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Centro de Convenções Ulysses Guimarães Brasília/DF – 16, 17 e 18 de abril de 2013
MODERNIZANDO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COM FOCO NOS RESULTADOS:
O CASO DA FUNDAÇÃO CASA-SP
Berenice Maria Giannella Mauricio da Silva Correia
Fabrizio Mencarini Leandro Timossi de Almeida Arlete Cristina Giacon Gama
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Painel 63/242 Otimização de processos
MODERNIZANDO A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COM FOCO NOS
RESULTADOS: O CASO DA FUNDAÇÃO CASA-SP
Berenice Maria Giannella Mauricio da Silva Correia
Fabrizio Mencarini Leandro Timossi de Almeida Arlete Cristina Giacon Gama
RESUMO A Fundação CASA-SP tem reestruturado e modernizado sua gestão nos últimos anos, pode-se dizer que a situação caótica da antiga FEBEM faz parte do passado e iniciativas recentes tem demonstrado a continuidade do processo de mudança. Um exemplo é o Programa de Bonificação por Resultados, iniciativa da presidência da Fundação CASA-SP e inédito entre as fundações do governo. Para além dos resultados dos indicadores, desenvolve-se outras ações, instrumentos e ferramentas auxiliares a implementação e efetivação do Programa. Outra iniciativa é a implementação, estruturação e divulgação do Serviço de Informações ao Cidadão - SIC, instrumento utilizado para garantir ao cidadão o direito ao acesso à informação, previsto na Lei Federal nº 12.527/2011, e no Decreto Estadual nº 58.052/2012. A implementação da Bonificação por Resultados – BR e Serviço de Atendimento ao Cidadão - SIC, da forma que estão sendo feitas, contribuem para a modernização da administração e, consequentemente, no aprimoramento dos resultados e no monitoramento de avaliação da política socioeducativa. Palavras-chave: Bonificação por Resultados; Serviço de Informações ao Cidadão; Transparência; Modernização; Indicadores; Acesso à Informação.
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INTRODUÇÃO
A Gestão Pública por Resultados entra na agenda da administração
pública por meio do processo de formação de nosso Aparelho Estatal. Com a
redemocratização inicia-se a criação de uma agenda efetiva e de longo prazo em
torno da gestão pública, a Reforma do Estado no Brasil (ABRUCIO, 2007, p. 68).
Com o intuito de combater a herança do regime militar realizaram-se as
mudanças mais significativas com a Constituição de 1988. Os constituintes alteraram
diversas questões referentes à administração pública, destacando-se, a
democratização do Estado, descentralização em resposta ao período de centralismo
político, e a profissionalização da burocracia. (ABRUCIO, 2007, pp. 69).
A Constituição de 1988, embora relevante, deixou de contemplar a
maioria das lacunas da administração pública. Observando a necessidade de
avanços internos e com base na administração pública internacional, Bresser iniciou
uma reforma gerencial no governo Fernando Henrique Cardoso (ABRUCIO, 2007).
Em resposta à crise do Estado e as exigências feitas decorrentes do
cenário à época, entre outros fatores que compõem a reforma gerencial, entra na
pauta a necessidade de aumentar a eficiência via introdução de formas inovadoras
de gestão. Entre acertos e erros a reforma gerencial caminhou de certa forma
fragmentada avançando mais nos estados e municípios (ABRUCIO, 2007).
No âmbito estadual as reformas da gestão pública vêm sendo
impulsionadas desde a metade da década de 90 por alguns fatores que interagem e
se reforçam mutuamente, dentre os quais, a disseminação de boas práticas e
inovações administrativas (ABRUCIO & GAETANI, 2006).
Para Abrucio (2007) “a renovação da agenda reformista passa pela
definição de quais são as questões centrais à modernização do Estado brasileiro”.
Nesta linha de raciocínio, ele propõe quatro eixos estratégicos como mais uma etapa
da reforma, sendo eles, a profissionalização, a eficiência, a efetividade, e a
transparência/accountability.
A reforma na gestão impulsionou uma série de processos de
modernizações do aparelho nas administrações públicas estaduais (CONSAD &
FUNDAP, 2006). No movimento de melhora da gestão pública dos Conselhos
4
Estaduais desde a década de 90, a Fundação CASA-SP, órgão da administração
indireta do Governo do Estado de São Paulo, implementou diversas mudanças em
sua gestão. Houve um reordenamento do sistema socioeducativo paulista, a partir
de 2005, na Fundação CASA-SP.
Foram muitas as mudanças na gestão da instituição a partir da transição
da então chamada Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor - FEBEM, para a
Fundação CASA-SP, em 22 de dezembro de 2006, com a Lei estadual nº 12.469. O
princípio da mudança se deu com o planejamento de ações estratégicas baseado no
princípio da horizontalidade explicitado pelo SINASE/2006 resultando na diminuição
de ocorrências de rebeliões (SOUZA, 2012, p. 113).
A reestruturação foi drástica partindo da construção de novos centros de
atendimento, planejados exclusivamente para aplicação de medida socioeducativa,
com capacidade reduzida de adolescentes acabando com os antigos problemas
provenientes de superlotação.
No período de 2006 a 2010, foram construídas 51 (cinquenta e uma)
unidades compactas, para atender até 56 adolescentes, sendo até 40 adolescentes
no regime de internação e até 16 adolescentes no regime de internação provisória.
A Fundação CASA-SP foi reestruturada ao ponto de permitir o
atendimento individualizado dos adolescentes por meio do Plano Individual de
Atendimento - PIA e para permitir o atendimento polidimensional considerando-se as
diferentes dimensões sociais da vida do adolescente.
Nos recursos humanos iniciou-se o processo de formação e capacitação
de servidores por meio da criação da Escola para Formação e Capacitação
Profissional com o objetivo de oferecer formação permanente ao quadro funcional.
Com a revisão do modo de gestão das novas unidades de internação
passou-se a ter a possibilidade de realização de convênios com organizações da
sociedade civil por meio da gestão compartilhada (SOUZA, 2012, p. 114).
A descentralização da gestão foi implementada após a transição para
melhorar a capacidade da organização em gerir os recursos necessários à aplicação
da medida socioeducativa. A descentralização representa um marco importante da
aplicação de medida socioeducativa permitindo uma distribuição mais adequada das
unidades na base territorial, possibilitando a aproximação do adolescente de
internação de sua família.
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Na medida em que a estrutura organizacional ganhou novas dimensões
foi necessário elaborar mecanismos e instrumentos que potencializassem a gestão
atual e evidenciasse os resultados organizacionais almejados pelo Governo do
Estado de São Paulo. Com esta tarefa, a Fundação CASA-SP implementou a partir
de 2012, o Programa de Bonificação por Resultados em conjunto com o Governo do
Estado de São Paulo. O Programa foi constituído pelas equipes da Fundação CASA-
SP, da Casa Civil e das secretarias de Estado da Fazenda, Gestão Pública e,
Planejamento e Desenvolvimento Regional.
Em conjunto, para atender as mudanças de paradigmas da gestão pública
e dar maior eficiência as suas atividades, implementou-se na Fundação CASA-SP, o
Serviço de Informações ao Cidadão - SIC, “instrumento” utilizado para garantir ao
cidadão o direito ao acesso à informação, previsto na Lei Federal nº 12.527/2011, e
no Decreto Estadual nº 58.052/2012, que a regulamenta. O SIC da Fundação CASA-
SP entrou em funcionamento em junho de 2012 e estimulou diversas outras ações
no campo da transparência pública.
OBJETIVO
O escopo deste artigo é evidenciar, em meio à reestruturação e
modernização da Fundação CASA-SP, o quanto a implementação do Programa de
Bonificação por Resultados e do Serviço de Informações ao Cidadão - SIC,
contribuem para a modernização da administração e, consequentemente, no
aprimoramento dos resultados e no monitoramento de avaliação da política
socioeducativa.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento deste artigo, num primeiro momento, foi realizado
um breve histórico sobre a Reforma da Gestão Pública no Brasil. Em seguida foi
realizada uma pesquisa sobre o histórico de ambos os temas apresentados aqui
para embasar suas relevâncias. Após esta exposição partimos para apresentação
dos dois estudos de caso, Bonificação por Resultados e SIC. Ao final de cada caso
foram realizadas as conclusões parciais, e ao final do artigo, a conclusão final
pertinente a ambos os assuntos.
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PROGRAMA DE BONIFICAÇÃO POR RESULTADOS
A Bonificação por Resultados - BR é um mecanismo utilizado pelo
Governo do Estado de São Paulo, com objetivo de recompensar servidores públicos
pelo empenho baseado no alcance das metas estabelecidas para os indicadores
instituídos. A ideia é valorizar o trabalho gerador dos resultados esperados com base
na missão da organização.
A missão da Fundação CASA-SP é executar, direta ou indiretamente, as
medidas socioeducativas com eficiência, eficácia e efetividade, garantindo os direitos
previstos em lei e contribuindo para o retorno do adolescente ao convívio social
como protagonista de sua história.
O objetivo é tornar-se referência no atendimento ao adolescente autor de
ato infracional, pautando-se na humanização, personalização e descentralização na
execução das medidas socioeducativas, na uniformidade, controle e avaliação das
ações e na valorização do servidor.
Neste contexto de objetivos a Fundação CASA-SP é a primeira fundação
pública do Estado de São Paulo a implementar o Programa de Bonificação por
Resultados, pois até então, só haviam sido contempladas Secretarias de Estado,
Autarquias e Empresas Públicas. O escopo desta ação foi de implementar mais um
incentivo para a melhoria dos resultados.
Na Fundação CASA-SP o Programa de Bonificação por Resultados tem
como finalidade promover resultados positivos e melhorias no atendimento
socioeducativo, estabelecendo metas para a organização e premiando os servidores
conforme cumprimento dos requisitos.
A obtenção do equilíbrio entre a contribuição para alcance dos resultados
e o salário, o incentivo do esforço individual de grupo, o reforço da percepção da
pertinência e o envolvimento com a missão da organização (LONGO, 2007, p. 43)
são objetivos implícitos a programas de incentivos, tais como o Programa de
Bonificação por Resultados.
O enfoque sobre o desempenho de pessoas no trabalho tende a superar
abordagens tradicionais, centradas na medição do rendimento, assentando-se em
concepções dinâmicas do desempenho vinculando o desenvolvimento do potencial
das pessoas (LONGO, 2007).
7
A gestão do desempenho profissional tende a ser vista mais como uma
forma de estimular as competências e a motivação dos servidores para o alcance
de melhores resultados (LONGO, 2007, p. 43 apud Spencer e Spencer, 1993, p.
264, et al) e não somente como um conjunto de técnicas de medição para nortear
medidas administrativas, por exemplo, de retribuição, promoção e punição
(LONGO, 2007, p. 43).
Ao se pensar na transformação governamental uma das questões que
emerge é a busca de alternativas para a flexibilização da ação dos gestores públicos
como contra ponto à enrijecida burocracia governamental que cria e molda as ações
dos servidores públicos. O objetivo é tornar a administração pública mais flexível,
para tornar a gestão de desempenho mais eficaz eliminando entraves para atingir
alto desempenho em um governo voltado para os resultados. Esta é a tendência dos
governos oferecerem cada vez mais a flexibilidade gerencial moldadas em
procedimentos e abordagens para a prestação de serviços. Com a flexibilização da
gestão, pretende-se tornar os gestores públicos mais responsáveis (ABRAMSON,
BREUL & KAMENSKY, 2006, p. 5).
Para reforçar o sucesso da administração por desempenho os autores,
especialistas sobre o assunto Abramson, Breul & Kamensky (2006, p. 13) ressaltam
o exemplo do departamento de polícia de Nova Iorque que baseado na
“performance management as a way of improving organizational performance” teve o
resultado de “attributes the city’s 67 percent drop in its murder rate between 1993
and 1998 to its CompStat program”.
Diversos são os efeitos desta administração por desempenho, dentre
elas, (i) a elevação dos níveis de qualidade do serviço prestado, (ii) a melhoria da
eficiência na aplicação dos recursos públicos elevando a produtividade, com base no
aumento da motivação dos funcionários, e (iii) a integração e melhor comunicação
entre os níveis hierárquicos, possibilitando ao funcionário, por sua participação
efetiva, uma remuneração adicional pelo cumprimento das metas preestabelecidas.
The goal is to use the prospect of monetary rewards as an incentive for individuals to improve their contribution to improved or sustained agency performance. There is solid research evidence supporting the incentive power of financial rewards. In government the phrase, “pay for performance” generally refers to the basis for annual salary increases, since the use of cash awards is so limited (RISHER, 2004, p. 10).
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Para institucionalizar o Programa de Bonificação por Resultados a
Fundação - CASA publicou atos legais para a regulamentação do programa e
definição dos indicadores, sendo, a Portaria Normativa nº 233/2012 para
normatização, a Portaria Normativa nº 234/2012 para definição dos indicadores, a
Portaria Normativa nº 235/2012 para estabelecimento das metas, a Portaria
Normativa nº 240/2013 para estabelecimento de mais normas e a Portaria
Administrativa nº 741/2012 para a criação da Comissão Interna do Programa.
No Programa de Bonificação por Resultados foram definidos 11 (onze)
indicadores abordando os diversos Programas (medidas socioeducativas)
executados pela Fundação CASA-SP.
Para cada um dos indicadores, com sua respectiva fórmula de cálculo,
uma linha de base, que apresenta o resultado no ano de 2011, um peso, que
determina a contribuição do indicador para o resultado geral da Fundação CASA-
SP e uma meta, que fixa o resultado almejado para cada um dos indicadores
em 2012.
Estes 11 (onze) indicadores, com as variáveis descritas acima, formam 4
(quatro) painéis estratégicos: (i) Painel de Indicadores Econômico Financeiros, (ii)
Painel de Indicadores de Satisfação do Usuário ou Qualidade do Serviço, (iii) Painel
de Indicadores Vinculados ao Planejamento Estratégico, e (iv) Painel de Indicadores
Operacionais.
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Tabela 1 – Indicadores, Metas e Linha de Base
IP SL I AI Sç
I1 Custo Total do Adolescente 25% R$ 7.372,00 R$ 7.636,00Custo total (direto + indireto) + administrativo
Número de Adolescentes Atendidos/AcolhidosX X X X X
Número de Respostas Positivas
Número de Questões RespondidasConsiderando apenas as questões 3, 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17,
18, 19 e 22.
I3 Índice de Reincidência 10% 13,40% 20%Nº de Adolescentes Reincidentes Atendidos
Nº Total de AdolescentesX
I4Índice de Execução Orçamentária de
Investimento5% 55% 50%
Liquidado do Exercício + Restos a Pagar do Exercício Anterior Pago no Exercício
Dotação Inicial de Investimento do Exercício + Valor de Restos a Pagar Inscrito
no Exercício Anterior
X X X X X
∑ A
BA = Nº mensal de Relatórios iniciais polidimensionais elaborados pelas Equipes
de Referência até o 45º dia de entrada do adolescente na Fundação CASA pela
internação provisória
B = Nº mensal de adolescentes com mais de 15 dias na Fundação CASA pela
internação provisória no período de apuração dos relatórios elaborados
∑ A
BA = Nº mensal de 1°s relatórios de acompanhamento "PIA" elaborados pelas
Equipes de Referência da Fundação CASA nas medidas de internação e de
semiliberdade
B = Nº mensal de adolescentes com mais de 90 dias na Fundação CASA pelas
medidas de internação e de semiliberdade no período de apuração dos
relatórios elaborados
∑ IEFN
N
onde:
IEF = A / B
A = Nº de matrículas dos Adolescentes da medida de internação na escola
formal nos meses de fevereiro a junho e de agosto a novembro
B = Nº total de adolescentes na medida de internação (lotação + entrada
direta)
A
BA = Número de adolescentes que saíram da Fundação CASA pela medida de
internação com certificado em cursos e oficinas de qualificação profissional
básica
B = Nº total de saída de adolescentes da medida de internação
A
B - C
A = Nº de adolescentes que saíram da Fundação CASA pela medida de
internação com o RG solicitado ao IRGD pela Fundação
B = Nº total de saída de adolescentes da medida de internação
C = Nº de adolescentes que saíram da medida de internação e que haviam
apresentado o RG na entrada
A
B - C
A = Nº de adolescentes que saíram da Fundação CASA pela medida de
internação e de semiliberdade com o cartão SUS solicitado pela Fundação
B = Nº total de saída de adolescentes da medida de internação e de
semiliberdade
C = Nº de adolescentes que saíram da medida de internação e de
semiliberdade, e apresentaram o cartão SUS na entrada
I11Índice de Identificação Digital dos
Adolescentes5% 98% 96%
Número de Adolescentes Identificados
Número de novos adolescentes (entrada direta)X X X X X
17% 21% 34% 14% 14%
Legenda:
IP Internação ProvisóriaSL SemiliberdadeI Internação
AI Atendimento InicialSç Internação Sanção
10%
Painel de Indicadores vinculados ao Planejamento Estratégico
Painel de Indicadores Operacionais
X70%80%5%
X
Índice de Elaboração de Relatórios
PolidimensionaisI5
Índice de Elaboração de Planos Individuais
de Atendimento
85%
90%
Programa de Participação nos Resultados
FUNDAÇÃO CASA - 2012
LINHA DE
BASEFÓRMULA DE CÁLCULO E AFERIÇÃO
Painel de Indicadores Econômico Financeiro
Painel de Indicadores de Satisfação do Usuário ou Qualidade do Serviço
Indicadores
DESCRIÇÃO DO INDICADOR PESO (%) METAPROGRAMAS ATENDIDOS
80%I6 X
I8Índice de Adolescentes Inseridos no Ensino
Profissional Básico5% 70% 66,82%
XI7Índice de Adolescentes Inseridos na Escola
Formal10% 93%
50,91%
X
X
X X
TOTAL DE INDICADORES 100%
I2
Índice de Satisfação do Poder Judiciário
com os serviços prestados pela Fundação
CASA
15% 75% 50%
I10 Índice de Emissão de Cartão SUS 5% 50% 9,25%
I9 Índice de Emissão de RGs 5% 60%
X X X X X
10
Implementação do Programa de Bonificação por Resultados
A estratégia de implementação do Programa de Bonificação por
Resultados na Fundação CASA-SP iniciou com a criação da Assessoria de
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Institucional – APEDI, vinculada à
Presidência da Fundação CASA-SP.
APEDI
A APEDI possui papel relevante no Programa de Bonificação por
Resultados, pois é responsável (i) pela gestão do Programa de Bonificação por
Resultados, (ii) pelo monitoramento de seus instrumentos, (iii) pela revisão periódica
dos parâmetros estabelecidos, (iv) pela apuração final do cumprimento das metas
fixadas para os indicadores, e (vi) pela orientação aos gestores sobre as regras e
índices estabelecidos.
Comissão Interna
Foi instituída uma Comissão Interna, presidida pela APEDI, para
acompanhamento das normas relativas ao Programa de Bonificação por Resultados
e validação dos resultados obtidos pelo monitoramento. Esta Comissão é uma
importante instância participativa e que representa os diversos setores que geram
informações dos resultados da organização.
Segue Quadro 1 com os setores da Fundação CASA-SP diretamente
relacionados com o Programa de Bonificação por Resultados. Constam também os
indicadores de responsabilidade da Diretoria Administrativa – DA e da Diretoria
Técnica – DT.
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Quadro 1
Regras para participação
Para participação no Programa de Bonificação por Resultados, os
servidores precisam preencher os requisitos necessários. O primeiro critério é a
quantidade de dias trabalhados, no mínimo de 5 (cinco) meses dentro do período de
avaliação. A contribuição para o alcance dos resultados é dada depois da imersão
dos servidores, portanto, é importante um acúmulo, mesmo que mínimo, de
experiência. O segundo critério é a assiduidade do servidor sendo consideradas as
faltas justificadas e as injustificadas, dependendo do número de faltas o servidor
poderá perder parte do Bônus e se exceder o limite de faltas pode até não participar
do Programa.
Segue Tabela 2 com os servidores aptos a participaram do Programa de
Bonificação por Resultados:
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Tabela 2 – Servidores Participantes do Programa
Segue Tabela 3 com os motivos dos servidores não participaram do
Programa de Bonificação por Resultados:
Tabela 3 – Não participantes do Programa
Comunicação
Para divulgação do Programa de Bonificação por Resultados foi realizada,
após publicações normativas e envio de informativos via imprensa da Fundação
CASA-SP, uma videoconferência ao vivo, para apresentação do Programa a todos
os servidores da organização. Na ocasião foi aberto espaço para os servidores
realizarem suas perguntas e todas foram respondidas.
No site da Fundação CASA-SP, consta o link do Portal da Transparência,
pelo qual os servidores podem acessar todas as informações referentes ao Programa
de Bonificação por Resultados (i) Portarias Normativas, (ii) Videoconferência, (iii)
Notícias do Bônus, (iv) Perguntas Frequentes, (v) apresentações, e (vi) resultados.
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Ainda no site da transparência, consta o e-mail do Programa de
Bonificação por Resultados, pelo qual, os servidores podem esclarecer as dúvidas
referentes ao Programa.
Por meio da imprensa da Fundação CASA-SP, são amplamente
divulgadas, todas as informações referentes ao Programa de Bonificação por
Resultados.
Recurso
Depois do encerramento do período de avaliação, da finalização dos
cálculos dos 11 (onze) indicadores de resultados, e após ampla divulgação aos
servidores da Fundação CASA-SP, foi aberto por 5 (cinco) dias a possibilidade de
cada servidor consultar por meio do Portal da Transparência qual seria a
participação no Programa. Em caso de discordância com o resultado consultado no
site foram abertos mais 5 (cinco) dias para o mesmo entrar com recurso contra a
decisão apresentada, podendo o servidor anexar quantos documentos forem
necessários para a justificação do recurso.
Segue Tabela 4 contendo os parâmetros dos recursos abertos referentes
ao do Programa de Bonificação por Resultados:
Tabela 4 – Recursos Abertos
Gestão de Risco
A gestão de riscos do Programa de Bonificação por Resultados baseou-
se no monitoramento, mês a mês, para acompanhamento dos resultados dos
indicadores. A ideia é realizar o acompanhamento em todas as fases do Programa
dentro da governabilidade da APEDI, para ter informações necessárias sempre que
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solicitado por órgãos fiscalizadores e manter os setores responsáveis pelos 11
(onze) indicadores atualizados do desempenho de suas áreas, a tempo de
implementarem as modificações de melhorias sempre que necessárias.
Para melhor implementar a gestão de risco foi desenvolvido o trabalho de
modelagem de procedimentos, o qual, auxilia no conhecimento aprofundado dos
processos utilizados pela organização para a produção das informações que
compõem os indicadores do Programa de Bonificação por Resultados e auxilia no
desenvolvimento de melhorias focada nos resultados.
Análise do Programa de Bonificação por Resultados
Em um modelo de gestão baseado nos resultados é de fundamental
importância trabalhar com indicadores e estabelecer metas para avaliar o
desempenho, para Quirós (2006, p.172) a ação baseada em indicadores voltados
para o resultado “constitui um processo de aprendizagem simultâneo, gradual e
flexível, que deve ajustar-se à capacidade institucional (...)”, por isso, entende-se o
processo de evolução na Fundação CASA-SP como uma etapa de aprendizado dos
resultados organizacionais.
Na implementação da bonificação por resultados a participação dos
gestores foi notório e fundamental, uma vez que recai sobre eles a responsabilidade
da transformação das prioridades organizacionais nos padrões e objetivos de
desempenho individual dos servidores sob sua responsabilidade na hierarquia,
sendo necessária ainda uma adequada discussão interna sobre os padrões e
objetivos a serem alcançados, deixando clara a responsabilidades de todos os
envolvidos para o reconhecimento do trabalho do conjunto.
Adotou-se, de início, um modelo global de indicadores, de forma que o
resultado deles representassem a soma dos trabalhos individuais dos servidores da
Fundação CASA. Essa foi uma estratégia para gerar apropriação dos objetivos
desse Programa, uma vez que individualizar as metas ou “departamenta-las”,
poderia ocasionar riscos na aplicação individual de remuneração vinculada a
determinadas metas, devido ao caráter multidimensional do trabalho socioeducativo
e à dificuldade para realizar uma avaliação objetiva e variável entre os servidores
e/ou áreas (departamentos), sem contar, ainda, com possíveis problemas de
deterioração das relações interpessoais que comprometeriam a efetividade das
ações produzidas pela Fundação.
15
Por outro lado, a aplicação da remuneração para grupos de trabalho,
mesmo sendo mais utilizada por aceitar com mais facilidade a variação da
remuneração por desempenho, corre o risco de ser vulnerável ao comportamento
oportunista conforme já prevê LONGO (2007, p. 44) ao descrever programas de
remuneração por desempenho.
Com base nestas dificuldades, a Fundação CASA-SP acertou na escolha
dos critérios de Participação e pagamento do Programa de Bonificação por
Resultados, uma vez que além dos indicadores globais de desempenho da
organização excluem-se de participar do programa os servidores que não
apresentarem os requisitos mínimos de tempo de trabalho no período de avaliação e
há descontos gradativos podendo até ser excluído de participar o servidor que
ultrapassar limites de faltas justificadas e/ou injustificadas estabelecido. Por este
motivo incentivou a assiduidade do servidor e a participação dos de trabalho no
período estabelecido.
Destaca-se na implementação do Programa de Bonificação por
Resultados - BR a atuação da direção da Fundação CASA-SP conjuntamente com a
Assessoria de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Institucional – APEDI. A
ideia de conceder a um setor estratégico e vinculado à Presidência a
responsabilidade de planejamento, implementação e execução do programa foi
fundamental para possibilitar a prática da atuação intersetorial protegida da rigidez
hierárquica de organizações, especialmente daquelas do setor público.
O acompanhamento mensal e ativo do desempenho das áreas da
organização idealizado e realizado pela APEDI foi essencial para a atuação das
áreas responsáveis, principalmente como feedback possibilitando a implementação
de melhorias e mitigação de obstáculos, tendo em vista o cumprimento das metas
estabelecidas.
O resultado final, média dos indicadores que compõem o programa de
bonificação por resultados, desperta um alerta em relação ao planejamento para o
próximo ano, pois indica, além do bom desempenho da organização no período de
avaliação, a necessidade de revisão das metas estabelecidas e a fixação de um
desafio ainda maior para o atendimento socioeducativo.
Para além dos resultados diretos do programa de bonificação,
desenvolve-se em conjunto com outros setores, instrumentos e ferramentas
auxiliares a implementação e efetivação do Programa. A equipe APEDI estabeleceu
16
inúmeros avanços em termos de Organização e Métodos para auxiliar os setores da
Fundação CASA-SP, colaborando com setores envolvidos com a implementação do
programa de bonificação, realizando ações conjuntas com as equipes de
comunicação interna, recursos humanos, controle interno e de tecnologia de
informações.
Vale ressaltar, por fim, a importância da vinculação dos indicadores com
os programas de trabalho da Fundação CASA-SP, associando-se com as medidas
socioeducativas e refletindo dimensões de cidadania, como a de garantia de justiça
e uma dimensão substancial ético e pedagógica. Essa relação é importante pois as
medidas socioeducativas são coercitivas quanto ao ato infracional praticado por
adolescente, e decorre de uma decisão judicial, e mesmo tendo natureza
sancionatória, tem conteúdo predominantemente pedagógico. Por fim, o desafio
dessa vinculação encontra-se na impossibilidade de qualquer governabilidade da
Fundação CASA-SP sobre o número de atendimentos e adolescentes atendidos, o
que poderia tornar a busca por resultados um desafio mais do que difícil.
SERVIÇO E INFORMAÇÕES AO CIDADÃO - SIC
A transparência dos dados produzidos ou guardados pela administração
pública é essencial para a consolidação da democracia. Conforme ocorre avanço no
sentido do Estado tornar-se mais “acessível”, aumenta-se a possibilite da efetiva
participação e controle por parte da sociedade, por isso, a informação é essencial
para a mudança. Segue breve histórico, em ordem cronológica, sobre legislações
nacionais e internacionais de acesso à informação.
O direito de acesso à informação está previsto na Declaração Universal
de Direitos Humanos 1 , não sendo apenas um direito em si, mas também um
mecanismo para o exercício de outros direitos.
No Brasil, A Constituição Federal de 19882 prevê o direito de todo cidadão
em receber de órgãos públicos informações de seu interesse particular, de interesse
coletivo ou geral ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
1 Adotada e proclamada pela resolução 217, da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de
dezembro de 1948. 2 Inciso XXXIII, do artigo 5º.
17
A lista legal sobre o assunto é vasta, também podemos encontrar as
diretrizes do acesso a informação no Pacto Internacional dos Direitos Civis e
Políticos, conforme Decreto nº 592, de 6 de julho de 1992 e na Declaração
Interamericana de Princípios de Liberdade de Expressão3.
Outra iniciativa que contribuiu para o detalhamento de regras a serem
seguidas com foco na transparência das informações públicas, se deu com o
Decreto nº 5.687, de 31 de janeiro de 2006, promulgando a Convenção das Nações
Unidas Contra a Corrupção, adotada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, em
31 de outubro de 2003, e assinada pelo Brasil em 9 de dezembro de 2003.
A partir desta Convenção coloca-se para no cenário nacional a
necessidade da informação pública simplificada, de fácil entendimento para o
público em geral, aumentando a possibilidade de participação da sociedade.
Com base nas iniciativas anteriores, tendo em vista a garantia do acesso
às informações previstas na Constituição Federal, o governo federal publicou a lei nº
12.527, de 18 de novembro de 2011, prevendo a criação do serviço de informações
ao cidadão. Com a publicação desta Lei os Estados e Municípios da Federação,
ficaram obrigados a disponibilizar as informações sob sua guarda a qualquer
cidadão que as solicite.
No Estado de São Paulo o serviço de informações ao cidadão é
regulamentado pelo Decreto Estadual nº 58.052, de 16 de maio de 2012 que cria
procedimentos necessários ao cumprimento da lei nº 12.527/12, (i) garantindo o
acesso a documentos, dados e informações, assegurando a “publicidade como
preceito geral” e o “sigilo como exceção”; (ii) “implementação da política estadual de
arquivos e gestão de documentos”; (iii) transparência ativa; e, (iv) desenvolvimento
de cultura de transparência e de controle social na administração pública.
Além dos órgãos públicos, as entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam recursos públicos para a realização de ações de interesse público devem
divulgar informações sobre os recursos recebidos e sua destinação.
No inciso primeiro do artigo 9º, a Lei estabelece a criação do SIC e suas
atribuições:
3 Aprovado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em seu 108º período ordinário de
sessões, celebrado de 16 a 27 de outubro de 2000
18
Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante:
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, em local com condições apropriadas para: a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações.
Um ponto importante na Lei é que o cidadão não precisa apresentar uma
justificativa para a sua solicitação, sendo passíveis de negativa de acesso, apenas
as informações pessoais e as classificadas como sigilosas. Obedecendo ao
principio, acesso como regra, sigilo como exceção. Caso seja negado o acesso à
informação, o cidadão poderá interpor recurso em até três instâncias.
Cabe aos entes da administração pública o desenvolvimento de
atividades que resultem no estabelecimento da transparência do órgão ao qual
pertence para com a sociedade, fornecendo os documentos, dados e informações
solicitados pelo cidadão, sendo o Serviço de Informações ao Cidadão – SIC,
intermediário entre as necessidades do cidadão com o detentor da informação.
O SIC da Fundação CASA-SP, iniciou suas atividades a partir de junho de
2012, após a realização reuniões externas para atendimento das diretrizes do
governo estadual e reuniões internas para definição da execução dos serviços.
A Legislação de Acesso à Informação no Estado de São Paulo
Para fins de regulamentação da Lei de Acesso à Informação no âmbito do
Estado de São Paulo, foi emitido pelo Governador Geraldo Alckmin o Decreto nº
58.052, de 16 de maio de 2012.
Este decreto trouxe avanços sobre a Lei Federal 12.527. Ele apresenta
um detalhamento maior sobre os pedidos de informação e se preocupa mais com a
proteção das informações. Além de tratar da transparência em si, apresenta uma
regulamentação do processo de trâmite da informação, desde a sua produção até a
eliminação.
Às Comissões de Avaliação de Documentos e Acesso - CADA cabe à
classificação do grau de sigilo dos documentos produzidos pelo seu órgão, entre
outras atividades.
A Seção V, que trata dos recursos, apresenta-se mais completa do que
na Lei Federal, esclarecendo que os motivos para recurso são no caso de
indeferimento de acesso ou não atendimento do pedido.
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O Decreto estabelece que a transparência ativa seja um dever, listando o
mínimo que deve ser divulgado em local de fácil acesso, no § 1º do Artigo 23:
1. registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;
2. registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros;
3. registros de receitas e despesas;
4. informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;
5. relatórios, estudos e pesquisas;
6. dados gerais para o acompanhamento da execução orçamentária, de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades;
7. respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
Todos os documentos dos órgãos deverão estar cadastrados no
Sistema Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de Documentos e
Informações – SPdoc, assim como as suas bases de dados devem ser
disponibilizadas no Catálogo de Sistemas e Bases de Dados da Administração
Pública do Estado de São Paulo – CSBD.
Adaptando-se às práticas modernas de proteção de dados, o Decreto
Estadual regulamenta o uso de criptografia, obrigando que documentos que circulem
fora da área ou instalação sigilosa sejam criptografados.
A Fundação CASA-SP atendeu a todos os prazos estipulados no Decreto
Estadual, tais como a implantação do Serviço de Informações ao Cidadão e a
prestação de informações ao CSBD.
Portaria Administrativa nº441/2012
Na Fundação CASA-SP a Portaria Administrativa nº 441/2012
regulamentou o acesso à informação e implantação do SIC.
Estabelece que o SIC, na Fundação CASA-SP, é vinculado a Assessoria
de Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Institucional – APEDI. Esta
Assessoria está subordinada diretamente à Presidência da Fundação CASA-SP,
demonstrando a importância que o órgão estabelece para a transparência pública.
Como a legislação não determina qual o setor que deve ser responsável pelo SIC,
muitos órgãos aproveitaram a estrutura existente em suas ouvidorias e, até mesmo,
20
protocolos. A Fundação CASA-SP optou por uma Assessoria pelo fato de ela possuir
mais autonomia administrativa para obter as respostas necessárias e para não
confundir o serviço prestado com o de ouvidoria.
O SIC da Fundação CASA-SP possui mais atribuições do que a Lei
Federal e o Decreto Estadual preveem, conforme o Artigo 2º desta Portaria
Administrativa.
Transparência Ativa
Atuar com transparência não se trata apenas da disponibilização de
informações, mas sim da divulgação dessas informações de forma clara, objetiva e
com linguagem de fácil entendimento.
É preciso ter em mente que a informação sob a guarda do Estado é
sempre pública, com o acesso restrito apenas para casos específicos.
Os órgãos devem disponibilizar suas informações de forma proativa,
independente de solicitação.
A partir de 14 de junho de 2012, foi disponibilizado na rede mundial de
computadores o sítio do Portal da Transparência - Fundação CASA-SP. Por meio do
endereço eletrônico “transparencia.fundacaocasa.sp.gov.br”. A partir de então os
cidadãos passaram a ter acesso a diversos documentos e informações relativas ao
trabalho desempenhado nesta Fundação. A página inicial, conforme Figura 1,
possui ícones que facilitam o acesso ao usuário, além de uma ferramenta que
possibilita aumentar o tamanho da fonte.
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Figura 1 - Página Inicial do Portal da Transparência – Fundação CASA-SP
Estão presentes também no Portal da Transparência informações sobre a
estrutura da Fundação CASA-SP, como o organograma e mapa da CASA. Os
endereços de cada Centro de Atendimento e demais locais da Fundação foram
identificados utilizando a ferramenta do GoogleMaps, possibilitando a localização no
mapa e oferecendo diversos detalhes sobre o local.
Transparência Passiva
Considera-se transparência passiva as informações disponibilizadas
mediante solicitação formal do cidadão.
A Fundação CASA-SP conta com o seu Serviço de Informações ao
Cidadão - SIC para o atendimento a pedidos de informação. Inicialmente os
pedidos de informação na Fundação CASA-SP eram realizados via sistema próprio
no Portal da Transparência. Com a criação do SIC.SP, centralizando as demandas
do Estado de São Paulo, o Portal da Transparência passou a redirecionar os
pedidos para este sistema.
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Serviço de Informações ao Cidadão - SIC
Tendo o acesso como regra principal o SIC é responsável pelo
fornecimento de documentos, dados ou informação. Documentos, dados e
informações sigilosas e pessoais não devem ser disponibilizadas como acesso
público. Entretanto, não é de responsabilidade do SIC definir o grau de sigiloso dos
documentos, mas das autoridades competentes, nos termos do Decreto Estadual nº
58.052/2012, art.33.
Dados classificados como sigilosos são aqueles submetidos
temporariamente à restrição de acesso público em razão da segurança da
sociedade e do Estado, tendo como graus e prazos máximos de restrição de acesso
ultrassecreto (até 25 anos), secreto (até 15 anos) e reservado (até 5 anos). Já os
classificados como pessoais estão relacionados à pessoa natural identificada ou
identificável, nos termos relativos à intimidade, vida privada, honra e imagem das
pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. Diferentemente da
classificação como sigiloso, o prazo de restrição de acesso pode atingir 100 anos, a
partir de sua produção.
SIC Fundação CASA-SP
Implantação
A equipe designada para implantação do SIC na Fundação CASA-SP
realizou diversas atividades que contribuíram para a construção de um serviço de
qualidade para o cidadão. Foram realizadas reuniões internas para discutir o fluxo
de recebimento dos pedidos, o trâmite interno das informações e a forma de envio
das respostas.
Foram estabelecidos dois formulários padrão para preenchimento, um de
pessoa física e outro para pessoa jurídica. Devem ser preenchidos obrigatoriamente
os campos com o nome, documento de identificação e endereço. Como campos
optativos, para a realização de levantamentos estatísticos e identificação do perfil
dos solicitantes, podem ser preenchidos o telefone, email, sexo, escolaridade e
ocupação. Esse modelo é utilizado tanto para o preenchimento manual quanto
eletrônico.
23
Para responder os pedidos sempre de forma clara, foram desenvolvidos
padrões de resposta, como cabeçalho e assinatura dos emails. Isso possibilitou
que a equipe respondesse sempre se utilizando das mesmas expressões de
tratamento e deixando aberto o contato com o cidadão.
Um manual foi elaborado para que os dirigentes, responsáveis por
responder aos SICs, tivessem conhecimento da legislação e regras adotadas. Esse
manual apresentou aos dirigentes os prazos que a lei determina e os prazos que
foram adotados pelo SIC da Fundação CASA-SP para o trâmite interno. Foi
salientada a importância da transparência na administração pública, visando
transmitir que o acesso é a regra e o sigilo é a exceção.
Foi criado um e-mail próprio para a retirada de dúvida, além do
recebimento de críticas e sugestões. O “[email protected]” é mais uma
forma de abertura para que o cidadão possa entrar em contato com o órgão. Para
divulgação, foram fixados panfletos nos murais da Fundação CASA-SP, buscando
orientar os funcionários acerca do atendimento do SIC e, até mesmo,
apresentando para eles como cidadãos a forma de requerer os seus direitos de
obter informações públicas.
Visando a caracterização do SIC da Fundação CASA-SP, foram
desenvolvidos modelos de logotipos que buscavam esclarecer o cidadão e remeter
ao serviço prestado.
Para o atendimento presencial, foi disponibilizada uma sala exclusiva na
sede da Fundação CASA-SP. Desde a entrada do prédio, foi instalado um piso tátil
que leva diretamente a esta sala, que conta ainda com acesso facilitado por
elevador e banheiro para cadeirante. Na sede, foram fixadas placas sinalizando a
direção e o local desta sala.
A sala de atendimento do SIC oferece um espaço confortável para que o
cidadão possa solicitar e consultar as informações das quais necessita. É oferecido
ao cidadão o acesso imediato a diversos documentos, computador e impressora.
Foi realizada uma sessão de fotos para divulgação desse espaço e publicadas no
site da Fundação CASA-SP.
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O Sistema SIC Fundação CASA-SP
A Fundação CASA-SP, buscando atender ao prazo estipulado para a
implantação do Serviço de Informações ao Cidadão, desenvolveu internamente um
sistema próprio para o cadastramento de pedidos. A equipe da Assessoria de
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Institucional realizou o levantamento
de requisitos e a Divisão de Tecnologia de Informação desenvolveu o sistema. Esse
sistema não apresentou custos diretos para esta Fundação CASA-SP.
Por ser uma ferramenta desenvolvida particularmente para a Fundação
CASA-SP, ela possibilitava a adequação à estrutura existente, possibilitando um
controle maior de suas funcionalidades. Além de controlar os prazos de atendimento
do pedido, oferecia o controle do trâmite interno das informações, possibilitando uma
cobrança maior sobre os dirigentes e uma otimização dos prazos para resposta.
O último pedido de informação através desse sistema foi realizado em 04
de outubro de 2012, sendo imediatamente respondido no dia 05 do mesmo mês. Ao
todo, foram contabilizados sessenta e nove pedidos no sistema próprio da Fundação
CASA-SP. A partir de então, a Fundação CASA-SP passou a receber os seus
pedidos exclusivamente por meio do SIC.SP.
O Sistema SIC.SP
O Sistema Integrado de Informações ao Cidadão (SIC.SP) é uma
ferramenta web, utilizada como padrão no Estado de São Paulo, por todos os órgãos
e entidades do poder público estadual nos seus respectivos Serviços de
Informações ao Cidadão – SIC. Com a entrada do SIC.SP, o sistema desenvolvido
pela Fundação CASA-SP para atendimento dos pedidos foi substituído. Isso
possibilitou uma padronização do atendimento da demanda para todo o Estado de
São Paulo em uma única ferramenta.
Todos os pedidos de acesso à informação sejam eles realizados
pessoalmente, por telefone, carta, internet ou por qualquer meio legítimo, deverão
ser registrados no sistema SIC.SP a fim de assegurar o encaminhamento da
resposta, além de permitir a produção de relatórios estatísticos sobre o cumprimento
da Lei de acesso à informação, sobre o perfil dos usuários e as demandas de
consulta.
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Além do gerenciamento dos pedidos, o sistema tem por finalidade criar
um padrão de atendimento, permitir a integração e a coordenação sistêmica do
serviço prestado em todos os SIC.
Para o cidadão, o sistema permite o registro do pedido de informação,
seu acompanhamento, recebimento da resposta via e-mail, além de poder
apresentar recursos e consultar as respostas recebidas.
Na Tabela 5 podemos visualizar um comparativo entre as funções que
estavam presentes no sistema interno da Fundação CASA-SP e as que estão em
funcionamento no SIC.SP.
Tabela 5 – Comparativo entre o Sistema SIC Fundação CASA-SP e o SIC.SP
Formas de Atendimento
Os pedidos do SIC Fundação CASA-SP podem ser realizados de
diferentes formas, possibilitando ao cidadão escolher a que melhor se ajuste às suas
necessidades e possibilidades. A forma de resposta também pode ser escolhida
pelo cidadão, optando entre receber por e-mail, carta ou consultando pessoalmente.
O cidadão poderá preencher um simples formulário disponível no sítio
“www.sic.sp.gov.br”, onde será obrigado a informar os dados previstos no Decreto
Estadual 58.052/12. Após o preenchimento do seu nome, documento de
identificação, endereço e da própria solicitação, o cidadão receberá um número de
protocolo para acompanhar o andamento de seu pedido.
Para aqueles que não dispuserem de acesso à internet, ou assim
preferirem, o pedido pode ser realizado presencialmente. A Fundação CASA-SP
disponibiliza uma sala em sua sede exclusivamente para esses atendimentos. A sala
fica localizada na Rua Florêncio de Abreu, 848 – Luz, São Paulo – SP 1º andar –
26
SALA 161 e os atendimentos são realizados de segunda à sexta-feira, no período
das 09h00 à 11h00 e das 15h00 às 17h00.
Com o objetivo de facilitar o acesso à informação para todos os cidadãos,
o SIC da Fundação CASA-SP disponibiliza, ainda, a opção de envio pelo correio do
formulário padrão preenchido, devendo estar endereçado à sala de atendimento.
Evitando o custo do envio, o cidadão pode optar por entregá-lo em um dos Centros
de Atendimento ou Diretorias Regionais da Fundação CASA-SP.
O fornecimento das informações é gratuito, salvo nas hipóteses de
reprodução de documentos, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o
custo dos serviços com o envio de correspondência e materiais utilizados.
Fluxos
O fluxo interno estabelecido para o trabalho do SIC é detalhado na Figura 3.
Ao receber o pedido de informação do cidadão, através de qualquer meio, a equipe
do SIC identifica o assunto e encaminha para o dirigente responsável na Fundação
CASA-SP. Após o recebimento da resposta, ela é disponibilizada ao cidadão pelo
meio escolhido (carta, sistema ou consulta pessoal).
Figura 3 – Fluxo de Atendimento do SIC Fundação CASA-SP
Prazos
Havendo a possibilidade, o SIC disponibiliza as informações de forma
imediata, ou na impossibilidade, as solicitações devem ser efetuadas por formulário
ou por meio do sistema SIC.SP.
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Figura 5 – Prazo para resposta do pedido
Conforme o Artigo 15, § 1º e 2º. do Decreto Estadual nº 58.052/12,
ilustrado na Figura 5, o prazo para resposta do pedido de informação do cidadão é
de 20 (vinte) dias, podendo ser prorrogado por mais 10 (dez) dias mediante
justificativa expressa.
O SIC, ao receber pedido de acesso à informação que dependa de
manifestação das áreas organizacionais da Fundação CASA-SP, encaminha o
pedido imediatamente ao dirigente competente.
O responsável pela gestão do SIC terá prazo máximo de 2 (dois) dias
para realizar o encaminhamento a partir do recebimento da solicitação de
informação. Os prazos de encaminhamento do SIC começam a ser contados a
partir do 1º (primeiro) dia útil subsequente ao do recebimento pelo SIC. Os pedidos
realizados entre 17h e 23h59 serão considerados como recebidos no 1º (primeiro)
dia útil subsequente.
Figura 6 – Prazo para resposta do dirigente
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A Portaria Administrativa nº441/2012 estabelece o fluxo interno do SIC
Fundação CASA-SP e, no §4º do Artigo 4º, especifica os prazos para o dirigente
enviar a resposta ao SIC, conforme Figura 6. O dirigente competente terá um prazo
de 12 (doze) dias corridos, ou em caso de prorrogação, mediante justificativa, de 18
(dezoito) dias corridos, para encaminhar a resposta ao SIC. Quando o término do
prazo para resposta ocorrer em final de semana, feriado ou ponto facultativo, a
resposta deverá ser encaminhada no primeiro dia útil subsequente. Toda resposta
deverá ser enviada para o cidadão diretamente pelo SIC.
Apenas os casos cujas informações forem consideradas sigilosas ou
pessoais podem ser negados. No caso de negativa de acesso ou o não atendimento
do pedido, poderá o cidadão interpor recurso (1ª instância) contra a decisão no
prazo de 10 (dez) dias.
Em caso de recurso, o SIC envia à autoridade hierarquicamente superior
à que emitiu a decisão impugnada, a autoridade que passa a possuir então 5 (cinco)
dias para se manifestar.
A autoridade pode consultar a Comissão de Avaliação de Documentos e
Acesso - CADA e a Assessoria Jurídica da Fundação CASA-SP para responder a
solicitação.
Negado o acesso a informação, após manifestação da autoridade
hierarquicamente superior, o solicitante tem um prazo de 5 (cinco) dias para recorrer
à Corregedoria Geral da Administração (2ª instância).
Estatísticas 2012
O Portal da Transparência da Fundação CASA-SP recebeu de 11 de julho
de 2012 até 31 de dezembro de 2012, período de medição através da ferramenta
Google Analytics, 21.977 acessos. No Gráfico 1, podemos visualizar o pico
existente no dia 18 de setembro de 2012, onde foram registrados 545 acessos. Em
média, em todo esse período, foram 129 acessos por dia.
29
Gráfico 1 – Acessos ao Portal da Transparência
Em 2012, foram registradas, no SIC da Fundação CASA-SP, 209
solicitações de acesso à informação. Foi o terceiro Serviço de Informações ao
Cidadão com mais pedidos em todo o Estado de São Paulo, atrás somente dos SICs
do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (DETRAN) e da Secretaria
Estadual da Educação, conforme apontado na Tabela 6. Nela não estão sendo
consideradas as quantidades de pedidos que entraram diretamente pela CAC e não
estão somados possíveis pedidos recebidos por sistemas internos de outros órgãos,
pois esta informação não é disponibilizada.
Tabela 6 – 10 SICs do Estado de São Paulo com mais pedidos em 2012
30
Na Fundação CASA-SP, dentre os 209 pedidos de informação, 49 foram
impertinentes por diversos motivos. Um pedido é classificado como impertinente por
ausência da solicitação; quando houver uma manifestação de livre expressão,
reclamação ou sugestão; quando for incompreensível ou por ausência de
competência do Governo do Estado de São Paulo.
Apenas 3 pedidos foram negados, pois solicitaram informações que
estavam classificadas como sigilosas. Outros 2 pedidos tiveram o recurso
respondido.
Grande parte das solicitações foi classificada como públicas. Ao todo 61%
(125 pedidos) foram assim consideradas. De acordo com o Decreto Estadual
58.052/12 as informações pessoais devem ser consultadas pessoalmente. Elas
corresponderam à 37% (77 pedidos) da demanda. O restante, 2%, foi classificado
como sigiloso.
Conforme o Gráfico 2, a maioria dos pedidos foi redirecionada para a
Divisão de Recursos Humanos. Outro destaque é a grande quantidade de
solicitações classificadas como indevidas, pois, ou não era possível compreender o
pedido ou o SIC não era o meio de entrada adequado para aquela solicitação. Com
a experiência adquirida com outros pedidos, o próprio SIC passou a responder
questões que já haviam passado anteriormente pela equipe. Dessa forma, o prazo
para resposta foi sendo reduzido.
Gráfico 2 – Áreas responsáveis pelas respostas
31
Apesar de a lei prever vinte dias para o atendimento, prorrogáveis por
mais dez dias, o SIC da Fundação CASA-SP apresentou um prazo de resposta
consideravelmente menor. Em 2012, o atendimento foi realizado, em média, em 6
dias, conforme evolução apresentada no Gráfico 3.
Gráfico 3 – Evolução do Tempo de Atendimento do SIC Fundação CASA-SP no período de 2012
Devido ao atendimento prestado aos cidadãos, o SIC da Fundação
CASA-SP recebeu elogios diretamente em seu e-mail e através da ouvidoria deste
órgão. Cidadãos citaram a agilidade e a gentileza no atendimento.
Análise dos Resultados da Implementação do Serviço de Informações ao Cidadão - SIC
O SIC da Fundação CASA-SP possui mais atribuições do que a Lei
Federal e o Decreto Estadual preveem, conforme o Artigo 2º da Portaria
Administrativa nº441/2012. Ao estabelecer prazos para o trâmite interno dos pedidos
de informação, esta Portaria auxiliou para que o SIC realizasse os atendimentos
dentro do prazo estipulado pela Lei. Relacionando os cargos responsáveis por
responder às demandas do cidadão, criou-se uma responsabilização que possibilitou
uma melhoria nos prazos e qualidades das respostas.
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Com o objetivo de ampliar ainda mais a transparência, a Fundação
CASA-SP planeja diversas ações. Ativamente, deverão ser disponibilizados no
Portal da Transparência mais dados produzidos ou sob a guarda de suas áreas. O
levantamento das informações disponíveis já foi iniciado. Contratos de serviços e
aquisições estarão disponíveis.
As obras em execução, de construção de novos centros de atendimento,
poderão ser acompanhadas pelo Portal. O acompanhamento trará imagens e o
percentual de conclusão de cada obra, assim como a sua localização e custos. Isso
permitirá que a sociedade fiscalize o uso do dinheiro público.
O amplo acesso ao Portal da Transparência e a demanda do SIC da
Fundação CASA-SP demonstram que o cidadão está preocupado com a gestão
pública e demanda cada vez mais transparência. A APEDI buscará ajudar no
processo de conscientização do cidadão, demonstrando a importância dessas
ferramentas. O SIC também auxiliou na aproximação com os servidores da
Fundação CASA-SP, pois informações pessoais passaram a ser fornecidas dentro
da legislação. Essa aproximação deve ser fortificada à medida que novas ações de
divulgação sejam feitas dentro do órgão.
O credenciamento de segurança dos servidores que possuem acesso aos
dados e informações está em análise. Todos esses servidores deverão assinar um
“Termo de Compromisso de Manutenção de Sigilo”, visando garantir a segurança
dos dados sigilosos presentes na Fundação CASA-SP.
Com a experiência adquirida pela equipe do SIC da Fundação CASA-SP
e dos dirigentes da mesma, espera-se que o prazo para atendimento dos pedidos de
informação seja reduzido ainda mais. A conscientização e a divulgação do direito à
informação deve produzir um aumento da demanda por transparência em todo o
país e, com essa quantidade crescendo, novos desafios surgirão e necessitarão de
novas medidas para que o melhor atendimento seja dado ao cidadão.
O trabalho de estruturação e divulgação do SIC resultou na terceira maior
demanda do estado de São Paulo, totalizando 209 (duzentas e nove) solicitações de
acessos à informação em 2012. Apenas 3 (três) pedidos foram negados neste
período, pois solicitaram informações sigilosas. Todos os pedidos foram atendidos
dentro do prazo previsto em Lei, com uma média de atendimento de 6 (seis) dias.
Durante o ano de 2012, apenas 2 recursos foram abertos, sendo respondidos logo
em seguida.
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CONCLUSÕES
A direção da Fundação CASA-SP criou taticamente a Assessoria de
Planejamento Estratégico e Desenvolvimento Institucional – APEDI, deixando-a a
cargo de demandas específicas, pelo fato de ela possuir mais autonomia
administrativa para atuar em diferentes áreas da organização, realizando atividades
que setores tradicionais não poderiam atuar conforme hierarquia setorizada.
A implementação do Programa de Bonificação por Resultados – BR e do
Serviço de Atendimento ao Cidadão – SIC, realizadas conjuntamente com demais
setores envolvidos, tais como a Diretoria Técnica e Administrativa, e alinhadas com
a missão da organização, contribuem para a modernização da administração da
Fundação CASA-SP e, consequentemente, no aprimoramento dos resultados,
melhoria na transparência à sociedade e na execução das medidas socioeducativas.
Atuar na motivação dos servidores e aumentar a transparência da organização é
fundamental para a Fundação-CASA dar mais um passo na concretização da nova
gestão pública.
Verifica-se neste processo a centralidade dos gestores na transformação
da organização de modo geral e no sucesso dos casos apresentados em particular.
Envolvê-los nas discussões estratégicas deixando clara a responsabilidade de cada
um no processo, está trazendo resultados imediatos confirmados com os dados
apresentados acima e certamente melhorarão ainda mais o desempenho e a
assiduidade dos servidores no médio prazo.
A avaliação mensal idealizada e realizada pela APEDI foi tão essencial
para o programa de bonificação na atuação das áreas responsáveis,
principalmente como feedback possibilitando a implementação de melhorias tendo
em vista o cumprimento das metas estabelecidas, quanto para o SIC que pode
realizar todas as alterações necessárias ao aprimoramento do atendimento às
demandas dos cidadãos.
Para além dos resultados diretos do programa de bonificação e do SIC,
desenvolve-se em conjunto com outros setores, instrumentos e ferramentas
auxiliares a implementação e efetivação do Programa e da implementação da Lei.
Auxiliando na melhoria de procedimentos organizacionais e tornando a organização
mais transparente para a sociedade, uma vez que o princípio da transparência
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presente na legislação foi suplantado, pois o SIC da Fundação CASA-SP possui
mais atribuições do que a Lei Federal e o Decreto Estadual preveem.
A escolha tomada na Fundação CASA-SP pela transformação da
organização e aumento da transparência ganha corpo de tal forma assumir um
caminho sem volta, uma vez que servidores muitas vezes desconfiados da mudança
dado o histórico organizacional, passam aos poucos, conforme são concretizadas as
ações, a acreditar mais na possibilidade de melhoria.
REFERÊNCIAS
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AUTORIA
Maria Berenice Giannella – Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente – Fundação CASA-SP
Endereço eletrônico: [email protected] Mauricio da Silva Correia –Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente – Fundação CASA-SP
Endereço eletrônico: [email protected] Fabrizio Mencarini – Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente – Fundação CASA-SP
Endereço eletrônico: [email protected] Leandro Timossi de Almeida – Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente – Fundação CASA-SP
Endereço eletrônico: [email protected] Arlete Cristina Giacon Gama – Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente – Fundação CASA-SP
Endereço eletrônico: [email protected]