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    PRELIMINARMENTE

    DOS BENEFCIOS DA JUSTIA GRATUITA

    1. Antes de adentrarmos no mrito da presente lide, aAutora requer, na forma do artigo 129 da Lei 8.213/91 e Lei 1.060/50 aconcesso dos Benefcios da Justia Gratuita, tendo em vista que nopossui condies financeiras de arcar com as custas processuais, sem queocasione prejuzo para seu sustento e de sua famlia, conforme declarao

    em anexo.

    MERITORIAMENTE

    DOS FATOS E DOS DIREITOS

    2. A Autora empregada da , desde de de 2002, exercendo a funode Demonstradora, conforme consta na cpia de sua CTPS em anexo.

    3. Infelizmente, em 20 de setembro de 2003, a Autora sofreu Acidentedo Trabalho com conseqente impossibilidade para o labor, conforme Comunicao deDeciso de Acidente do Trabalho anexa.

    4. Devido a isso, passou a gozar de benefcio previdencirio, maisprecisamente, AUXLIO-DOENA ACIDENTRIO (ESPCIE 91).

    5. Observa desde j que seu problema de sade est enquadrado

    segundo o especialista Dr. (Relatrio Mdico em Anexo) como:

    a) Leso menisco medial direito;b) Fascite plantar bilateral;c) Hrnia discal cervical;d) Epicndio de calcneo ps direito e esquerdo;e) Obesidade mrbida.

    6. O Mdico especialista ainda informa que a Requerente foi operadapara reduo do estmago e que vem tendo dor na coluna cervical e joelho com provvelevoluo para cirurgia de joelho. O Mdico especialista tambm observa que tem tido outras

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    intercorrncias clnicas e em funo disso ainda no operou.

    7. Finalmente o Mdico especialista diz que: ENCONTRA-SEIMPOSSIBILITADA DE EXERCER SUAS FUNES LABORAIS POR TEMPOINDETERMINADO.

    8. Ocorre que inobstante esta afirmao medio INSS lhe concedeualta em 02/02/2006, e no mais lhe restabeleceu administrativamente o benefcio.

    9. Com a deciso absurda de alta dada pelo INSS, no pode aRequerente se ver obrigada a retornar ao emprego, at mesmo porque o seu trabalho exigeficar em p e em posio viciosa durante toda a jornada laboral.

    10. A chamada alta programada que arbitrariamente tem sidorealizada pelo INSS absurda e deveria ser analisada sobre o ponto de vista da tica mdica,pois se trata de verdadeira cura distncia ou meramente cura espiritual, pois o expert daAutarquia Previdenciria consegue prever que em determinado perodo o paciente (segurado)estar definitivamente curado. A medicina tradicional deveria, ou incorporar a novidadecomo soluo aos problemas de sade da humanidade ou tratar com absoluta viso tica estetipo de alta programada.

    11. O art. 59 da Lei 8213/91, ao reger sobre o auxlio-doena assim

    afirma:

    Art. 59. O auxlio-doena ser devido ao segurado que,havendo cumprido, quando for o caso, o perodo de carnciaexigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho oupara a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) diasconsecutivos.

    12. E mais, o art. 62 da mesma Lei, assim determina:

    Art. 62. O segurado em gozo de auxlio-doena, insusceptvelde recuperao para sua atividade habitual, deversubmeter-se a processo de reabilitao profissional para oexerccio de outra atividade. No cessar o benefcio at queseja dado como habilitado para o desempenho de novaatividade que lhe garanta a subsistncia ou, quandoconsiderado no-recupervel, for aposentado por invalidez.

    13. A Requerente nem mesmo foi submetida a processo de

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    reabilitao!!

    14. Ante a arbitrariedade do INSS e a impossibilidade de laborar quea Requerente necessita seja restabelecido, por meio da tutela antecipada inaudita altera

    pars, o auxlio-doena acidentrio.

    15. Ora d. Julgador, patente a arbitrariedade do mdico-perito daautarquia Previdenciria, tendo em vista que no possvel que ante toda a documentaomdica que o INSS possui a respeito do estado de sade do Requerente, entenda havercondies de trabalho. Ao contrrio, como o mdico ESPECIALISTA diz, a situao daRequerente de impossibilidade laboral por prazo indeterminado por conta de sua

    impotncia funcional.

    DO FUMUS BONI IURIS E DO PERICULUM IN MORA

    16. Ademais, no caso em epgrafe, h relatrio mdico de(ESPECIALISTA) comprovando a incapacidade da Autora para voltar ao trabalho por prazoindeterminado, ficando demonstrado, claramente, ofumus boni iuris, elemento indispensvelpara concesso da tutela antecipada.

    17. No mesmo sentido, o periculum in mora tambm se faz presente,tendo em vista que conditio sine qua non, para fins de resguardo da sade e do sustento daAutora e, por via de conseqncia, proteo do objeto do pedido principal, a concesso dopedido da antecipao de tutela, assegurando, dessa forma, o respeito ao direito de uma vidasaudvel, proveniente do princpio da dignidade da pessoa humana, um dos pilares de nossoEstado Democrtico e Social de Direito, previsto no artigo 1, inciso III, da CF, mormentepelo fato do auxlio-doena previdencirio ter natureza alimentar.

    18. Corroborando esta posio, os Tribunais Ptrios tm julgado daseguinte forma:

    PREVIDENCIRIO AUXLIO-DOENA PERMANNCIA DAINCAPACIDADE LABORATIVA MANUTENO DO BENEFCIO Comprovada a incapacidade definitiva do segurado para o exercciode sua funo habitual, aliada ausncia da devida reabilitao

    profissional, resta mantida, nos termos do art. 62 da Lei 8.213/91, asentena que indeferiu o pedido de cessao do auxlio-doenajudicialmente concedido. (TRF 4 R. AC 2004.04.01.039224-0 5

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    T. Rel. Des. Fed. Otvio Roberto Pamplona DJU 06.07.2005 p.754)

    PROCESSUAL CIVIL PREVIDENCIRIO AO CAUTELARINOMINADA CABIMENTO VINCULAO A PROCESSO PRINCIPAL AUXLIO DOENA PRESENA DOS REQUISITOS HONORRIOS

    ADVOCATCIOS 1. cabvel a proposio de ao cautelarinominada com finalidade de assegurar a efetividade da tutelarequerida em processo principal ajuizado pela autora. 2. Presentesos requisitos da medida cautelar, caracterizados pelo fumus boniiuris em razo da incapacidade da autora para o trabalho, e opericulum in mora pela conseqente impossibilidade de prover oprprio sustento, faz jus a segurada ao restabelecimento dobenefcio de auxlio doena. 3. A fixao da verba honorria em10% (dez por cento) sobre o valor da causa est em consonnciacom o disposto no CPC, art. 20, 3 e 4. 4. Apelao improvida.(TRF 1 R. AC 9601219005 MG 2 T.Supl. Rel. Juiz Fed. Conv.Miguel Angelo de Alvarenga Lopes DJU 14.10.2004 p. 26)JCPC.20

    19. Assim sendo, o benefcio de auxlio-doena acidentrio deve serrestabelecido IMEDIATAMENTE, nos moldes do artigo 62, da Lei n 8.213/91, at que aAutora esteja plenamente recuperada para seu trabalho na empresa, ou at a concesso daaposentadoria por invalidez, caso no se recupere mais, desconsiderando, dessa forma, acessao do benefcio datada de 02 de fevereiro de 2006.

    20. A Autora REQUER finalmente ante sua incapacidade para otrabalho, por prazo indeterminado, seja concedida a aposentadoria por invalidez,sucessivamente a manuteno do auxlio-doena e, no caso de alta, a concesso do benefciode auxlio-acidente.

    DO PEDIDO

    21. Por fim, requer:

    1. A Concesso dos Benefcios da Justia Gratuita a Autora;2. A concesso da tutela antecipada inaudita altera pars, qual seja,

    o restabelecimento IMEDIATO do benefcio de auxlio-doenaacidentrio at a total recuperao da Autora ou at a concessode aposentadoria por invalidez a esta;

    3. Que seja julgado procedente o pedido de aposentadoria porinvalidez acidentria, sucessivamente, a manuteno do auxlio-doena acidentrio ou no caso de alta, a concesso do benefcio

    de auxlio-acidente;4. A citao do Instituto-Ru, na pessoa de seu representante legal,com os benefcios do artigo 172, 2, do CPC, para que, querendo,

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    apresente contestao, sob pena dos efeitos da revelia;5. Tratando-se de pedido de obrigao de fazer (antecipao de

    tutela), REQUER em caso de desobedincia, seja aplicada multadiria astreintes no valor de R$ 1000,00, na forma prevista noart. 461, 4 do CPC, c/c art. 14, V, tambm do EstatutoProcessual vigente;

    6. A condenao do Instituto-Ru ao pagamento das custasprocessuais e dos honorrios advocatcios, no percentual de 20%sobre o valor da condenao;

    7. SEJA A PRESENTE AO JULGADA TOTALMENTEPROCEDENTE, PARA QUE SE FAA JUSTIA.

    22. Derradeiramente protesta por todos os meios de prova admitidosem direito, especialmente provas: documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal dorepresentante da Autarquia Previdenciria.

    23. Para fins legais, d-se o valor da causa de R$ 10.000,00 (dez milreais).

    Nestes termosE. deferimento.

    (local, data)

    ADVOGADOOAB/SP