modelos e práticas de avaliação

811
Atas do XII Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2 Índice ÁREA TEMÁTICA 9 - MODELOS E PRÁTICAS DE AVALIAÇÃO UM MODELO DE GESTÃO DE CURSOS DE GRADUAÇÃO, NA MODALIDADE A DISTÂNCIA, COM ÊNFASE NO ATENDIMENTO AOS REFERENCIAIS DE QUALIDADE DO PROCESSO DE ACREDITAÇÃO DO INEP/MEC BRASIL Matilde Medeiros de Araújo, Maria João Cardoso de Carvalho, & Carlos Machado Santos 3779 DIFERENCIAS INDIVIDUALES EN LA ELABORACIÓN DE INFFERENCIAS ENTRE BUENOS Y MALOS LECTORES Francisco Manuel Morales Rodríguez & Ana María Morales Rodríguez 3790 MUDANÇAS DE ATITUDES SOCIAIS EM RELAÇÃO À INCLUSÃO: AVALIAÇÃO DO PROCESSO FORMATIVO Cristiane Regina Xavier Fonseca–Janes & Sadao Omote 3798 AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DOCENTE: DILEMAS E (IM)POSSIBILIDADES DE UMA REFERENCIALIZAÇÃO MULTIFOCALIZADA Henrique Manuel Pereira Ramalho 3813 A AVALIAÇÃO EXTERNA DO CONHECIMENTO GRAMATICAL: UM ESTUDO DOS EXAMES DE PORTUGUÊS DE 2012 António Silva & Ana Paula Castro Silva 3830 AVALIAÇÃO EXTERNA DE ESCOLAS: OS EFEITOS INDIRETOS DO ENSINO PÚBLICO NO ENSINO PRIVADO Joana Sousa & José A. Pacheco 3845 AVALIAÇÃO EXTERNA DE ESCOLAS E SEUS EFEITOS NAS PERSPETIVAS CURRICULARES E PEDAGÓGICAS. UM ESTUDO COM PROFESSORES DE MATEMÁTICA Micaela Marques & José A. Pacheco 3860 METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS NUMA ÁREA CURRICULAR NO ENSINO SUPERIOR: IMPLICAÇÕES NO DESEMPENHO DOS ESTUDANTES Maria Palmira Alves & Susana Sá 3875 O CURRÍCULO DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO E A PRÁTICA DE AVALIAÇÃO João Manuel de Sousa Will & José Pacheco 3886 OS APOIOS EDUCATIVOS COMO FERRAMENTA DE DEMOCRATIZAÇÃO DO SUCESSO ESCOLAR: CONTRIBUTOS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM REFERENCIAL AVALIATIVO Marta Martins & Eusébio Machado 3900 A PROMOÇÃO DA APRENDIZAGEM ATIVA SUPORTADA POR UMA PRÁTICA DE AVALIAÇÃO REFLEXIVA Rosa Rodrigues & Cristina Parente 3914

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  • Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

    ndice

    REA TEMTICA 9 - MODELOS E PRTICAS DE AVALIAO

    UM MODELO DE GESTO DE CURSOS DE GRADUAO, NA MODALIDADE A DISTNCIA, COM NFASE NO ATENDIMENTO AOS REFERENCIAIS DE QUALIDADE DO PROCESSO DE ACREDITAO DO INEP/MEC BRASIL Matilde Medeiros de Arajo, Maria Joo Cardoso de Carvalho, & Carlos Machado Santos

    3779

    DIFERENCIAS INDIVIDUALES EN LA ELABORACIN DE INFFERENCIAS ENTRE BUENOS Y MALOS LECTORES Francisco Manuel Morales Rodrguez & Ana Mara Morales Rodrguez

    3790

    MUDANAS DE ATITUDES SOCIAIS EM RELAO INCLUSO: AVALIAO DO PROCESSO FORMATIVO Cristiane Regina Xavier FonsecaJanes & Sadao Omote

    3798

    AVALIAO DO DESEMPENHO DOCENTE: DILEMAS E (IM)POSSIBILIDADES DE UMA REFERENCIALIZAO MULTIFOCALIZADA Henrique Manuel Pereira Ramalho

    3813

    A AVALIAO EXTERNA DO CONHECIMENTO GRAMATICAL: UM ESTUDO DOS EXAMES DE PORTUGUS DE 2012 Antnio Silva & Ana Paula Castro Silva

    3830

    AVALIAO EXTERNA DE ESCOLAS: OS EFEITOS INDIRETOS DO ENSINO PBLICO NO ENSINO PRIVADO Joana Sousa & Jos A. Pacheco

    3845

    AVALIAO EXTERNA DE ESCOLAS E SEUS EFEITOS NAS PERSPETIVAS CURRICULARES E PEDAGGICAS. UM ESTUDO COM PROFESSORES DE MATEMTICA Micaela Marques & Jos A. Pacheco

    3860

    METODOLOGIAS DE AVALIAO DAS APRENDIZAGENS NUMA REA CURRICULAR NO ENSINO SUPERIOR: IMPLICAES NO DESEMPENHO DOS ESTUDANTES Maria Palmira Alves & Susana S

    3875

    O CURRCULO DO CURSO DE ADMINISTRAO E A PRTICA DE AVALIAO Joo Manuel de Sousa Will & Jos Pacheco

    3886

    OS APOIOS EDUCATIVOS COMO FERRAMENTA DE DEMOCRATIZAO DO SUCESSO ESCOLAR: CONTRIBUTOS PARA A CONSTRUO DE UM REFERENCIAL AVALIATIVO Marta Martins & Eusbio Machado

    3900

    A PROMOO DA APRENDIZAGEM ATIVA SUPORTADA POR UMA PRTICA DE AVALIAO REFLEXIVA Rosa Rodrigues & Cristina Parente

    3914

  • Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

    DO ENSINO DE LITERATURA NO ENSINO SECUNDRIO SUA AVALIAO NO EXAME NACIONAL DO 12 ANO Maria Carolina Pereira da Costa & Antnio Silva

    3929

    POR QUE BRINCAR NO RIMA COM AVALIAR? A INTERFERNCIA DOS PROCESSOS AVALIATIVOS NO COTIDIANO LDICO ESCOLAR. Maria Vitoria Mamede Maia & Silvia Gabrielle Coimbra

    3944

    AVALIAO DE DESEMPENHO DO PROFESSOR DE LNGUAS ESTRANGEIRAS: - O QUE PENSAM OS PROFESSORES? - Maria Rita Morais Freitas

    3958

    SUPERVISO E PROCESSO DE AVALIAO DO DESEMPENHO PROFISSIONAL DOCENTE: REPRESENTAES E VIVNCIAS DO SUPERVISOR PEDAGGICO Estela Monteiro

    3973

    A RELAO SUPERVISIVA NA ADD: DE QUE SO FEITAS AS NOSSAS PRTICAS? Ctia Rodrigues

    3991

    PROMOO DO PENSAMENTO CRTICO NA FORMAO DE PROFESSORES DO ENSINO BSICO Rui Marques Vieira & Celina Tenreiro-Vieira

    4006

    IMPACTO E EFEITOS DA AVALIAO EXTERNA NAS ESTRUTURAS INTERMDIAS DE GESTO Natlia Costa & Jos Augusto Pacheco

    4020

    A CENTRALIDADE DO ALUNO NO DISPOSITIVO DE AUTOAVALIAO DE ESCOLA Teresa Jesus Santos & Maria Palmira Alves

    4031

    POLTICA E OPERACIONALIZAO DA AVALIAO DAS APRENDIZAGENS NA FORMAO DE PROFESSORES EM ANGOLA Francisco Caloia Alfredo

    4049

    DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM E FLUNCIA DE LEITURA NO FINAL DO PRIMEIRO ANO DE ESCOLARIDADE: UM CONTRIBUTO Liliana Costa & Maria Carapeto

    4063

    IMPACTO DA AVALIAO INSTITUCIONAL NA PRESTAO DO SERVIO EDUCATIVO UM ESTUDO DE CASO Lcia Dourado & Virgnio S

    4078

    DETECCIN PSICOEDUCATIVA DE DIFICULTADES PSICOMOTORAS EN EL AULA Iria Daz Ainse & Rosa Rivas Torres

    4094

    UN ESTUDIO SOBRE LAS ESTRATEGIAS EN ALUMNOS Y ALUMNAS DE 5 AOS COMO CLAVE INCLUSIVA DEL APRENDER A APRENDER Mara Pramo Iglesias & Mara Martnez Figueira

    4110

    AVALIAO DE ESCOLAS: MECANISMOS DE REGULAO E LGICAS DE AO DOS ATORES ESCOLARES Carla Chainho

    4121

  • Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

    EFEITOS DA AVALIAO EXTERNA DE ESCOLAS PBLICAS NA REDE PR-ESCOLAR PRIVADA Eduarda Cristina Silva Rodrigues & Jos Augusto Pacheco

    4135

    DETECCIN DAS DIFICULTADES COGNITIVAS NA AULA Rosa Rivas Torres, Beatriz Lpez Gonzlez & Berta Fraga Gonzlez

    4142

    DISPOSITIVOS SINCRNICOS DE AVALIAO ENQUANTO MECANISMOS DE FEEDBACK E AUTORREGULAO DE APRENDIZAGENS. Cristiana Cabreira, Andreia Santos & Ana Mouraz

    4155

    AVALIAO DOS PROBLEMAS DE COMPORTAMENTO EM CRIANAS DA EDUCAO PR-ESCOLAR Rosa Maria Gomes, Anabela Pereira & Paula Vagos

    4168

    AVALIAO EXTERNA DE ESCOLAS E O SEU IMPACTO NO ENSINO ESPECIALIZADO DA MSICA Helena Queirs & Jos Augusto Pacheco

    4181

    PROVINHA BRASIL - INSTRUMENTO AVALIATIVO DE LEITURA: ANLISE LUZ DA ABORDAGEM COGNITIVA DE LEITURA E SEUS RESULTADOS Eva Cristina Mendes

    4192

    SUPERVISO DE FUTUROS ENFERMEIROS NO ENSINO CLNICO NO SERVIO DE CIRURGIA Isabel Correia & Teresa Vilaa

    4207

    A CENTRALIDADE NO ESTUDANTE NUMA UNIDADE CURRICULAR INTEGRADA UM ESTUDO DE CASO Ana Lemos, Armando Almeida, Joana Palha, Manuel Costa & Maria Palmira Alves

    4223

    O CONHECIMENTO DOS ADQUIRIDOS EXPERIENCIAIS DOS ADULTOS VERSUS O SEU RE(DES)CONHECIMENTO NO (IN)DEFINIDO QUADRO GOVERNAMENTAL PORTUGUS Susana Cristina Pinto & Maria Palmira Alves

    4235

    AVALIAO DA METACOGNIO, AUTORREGULAO E UTILIZAO DE ESTRATGIAS COGNITIVAS EM ATIVIDADES DE INVESTIGAO Jorge Gonalves & Margarida Alves Martins

    4253

    ALTA HABILIDADE PARA A MATEMTICA, ESTILOS COGNITIVOS E RENDIMENTO ESCOLAR A MATEMTICA Joana Casanova & Ana Costa

    4267

    PERCEPO DOS PROFESSORES SOBRE O DESENVOLVIMENTO METACOGNITIVO DOS ALUNOS Jorge Gonalves & Margarida Alves Martins

    4282

    ESTILOS COGNITIVOS, RESULTADOS ESCOLARES A MATEMTICA E DIFERENAS DE GNERO Joana Casanova & Ana Costa

    4292

    O PORTEFLIO COMO ESTRATGIA DE AVALIAO N(D)A PRTICA PEDAGGICA Susana Cristina Pinto & Cndida Mota-Teixeira

    4303

  • Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

    UMA INVESTIGAO QUALITATIVA SOBRE PRTICAS DE APRENDIZAGEM-AVALIAO CENTRADAS NO ESTUDANTE SC Rodrigues, J Cerqueira, MJ Costa & MP Alves

    4318

    A CONTEXTUALIZAO CURRICULAR COMO REFERENTE DA AVALIAO EXTERNA DAS ESCOLAS Jos Carlos Morgado, Carlinda Leite, Preciosa Fernandes & Ana Mouraz

    4328

    A FORMAO PEDAGGICA CONTINUADA DOS PROFESSORES NO ENSINO SUPERIOR: O CASO DO CURSO DE ADMINISTRAO NUMA UNIVERSIDADE BRASILEIRA Maria Palmira Alves, Ivanilda Bastos & Sidney Schossland

    4351

    INDICADORES DE QUALIDADE DA PRODUO ACADMICA SOBRE O PROFESSOR Leonora Bernardes

    4363

    UMA VISO DE AVALIAO DO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL A PARTIR DO ACCOUNTABILITY Marly Queiroz & Fabiane Garcia

    4378

    O INVENTRIO PARENTAL (LUI-PT) COMO INSTRUMENTO DE AVALIAO DAS COMPETNCIAS PRAGMTICAS EM IDADES PRECOCES Cristiana Guimares, Anabela Cruz-Santos & Leandro Almeida

    4391

    UM NOVO OLHAR SOBRE AS PRATICAS AVALIATIVAS: CONCEPES DE PROFESSORES DO 2 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DO CEAR-BRASIL Andreia Serra Azul da Fonseca, Maristela Lage Alencar, Edivone Meire Oliveira & Sinara Mota Neves de Almeida

    4403

    INFLUENCIA DE LAS DIFICULTADES FONOLGICAS EN EL DESARROLLO LINGSTICO Y LECTOESCRITOR EN NIOS DE EDUCACIN INFANTIL Y PRIMARIA S. Garca-Mosquera, M. Durn, M. Garca-Fernndez, J.C. Fernndez-Mndez, A. Lpez-Osuna

    4419

    DETECCIN DE DIFICULTADES EN EL LENGUAJE ORAL EN NIOS DE SEGUNDO CICLO DE EDUCACIN INFANTIL Lpez-Osuna, S. Garca-Mosquera, M. Durn, M. Garca-Fernndez, J.C. Fernndez-Mndez

    4436

    PROVA DE COMPREENSO NA LEITURA PARA O 1 ANO DE ESCOLARIDADE Edlia Simes & Margarida Alves Martins

    4445

    TESTE INFORMATIZADO E DINMICO DE ESCRITA (TIDE): ESTUDO PRELIMINAR Andreza Schiavoni & Cristina Joly

    4459

    EFEITO (S) DAS PRTICAS DA AVALIAO DE DESEMPENHO DOCENTE NAS PRTICAS COLABORATIVAS: INDUO OU INIBIO? Ana Marcos & Eusbio Machado

    4473

  • Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

    AGRUPAMIENTO DE ESCUELA Y ESTRUCTURA DE EVALUACIN INTERNA: NUEVA INSTANCIA DE EVALUACIN EXTERNA A LAS ESCUELAS AGRUPADAS LOCALIZADA EN LA ESCUELA SEDE? UN ESTUDIO DE CASO EN PORTUGAL Maria Cecilia Bocchio

    4485

    EL RETORNO DEL DIRECTOR: ESTUDIO DE CASO DESARROLLADO EN UN AGRUPAMIENTO DE ESCUELAS Maria Cecilia Bocchio

    4498

    ENSEAR, APRENDER Y EVALUAR EL PROFESIONALISMO MDICO: A PROPSITO DE UNA EXPERIENCIA EN LA UNIVERSIDAD DE BARCELONA Jordi Pals, A. Gual, M. Nolla & A. Oriol Bosch

    4506

    APRENDIZAGEM E AVALIAO DE PROCEDIMENTOS E DESEMPENHOS UTILIZANDO CHECKLISTS Isabel Neto, Lus Patro & Miguel Castelo Branco

    4522

    O CENTRO DE COMPETNCIAS LABORATORIAIS: UM NOVO MODELO PARA APRENDIZAGEM DE COMPETNCIAS LABORATORIAIS Manuel Joo Costa, Nuno S. Osrio, Margarida Correia-Neves, Hugo Almeida, Fernanda Marques & Joo Carlos Sousa

    4531

    MINI-ENTREVISTAS MLTIPLAS: UM MTODO DE SELECO DE ESTUDANTES PARA O ENSINO SUPERIOR Pedro Marvo, Jos Ponte

    4546

    A INVESTIGAO EM EDUCAO MDICA COMO ABORDAGEM CIENTFICA AO ENSINO/APRENDIZAGEM DA MEDICINA Manuel Joo Costa

    4555

    O EXAME OBJECTIVO ESTRUTURADO COMO METODOLOGIA DE AVALIAO DE COMPETNCIAS: PRINCPIOS BASEADOS NA INVESTIGAO EM EDUCAO MDICA Joo Cerqueira, Hugo Almeida & Jos Miguel Pgo

    4570

    A CONSTRUO DE PONTES ENTRE AS CINCIAS DA EDUCAO E A EDUCAO MDICA: DESAFIOS E OPORTUNIDADES Ana Raquel Lemos

    4577

  • UM MODELO DE GESTO DE CURSOS DE GRADUAO, NA MODALIDADE A DISTNCIA, COM NFASE NO ATENDIMENTO AOS REFERENCIAIS DE QUALIDADE DO PROCESSO DE ACREDITAO

    DO INEP/MEC BRASIL

    Matilde Medeiros de Arajo

    Maria Joo de Carvalho

    Carlos Machado Santos

    Universidade de Trs-os-Montes e Alto Douro

    [email protected]

    [email protected]

    [email protected]

    RESUMO: Este projeto objetiva delinear a importncia e o impacto do atual modelo de referenciais de qualidade utilizado pelo Instituto Nacional de Ensino e Pesquisas Educacionais (INEP/MEC) na

    avaliao da gesto de cursos de graduao, na modalidade a distncia. O estudo est focado em trs

    pilares, que so: a gesto da qualidade, a educao a distncia e avaliao e processo de

    acreditao. O estudo parte do pressuposto de que os sistemas de educao a distncia so

    complexos, pois envolvem um conjunto de processos integrados, os quais exigem uma gesto

    eficiente para que os resultados educacionais possam ser alcanados. O objetivo geral da pesquisa

    consiste em analisar a importncia e o impacto do modelo de avaliao utilizado pelo INEP na

    qualidade da gesto de cursos superiores, na modalidade a distncia, sob a tica da gesto da

    qualidade. A pesquisa enfoca os cursos de graduao, ofertados na modalidade a distncia nas

    instituies pblicas de ensino superior do Estado do Rio Grande do Norte. Seu carter prescritivo

    e far uso da abordagem qualitativa, na fase de estruturao do modelo, e quantitativa, na fase de

    avaliao dos cursos escolhidos para anlise.

    Introduo

    O cenrio educacional contemporneo mostra uma forte tendncia crescente

    insero de mtodos, tcnicas e tecnologias de educao a distncia no ensino superior.

    Observam-se mudanas significativas em todos os setores da sociedade que refletem as

    aes governamentais na esfera das polticas econmicas e sociais que vm sendo

    implantadas nos pases em desenvolvimento. Um dos objetivos dessas polticas diz

    respeito insero do Pas na ordem mundial e essa questo tem suscitado, no mbito

    educacional, debates sobre o significado da educao global e sobre o papel das

    tecnologias nos processos formativos (Gilberto, 2009).

    A educao a distncia (EaD) uma modalidade de ensino que vem assumindo,

    cada vez mais, uma posio de destaque no cenrio educacional da sociedade

    contempornea. Percebe-se que pessoas e instituies comeam a abandonar preconceitos

    de longa data contra a aprendizagem que ocorre fora da sala de aula convencional. Sem

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    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]

  • dvida que o principal estmulo para a mudana est em relao estrita com o

    aparecimento de novas tecnologias de informao e comunicao, mediadas com

    transmisses via satlite, internet e material multimdia, que visa facilitar o processo de

    ensino-aprendizagem e estimular a colaborao e interao entre os participantes de um

    curso (Moore e Kearsley, 2007).

    A combinao de variados recursos tecnolgicos permitiu que a EaD alcanasse

    grande nmero de alunos no mundo inteiro, com o surgimento de megauniversidades,

    como a The Open University (Reino Unido), a China TV University System (China), a

    Indira Gandhi National Open University (India), dentre outras (Luzzi, 2007, p. 37).

    No Brasil, a EaD considerada uma importante estratgia para a expanso do

    acesso ao ensino em todos os nveis. Castro e Cabral Neto so de opinio que a

    modalidade da educao presencial tem-se mostrado incapaz de atender ao objetivo

    prioritrio de garantir a educao para todos, intenes declaradas nos planos e

    compromissos assumidos pelos governos nas ltimas dcadas (2009, p. 85).

    O marco legal da implantao da educao a distncia no Brasil a Lei de

    Diretrizes e Bases (BRASIL, 1996), cujo art. 80 estabelece que o Poder Pblico

    incentivar o desenvolvimento e a veiculao de programas de ensino a distncia, em

    todos os nveis e modalidades de ensino, e de educao continuada. Esse contexto

    marcou o acelerado crescimento da oferta de cursos nessa modalidade, especialmente no

    setor privado. Segundo dados do INEP (2010), os cursos de graduao tiveram em 2009

    um crescimento de 13% em relao ao ano de 2008, sendo que os cursos de educao a

    distncia aumentaram 30,4%, enquanto os presenciais 12,5%. Em relao ao nmero de

    matrculas, os cursos EAD representaram, em 2009, 14,1% do nmero total.

    A importncia da qualidade nos cursos oferecidos na modalidade a distncia, tem ganho

    cada vez mais espao nos discursos e dilogos proferidos em contextos diversos motivados

    pelo crescimento acelerado de cursos oferecidos mas, igualmente, pelas crticas que recaem

    sobre alguns destes cursos. Conforme aponta Peters (2003), o desafio repensar o ensino para

    assegurar a sua pertinncia social, a sua qualidade cientfica e tcnica. Salienta-se que a

    introduo de mudanas significativas para a melhoria da qualidade educacional exige

    vontade, determinao poltica, competncia tcnica e sensibilidade para coordenar e avaliar

    as foras que entram em ao quando se pretende alterar posturas e princpios arraigados

    naqueles que participam do processo e o constituem.

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  • Nesse sentido, o processo de acreditao ganha fora, pois tem como noes centrais a

    confiana e a qualidade, e pode ser entendido como

    Um mtodo de estmulo, avaliao e certificao da qualidade, alm de se

    caracterizar como um processo educacional que introduz nas instituies a

    cultura da qualidade e analisa e atesta o seu grau alcanado por elas. A

    acreditao deve ser diferenciada de outros processos como o licenciamento, a

    classificao, a habilitao ou o credenciamento pois prope a participao

    voluntria, estimulando as instituies a um comportamento de procura

    contnua da qualidade da formao (Hortale, Obbadi e Ramos, 2002, p. 1791).

    Nessa mesma linha de raciocnio, Dias Sobrinho (2008, p. 818), afirma que

    acreditar praticar um ato legal certificando que uma instituio, um curso, um

    programa tem qualidade; portanto, seus efeitos so legtimos e publicamente assegurados

    e validados pelo Estado. Para o autor, acreditar certificar a qualidade. Neste contexto, o

    questionamento que se faz neste projeto se o atual modelo de acreditao utilizado no

    Brasil pelo INEP atende aos requisitos necessrios garantia da qualidade dos cursos de

    graduao a distncia.

    Mtodo

    Objetivos

    O objetivo geral da pesquisa consiste em perceber a importncia e o impacto do

    modelo de avaliao utilizado pelo INEP na gesto da qualidade de cursos superiores, na

    modalidade a distncia, sob a tica da gesto da qualidade. O estudo enfoca os cursos de

    graduao, ofertados na modalidade a distncia nas instituies pblicas de ensino

    superior do Estado do Rio Grande do Norte.

    Os objetivos especficos do projeto compreendem:

    a) Fundamentar um quadro conceitual sobre referenciais de qualidade para

    cursos de graduao, na modalidade a distncia;

    b) Fazer o comparativo entre os referenciais de qualidade utilizados pelo

    INEP e os modelos identificados na literatura, sob a tica dos atores do processo de

    educao a distncia: coordenadores de curso, conteudistas, professores, tutores a

    distncia, tutores presenciais e alunos;

    c) Estruturar um novo modelo com referenciais de qualidade para os cursos

    de graduao, na modalidade a distncia.

    O estudo parte das seguintes premissas:

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  • 1. Que o modelo atual utilizado pelo INEP para acreditao de cursos de

    graduao na modalidade a distncia no capaz de atender aos referenciais de qualidade

    identificados na literatura internacional.

    2. Que a garantia da qualidade pode ser obtida atravs de um processo

    permanente de avaliao que conduz acreditao, de forma a garantir a eficincia e

    eficcia dos seus processos (ENQA, 2009).

    3. Que a avaliao interna atual feita mais com o objetivo de cumprir com a

    formalidade exigida, sem o envolvimento efetivo de todos os atores.

    4. Que a qualidade prtica do processo de avaliao do INEP dependente do

    envolvimento de todos os atores (Masoumi e Lindstrm, 2012).

    Atores Previligeados

    A populao do estudo ser constituda por todos os atores dos cursos a distncia

    ofertados nas instituies pblicas de ensino superior do Estado do Rio Grande do Norte.

    Sero entrevistados todos os coordenadores de curso e coordenadores de plo. Em relao

    aos professores, tutores, alunos e pessoal do suporte da Tecnologia de Comunicao e

    Informao, ser utilizada uma amostra representativa de todos os segmentos de atores.

    Intrumentos

    A pesquisa ser realizada em duas fases: estruturao e avaliao do modelo. Na

    fase de estruturao, a pesquisa ser de natureza qualitativa. Conforme observa Santo

    (2010, p. 25), nas pesquisas qualitativas, os mtodos de coleta de dados devem ser

    compostos essencialmente, pelas tcnicas de observao participante e de entrevistas.

    Estas sero as tcnicas a serem utilizadas na coleta dos dados, os quais sero tratados

    atravs da anlise de contedo, com o auxlio de um dos softwares Atlas.ti ou NVIVO.

    Resultados

    Neste artigo, sero apresentados os resultados relativos ao primeiro objetivo da

    pesquisa da tese de doutoramento, que fundamentar um quadro conceitual sobre

    referenciais de qualidade para cursos de graduao, na modalidade a distncia. Esse

    objetivo parte do pressuposto de que o modelo atual utilizado pelo INEP para acreditao

    de cursos de graduao na modalidade a distncia no capaz de atender aos referenciais

    de qualidade identificados na literatura internacional.

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  • Referenciais de qualidade para educao a distncia do INEP / BRASIL

    No Brasil, o Ministrio da Cultura (MEC, 2007) publicou em 2007 um documento

    com referenciais de qualidade para educao a distncia serem observados por todas as

    instituies de ensino superior brasileiras, contribuindo assim para regulao, superviso

    e avaliao desta modalidade educacional.

    O documento-base a Lei de Diretrizes e Bases, publicada em 1996. No perodo de

    2003 a 2007 foram publicados decretos e portarias normativas que instituram mudanas

    significativas relativas Lei de Diretrizes e Bases da Educao Brasileira. Essas

    mudanas e o investimento constante do governo brasileiro na expanso da educao

    superior, com significativa participao da educao a distncia, tornaram necessria a

    atualizao do documento inicial publicado em 2003. Da sua atualizao, resultou um

    documento publicado pelo referido organismo (MEC, 2007), onde constam os

    referenciais de qualidade que abordam a concepo de educao e currculo no processo

    de ensino e aprendizagem, em que o projeto poltico pedaggico deve apresentar sua

    escolha epistemolgica de educao, de currculo, de ensino, de aprendizagem, de perfil

    do estudante. A partir dessas escolhas so desenvolvidos os processos de produo do

    material didtico, de tutoria, de comunicao e de avaliao, delineando princpios e

    diretrizes que aliceraro o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem.

    So tambm abordados, no referido documento (MEC, 2007), o sistema de

    comunicao, que deve estar apoiado em uma filosofia de aprendizagem que proporcione

    aos estudantes interao no processo de ensino-aprendizagem, comunicao com garantia

    de oportunidades para o desenvolvimento de projetos compartilhados e o reconhecimento

    e respeito em relao s diferentes culturas e de construo do conhecimento. Tambm

    contempla o material didtico que deve ser concebido conforme os princpios

    epistemolgicos, metodolgicos e polticos definidos no projeto pedaggico, visando

    facilitar a construo do conhecimento e mediar a interlocuo entre estudante e

    professor, devendo passar por rigoroso processo de avaliao prvia, com o objetivo de

    identificar necessidades de ajustes. Os referenciais de qualidade do INEP contemplam

    duas dimenses da avaliao: a avaliao da aprendizagem e a avaliao institucional.

    Todo esse processo deve ser conduzido por uma equipe multidisciplinar,

    envolvendo professores, tutores e equipe tcnico-administrativa, bem como por uma

    infra-estrutura de apoio na sede da instituio e nos plos de apoio presenciais.

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  • Faz parte, tambm, dos referenciais de qualidade a gesto acadmica-administrativa

    para oferecer ao estudante, geograficamente distante, o acesso aos mesmos servios que

    so disponibilizados aos alunos que frequentam os cursos ditos tardicionais. De destacar a

    sustentabilidade financeira, ficando a instituio obrigada a apresentar uma adequada

    relao custo-benefcio sem deixar de considerar os elevados investimentos iniciais no

    material didtico, na capacitao das equipes multidisciplinares, na implantao de plos

    de apoio presencial e na disponibilizao dos demais recursos educacionais, assim como

    na implantao da gesto do sistema de educao a distancia.

    So estes os referenciais de qualidade utilizados atualmente pelo governo brasileiro

    para avaliao das condies de oferta de cursos de graduao, na modalidade a distncia,

    incluindo a autorizao e o reconhecimento dos cursos.

    Outras propostas de referenciais de qualidade para a educao a distncia

    Foram identificados, na literatura, alguns modelos de referenciais de qualidade para

    a educao a distncia, os quais sero utilizados no desenvolvimento da presente

    pesquisa. So eles: O modelo de qualidade de Masoume e Lindstrom (2012), o modelo

    conceitual basEaDo em projetos de benchmarking internacional (OSSIANNILSSON E

    LANDGREN, 2012) e o modelo de maturidade apresentado por Marshal (2012).

    Modelo de qualidade em e-learning

    D. Masoumi & B. Lindstrm (2012), em seu artigo Quality in e-learning: a

    framework for promoting and assuring quality in virtual institutions desenvolveram um

    modelo, atravs de uma reviso geral de outros modelos, diretrizes e parmetros

    utilizados nas prticas de gesto da qualidade em e-learning. A anlise e a sntese da

    literatura resultou em um quadro de referncias, que est apresentado a seguir.

    Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

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  • Figura I Estrutura de qualidade eletrnica

    Fonte: Adaptado de Masoumi e Lindstrom (2012)

    Segundo os autores, o quadro foi construdo utilizando o mtodo Delphi para a

    melhoria contnua, resultando da crtica de professores, pesquisadores e outras partes

    interessadas na Universidade de Gotemburgo e outras organizaes virtuais. O quadro

    formado por sete fatores principais, os quais so subdivididos em 29 sub-fatores,

    agrupados em clusters, onde cada um representa um aspectos especfico do e-learning. Os

    fatores principais so: fatores institucionais, fatores de desenho instrucional, fatores de

    avaliao, fatores tecnolgicos, fatores pedaggicos, fatores de suporte ao estudante e

    fatores de suporte instituio.

    O quadro deve fornecer os requisitos bsicos para que a organizao oferea cursos

    de qualidade sociedade, identificando fatores que permita o acompanhamento dos

    resultados alcanados nos vrios fatores de avaliao. O estudo ressalta, ainda, a

    importncia da instituio promover uma cultura de permanente aperfeioamento, com

    vistas melhoria e garantia da qualidade do seu processo de educao a distncia. Para

    tanto, seus principais atores estudantes, professores e administradores devem elevar

    ESTRUTURA DE QUALIDADE ELETRNICA

    FATOR TECNOLGICO

    FATOR PEDAGGICO

    APOIO AO ESTUDANTE

    APOIO AO CORPO DOCENTE

    FATOR DE AVALIAO

    FATOR DE PROJETO INSTRUCIONAL

    FATOR INSTITUCIONAL

    Desenvolvimento e sustentabilidade da infra-estrutura tecnolgicaFuncionalidade de plataformas tecnolgicasAcessibilidadeProjeto de interface

    Foco no estudanteComunicao e interatividadeAspecto socialAmbientes de aprendizagemAvaliaoRecursos de aprendizagem

    Apoio administrativoSuporte tcnico

    Assistncia tcnica em desenvolvimento de cursosApoio administrativoApoio pedaggico

    Custo-efetividadeEficcia da aprendizagem

    Satisfao dos alunosSatisfao dos professores

    Esclarecimento das expectativasPersonalizao

    Seleo de cenrios de aprendizagem adequados

    Organizao dos recursos de aprendizagem

    Preciso dos recursos de aprendizagem

    Assuntos institucionaisAssuntos administrativos

    PesquisaReputao

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    3785

  • sua conscincia, mudando suas atitudes e ampliando suas expectativas em busca da

    melhoria da qualidade dos cursos ofertados.

    Modelo conceitual baseado em projetos de benchmarking internacional E. Ossiannilsson & L. Landgren (2012), em seu artigo Quality in e-learning a

    conceptual framework based on experiences fron three international benchmarking

    projects, desenvolveram uma estrutura conceitual para e-learning, com base em uma srie

    de fatores crticos de sucesso. O estudo foi elaborado com base na participao em trs

    projetos de benchmarking internacional: E-excellence+, Exerccio de benchmarking em e-

    learning e o Primeiro Clube Dual-Mode de Becnharmking a distncia.

    O modelo proposto pelos autores, apresentado na figura 04, est centrado nas

    expectativas, demandas e direitos do aluno, as quais devem ser levadas em conta a partir

    de uma perspectiva holstica, com transparncia e inovao em mente.

    Figura II Quadro conceitual da qualidade em e-learning

    Fonte: Adaptado de Ossiannilsson e Landgren (2012)

    A estrutura conceitual emergente no modelo apresentado por Ossiannilsson e

    Landgren (2012) mostra a complexidade que caracteriza as reas crticas de sucesso do e-

    learning, caracterizando a importncia de uma viso holstica de todo o processo. Os

    autores sugerem que o modelo deve ser utilizado como um alicerce para o e-learning do

    produtividade

    participao

    interatividade transparncia

    acessibilidade

    flexibilidade

    personalizao

    PRODUTOS SERVIOS

    GESTO

    ESTUDANTE

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  • futuro e como inspirao para desenvolver, implementar, avaliar e internalizar aes da

    educao a distancia de forma integrada.

    Modelo de maturidade no e-learning

    Marshall (2012), em seu artigo Improving the quality of e-learning: lessons

    from the eMM, diz que a qualidade do e-learning pode ser definida de maneiras

    diferentes, refletindo as diferentes partes interessadas e a complexidade do sistema e

    processos utilizados no ensino superior. O autor sugere um modelo de maturidade para

    e-learning

    (EMM) relacionando processos, prticas e dimenses, as quais esto apresentadas na

    Figura III - Relaco entre processos, prticas e dimenses

    Fonte: Marshall (2012)

    O modelo compreende um conjunto de 35 processos, agrupados em cinco

    dimenses, a saber: aprendizagem, desenvolvimento, apoio, avaliao e organizao. Os

    processos relativos dimenso da aprendizagem esto em relao direta com os aspetos

    pedaggicos de e-learning. Os processos realyovos ao desenvolvimento esto

    direcionados para a crio e manuteno dos recursos de e-learning. Os processos de

    apoio so direcionados gesto operacional do e-learning. Os processos em torno da

    avaliao e controloda qualiadade acompanham os resultados do e-learning durante o seu

    Processos

    Entrega

    Planejamento

    DefinioGesto

    OtimizaoCapacidadede processo

    rea de processo

    Processo Dimenso Declarao de prticas

    pertence a avaliado pela definida pelo processo

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  • ciclo de vigncia. Finalmente, os processos associados dimenso da organizao esto

    direcionados para o palnejamneto institucional e de gesto.

    Concluses

    Na educao a distncia, o seu carter inovador e complexo exige uma gesto

    eficiente e eficaz para que os resultados educacionais possam ser alcanados. Da que

    tenhamos identificado quatro modelos de referenciais de qualidade para cursos de

    educao superior na modalidade a distncia.

    No Brasil, o Ministrio da Cultura (MEC, 2007) publicou um documento com

    referenciais de qualidade para educao a distncia serem observados por todas as

    instituies de ensino superior brasileiras, contribuindo assim para regulao, superviso

    e avaliao desta modalidade educacional. Os referenciais adotados pelo MEC incluem:

    concepo de educao e currculo no processo de ensino e aprendizagem; sistema de

    comunicao; material didtico; avaliao da aprendizagem; avaliao institucional;

    equipe multidisciplinar; infra-estrutura de apoio; gesto acadmica-administrativa; e

    sustentabilidade financeira.

    O modelo de Masoumi e Lindstrm (2012) consiste numa estrutura de qualidade

    que envolve fatores institucionais; fatores tecnolgicos; fatores de projeto instrucional;

    fatores pedaggicos; fatores de avaliao; fatores de apoio ao estudante; e fatores de

    apoio ao corpo docente.

    O modelo proposto por Ossiannilsson e Landgren (2012) est centrado nas

    expectativas, demandas e direitos do aluno, as quais devem ser levadas em conta a partir

    de uma perspectiva holstica, com transparncia e inovao em mente.

    O modelo de maturidade na educao a distncia de Marshall (2012) envolve

    processos agrupados em cinco dimenses, que so: aprendizagem, desenvolvimento,

    apoio, avaliao e organizao.

    Fazendo-se uma comparao entre os quatro modelos acima referenciados percebe-

    se que uns enfocam os processos, outros destacam a importncia de centrarmos a nossa

    ateno no aluno para que se evite um desfazamento entre o expectvel e a ao que se

    concertiza. Em comum, a preocupao com a qualidade o que precede a construo

    destes modelos.

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  • DIFERENCIAS INDIVIDUALES EN LA ELABORACIN DE INFFERENCIAS ENTRE BUENOS Y MALOS LECTORES

    Francisco Manuel Morales Rodrguez

    Ana Mara Morales Rodrguez

    Universidad de Mlaga

    [email protected]

    RESUMEN: Partiendo del artculo de Long, Oppy y Seely (1994), en que se estudian diferencias en los procesos necesarios para representar el significado del discurso entre

    buenos y malos lectores, as como en la generacin de conocimientos basados en

    inferencias, y dada la necesidad de matizacin de algunos aspectos tratados en l se plantea

    este trabajo como una revisin de los resultados del citado estudio en el que deben

    considerarse los planteamientos de dos teoras o modelos relevantes sobre el discurso:

    Teora Minimalista y Teora Construccionista. Se hipotetiza que existirn diferencias en

    cuanto al tipo de inferencia y el proceso (automtico o estratgico) en funcin de la

    habilidad lectora y del SOA. Los objetivos especficos de este trabajo han sido: 1)

    Consideracin de los resultados desde las Teoras Minimalistas y Construccionista,

    realizando predicciones para buenos y malos lectores desde dichas teoras; 2)

    Determinacin de los factores que diferencian a buenos y malos lectores en el mbito de las

    inferencias; 3) Matizacin respecto a los SOAs en relacin con los resultados de la

    investigacin y en cuanto a los grupos experimentales; y 4) Determinacin de los tipos de

    inferencias temticas de los buenos lectores.

    Introduccin

    Sobre la base del artculo de Long, Oppy y Seely (1994) titulado Individual

    Differences in the time course of inferencial processing, en que se estudian diferencias

    en los procesos necesarios para representar el significado del discurso entre buenos y

    malos lectores, as como en la generacin de conocimientos basados en inferencias, y

    dada la necesidad de matizacin de algunos aspectos tratados en l (p. ej. ortogonalidad

    de las inferencias usadas como material estimular, especificacin de qu tipo de

    inferencias realizan los buenos lectores, etc) se plantea este trabajo como una revisin

    de los resultados del citado estudio en el que deben considerarse los planteamientos de

    dos teoras o modelos relevantes sobre el discurso: Teora Minimalista y Teora

    Construccionista. Es importante sealar que lo que se propone a continuacin es un plan

    de trabajo e investigacin para desarrollar como parte de un Trabajo de Investigacin

    por alumnado de posgrado interesado en dotar de aplicacin prctica el trabajo que aqu

    se presenta (ya que estas fechas an no se ha podido aplicar totalmente como para

    disponer de datos empricos y ms concluyentes.

    Hiptesis de trabajo/

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  • Existirn diferencias significativas en cuanto al tipo de inferencia que realiza el

    sujeto y tambin respecto al proceso mediante el cual se realizan (automtico o

    estratgico) en funcin de la habilidad lectora y en funcin del SOA.

    La proposicin central de la hiptesis minimalista supondra que las nicas

    inferencias que se generan automticamente durante la lectura son aquellas que se basan

    en la informacin que est rpida y fcilmente disponible, ya sea a partir de enunciados

    explcitos en el texto o a partir del conocimiento general, y aquellos requeridos para

    hacer los enunciados del texto localmente coherentes (Mckoon y Ratcliff, 1986;

    Mckoon y Ratcliff, 1992). La necesidad de dar coherencia local al texto y la rapidez en

    la disponibilidad de la informacin relevante para la inferencia configuran el

    mecanismo responsable de las inferencias, las cuales se produciran automticamente de

    modo muy limitado durante la comprensin.

    Los buenos lectores realizaran inferencias automticas en casi todas las ocasiones

    segn la Teora Minimalista excepto en aquellos casos en que haya un propsito

    explcito de aprendizaje o de solucin de problemas en cuyo caso se pondran en marcha

    procesos de tipo ms estratgico que implicara mayor demanda de recursos y tiempo

    que los automticos. Los malos lectores no realizaran ningn tipo de inferencia ni

    estratgica ni automtica. Estos resultados son tomados del artculo de Long, Oppy y

    Seely (1994) Individual differences in the time course of inferential procesing,

    Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory and Cognition, 20(6), 1956-

    1970.; aunque dichas teoras no se posicionan respect a los buenos o malos lectores.

    La teora construccionista postula que el lector realiza siempre un esfuerzo en

    profundizar y no limitarse a la informacin explcita debido a la existencia de metas

    durante la comprensin. Segn esta teora durante la comprensin se realizaran las

    siguientes inferencias: referenciales, las de antecedente (durante la comprensin), causal

    o conectivas pero no se darn las elaborativas u opcionales ni las de consecuente causal.

    Se apoya en la concepcin general del sistema cognitivo como generador activo

    de informacin durante el procesamiento (Graesser, Singer y Trabasso, 1993; Graesser,

    Singer y Trabasso, 1994; Magliano, Baggett, Johnson y Graesser, 1993). El mecanismo

    inferencial estara inducido por la necesidad de satisfacer metas del lector, dar

    coherencia global y local al texto, en consecuencia, se incrementaran las inferencias

    habituales durante la comprensin.

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  • Segn la teora constructivista durante la comprensin se realizan inferencias

    conectivas y de antecedente causal que son aquellas que desde la teora minimalista se

    consideran ms automticas. Quedaran fuera del proceso de comprensin las de tipo

    elaborativo y de consecuente causal por ser de tipo supletorio u opcional ms enfocada a

    adornar o complementar el texto con detalles accesorios y, por lo tanto, sujetos a un

    proceso de elaboracin mucho ms estratgico. Creemos, por tanto, (y esta es nuestra

    hiptesis), que un buen lector ser capaz de realizar inferencias durante la comprensin

    y fuera de ella. En contraposicin, los malos lectores tendrn serias dificultades para

    realizar inferencias durante la comprensin incluso siendo stas bastante automticas,

    pero mucho ms difciles ser para ellos realizar inferencias fuera de la comprensin

    sobre todo considerando que requieren de ellos cierta capacidad estratgica.

    Segn la teora minimalista las inferencias de tipo automtico seran nicamente

    las conectivas, quedando todos los dems tipos relegados a la categora de estratgicas.

    Por la propia esencia de las inferencias estratgicas, stas quedaran ligadas al grupo de

    buenos lectores debido a la cantidad de recursos necesarios para su elaboracin. Por

    supuesto, dichos lectores tambin dominaran el mbito de las inferencias automticas.

    No obstante, consideramos que los malos lectores tendran serias dificultades para

    realizar inferencias automticas pero mucho ms para las estratgicas.

    Mtodo

    A continuacin se propone la estructura del posible diseo experimental en lo que

    se refiere a la variable dependiente, variables independientes y control de variables

    extraas para poder dotar de aplicacin prctica esta propuesta planteada a partir de la

    revisin del citado artculo.

    Como variable dependiente (VD) se considera los tipos de inferencias temticas

    realizadas para buenos y malos lectores. Las variables independientes (VIs) seran la

    habilidad lectora (buenos o malos lectores) y el SOA. Para la operacionalizacin de la

    VI1 se someteran los sujetos experimentales a una prueba que discrimine entre buenos

    y malos lectores. Para la operacionalizacin de la VI2 se han seleccionado una serie de

    ejemplos bien delimitados respecto al tipo de inferencia temtica que corresponde a lo

    que podemos llamar ejemplos verdaderamente ortogonales, es decir, estn incluidos

    dentro de una categora especfica dentro de las inferencias temticas pero no en las

    dems. Por ejemplo, si uno de nuestros ejemplos pertenece a la categora de inferencia

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  • de tipo antecedente causal quedara descartada automticamente su pertenencia a la

    categora de consecuente causal. De esta manera nos evitamos los problemas y

    contaminaciones derivados de no considerar dicho aspecto (detectados en la revisin

    efectuada, es decir, tal y como ocurra en el artculo especificado en el objetivo genera

    del presente trabajo). En esta tarea se ha echado en falta una definicin clara de cada

    tipo de inferencia. De hecho, muchos ejemplos se han tenido que rechazar por no poder

    ubicarlos dentro de una nica categora por falta de claridad y matices en la definicin.

    Los ejemplos que vamos a utilizar son seleccionados y nos han parecido los ms

    adecuados ya que forman parte de categoras de inferencias verdaderamente excluyentes

    entre s. Estas categoras anteriormente aludidas son las siguientes: Antecedente----

    Consecuente causal; Conectivas----Elaborativas como se indica en el apartado de

    resultados fruto de este trabajo previo.

    Con vistas a la importancia de la variable SOA en los distintos experimentos

    realizados en ese sentido y debido adems a las importantes diferencias existentes entre

    los distintos tipos de SOAs creemos que es muy acertado valorar esta variable en esta

    investigacin. Creemos adems que hace falta afirmar en relacin con el SOA a partir

    de cul empiezan a producirse las diferencias. Por tanto, proponemos una distribucin

    de los grupos experimentales en funcin del SOA los ms exhaustiva posible de manera

    que entre un grupo y otro exista una diferencia no muy grande en cuanto a dicha

    variable. Ello es congruente con lo que plantean algunos autores (Belinchn, Rivire e

    Igoa, 1999; Morales-Rodrguez, 2012).

    La justificacin de esta ltima decisin es simple: si hay poca variacin entre un

    grupo y otro respecto al SOA pero, sin embargo, sus diferencias respecto a la VI son

    significativas esto indica que algo significativo ocurre tambin en ese pequeo intervalo

    de SOA existente entre ambos grupos. Para ello se realizarn experimentos intergrupo.

    El tipo de comparaciones ser intergrupo (BL, Buenos lectores y ML, Malos lectores).

    Para el control de variables extraas creemos muy necesario controlar los

    siguientes aspectos:

    -Condiciones ambientales:

    Ruido, temperatura, etc que influyen indudablemente en la capacidad de

    concentracin y, por tanto, de rendimiento.

    -Variables extraas de tarea:

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  • Independientemente del grupo al que pertenezca el sujeto, las instrucciones de la

    tarea son siempre idnticas para buenos y malos lectores.

    -Si contamos con un nmero considerable de sujetos asumimos que la variable

    inteligencia se distribuira de forma normal en la poblacin estudiada.

    -El tema de la educacin queda controlado debido a que todos los sujetos

    experimentales tendrn igual nivel educativo, universitario (independientemente del

    curso que realicen).

    Resultados y Conclusiones

    A continuacin, como resultados iniciales de esta laboriosa y compleja

    investigacin, que es necesario dotar de continuidad, en este trabajo se procede a

    presentar a modo de datos iniciales, una seleccin de los ejemplos de inferencias que

    forman parte de categoras verdaderamente excluyentes entre s y que sern utilizados

    para llevar a cabo la propuesta de investigacin descrita con anterioridad a partir de la

    revisin de dicho artculo. As, si una inferencia es lgica, automticamente queda

    descartado que sea pragmtica.

    Ejemplos seleccionados de inferencia lgica y su justificacin

    Si Javier tena ocho caramelos y dio una a Mara la implicacin lgica es que

    Javier se qued con siete caramelos.

    6.b. A pesar de la tormenta, el relmpago y los 50 pies de ola, unos pocos

    supervivientes se agarraron muy fuertes al mstil. Finalmente llegaron a una isla

    desierta y empezaron a hacer un banquete con dtiles. (Naufragio)

    Justificacin: Se trata de una inferencia lgica ya que aunque no existe una regla

    matemtica en el sentido literal de la palabra tiene una probabilidad muy alta (casi del

    100%) de ser un naufragio y por ello la consideramos lgica y no pragmtica.

    Ejemplos de inferencia pragmtica

    7.b. El servidor encendi el fuego y luego prepar la carne. l la sazon y la

    cubri con papel de aluminio (barbacoa).

    Justificacin: Se considera pragmtica ya que existe la probabilidad de que sea

    una cocina y no necesariamente una barbacoa.

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  • 3.b. Toda la tarde el chef control la preparacin de la comida para la fiesta. El

    prob la sopa y entonces la aadi un poco. (SAL)

    Justificacin: Es pragmtica ya que no existe seguridad 100% de ser sal (o que lo

    que aada sea pimentn).

    5.b. El excursionista cogi su paquete cuando se dio cuenta de que tena un

    salpullido. Debe tener algo que parara el picazn. (Medicina).

    Justificacin: Pueden ser medicina, una hierba, o un pao con agua fra, etc. las

    posibles inferencias.

    Ejemplos de antecedente causal

    2.b. La solitaria doncella tena enormes esperanzas mientras se visti para ir al

    baile. Esta era su nica oportunidad para conocer gente (Querer casarse)

    Justificacin: Querer casarse es el antecedente de esas esperanzas.

    6.b. A pesar de la tormenta, el relmpago y los 50 pies de ola, unos pocos

    supervivientes se agarraron muy fuertes al mstil. Finalmente llegaron a una isla

    desierta y empezaron a hacer un banquete con dtiles. (Naufragio)

    Estamos en un naufragio y a partir de ah se entiende lo dems.

    Ejemplos de consecuente causal

    2.a. Por tercera vez, el jugador preocupado bate pero perdi el baln. l saba lo

    que el entrenador le dira (FUERA)

    Justificacin: Lo echan porque falla las tres ltimas pelotas.

    9.a. Jim se convirti en el primero en ganar el concurso de su club. l vio el reto

    como un deber patritico. (ORGULLOSO)

    Justificacin: Esa reaccin emocional del personaje es consecuencia de lo

    anterior.

    Ejemplos de inferencias conectivas

    6.b. A pesar de la tormenta, el relmpago y los 50 pies de ola, unos pocos

    supervivientes se agarraron muy fuertes al mstil. Finalmente llegaron a una isla

    desierta y empezaron a hacer un banquete con dtiles. (Naufragio)

    Es una inferencia conectiva ya que es necesario el concepto naufragio para

    entender el resto como supervivencia, isla desierta, etc.

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  • Es una inferencia puente porque muchos elementos explcitos se relacionan con el

    concepto implcito naufragio.

    2.b. La solitaria doncella tena enormes esperanzas mientras se visti para ir al

    baile. Esta era su nica oportunidad para conocer gente (Querer casarse)

    Conectiva puente ya que es necesario irse atrs para poder entenderlo.

    Quiere casarse y por ello tiene esas esperanzas y busca ese elemento previo que

    justifique esa reaccin. Elemento implcito: matrimonio y uno de esos dos elementos

    explcitos: esperanzas y deseo de conocer gente.

    9.b. El hombre de las cavernas haba estado buscando durante tanto tiempo que

    cuando finalmente se encontr con el animal no pudo golpearlo. Estaba frustrado por

    decir poco. (CANSADO). Une dos elementos explcitos: palo y frustracin.

    Ejemplos de inferencias elaborativas

    3.b. Toda la tarde el chef control la preparacin de la comida para la fiesta. El

    prob la sopa y entonces la aadi un poco. (SAL)

    Justificacin: Se sabe que aade algo pero no tiene mayor importancia si es sal o

    pimentn, por ejemplo.

    5.b. El excusionista cogi su paquete cuando se dio cuenta de que tena un

    salpullido. Debe tener algo que parara el picazn. (Medicina).

    Justificacin: Se aade informacin opcional (modelo situacional predictivo).

    9.a. Jim se convirti en el primero en ganar el concurso de su club. l vio el reto

    como un deber patritico. (ORGULLOSO)

    Asociado semntico.

    Puede concluirse, sealando como principal aportacin de este trabajo, adems

    de la propuesta, seleccin de ejemplos y definicin operativa aportada anteriormente,

    las inferencias temticas desde la teora constructivista y desde la teora minimalista y

    su consideracin para buenos y malos lectores. Segn la teora constructivista durante la

    comprensin se realizan inferencias conectivas, antecedente causal mientras que no se

    realizan durante la comprensin las elaborativas y las de consecuente causal.

    Segn la teora minimalista seran inferencias automticas las conectivas, anforas

    y causales; en cambio las estratgicas seran todas las dems.

    Considerndolo para buenos y malos lectores, segn la teora constructivista los

    buenos lectores realizan inferencias conectivas, antecedente causal (durante la

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  • comprensin + automtica) y elaborativas, consecuente causal (fuera + estratgica). Los

    malos lectores como mucho realizaran alguna durante la comprensin.

    Segn la teora minimalista los buenos lectores realizan inferencias conectivas

    (automtica) y todas las dems (estratgica). Puede sealarse que los malos lectores

    segn dicha teora realizaran, como mucho, alguna automtica.

    Referencias Bibliograficas Long, D. L., Oppy, B. J. y Seely, M. R. (1994). Individual differences in the time course

    of inferential procesing. Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory

    and Cognition, 20(6), 1956-1970.

    Belinchn, M., Rivire, A. e Igoa, J. M. (1999). Psicologa del lenguaje. Investigacin

    y teora. Madrid: Editorial Trotta.

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    course of generating

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    Experimental Psychology: Learning, Memory and Cognition, 12, 82-91.

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    Editorial Acadmica Espaola.

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  • MUDANAS DE ATITUDES SOCIAIS EM RELAO INCLUSO:

    AVALIAO DO PROCESSO FORMATIVO

    Cristiane Regina Xavier FonsecaJanes 1

    Sadao Omote2

    Universidade Estadual Paulista UNESP

    [email protected]

    [email protected]

    RESUMO: Os ideais da educao inclusiva podem ser efetivados por meio de atitudes sociais favorveis incluso, uma vez que estas podem reorganizar crenas e cognies

    sobre as diferenas, direcionar a afetividade de modo a ser favorvel com relao s

    diferenas e, principalmente, direcionar a ao para a aceitao das diferenas. A partir

    dessa perspectiva, o presente estudo tem por objetivo comparar as atitudes sociais em

    relao incluso, mantidas pelos mesmos participantes no incio e no final do processo

    formativo do curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia e Cincias da UNESP. Neste

    estudo participaram 59 estudantes do curso de Pedagogia. Os participantes foram separados

    em dois grupos: o grupo dos participantes no incio da formao e o grupo dos participantes

    no ltimo ano de formao. Os dados foram coletados por meio da Escala Likert de

    Atitudes Sociais em relao Incluso ELASI, que um instrumento construdo e

    validado para a mensurao de atitudes sociais em relao incluso. Os escores de

    atitudes sociais desses participantes foram comparados por meio da prova Wilcoxon. A

    diferena altamente significante (p

  • escolar que pode contribuir para a incluso social. Para a implementao da educao

    inclusiva, so necessrios administradores preocupados com a reforma, com a

    reestruturao e com a renovao de suas unidades de ensino. Cabe ainda a esta unidade

    a formao continuada do seu corpo docente em metodologias de ensino que

    privilegiem uma abordagem de ensino progressista (Mittler, 2003) e que incluam

    estratgias para a mudana de atitudes sociais, bem como recursos materiais e outros

    profissionais de apoio. Com esses passos, podemos estar prximos de uma educao

    inclusiva, cujo resultado pode ser um sistema educacional fortalecido e eficiente no qual

    todas as crianas teriam acesso e permanncia garantida, com a oferta de oportunidades

    que lhes assegurem um aproveitamento mximo, conforme as condies de cada aluno.

    Salientamos que essa perspectiva no difere das metas traadas por todos aqueles que

    visam a uma educao democrtica de qualidade, gratuita e laica, desde o Manifesto dos

    Pioneiros de 1932 ou mesmo o Manifesto dos Educadores Mais Uma Vez Convocados

    de 19593.

    Omote (2004a) argumenta que a busca pela incluso sempre fez parte da histria

    da humanidade. As sociedades humanas vm tornando-se progressivamente inclusivas

    nos mais variados aspectos, ainda que muito lentamente. Nos anos 90, a construo da

    sociedade inclusiva transformou-se em um imperativo moral (p. 299), intensificado

    pelos crescentes debates sobre os direitos humanos. Para esse autor, ao se pensar em

    uma comunidade escolar inclusiva, reflexo de tal imperativo, deve-se contar no apenas

    com solues didtico-pedaggicas, mas tambm com:

    Outras medidas e arranjos, cientificamente fundamentados, que

    possibilitem o convvio e a co-ao, por parte das pessoas com

    as mais variadas diferenas, em principais situaes e atividades

    3 O Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova de 1932 foi um documento que partiu de um grupo de 22 jovens

    intelectuais que procuram levantar idias pedaggicas da histria e da filosofia da educao brasileira. O redator do

    Manifesto foi Fernando Azevedo, cujos ideais educacionais pautavam-se nas idias de John Dewey e de mile

    Durkhein. Nesse documento existem discusses terica, filosfica, histrica, poltica e formulaes pedaggicas

    didticas sobre a educao. Para seus signatrios as reformas econmicas no deveriam estas dissociadas das

    reformas educacionais. Os problemas educacionais eram advindos da falta de uma filosofia da educao e da falta de

    uma viso cientfica dos problemas educacionais. Para eles a Filosofia da educao deveria adequar a escola

    modernidade. Eles se posicionavam contra uma educao dual e uma escola tradicionalista. Defendiam a escola

    socializada, a Educao como dever do Estado, uma escola comum, nica para todos, laica, gratuita, obrigatria, co-

    educao dos sexos. Os signatrios do Manifesto dos Pioneiros foram os seguintes personagens histricos: Fernando

    Azevedo, Roldo Lopes de Barros, Hermes Lima, Paschoal Lemme, Edgard Sussekind de Mendona, Jlio de

    Mesquita Filho, Armanda lvaro Alberto, Raul Briquet, Mrio Casassata, Atlio Vivacqua, Francisco Venancio

    Filho, Afrnio Peixoto, Antnio Sampaio Dria, Roquete Pinto, Frota Pessoa, Noemy Silveira, Garcia de Resende,

    Almeida Jnior, J. P. Fontanelle, Paulo Maranho, Ceclia Meirelles, Nbrega Da Cunha, Raul Rodrigues, Ansio

    Teixeira e Loureno Filho. (Arruda, 2000; Azevedo, 1932; 1959; Ghiraldelli Jr, 2003; Xavier, Ribeiro & Noronha,

    1994).

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  • da vida diria, de modo que favoream a realizao e o

    desenvolvimento de todos que delas participam (Omote, 2004a,

    p. 302).

    De acordo com Omote, essa escola j est comeando a ser construda e alguns

    casos de incluso de crianas com deficincias tm sido relatados. Entretanto, sugere-se

    que sejam criadas medidas avaliativas solidamente fundamentadas para a verificao

    dos processos de educao inclusiva, uma vez que a anlise de algumas prticas

    pedaggicas sobre a incluso sugere a ocorrncia de:

    (1) uma mera insero do aluno deficiente em classes comuns a

    ttulo de incluso, (2) a migrao de deficientes no sentido

    inverso do que ocorria no passado recente, (3) a

    institucionalizao da normificao e (4) o desvirtuamento de

    objetivos precpuos da educao escolar (Omote, 2004b, p. 05).

    Uma alternativa de avaliao da educao inclusiva pode envolver a questo das

    atitudes sociais em relao incluso. Uma pessoa, em interao com o ambiente social,

    forma impresses sobre as outras pessoas e essas impresses direcionam o seu

    comportamento. As atitudes so formadas como conseqncia da ao direta da pessoa

    com a tomada de conhecimento do meio social. Assim, podemos dizer que nossas

    atitudes so formadas durante nosso processo de socializao.

    Para Rodrigues, Assmar e Jablonski (2007, pp. 97-98), os elementos

    caractersticos das atitudes sociais so a) uma organizao duradoura de crenas e

    cognies em geral; b) uma carga afetiva pr ou contra; c) uma predisposio ao; d)

    uma direo a um objeto social.

    A importncia do estudo das atitudes sociais no est apenas na sua associao

    com o comportamento, mas tambm porque indicam as definies do problema,

    mantidas pelos membros de uma coletividade, e servem de quadro de referncia dentro

    do qual ocorrem comportamentos direcionados ao objeto atitudinal (Altman, 1981).

    As atitudes sociais favorveis incluso so certamente uma das condies para

    efetivao da sociedade inclusiva, uma vez que organizam ou reorganizam crenas e

    cognies sobre as diferenas, direcionam a afetividade de modo a ser favorvel com

    relao s diferenas e principalmente direcionam a ao para a aceitao das

    diferenas. Nesse sentido, esse novo homem inclusivo pode ser formado por

    intermdio da escola, uma escola que invista na construo de atitudes genuinamente

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  • inclusivas. Do contrrio, tcnicas, recursos e capacitaes podero servir at para

    excluir ou justificar a excluso ou ainda para justificar a dificuldade da incluso.

    Nas discusses atuais acerca da educao inclusiva, tem sido dada especial nfase

    s atitudes sociais de toda a comunidade escolar e principalmente s do professor. A

    partir da compreenso das atitudes sociais dos professores em relao incluso,

    possvel ter alguma idia das condutas que eles adotam em suas salas de aula. Um

    professor com atitudes sociais desfavorveis em relao incluso dificilmente

    consegue enfrentar o desafio de promover ensino de qualidade para os alunos que

    apresentam diferenas expressivas em relao ao aluno comum. Bender, Scott e Vail

    (1995) evidenciaram que os professores do ensino comum com atitudes negativas em

    relao incluso utilizavam estratgias de ensino inclusivas menos frequentemente que

    os professores com atitudes positivas.

    As atitudes sociais, assim como outras variveis no imediatamente visveis, tais

    como as crenas, os valores e as concepes de ensino e aprendizagem, podem

    determinar a qualidade da relao interpessoal entre o professor e o aluno, podendo

    comprometer o processo inclusivo de ensino e aprendizagem. Destaque-se que:

    os professores so agentes importantes na construo da

    educao inclusiva, pois depende essencialmente deles a criao

    de um clima acolhedor para todos os alunos na sala de aula. As

    suas aes docentes e sociais na sala de aula se constituem como

    elementos crticos para o ensino inclusivo. Para tanto, alm da

    capacitao didtico-pedaggica para lidar com a diversidade de

    caractersticas e necessidades educacionais de seus alunos,

    precisam desenvolver atitudes genuinamente favorveis em

    relao aos princpios e prticas da incluso (Omote, 2003, p.1).

    Como parte da preocupao em implementar a educao inclusiva, as atitudes

    sociais dos professores em relao incluso vm sendo investigadas nos ltimos anos.

    O gnero, a idade cronolgica, o tempo de experincia docente no ensino comum, o

    nvel de escolaridade e a experincia no ensino do aluno com deficincia so algumas

    das variveis do professor, que podem estar criticamente relacionadas s suas atitudes

    sociais em relao incluso, embora seus efeitos especficos no estejam cabalmente

    esclarecidos.

    Foi evidenciado que os professores da Educao Infantil e os estudantes do

    CEFAM e de Pedagogia apresentavam atitudes sociais em relao incluso mais

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  • favorveis que os professores do Ensino Fundamental, Ciclos I e II, e os do Ensino

    Mdio (Omote et al., 2003; 2005). Os autores aventaram uma possvel explicao

    baseada na relao desses estudantes e professores com a situao de uma classe da qual

    participa algum aluno com deficincia.

    Os estudantes do CEFAM e de Pedagogia no enfrentavam situaes concretas de

    lidar com a presena de aluno deficiente em sala de aula, razo por que a adeso

    posio considerada politicamente correta poderia ter ocorrido com maior facilidade. Os

    professores da Educao Infantil tambm poderiam demonstrar atitudes amplamente

    favorveis incluso, em vista da sua situao profissional de lidar com classes pouco

    numerosas e com atividades que no colocavam especial exigncia em termos de

    aprendizagem escolar. J os professores do Ensino Fundamental e do Ensino Mdio

    enfrentavam situaes de tal natureza na sala de aula classe numerosa e atividades

    escolares que exigiam demonstrao de competncia intelectual que poderiam mais

    facilmente visualizar a dificuldade que enfrentariam com a presena de algum aluno

    com necessidades especiais, como aquele que no se comunica oralmente ou aquele que

    no enxerga.

    Embora existam resultados contraditrios, de modo geral pode-se sugerir que as

    atitudes sociais positivas em relao incluso so apresentadas por professores do

    gnero feminino (Pearman et al., 1992), mais jovens (Balboni & Pedrabissi, 2000;

    Rizzo, 1985; Rizzo & Wright, 1988; Rizzo & Vispoel, 1991), com experincia docente

    no ensino comum (Fonseca-Janes, 2010), com menos tempo de experincia docente no

    ensino comum (Bennett, Deluca & Bruns, 1997; Hastings & Oakford, 2003; Marston &

    Leslie, 1983), com nvel mais baixo de escolaridade (Jobe, Rust & Brissie, 1996), na

    percepo no tipo de deficincia e no seu grau de comprometimento (Baleotti, 2006;

    Rizzo & Vispoel, 1991), formao (Rizzo & Vispoel, 1992), competncia docente

    (Rizzo & Wright, 1988) e com experincia no ensino de alunos deficientes (Avramidis

    & Kayva, 2007; Avramidis & Norwich, 2002; Balboni & Pedrabissi, 2000; Baleotti,

    2006; Olson, 2008; Omote, 2010; Omote, 2005; Rommi & Leyser, 2006; Van Reusen,

    Shoho & Barker, 2000; Parasuram, 2006).

    Elliott (2008) ao estudar as atitudes sociais de professores de educao fsica em

    relao incluso de crianas com deficincia mental moderada e fsica em ambientes

    escolares verificou que existe uma relao direta entre as atitudes dos professores e a

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  • sua eficcia. Os professores com atitudes positivas para a incluso fornecem estratgias

    de ensino de maneira que os alunos obtenham mais sucesso.

    Estudos sobre as atitudes sociais em relao incluso apontam ainda que para

    oferecimento de estratgias de ensino mais favorveis pelo professor para com a

    incluso de alunos com deficincia, inmeras variveis esto envolvidas na eficcia do

    processo de incluso, tais como: alunos com menor grau de deficincia (Minner &

    Knutson, 1982; Rizzo, 1984) e as crianas com deficincias menos graves (Rizzo, 1984;

    Rizzo & Vispoel, 1991; Rizzo & Wright, 1987; Tripp, 1988).

    Pesquisas sobre as atitudes sociais em relao incluso tambm encontraram

    associao entre a autopercepo da competncia, preparao profissional e experincia

    com pessoa deficincia (Avramidis & Kalyva, 2007; Avramidis & Norwich, 2002;

    Baleotti, 2006; Elliott, 2008; Omote, 2005; Romi & Leyser, 2006; Parasuram, 2006;

    Rizzo & Vispoel, 1992). Rizzo e Vispoel (1991) e Rizzo e Wright (1988) argumentam

    que se os professores se percebem como competentes tendem a desenvolver atitudes

    mais favorveis em relao incluso. Rizzo (1985), Baleotti (2006), Carvalho (2008),

    Hsien (2007), Pereira Jr (2009) e Silva (2008) apontam que professores com preparao

    profissional para atuar com pessoas deficientes tendem a ter atitudes mais favorveis.

    Professores com mais experincia com alunos deficientes tambm tendem a desenvolver

    atitudes sociais mais favorveis em relao incluso (Marston & Leslie, 1983; Rizzo

    & Vispoel, 1991).

    Ressaltamos que embora alguns estudos apontem que pessoas do gnero feminino

    tendam a ter atitudes sociais mais favorveis em relao incluso (Avramidis, Bayliss

    & Burden, 2000; Omote et al., 2005; Pearman et al., 1992; Tinos, Orlando & Denari,

    2008), os estudos de Patrick (1987), Rizzo e Vispoel (1991), Rizzo e Wright (1988),

    Fonseca-Janes (2010) indicam que no existe essa diferena de gnero nas atitudes de

    professores no ensino de pessoas com deficincia.

    Nas vrias discusses acerca da incluso, tem sido constantemente lembrada a

    necessidade de uma profunda mudana nas atitudes por parte de todas as pessoas

    envolvidas. Diferentemente do modelo de integrao, no qual a nfase recaa sobre a

    capacitao do prprio deficiente para fazer face s demandas do meio ao qual viria a

    ser integrado, na nova perspectiva da incluso, de extrema importncia a compreenso

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  • das atitudes e opinies de todas as pessoas envolvidas na educao que pretende ser

    inclusiva.

    Os estudos realizados por Martins (1999), com os alunos do ensino fundamental,

    sobre a perspectiva de estudar na mesma classe com algum aluno com deficincia, e por

    Artioli (1999), com os professores do ensino comum e os do ensino especial, sobre a

    perspectiva de alunos deficientes estudarem em classes comuns, revelaram pontos de

    vista relativamente favorveis por parte desses membros da comunidade escolar. Num

    outro estudo, com os pais de alunos deficientes que estudavam em classes comuns e

    com os pais de alunos normais em cujas classes estavam presentes alunos deficientes,

    foi evidenciado que esses pais tambm apresentavam pontos de vista favorveis

    colocao de alunos com deficincia em classes de ensino comum (Boselli, 2001).

    No Brasil, h carncia de estudos de campo acerca das atitudes sociais em relao

    incluso. Quando, em algum estudo, o autor se refere s atitudes em relao

    incluso, frequentemente o faz de modo vago e superficial, a partir do que pode ser

    inferido grosseiramente nos relatos verbais de seus entrevistados, talvez por no haver

    tradio de se utilizarem instrumentos padronizados de mensurao de fenmenos dessa

    natureza.

    Deste modo, com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento de pesquisas

    acerca das atitudes sociais em relao educao inclusiva, foi realizado um estudo

    sobre a temtica, envolvendo estudantes dos Cursos de Pedagogia da Universidade

    Estadual Paulista UNESP (Fonseca-Janes, 2010). A presente comunicao trata de

    parte do estudo desenvolvido em continuidade ao anterior (Fonseca-Janes, 2013).

    Mtodo

    Objetivo

    O presente relato tem por objetivo comparar as atitudes sociais em relao

    incluso, mantidas pelos mesmos participantes no primeiro e no quarto ano de

    Pedagogia da Faculdade de Filosofia e Cincias [FFC] da Universidade Estadual

    Paulista Jlio de Mesquita Filho [UNESP], Campus de Marlia.

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  • Amostra

    Participaram deste estudo 59 estudantes que cursavam o curso de Pedagogia da

    Faculdade de Filosofia e Cincias da UNESP. A coleta de dados foi realizada com os

    mesmos participantes em dois momentos distintos: no primeiro e no quarto ano do

    curso. A idade dos participantes na segunda coleta variou de 21 a 53 anos, com a mdia

    de 25,44 e o desvio padro de 6,91, sendo 57 do gnero feminino e 02 do gnero

    masculino.

    Instrumento

    Para a coleta de dados, foi utilizada a Escala Likert de Atitudes Sociais em relao

    Incluso (ELASI), que um instrumento construdo e validado pelo grupo de pesquisa

    Diferena, Desvio e Estigma (Omote, 2005). Esse instrumento possui 35 itens, cada um

    constitudo por um enunciado seguido de cinco alternativas que indicam a extenso em

    que o respondente concorda com o seu contedo ou dele discorda. As alternativas para a

    resposta so (a) concordo inteiramente, (b) concordo mais ou menos, (c) nem concordo

    nem discordo, (d) discordo mais ou menos e (e) discordo inteiramente. Desses 35 itens,

    30 medem as atitudes sociais e cinco correspondem escala de mentira. Dos itens

    relativos s atitudes sociais, 15 apresentam enunciados positivos, isto , a concordncia

    com o seu contedo corresponde expresso de atitudes sociais favorveis incluso;

    outros 15 itens apresentam enunciados negativos, isto , a concordncia com o seu

    contedo corresponde expresso de atitudes sociais desfavorveis incluso. A escala

    de mentira foi includa na ELASI, como um dispositivo para assegurar a confiabilidade

    das respostas fornecidas pelos participantes, j que, conforme estudos prvios, as

    respostas a esses cinco itens so inteiramente previsveis. A ELASI possui duas formas

    equivalentes, mas no presente estudo foi utilizada apenas a forma A.

    Procedimentos

    Os dados foram armazenados em um banco de dados especifico tambm criado

    pelo grupo de pesquisa Diferena, Desvio e Estigma. Cada uma das respostas dadas por

    nossos participantes recebeu uma nota especfica. Para os itens positivos, foi atribuda a

    nota 5 alternativa (a) de concordncia plena, 4 alternativa (b) e assim por diante at a

    nota 1 alternativa (e). Para os itens negativos, o sentido de atribuio de notas foi

    invertido, j que, diante deles, a concordncia plena com o contedo expressa as

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  • atitudes mais desfavorveis. O escore total de cada participante dado pela soma das

    notas obtidas nos 30 itens e pode variar de 30 a 150, sendo que quanto maior for o

    escore mais favorveis so as atitudes sociais em relao incluso.

    A escala de mentira recebeu outra pontuao: se a resposta fornecida a um item

    fosse aquela que esperada, era atribuda a nota 0; caso contrrio, o item recebia a nota

    1. Assim, os escores da escala de mentira podem variar de 0 a 5, sendo que o valor 0 ou

    prximo dele indica maior confiabilidade dos dados.

    Resultados e discusso

    Preliminarmente, foram analisadas as respostas aos itens da escala de mentira.

    Todos os estudantes obtiveram escore 0 ou 1. Esse resultado sugere que os participantes

    de um modo geral responderam ao instrumento com a devida seriedade, sugerindo que

    os dados assim coletados tm a confiabilidade necessria.

    A tabela 1 apresenta os parmetros relativos aos escores da ELASI obtidos por

    participantes no incio do processo de formao e no ltimo ano do curso. So

    apresentadas a medida de variao, representada pelo menor e maior escore, a medida

    de tendncia central, representada pela mediana, e a medida de disperso, representada

    pelo quartil 1 e quartil 3.

    Tabela 1 Sntese de escores da ELASI obtidos por participantes no incio e no ltimo ano de

    formao no curso de Pedagogia

    Variao (Min. Mx.)

    Mediana Disperso (Q1 - Q3)

    Incio da formao

    ltimo ano de formao

    95 148

    126 150

    131

    139

    122 135

    135 142

    Os parmetros apresentados na tabela 1 sugerem que, no ltimo ano de formao,

    os estudantes de Pedagogia apresentaram escores superiores queles obtidos no incio

    da formao. Os escores das atitudes sociais em relao incluso, obtidos em dois

    momentos distintos da trajetria escolar dos participantes, com um intervalo de trs

    anos, foram comparados por meio da prova de Wilcoxon. A diferena altamente

    significante (p

  • recursos humanos especializados para o ensino de alunos com deficincia nesta unidade

    de ensino.

    O curso de Pedagogia de Marlia tem uma histria de longa data com a Educao

    Especial, pois a formao de professores especialista para o ensino de alunos deficientes

    oferecida desde 1977. Inicialmente, eram oferecidas Habilitaes nas reas de

    deficincia intelectual e deficincia visual; em 1980, iniciou-se uma nova rea, a de

    deficincia auditiva e, em 1989, a de deficincia fsica. Assim, o curso passou a oferecer

    a formao nas quatro reas de deficincia. Esta formao se manteve at 2006, quando,

    com a publicao das Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de Pedagogia

    (Brasil, 2006), a qual prope a extino das habilitaes, a formao ofertada por

    Marlia tambm se extingue, formando sua ltima turma em 2010.

    Mesmo com a extino das habilitaes, o curso de Pedagogia da Faculdade de

    Filosofia e Cincias manteve em sua matriz curricular, na formao bsica de seus

    estudantes, disciplinas que contemplam a temtica da Educao Especial. Dentre os

    cursos de Pedagogia da UNESP, o de Marlia foi o nico a manter um de seus

    aprofundamentos voltados para a Educao Especial.

    A matriz curricular deste curso composta pelas seguintes disciplinas: 1)

    Disciplinas Obrigatrias de Formao Bsica, 2) Disciplinas Obrigatrias de

    Aprofundamento em Educao Especial, em Educao Infantil e em Gesto

    Educacional, 3) Disciplinas optativas, 4) Prtica como Componente Curricular (Projetos

    Integradores), 5) Atividades Acadmico-cientfico-culturais e 6) Estgios

    supervisionados. Estas disciplinas, atividades e estgios so computados por crditos

    que totalizam uma carga mnima de 224 crditos (3360 horas), sendo que 07 crditos

    (105 horas) so direcionados s disciplinas optativas, 20 crditos (300 horas) so

    direcionados s disciplinas de Aprofundamento na rea da Educao Infantil, na

    Educao Especial e na Gesto Educacional. As atividades Acadmico-cientfico-

    culturais totalizam 07 crditos (105 horas). Os estgios supervisionados totalizam 27

    crditos (405 horas). Esses 27 crditos destinados aos estgios so distribudos da

    seguinte forma: 09 crditos (135 horas) so destinados Gesto Educacional, 09

    crditos (135 horas) so destinados Educao Infantil e 09 crditos (135 horas) so

    destinados aos Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

    Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho, 2013 ISBN: 978-989-8525-22-2

    3807

  • Ressaltemos que nas distribuies das horas destinadas aos estgios

    supervisionados em relao s disciplinas que compem a matriz curricular do curso de

    Pedagogia desta unidade no destinada carga horria de estgio no ncleo de

    aprofundamento em Educao Especial, uma vez que no est presente nas Diretrizes

    Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (Brasil, 2006) carga horria para

    formao nesta rea especfica de formao. A Educao Especial percebida como

    formao especializada devendo ser oferecida nos cursos de especializao.

    O curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia e Cincias possui 9 disciplinas

    relacionadas com a rea especfica da Educao Especial, sendo que 4 disciplinas fazem

    parte do ncleo de formao bsica e 5 disciplinas fazem parte do ncleo de

    Aprofundamento em Educao Especial.

    Oliveira (2009b), ao analisar a formao do professor em Educao Especial,

    especificamente no curso de Pedagogia desta faculdade, argumenta que o intuito da

    constituio do curso de Pedagogia, aps as Diretrizes Curriculares Nacionais, foi o de

    formar professores em uma perspectiva inclusiva e estar preparados para identificar e

    receber, em suas salas, alunos com necessidades educacionais especiais (p. 07, grifos

    da autora). O curso de Pedagogia da Faculdade de Filosofia e Cincias est em

    consonncia com a proposio de Oliveira, uma vez que dentre as seis unidades

    universitrias, esta Faculdade ser a nica com 4 disciplinas especficas para a formao

    em Educao Especial e 1 para a formao em Educao Inclusiva, no ncleo de

    formao bsica dos estudantes do curso de Pedagogia, alm de mais 5 disciplinas

    especficas em Educao Especial no aprofundamento.

    Apontamos tambm que esta a nica unidade da UNESP que possui um

    departamento de Educao Especial e uma linha de pesquisa em Educao Especial no

    Brasil, no Programa de Ps-Graduao em Educao. Alm disso, o Departamento de

    Educao Especial promotor de evento cientfico na rea da Educao Especial, a

    Jornada de Educao Especial, j na sua dcima primeira edio, realizada em 2012.

    Mesmo com a extino da Habilitao em Educao Especial, a solidez na formao

    docente para a Educao Especial no se arrefeceu, pois foram criadas outras estratgias

    para a formao dos profissionais especializados: o Centro de Formao, Extenso e

    Pesquisa em Incluso CEFEPI e o curso de especializao em Educao Especial,

    Atas do XII Congresso Internacional Galego-Portugus de Psicopedagogia. Braga: Universidade do Minho,