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Módulo III Aula 1 Comércio e Governo Eletrônico

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Módulo III – Aula 1 Comércio e Governo Eletrônico

Módulo 3

Este módulo está divido em quatro aulas.

Aula 1: Comércio e Governo Eletrônico .

Aula 2: Hacker, vírus, senhas e backups .

Aula 3: Crime virtual, leis e regras .

Aula 4: Certificado digital e criptografia.

Você está iniciando a primeira aula do Módulo 3, nela você aprenderá sobre:

Comércio Eletrônico - o novo paradigma nos negócios, mitos e realidades, a economia digital e seu mercado, B2C, B2B, B2G, CRM e call center são assuntos em evidência na atualidade.

Governo Eletrônico - esta aula tem como objetivo trazer o conceito de Governo Eletrônico e seus impactos para a sociedade. A Tecnologia da Informação aproxima o que está geograficamente distante e, dessa forma, aproxima também o cidadão das ações que o Governo toma. Essa transparência, aliada à agilidade de processos da área pública e de maiores controles, faz com que o e-gov se torne cada vez mais forte.

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Novos Negócios

Na nova economia acontece uma forte convergência da base tecnológica, valorizando-se a capacidade de representar e processar a informação na forma digital, ou seja, com uso de recursos dentro dos meios eletrônicos, como a Internet.

Dentro deste cenário, é normal que o próprio mercado reaja com a criação de novas modalidades de relacionamento comercial, pois a globalização não limita as empresas dentro de regras geográficas circunscritas e exige cada vez mais agilidade nas respostas. Com isto, o investimento na Tecnologia da Informação tem sido constante para que as empresas encontrem um diferencial competitivo.

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E-BUSINESS

O e-business (negócios eletrônicos) utiliza a tecnologia para facilitar o relacionamento entre empresas, Governos e consumidores, resultando em incremento de vendas e/ou de lucro. Compreende todo o fluxo, ou parte dele, de mercadorias, serviços, informações e processos financeiros entre compradores e vendedores com emprego da tecnologia.

No e-business existe um compartilhamento de informações, obtido pela colaboração eletrônica. O trabalho é realizado em conjunto, para alcançar objetivos também compartilhados. Negócios financeiros também podem ser criados na rede, com uso da compensação eletrônica.

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E-COMMERCE

O Comércio Eletrônico (e-commerce) abrange as transações comerciais realizadas por meio de redes de telecomunicação, especialmente a Internet. Ele abrange a compra e a venda de produtos, serviços e informação.

Sua infra-estrutura é composta pelo ambiente de redes de computadores nos negócios, lares e Governo. Como já colocava a Fundação Getúlio Vargas, em 1999, o Comércio Eletrônico não é irreal e teórico, ele é de fato inevitável. Sua contínua proliferação e evolução alterará toda a nossa economia. É uma realidade que trará grandes benefícios para as organizações que o considerarem e ameaças ainda maiores para as que não o utilizarem.

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O Comércio Eletrônico móvel (m-commerce) é aquele realizado com o uso de redes sem fio. Seu principal foco é a telefonia celular. A tecnologia WAP (Wireless Aplication Protocol) é um exemplo.

O Comércio Eletrônico está passando por um processo de amadurecimento. Nesse processo, algumas tecnologias tornam-se obsoletas, outras surgem ou se consolidam. Várias vertentes se abrem e os investidores e as operadoras estão investindo alto.

É claro que o m-commerce não substitui o Comércio Eletrônico que a web proporciona, ele apenas o complementa.

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Tendência do Comércio Eletrônico

Nos próximos anos, a Internet móvel será bem diferente da existente hoje, com características como always on (usuário sempre conectado) e maior capacidade de banda.

O acesso poderá ser com telas pequenas e pouco ergonômicas, ou em ruas e logradouros públicos, nos quais usuários em movimento estarão em busca de ações com agilidade.

Os diálogos também serão mais concisos e rápidos. A navegação lúdica permitida pelos PCs deverá dar lugar a interações velozes e práticas.

Provável que a maioria das aplicações móveis de sucesso sejam orientadas para negócios específicos.

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Por exemplo: um técnico de manutenção de uma empresa se deslocará recebendo, em seu celular, ordens de serviço e reportando a conclusão das suas tarefas.

Quaisquer mudanças de prioridade poderão ser comunicadas a ele em tempo real.

Além disso, para cada ordem de serviço ele receberá a lista de peças a serem usadas e, pela localização geográfica, identificará o melhor roteiro para chegar ao local onde fará o trabalho.

Quem estará enviando as mensagens será o próprio sistema automatizado na empresa. (TARION, 2001). Isso já acontece hoje.

Sopa de letrinhas

Dentro do cenário de Tecnologia da Informação existem muitas siglas que se tornam parte do vocabulário dos assuntos digitais.

B2C - BUSINESS to CONSUMER

Transações entre empresa e consumidores: este foi o tipo de comércio inicial da Internet, em que as vendas de CDs e livros eram feitas diretamente ao consumidor final. Um tipo de venda voltado para o varejo. Exige um tratamento ao cliente e investimentos de mídia diferentes da transação B2B.

A Amazon.com, de Jeff Bezoz, foi a primeira livraria virtual a surgir na web e seu modelo de negócio marcou a Internet. Nesse caso, trabalha-se o marketing dirigido que esse meio permite: ao acompanhar a navegação dos usuários dentro da rede, registrando suas compras e verificando suas preferências é possível preparar uma propaganda específica para cada um deles e sugerir novos produtos de acordo com o perfil de usuário pesquisado.

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B2B - BUSINESS to BUSINESS

Transações entre empresas: nesse enfoque, as empresas se relacionam com seus fornecedores e empresas clientes. É uma venda (e-sales) ou compra (e-procurement) em larga escala, possivelmente programável. Ela envolve os sistemas informatizados de gestão das diferentes empresas que se relacionam. É um volume maior de negociações e, de modo geral, traz melhor custo-benefício. É nessa modalidade que hoje se encontra a grande fatia de negócios na Internet.

B2G - BUSINESS to GOVERNAMENT

Transações entre empresas e Governo: corresponde a ações do Governo que envolvem interação com entidades externas. O exemplo mais concreto é a condução de compras, contratações, licitações, etc., via meios eletrônicos.

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Complementando

As formas citadas anteriormente são as mais comuns, porém pode-se ainda citar outras.

C2C - Consumer to Consumer

Transações entre consumidores finais. Por exemplo: um internauta coloca em um classificado um produto que será adquirido por outro internauta.

G2C - Government to Consumer

Transações entre Governo e cidadão. São ações do Governo de prestação ou recebimento de informações e serviços ao cidadão via meio eletrônico. Por exemplo: site sobre devolução do Imposto de Renda, certidões negativas, multas, etc.

G2G - Government to government

Transações entre Governos. Correspondem a funções que integram ações do Governo, seja horizontalmente (entre os vários poderes do Governo Federal, por exemplo), seja verticalmente (relações entre Governo Federal e Estadual, ou deste com os municípios).

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Benefícios, vantagens e limitações

O Comércio Eletrônico traz muitas mudanças. Veja quais são as vantagens e as limitações desses processos digitais.

Benefícios para a empresa:

Expande o mercado nacional e internacionalmente.

Diminui os custos de criar, processar, distribuir, armazenar e recuperar informação em papel.

Permite reduzir estoques e custos fixos, agilizando a gerência da cadeia de suprimentos.

Facilita a customização de produtos e serviços, fornecendo vantagens competitivas.

Reduz o tempo entre a aplicação de capital e a recepção de produtos e serviços.

Atende os processos de reengenharia.

Baixa os custos de telecomunicações, pois a Internet geralmente é mais barata do que os métodos tradicionais.

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Vantagens para o consumidor

Permite compras 24 horas por dia, independente do local.

Fornece aos compradores ampla variedade de opções.

Permite aos compradores comparar rapidamente preços de produtos e serviços, muitas vezes mais baratos.

Possibilita fechamento de negócios rapidamente, especialmente os referentes a produtos e serviços digitalizados.

Possibilita aos clientes a obtenção em tempo real de informações relevantes e detalhadas de produtos ou serviços.

Facilita a implementação de leilões.

Permite aos clientes interagir com outros clientes para comparar experiências.

Aumento da concorrência, o que implica em descontos substanciais.

Benefícios, vantagens e limitações

Benefícios para a sociedade

Permite às pessoas trabalharem em casa, reduzindo o trânsito para compras e seus efeitos colaterais indesejáveis, tais como poluição.

Redução de custos dos produtos, beneficiando a população.

Ampliação da área de alcance das empresas, englobando regiões distantes e de difícil acesso.

Facilita a entrega de serviços públicos com custo reduzido e/ou de melhor qualidade.

Traz maior transparência a processos e informações disponibilizadas em tempo real.

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Limitações técnicas

Necessidade de segurança, confiabilidade e padrões de comunicação em patamares ainda não atingidos.

Lentidão do sistema, pela falta de banda larga nas telecomunicações.

Mudanças rápidas das ferramentas de desenvolvimento.

Dificuldades na integração dos softwares da Internet e o Comércio Eletrônico com aplicativos existentes e bancos de dados.

Necessidade de servidores especiais e infraestrutura adicional.

Problemas de interoperabilidade entre software de Comércio Eletrônico, hardware e sistemas operacionais.

Governo Eletrônico

A exigência de maior prestação de contas e de participação dos cidadãos, aliada ao fato da tecnologia estar se popularizando, faz do Governo Eletrônico uma realidade hoje no âmbito municipal, estadual e federal e em uma abrangência mundial.

Os sistemas computacionais também proporcionam maior agilidade e confiabilidade, reduzindo os espaços geográficos e diminuindo muito a burocracia, em alguns casos em até 70%.

O tema Governo Eletrônico multidisciplinar: as áreas sociais aplicadas e de tecnologia caminham juntas. Visto somente sob a ótica da Administração, ou da Computação, ou do Direito, sem dúvida perderia em profundidade e abrangência.

Reunindo-se adequadamente os aspectos relevantes de cada uma dessas áreas, bem como de diversas outras, o tema torna-se mais rico e dinâmico.

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Apresentar uma definição de "Governo" certamente não é tarefa fácil, porém uma delas é a gestão do poder público, em suas esferas e funções, consideradas a partir do clássico trip Legislativo, Executivo e Judiciário.

Suas esferas, referenciadas pelo pacto federativo e pelo contexto constitucional, são a municipal, estadual e federal.

Da mesma forma, conceituar a expressão "eletrônico" não é tarefa simples, o sentido aqui conferido é o de qualificativos digitais, ou seja, um governo qualificado digitalmente por ferramentas, mídias e procedimentos. O Governo Eletrônico, ou e-Gov, ou eletronic Governance também pode ser chamado de Governo Digital (Governo via bits).

No Brasil o Governo Eletrônico oferece, todos os serviços do portal Rede Governo em 250 mil pontos Eletrônicos instalados pelo país. A partir deles, qualquer cidadão poderá acessar a Rede e, com um Cartão do Cidadão (digital), obterá as informações e serviços que desejar, relativos à previdência social, saúde, emprego, dentre outros, além de poder receber pagamentos e benefícios (FGTS e aposentadoria). 14

Os serviços e informações

O portal do Governo brasileiro apresenta uma série de conteúdos e serviços que possibilitam a interação do cidadão com diversos órgãos públicos. O site não é estático, ele evolui na medida que novos serviços são oferecidos. Ao acessar o endereço www.redegoverno.gov.br você obterá serviços e informações sobre:

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Agricultura Assistência social Centrais de Atendimento Cidadania Ciência e Tecnologia Comércio Comunicações Correios Cultura Defesa Denúncias

Direitos Humanos Economia e Finanças Educação Emprego e Trabalho Esportes Fisíco Indústria Justiça Legislativo Licitações Meio Ambiente

Oportunidades de Trabalho Previdência Social Recursos Energéticos Recursos Minerais Saúde Segurança Pública Serviços Diplomáticos Servidor Público Transportes Turismo

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Página inicial do site www.redegoverno.gov.br

Depois de estudar o funcionamento do Comércio Eletrônico e as suas modalidades, fica claro como a Internet agiliza processos, reduz a burocracia e os custos. Compras podem ser feitas de forma eficaz, conectando-se com vários fornecedores e analisando melhores preços e condições.

Disponibilizar instrumentos de tecnologia da informação e comunicação para a população é o grande desafio, a missão dos Governos Eletrônicos.

Assim você finaliza os estudos sobre Comércio e Governo Eletrônico, estando pronto para realizar o Quis disponibilizado na sequência. Basta responder à algumas questões.

Bom estudo!

Prof. Wagner

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