módulo 6 fisiologia - daniela dantas

34
Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013 Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Práticas de Atividades Fisícas e Desportivas Módulo 6 Fisiologia do Desporto 1 | Página

Upload: vera-filipa-silva

Post on 26-Jun-2015

475 views

Category:

Documents


8 download

TRANSCRIPT

Page 1: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva

Práticas de Atividades Fisícas e Desportivas

Módulo 6

Fisiologia do Desporto

Daniela Dantas

Nº9

2012-2013

1 | P á g i n a

Page 2: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Índice

Introdução------------------------------------------------------------------------------------------------3

1-Conceitos

Fisiologia do exercício -----------------------------------------------------------------------4

Fisiologia do esforço --------------------------------------------------------------------------4

Atividade física----------------------------------------------------------------------------------5

Aptidão física -----------------------------------------------------------------------------------5

Componentes da aptidão física ---------------------------------------------------------6

Exercício físico ----------------------------------------------------------------------------------6

Treino físico --------------------------------------------------------------------------------------6

Benefícios da atividade física regular -------------------------------------------------72-Capacidades físicas

Capacidades físicas condicionais e coordenativas ------------------------------8

Resistência ---------------------------------------------------------------------------------------9

Flexibilidade ------------------------------------------------------------------------------------10

Destreza geral ---------------------------------------------------------------------------------11

Coordenação---------------------------------------------------------------------------------12

Agilidade----------------------------------------------------------------------------------------12

Ritmo----------------------------------------------------------------------------------------------123- princípios gerais e sistemas energéticos.

A energia e o ATP ----------------------------------------------------------------------------13

Como são absorvidas as calorias? ----------------------------------------------------13

O que é a caloria ? -------------------------------------------------------------------------14Como são absorvidas as calorias?

----------------------------------------------------15Como se da produção de gorduras no organismo? ---------------------------

15

2 | P á g i n a

Page 3: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Como são queimadas as calorias? ---------------------------------------------------16

Como o organismo gasta a energia? ------------------------------------------------16

Acelere o metabolismo --------------------------------------------------------------------17

Porque os músculos crescem? ----------------------------------------------------------17Como é obtida a energia que faz o nosso corpo funcionar? ---------------

17Conta energética

---------------------------------------------------------------------------18Bateria carregada

---------------------------------------------------------------------------18A energia e o ATP

----------------------------------------------------------------------------19Como se obtém energia para a atividade física? ------------------------------

20Fontes de ATP - Nutrientes

----------------------------------------------------------------21Produção de ATP - 3 vias

------------------------------------------------------------------22Via anaeróbia alática (ATP - CP)

------------------------------------------------------23

Via anaeróbia lática (glicólise anaeróbia)

-----------------------------------------24

Via aeróbia (glicólise aeróbia)

----------------------------------------------------------25

Resumindo

-------------------------------------------------------------------------------------25

Conclusão-----------------------------------------------------------------------------------

----27

3 | P á g i n a

Page 4: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Introdução

Este dôssier são as todas as aulas que demos neste módulo.

Este módulo foi dado na disciplina de Prática de Atividades fisícas e

desportivas e é módulo de fisiologia do desporto

Este dôssier contém todas as matérias dadas nas aulas, como todos os

conceitos e definições sobre o assunto. Contém também o que são e quais

são as capacidades físicas e motoras, e de onde provém a nossa energia.

Fisiologia

4 | P á g i n a

Page 5: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

1- Conceitos

A fisiologia ( do grego physis = natureza, função ou funcionamento; e logos = palavra ou estudo).

É o ramo da biologia que estuda as múltiplas funções mecânicas, físicas e bioquímicos nos seres vivos. De uma forma mais sintética, a fisiologia estuda o funcionamento do organismo.

Fisiologia do exercício

A fisiologia do exercício desenvolveu-se a partir da sua disciplina mãe, a filosofia.

Pode ser definida como a área do conhecimento cientifico que estuda como o organismo se adapta fisiologicamente ao stress agudo do exercício, isto é, à atividade física e também ao stress crónico do treino físico. Estuda como o exercício altera a estrutura e a função do corpo humano.

Fisiologia do esforço

A fisiologia do esforço estuda os processos adaptados e relacionado com a atividade física na educação de tarefas motoras em diferentes situações de exercício.

Atividade física

5 | P á g i n a

Page 6: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Qualquer movimento corporal, produzindo pelos músculos esqueléticos, que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.

Aptidão física

Estado de funcionamento corporal caraterizado pela capacidade de tolerar o stress do exercício.

Refere-se a estar apto para a atividade física, de acordo com os músculos usados, forças desenvolvidas e duração do uso.

Componentes: força muscular, potência muscular, resistência muscular, resistência cardiorespiratória, flexibilidade e composição corporal.

Componentes da aptidão física

Força muscular é a forma máxima que um músculo pode desenvolver. A força está diretamente relacionada ao tamanho do músculo.

Potência muscular depende da força e da velocidade

[potência= (força x distância) / tempo]

6 | P á g i n a

Page 7: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Resistência muscular é a capacidade de gerar ou sustentar a força máxima repetidamente.

Exercício físico

Atividade realizada com o objetivo de melhorar, manter ou expressar um tipo de aptidão física.

Treino físico

Uso repetido do exercício para melhorar a aptidão física.

O corpo adapta-se ao exercício

“a falta da atividade destrói a boa condição de qualquer ser humano,

enquanto o movimento e o exercício físico metódico salva e preserva-o”.

7 | P á g i n a

Page 8: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Platão

Beneficios da atividade física regular

Reduz os riscos de doença cardíaca;

Diminui a depressão;

Ajuda no controle do peso;

Ajuda a estabelecer e manter ossos, múscuolos e articulações

saudáveis;

Ajuda os iodos a fortalecerem e serem capazes de se movimentar.

Aspetos antropométricos : diminui a gordura;

Aspetos metabólicos: aumenta o volume sistólico, aumenta a

potência aeróbica, aumenta a ventilação pulmonar, diminui a PA

(pressão arterial) e melhora a sensibilidade à insulina.

Aspetos psicológicos: melhora a auto-estima, o auto conceito da

imagem corporal, a socialização, diminui o stress, a ansiedade e o

consumo de medicamentos.

2- Capacidades físicas

É através das capacidades físicas que se conseguem executar ações motoras, desde as mais simples às mais complexas (andar, correr, saltar, nadar, etc...).

O facto de ser mais veloz, mais flexivel ou mais forte e tem uma origem hereditária, transmissivel depois de pais para filhos, mas também tem a ver com a forma como vamos desenvolvendo/ treinando as fereidas capacidades ao longo dos anos.

8 | P á g i n a

Page 9: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

As capacidades físicas dividem-se em dois gfrandes grupos:

As capacidades condiconais, relacionam-se com o aspeto quantitativo do movimento e são dependentesn dos processos de detenção de energia e de fadiga;

As capacidades coordenativas, relacionam-se com o aspeto qualitativo do movimento e dependem fundamentalmente de processos de controlo de movimento e da coordenação entre o sistema muscular e o sistema nervoso.

Condiconais

Resistência;

Força;

Velocidade;

Flexibilidade;

Destreza.

Coordenativas

Observação;

Controlo motor;

Reação motora;

Antecipação;

Expressão motora;

Representação;

Ritmo;

Deferenciação cinestésica;

Coordenação;

Equilibrio;

9 | P á g i n a

Page 10: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Agilidade;

Orientação espacial.

Ao grau de desenvolvimento das capacidades motoras chama-se

condição física. Esta pode ser melhorada e desenvolvida através do

treino ou preparação física. O seu desenvolvimento é a garantia para a

aprendizagem e para a realização eficaz dos movimentos desportivos,

pois intervém em maior ou menos grau em todas as atividades físicas,

individuais ou coletivas.

Resistência

É uma capacidade revelada pelo sistema muscular que permite realizar

esforços de longa duração, resistindo à fadiga e permitindo uma rápida

recuperação depois dos esforços.

Resistência aeróbica: permite manter por um determinado período de

tempo, um esforço em que o consumo de O2 equilibra-se com a sua

absorçãp, sendo os esforços de fraca ou média intensidade.

Resistência anaeróbica: permite manter por um determinado período

de tempo, um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua

absorção, acarretanto um débito de O2 e que somente será

recompensado em repasso, sendo os esforços de grande intensidade.

Força

É a capacidade que permite reagir contra uma resistência através da

contração muscular. Esta possibilita, entre outros esforços, saltar,

empurrar, levantar, puxar, arremessar.

10 | P á g i n a

Page 11: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Força isotónica (dinâmica): é o tipo de força que envolve os músculos

dos membros em movimento ou suportanto o peso do próprio corpo em

movimentos repetidos.

Força isométrica (estática): é o tipo de força que explica o facto de

haver força produzindo calor e não havendo produção de trabalho em

forma do movimento.

Força explosiva (potência): habilidade de exercer o máximo de

energia num ato explosivo. Potência é igual à força dinâmica x a

velocidade.

Velocidade

É a capacidade que permite realizar movimentos no mais curto espaço

de tempo. Através da velocidade de ração consegue-se reagir

rapidamente a um estímulo visual, auditivo e tátil. Através da velocidade

de deslocamento pod-se percorrer distâncias relativamente curtas no

menor tempo possivel.

Velocidade de deslocamento: capacidade máxima de uma pessoa

deslocar-se de um ponto a outro.

Velocidade de reação: rapidez com a qual uma pessoa é capaz de

responder a um estímulo (visual, auditivo e tátil). Tempo requerido para

ser iniciada a resposta a um estímulo recebido.

11 | P á g i n a

Page 12: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Capacidades físicas – capacidades motoras

Flexibilidade

É a capacidade que permite realizar movimentos de grande amplitude.

Esta capacidade possibilita melhorar a qualidade do gesto motor

tomando os movimentos mais harmoniosos, com maior amplitude a mais

eficazes.

Destreza geral

É a capacidade que permite dominar, de forma segura, gestos motores

mais ou menos complexos (com alternância, de ritmos, de velocidade,

com ou sem deslocamento).

Capacidades coordenativas

Alguns exemplos das capacidades físicas coordenativas que

deverão ser trabalhadas entre os 6 e os 10 anos de idade

(período sensível).

Coordenação

Capacidade de executar movimentos complexos de modo conveniente,

para que possam ser realizados com o minimo de esforço. Constitui-se

uma atividade psicomotora indespensável em todas as habilidades

desportivas devendo ser trabalhada em todos os programas de

Educação Física desde os primeiros níveis. A repetição contínua de

movimentos combinados, melhora gradualmente a coordenação. É o

resultado de um trabalho conjunto do sistema nervoso e o muscular,

12 | P á g i n a

Page 13: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

mostrando-se os movimentos coordenados, amplos e económicos, sem

desnecessárias contrações.

Agilidade

Habilidade que se tem para mover o corpo no espaço. Habilidade do

corpo inteiro, ou de um segmento, em realizar um movimento mudanças

direção rápida e precisamente requer uma combinação de várias

qualidades físicas e embora dependa da carga hereditária, pode ser

bastante melhorada com o treino.

Ritmo

É a ordenação dos movimentos sequência de movimentos repetidos

várias vezes, de forma equilibrada e harmonia.

3 - Princípios gerais e sistemas energéticos

A energia e o ATP

O organismo masculino gasta para se manter ativo entre 1600 e

1800 calorias diárias, enquanto as mulheres 1200.

Para garantir um organismo saudável, é preciso compreender um

mecanismo complexo como o organismo queima calorias (Cal). Se

ingerir-mos mais energia do que gastar, criará depositivos de gordura. E,

para queimá-las, a única fórmula é aumentar a rotina de AF.

Segundo endocrinologistas se tomar laxantes e duréticos, a pessoa

notará uma redução de peso, mas não ficará mais magra, pois em vez de

gordura terá perdido liquidos. Além do risco de desiquilibrar o

13 | P á g i n a

Page 14: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

organismo, a água perdida será recuperada assim que o índividuo ingerir

liquidos. O mesmo vale para regimes radicais.

As dietas de baixo valor calórico ou com distribuição inadequada de

nutrientes podem promover uma redução de peso às custas de massa

magra (musculatura), que é muito mais dificil de ser recuperada do que

a massa gorda.

As Cal funcionam no corpo humano como um combustível para um carro.

Transformados em energia dentro do organismo, os nutrientes dos

alimentos garantem-nos disposição para o exercício das tarefas

quotidianas.

O problema é o que sedentarismo faz com que cada vez menos as

pessoas gastem a energia ingerida. Por exemplo, deixar de gastar 300

Cal diariamente (correspondente a um bife frito ou a uma taça de

mousse de chocolate) gera um aumento de 6 a 8kl ao final de 1 ano.

Segundo um cirurgião do aparelho digestivo, é preciso mais cuidado com

as gorduras, embora o açúcar tenha assumido a fama de vilão (enquanto

uma grama de açúcar tem 4 Cal, a mesma quantidade de gordura tem

9).

A gordura é pior, mas é preciso controlar ambas.

A boa notícia é que até quando estamos parados, gastamos energia

entre 60% a 70% do que ingerimos é consumido na própria manutenção

do organismo, por meio dos processos digestivos da respiração e do

pensamento. O índice de cal gastas varia de pessoa para pessoa, e

envolve características como idade e sexo. Para emagrecer é necessário

investir em atividade física regular, capaz de aumentar de 20% a 30% o

gasto de enrgia. A grande vantagem é que o aumento da queima

calórica será mantido por cerca de 24 horas após o exercício.

Como são absorvidas as calorias?

Ao entrar no estômago, os açucares e as proteinas são quebrados por

enzimas, para permitir o aproveitamento dos nutrientes pelo organismo.

14 | P á g i n a

Page 15: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Depois de preparadas, as moléculas são obsorvidas pela corrente

sanguinea.

A corrente sanguinea leva as moléculas desdobradas para o figado, onde

tem ínicio a absorção da gordura do alimento ingerido. Os nutrientes são

metabolizados por uma enzima chamada acetil-coenzima A.

Após a metabolização dos nutrientes no figado há libertação de gás

carbónico e nergia (calórica). O gás carbónico é levado pela corrente

sanguinea aos pulmões, onde é filtrado e libertado pela respiração. A

energia é distribuida a centros vitias, como cérebro, músculos e coração,

servindo como combustível para a realização das atividades diárias.

Se o gasto energético for igual à ingestão de calorias, haverá equilibrio.

Se essa energia não for gasta num período de 3 a 6 semanas, as calorias

acumuladas no tecido muscular serão devolvidas à corrente sanguinea.

Depois de metabolizadas novamente no figado, a energia não gasta será

transformada em gordura e acumulada no tecido adiposo.

Nos homens adultos, a tendência é de formação de manto de gordura,

no abdômen. Nas mulheres, o depósito mais frequente é nos quadris.

O que é a caloria?

Medida usada para expressar o valor energético dos alimentos, a caloria

é a quantidade necessária para elevar a temperatura de 1kg (ou litro) de

água em um grau centigrado (1ºC). Sua designação mais correta é

quilocaloria (KCal).

A quantidade de energia de um alimento é medida pela energia obtida

em sua queima. Se queimarmos a mesma quantidade de pão e

amendoim para aquecer uma mesma quantidade de água, ao medir a

temperatura da água no final da queima, perceberemos que ela fica

mais aquecida quando o amendoim é o combustivel. O amendoim liberta

mais energia por ser constituido de menor quantidade de água e por ter

substâncias mais calóricas que o pão.

15 | P á g i n a

Page 16: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Como sao absorvidas as calorias?

Os alimentos que ingerirmos são distribuidos em diferentes grupos

alimentares.

1- Hidratos de carbono (faricinos, pães, massas, batata, fruta, doces,

alcool) transformam-se em glicose, maior fonte de energia, durante a

digestão. A glicose deve ser “gasta” nas primeiras horas após sua

ingestão, caso contrário será armazenada como gordura. Cada grama

de hidratos de carbono tem 4KCal.

2- Gorduras (óleos, gordura de carnes, manteiga, margarina)

transformam-se em ácidos graxos. Cada grama de gordura tem

9Kcal.

3- Proteinas (carnes magras, leite, ovos, queijo, iogurte) transforma-se

em aminoácidos. Ajudam a manter a massa muscular e a repor

vitaminas. Se ingeridos em excesso, podem sobrecarregar rins e

figado. Cada grama de proteina tem 4Kcal.

4- Fibras e vitaminas são reguladoras do organismo. As fibras

vegetais são a parte não absorvivel dos alimentos (frutas, hortaliças,

cereais integrais), ajudando a manter a função intestinal. As viaminas

são fornecidas por frutas, vegetais e carnes. Eliminadas praticamente

intactas nas fezes, são indespensáveis para as funções vitais e para

as defesas do organismo.

Como se dá produção de gorduras no organismo?

Variável de pessoas para pessoa, depende de mecanismos. O principal é a

ação da enzima lipase lipo proteica, que parece ser maior em pessoas como

propensão à obesidade, mesmo após elas emagrecerem (o que explicaria a

tendência de engordar após uma dieta). A gordura armazenada é derivada

do excesso de carboídratos e de gorduras, associada a uma baixa queima

calórica.

16 | P á g i n a

Page 17: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Como são queimadas as calorias ?

Os nutrientes servem de combustível para produzir adenosina trifosfato

(ATP, a energia corrente no organismo. Eles são transformados em ATP por

meio de reações químicos que ocorrem dentro das mitocôndrias das células.

O primeiro nutriente utilizado pelo organismo é a glicose, exigida pelo SNC.

Em exercícios de curta duração, como uma caminhada de 15 minutos, é nas

reservas de gordura depositadas no músculo e no fígado que o corpo vai

buscar energia, por isso nao se percebe um resultado estético.

Nos exercícios de maior duração de 40 a 60 minutos, o corpo passa a usar

os lipidos (gorduras) - as gorduras localizadas. Como a solicitação de

energia é mais lenta e constante, há tempo de ir busca-la em fontes mais

calóricas, mas também mais difíceis de "quebrar" como as gorduras.

Quando há falta desses nutrientes no organismo, os amnoácidos (proteínas)

dos músculos são queimadas e utilizadas como combustível para produzir

energia. Esse processo pode levar ao desequilíbrio orgânico, como a queima

da chamada massa magra (músculos).

Em média, para queimar um quilo de gordura é preciso que o corpo gaste 7

mil calorias.

Como o organismo gasta a energia ?

1) consumo interno

Denominada taxa de metabolismo basal, corresponde ao mínimo de energia

que o corpo necessita para manter as suas funções vitais em repouso.

17 | P á g i n a

Page 18: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

O organismo masculino gasta para se manter ativo entre 1.6 mil e 1.8 mil

calorias diárias, enquanto as mulheres 1.2 mil.

O valor depende da quantidade de massa magra (músculos, ossos, órgãos,

líquidos e outros tecidos) metabolicamente ativa. A massa gorda (gorduras)

nao consome calorias para se manter.

Para manutenção de peso, em indivíduos com pouca atividade fisca,

geralmente a quantidade de calorias necessárias varia de 1800 a 2500 kcal/

dia.

2) com as atividades físicas

A atividade física é o componente mais variável gasto de energia,

representando de 20% a 30% do gasto de energia diário total.

O exercício aeróbico de intensidade moderada e frequente, como

caminhadas de 40 a 60 minutos, no mínimo 4 vezes por semana, é a melhor

maneira de acelarar a queima calórica. A atividade física associada a uma

alimentação equilibrada e distribuída durante a dia é a única forma de

perder peso de forma saudável, reduzindo principalmente gordura e não

massa magra.

O aumento da queima calórica começa após alguns minutos de exercício,

mas vai atingir os melhores níveis de frequência cardíaca.

Acelere o metabolismo

Quando se começa a fazer exercícios, a frequência cardíaca sobe isso

porque o coração passa a bombear mais rapidamente o sangue, garantindo

oxigênio e energia para os músculos.

18 | P á g i n a

Page 19: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Nos músculos, o trabalho das mitocôndrias, estruturas responsáveis pela

respiração celular, aumenta. São elas que transformam oxigênio em energia

para a célula.

Com isso, o metabolismo do corpo fica acelerado, e o gasto calórico é maior.

Assim, o organismo vai precisar extra, e vai busca-la na gordura acumulada

no tecido adiposo.

O melhor é que esse maior gasto calórico persiste por cerca de 24h.

Porque os músculos crescem?

Diante do esforço, as fibras musculares sofrem ruturas. Esses "machucados"

são, com o tempo, preenchidos por proteínas - é como um processo de

cicatrização . As proteínas extra que se incorporam ao músculo fazem seu

volume aumentar, e o corpo ganha massa muscular.

Propagandas que dizem que determinados medicamentos ou "produtos

naturais" aumentam a queima calórica são enganosos. Não há comprovação

científica, e alguns produtos podem ser prejudiciais.

"Saltar refeições" nao facilita o emagrecimento. O corpo precisa de

nutrientes em quantidades pequenas, mas que sejam fornecidos a cada 3 a

4 horas. Quem suprime uma refeição, principalmente o pequeno-almoço,

fica com o seu gasto energético reduzido para a poupar energia para o

organismo.

Exercício físico nao deve ser feito em jejum. Além de nao queimar calorias

adequadamente, pode causar danos à musculatura. É indicado fazer uma

refeição leve antes de se exercitar.

Após ter emagrecido nao é indicado retornar aos "velhos hábitos" de

sedentarismo e alimentação inadequada. So consegue manutenção dos

resultados obtidos quem mantém hábitos saudáveis por toda a vida.

19 | P á g i n a

Page 20: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Como é obtida a energia que faz o nosso corpo funcionar?

A energia é obtida for nutrientes dos alimentos, como a glicose, as proteínas

e os hidratos de carbono. A ENERGIA não é nenhuma molécula: é a

capacidade que o nosso corpo tem de realizar trabalho, ou seja, fazer força

ou provocar deslocamentos. Mas, para que um pedacinho de pão nosso de

cada dia vire energia, não basta que seja engolido, mastigada e digerido.

Ele tem que ser quebrado em moléculas pequenas, que possam ser

absorvidas pelas células.

A GLICOSE é a principal dessas moléculas. O corpo humano transforma em

trabalho 30% da energia que consome, o mesmo que um automóvel.

O restante da glicose vai para a manutenção das atividades vitais do

organismo, como batimentos cardíacos e sinapses cerebrais. Por isso, temos

que abastecer a nossa "máquina" várias vezes ao dia. Para funcionar bem,

uma pessoa deve consumir, em média, 30 calorias por quilo do seu peso.

Uma pessoa com 64kl, por exemplo, deve fazer uma dieta diária de cerca de

2 mil calorias.

GLICOSE NA VEIA

Molécula que funciona como combustível e é desdobrada até virar energia

para o corpo.

1. Como um pedaço de pão é milhões de vezes maior que uma célula, o

primeiro passo é quebra-lo em porções cada vez menores, os

HIDRATOS DE CARBONO, através da mastigação e da digestão. Isso

acontece até stevos hidratos de carbono sejam reduzidos à sua

menor unidade: a glicose. No intestino delgado, ela é absorvida pelo

sistema venoso, segue para o fígado, tecidos periféricos e finalmente

à célula.

20 | P á g i n a

Page 21: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

2. A glicose entra no citoplasma, a porção aquosa da célula, e sofre sua

primeira divisão. Uma molécula da glicose da origem dá origem a

duas de ácido pirúvico. Em bactérias, a respiração termina aqui – por

isso o aproveitamento energético delas é bem menor.

3. Os ácidos pirúvicos seguem para a mitocôndria, organismo

responsável pela respiração celular. Para obter mais energia, começa

o CICLO DE KREBS, uma sequência de reações. Nessa fase, o ácido

perde hidrogénios, que vão para outras moléculas e carbonos. Estes

ligam-se ao oxigéni disponivel na célula, gerando CO2, que sai na

respiração. No fim do ciclo, todos os carnbonos da glicose viram CO2.

4. Os hidrogénios que sairam da 5 molécula de ácido pirúvico tendem a

ligar-se ao oxigénio da respiração. Ao se unirem na crista da

mitocôndria, hidrogénio e oxigênio formam a famosa molécula de

H2O. Parte dessa água é eliminada, e outra parte fica dentro da

célula atuando nas reações quimicas e ajudando a formar o

citoplasma.

5. 5. Mas sobram alguns iões H+, que são atraídos para o lado interno

da membrana, que está carregado de iões negativos. Para isso, eles

passam por um caminho específico, uma espécie de "turbina" em

forma de guarda chuva, a ATP-sintase, que gira e liga um fosfato,

que já está na célula, a um ADP, que também está por ali, formando

o ATP, que fica livre para participar de outras reações nas nossas

células.

6. Uma das reações que usa energia é a contração muscular. Duas das

proteínas do músculo fazem as contrações: a actina e a miosina. A

miosina liga-se ao ATP vindo da mitocôndria, e curva-se sobre a

actina. O ATP então quebra-se, libertando um fosfato e um ADP, que

ficam livres para ser recarregados novamente. Assim a actina e a

miosina deslizam uma sobre a outra, realizando o movimento.

Para que as duas se soltem e o músculo relaxe, é preciso que outro

ATP ligue à miosina, desligando as duas proteínas.

21 | P á g i n a

Page 22: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Conta energética

Para onde vai a energia que o corpo produz.

Cérebro - 19%

As sinapses (comunicação entre os neurônios) consomem a maior

parte da energia. Como tem pouco glicogenio de reserva, o cérebro

pode sofrer danos graves quando falta glicose, mesmo que por um

breve intervalo de tempo.

Músculos esqueléticos - 18%

As contrações musculares demandam muito energia. Em atividades

físicas intensas, os músculos utilizam o glicogenio, que armazenam

em grande quantidade.

Coração - 7%

O coração depende muito da energia imediata da glicose. Por isso, a

mitocôndrias são mais abundantes no músculo cardíaco do que no

esquelético.

Baço e fígado - 27%

É principalmente no fígado que nosso stoke energético - o glicogenio

- está armazenado. É dele que retiramos a energia enquanto

dormimos, por exemplo.

Rins - 10%

A maior parte dessa energia é usada para a produção de urina. O

restante é utilizado para fabricar hormonas ou eliminar toxinas do

resto do corpo.

Bateria carregada

22 | P á g i n a

Page 23: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

O ATP, ou adenosina trifosfato, é como uma bateria: carrega e

descarrega a cada vez que os H+ movem a "turbina". Mas o que o ATP

tem a ver com o pãozinho? Cada vez que 1g de glicose é queimada, 4

calorias são libertadas, recarregando milhares de ATP's. Para fazer uma

hora de aula, por exemplo, o seu corpo consome, cerca de 126 calorias,

ou seja, pelo menos 30g de hidratos de carbono são necessários, o que

corresponde a um pão.

A energia e o ATP

Para realizar quase todas as tarefas que o nosso corpo necessita para a

nossa sobrevivência (funções biológicas), ou para que possa realizar uma

ação do nosso comando (movimentos e exercícios), é necessário um gasto

de energia. Esta energia é proveniente de uma molécula chamada ATP

adenosina trifosfato - uma molécula universal condutora de alta energia,

fabricada em todas as celular vivas.

Como se obtém energia para a atividade física ?

ATP é degradado e pode ser proveniente :

Fosfocreatina - cp (uma molécula geradora de energia)

Gorduras

Hidratos de carbono

Proteínas

É da degradação dos vários nutrientes que se obtém a energia química

neles contida, a qual possibilita todas as atividades celulares.

Este processo comporta 3 fases:

1. digestão dos alimentos

23 | P á g i n a

Page 24: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

2. passagem destes nutrientes do sangue para o interior das várias

células, nomeadamente músculos

3. degradação destes nutrientes no meio intra celular.

Fontes de ATP – nutrientes

Os alimentos produzem energia para formar o ATP :

1. hidratos de carbono (glicose) - quando nao é necessário é

armazenado sob a forma de glicogenio;

2. lipidos (gorduras ácidos gordos);

3. prótidos (proteínas - aminoácidos) - proteínas musculares : actina e

miosina.

Os lipidos e prótidos só podem ser aproveitados por via aeróbia. Tem

importância no metabolismo estrutural.

Produção de ATP - 3 vias

1. anaeróbia alática - a partir da fosfocreatina (ATP+CP) sem

presença de O2.

2. anaeróbia lática - a partir dos glúcios (glicose L) sem presença de

O2

3. aeróbia - a partir de todos os macronutrientes (glicólise + lipólise)

exige presença de O2

Via anaeróbia alática (ATP - CP)

A célula recorre a compostos existentes no seu interior para a produção

energética. O ATP e a CP. (fosfocreatina)

24 | P á g i n a

Page 25: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Este processo é extremamente potente (capaz de produzir grandes

quantidades de energia por unidade de tempo - potência máxima) mas de

reduzida capacidade (não se mantém por longos períodos de tempo)

Está potência máxima atinge-se entre os 3" e os 5", e a capacidade de

funcionamento festa fonte energética ronda os 10" em esforço máximo.

Via anaeróbia lática (glicólise anaeróbia)

Entra em funcionamento quando se esgotam as reservas de ATP e CP e

após cerca de 5 a 10" de esforço, mas so produz energia significativa depois

de 15 a 20". A sua potência máxima atinge-se entre os 30" e os 90".

A partir desse momento a produção energética decresce, esgotando-se

entre os 3 e os 6 minutos.

A célula recorre a hidratos de carbono armazenados, degradando-os em

ácido lático, por não dispor de O2 em quantidade e tempo suficientes.

Via aeróbia (glicólise aeróbia)

É a fonte de energia privilegiada nas atividades de resistência de grande

duração

Inicia-se pelo mesmo processo da fonte anaeróbia lática

Existe O2 em quantidade suficiente e o processo de degradação dos

nutrientes continua num conjunto de reações que permite uma produção

adicional.

Não há acumulação do ácido lático nos músculos.

Todos estes processos demoram entre 90" a 2' a entrar em funcionamento,

sendo que a potência energética máxima se obtém usualmente entre os 2 e

os 5 minutos.

25 | P á g i n a

Page 26: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

A duração desta fonte é teoricamente infinita, desde que se mantenha o

abastecimento de nutrientes e oxigênio.

Resumindo:

produção anaeróbia glicólise e a degradação da fosfocreatina

citoplasma das células.

Produção aeróbia glicólise ou beta-óxidação das gorduras passando pelo

ciclo de krebs mitocôndria

Fontes energéticas Intensidade exercício

Duração VIA

ATP Máxima 1 a 3” Anaeróbia aláticaCP Máxima 10 a 15” Anaeróbia aláticaGlicogénio Sub-máxima 45 a 180” Anaeróbia láticaO2 Moderada 3 a várias horas Aeróbia

26 | P á g i n a

Page 27: Módulo 6   fisiologia - daniela dantas

Apoio à Gestão Desportiva 2012-2013

Conclusão

Este dôssier, está bastante resumido, está de uma forma percetível e está

de maneira a que quem quiser, principalmente alunos do curso, ou

simplesmente interessados neste assunto, poderá consultar este dôssier, e

ficar esclarecido.

27 | P á g i n a