módulo iii - Ética e administração pública

30
Ética na Administração Pública MÓDULO III - Ética na Administração Pública Módulo III - Ética na Administração Pública Após o estudo deste módulo você será capaz de, quanto à Administração Pública: conceituá-la e reconhecer seus agentes; conhecer os princípios que a regem; identificar as principais instâncias de controle interno e externo; reconhecer a questão ética implícita em cada um dos itens acima; refletir sobre a ética no Poder Legislativo. Unidade 1 - Administração Pública Nesta unidade, trataremos o conceito de administração pública e agentes públicos. Pág. 2 - Conceitos De saída é importante diferenciarmos dois conceitos que muitas vezes são confundidos: Governo e Administração Pública. Por Governo devemos entender o conjunto dos poderes e instituições públicas, considerado sobretudo pelo "comando" destes. O Governo é quem conduz os negócios públicos, estabelecendo linhas-mestras de atuação. Já a Administração Pública caracteriza-se pelas funções próprias do Estado e a prática necessária para o cumprimento dessas funções. Assim, é a Administração Pública a executora das atividades visando ao bem comum.

Upload: cicero

Post on 09-Sep-2015

102 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Ética: nas duas últimas décadas, no Brasil, temos cada vez mais nos familiarizado com essa palavra, até então quase uma ilustre desconhecida, estudada só nas universidades, e em apenas alguns cursos. Era, com frequência, acompanhada de termos filosóficos, porque entendia-se que a Ética vinha da Filosofia, e nela, principalmente nela, deveria ser estudada.

TRANSCRIPT

  • tica na Administrao Pblica

    MDULO III - tica na Administrao Pblica

    Mdulo III - tica na Administrao Pblica

    Aps o estudo deste mdulo voc ser capaz de, quanto Administrao Pblica:

    conceitu-la e reconhecer seus agentes;

    conhecer os princpios que a regem;

    identificar as principais instncias de controle interno e externo;

    reconhecer a questo tica implcita em cada um dos itens acima;

    refletir sobre a tica no Poder Legislativo.

    Unidade 1 - Administrao Pblica

    Nesta unidade, trataremos o conceito de administrao pblica e agentes

    pblicos.

    Pg. 2 - Conceitos

    De sada importante diferenciarmos dois conceitos que muitas vezes so

    confundidos: Governo e Administrao Pblica.

    Por Governo devemos entender o conjunto dos poderes e instituies pblicas,

    considerado sobretudo pelo "comando" destes. O Governo quem conduz os

    negcios pblicos, estabelecendo linhas-mestras de atuao.

    J a Administrao Pblica caracteriza-se pelas funes prprias do Estado e a

    prtica necessria para o cumprimento dessas funes. Assim, a

    Administrao Pblica a executora das atividades visando ao bem comum.

  • No cabe Administrao Pblica a prtica de atos de governo, mas sim de

    atos administrativos prprios do Estado. Ela responsvel pela execuo

    desses atos, da por que seus agentes devem primar pela tica, pois esto

    agindo em nome de todos em prol da coletividade.

    Por isso tambm importante conceituarmos "servio pblico", nas palavras do

    mestre Hely Lopes Meirelles:

    "Servio pblico todo aquele prestado pela Administrao ou por seus delegados, sob normas e controles estatais , para satisfazer necessidades essenciais ou secundrias da coletividade ou simples convenincia do Estado."

    Quando o conceito se refere a "delegados", est tratando daqueles que,

    mesmo no sendo servidores pblicos, recebem da Administrao Pblica a

    tarefa de agir em nome dela.

    comum as empresas pblicas de energia eltrica ou de gua e saneamento

    terceirizarem algumas de suas atividades, como a ligao ou religao do

    fornecimento. Por isso, no Distrito Federal, por exemplo, vemos veculos

    identificados como "A servio da CEB" (a Companhia Energtica de Braslia).

    Essa prtica acontece em todas as unidades da Federao.

    Assim, tambm importante que conceituemos quem so os agentes pblicos,

    ou seja, aqueles que compem a Administrao Pblica ou que para ela

    prestam servios. o que veremos a seguir.

    Pg. 3 - Agentes pblicos

    Agentes pblicos: servidores e empregados pblicos

    A denominao mais abrangente para aqueles que prestam servios em nome

    do Estado a de agentes pblicos, cuja caracterstica principal a de serem

  • pessoas fsicas prestando servios ao Estado. Os agentes pblicos, ainda,

    podem ser subdivididos em quatro categorias, demonstrada no quadro abaixo.

    Agentes administrativos: servidores pblicos num sentido mais amplo. Agentes delegados: so os particulares incumbidos pelo Estado de prestarem servios ou executar atividades; Agentes honorficos: razoavelmente raros na Administrao Pblica, a eles so incumbidas atribuies por sua honorabilidade ou profundo conhecimento num dado ramo do saber ( o caso de membro de jri e mesrios eleitorais); Agentes polticos: aqueles em funo de maior poder decisrio ou do primeiro escalo (ministros, congressistas, magistrados, presidentes de estatais, entre outros).

    Vamos nos deter um pouco mais sobre os agentes administrativos, que

    compem a grande maioria da Administrao Pblica brasileira.

    Os agentes administrativos dividem-se em:

    Agentes Temporrios: contratados por perodo limitado de tempo; Empregados pblicos: contratados pelo regime da Consolidao das Leis do Trabalho (CLT); Militares: os pertencentes aos quadros das Foras Armadas; Servidores pblicos: contratados pelo regime estaturio ocupam cargos pblicos pertencentes Administrao direta, s autarquias ou s fundaes pblicas.

  • Unidade 2 - tica e Administrao Pblica

    Nesta unidade, abordaremos os seguintes pontos:

    princpios da Administrao Pblica;

    prticas ticas;

    instncias externas de controle (ONGs, sites e outros); e

    cdigos de tica.

    Pg. 2 - Princpios da Administrao Pblica

    Legalidade Este princpio assegura que a Administrao Pblica s pode agir em nome da lei e respaldada por ela. Caso esse princpio no seja obedecido, a atividade pblica ser ilcita e, por tanto, dever ser punida.

    Impessoalidade Aqui se assegura que os atos administrativos so de responsabilidade da Administrao Pblica e no de um servidor pblico especfico. Por outro lado, tambm este princpio que probe a promoo pessoal de ocupantes de cargos pblicos. Exemplo clssico era o de se batizarem viadutos e pontes com o nome do governador ou do prefeito. Atualmente, isso s pode ocorrer em homenagem a pessoas ilustres j falecidas, evitando justamente a autopromoo por meio da Administrao Pblica e seus recursos.

  • Moralidade Este princpio, em sntese, alerta que nem tudo que legal honesto. H casos em que, apesar da permisso da lei, em certas circunstncias, uma ou outra ao administrativa pode caracterizar-se como no moral ou no tica. Veja o que diz o inciso LXXIII do art. 5 de nossa Constituio: qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia. Em outros termos, o seguinte: Imaginemos que um cidado presencie a utilizao de carros oficiais (portanto, pertencentes Administrao Pblica) para fins particulares. Ele poder coletar provas e propor ao na Justia para cessar o ato e reparar o dano. Como est agindo em nome da cidadania (se o fizer de boa f), no precisar custear nada na Justia, nem mesmo se vier a perder a causa. A concluso de que era um cidado interessado em preservar a moralidade da Administrao Pblica.

    Pg. 3

    Publicidade Este princpio, tambm mandamento constitucional, hoje mais popularmente conhecido como transparncia, termo que veio tona, na histria recente, com a derrocada ad URSS, em que se exigia a glasnost (=transparncia). Em suma, significa que atos administrativos, pelo seu carter pblico, deve ser dada ampla divulgao, de modo que o cidados possam acompanhar e avaliar tais atividades. H outro sentido para o termo, muito bem explicitado pela Constituio Federal, quando, em seu art. 5, inciso XXXIII, afirma que todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado.

  • Eficincia De todos os princpios que devem ser seguidos pela Administrao Pblica, este o mais recente e j observa a modernidade exigida por qualquer instituio, pblica ou privada. Ele estipula que no basta os atos pblicos serem legais, impessoais, de acordo com a moral e amplamente divulgados: eles devem tambm buscar a eficincia, o atendimento real dos objetivos a que se propem, sempre em nome da sociedade, da populao, que os financia.

    Pg. 4 - O servidor pblico e as prticas ticas

    Se a Administrao Pblica se rege por princpios, os agentes pblicos so os

    responsveis por coloc-los em prtica.

    No caso especfico dos servidores pblicos, estes tm normas para atuao.

    Do mesmo modo que um trabalhador na iniciativa privada deve prestar contas

    de suas atividades, produo e atitudes ao seu empregador, tambm o servidor

    pblico deve faz-lo.

    Neste caso, a Administrao Pblica, em seus diversos nveis e nas vrias

    instituies de que formada, possui uma hierarquia prpria. H deveres e

    direitos daqueles que nela trabalham, bem como dos usurios de seus

    produtos e servios.

    Mas como o servidor pblico pode se conscientizar do que constituem os seus

    direitos e deveres?

  • Em primeiro lugar, basta dar uma boa lida na Constituio Federal,

    particularmente no Ttulo III (Da Organizao do Estado), Captulo VII (Da

    Administrao Pblica), Seo II (Dos Servidores Pblicos)

    Por ser a Lei Maior do Pas, recomendvel que se comece por a: nenhuma

    outra lei ir contrari-la; portanto, no que ela se referir aos direitos e deveres do

    servidor e amplitude e limites de sua atuao, ali certamente estaro

    envolvidas questes ticas e estabelecidos princpios e prticas de atuao.

    Em segundo lugar, o servidor pblico deve ter sempre por perto, para consulta,

    o Regime Jurdico dos Servidores Pblicos Civis da Unio, das autarquias,

    inclusive as em regime especial, e das fundaes pblicas federais.

    Em terceiro lugar, ele deve procurar saber se existe um Cdigo de tica

    prprio, de sua categoria funcional ou da prpria instituio. Tais cdigos

    costumam explicitar com maior mincia o que tico no comportamento

    profissional do servidor e o que ele deve evitar, sob pena de transgresso.

    Ento, veja que temos no Brasil trs nveis bsicos a serem checados quanto

    tica Profissional do servidor pblico:

    1) Constituio Federal (e Constituies estaduais e Lei Orgnica do Distrito

    Federal);

    2) Regime dos Servidores Pblicos (federal, estaduais/distrital e municipais);

    3) Cdigo de tica (se houver).

  • Observe que esses trs nveis vm sob uma forma legal, ou seja, expressos

    por legislao prpria, por uma norma que a todos imposta e deve ser por

    todos respeitada.

    Pg. 5

    Deveres e proibies do servidor pblico na Lei n 8.112/90

    Voc viu na tela anterior o link e a referncia ao regime jurdico dos servidores.

    Muita gente conhece ou ao menos j ouviu falar da 8112.

    assim que, informalmente, servidores pblicos, advogados e concurseiros se

    referem Lei n 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que trata do regime

    jurdico dos servidores pblicos civis da Unio, das autarquias e das fundaes

    pblicas federais.

    Para no nos alongarmos muito na lei em si, que pode ser consultada na

    ntegra no link acima, optamos por apresentar aqui um quadro sintetizando

    deveres, com seus respectivos princpios, do servidor pblico estatutrio, ou

    seja, daquele servidor que regido pela Lei n 8.112/90.

    Repare que cada atividade traz em si, explcita ou implicitamente, um dos

    princpios da Administrao Pblica, vale dizer, um item tico.

  • DEVERES

    Atividade Princpio a

    cumprir

    exercer com zelo e dedicao as atribuies do

    cargo MORALIDADE

    ser leal s instituies a que servir MORALIDADE

    observar as normas legais e regulamentares LEGALIDADE

    cumprir as ordens superiores, exceto quando

    manifestamente ilegais LEGALIDADE

    atender com presteza: ao pblico em geral, prestando as informaes requeridas, ressalvadas

    as protegidas por sigilo; expedio de certides requeridas para defesa de direito ou esclarecimento

    de situaes de interesse pessoal; s requisies para a defesa da Fazenda Pblica

    EFICINCIA

    levar ao conhecimento da autoridade superior as

    irregularidades de que tiver cincia em razo do cargo

    LEGALIDADE

    zelar pela economia do material e a conservao do

    patrimnio pblico ECONOMICIDADE

    guardar sigilo sobre assunto da repartio MORALIDADE

    manter conduta compatvel com a moralidade

    administrativa MORALIDADE

    ser assduo e pontual ao servio EFICINCIA

    tratar com urbanidade as pessoas MORALIDADE

    representar contra ilegalidade, omisso ou abuso de

    poder LEGALIDADE

    Fonte: Lei n 8.112/90 Ttulo IV, Captulo I, art. 116.

  • Pg. 6

    Apresentamos um outro quadro, agora sintetizando proibies, com seus

    respectivos princpios, ao servidor pblico estatutrio, ou seja, daquele servidor

    que regido pela Lei n 8.112/90.

    PROIBIES

    Atividade Princpio violado

    ausentar-se do servio durante o expediente, sem prvia autorizao do chefe imediato

    LEGALIDADE

    MORALIDADE

    retirar, sem prvia anuncia da autoridade

    competente, qualquer documento ou objeto da repartio

    LEGALIDADE

    MORALIDADE

    recusar f a documentos pblicos LEGALIDADE

    opor resistncia injustificada ao andamento de documento e processo ou execuo de servio

    EFICINCIA

    promover manifestao de apreo ou desapreo no

    recinto da repartio MORALIDADE

    cometer a pessoa estranha repartio, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuio

    que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado

    LEGALIDADE

    coagir ou aliciar subordinados no sentido de

    filiarem-se a associao profissional ou sindical, ou partido poltico

    IMPESSOALIDADE

    manter sob sua chefia imediata, em cargo ou funo

    de confiana, cnjuge, companheiro ou parente at o segundo grau civil

    IMPESSOALIDADE

    valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de

    outrem, em detrimento da dignidade da funo pblica

    IMPESSOALIDADE

    participar de gerncia ou administrao de sociedade privada, personificada ou no

    personificada, exercer o comrcio, exceto na

    qualidade de acionista, cotista ou comanditrio

    LEGALIDADE

    MORALIDADE

  • atuar, como procurador ou intermedirio, junto a

    reparties pblicas, salvo quando se tratar de benefcios previdencirios ou assistenciais de

    parentes at o segundo grau, e de cnjuge ou

    companheiro

    LEGALIDADE

    IMPESSOALIDADE

    MORALIDADE

    receber propina, comisso, presente ou vantagem

    de qualquer espcie, em razo de suas atribuies

    LEGALIDADE

    IMPESSOALIDADE

    aceitar comisso, emprego ou penso de estado estrangeiro

    LEGALIDADE

    IMPESSOALIDADE

    MORALIDADE

    praticar usura sob qualquer de suas formas

    LEGALIDADE

    MORALIDADE

    proceder de forma desidiosa EFICINCIA

    utilizar pessoal ou recursos materiais da repartio

    em servios ou atividades particulares

    IMPESSOALIDADE

    ECONOMICIDADE

    cometer a outro servidor atribuies estranhas ao

    cargo que ocupa, exceto em situaes de emergncia e transitrias

    LEGALIDADE

    exercer quaisquer atividades que sejam

    incompatveis com o exerccio do cargo ou funo e com o horrio de trabalho

    IMPESSOALIDADE

    recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando

    solicitado LEGALIDADE

    Fonte: Lei n 8.112/90 Ttulo IV, Captulo II, art. 117.

    Pg. 7

    Dicas para reafirmar a prtica tica do servidor pblico

    Como aparentemente fcil no ser tico

  • Cobramos sempre tica do outro, mas nos esquecemos de que o primeiro lugar

    a implant-la dentro de ns mesmos.

    Exemplo: muito comum falarmos dos polticos em geral - so gananciosos,

    corruptos, no pensam na populao. Mas quem de ns j no ficou tentado ao

    se defrontar com uma situao de levar vantagem?

    Veja abaixo: j lhe aconteceu algum desses episdios?

    Utilizar a carteirinha de estudante de um colega para um show caro, ou mesmo obter sem ser propriamente estudante? Comemorar um troco a mais, errado, que o caixa da padaria entregou? Constatar, feliz, que o funcionrio pblico no nos cobrou a multa que era obrigatria num dado caso? Pagar suborno ao mau policial que nos parou na blitz?

    Se essas situaes j lhe ocorreram e voc sequer ficou tentado, parabns!

    Est com o seu "eticmetro" funcionando bem e sempre. Mas muitos de ns,

    nesses casos, podemos ser levados a pensar:

    - Ora, se meu carro for apreendido, vou pagar dez vezes mais para retir-lo do depsito. Ou: - Ora, estou deixando de levar uma multa, quando existe toda a roubalheira do dinheiro pblico. E na verdade essa multa nem l muito justa... Ou: - Ora, o caixa da padaria deve enganar vrios fregueses todos os dias, fica sempre no lucro. Alm do mais, que padaria careira... Ou: - Ora, por que s estudantes podem pagar meia-entrada? Eu sou professor (ou arquiteto, ou advogado, etc.) e tenho a mesma necessidade de lazer e cultura.

  • Enfim, em geral buscamos uma justificao racional para nossos atos que

    contrariam a moral ou a tica.

    Pg. 8

    Atitudes ticas: modo de usar

    Portanto, como acabamos de ver, um recurso para driblar a tica relativizar a

    verdade. Mas pense bem: pequeno o nmero de vezes que, se pararmos e

    refletirmos um pouco, teremos dvida real sobre se uma atitude tica ou no.

    Por isso, devemos sempre nos lembrar de que a Verdade um princpio to

    tico que se inscreve como pilar da religio e da filosofia.

    tica quase sinnimo de postura correta, de conduta verdadeira tanto nas

    menores quanto nas maiores aes. Uma das noes de tica conscincia

    pessoal em relao a seus atos, justeza deles e ao cuidado com sua

    repercusso sobre o outro.

    Mas ser tico ser perfeito? Longe disso. Ainda cometeremos deslizes e

    atitudes incorretas. Porm, a diferena que eles tendero a ser cada vez

    mais excepcionais e/ou inconscientes.

    Vamos, ento, a uma pequena lista, apenas ilustrativa, de aes ticas que

    podemos praticar em nosso dia a dia?

    D o crdito a seus colegas e subordinados, quando tiverem boas ideias e aes. No se aproprie do mrito deles. No aceite presentes cuja causa esteja em sua funo, seu trabalho. Seja honesto consigo mesmo e com os outros. Aja de acordo com a lei. (Para isso, consulte a legislao, de modo a assegurar-se da correo de seus atos. Lembre-se de que a ningum dado alegar desconhecimento da lei.) Considere os recursos pblicos como se denominam: pblicos, de todos e para todos. Seja tico tambm quando ningum o estiver observando.

  • Existem aqueles que so ticos no atacado, mas antiticos no varejo, ou seja,

    praticam grandes e vistosos atos ticos, mas, no cotidiano, cometem uma srie

    de "pecadilhos ticos". Durante um longo perodo histrico considerava-se que

    esse "jeitinho" para burlar a tica era um trao de carter do brasileiro.

    O Brasil, contudo, tem mudado em sua cultura e nas prticas. Isso vem

    avanando a ponto de termos hoje indivduos e grupos sociais, preocupados e

    vigilantes com as questes ticas. E esse nmero s cresce, com a percepo

    de que o agir bem traz benefcios a todos e a cada um. Por isso, agir de

    maneira correta deve ser um exerccio dirio e consciente.

    Repetimos: tica equivale conduta verdadeira tanto nas menores quanto nas

    maiores aes.

    Pg. 9

    Instituies so mais ou menos ticas de acordo com as pessoas que nelas

    atuam. Assim, devemos ter cuidado com expresses como o parlamento no

    tico. Estamos falando de todos os integrantes desse parlamento ou de alguns

    de seus representantes? O que devemos considerar que a tica est ou no

    nas pessoas - mais ainda, est em suas atitudes.

    A preocupao tica dos membros de uma instituio reflete-se diretamente na

    impresso que a populao em geral tem daquela instituio. As pessoas

    fazem a instituio e no o contrrio. A deciso final de cada um, de acordo

    com seus princpios e conscincia individual.

    Isto se aplica ainda mais a instituies governamentais, em que esto em

    questo a forma e os objetivos para os quais so gerados os recursos pblicos.

    Dessa forma, h duas maneiras de se encarar uma questo relativa lei:

    1) o "jeitinho", ou dura lex, sed lex ("a lei dura mas estica", conforme a

    anedota);

    2) dura lex, ex lex (a lei dura mas lei).

  • A postura tica se coaduna apenas com a opo de nmero 2, porm pode nos

    surgir a seguinte pergunta:

    - Ora, e se uma lei for injusta, devo seguir a legalidade ou a justia?

    A questo j foi e continua a ser motivo de debate e controvrsia ao longo dos

    sculos. Basta lermos o clssico "Antgona" (clique aqui para baix-lo na

    ntegra), monumental pea teatral de Sfocles, representada pela primeira vez

    em 422 a.C., e veremos que essa preocupao bem antiga para cidados e

    governantes.

    A resposta, porm, hoje nos parece mais segura: caso se considere a lei

    injusta, siga-se ainda assim a lei. Busque-se a justia por meio do Judicirio

    para reparar uma legislao danosa e busque-se a mudana dessa norma por

    meio do Legislativo, o responsvel pela criao e tambm supresso das leis.

    Com a evoluo e democratizao dos processos legislativos, e ainda com a

    maior transparncia e rapidez nos procedimentos, resultado das novas

    tecnologias de informao e comunicao, hoje podemos ser mais conscientes

    de nossas escolhas e mais geis em nossa atuao cidad.

    Clique aqui.

  • Pg. 10 - Cdigos de tica

    Os chamados Cdigos de tica so documentos criados por instituies ou

    categorias profissionais especficas, para regular a atuao desses agentes.

    Selecionamos, abaixo, alguns dos importantes cdigos brasileiros. Trata-se de

    uma seleo, dentre tantas outras possveis.

    interessante que voc clique nos links e procure ler, no todo ou em parte,

    esses Cdigos de tica.

    Sem querer pautar sua leitura, recomendamos, apenas a ttulo de sugesto,

    duas abordagens crticas:

    1) procure l-las comparativamente, notando o que possuem em comum e em

    que se diferenciam pela natureza especfica de sua atuao; e/ou

    2) leia-as considerando se se trata realmente de Cdigos de tica (mais

    universais) ou Cdigos Morais (relativos a posturas de uma dada poca, regio

    ou cultura).

    Boa leitura!

    CDIGO DE TICA E DECORO PARLAMENTAR - SENADO Este o Cdigo a que esto submetidos todos os parlamentares de nossa Cmara Alta, ou seja, o Senado Federal.

  • CDIGO DE TICA E DECORO PARLAMENTAR - CMARA DOS DEPUTADOS Tambm a Cmara dos Deputados possui seu Cdigo de tica. Leia-o e compare-o com o do Senado e de outras categorias de servidores pblicos e profissionais.

    CDIGO DE TICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL Aplica-se ao servidor pblico civil do Poder Executivo, mas, pela abrangncia, muitos de seus fundamentos so aplicveis a outros nveis da Administrao Pblica.

    CDIGO DE TICA DA MAGISTRATURA O Judicirio brasileiro possui Cdigo de tica prprio, com seus princpios e tambm os seus limites de atuao. Conhea-os.

    CDIGO DE TICA MDICA De autoria do Conselho Federal de Medicina (CFM), foi atualizado e passou a vigorar, em sua nova verso, a partir de 13 de abril de 2010. Por ser um documento da rea mdica, que tem por misso maior a preservao da vida, vale a pena dar uma olhada.

    CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DOS ADVOGADOS Este um documento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e estabelece os princpios e limites para a ao dos advogados em todo o Brasil. Neste caso, por ser uma funo que visa garantir o direito das pessoas, tambm um bom referencial para a anlise da conduta tica.

  • Pg. 11 - Instncias externas de controle

    No setor pblico, atuam no controle externo alguns rgos ou instituies

    especficas. Seguem alguns exemplos:

    Tribunal de Contas da Unio (TCU)

    Tribunais de Contas dos Estados e do DF

    Controladoria-Geral da Repblica

    Ministrio Pblico Federal

    Ouvidorias pblicas

    Nota-se que, com o surgimento e universalizao da internet, o controle

    externo vem sendo realizado tambm por organizaes no governamentais e

    mesmo grupos de cidados, valendo-se das informaes veiculadas pelos sites

    da Presidncia da Repblica, do Senado Federal, da Cmara dos Deputados,

    do Supremo Tribunal Federal, apenas para ficarmos na instncia maior dos

    respectivos poderes.

    O Senado, por exemplo, mantm o Portal da Transparncia, com informaes

    relevantes sobre seus trabalhos, gastos, remunerao e diversos outros temas

    de importncia para o eleitor e o cidado.

    Alm disso, a imprensa, num pas democrtico, tambm no papel de controle

    externo, no sentido de que investiga, denuncia e cobra posicionamento das

    autoridades contra atos lesivos ao Estado e sociedade.

    Abaixo, mais alguns links para instncias ou aes externas de controle.

    Contas Abertas

    Transparncia Brasil

    Portal da Transparncia

    Instituto Ethos

  • Pg. 12 - Instncias internas de controle .

    Essas unidades administrativas so comumente denominadas no servio

    pblico de "Controle Interno". Da por que se encontram nos organogramas das

    instituies pblicas nomes como "Secretaria de Controle Interno",

    "Coordenao de Controle Interno" e seus similares.

    Alguns rgos da Administrao Pblica, seguindo o exemplo do Governo

    Federal, preferem utilizar "Controladoria", termo enxuto, que mantm inalterada

    a significao e, por conseguinte, seu espectro de atuao.

    Uma instncia interna de controle (ou Controle Interno, ou Controladoria) o

    setor responsvel por fiscalizar os atos da prpria instituio. Com esse

    objetivo, ela pode tambm estabelecer mecanismos educacionais ou

    normativos para garantir boas prticas, antecipando-se mesmo ao

    fiscalizatria.

    Conflitos ticos: voc decide

    FAIRPLAY OU REGRA

    Analise os dois casos abaixo, ilustrados pelos respectivos vdeos

    (se quiser, pode tambm debater a questo em nosso frum temtico)

    O jogador do Ajax, da Holanda, ao devolver gentilmente a bola ao adversrio, numa atitude de fairplay (jogo limpo), sem querer marca um gol no outro time, que, parado, apenas aguardava a devoluo. Veja o que segue. A atitude seguinte do Ajax provoca aplausos efusivos dos torcedores no estdio.

  • Vdeo : https://www.youtube.com/watch?v=WFlPfaS-znA

    Mas observe este outro lance, ocorrido aqui mesmo no Brasil. O jogador do Palmeiras a rigor no desrespeita a regra, mas, mesmo assim, provoca reclamaes veementes do time adversrio e vaias da torcida.

    Vdeo 2/2: https://www.youtube.com/watch?v=t7Nx2IYQWTo

    Unidade 3 - tica no Legislativo

    Nesta unidade, trataremos os seguintes pontos:

    por que uma "tica no Legislativo"?;

    mitos e duras verdades;

    os cdigos de tica do Legislativo Federal;

    os conselhos de tica; e

    dilemas e novos caminhos.

    Pg. 2 - Por que uma "tica no Legislativo"?

    Aps tudo o que viu neste curso, voc pode estar se perguntando:

  • tica algo universal. Por que, ento, falar em uma "tica no Legislativo"?

    Da mesma forma que analisamos a tica do ponto de vista da mdia ou do

    ponto de vista sob o qual a coloca um ou outro grupo social, existem princpios

    especficos, que podemos tambm chamar de ticos, para categorias

    especficas de pessoas.

    Uma dessas categorias a da profisso.

    De incio, fundamental lembrarmos: o Poder Legislativo, tal como concebido

    no Brasil, tem uma funo REPRESENTATIVA.

    Neste sentido, os imperativos ticos esto presentes desde o nascimento da

    atividade do parlamentar. Ora, como posso ser o representante de milhares ou

    milhes de pessoas sem considerar suas opinies e pensamento em cada

    atividade rotineira que exero?

    Para ficarmos apenas no Legislativo, isto vale para senador, deputados federal,

    estadual e distrital e tambm para vereador, em todo o territrio brasileiro.

    Pg. 3 - Mitos e duras verdades

    Apresentamos, a seguir, uma listagem das crticas comumente dirigidas aos

    parlamentares e servidores do Poder Legislativo, contrapondo o que um mito

    (ou exagero, ou informao distorcida) ao que uma dura verdade (erros que

    podem e devem ser corrigidos).

    Concordando ou no, apresentamos essa listagem, para que voc reflita e

    ajude a formar seu prprio juzo de valor.

  • Mito n 1: Os parlamentares trabalham pouco

    Talvez seja este o mito mais fcil de ser desfeito. Uma

    visita presencial ou virtual s Casas legislativas demonstra que, em geral, l se trabalha, e muito. Isto

    porque o trabalho do parlamentar no se resume presena e aos discursos inflamados em plenrio, mas

    tambm, e talvez principalmente, presena nas reunies polticas e com os diversos setores da

    sociedade, nas comisses permanentes e temporrias e em eventos dos quais precisa participar em funo de

    sua representatividade.

    Dura verdade n 1: Alguns parlamentares faltam s sesses plenrias

    Alguns parlamentares, fato, faltam s sesses plenrias. Porm, esse nmero vem progressivamente

    diminuindo, mesmo porque o poder do parlamentar decorrente de sua participao efetiva; inclusive o seu

    prprio partido tende a cobrar sua atuao e seus votos.

    Mito n 2: Os parlamentares desfrutam de

    inmeros privilgios

    Considerando-se o alto nvel de responsabilidade do

    representante legislativo, e tambm os gastos decorrentes da atividade do mandato (releia o item

    anterior), no se pode efetivamente falar de forma genrica em privilgios. Em verdade, ajustes tm sido feitos com relao ao tema, nos trs nveis do Poder Legislativo, o que salutar para o prprio desempenho

    do mandato eletivo.

    Dura verdade n 2: Alguns parlamentares fazem malversao dos recursos do mandato

    Sim, ainda se reportam casos de nepotismo clssico e cruzado, de caixinha de servidores em comisso repassada ao parlamentar ou ao partido, e aberraes similares. A legislao vem se aprimorando para coibir

    estas e outras transgresses, da mesma forma que a imprensa e outras instncias de controle vm atuando

    para denunciar tais fatos.

  • Mito n 3: Os parlamentares s legislam em causa prpria ou de seus financiadores

    Se essa afirmao fosse verdadeira, as minorias na sociedade ainda estariam em regime de escravido e

    no contariam com benefcios como o 13 salrio, a licena-maternidade e outras conquistas no campo

    trabalhista e social. Mais uma vez, aqui a generalizao no condiz com a verdade. Se determinados

    parlamentares, de fato, priorizam seus prprios interesses em detrimento de quem o elegeu, cabe ao

    eleitorado dar-lhes a lio definitiva na eleio seguinte:

    essa a regra de ouro do sistema democrtico. E se o parlamentar houver infringido a lei, cabe ao judicirio

    tomar as medidas cabveis, sempre com a vigilncia e o apoio por que no? da presso popular.

    Dura verdade n 3: Alguns parlamentares atuam com interesses prprios ou escusos

    Sabe-se que essas prticas existem: h parlamentares

    que colocam seus prprios interesses financeiros ou projetos de poder acima das atribuies e deveres para

    com o mandato que lhes foi conferido pelos cidados. Com o cuidado de no generalizar, cabem s denncias

    contra os arrivistas travestidos de parlamentares, at porque maculam a atuao correta e diuturna dos que

    honram seus mandatos. (Veja neste curso os diversos links para ouvidorias e instncias de controle externo,

    que podem auxiliar na checagem da tica na atuao parlamentar).

  • Pg. 4 - Mitos e duras verdades 2

    Mito n 4: Os servidores do Legislativo trabalham pouco e ganham muito

    De fato, se tomarmos como base o salrio mdio dos brasileiros, os servidores do Legislativo, do Judicirio e de

    determinadas carreiras do Executivo so bem remunerados. Isso no implica dizer que trabalham pouco.

    Mais uma vez, h que se reconhecer aqui uma injustia,

    onde os justos pagam pelos pecadores. frequente os servidores do Legislativo permanecerem no trabalho noite

    adentro e at de madrugada, notadamente nas sesses de comisses, em cotaes de alto impacto social no plenrio

    e mesmo no trabalho nos gabinetes. Infelizmente, essas particularidades no tem tanto destaque na mdia, mas um

    maior conhecimento da prtica legislativa indicar que existem sim, e em bom nmero, esses verdadeiros

    servidores pblicos.

    Dura verdade n 4: Alguns servidores do Legislativo no cumprem responsabilidades

    Num universo to amplo de servidores, sem dvida existem os que no cumprem a jornada de trabalho

    prevista e, ainda pior, no se desincumbem de suas tarefas. Esses casos tm sido tratados cada vez com maior

    rigor tanto pela lei quanto pelas normas internas das Casas Legislativas. Exemplos como o do Senado, com o

    programa PRORESULTADOS, que visa profissionalizar ainda mais os processos e fluxos de trabalho, e a

    retomada da capacitao dos servidores, so importantes para essa mudana de cultura.

    Mito n 5: No legislativo a maioria dos servidores

    entra pela janela

    Desde a promulgao da Constituio Federal de 1988, o concurso pblico o caminho legal, natural e

    culturalmente aceito como porta de entrada para as carreiras na Administrao Pblica, o que vale tambm

    para o Poder Legislativo.

    Dura verdade n 5: Existem algumas excees para

  • contratao temporria sem concurso:

    Nos trs poderes (Executivo, Legislativo e Judicirio), existe um nmero restrito de cargos em comisso a serem

    preenchidos sem concurso pblico. Tambm houve nos

    ltimos anos um incremento da terceirizao de algumas atribuies, o que implica contratao sem concurso. No

    entanto, no caso dos comissionados, estes podem ser demissveis ad nutum (ou seja, a qualquer momento e

    mesmo sem justificao); e os terceirizados no so propriamente servidores pblicos, mas sim os prestadores

    de servios no tero vnculos com a Administrao pblica.

    Pg. 5 - Os Cdigos de tica no Legislativo Federal

    Como estamos em um curso no mbito legislativo, cabe agora uma pausa para

    que voc leia o Cdigo de tica e Decoro Parlamentar das duas Casas

    Legislativas federais: o Senado e a Cmara dos Deputados.

    Cdigo de tica e Decoro Parlamentar do Senado Federal Institudo pela Resoluo do Senado n 20, de 1993

    Cdigo de tica e Decoro Parlamentar da Cmara dos Deputados Institudo pela Resoluo da Cmara n 25, de 2001

    Pg. 6 - Os Conselhos de tica

    Senado Federal e Cmara dos Deputados mantm Conselhos de tica e

    Decoro Parlamentar para analisar casos de supostas transgresses de

    parlamentares federais. Esses rgos funcionam como mecanismos internos

    de controle atividade parlamentar, buscando garantir as melhores prticas,

  • conduzindo punio de parlamentares infratores dos princpios ticos

    estabelecidos nos respectivos Cdigos de tica e, por via de consequncia,

    transgresses lei.

    A seguir, os links para os Conselhos.

    Conselho de tica e Decoro Parlamentar do Senado Federal

    Conselho de tica e Decoro Parlamentar da Cmara dos Deputados

    Pg. 7 - Os novos caminhos do Senado

    O Senado Federal vem progressivamente aperfeioando tanto seus

    mecanismos de controle quanto os meios para ouvir o que os cidados tm a

    sugerir ou reclamar.

    Abaixo, listamos algumas dessas aes e os links de acesso s informaes e

    vias para contato.

    Portal da Transparncia Tem por finalidade veicular dados e informaes detalhados sobre a gesto administrativa e a execuo oramentria e financeira do Senado Federal.

  • Siga Brasil um sistema de informaes sobre oramento pblico, que permite acesso amplo e facilitado ao SIAFI e a outras bases de dados sobre planos e oramentos pblicos, por meio de uma nica ferramenta de consulta.

    Manual de Obteno de Recursos Federais para Municpios Criado pelo ILB e disponvel em sua pgina, possibilita que prefeitos e gestores municipais busquem recursos federais diretamente, facilitando os procedimentos e economizando recursos gastos com intermediao.

    Agenda de trabalho do Senado Federal Aqui voc pode consultar diariamente os trabalhos que sero realizados pelos senadores.

    Ouvidoria do Senado Canal para reclamaes e crticas instituio Senado, seus servidores e parlamentares.

  • Al, Senado De qualquer lugar do Brasil ligue 0800 612211 ou por outros meios disponveis no portal, tire dvidas, obtenha informaes e ajude a realizar as mudanas no Senado.

    Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) Cursos a distncia com e sem tutoria, e semitutorados, disponibilizados gratuitamente aos cidados.

    Portal de Acompanhamento de Gastos para a Copa do Mundo de 2014 Criado pelo PRODASEN, rgo do Senado voltado tecnologia, esse portal possibilita consultar a previso oramentria e os gastos efetivos realizados pela Unio, Estados e Municpios em aes relativas Copa do Mundo de Futebol que ser realizada no Brasil neste ano de 2014.

  • Pg. 8 - Para finalizar... recomeando

    O ser humano gregrio, relacional, expressa-se e realiza-se em sociedade.

    Nos pases democrticos, o Poder Legislativo representa a sociedade em seus

    anseios por mais oportunidades, melhor qualidade de vida e justia social.

    Aps a virada do milnio, e notadamente com o incrvel aumento de

    abrangncia das novas tecnologias de informao e comunicao, representar

    a sociedade no mais tarefa que fica restrita a decises de gabinete, apertos

    de mo ou vaias pblicas. O cidado-eleitor tem agora mecanismos de

    consulta de informaes e de anlise desses dados para formar sua prpria

    opinio.

    Se considerarmos que, no princpio do sculo XX, o nmero de peridicos e de

    livros era, pode-se afirmar, escasso, hoje as informaes nos saltam aos olhos

    pelos peridicos, sim, mas tambm por rdio, TV, celulares, notebooks e os

    demais dispositivos mveis ou no que nos permitem acessar a rede mundial

    de computadores, nossa conhecida web ou internet.

    O conceito de web (teia, em ingls) nos d a perfeita analogia: a sociedade, e

    com ela a Administrao Pblica, um todo indissocivel, e essa unio de

    destinos torna-se cada vez mais clara medida que se avana em

    descobertas, invenes e apreenso ou desenvolvimento do saber.

    Mas o saber em si, como a internet e como qualquer ferramenta, pode ser

    usado com bons ou maus propsitos.

    Da a importncia da tica.

    Como j tratado neste curso, os princpios ticos podem ser seguidos por todos

    e nas mais prosaicas e banais atividades cotidianas e tambm nas decises

    estratgicas nacionais e mundiais.

  • No Brasil dos ltimos anos, tem havido incontestveis avanos nas leis e na

    penalizao de atos contra a vida e o bem pblico. As manchetes de jornais e

    os protestos em grupo ou individuais contra essas transgresses e esses

    transgressores demonstram que a cultura brasileira, um dia j considerada to

    somente cordial e conciliadora, tem a capacidade de se indignar e de exigir

    seus direitos, e que estes sejam respeitados por aqueles que os representam

    ou que administram a res publica, a coisa pblica, o patrimnio de todos.

    Lembremos sempre que a vida o bem mais precioso; por isso a principal

    guardi e o principal objetivo da tica.

    E que a vida e a tica, no existem apenas nas aulas de biologia ou de

    filosofia. Querendo sempre se expressar, elas esto, o tempo todo, em cada

    um de ns.

    Exerccios de Fixao - Mdulo III

    Parabns! Voc chegou ao final do primeiro do curso tica e Administrao

    Pblica.

    Sugerimos que voc faa uma releitura do Mdulo III e resolva os Exerccios de

    Fixao, que o resultado no influenciar na sua nota final, mas servir como

    oportunidade de avaliar o seu domnio do contedo. Lembramos ainda que a

    plataforma de ensino faz a correo imediata das suas respostas!

    Porm, no esquea de realizar a Avaliao final do curso, que encontra-se no

    Mdulo de Concluso. Lembramos que por meio dela que voc pode receber

    a sua certificao de concluso do curso.

    Para ter acesso aos Exerccios de Fixao, clique aqui.