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Modernismo Nomes: Anna Luísa, Agda, Danna e Tainá. Turma: 2311

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Page 1: Modernismo e mail

Modernismo

Nomes: Anna Luísa, Agda, Danna e Tainá. Turma: 2311

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Modernismo no Brasil foi um movimento cultural que foi

repercutido fortemente sobre todas as formas artísticas no século XX.

É considerado que a Semana da Arte Moderna em São Paulo no ano

de 1920 como sendo o marco inicial do modernismo no Brasil.

Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a

liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam

diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto motivou a

incompreensão e uma completa insatisfação de todos que foram

assistir a este novo movimento.

Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema “Os

sapos”, foi desaprovado pela plateia através de muitas vaias e gritos.

Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões

utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões,

sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre

que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no

caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir

completamente da estética europeia tradicional que influenciava os

artistas brasileiros.

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• Formas de arte ultrapassadas,

• Vanguarda: Sinônimo de algo inovador, novas ideias,

atualidade.

• Escritores vanguardistas do Modernismo no Brasil:

Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ronald de

Carvalho, Manuel Bandeira e Juó Bananére (pseudônimo:

Alexandre Marcondes Machado)

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POEMA “OS SAPOS” DE MANUEL

BANDEIRA

Enfunando os papos,Saem da penumbra,Aos pulos, os sapos.A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,Berra o sapo-boi:- "Meu pai foi à guerra!"- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

O sapo-tanoeiro,Parnasiano aguado,Diz: - "Meu cancioneiroÉ bem martelado.

Vede como primoEm comer os hiatos!Que arte! E nunca rimoOs termos cognatos.

O meu verso é bomFrumento sem joio.Faço rimas com

Consoantes de apoio.

Vai por cinquenta anosQue lhes dei a norma:Reduzi sem danosA fôrmas a forma.

Clame a sapariaEm críticas céticas:Não há mais poesia,Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

Brada em um assomoO sapo-tanoeiro:- A grande arte é comoLavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.Tudo quanto é belo,

Tudo quanto é vário,Canta no martelo".

Outros, sapos-pipas(Um mal em si cabe),Falam pelas tripas,- "Sei!" - "Não sabe!" -"Sabe!".

Longe dessa grita,Lá onde mais densaA noite infinitaVeste a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,Sem glória, sem fé,No perau profundoE solitário, é

Que soluças tu,Transido de frio,Sapo-cururuDa beira do rio...

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• Nacionalismo;

• Urbanismo;

• Revisão crítica do passado histórico-cultural do Brasil;

• Valorização de temas ligados ao cotidiano;

• Subjetivismo;

• Versos livres, palavras em liberdade;

• Ironia, humor, piada, irreverência;

• Linguagem coloquial, livre associação de ideias, flashes cinematográfico.

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Adoro esta cidade

São Paulo do meu coração

Aqui nenhuma tradição

Nenhum preconceito

Antigo ou moderno

Só contam este apetite furioso esta confiança absoluta este otimismo

[esta audácia este trabalho este labor esta especulação que

fazem

[construir dez casas por hora de todos os estilos ridículos

grotescos

[belos grandes pequenos norte sul egípcio ianque cubista

Sem outra preocupação que a de seguir as estatísticas

[prever o futuro o conforto a utilidade

[a mais-valia e atrair uma grande imigração

Todos os países

Todos os povos

Gosto disso

As duas três velhas casas portuguesas que sobram

[são faianças azuis

SÃO PAULO – BLAISE CENDRARS Frédéric Louis Sauser

Teatro Municipal SP

Owl.A

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Trechos do livro “Trem da Serra” - Poema “Cinematógrafo” -

[...]

Vesperal infantil

Dos meus olhos de homem feito!

Aboletado no banco vascolejante

Dome meu cinema ambulante,

Fico olhando a “tela” Pathé-Baby da vidraça,

Onde a paisagem dispara, para trás.

Os postes telefônicos se sucedem,

Junto aos trilhos,

Formando uma palidaça interminável...

[...]

TREM DA SERRA –

ERNANI FORNARI

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• Primeira que seria a fase mais radical, que apostava

fortemente a uma visão diferente do modelo

parnasianista e simbolista;

• Segunda foi a que formou grandes poetas;

• Terceira fase se opunha a primeira e por isso era

ridicularizada por ter um apelido de “

neoparnasianismo ”.

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Críticos e professores literários , no sul ou em outras partes, vivem

repetindo: “Não tivemos Modernismo” ou “Nosso Modernismo foi fraco”. Trata-

se de uma visão muito parcial, porque ao pensar assim, deixam de ver o

movimento específico, que já vinha sendo feito aqui no Sul; dentro das

circunstâncias específicas, como os temas, e a linguagem.

A Literatura Gaúcha refere-se à literatura sobre a história e a cultura do

estado do Rio Grande do Sul. Compreende obras escritas por autores

gaúchos como também pelos radicados do estado.

Mário Quintana (1906-1994), Augusto Meyer (1902-1970) e Raul Boop

(1898-1984) formam a “trindade modernista” do Rio Grande do Sul.

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Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945). Era considerado o “Papa do

Modernismo Paulista“ e participou ativamente da Semana de Arte Moderna, e

que marcaria decisivamente o quadro das artes no Brasil. Ele começou

escrevendo críticas de arte e poesia (ainda parnasiana) com o pseudônimo de

Mário Sobral. Seu primeiro livro de poemas em 1917, ”Há uma gota de sangue

em cada poema”, inspirada na Primeira Guerra Mundial e de forte influência

parnasiana e simbolista; “Paulicéia Desvairada” é o seu primeiro livro de poesia

moderna, e que acarretou muitas polêmicas.

Era um escritor completo: além de poesia, também escreveu romances

(“Amar, Verbo Intransitivo” e “Macunaíma”), contos (“Primeiro Andar”,

“Belazarte” e “Contos Novos”) e ensaios (“A escrava que não é Isaura”, “Música

do Brasil”, “O movimento modernista” e “O empalhador de passarinhos”).

Foi diretor do Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de São

Paulo, onde criou projetos culturais cuja ousadia e espírito democrático

raramente se veriam no país. ”Lira Paulistana” e ”Carro da Miséria”, publicados

postumamente, são seus últimos livros de poemas, nos quais são flagrantes os

temas sociais.

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O cortejo

Monotonias das minhas retinas...

Serpentinas de entes frementes a se

desenrolar...

Todos os sempres das minhas visões! "Bom

giorno, caro."

Horríveis as cidades!

Vaidades e mais vaidades...

Nada de asas! Nada de poesia! Nada de

alegria!

Oh! Os tumultuários das ausências!

Paulicéia - a grande boca de mil dentes;

e os jorros dentre a língua trissulca

de pus e de mais pus de distinção...

Giram homens fracos, baixos, magros...

Serpentinas de entes frementes a se

desenrolar...

Estes homens de São Paulo,

Todos iguais e desiguais,

Quando vivem dentro dos meus olhos tão

ricos;

Parecem-me uns macacos, uns macacos.

PAULICÉIA DESVAIRADA

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O poeta Carlos Drummond de Andrade (1902 - 1987). Vai morar em Belo

Horizonte em 1920 , onde integra o movimento literário modernista, do qual

faziam parte, entre outros, Emílio Moura, Abgar Renault e Pedro Nava. Em

1925 conclui o curso de Farmácia. Em 1928, publica, na Revista

Antropofagia, o poema “No meio do caminho” e, nesse mesmo ano, inicia

sua carreira de funcionário público.

Seu primeiro livro, “Alguma poesia”, é publicado em 1930, e o segundo,

“Brejo das almas”, é lançado em 1934. Escreve para diversos jornais e

revistas. Dedica-se ao serviço público no Rio de Janeiro, tornando-se chefe

do gabinete do Ministro da Educação. Em 1964, é publicada, pela editora

Aguilar, a “Obra completa de Drummond”. Entre seus livros mais importantes

estão: “Sentimento do mundo”(1940), ”A rosa do povo”(1945), ”Claro

enigma”(1951). Drummond dedica-se também à crônica, entre os principais

livros em que revela grande domínio nesse gênero, destacam-se: “Passeios

na ilha”(1952), ”Fala, amendoeira” (1957), “Cadeira de balanço” (1966).

Falece a 17 de agosto de 1987, deixando três obras inéditas.

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João amava Teresa que amava

Raimundo

que amava Maria que amava

Joaquim que amava Lili

que não amava ninguém.

João foi para o Estados Unidos,

Teresa para o

convento,

Raimundo morreu de desastre,

Maria ficou para tia,

Joaquim suicidou-se e Lili casou

com J. Pinto

Fernandes

que não tinha entrado na história.

QUADRILHA

Por muito tempo achei que a

ausência é falta.

E lastimava, ignorante, a falta.

Hoje não a lastimo.

Não há falta na ausência.

A ausência é um estar em mim.

E sinto-a, branca, tão pegada,

aconchegada nos meus braços,

que rio e danço e invento

exclamações alegres,

porque a ausência, essa

ausência assimilada,

ninguém a rouba mais de mim.

AUSÊNCIA

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NO MEIO DO CAMINHO

No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse

acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do

caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

“No mar estava escrita uma cidade.”

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José Oswald de Souza Andrade (1890 – 1954). Formou-se em humanidades

no Colégio de São Benteo e um ano depois ingressou na faculdade de Direito

do Largo São Francisco e começou a trabalhar como redator e repórter do

jornal do Diário Popular. Após o terceiro ano da faculdade, em 1912, Oswald fez

sua primeira viagem à Europa, onde conheceu Kamiá, mãe de seu primeiro

filho. Em seu retorno trouxe de lá as ideias futuristas de Marinetti, e aplicou-as

no Brasil em seus escritos.

O primeiro volume da trilogia do romance “Os condenados”(1922), no qual

Alma, personagem principal, foi inspirada em Miss Cyclone. Neste mesmo ano,

juntamente com outros artistas e escritores da época, promoveu a Semana de

Arte Moderna, e conheceu a artista Tarsila do Amaral, com quem casou em

1926.

As ideias vanguardistas que Oswald trouxe da Europa já estavam intrínsecas

nos romances ”Os condenados”, nos 163 episódios de ”O perfeito cozinheiro

das almas deste mundo”, em ”Serafim Ponte Grande” e ”Memórias sentimentais

de João Miramar”.

Oswald voltou à Europa com Tarsila do Amaral, onde juntos fundaram o

Movimento Antropofágico, movimento que lançou um novo modo de encarar as

artes e a cultura brasileira no final da década de 20.

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No período da crise de 1929, separou-se de Tarsila do Amaral e apaixonou-

se por Pagu (Patrícia Galvão), escritora comunista. Oswald ficou cada vez mais

particularizado com a política e filiou-se no PCB (Partido Comunista Brasileiro).

O casal fundou o jornal “O Homem do Povo” até o ano de 1945, quando

rompeu com o partido. Separou-se de Pagu, mãe de seu segundo filho; e

casou-se com a poetisa Julieta Bárbara, logo depois, casou-se novamente com

Maria Antonieta D‟Aikmin, com quem ficou até a morte.

A poesia de Oswald trouxe irreverência e renovação na linguagem literária,

pois não se adequava aos modelos de literatura da época, sua obra original era

repleta de humor e ironia. Incorporou à sua obra os neologismos, a falta de

padronização, além da linguagem coloquial.

Suas principais obras são: “Poesia pau-brasil”, “Primeiro caderno do aluno

de poesia Oswald de Andrade”, “Memórias Sentimentais de João Miramar”,

“Serafim Ponte Grande”, “Os condenados”.

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Para dizerem milho dizem mio

Para melhor dizem mió

Para pior pió

Para telha dizem teia

Para telhado dizem teiado

E vão fazendo telhados

VÍCIO NA FALA

Dê-me um cigarro

Diz a gramática

Do professor e do aluno

E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom

branco

Da Nação Brasileira

Dizem todos os dias

Deixa disso camarada

Me dá um cigarro

PRONOMINAIS

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Quando o português chegou

Debaixo de uma bruta

chuva

Vestiu o índio

Que pena!

Fosse uma manhã de sol

O índio tinha despido

O português.

ERRO DE PORTUGUÊSO CAPOEIRA

- Qué apanhá sordado?

- O quê?

- Qué apanhá?

Pernas e cabeças na

calçada.

Os negros discutiam

Que o cavalo sipantou

Mas o que mais sabia

Disse que era

Sipantarrou.

O GRAMÁTICO

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Raul Bopp (1898-1984), gaúcho de Tupaceretã, foi poeta, ensaísta,diplomata e jornalista. Participou da Semana de Arte Moderna e foi muitoinfluenciado pelos Andrade.

Sua obra apresenta nacionalismo e construções gramaticais maisaudaciosas, com linguagem tipicamente popular.

Seu livro “Cobra Norato”(1931) é considerado seu principal livro eobra mais importante do movimento. A obra ostenta a grandeza domundo em formação que é o Amazonas.

Pela força de suas descrições, pelo lirismo que informa o poema,pelo seu aproveitamento das raízes populares, é um documento de valordefinitivo do Modernismo brasileiro. Sendo uma importante obrarelacionada ao primitivismo do primeiro modernismo brasileiro, apresentaforma inspirada nas vanguardas europeias, especialmente na forma decomposição cubista.

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MONJOLO

CHORADO DO BATE-PILÃO

Fazenda velha. Noite e dia

Bate-pilão.

Negro passa a vida ouvindo

Bate-pilão.

Relógio triste o da fazenda.

Bate-pilão.

Negro deita. Negro acorda.

Bate-pilão.

Quebra-se a tarde. Ave-Maria.

Bate-pilão.

Chega a noite. Toda a noite

Bate-pilão.

Quando há velório de negro

Bate-pilão.

Negro levado pra cova

Bate-pilão.

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Euclides da Cunha

Augusto dos Anjos

Coelho Neto

Monteiro Lobato

Graça Aranha

Raul de Leoni

Lima Barreto

Os Sertões Eu e Outras Poesias. Versos Íntimos.

A Conquista –

„musas e classicismo‟- “realismo”

Urupês; Negrinha; Ideias de Jeca

Tatu; Cidades Mortas... Sítio do

Pica-Pau Amarelo; O Saci...

Canaã(1902); Espírito Moderno(1925)Argila(1961); Luz Mediterrânea(1922)

Os Bruzundangas (1923);

Clara dos Anjos (1948)

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Irmãos Andrade

Raul Bopp

Manuel Bandeira

Érico Veríssimo

Clarice Lispector

Luís Fernando Veríssimo

Vinícius de Morais

Cornélio Pena

Cyro dos Anjos

Guimarães Rosa

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Academia Brasileira de Letras, sediada no Rio de Janeiro, teve

sua fundação no fim do século XIX, com moldes da Academia

Francesa; cujo objetivo era a cultivação da língua e da literatura

nacional.

No ano de 1997, completou seus 100 anos.

Lúcio Mendonça, fundador da ABLMachado de Assis, primeiro

presidente unânime da ABLAna Maria Machado – 2012/2013

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• Machado de Assis - 1897/1908

• Coelho Neto - 1926

• Ana Maria Machado – 2012/2013

PRESIDENTES DA ABL

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Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta,

romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico

literário.

Sua extensa obra constitui-se de nove romances e peças teatrais,

duzentos contos, cinco coletâneas de poemas e sonetos, e mais de

seiscentas crônicas.

Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil,

com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Sua obra foi de fundamental importância para as escolas literárias

brasileiras do século XIX e do século XX e surge nos dias de hoje como de

grande interesse acadêmico e público.

Influenciou grandes nomes das letras, como Olavo Bilac, Lima

Barreto, Drummond de Andrade, John Barth, Donald Barthelme e outros.

Machado de Assis é considerado um dos grandes gênios da história da

literatura, ao lado de autores como Dante, Shakespeare e Camões.

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