modelo petição loas

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  • ESCRITRIO DE ADVOCACIA - MODELOS PROCESSUAIS ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

    1

    EXCELENTSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) FEDERAL DO

    JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEO JUDICIRIA DE RIO

    GRANDE

    AUTOS N. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS

    RECORRIDO: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, devidamente qualificado nos

    autos do processo eletrnico em epigrafe, vem, perante Vossa Excelncia, por meio do

    seu procurador signatrio, que atende a vossa respeitvel solicitao, oferecer

    CONTRA-RAZES ao recurso interposto pelo Instituto Nacional de Seguro Social

    INSS.

    Requer, com fundamento no artigo 518 do Cdigo de Processo Civil,

    consoante arrazoado em anexo, que seja o presente recurso juntado aos autos para

    posterior remessa a Turma Recursal do Tribunal Regional Federal da 4. Regio.

    Termos em que pede deferimento.

    Rio Grande, 4 de junho de 2014

    ADVOGADO

    OAB

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    2

    EGRGIA TURMA RECURSAL DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4

    REGIO,

    AUTOS N. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx RECORRENTE: INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS

    RECORRIDO: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

    CONTRA-RAZES DE RECURSO

    COLENDA TURMA RECURSAL,

    I - SNTESE DO FEITO:

    A parte recorrente pleiteia a reforma da sentena que julgou

    procedente o pedido do benefcio de LOAS, sob o fundamento de que a renda per capta

    ultrapassa o limite legal.

    No obstante o inconformismo da parte apelante, a r. sentena deve

    ser integralmente mantida, porquanto, conforme bem ponderou o M.M. Juzo de 1

    grau, o Autor preenche todos os requisitos para concesso do benefcio.

    II DO MRITO:

    Como se verifica, pretende a parte recorrente a reforma da sentena

    que condenou o instituto ru a conceder benefcio asssitencial, LOAS, ao Autor.

    Contudo, no assiste razo a parte R, uma vez que conforme

    ponderou o ilustrssimo Juiz Federal Alexandre Dutra, ao decidir pelo deferimento

    do benefcio, uma vez que agiu com grande acerto ao entender que o Autor

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    preenche todos os requisitos para a concesso do LOAS.

    A Autarquia r contudo pretende a reforma da sentena com base

    no argumento de que o Autor estaria incapacitado apenas temporariamente,

    contudo tal argumento no merece prosperar uma vez que o mesmo encontrasse

    incapacidado a

    PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO LEGAL. BENEFCIO DE

    ASSISTNCIA SOCIAL. ART. 203, V, DA CF/88. PESSOA

    PORTADORA DE DEFICINCIA. CONDIO DE POBREZA

    DEMONSTRADA. TERMO INICIAL. - Satisfeitos os requisitos para a

    implementao do benefcio de amparo assistencial. Deficincia demonstrada

    por meio de laudo mdico-pericial. Ausncia de condies econmicas de

    prover a sua manuteno nem de t-la provida pela famlia. - Comprovada a

    inaptido para o trabalho mesmo que o laudo mdico-pericial conclua pela

    incapacidade temporria, j que a Lei n 8.742/93, em seu artigo 21, impe a

    reviso a cada dois anos das condies ensejadoras da concesso do

    benefcio, o que permitir, caso readquirida a capacidade laboral e/ou a auto-

    suficincia econmica, a cassao do benefcio. - O termo inicial do

    benefcio a data da citao, nos termos do artigo 219 do Cdigo de

    Processo Civil, quando ausente prova de interposio de prvio requerimento

    administrativo. - Agravo legal a que se nega provimento.(AC

    200803990377048, JUIZA THEREZINHA CAZERTA, TRF3 - OITAVA

    TURMA, 08/09/2010)

    PREVIDENCIRIO. AGRAVO LEGAL. BENEFCIO ASSISTENCIAL.

    ART. 203, V, DA CF. ARTS. 20, 3 E 38, DA LEI N 8742/93.

    INCAPACIDADE TOTAL E TEMPORRIA. - Deciso monocrtica que

    est escorada em jurisprudncia do C. STF, sendo perfeitamente cabvel na

    espcie, nos termos do art. 557, 1-A, do CPC. - A inconstitucionalidade do

    pargrafo 3 do artigo 20 da mencionada Lei n 8.742/93 for arguida na

    ADIN n 1.232/DF que, pela maioria de votos do Plenrio do Supremo

    Tribunal Federal, restou julgada improcedente. Deflui-se que o

    estabelecimento do estado de penria de idoso ou deficiente objetivo sendo

    menor de de um salrio mnimo, que o caso dos autos. - A incapacidade

    detectada, embora temporria, no descaracteriza hiptese de concesso do

    benefcio, em razo do estabelecido no art. 21 da Lei n 8.742/93, pois a cada

    dois anos sero revistas as condies para o recebimento do benefcio

    previdencirio. Agravo legal no provido. (AC 200803990506031, JUIZA

    VERA JUCOVSKY, TRF3 - OITAVA TURMA, 23/03/2010)

    A cerca da incapacidade da Autora, o laudo pericial fora conclusivo ao

    expor a incapaciade da autora, conforme bem salientou o magistrado.

    O promoo ministerial foi irretocvel e contemplou com maestria os

    requisitos para concesso do benefcio, opinando pelo deferimento do mesmo:

    Quanto ao requisito mdico, o perito da rea atestou que o

    autor est incapacitado para suas atividades laborais habituais, e

    para todas que demandem andar ou ficar em p. Ademais,

    analisando o procedimento administrativo juntado aos autos, v-se

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    que, em que pese o indeferimento do pedido por ausncia de

    incapacidade para o trabalho, o laudo pericial produzido na esfera

    administrativa, datado de 17.11.2009 e assinado pela mdica Danielle

    Jorge Fernandes, foi claro em atestar a existncia de incapacidade

    laborativa.

    Diante disso, v-se que o requisito est preenchido.

    J quanto ao requisito econmico, a perita da rea atestou que

    o autor, de 48 anos, vive com sua companheira, de 34 anos de idade.

    Segundo a perita, atualmente os dois esto desempregados, de

    modo que casal no possui qualquer tipo de renda, tendo de viver do

    auxlio que recebe de familiares e amigos. Alm disso, h sinais de

    miserabilidade na residncia do casal, restando preenchido, tambm,

    este requisito est preenchido.

    Diante do exposto, o Ministrio Pblico Federal opina pela

    procedncia do pedido, devendo o Autor, contudo, ser submetido a

    nova percia, no prazo de 6 meses, a contar da feitura do laudo

    (28/05/2010), para fins de se analisar se permanece incapaz.

    Considerando as concluses do magistrado, do perito, o parecer do

    MP, bem como as caractersticas pessoais do Autor, resta evidente a sua incapacidade

    para qualquer atividade laborativa.

    , inclusive, um perigo para a vida d Autor exigir que venha a exercer

    nova atividade laborativa, uma vez que o mesmo encontra-se totalmente incapacitado.

    Cabe ressaltar que, assim como nos benefcios previdencirios de

    auxlio-doena e aposentadoria por invalidez, o juiz no est limitado ao exame pericial,

    o que por si s j prova o bastante da incapacidade omniprofissional do autor,

    devendo considerar as condies pessoais e sociais do Autor.

    O Superior Tribunal de Justia j se manifestou no sentido de que o

    Juiz no deve limitar-se a prova pericial, devendo considerar os aspectos sociais do

    segurado. o que diz recente julgado a cerca do tema:

    PREVIDENCIRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO

    AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA POR

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    INVALIDEZ. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO PELA

    INCAPACIDADE PARCIAL DO SEGURADO.

    POSSIBILIDADE DE AFERIO DOS REQUISITOS

    NECESSRIOS CONCESSO DA APOSENTADORIA

    POR INVALIDEZ, UTILIZANDO-SE OUTROS MEIOS. 1.

    Ainda que o sistema previdencirio seja contributivo, no h

    como desvincul-lo da realidade social, econmica e cultural do

    pas, onde as dificuldades sociais alargam, em muito, a fria letra

    da lei. 2. No Direito Previdencirio, com maior razo, o

    magistrado no est adstrito apenas prova pericial, devendo

    considerar fatores outros para averiguar a possibilidade de

    concesso do benefcio pretendido pelo segurado. 3. Com

    relao concesso de aposentadoria por invalidez, este

    Superior Tribunal de Justia possui entendimento no sentido da

    desnecessidade da vinculao do magistrado prova pericial, se

    existentes outros elementos nos autos aptos formao do seu

    convencimento, podendo, inclusive, concluir pela incapacidade

    permanente do segurado em exercer qualquer atividade

    laborativa, no obstante a percia conclua pela incapacidade

    parcial. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (AGA

    200802230169, OG FERNANDES, STJ - SEXTA TURMA,

    09/11/2009)

    Conforme bem ponderou o magistrado, a TNU j se manifestou sobre

    o tema considerando que a incapacidade fenmeno multidimensional e no pode ser

    avaliada to-somente do ponto de vista mdico, devendo ser analisados tambm os

    aspectos sociais, ambientais e pessoais.

    Importa considerar que o Autor pessoa simples de baixo grau de

    escolaridade e que teria duvidosa possibilidade de, neste momento, dada sua condio

    de sade e de toda a carga emocional que decorre da sua condio, de auferir renda que

    a possibilitasse uma vida digna e saudvel, nos termos do art. 5 da Constituio Federal

    e em consonncia com o principio da dignidade da pessoa humana.

    A sentena contemplou com exatido tcnica todos os elementos

    necessrios para que fosse proferida a deciso correta, e atingindo assim todos os

    parmetros de justia, devendo ser ratificada pela Turma Recursal em sua integralidade

    por seus prprios fundamentos e pelos aqui expostos.

    III- CONCLUSO

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    Do que se exps, conclui-se que a pretenso da parte apelante

    totalmente infundada, de sorte que no merece provimento o apelo, devendo a r.

    sentena ser mantida em sua integralidade por seus prprios fundamentos e pelos

    aqui expostos.

    Por fim, REQUER a fixao de honorrios de sucumbncia no

    montante de 10% do valor da condenao e que, em caso de emisso de RPV, esta seja

    destacada em nome do procurador dativo no presente feito.

    Termos em que, pede deferimento.

    Rio Grande, 4 de junho de 2014

    ADVOGADO

    OAB