos tratando de um clube ou de uma empresa privada, mas de um programa federal que utiliza recursos públicos. Exatamente por essa razão, pode-mos nos considerar “sócios”, no sentido etimológico, ou seja, formadores de uma sociedade, a sociedade brasileira, pois pagamos impostos e, por isso, podemos gozar dos benefí-cios que são custeados com os recursos públicos. Mas tam-bém temos o dever de participar das decisões sobre como e em que aplicar esses recursos.

Pensemos em três hipóteses:

I –Se, num clube, os sócios priorizarem apenas os seus direi-tos, dedicando seu tempo apenas a tomar banho de pis-cina, praticar esportes, desfrutar das áreas de lazer com os demais sócios, quem tomará a decisão sobre como e em que os recursos devem ser utilizados? Será que o presiden-te do clube conseguiria sozinho definir as prioridades?

II –O que aconteceria com o lazer dos sócios do clube se o presidente resolvesse investir todos os recursos em bolas de futebol em vez de investir na reforma da quadra, no conserto da rachadura da piscina, nas goteiras presentes nos cômodos do clube?

III –E na escola, será que o diretor e os membros do conse-lho escolar teriam condições de definir, sozinhos, sem a participação da comunidade, como e em que investir os recursos do PDDE?

Certamente não, pois isso implicaria impossibilidade de as comunidades escolar e local exercerem o direito consti-tucional do controle social. Nesse sentido, o PDDE não po-deria ser executado de modo a atingir seus objetivos.

Qual a relação entre o PDDE e o controle social?

Ambos partem de princípios da Constituição Federal do Brasil, cujo regime de governo é democrático. A administra-ção pública se baseia nos princípios de:

descentralização: quando a gestão, execução e fiscali-zação dos recursos públicos são realizadas não somente pelos governos (municipais, estaduais, distrital, federal), mas também pelos variados segmentos da sociedade, de maneira organizada e representativa (organizações não-governamentais, conselhos, entidades, instituições, entre outras).

gestão democrática (gestão = administração; e demo-crática = aquilo que emana do povo): administração com a participação do povo, da sociedade, da comunidade. Ocorre, por exemplo, quando o governo recorre à opinião pública para o planejamento sobre a aplicação dos recur-sos públicos.

planejamento participativo: planejar é um processo ra-cional de intervenção na realidade em vista de objetivos.

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Trata-se, pois, de um processo racional que visa à prática de transformar idéias em ação. É pensar antes o caminho para chegar ao objetivo. O planejamento é participativo quando os variados segmentos da sociedade, de maneira representati-va, definem as prioridades e elas são respeitadas pelos gestores na aplicação dos recursos e na participação da sociedade civil no recebimento, gestão e fiscalização dos recursos públicos.

O PDDE permite a descentralização dos recursos públicos destinados à educação, ou seja, a gestão e fiscalização desses recursos passam a ser atribuição das comunidades escolar e local, por meio do controle social.

Agora vejamos como o conceito de controle social se efetiva na execução e fiscalização dos recursos do PDDE.

4.3. Etapas do controle social no PDDE

O controle social pode e deve ser exercido nas diversas etapas de execução do PDDE. No quadro a seguir, de maneira resu-mida, você verá as várias situações em que é fundamental a atuação da comunidade escolar.

Quesito PDDE Controle social

Adesão/habilitação

É respeitado o direito das comunidades es-colar e local em aderir ou não ao programa. Nenhuma escola é obrigada a aderir, mas, caso queira, a escola deve manifestar seu in-teresse, por meio do órgão ou entidade que a representa. Isso significa que não há san-ções às escolas que optaram por não receber os recursos.

As comunidades escolar e local têm a possibilidade de verificar quais es-colas podem ser beneficiadas pelo programa e solicitar aos órgãos e en-tidades aos quais estão vinculadas a adesão/habilitação ao PDDE.

Planejamento para aplicação dos re-cursos

Respeita a decisão sobre o tipo de recurso requerido pela comunidade escolar. É a es-cola quem define quanto deseja receber de recursos de custeio e de capital. Cabe ao FNDE a decisão de 80% para recurso de cus-teio e 20% para recurso de capital somente quando a escola não define quanto quer re-ceber em cada categoria econômica.

Verifica se as comunidades escolar e local participaram do planejamento para os investimentos dos recursos do programa e, caso isso não tenha ocorrido a contento, qualquer uma das comunidades - escolar e/ou local - deve denunciar o fato aos órgãos ou entidades competentes.

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Quesito PDDE Controle socialDiminuição da desigualdade social Utiliza tabelas diferenciadas para o cálculo

dos recursos, visando à redução das desi-gualdades regionais do país.

Deve ter a consciência do direito e buscar preservar a sua efetivação.

Repasse dos recursos às escolas

O dinheiro é disponibilizado para a escola por meio de unidades executoras, conheci-das por caixas escolares, conselhos escola-res, associação de pais e mestres e similares. Nos casos previstos na legislação, quando a escola não possuir sua UEx, o dinheiro é re-passado à prefeitura ou secretaria estadual ou distrital de educação, conforme a vincu-lação do estabelecimento de ensino.

Deve promover e orientar a constitui-ção das entidades e instituições re-presentativas, bem como assegurar as condições de recebimento, gestão e prestação de contas dos recursos.

O controle social possibilita que os recursos encurtem o caminho, sendo repassados diretamente às escolas beneficiárias.

Fiscalização e prestação de contas

A prestação de contas dos recursos do PDDE ocorre de duas formas:

1) Ao FNDE, seguindo os trâmites para aten-der às determinações dos órgãos de controle interno e externo. Neste caso, para viabilizar o controle, os gestores têm de seguir um conjunto de procedimentos que vão desde a escolha dos bens e da contratação de servi-ços à observância da pesquisa de preços, ao requerimento de documentos comprobató-rios de despesas e à elaboração e apresenta-ção dessa prestação de contas à autarquia;

2) As comunidades escolar e local, os ges-tores devem apresentar as suas contas de modo que possibilitem a atuação do contro-le social.

Na impossibilidade de exercer seu di-reito mencionado na coluna ao lado, o gestor pode, e deve, recorrer ao controle externo para garantir o direi-to da comunidade que representa. O controle externo é constituído por ór-gãos do Legislativo, tribunais de con-tas e também os conselhos responsá-veis pelo controle social. O controle interno é constituído pela Controla-doria Geral da União e as auditorias internas dos órgãos.

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Retomando a conversa inicial

Se você conhece alguma escola que preenche os requisitos para participar do PDDE e ainda não está sendo beneficiada pelo programa, exerça o direito do controle social, pois quem faz tal controle são você e os outros membros da comunidade.

Oriente as escolas e comunidades que ainda não participam do PDDE a procurar a prefeitura ou a secretaria estadual ou distrital de educação a que os estabelecimentos de ensino estive-rem vinculados, para que sejam tomadas as providências necessárias com vistas ao atendimen-to das escolas pelo programa.

Aproveite a oportunidade para aprender mais sobre controle social discutindo esse assunto com sua comunidade, afinal isso é um direito conquistado. Oriente sua comunidade sobre o dever de participar das decisões sobre a aplicação dos recursos e de fiscalizar essa aplicação por meio de seu direito de ter acesso à prestação de contas.

Com o Plano de Desenvolvimento da Educação, o MEC vem aproveitando a agilidade operacional do PDDE para realizar algumas ações específicas, fazendo uso da sua estrutura de execução descentralizada.

Por esse motivo, existem outras modalidades de ação dentro do PDDE, que representam parcelas adicionais de recursos a algumas unidades executoras, com propósitos específi-cos. Em 2007, por exemplo, as escolas que receberam computadores adquiridos pelo FNDE tiveram uma parcela adicional de dinheiro para instalação elétrica, adaptação de espaços físicos e aquisição de mesas e cadeiras para a preparação de laboratórios de informática adequados aos novos equipamentos.

Outra modalidade é a parcela de bonificação do PDDE para as escolas públicas que conse-guirem atingir as metas fixadas para o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, como vimos na página 50. Existem, ainda, ações voltadas para a abertura de escolas nos finais de semana, com atividades culturais e recreativas, ou para o desenvolvimento de planos de estruturação escolar, que também resultam em recursos extras transferidos em modalidades especiais do PDDE.

Não podemos nos esquecer que podem ser criadas novas modalidades de repasse den-tro do PDDE, atingindo algumas ou muitas unidades executoras, dependendo da situação, da região ou do objetivo da ação implementada. O importante é que esses recursos adicionais

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devem ser executados com a mesma responsabilidade administrativa e ter suas contas fiscalizadas com a mesma atenção da sociedade.

Saiba fazer valer os seus direitos, sendo responsável pelos seus deveres.

Para concluir esta unidade, realize as atividades propostas no caderno de atividades. Em seguida, finalize o estudo deste módulo lendo o Retomando a conversa inicial.

Atividades 15, 16, 17 , 18 e atividade final

Retomando a conversa inicial

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RETOMANDO A CONVERSA INICIAL

Caro cursista,

Esperamos que você possa ter aprendido sobre o PDDE, pois em todos os momentos de formulação deste módulo tivemos a intenção de trazer as informações que consideramos fundamentais para a utilização qualitativa desse programa em sua comunidade escolar.

Como colaboradores de sua comunidade, consideramos relevante seus registros, observações e críticas acerca de assuntos que não foram contemplados e que você considera importantes. Assim nossa colaboração pode se tornar mais efetiva.

Além disso, insistimos na idéia de que você busque conhecer o PDDE por outros meios além deste módulo - seja em ma-teriais impressos, vídeos ou conversando com as pessoas -, pois essa é uma importante oportunidade para ampliar seus hori-zontes. Mesmo que você já conheça muito bem o PDDE, lembre-se de que ninguém sabe tudo, sempre podemos aprender e, se procuramos os meios para isso, podemos nos surpreender com eventos que jamais havíamos pensado.

O Programa Dinheiro Direto na Escola é uma oportunidade para que sua comunidade conquiste bens de consumo, de conservação e manutenção da escola e bens patrimoniais e, sobretudo, bens culturais e políticos. Esses últimos devem possi-bilitar a organização da sua comunidade, o diálogo, a participação nas decisões sobre como utilizar os recursos e conquistar a qualidade do ensino em sua escola.

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Como os recursos são de caráter suplementar, não é pos-sível contar apenas com eles para alcançar as melhorias que a comunidade tanto precisa. Porém, o dinheiro destinado às escolas por intermédio do FNDE pode fazer a diferença se for bem utilizado, e a sua utilização eficiente emana do desafio de garantir a maior participação possível da comunidade es-colar e local na gestão e fiscalização desses recursos.

Participar significa fazer parte, tomar conhecimento, as-sumir responsabilidades para usufruir as conquistas. Escolher um presidente de conselho escolar e comunitário não signi-fica delegar a essa pessoa toda a responsabilidade na gestão dos recursos. Significa organizar a comunidade por meio de lideranças, de pessoas capazes de representar a vontade da maioria, da coletividade.

O acesso ao Programa Dinheiro Direto na Escola é um di-reito da comunidade escolar. Sendo parte dessa comunida-de, cabe a você conquistar esse direito, principalmente fisca-lizando o que tem sido feito com os recursos.

Se sua comunidade ainda não aderiu a esse programa, você deverá orientá-la a buscar informações junto à prefei-tura, secretaria estaduais e distrital de educação para saber o porquê da não adesão.

Mas, se a sua escola aderiu e não está recebendo os recur-sos, é importante também que você mobilize a todos para saber os motivos pelos quais os recursos não estão sendo repassados.

Além disso, é importante atentar para a forma como os recursos do PDDE vêm sendo utilizados, pois eles só podem ser usados para atender a coletividade.

Saiba que, sem o seu acompanhamento, gestores oportu-

nistas podem desviar os recursos e utilizá-los em benefício próprio.

É importante você não perder de vista que, a partir dessa formação, você está apto a atuar em sua comunidade local e escolar, no sentido de difundir os conhecimentos sobre o PDDE e incentivar sua comunidade a participar do planeja-mento, gestão e fiscalização dos recursos públicos a ela des-tinados.

Nesse sentido, propomos que você avalie seu aprendiza-do. Utilize os conhecimentos deste módulo para refazer seu percurso de aprendizagem, revendo todas as unidades, bus-cando identificar se há alguma dúvida nos assuntos tratados. Anote suas dúvidas, organize seu estudo, reunindo materiais sobre o PDDE, pesquisando e conversando com seu tutor e colegas de curso.

Após ter feito isso, elabore sua atividade final, de acordo com as orientações em seu caderno de atividades e nos con-tatos com seu tutor.

E lembre-se:

sua participação na comunidade em que mora é muito importante para o êxito na gestão do PDDE!

Saiba que não subestimamos o trabalho que envolve a busca da participação da comunidade em seu processo de conhecimento e emancipação. Este é um desafio que vale a pena pela conquista dos resultados: o combate à corrupção, a diminuição das desigualdades sociais, o acesso à informa-ção, a conquista da autonomia, entre outros.

Fique vigilante acerca de aprender para voar, pois, ao

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contrário da borboleta, você tem a capacidade de identificar aquilo que pode prejudicá-lo e à sua comunidade.

Buscando a informação correta, tal qual o libertado da caverna mitológica de Platão, você tem a oportunidade de enxergar além das aparências.

Dessa maneira, êxito na aplicação dos recursos públicos em sua comunidade é o que lhe desejamos!

Mas se, ainda assim, você sentir certo desânimo, volte aqui e leia este pequeno trecho da música de Renato Russo e Flávio Venturini:

Mais Uma Vez

Mas é claro que o sol

Vai voltar amanhã

Mais uma vez, eu sei

Escuridão já vi pior

De endoidecer gente sã

Espera que o sol já vem

(...)

Nunca deixe que lhe digam

Que não vale a pena

Acreditar no sonho que se tem.

Ou que seus planos nunca vão dar certo

Ou que você nunca vai ser alguém

Tem gente que machuca os outros

Tem gente que não sabe amar

Mas eu sei que um dia a gente aprende

Se você quiser alguém em quem confiar

Confie em si mesmo

Quem acredita sempre alcança

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Ampliando seus horizontes

Referências webgráficas

BRASIL. Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Resolução nº 27, de 14 de julho de 2006. Dispõe sobre os processos de adesão e habilitação e as formas de execu-ção e prestação de contas, referentes ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), e dá outras pro-vidências. Disponível em <http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=/pdde/pdde.html#>. Acesso em: 29 de set. 2006.

BRASIL. Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Resolução nº 17, de 9 de maio de 2005. Dispõe sobre os critérios e as formas de transferência e de prestação de contas dos recursos destinados à execução do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) e dá ou-tras providências. Disponível em <http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=/pdde/pdde.html#>. Acesso em: 29 de set. 2006.

BRASIL. Presidência da República. Medida Provisória nº 1.784, de 14 de dezembro de 1998. Dis-põe sobre o repasse de recursos financeiros do Pnae, institui o Programa Dinheiro Direto na Esco-la (PDDE), e dá outras providências. Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivel/mpv/anti-gas/1784.htm>. Acesso em: 29 de set. 2006.

CAVALCANTE, Meire. Programa Dinheiro Direto na Escola. Nova Escola. São Paulo, Editora Abril. nº 185, setembro de 2005. Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0185/aberto/mt_88195.shtml.

Mito da Caverna, adaptado do sítio http://www.geocities.com/Wellesley/Atrium/4886/filos15.htm

Referências bibliográficas

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª ed. Curiti-ba, PR: Positivo, 2004. 2120 p. ISBN 8574724149

HOUAISS, Antonio. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 1ª ed. Objetiva, 2001. 3008 p. ISBN 857302383X.

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MEC. Manual de orientação para constituição de unidades executoras PDDE - FNDE/MEC: Bra-sília, 1996.

PAZ, Adalberto Domingos da. Exame comparativo do modelo de controle social do PDDE com os modelos adotados pelo Pnae, Pnate e Fazendo Escola. 2005. 88p. Monografia (Conclusão de curso) - Universidade de Brasília, Curso Especialização em Análise e Gestão de Políticas Educa-cionais. Brasília.

PAZ, Adalberto Domingos da. Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE. 2002. 88p. Monogra-fia 2005. 102p. Apresentada e premiada no 7º Concurso de Inovações na Gestão Pública Federal - Prêmio Hélio Beltrão. Brasília.

PAZ, Adalberto Domingos da. Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE . Informativo nº 01. FNDE/MEC: Brasília, 2003.

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Contatos

Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE

:: Endereço do PDDE

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE

Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE

SBS - Quadra 2 - Bloco F - Edifício Áurea - 7º andar - Brasília - DF

CEP: 70070-120

Fax: (61) 3966 4156

E-mail: [email protected]

Coordenação Geral de Apoio à Manutenção Escolar

Tel.: (61) 3966 4109 / 3966 4913

E-mail: [email protected]

Coordenação de Execução de Programas

Tel.: (61) 3966 4916 / 3966 4284

Coordenação de Acompanhamento de Programas

Tel.: (61) 3966 4923 / 3966 4123

:: Endereço do PDDE no sítio da autarquia:

http://www.fnde.gov.br/home/index.jsp?arquivo=dinheiro_direto_escola.html

:: Fala Brasil : 0800- 616161

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Glossário

Autarquia

Entidade dotada de recursos próprios, criada pelo Estado para auxiliá-lo no serviço público.

Adimplência

Expressão aqui adotada para dizer que a unidade executora (UEx, EEx, EM) está em situação regular com a prestação de contas.

Controle social

O direito da participação da sociedade no acompanhamento e verificação das ações da ges-tão dos recursos públicos na execução das políticas públicas, avaliando objetivos, processos e resultados.

Conhecimento

Segundo o dicionário Aurélio: [de conhecer + imento]. Ato ou efeito de conhecer idéia, no-ção, informação, notícia, ciência, prática da vida; experiência, discernimento, critério, apre-ciação, consciência de si mesmo; acordo. Pessoa com quem travamos relações. Na Filosofia: no sentido mais amplo, atributo geral que têm os seres vivos de reagir ativamente ao mundo circundante, na medida de sua organização biológica e no sentido de sua sobrevivência. Processo pelo qual se determina a relação entre sujeito e objeto, “teoria do conhecimento”. A apropriação do objeto pelo pensamento, como quer que se conceba essa apropriação: como definição, como percepção clara, apreensão completa, análise etc. A posição, pelo pensamento, de um objeto como objeto, variando o grau de passividade ou de atividade que se admitam nessa posição.

Emancipação

Tem o significado de libertação. Segundo o dicionário Aurélio, a filosofia considera liberdade como “Caráter ou condição de um ser que não está impedido de expressar, ou que efetiva-mente expressa, algum aspecto de sua essência ou natureza. [Quanto à liberdade humana, o

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problema consiste quer na determinação dos limites que sejam garantia de desenvolvimento das potencialidades dos homens no seu conjunto -- as leis, a organização política, social e eco-nômica, a moral etc., quer na definição das potencialidades que caracterizam a humanidade na sua essência, concebendo-se a liberdade como o efetivo exercício dessas potencialidades, as quais, concretamente, se manifestam pela capacidade que tenham os homens de reconhe-cer, com amplitude sempre crescente, os condicionamentos, implicações e conseqüências das situações concretas em que se encontram, aumentando com esse reconhecimento o poder de conservá-las ou transformá-las em seu próprio benefício.]”.

Inscrever em restos a pagar

Lançamento de despesas empenhadas, mas não pagas dentro do mesmo exercício financei-ro.

Unidade executora

Em seu conceito genérico, unidades executoras são entidades, instituições ou órgãos res-ponsáveis pelo recebimento, execução e prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE às escolas beneficiárias de seus programas. Na forma especifica, as unidades executoras assumem três tipos distintos: unidade executora (UEx), entidade executora (EEx) e entidade mantenedora (EM), em nome das quais a autarquia abre a conta bancária para efetivar o repas-sa do dinheiro visando atender os estabelecimentos de ensino.

Unidade Executora (UEx)

Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, representativa da comunidade escolar, responsável pelo recebimento, execução e prestação de contas dos recursos transferidos pelo FNDE, no âmbito de seus programas, às escolas públicas.

Entidade Executora (EEx)

Prefeitura municipal ou secretaria estadual e distrital de Educação, responsável pelo recebi-mento e execução dos recursos repassados no âmbito dos programas do FNDE às escolas pú-blicas dos estados, Distrito Federal e municípios que não criaram UEx.

Entidade Mantenedora (EM)

Entidade sem fins lucrativos e inscrita no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) – ou outra similar que comprove ser de utilidade pública – a quem compete a representação, ma-nutenção e o atendimento de escolas privadas de ensino especial gratuito beneficiárias do PDDE.

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Plano de aplicação de recursos

Planejamento para o emprego dos investimentos dos recursos do PDDE, elaborado em con-junto pelos membros da UEx com a comunidade escolar e local (diretor da escola, pais de alunos, funcionários, professores, equipe técnico-pedagógica, membros representativos dos segmentos sociais da localidade), após a identificação das necessidade da escola.

Recurso de capital

São aqueles recursos destinados a cobrir despesas com aquisição de equipamentos e mate-rial permanente para as escolas, que resultem em reposição ou elevação patrimonial.

Recurso de custeio

São aqueles recursos destinados à aquisição de materiais de consumo e à contratação de serviços para funcionamento e manutenção da escola.

Seduc

Abreviatura de secretaria estadual e distrital de educação ou similar.

Tomada de Contas Especial

Medida adotada pelo FNDE para responsabilizar o gestor do PDDE por negligência ou mau uso dos recursos, em caso de não apresentação da prestação de contas ou de ajustes de in-correções, no prazo estipulado, com a finalidade de ressarcimento dos recursos.

Utopia

Descrição ou representação de qualquer lugar ou situação ideais onde vigorem normas e/ou instituições políticas altamente aperfeiçoadas.

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Unidade I

Formação pela Escola

Módulo PDDECaderno de atividades

Responda:

1. Uma das principais características do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) é a descentralização de recursos para as escolas. Com base no estudo da unidade I, explique o que signi�ca a descentralização de recursos, como é garantida e quais as suas vantagens.

2. As equipes do FNDE, quando em contato com as comuni-dades escolares, geralmente são questionadas sobre a insu-�ciência dos recursos do programa para atender a todas as necessidades da escola. Se esse questionamento fosse feito a você, o que diria a essas comunidades?

a. ( ) A comunidade está correta, pois é responsabilidade ex-clusiva do governo federal manter as escolas (segundo a Constituição Federal, a educação é direito de todos e dever do Estado e da família).

b. ( ) A comunidade precisa saber que esse dinheiro, vindo do governo federal, tem caráter suplementar, ou seja, deve ser entendido como um recurso que complementa outros recursos da escola, vindos da prefeitura, do estado e da própria comunidade.

c. ( ) Para o recurso ser su�ciente, bastaria a escola ter unida-. ( ) Para o recurso ser su�ciente, bastaria a escola ter unida-de executora (UEx).

d. ( ) A escola não elabora o plano de aplicação, no qual infor-ma ao FNDE as necessidades.

3. Complete a frase a seguir:

O PDDE tem por objetivo prover, de forma suplemen-tar, as escolas com recursos �nanceiros visando a me-lhoria da infra-estrutura física e pedagógica, de modo a

4. Quais são os dois tipos de unidades escolares que podem se bene�ciar dos recursos do PDDE?

Presidência da República

Ministério da Educação

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

Programa Nacional de Formação Continuada a Distância nas Ações do FNDE

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