modelo de auto-avaliação das bibliotecas escolares

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O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES “First comes thought; then comes organization of that thought into ideas and plan; then transformation of those plans into reality. The beginning, as you will observe, is in your imagination.” (N. Hill, citado por Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 10) Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009

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Page 1: Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

ESCOLARES

“First comes thought; then comes organization of that thought into ideas and plan; then transformation of those plans into reality. The beginning, as you will observe, is in your imagination.”

(N. Hill, citado por Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 10)

Fernanda Maria Oliveira Novembro 2009

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“A avaliação não constitui um fim em si mesmo, mas um processo de melhoria de deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão”

(texto da sessão, O Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas escolares: problemáticas e conceitos implicados, p. 1)

O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS

ESCOLARES

Page 3: Modelo de auto-avaliação das Bibliotecas Escolares

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PORQUÊ AVALIAR?

Verificar o impacto das práticas correntes na estrutura pedagógica da escola e dos recursos envolvidos;

Identificar áreas de sucesso e detectar aquelas que precisam de ser melhoradas.

É absolutamente necessário avaliar o impacto das bibliotecas nas escolas e no sucesso educativo dos alunos de forma a:

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PORQUÊ AVALIAR?

Porque é necessário que as estruturas organizativas compreendam que o programa da biblioteca são essenciais para o desenvolvimento de competências nos alunos. É no sucesso dos alunos, em torno das competências de pesquisa de ideias e informação, que reside o sucesso do programa da BE.

Porque o trabalho da biblioteca deverá ser visível na escola e na comunidade e isso terá que ser feito através de uma contínua comunicação sobre o programa da biblioteca e os efeitos em termos de promoção de sucesso nos alunos.

“A memo to the principal is a nice way to keep the administration apprised of the value, progress, and future of your program. A memo will enlighten the principal and others of the important work youre doing with student learning” (Eisenberg, Michael, This man who wants to change your job, p. 3)

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Avaliar é necessário para

saber identificar os pontos críticos, promover uma cultura de avaliação, articular prioridades.

pensar e gerir estrategicamente , de acordo com as prioridades da escola e tendo em mente o sucesso dos alunos

promover uma cultura de avaliação

articular prioridades

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“A avaliação não é um fim em si mesmo, mas um processo de melhoria, que deve facultar informação de qualidade capaz de apoiar a tomada de decisão”.

O modelo de Auto-avaliação proposto pela RBE tem integrados os princípios definidos nos documentos fundadores (IFLA,UNESCO, IASL), os quais estão relacionados com a missão da BE no contexto da escola em que se integram, tendo em última instância, o conceito de sucesso educativo dos alunos, e a melhora da prestação de serviços pela BE.

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A importância da recolha de evidências

A recolha de evidências é essencial porque permite que as BE aprendam e cresçam.

Evidence-informed ou evidence-based policy é uma prática cada vez mais comum, de forma a validar o que funciona e identificar possíveis áreas de constrangimento.

A auto-avaliação, através da recolha de evidências, ajudará a BE a identificar o caminho que deve seguir com vista à melhoria do seu desempenho”

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Porque é tão importante a recolha de evidências?

A recolha de evidências deverá ser uma prática associada no trabalho diário de uma biblioteca, de forma a fornecer informação sobre determinada prática, e verificar o seu sucesso no desenvolvimento das competências dos alunos, ou necessidade de melhoria.

É necessário verificar o impacto do trabalho da BE na estrutura pedagógica e organizativa da escola, de forma a que a acção da biblioteca consiga ir de encontro aos objectivos da escola.

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A prática de uma acção em torno da recolha de evidências tem, segundo Ross Todd duas dimensões:

A primeira foca-se na consciência explícita do uso das melhores evidências aquando a actuação no dia a dia.

A segunda é onde o trabalho diário é dirigido. Tem a ver com a demonstração tangível do impacto e implementação dos nosso objectivos . Esta centra-se em processos, acções e outcomes. tem a ver com o assegurar-se que os esforços diários se reflectem no impacto das iniciativas e nos resultados dos estudantes: o que os estudantes fazem e no que se tornam.

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Como se dá o processo?

Identifica-se o problema

Recolhe-se evidências

Avalia-se, interpreta-se

Procura-se orientar a acção e delinear caminhos

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O que se avalia?

O conceito de avaliação das BEs tem mudado, avaliando-se hoje as Bibliotecas não só em termos da colecção, quantidade de recursos humanos e materiais, ou número de visitas e empréstimos domiciliários “Information managemente extends beyond building and managing library collcetions and services” (Eisenberg, Michael, This man who wants to change your job, p. 2) , mas em termos de impacto qualitativo da biblioteca. Interessam os resultados das acções da biblioteca nas atitudes e competências dos utilizadores.

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A biblioteca escolar é usada como espaço formativo e de aprendizagem, relacionado com o processo ensino/aprendizagem e a promoção das diferentes literacias.

O professor bibliotecário deverá trabalhar colaborativamente com todos os membros da comunidade educativa: “The school librarian Works collaboratively with members of the learning community to define policies and guide and direct all related library activities” (Idem)

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Como se organiza o modelo de avaliação da BE?

O modelo organiza-se em torno de 4 domínios cruciais ao desenvolvimento e qualidade das Bes, e um conjunto de indicadores sobre os quais assenta o trabalho da BE. Pode ser agrupado em 3 áreas chave:

Acesso, qualidade

da colecção

Gestão da BE

Integração na escola e no processo

ensino/apren-dizagem

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O que pressupõe o modelo?

O modelo pressupõe a necessidade constante de:

fazer diagnósticos/ avaliar o impacto da BE na escola,

estabelecer jornadas formativas para equipa e outros envolvidos,

comunicação com o órgão de gestão,

apresentação e discussão em Conselho Pedagógico,

diálogo com os professores coordenadores.

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Abordagem colaborativa

O modelo pressupõe também uma abordagem colaborativa.

Quando os professor bibliotecário e os professores trabalham juntos os estudantes atingem níveis maiores de literacia, leitura, capacidade de resolução de problemas e domínio das competências tecnológicas.

O programa do professor bibliotecário deverá ser elaborado em parceria com os docentes

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Qual a duração do processo?

O processo tem a duração de aplicação de 4 anos, pelo que é necessário seleccionar um domínio a ser objecto de aplicação de instrumentos em cada ano. Os resultados deverão ser partilhados com o Director e discutidos nos Órgãos de Gestão Pedagógica, para juntos consertar esforços na promoção do sucesso educativo.

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Qual o impacto dos resultados?

Os resultados têm impacto no processo de planificação e gestão onde:

Se redefinem prioridades e políticas de actuação

Se identifiquem oportunidades e constrangimentos

Se reconhecem oportunidades e ameaças tendo em conta o ambiente interno e externo da biblioteca, prioridades da escola e adequação aos objectivos ensino/aprendizagem

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Qual a importância do professor bibliotecário neste processo?

O professor bibliotecário é essencialmente um professor que promove as literacias. O seu trabalho terá que ser um trabalho colaborativo, feito em coadjuvação com o trabalho dos restantes docentes da escola.

Deverá ser um promotor a formação de leitores independentes “independent learners” , sendo que a leitura permite compreender melhor o mundo “porque leer amplia el ser, desarrolla las potencialidades y enriquece y regenera personal y socialmente” (El Rumor de la Lectura, Equipo Peonza, Madrid: Anaya 2001, p.22)

Deverá ter capacidade de promover conhecimento, visão e liderança, ser capaz de planear, executar e avaliar o programa regularmente em níveis diferentes.

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Importância do Professor Bibliotecário

O PB deve ter:

Professor bibliotecário

Uma visão estratégica, e a capacidade de a transformar em

realidade

Um pensamento estratégico, ou seja,

uma maneira de aproximar-se dos

problemas e oportunidades

Um planeamento estratégico

Uma atitude positiva norteada

por paixão, entusiasmo, optimismo e

energia

Em suma, o Professor bibliotecário deverá tirar partido das oportunidades e ser visto como uma força positiva e vital na escola.

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Acção do professor bibliotecário

O professor bibliotecário tem o dever de tornar a escola inclusiva e proactiva. A chave de todo este processo está na pesquisa, no uso das tecnologias online, na avaliação de programas e das competências dos estudantes.

Os professores bibliotecários formados profissionalmente podem fazer a diferença que afecta a performance dos estudantes. Para isso, o apoio da Direcção e professores é essencial.

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Acção do professor bibliotecário

A Acção dos professor bibliotecário deve ser clara e basear-se na promoção de literacias e construção de conhecimento. No ser e no fazer: o “DOING AND BEING” de que fala Ross Todd.

O papel do professor bibliotecário vai até, neste sentido, além da promoção do desenvolvimento de competências de literacia. Ele tem a responsabilidade de tornar em acções toda a informação e conhecimento que a escola possui ou pode fornecer, para que os estudantes possam construir o seu próprio conhecimento e desenvolver as suas ideias de forma rica e variada.

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Possíveis constrangimentos

Constrangimentos de várias ordem poderão ter a ver com:

política de exigências em constante mudança nas escolas

constrangimentos financeiros.

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Integração

A política da BE deve estar intimamente relacionada com as iniciativas, preocupações e prioridades da escola.

A flexibilidade é essencial no pensamento estratégico. Não há verdades absolutas, as prioridades da escola mudam a cada ano.

A análise é também essencial: analisar o que é real, o que é desejável e planear como lá chegar.

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Porque é tão importante planear?

O planeamento é um processo que requer um revisão e avaliação contínua. É necessário avaliar a toda a hora para e determinar se os objectivos, os passos foram atingidos. A avaliação não dever ser apenas feita em virtude de contagens e estatísticas de circulação, mas dever ser centrada em 3 prioridades: information literacy, reading advocay and inromation management”.

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Em conclusão

Uma prática baseada na recolha de evidências é, no fundo, a melhor forma de mostrar e convencer que a biblioteca é uma parte central da escola e essencial no desempenho dos seus alunos: “In essence, evidence – based practice is about having the rich, diverse and convincing evidence that demonstrates that the library is a vital part of the learning fabric of the school – that is integral, rather then peripherical” (Ross Todd, in Libraries for Life: Democracy, Diversity, Delivery. IFLA Council and General Conference, Glasgow, Scotland, August 18-24, 2002, p. 9)