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EMA 253 - FENÔMENOS DE TRANSPORTE - Profa. Adriana Silva França
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Mecânica dos Fluidos
Fluido: Substância que se deforma continuamente sob a aplicação de uma tensão de cisalhamento
(tangencial), por menor que seja esta tensão.
� líquidos e gases
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Equações Básicas
Princípios de Conservação: Massa, Energia e Quantidade de Movimento
Leis Básicas: Segunda Lei de Newton, Primeira e Segunda Leis da Termodinâmica
Leis Básicas + Princípios de Conservação � Equações Básicas
Métodos de Análise
Sistema: quantidade fixa e identificável de massa, separada do meio externo por fronteiras definidas,
fixadas ou móveis, através das quais não ocorre transferência de massa.
ex: conjunto pistão-cilindro (termodinâmica)
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Volume de Controle: volume arbitrário no espaço, através do qual fluidos escoam. O volume de
controle é envolto por uma superfície de controle, que pode ser real ou imaginária, e pode
estar em repouso ou em movimento.
ex: escoamento de fluidos em dutos
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Abordagens: Diferencial × Integral
Volumes de Controle Infinitesimais � equações diferenciais
Volumes de Controle finitos � equações integrais
Métodos de Descrição
Lagrangiano: acompanha os elementos identificáveis de massa (ex: partículas)
Euleriano: avalia as propriedades de um escoamento qualquer em um ponto no espaço, em função do
tempo
Dimensões e Unidades
comprimento → m; tempo → s; massa → kg; temperatura → K
Livro texto: págs. 1 a 11 (capítulo 1 – ler exemplos resolvidos)
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Fluidos e o Meio Contínuo (Continuum)
Fluidos: são constituídos de moléculas em constante movimento
Engenharia: interesse em efeitos macroscópicos de muitas moléculas
↓
efeitos que são mensuráveis
↓
fluido considerado substância divisível infinitamente
↓
meio contínuo (continuum)
↓
propriedades são funções contínuas do espaço e do tempo
Campos de Velocidade
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Fluido em movimento → campo de velocidades
)t,z,y,x(VVrr
=
kwjviuV ++=r
u, v e w são funções de x, y, z e t !!!
Propriedades em todos os pontos de um campo de escoamento não variam com o tempo →
escoamento em regime permanente
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)z,y,x(ou0t
ρ=ρ=∂ρ∂
)z,y,x(VVou0t
V rrr
==∂∂
Escoamentos uni-, bi- e tridimensionais !!!
Escoamento uniforme.
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Para os campos de velocidade apresentados a seguir, definir se o escoamento é uni, bi, ou tri-
dimensional e permanente/transiente
a) ( )iaevbx−=
r
b) ( )ieaxvbt2 −=
r
c) ( ) ( )jbyitaxv 2−+=r
d) ( ) ( )[ ]kz/1yxav 32/122 +=r
e) ( ) jbyztiaxyv −=r
Trajetórias: caminho traçado por uma partícula de fluido em movimento
Linha de emissão (raias): linhas unindo partículas de fluido que passaram, em um dado momento, por
um determinado ponto fixo no espaço
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Linhas de Fluxo ou de corrente: linhas traçadas no campo de escoamento de forma que, em um dado
instante do tempo, elas são tangentes à direção do escoamento em todos os pontos no campo de
escoamento
Escoamento permanente → trajetórias, raias e linhas de fluxo são idênticas no campo de escoamento
Escoamento transiente → trajetórias, raias e linhas de fluxo não coincidem no campo de escoamento
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Campo de Tensões
As tensões em um meio resultam de forças agindo em alguma parte do meio. São necessárias nove
quantidades para especificar o estado de tensão de um fluido.
Forças de superfície: forças agindo sobre as fronteiras de um meio por contato direto. Ex: pressão,
atrito
Forças de campo: forças desenvolvidas sem contato físico e distribuídas sobre o volume do fluido.
Ex: gravitacional, eletromagnética
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Tensão em um Ponto
C
δA
δFn
δF
δFt
n
A
Flimtensão
0Ar
r
r δδ
≡→δ
Ar
δ : porção da superfície, em torno do ponto C, na qual age Frδ
A orientação de Ar
δ é dada pelo vetor unitário normal nr !!
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Frδ pode ser decomposta em duas componentes, uma normal e a outra tangente à superfície A
rδ .
Tensão normal:
n
n
0An A
Flimn δ
δ=σ
→δ
Tensão de cisalhamento:
n
t
0An A
Flimn δ
δ=τ
→δ
Quantidades vetoriais → sistemas de coordenadas ortogonais
Coordenadas cartesianas → tensões agindo em planos cujas normais direcionadas para fora estão nas
direções x, y e z.
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y
z
x
δFy
CδF
x
δFz
δτxy
C
δσxx
δτxz
y
x
z
x
x
0Axx A
Flimx δ
δ=σ
→δ
x
y
0Axy A
Flimx δ
δ=τ
→δ
x
z
0Axz A
Flimx δ
δ=τ
→δ
στττστττσ
zzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
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Fluidos podem ser classificados em função da relação entre a tensão aplicada e a taxa de deformação
do mesmo.
δy
x
y
δx
δα
δl
M M' P P'
N O
Força, Fxvelocidade, δu
elemento fluidono tempo t + dt
elemento fluidono tempo t
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y
x
y
x
0Ayx dA
dF
A
Flimy
=δδ
=τ→δ
Durante o intervalo de tempo δt, o elemento fluido é deformado da posição MNOP para a posição
M’NOP’.
dt
d
tlimdeformaçãodetaxa
0t
α=
δδα
=→δ
Para avaliar τyx, deseja-se expressar dα/dt em termos de quantidades mensuráveis !!
Distância entre os pontos M e M’: δl = δuδt (*)
Para ângulos pequenos: δα≈tan(δα)=δl/ δy
δl = δyδα (**)
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Igualando para δl: y
u
t δδ
=δδα
Tomando-se o limite em ambos os lados da igualdade:
dy
du
dt
d=
α
Portanto, o elemento fluido quando submetido a uma tensão de cisalhamento τyx, sofre uma
deformação cuja taxa é du/dy !
Fluidos Newtonianos
Fluidos para os quais a tensão de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa de deformação.
Fluidos Não Newtonianos
Fluidos para os quais a tensão de cisalhamento não é proporcional à taxa de deformação.
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Fluidos Newtonianos
A tensão é diretamente proporcional à taxa de deformação.
Deformação de fluidos Newtonianos diferentes: água e glicerina
↓
Glicerina irá apresentar maior resistência à deformação que a água
↓
Diz-se que a glicerina é mais viscosa que a água
dy
duyx µ=τ
µ = viscosidade absoluta (ou dinâmica)
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A viscosidade é uma medida do cisalhamento viscoso, que, por sua vez, resulta da troca de
quantidade de movimento entre moléculas em constante movimento → µ = µ(T)
Fluidos Não Newtonianos
Modelos de potência: n
yx dy
duk=τ
dy
du
dy
du
dy
duk
1n
yx η==τ−
η = viscosidade aparente
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Pseudoplástico: fluido para o qual a viscosidade aparente diminui com o aumento da taxa de
deformação
Ex: soluções de polímeros de alto peso molecular, polpa de papel e tintas de impressoras
Dilatante: fluido para o qual a viscosidade aparente aumenta com o aumento da taxa de deformação
Ex: suspensões de amido, suspensões de areia
Plástico de Bingham: fluido que se comporta como um sólido até que uma tensão crítica mínima seja
excedida e, subsequentemente, exibe uma relação linear entre tensão e taxa de deformação
Ex: suspensões de argila, pasta de dente, cimentos
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Tixotrópico: fluidos que apresentam diminuição na viscosidade aparente com o tempo, sob a
aplicação de tensão de cisalhamento constante
Ex: algumas tintas, margarina, creme de barbear, ketchup
Reopético: fluidos que apresentam aumento na viscosidade aparente com o tempo, sob a aplicação de
tensão de cisalhamento constante
Ex: clara de ovo, Maionese
Viscoelástico: fluido que retorna parcialmente ao estado original após deformação, quando a tensão
aplicada é retirada
Ex: alguns shampoos, leite condensado, gelatina em água
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Descrição e Classificação de Escoamentos de Fluidos
Escoamento não-viscoso: os efeitos de viscosidade são desprezados, ou seja, a viscosidade do fluido
é suposta nula.
Escoamento viscoso
camada limite
x
y
U U U
No escoamento viscoso, o fluido em contato direto com uma superfície sólida tem a mesma velocidade que a superfície
↓ não há deslizamento na superfície !!
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Pode-se dividir o escoamento em duas regiões distintas: na região adjacente à superfície, tensões de
cisalhamento estão presentes (gradientes de velocidade, du/dy), e esta região é denominada camada
limite. Fora da camada limite o gradiente de velocidade é zero, e, nesta região, pode-se aplicar a
teoria de escoamento não-viscoso para analisar o escoamento.
Escoamentos Laminar e Turbulento
No regime laminar, a estrutura do escoamento é caracterizada pelo movimento em lâminas ou
camadas, não havendo mistura macroscópica de camadas de fluido adjacentes. A estrutura do
escoamento no regime turbulento é caracterizada pelo movimento tridimensional aleatório das
partículas do fluido sobreposto ao movimento médio do fluido.
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Transição entre os regimes laminar e turbulento
Osborne Reynolds (1880 – engenheiro britânico)
Número de Reynolds µ
VDρRe =
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Representa a razão entre as forças de inércia (favorável ao movimento) e viscosas (desfavorável ao
movimento).
Laminar: forças viscosas >>> forças de inércia → Re pequeno
Turbulento: forças viscosas <<< forças de inércia → Re grande
Escoamento Incompressível: escoamento no qual variações na densidade são desprezíveis.
Ex: líquidos em geral e gases com M < 0,3 (M ≡ V/c)
Escoamento Compressível: variações na densidade são significativas
Ex: gases com M > 0,3
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Escoamentos Interno e Externo
Considere o escoamento de um fluido newtoniano (µ = 0,5 N s/m2) sobre uma parede plana
horizontal. Sabe-se que a velocidade da camada de fluido localizada a 7 cm de distância da parede
equivale a 1m/s. Avalie a tensão de cisalhamento em y=0, 5 e 7 cm, considerando que o perfil de
velocidade pode ser aproximado por
a) uma reta e b) uma equação do tipo u=a(0,07-y)2 +b
Livro texto: págs. 15 a 28; 31 a 37
Estudar o exemplo 2.2