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Case de consultoria em Cooperativa de Energia Solar.TRANSCRIPT
Salvador, 08.02.2016
DGRV – Confederação Alemã de Cooperativas
Documentos DGRV
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE,
BAHIA Ano 2016
Elaborado por:
Marco Nowak, Consultor
Com apoio de:
Philipp Teles von Hauenschild, Consultor
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE,
BAHIA Ano 2016
Sumário Executivo
Este pioneiro projeto é essencial para tornar as atividades da APAEB e
possivelmente da cidade de Valente BA mais competitivas e sustentáveis, tanto
financeiramente quanto em termos de desenvolvimento local. A forma técnica ideal de
fornecimento de eletricidade para as atividades fabris da APAEB é um projeto Solar-
Híbrido. Isto se justifica através da economia em relação ao atual sistema de geradores
a diesel e as limitações provindas da atual relação com a COELBA. Sua viabilidade é
otimizada via o financiamento por uma linha de crédito para projetos em energias
renováveis, que poderá ser acessada de forma recorrente, tanto na execução do projeto,
quanto em ampliações e eventuais manutenções. O projeto se apresenta como uma
grande conquista para todos os envolvidos, ao se tratar de um projeto de geração de
eletricidade solar pioneiro com alto potencial de aplicação em diversos gêneros de
associações e cooperativas no Brasil e internacionalmente. A expansão do sistema
fotovoltaico mais indicada, é através de uma nova cooperativa de energia solar com
módulos de alta performance, onde a APEB, bem como os seus cooperados e outros
residentes da cidade participariam. Esta forma, diluindo o investimento em taxas de
investimento proporcionais para os cooperados, é justificada pela já existente habilidade
de organização local.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE,
BAHIA Ano 2016
Executive Sumary
Dieses solare Pionierprojekt ermoeglicht der Sisal-Genossenschaft APAEB in
Valente BA die Stärkung ihrer Wettbewerbsfähigkeit und erhoeht gleichzeitig deren
Nachhaltigkeit im Produktionsproczess. Das gilt sowohl in finanzieller Hinsicht als auch
bezüglich der Wirtschaftentwicklung der Region Valente BA.
Basierend auf der aktuellen Situation der Stromgewinnung der APAEB -
thermische Stromerzeugung durch 2x Dieselgeneratoren und fehlender Stromanschluss
an das öffentliche Stromnetz des lokalen EVUs (COELBA) - kommt die Studie zum
Schluβ, daβ eine Solar-Hybrid Lösung (Photovoltaik in Kombination mit
Dieselaggregat) die ideale Form der Stromproduktion für die Versorgung des
Produktionsprozesses der APAEB darstellt. Es werden in Brasilien verschiedene
Kreditlinien angeboten, die zur Finanzierung der Solarinvestition verwendbar sind.
Die vorgestellte Solar-Hybrid Lösung ist grdstzl. auch anwendbar fuer weitere
Energieverbände und -genossenschaften in Brasilien.
Um die Nutzung von Solarenergie in Valente BA weiter auszubauen ist es
sinnvoll eine neue Energiekooperative zu gruenden, an der die APAEB, ihre Mitglieder
und die Stadt Valente BA beteiligt sein sollten. Die massgebliche Art der
Stromgewinnung in diesem Kontext sind netzgebundene PV-Systeme (PV On-Grid).
Die genossenschaftliche Struktur erlaubt es das notwendige Investitionsvolumen
in proportionale Anteile ueber die Mitglieder zu verteilen und rechtfertigt sich durch die
schon bestehende Expertise mit genossenschaftlichen Strukturen in Valente BA.
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BAHIA Ano 2016
Lista de Abreviaturas
ABNT Associação Brasilira de Normas Técnicas
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
APAEB Associação de Desenvolvimento Sustentável e
Solidário da Região Sisaleira
APL Arranjo Produtivo Local
BNB Banco do Nordeste Brasileiro
BNDES Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico
Social
CDC Crédito Direto ao Consumidor
COFINS Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Social
DHYBRID FRS DHYBRID Fuel Reduction System
DGRV Confederação Alemã de Cooperativas
EPE Empresa de Pesquisa Elétrica
FNE Fundo constitucional de Financiamento do Nordeste
GTM Green Tech Media
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IPTU Imposto Predial Territorial Urbano
KWh Kilowatthora
kVA Kilovoltampere
KWp Kilowatt peak
NBR Norma Brasileira
PIS Programa de Integração Social
Prodecoop Programa de Desenvolvimento de Cooperativas
PRODEEM Programa de Desenvolvimento Energético de
Estados e Municípios
Prodist Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica
REN Resolução Normativa
ROI Retorno de Investimento
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BAHIA Ano 2016
SIN Sistema Integrado Nacional de Energia
SINAENCO Sindicado dos Arquitetos e Engenheiros
Wp Watt peak
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BAHIA Ano 2016
Conteúdo
Apresentação .......................................................................................................................... 8
1 Ambiente Atual da Energia Solar no Brasil ..................................................................... 9
2 Ambiente Atual da Energia Solar no Estado da Bahia ............................................... 17
3 Viabilidade Técnica e Financeira .................................................................................... 20
4 Possíveis Fontes de Financiamento .............................................................................. 30
5 Possíveis Estruturas Organizacionais do Projeto ........................................................ 33
6 Possível Extensão do Projeto para Fornecer Energia Solar a Micro e Pequenos
Empresários da Cidade de Valente ................................................................................... 36
Referências ............................................................................................................................. 38
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE,
BAHIA Ano 2016
Apresentação
Este estudo se propõe elaborar alternativas para um projeto de energia solar
para a Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira,
APAEB, diante dos aspectos jurídicos, financeiros, organizacionais e técnicos viáveis.
Inicialmente, uma abordagem descritiva sobre a indústria solar no Brasil e na Bahia
estabelece as bases contextuais institucionais e legais deste estudo. Em seguida os
aspectos técnicos operacionais são analisados, formando uma sólida estrutura para as
propostas de financiamento do projeto, bem como as alternativas de organização e
alternativas de expansão, visando assim a sustentabilidade e impacto social sistêmico
da iniciativa proposta.
As fontes deste trabalho provêm de organizações de notoriedade na área de energia e
cooperação, como o Instituto Ideal e a DGRV, para uma maior acuidade de dados.
Dado a redução de custos em relação a atual situação, o estudo conclui que um sistema
Solar-Híbrido para a APAEB é a forma mais recomendada de sustentar as atividades
fabris da associação. Através desta alternativa é possível trazer desenvolvimento
econômico e sustentável para a cidade de Valente via a autossuficiência energética da
APAEB. Além disso, como alternativa a ampliar o impacto do projeto, é possível a
capacitação de parte da população em instalações solares.
Instalação Solar Híbrida de 1.1 MW na Namíbia com sistema DHYBRID
1 Ambiente Atual da Energia Solar no Brasil
O Brasil apresenta uma constante evolução dos incentivos e
estruturação de mercado para o desenvolvimento da energia solar,
guiada principalmente por crescente escala de mercado e
atualizações nas legislações e normas relacionadas. Apesar disso, a
capacidade instalada de energia solar, ainda se encontra muito
distante do potencial do país como se apresenta no estudo da EPE,
Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil.
Esta Nota Técnica utiliza a metodologia para o levantamento do
potencial técnico da geração distribuída através da energia
fotovoltaica desenvolvida por LANGE (2012) e se baseia em três
variáveis preponderantes: 1) mapeamento do recurso solar, i.e., os
níveis de irradiação solar no país; 2) a área de telhado disponível para
instalação de sistemas fotovoltaicos; e 3) a eficiência na conversão
do recurso solar em eletricidade. Os principais dados usados são a
irradiação solar calculada pelo Instituto Nacional de Pesquisas
Espaciais (INPE) e o censo demográfico do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). A unidade básica da análise é o setor
censitário 2 do IBGE.
A Nota Técnica conclui que somente no estado da Bahia o potencial
representa o equivalente para um consumo de 40 a 69 GWh/dia.
Quando contrastado com o consumo da potência instalada no país,
28 a 30 GWh/ano, percebe-se o quão distante a geração distribuída
está do seu potencial.
Desenvolvimento do mercado de energia fotovoltaica (FV) com
Sistema de Compensação (Net-Metering)
Ano Sistemas
Fotovoltaicos com Net-Metering
Potência Instalada (MWp)
2013 31 0,2
2014 257 3,6
2015 (Estimado)
1.300 15,0
Total >1.500 >18,5
FONTE: ANEEL 11/2015
Hohes Potential für
PV-Lösungen in
Brasilien
Wettbewerbsfähige
Preise der PV-
Systeme
Klare PV-
Regulierung
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Ano 2016
Potencial Técnico de geração fotovoltaica em telhados residenciais
por Unidade da Federação (GWh/dia)
FONTE: EPE/GIZ 2012
Situação da Regulamentação
Segundo o relatório “Renewable Energy in Latin America 2015: An
Overview of Policies”, elaborado pela Agência Internacional de
Energias Renováveis, o Brasil inicia o apoio institucional à energia
solar através dos Programas Nacionais e, em seguida, através das
normas publicadas pela ANEEL. As Resoluções Normativas da
ANEEL se iniciaram determinando a possibilidade de geração familiar
de energia fotovoltaica ligada ou não ao SIN, Sistema Integrado
Nacional, apoiando a instalação de sistemas em comunidades
isoladas no âmbito do PRODEEM, Programa de Desenvolvimento
Energético de Estados e Municípios. Em seguida, uma evolução da
regulamentação brasileira se concretizou através da instauração dos
leilões federais dedicados
PV-Regelwerk der
Netzagentur ANEEL
Steuervergünstigung
und –anreize
Normen
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Ano 2016
a este tipo de energia e iniciativas de isenção como o IPTU Verde
(municipal), isenções de ICMS (estadual) e PIS / COFINS (federal).
Apesar deste início, é a partir da Resolução Normativa 482/2012 e
sua recente atualização que a geração de energia solar em
cooperativas e associações se torna juridicamente sustentada. Hoje,
segundo a ANEEL e a ABNT, a energia fotovoltaica no Brasil é
regulada por:
Lei 9.429/1996 – Estabelece as primeiras diretrizes de incentivo a
energias renováveis e aufere a ANEEL a autoridade de
regulamentação desse e dos outros tipos de energia.
ABNT NBR 11704 (2008) – Tipifica os sistemas solares em puros ou
híbridos, e em isolados ou conectados (à rede elétrica).
ABNT NBR 11876 (2010) – Especifica os requisitos para aceitação de
módulos (módulos solares solares).
ANEEL Prodist – O Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica
no Sistema Elétrico Nacional, Prodist, orienta a distribuição e
instalação de sistemas de energia solares.
ABNT NBR IEC 62112 (2012) – Orienta a avaliação das medidas de
prevenção de ilhamento.
ANEEL REN 482 (2012) – Regula a micro e mini geração de energia,
bem como o sistema de compensação de energia.
ABNT NBR 16149 (2013) – Requisitos e recomendações para
conexão do sistema solar a rede de distribuição elétrica.
ABNT NBR 16150 (2013) – Orienta a verificação se a conexão entre
o sistema e a rede de distribuição estão em conformidade com a
ABNT NBR 16149.
ABNT NBR 16274 (2014) – Documentação e requisitos para
comprovação da segurança e operacionalidade da instalação solar.
ANEEL REN 687 (2015) – Atualiza a REN 482 e o Prodist para
geração e distribuição de micro e mini geradores e sistema net-
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Ano 2016
Strompreisentwick-lung
Preisentwicklung von PV-
Systemen
metering. Esta Norma detalha as formas de geração compartilhada e
de utilização remota da energia gerada.
Como se pode observar os órgãos regulatórios federais atualizam a
estrutura normativa que favorece a geração solar em ritmo anual,
restando somente, para um crescimento maior da indústria, mais
iniciativas de incentivo fiscal e financeiro em níveis nacional, estadual
e municipal.
Desenvolvimento de Preços da Energia
O preço médio da energia solar no Brasil foi influenciado nos últimos
anos pela relação cambial do real, inflação e potência, como aponta
o estudo O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica,
elaborado pelo Instituto Ideal. Como afirma este estudo, apesar da
variação média de preço de R$ 8,69/Wp para R$8,81/Wp, houve uma
redução do preço real médio de 6,5% para instalações de menor
escala. Este mesmo estudo ainda observa uma grande variação de
preços de acordo com diferentes empresas entrevistadas, variação
esta, mais observada na região sudeste, como demonstrado no
gráfico a seguir.
A evolução de preços na Bahia, por sua vez, acompanhou a evolução
nacional, porém geralmente com um ajuste um pouco abaixo da
média nacional. Como observado no gráfico a seguir, apesar desta
diferença em relação aos outros estados, a tendência continua ser de
aumento do preço de energia nos anos seguintes, baseado na
inflação e conjuntura econômica do país.
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Ano 2016
Evolução do Preço Comercial da COELBA
O fato do encarecimento da energia, se torna ainda mais positivo para
o projeto, quando comparado ao preço médio global de instalações
solares mostrado no gráfico a seguir.
Custos de Instalação Global
FONTE: IRENA, 2014
426,44 448,06
673,35774,35
890,5
1032,98
0
200
400
600
800
1000
1200
2013 2014 2015 2016 2017 2018
Preço Comercial MWH (R$)
Preço Comercial MWH (R$)
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Ano 2016
Tendenzen der
Marktentwicklung und der
Regulierungen
Pode-se concluir através deste gráfico que o preço da energia solar
brasileira está competitivo com a média global. Enquanto a média
internacional está em aproximadamente USD 2,20/Wp a média
nacional está, valores cambiais atuais, em USD 2,21/Wp. Em termos
regionais isto é ainda mais positivo enquanto o preço médio da região
Nordeste se encontra abaixo da média global em USD 1,93/Wp.
Apesar do alto condicionamento do custo brasileiro de energia solar
ao câmbio, percebe-se uma estabilidade do preço médio brasileiro
através de sua competitividade ante a média global.
Tendências
As tendências do setor nacionalmente se dividem em tendências em
regulamentações e de mercado, assim como se baseiam em
determinados elementos. Como anteriormente citado o fator cambial
e escala de mercado estão acompanhados, segundo estudo
Transações e Tendências do Setor de Energia (2014), elaborado pela
Ernst & Young, pela entrada de grandes atores no mercado como a
maior participação de empresas internacionais no mercado brasileiro
e futuras instalações de outras fábricas de componentes na região
sudeste. Além dessas três variáveis, a crescente prática de incentivo
através das isenções do PIS/COFINS, de parcela do IPTU através do
IPTU Verde e da isenção de ICMS estadual se conformam como os
fatores determinantes das tendências de mercado e regulatórias.
Em termos de mercado, o setor tende a manutenção do crescimento
e equilíbrio dos preços entre regiões, diante da estabilização do
câmbio, bem como da execução dos projetos de maior porte
existentes, principalmente aqueles habilitados pelos leilões
realizados. Esta tendência positiva de mercado indica uma
predisposição ao surgimento de mais linhas de crédito para o setor,
acompanhando iniciativas como o FNE e FNE Verde alimentado pelo
BNDES e operado pelo Banco do Nordeste.
Em termos regulatórios e de políticas públicas, há uma tendência de
continuidade de incentivo ao setor, principalmente em nível
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Ano 2016
Risiken und Chancen fuer den
brasilianischen PV-Markt
Hohe Kapitalkosten
Politische Unwägbarkeiten
Gut ausgebautes Stromnetz
PV Groβprojekte im
Ausschreibungsverfahren
subnacional por meio de isenções tributárias. Diante deste contexto,
junto à tendência de maior resistência e pressão política das outras
classes energéticas, uma tendência de menor incentivo do governo
federal, porém ainda com continuidade no desenvolvimento
regulatório através da ANEEL, se mostra significativamente provável.
Chances e Riscos para o Desenvolvimento do Setor
Os riscos do setor no Brasil se baseiam na volatilidade da moeda, no
alto custo de capital (linhas de financiamento privadas caras), e no
alto grau de influência política de grandes produtores de energia
existentes (risco político). Por outro lado, as oportunidades para o
desenvolvimento da energia solar no Brasil se sustentam na
tendência a regulamentação mais flexível, infraestrutura de
distribuição amplamente estabelecida, apelo político subnacional e
regional, e na tendência de crescimento do mercado, impulsionado
pela injeção de capital no setor através das execuções dos leilões de
energia vendidos.
Apesar de o Brasil ter sido, ao lado da Índia, o único país emergente
a ainda não ter iniciado o gasto de sua reserva de dólares, as políticas
econômicas junto a falta de reforma fiscal tributária levaram a uma
desvalorização da moeda. Esta variação cambial negativa se
continuar a se desenvolver, pretere as importações sobre as quais o
setor é altamente dependente, anulando a vantagem do setor
enquanto o aumento dos preços de energia praticados.
O segundo fator de risco, como observado pela GTM em seu estudo
sobre o setor na região latino-americana, está no alto custo do capital
observado no Brasil. Apesar de existirem alternativas de
financiamento no Brasil, uma eventual continuidade dos elevados
juros praticados pela maioria dessas alternativas desacelera o ritmo
de crescimento do setor, principalmente enquanto as alternativas
viáveis para projetos de médio e grande porte existentes ainda são
em sua maioria de origem pública. Por fim, o risco político se dá
através da reação dos players existentes no setor de energia em face
às regulamentações mais flexíveis e
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Ano 2016
incentivos subnacionais a energia fotovoltaica. Isto não se torna
aparente ainda pois a participação do setor solar na matriz energética
brasileira é ainda pouco significativa. Porém, regulamentações que
favorecem micro e mini geradores compartilhados e net- metering
estão diretamente relacionados a uma reação maior dos grandes
produtores via lobby, como observado atualmente no mercado
estadunidense.
As oportunidades, por sua vez, eclipsam os riscos ao se basearem
em fundamentos sólidos, dada a infraestrutura e regulamentação
estabelecidas, aliado ao potencial e histórico crescimento do setor na
região. A rede de distribuição brasileira e a constante evolução de
normas e regulamentos tornam o país mais competitivo para receber
novos investimentos no setor fotovoltaico. Especificamente a Norma
da ANEEL 687 (2015) expande as oportunidades para arranjos de
geração de energia solar compartilhada até 5 MW, o que se traduz
em soluções para Arranjos Produtivos Locais (APLs), cooperativas,
Micro e Pequenas Empresas e associações como a APAEB em
Valente BA. A oportunidade de descentralização em geração
compartilhada da energia, vinda com esta última normativa da
ANEEL, tende a basear a maior parte do mercado em curto e médio
prazo.
Matrix DAFO
Debilidades
Custo do Capital
Moeda Desvalorizada
Ameaças
Instabilidade Política
Aumento de Juros
Pressão de Consessionárias
Fortalezas
Níveis Solarimétricos
Infra-estrutura e Regulamentação
Estabelecidas
Encarecimento da Energia Elétrica
Oportunidades
Interesse Político
Economia Resultante
Geração Compartilhada
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Ano 2016
Zunahme von PV Installationen
Neue Kreditlinien
Ansiedlung von PV Firmen
Status der PV Regulierung
Steuerliche Vergünstigungen
auf Bundes-, Landes- und
Gemeindeebene
COELBA – Monopol
Stromversorger in Bahia
2 Ambiente Atual da Energia Solar no Estado da Bahia
Acompanhando o ambiente nacional, o setor se desenvolve
no estado da Bahia, apesar das limitações de acesso ao capital e
escala de mercado ainda reduzida. Em termos de regulamentação
estadual estão as relacionadas às isenções de ICMS e de parcela do
IPTU. A escolha de estabelecer seu escritório no estado feita por
empresas internacionais, como a AXITEC Solar do Brasil, fabricante
alemã de módulos solares de alta performance, demonstra o potencial
do estado e fundamentos econômicos sólidos, como a
homogeneidade da rede de distribuição e um ritmo de crescimento
econômico acima dos indicadores nacionais como apontado pelo
IBGE.
Situação da Regulamentação
A regulamentação sobre geração, consumo e distribuição de energia
no Brasil é de responsabilidade do governo federal. Portanto, a
regulamentação em nível estadual se limita versarem sobre os
incentivos estaduais e municipais para o setor.
A isenção de ICMS sobre a energia gerada por sistemas fotovoltaicos
significa uma isenção de 27% em imposto. Já a política do IPTU Verde
é uma iniciativa municipal de alguns municípios brasileiros que
oferecem um abatimento de 10% a 20% do IPTU do imóvel que possui
soluções sustentáveis como a energia solar. Apesar de apenas 4
municípios baianos (Salvador, Camaçari, Ilhéus e Barreiras)
praticarem o IPTU Verde atualmente, a tendência é que este número
aumente nos anos seguintes.
COELBA
A COELBA, única operadora da rede de distribuição de energia na
Bahia, tem todos os processos para a conexão e habilitação de
sistemas solares bem estabelecidos. Sua rede é amplamente
distribuída e em área relativa superior quando comparado aos
estados da região nordeste. O processo de conexão do sistema a
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Ano 2016
Besteuerung von
Photovoltaikkompo-nenten
Tendenzen der PV Entwicklung
in Bahia
PV Groβanlagen
Neue Krediangebote
Entwicklungsperspektiven von
PV in Bahia
Steigendes politisches
Interesse
rede de distribuição pode variar em áreas mais isoladas, porém na
maioria dos casos ocorre em média em 3 meses.
Como observado anteriormente, os preços praticados pela COELBA
acompanham a tendência de alta observada nacionalmente.
Situação dos Impostos
Na Bahia, assim como em todo território nacional, os módulos solares
são isentos do ICMS e IPI. Este fato é significativo pois, apesar dos
outros componentes serem tributados, o componente de maior custo
em um sistema solar são os módulos. Esta situação irá se manter
nos próximos anos, com eventual tributação sobre o transporte da
energia.
Tendências
O mercado da energia solar no estado tende a superar o
desenvolvimento observado entre os estados brasileiros. Esta
tendência está principalmente fundamentada na conquista do estado
da maioria dos lotes no último leilão de energia solar. Uma tendência
positiva em acesso ao capital se apresenta com mais instituições
financeiras abrindo linhas de crédito para o consumo no setor como,
por exemplo, Itaú Personnalité e extensão das linhas FNE e FNE
Verde. Também em termos de incentivos observa-se uma tendência
positiva com mais municípios aderindo ao IPTU Verde.
Chances e Riscos para o Desenvolvimento do Setor na Bahia
O potencial do estado observado através de seus níveis
solarimétricos e um crescente interesse político aliado a maior acesso
ao capital configuram as chances para o desenvolvimento do setor.
Por outro lado, existe o risco político de novas leis estaduais que
inviabilizem o projeto, e o risco de uma taxação exacerbada sobre a
transmissão da energia.
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Ano 2016
Förderung der Region
Nordosten Brasiliens
Bedrohung durch steigende
Duchlei-tungsgebühren
Tradicionalmente, dado a prática de programas federais para
promoção do desenvolvimento da região nordeste brasileira, esta
região dispõe de uma variedade maior de linhas de crédito
subsidiadas, com juros que tornam projetos do gênero mais
competitivos.
Apesar do apoio político do governo do estado e federal, há ainda
uma grande pressão do grupo político que representa os interesses
das hidrelétricas e operadoras das redes de distribuição e
transmissão que tende a ameaçar o desenvolvimento do setor na
Bahia através de taxas de transporte e uso de energia (Tarifa de Uso
dos Sistemas Elétricos de Distribuição e Transmissão) muito altas.
Outra ameaça resultante da mesma pressão política é a reformulação
ou aprovação de leis estaduais que inviabilizem a produção de
energia elétrica solar.
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Ano 2016
Solar-Hybrid Systeme
Amortisation in 5-7 Jahren
Zügige Projektentwicklung
Spezifisches Lastprofil der
APAEB
3 Viabilidade Técnica e Financeira
Situação Atual da APAEB
Atualmente, a APAEB supre 100% do seu consumo de
eletricidade através de um sistema de 2 geradores à diesel,
atendendo a carga diária descrita no gráfico abaixo. Os detalhes
técnicos do sistema de geradores serão descritos no tópico seguinte.
O fornecimento de eletricidade da COELBA está interrompido desde
o ano de 2011 por questões financeiras.
Perfil de Carga Diária APAEB (2015)
Dados levantados pelo eletricista responsável pela APAEB em 11/2015
Para este estudo de viabilidade técnica e financeira foi tomado como
referência, o consumo de eletricidade de 2010, o último consumo
anual registrado na COELBA.
Como pode-se perceber no gráfico abaixo, o consumo de eletricidade
do ano de 2010, ainda consederando-se o preço praticado naquele
ano, se encontra em 496 MWh, tarifa fora da ponta (FP). Para a
substituição máxima deste fornecimento de
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Ano 2016
Studie basiert auf
Strompreisen des Jahres 2010,
dem letzten kompletten Jahr
mit Netzanschluβ
Beschreibung der technischen
IST-Situation
eletricidade da Coelba, levando somente em consideração a tarifa
fora da ponta, é necessária uma instalação solar de 295 KWp de
potência. Importante ressaltar que somente a tarifa fora da ponta é
considerada, pois sob a mesma que a energia solar é gerada.
Descrição da Instalação Técnica
O consumo energético da APAEB atualmente é suprido por um
sistema de geração térmica, constituído por dois geradores à diesel
em regime de locação. O gerador Maquigeral ATEC MOD 04F 3505
é utilizado 7 horas por dia, consumindo 280 litros de diesel e gerando
750 kVA. O gerador principal Caterpillar GEP750-1, por sua vez, é
utilizado 10 horas por dia, consumindo 900 litros de diesel e gerando
345 kVA.
Fabricante MAQUIGERAL CATERPILLAR
Modelo ATEC MOD 04F 3505 GEP750-1
Potência (kVA) 750 345
Corrente (A) 1.140 524
Tempo em Operação (h/dia) 7 10
Consumo de Combustível (l/dia) 280 900
0
20.000
40.000
60.000
janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro outubro novembrodezembro
janeiro-10
fevereiro-10
março-10 abril-10 maio-10 junho-10 julho-10 agosto-10setembro
-10outubro-
10novembr
o-10dezembr
o-10
KWh/ Mês 55.440 43.104 44.112 45.612 39.528 33.036 41.040 44.016 39.288 36.828 39.000 35.000
Reais 9.327,78 7.252,25 7.421,84 7.674,22 6.650,59 5.558,31 6.904,98 7.405,69 6.610,21 6.196,31 6.561,75 5.888,75
Consumo APAEB 2010
KWh/ Mês Reais
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
PV-System On-Grid
Reduções de Custos Possíveis
Sistema Fotovoltaico com Ligação à Rede
Sistema solar conectado à rede elétrica (On-Grid) de potência
instalada de 295 KWp, contém:
1.135 módulos solares policristalinos de alta performance
AXITEC AXIpower 260P devidamente certificados no INMETRO
e com Selo Procel 2015 de economia de energia.
Inversores profissionais com monitoramento do sistema solar.
Estrutura de montagem solar de alumínio com certificação
internacional.
Área ocupada de 2.000 m².
Esta simulação de custo é baseada no preço da tarifa
Horosazonal Verde A4, calculada em janeiro de 2016 em
0,3132 reais por kWh (FP).
Investimento em regime “Turn-Key”: R$2.360.090,00 (8,00 R$/Wp)
A inflação anual prevista e o aumento do preço de energia numa
estimativa conservadora somam 16%.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
PV-System Hybrid (PV + Diesel)
Off-Grid
2x Leistungs-varianten
O gráfico acima demonstra uma amortização do sistema solar em 7,6
anos.
O sistema fotovoltaico On-Grid foi dimensionado para substituir o
máximo do fornecimento de eletricidade da COELBA, baseado no
consumo anual de 2010 (496 MWh/ano). A simulação financeira é
feita através da ferramenta RETScreen, software profissional de
análise para projetos fotovoltaicos, fornecida pelo Governo Federal do
Canadá.
Sistema Solar-Híbrido sem Ligação à Rede
Um sistema Solar-Híbrido sem ligação à rede (Off-Grid), neste caso,
é definido por uma instalação solar fotovoltaica combinada a um
sistema de geração termelétrica, o DHYBRID Fuel Reduction System
(FRS).
Maquete de instalação solar híbrida Off-Grid
O sistema DHYBRID Power Systems é o líder global em soluções
solares híbridas e fabricante do DHYBRID Fuel Reduction System. O
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
DHYBRID FRS será integrado no sistema de geração elétrica atual e
irá reduzir de forma significativa o consumo de combustível dos
geradores a diesel. O tamanho do sistema fotovoltaico foi
dimensionado e otimizado seguindo o perfil de carga diário da APAEB
para atingir a melhor performance do sistema. Esta solução não
requer baterias pois é desenvolvida para uma vida útil de mais de 25
anos.
Para esta alternativa duas opções de instalação são apresentadas a
seguir. Ambas as soluções reduzem o parque de geração termelétrica
existente para um único gerador. O uso do gerador na primeira opção
(496 MWh/ano) será com menor consumo de diesel que o uso do
mesmo na opção 2 (350 MWh/ano).
A primeira opção, equivalente a substituição máxima do sistema atual
de geração termelétrica por um sistema Solar-Híbrido, é calculada
para um consumo de 496 MWh/ano, o que significa uma maior
economia a partir do 6º ano.
A segunda opção é calculada para um consumo de 350 MWh/ano.
Esta alternativa é de maior tempo de amortização do investimento
quando comparada a opção 1.
Os dois sistemas Solar-Híbridos estão calculados em regime Turn-
Key que significa:
Vistoria Técnica Preliminar in Loco
Instalação do Sistema Fotovoltaico
Instalação do Sistema DHYBRID FRS
Laudo Técnico TÜV
Assistência Técnica Local
As simulações de amortização e rentabilidade dos sistemas são
baseadas no fato de 0,35 l de diesel geram 1 kWh, volume este
calculado em janeiro de 2016 em R$ 1,05. Um aumento anual de 5%
do diesel é considerado, assim como uma taxa de degradação dos
módulos solares de 0,8% ao ano.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
PV-System Hybrid
Leistung: 295 kWp
Sistema Solar-Híbrido Opção 1 (295kWp)
O sistema Solar-Híbrido Off-Grid de potência instalada fotovoltaica de
295 KWp (496MWh/ano), conta com:
1.135 módulos solares policristalinos de alta performance
AXITEC AXIpower 260P devidamente certificados no INMETRO
e com Selo Procel 2015 de economia de energia.
Inversores profissionais com monitoramento do sistema solar.
Sistema DHYBRID FRS
Estrutura de montagem solar de alumínio com certificação
internacional.
Área ocupada do sistema fotovoltaico de aprox.. 2.000 m².
O investimento para esta opção em regime “Turn-Key” é de
R$2.791.000,00 (9,46 R$/Wp). O gráfico abaixo demonstra a
amortização em 5 anos.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
PV-
System Hybrid
Leistung: 208 kWp
Sistema Solar-Híbrido Opção
2 (208kWp)
O sistema Solar-Híbrido Off-Grid de potência instalada fotovoltaica de
208 KWp (350MWh/ano), conta com:
800 módulos solares policristalinos de alta performance AXITEC
AXIpower 260P devidamente certificados no INMETRO e com
Selo Procel 2015 de economia de energia.
Inversores profissionais com monitoramento do sistema solar.
Sistema DHYBRID FRS
Estrutura de montagem solar de alumínio com certificação
internacional.
Área ocupada do sistema fotovoltaico de aprox. 1.500 m².
O investimento para esta opção em regime “Turn-Key” é de
R$2.095.000,00 (10,07 R$/Wp).
O gráfico abaixo demonstra a amortização em 5,3 anos.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Kosten der Installation und
Amortisationszeiten
Custos de Instalação e Amortização
A instalação dos sistemas acima mencionados compreende:
Visita técnica preliminar.
Instalação dos sistemas.
Operação e Teste (Comissionamento).
Laudo Técnico TÜV.
Treinamento.
Os cálculos de amortização do investimento são feitos com base em:
Consumo de diesel atual
Valor da tarifa fora da ponta 2015 (sistema solar On-Grid)
Inflação prevista combinada ao aumento do preço de energia
em 16% ao ano.
Câmbio de R$/€ 4,40.
Preço do diesel de 3,00 R$/l e aumento anual previsto de 5%.
É possível notar as variações de custo e benefícios no gráfico
comparativo a seguir.
(3.000.000)
(1.000.000)
1.000.000
3.000.000
5.000.000
7.000.000
9.000.000
11.000.000
13.000.000
15.000.000
17.000.000
19.000.000
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Ec
on
om
ia A
cu
mu
lad
a
Anos
Comparativo da Amortização do Investimento
Solar On-Grid 295kWp
Solar-Híbrido Off-Grid295kWp
Solar-Híbrido Off-Grid208kWp
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Vorgehensweise der Planung
von PV On-Grid und Off-Grid
System (Solar Hybrid)
Aspectos Administrativos e Burocráticos
Os aspectos administrativos e burocráticos, bem como o cronograma
do projeto, se iniciam com o presente estudo e divergem de acordo
com as alternativas On e Off-Grid.
Em se tratando de um sistema On-Grid se faz necessário a resolução
das pendências financeiras com a COELBA, solicitação de acesso) à
rede da COELBA como mini-geração (potência instalada de 75kWp
até 5MWp seguindo a REN 687/15.
Para as alternativas Off-Grid, os aspectos administrativos e
burocráticos são resumidos a este estudo de viabilidade.
Manutenção e Suporte Técnico
As instalações solares propostas contam com baixa demanda de
manutenção. A manutenção necessária é simples (basicamente a
limpeza dos módulos solares). Todos os sistemas apresentados
possuem assistência técnica local.
Sistemas Preço (R$) Amortização
Solar-Híbrido Off-Grid (295kWp) 2.791.000,00 5 Anos
Solar-Híbrido Off-Grid (208kWp) 2.095.000,00 5,3 Anos
Solar On-Grid (295kWp) 2.360.000,00 7,5 Anos
Passos Administrativos
Estudo de Viabilidade
Investimento Implementação do Sistema
Solar
Solar On-Grid X
Resolução da Situação Financeira
com a COELBA
Processo COELBA para Novas Ligações Solares
(SM04.08-01.009): Conexão de Minigeração ao Sistema de Distribuição em Média
Tensão
Solar-Híbrido Off-Grid
X
Aprovação do
Investimento em
Assembléia
Execução do Projeto de acordo com as normas
técnicas e de segurança vigentes
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Cronograma do Projeto
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5
Assinatura do Contrato
Visita Técnica
Projeto Executivo
Aquisição de Materiais
Instalação Solar
Operação e Teste (Comissionamento)
Laudo Técnico TÜV e Treinamento
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Finanzierungs-optionen
Finanzierungs-institute
4 Possíveis Fontes de Financiamento
As fontes de financiamento do projeto em longo prazo podem
se configurar de diversas formas. A forma mais indicada para a
primeira etapa do projeto, a implantação do sistema para as
atividades da APAEB, é através de uma linha de financiamento
especializada que otimize o retorno sobre o investimento. Além desta
alternativa existem outros métodos que também satisfazem as
necessidades de capitalização do projeto.
Fundos Próprios
O financiamento através de fundos próprios não se configura como
alternativa viável para o projeto dada o peso do investimento sobre as
reservas da APAEB e diante das alternativas de linhas de
financiamento atrativas no mercado.
Sicoob Coopere
Como instituição financeira especializada na categoria que se insere
a APAEB estabelecida tanto nacionalmente quanto em nível local, a
Sicoob é observada como a entidade mais indicada para
financiamento do projeto. Isto é observado a partir de fatores como a
expertise já estabelecida em produtos de financiamento similares
como o Prodecoop, presença local bem-sucedida na cidade de
Valente, local da execução do projeto, e boa relação já estabelecida
com a APAEB demonstrada pelo próprio objetivo da fundação da
Sicoob Coopere em Valente na década de 70 e continuidade de
parcerias até a atualidade.
Apesar de uma possível adequação do projeto ao Prodecoop, uma
fonte de financiamento específica a este gênero de projeto, projetos
em energias renováveis, é a solução financeira ideal para a
viabilidade do mesmo, dada a alta probabilidade de uso recorrente da
solução em médio e longo prazo baseado no alto potencial de
expansão do sistema Solar-Híbrido (Off-Grid) e solar conectado à
rede (On-Grid) para além das operações da APAEB. Uma solução
específica para esse tipo de projeto potencializa o impacto sistêmico
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
do mesmo através da possibilidade de outros tipos de agentes, como
associados da APAEB, acessarem o capital necessário para obter
sua independência energética individual enquanto associado e
enquanto filiado ao Sicoob.
Banco do Nordeste
Outras duas alternativas viáveis para este projeto por praticar juros
atrativos e financiar 80% do projeto, o Banco do Nordeste já possui
duas linhas de financiamento que se aplicam, o FNE e o FNE Verde,
e prática no financiamento de sistemas solares.
O FNE Verde foi a primeira linha de financiamento que o governo
federal desenvolveu para explorar o potencial das energias
renováveis no nordeste brasileiro. Esta linha se direciona
exclusivamente a pessoas jurídicas.
O FNE Verde financia até 80% do investimento com juros de
aproximadamente 14% ao ano (2016) e carência de 2 anos. Uma
garantia de 20% do financiamento é necessária.
Investidores Privados
A alternativa através de investidores privados é indicada neste caso
através de um banco selecionado. Em se falando dos bancos mais
atrativos, como o Sicoob Coopere Desenbahia, ou o Banco do
Nordeste, um investidor privado é viável, desde que um rendimento
de 20% do investimento seja alcançado. O financiamento privado
diratemente para o projeto não é indicado para projetos em
associações e cooperativas por, geralmente, resultar num
desequilíbrio da psicologia da cultura organizacional das mesmas.
Isto se dá, segundo Pierce et al. (2002), através da proximidade entre
o sujeito e o objeto a partir do grau de esforço (neste caso o
investimento) empenhado. Ou seja, neste caso há um alto risco
baseado na proximidade do impacto psicológico do investimento e da
percepção de propriedade.
Por outro lado, esta alternativa se configura como viável em termos
de cultura organizacional se uma parcela majoritária significativa dos
cooperados alocarem quantidades equivalentes de capital ao longo
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
do período do projeto em questão. Desta forma o risco é mitigado
através da manutenção da cultura equitativa da cooperativa.
BNDES
O BNDES se mostra como solução de financiamento para este projeto
através da linha Prodecoop, que na localidade é oferecida pelo Sicoob
Coopere. O Prodecoop é uma linha de financiamento destinada a
otimização da competitividade de cooperativas através da
modernização dos sistemas produtivos. Esta alternativa financia até
90% do projeto, englobando a aquisição de equipamentos e despesas
de importação de componentes, a juros de 8,75% ao ano com
carência de até 3 anos e até 12 anos para pagar.
Bancos Comerciais
Por conta do alto custo de capital no Brasil, esta alternativa se torna
viável somente enquanto a associação ou cooperativa requerente não
foi habilitada para usufruir de linhas de financiamento de origem
subsidiada. As soluções de financiamento de bancos comerciais para
projetos deste porte podem ser encontradas nos bancos: Banco do
Brasil, Caixa Econômica, Santander, Itaú ou Bradesco.
Segundo estudo elaborado pela SINAENCO, Sindicato da Arquitetura
e Engenharia, a linha CDC Sustentável do Santander tem taxa média
de 2,35% ao mês e prazo máximo de 5 anos para projetos de
sistemas solares. O Itaú, por sua vez, oferece 2% de juros ao mês em
média, adicionado a uma taxa de 2% do valor do financiamento sem
a entrada em um prazo de até 48 meses. O Bradesco oferece a
solução de Leasing Ambiental a uma tarifa de 2% ao mês e 60 meses
de prazo máximo.
Como é possível observar o custo de capital eleva significativamente
o volume do investimento e, por consequência, o período para chegar
ao ponto de ROI do projeto.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Energiekooperative APAEB
Fallbeispiel GIZ: Projekt „Nova
CERES“
5 Possíveis Estruturas Organizacionais do Projeto
Como afirmado pelo módulo primeiro de Estruturas
Organizacionais elaborado pela Pathfinder International, e senso
comum entre os acadêmicos da área, a estrutura organizacional de
um programa ou projeto está relacionada a como as decisões são
tomadas, como os recursos são alocados e como é a interação entre
os líderes e as equipes de trabalho. Dada a cultura cooperativa já
existente tanto na APAEB, quanto na Sicoob Coopere, a estrutura
organizacional mais indicada para a execução do projeto é a baseada
em times de trabalho composta por integrantes da APAEB e Sicoob
Coopere.
Nova Cooperativa de Energia
Para otimizar a capacidade de expansão do projeto para atender a
demanda energética dos cooperados da APAEB e da Sicoob
Coopere, uma estrutura de cooperativa independente de energia solar
na cidade se mostra como alternativa mais indicada em médio e longo
prazo. Uma nova cooperativa local para a geração de energia solar é
uma estrutura simples, visto que o sistema de geração compartilhada
não demanda processos de tomada de decisão complexos ou
frequentes, e de alto impacto dada sua maior capacidade de
expansão local para além da demanda energética da APAEB.
Através de um benchmarking do modelo cooperativo da Nova
CERES, desenvolvido em parceria com a GIZ, a nova cooperativa de
energia se estabelece através de duas vias: Através da distribuição
do investimento de execução do projeto em uma taxa de investimento
por cooperado; Através de um fundo de investimento fragmentado em
cotas proporcionais para execução do sistema.
Para a execução do projeto é recomendado a primeira opção. Isto se
justifica por conta que esta opção mantêm a equidade entre os
membros iniciais e a cultura cooperativa, bem como a equidade em
momento de investimento mais expressivo. Os passos a serem
tomados para esta via, ainda segundo o modelo de negócios
desenvolvido pela Nova CERES e GIZ, são:
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
1.Inserir no estatuto da nova cooperativa a possibilidade de
deliberação da taxa pelo conselho
2.Decisão sobre taxa de investimento no conselho (Custo do projeto
proporcionalmente distribuído entre cooperados.)
3.Colocar informações sobre projeto em site
4.Apresentação do projeto em Assembleia Extraordinária
5.Realização do projeto
6.Inauguração na primeira Assembleia Ordinária após realização do
projeto
7.Informação anual sobre os benefícios do projeto
A segunda via, indicada para expansão do sistema original, através
de fundo de investimento dividido em cotas e rendimentos
proporcionais, permite maior agilidade na tomada de decisões e na
capacidade de expansão para novos cooperados uma vez que
estabelecido o regimento em Assembléia. Esta se dá nos seguintes
passos:
1.Convocação de Assembleia com pauta temática específica
2.Colocar informações sobre projeto em site
3.Apresentação do projeto na Assembleia Extraordinária
4.Proposta de criação e aprovação de regimento de fundo de
implementação de energia solar
5.Decisão em Assembleia extraordinária
6.Chamada e adesão ao fundo
7.Diluição proporcional de investimento de cada cooperado na conta
ou aporte direto dos cooperados
8.Realização do projeto
9.Inauguração na primeira Assembleia Ordinária após realização do
projeto
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
10.Informação anual sobre os benefícios do projeto
11.Devolução de aporte na conta de luz (mensalmente)
Nas duas vias os cooperados compensarão sua energia através do
sistema e usufruirão de energia sem qualquer custo a partir do 7º ano,
uma economia financeira significativa.
Alternativa
Outra alternativa viável é a qualificação do projeto como investimento
para aquisição de bem de capital da APAEB. Esta alternativa
demanda de menor esforço burocrático e de articulação, porém limita
a capacidade de impacto do projeto na cidade de Valente ao permitir
a expansão do projeto somente para atender a demanda de
associados da APAEB.
O projeto executado através da diluição do investimento na APAEB
em um sistema Off-Grid híbrido pode servir como projeto pioneiro
para cooperativas da região, bem como cidadões da cidade de
Valente. Apesar disso, a atual dívida da APAEB com a COELBA,
impossibilitará a expansão do sistema para além das atividades fabris
da mesma, uma vez que a expansão se torna viável somente via
conexão à COELBA.
Instalação Solar Híbrida de 1.0 MW
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Erweiterungsoption der
Energie-kooperative APAEB
Netzgebundene PV für PV
Entwicklung in Valente BA
Technische Umsetzung
6 Possível Extensão do Projeto para Fornecer Energia
Solar a Micro e Pequenos Empresários da Cidade de
Valente
Baseado nas soluções de estrutura organizacional propostas,
especificidades de expansão para além da APAEB se mostram
significativos. Esta expansão do fornecimento pode se dar, se
considerarmos a estrutura organizacional de uma nova cooperativa,
através de novas filiações e expansão gradual da estrutura para se
adequar à nova demanda energética. Se inserida na segunda
proposta de estrutura organizacional, o sistema como bem de capital
da APAEB, um acordo sobre a dívida com a COELBA ou uma nova
associação deve ser formada, para que um condomínio solar possa
se configurar como alternativa.
Realização Técnica
Para a execução do projeto através da formação de uma nova
cooperativa se faz necessário material informativo sobre a
cooperativa e o projeto, capacitação dos cooperados para a
implantação, gestão e manutenção do sistema. Esta especificidade
técnica pode ser suprida através de cursos in loco por parte da
empresa instaladora do sistema, ou por gradual capacitação dos
cooperados por meio de bolsas.
Para a execução do projeto inserido na estrutura organizacional da
associação que substituirá a APAEB, ou através do acordo com a
COELBA, se faz necessária a capacitação dos cooperados da APAEB
nos mesmos moldes citados acima.
Aspectos Administrativos e Burocráticos
Enquanto uma nova cooperativa de energia compreende os mesmos
processos burocráticos e administrativos de estabelecimento de
qualquer cooperativa (Estatuto constitutivo registrado em cartório), os
passos para possibilitar a execução do projeto são aqueles já
descritos acima na seção de Estruturas Organizacionais Possíveis.
ESTUDO DE VIABILIDADE DA INSTALAÇÃO DE UM SISTEMA DE ENERGIA SOLAR NA ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES DE SISAL APAEB, VALENTE, BAHIA
Ano 2016
Se inserido na estrutura da APAEB ou sua substituta, o projeto
necessitará, além de uma liderança de projeto e processo burocrático
de instalação citado na seção Viabilidade Técnica, de uma
capacitação de equipe de vendas para os lotes do condomínio solar
a serem alugados pelo preço da energia gerada por lote.
Uma nova cooperativa de energia necessitará de pessoas e
processos para admissão de novos cooperados, manutenção e
expansão do sistema e gestão financeira da cooperativa. As questões
burocráticas técnicas de expansão assumem a mesma forma da
implantação do projeto.
Se o projeto for inserido na APAEB, o condomínio solar será
implementado através da delimitação da área a ser implantado o
sistema e gestão da área buscando um posicionamento de preço em
média 30% abaixo do preço de energia elétrica praticado atualmente
pela Coelba, sem aumentos futuros. Esta alternativa demanda
capacitação especifica em vendas para garantir a sustentabilidade de
expansão do projeto.
Referências
ABNT, NBR 11704, ABNT, Brasília, 2008
_____, NBR 11876, ABNT, Brasília, 2010
_____, NBR IEC 62112, ABNT, Brasília, 2012
_____, NBR 16149, ABNT, Brasília, 2013
_____, NBR 16150, ABNT, Brasília, 2013
_____, NBR 16274, ABNT, Brasília, 2014
ANEEL, Prodist: Procedimento de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional, ANEEL, Brasília, 2010
______, REN 482, ANEEL, Brasília, 2012
______, REN 687, ANEEL, Brasília, 2015
COELBA, Relatório de Administração 2013, COELBA, Bahia, 2013
COELBA, Relatório de Administração 2014, COELBA, Bahia, 2014
Instituto Ideal, O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída Fotovoltaica, Ed. 2015, Instituto Ideal, Santa Catarina, 2015
EPE, Nota Técnica: A Inserção da Geração Fotovoltaica Distribuída no Brasil, EPE, Rio de Janeiro, 2014
Ernst & Young, Transações e Tendências no Setor de Energia, Ernst & Young, São Paulo, 2013
Green Tech Media, Latin America PV Playbook, Green Tech Media, New York, 2015
Governo Federal, Lei 9.429/1996, Governo Federal, Brasília, 1996
IRENA, Renewable Energy in Latin America 2015: An Overview of Policies, IRENA, Abu Dhabi, 2015
IBGE, Contas Regionais do Brasil 2010-2013, IBGE, Brasília, 2014
PIERCE, Jon L., The State of Psychological Ownership: Integrating and Extending a Century of Research, Review of General Psychology, Minnesota, 2002
SEI, Informativo PIB Trimestral 2014, Vol. 5, N. 4, SEI, Bahia, 2014