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[email protected] www.luiztaveira.com.br Advogado Luiz Taveira Junior | OAB/AC 4188 Rua Bahia, 1125 CEP: 69980000 ! Cruzeir"o # Cruzeiro $o %ul ! &C Cel: 68 992' 286' (el: 68 ))22 6996 EXCELENTÍSSIMOS SENHORES DOUTORES DESENBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO ACRE. Processo nº. 000!!"#$.#0%&.'.0%.000# EMÉRITO DESEMBARGADOR PRESIDENTE NOBRE DESEMBARGADOR RELATOR EGRÉGIA CÂMARA JULGADORA RA()ES DO RECURSO DE APELAC*O I" DA SÍNTESE DOS +ATOS O acusadoJOSÉ MAURENE DOS SANTOS SIL,A , foi DENUNCIADO pelo M-n-s /r-o P 12-co Es 34532 (fs. 144/147) , em 03 de novembro do ano de 2014, como incurso nos tipos penais previstos no art. 33, caput, art. 35, caput , ambos da Lei nº: 11.343/0, arti!os 14 "arma uso permitido# e 1 "arma uso res da Lei nº: 10.$2/2003, pela suposta pr%tica das condutas del abai&o descritas, 'uais se(am: No dia 12/09/2014, por volta das 13h10min, no uru!"mirim, a#u$nt$ do rio %uru!, n$sta cidad$ d$ &ru'$iro do d$nunciado * + - N N , vul5o 6 r$to8, $m companhia d$ t$rc$ira p$ssoa ainda n o id$nti:cada, transportav 2;4 (du'$ntos$ s$ss$nta $ <uatro)tabl$t$s d$ coca=na, acondicionados $m 07 (s$t$) sacos pl!sticos lacrados, to c$rca d$ 27; >5 d$ subst?ncia $ntorp$c$nt$, b$m como p armas d$ uso p$rmitido $ r$strito $ muni@ o, s$m autori'a@ o $ d$sacordo com a d$t$rmina@ o l$5al ou r$5ulam$ntar, consoant$ a

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EXCELENTSSIMOS SENHORES DOUTORES DESENBARGADORES DO EGRGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO ACRE.

Processo n. 0006336-25.2014.8.01.0002

EMRITO DESEMBARGADOR PRESIDENTENOBRE DESEMBARGADOR RELATOREGRGIA CMARA JULGADORA

RAZES DO RECURSO DE APELACO

I- DA SNTESE DOS FATOS

O acusado JOS MAURENE DOS SANTOS SILVA, foi DENUNCIADO pelo Ministrio Pblico Estadual (fs. 144/147), em 03 de novembro do ano de 2014, como incurso nos tipos penais previstos no art. 33, caput, art. 35, caput, ambos da Lei n: 11.343/06, artigos 14 (arma uso permitido) e 16 (arma uso restrito) da Lei n: 10.826/2003, pela suposta prtica das condutas delituosas abaixo descritas, quais sejam: No dia 12/09/2014, por volta das 13h10min, no rio Juru-mirim, afluente do rio juru, nesta cidade de Cruzeiro do Sul, o denunciado JOS MAURENE DOS SANTOS SILVA, vulgo Preto, em companhia de terceira pessoa ainda no identificada, transportava 264 (duzentos e sessenta e quatro) tabletes de cocana, acondicionados em 07 (sete) sacos plsticos lacrados, totalizando cerca de 276 kg de substncia entorpecente, bem como possua armas de uso permitido e restrito e munio, sem autorizao e em desacordo com a determinao legal ou regulamentar, consoante a Portaria n 344/99 da Secretaria Nacional de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade e do Estatuto do Desarmamento - Lei n 10.826/2003, conforme laudo de constatao s fls. 77/78. Segundo apurado, no dia 10/09/2014, por volta de 09h00min, o Ncleo de Operaes da Delegacia da Polcia Federal desta cidade foi acionado pelo GISE (Grupo de Investigaes Sensveis) de Rio Branco para efetuar diligncias no intuito de apreender uma possvel carga de entorpecentes no Rio Juru Mirim, afluente do Rio Juru. Ato contnuo, no dia 11/09/2014, os policiais federais deram incio ao deslocamento pela mata chegando a um ponto estratgico para montar equipamento e pernoitar. No dia seguinte, dirigiram-se para o leito do rio, quando se depararam com uma embarcao de cores preta, vermelha, branca e amarela, de nome MARLON, conduzida pelo denunciado que estava na companhia de terceira pessoa, sendo que ambos empreenderam fuga pela mata aps a ordem de parada dos policiais. Todavia, no interior da referida embarcao foiencontrada a substncia entorpecente, armas de uso permitido como espingarda calibre 38 numerao S 745621, arma de uso restrito como um Fuzil calibre 7,62 mm sem numerao aparente, e 25 munies calibre 7,62, consoante termo de apreenso (fls. 05 e 17), demonstrando assim a associao criminosa. Passados alguns dias, e considerando que o denunciado Jos Maurene foi identificado por agentes da Polcia Federal como um dos autores do delito, em especial o que estava pilotando o barco, foi decretada sua priso preventiva. A materialidade e autoria do delito de trfico ilcito de drogas esto sobejamente comprovadas ante os elementos colacionados aos autos, sobretudo pela informao policial (fls. 03/04), pelo Termo de Apreenso (fl. 05 e 17), depoimento das testemunhas (fls. 20/21 e 28/29), inqurito policial (fls. 01/79) e pelo laudo de constatao (fls. 77/78).

Da Audincia de Instruo e Julgamento (resumo)

Em 06 de maro de 2015, s 08:00h, na Sala de Audincias da 2 Vara Criminal da Comarca de Cruzeiro do Sul, foi realizado o prego, observadas as formalidades legais, comparecendo o acusado JOS MAURENE DOS SANTOS SILVA. Ausente a testemunha APF RAIMUNDO DE SOUZA ARGOLO NETO, conforme oficio de p. 256, a qual foi substituda pela testemunha CLEBER SHIGUERO UEDA. A defesa desiste da testemunha ANTONIO NASCIMENTO DA SILVA Ato contnuo, foi interrogado o ru JOS MAURENE DOS SANTOS SILVA, tambm conforme gravao em mdia DIGITAL (CD-R) acostada aos autos.

Das Alegaes Finais da Acusaco (resumo)

MINISTRIO PBLICO ESTADUAL requer a condenao do ru Jos Maurene dos Santos Silva, vulgo "Preto", nas sanes dos art. 33, caput, da Lei n. 1.343/06 e nas penas dos artigos 14 e 16, ambos da Lei n 10.826/2003.

Das Alegaes Finais da Defesa (resumo)

O nobre representante do Ministrio Pblico fundamentou seu pedido de condenao, exclusivamente, nos depoimentos prestados por dois policiais, salientando e juntado jurisprudncias no sentido de que a qualidade de policiais lhe concede valor probante quando estes depoimentos esto aliados as demais provas dos autos - que no discordamos - entretanto Exa. No presente caso os policiais federais prestaram depoimentos contraditrios com relao a vrios fatos e, principalmente, os seus depoimentos esto desaliados das demais provas dos autos com relao a autoria imputada ao acusado. bem verdade que os depoimentos de policiais nos processos criminais so prestigiados pela doutrina e jurisprudncia. No entanto, tal prova deve ser analisada luz das demais produzidas nos autos, uma vez que a simples condio de policial no traz garantia se ser o mesmo considerado infalvel em suas aes, especialmente naquelas decorrentes da sua funo, exercida, quase sempre, em situao de intenso estresse. Ante o exposto, diante de todo o contexto probatrio, onde restou provado que o acusado JOSE MAURENE DOS SANTOS SILVA no concorreu para a prtica dos crimes descritos na denncia requer: 1. Seja o ru JOSE MAURENE DOS SANTOS SILVA seja absolvido nos termos do artigo 386 inciso IV do CPP, por estar provado que no concorreu para a prtica dos crimes. No sendo este o entendimento de V. Exa. requer, supletivamente: 2. Seja o ru JOSE MAURENE DOS SANTOS SILVA seja absolvido nos termos do artigo 386 inciso V do CPP, por no existir provas para sua condenao. 3. Em caso remoto de condenao, seja concedido ao ru o direito de apelar em liberdade, pelos motivos supra expostos.

Da sentena (resumo)

A materialidade est provada pelo termo de apreenso (fls. 05), laudo de exame de constatao preliminar (fls. 08/09), laudo toxicolgico definitivo (fls. 64/70). A autoria resta provada depoimentos colhidos e pela confisso, seno vejamos. Observo que, no obstante a negativa do acusado, os depoimentos colhidos em sede policial e judicial confirmam a ocorrncia dos fatos. Destaco, que o libi do denunciado, de que estava trabalhando na campanha politica no dia dos fatos, no restou comprovado nos autos. Ressalto ainda, que o denunciado declarou que aufere renda mensal de aproximadamente R$3.000,00 (trs mil reais) e que possui 06 (seis) filhos. Irrazovel, destarte, que, com tal situao financeira, o ru consiga adquirir um veculo no valor de R$40.000,00, com um equipamento de som caro, e comprar peas de ouro no valor de R$3.300,00, apenas por gostar deste metal. Por fim, observo que no opera, em favor do ru, qualquer excludente de ilicitude ou de culpabilidade. Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denncia, para condenar o acusado Jos Maurene dos Santos Silva, devidamente qualificado nos autos, nas sanes dos art. 33, da Lei 11.343/2006 e arts. 14 e 16, da Lei 10.286/2003 e absolve-lo em relao ao delito previsto no art. 35, da Lei 11343/2006, o fazendo com fulcro no art. 386, VII, do CPP. Crime de trfico de entorpecentes Circunstncia do art. 42, da Lei 11.343/2006 O art. 42, da Lei 11.343/2006, prev que o juiz deve considerar, em sobreposio s circunstncias do art. 59 do Cdigo Penal, a natureza e a quantidade da substncia ou do produto, a personalidade e a conduta social.No caso concreto, a quantidade da substncia apreendida deve ser sopesada negativamente, uma vez que, conforme termo de fl. 05, foram apreendidos 276 kg de substncia entorpecente. Analisando as circunstncias do art. 59 do Cdigo Penal, verifico que o ru agiu com dolo mediano, no justificando a valorao negativa da culpabilidade. tecnicamente primrio. No h elementos acerca da conduta social do acusado, tampouco sobre sua personalidade, motivo pelo qual deixo de valor-las. O motivo do crime j punido pelo prprio tipo penal, razo pela qual deixo de valor-lo. As circunstncias da prtica do delito so as comuns espcie. As consequncias do crime so graves, porm inerentes ao tipo penal. No h que se falar em comportamento da vtima. Por derradeiro, no existem nos autos elementos para se aferir a situao econmica do ru. vista das circunstncias analisadas individualmente, presente uma circunstncia desfavorvel, fixo a pena base em 07 (sete) anos e 06 (seis) meses de recluso, com pagamento de 725 (setecentos e vinte e cinco) dias multa, cada um em valor equivalente a um trigsimo do salrio mnimo vigente poca do fato delituoso, observado o disposto no art. 60 do Cdigo Penal. Ausentes causas de diminuio e aumento de pena. Crime de porte de arma de uso permitido e porte de arma de uso restrito Analisando as circunstncias do art. 59 do Cdigo Penal, verifico que o ru agiu com dolo mediano, no justificando a valorao negativa da culpabilidade. tecnicamente primrio. No h elementos acerca da conduta social do acusado, tampouco sobre sua personalidade, motivo pelo qual deixo de valor-las. O motivo do crime j punido pelo prprio tipo penal, razo pela qual deixo de valor-lo. As circunstncias da prtica do delito so as comuns espcie. As consequncias do crime so graves, porm inerentes ao tipo penal. No h que se falar em comportamento da vtima. Por derradeiro, no existem nos autos elementos para se aferir a situao econmica do ru. Porte de arma de uso permitido vista das circunstncias analisadas individualmente, ausentes circunstncias desfavorveis, fixo a pena base no mnimo legal, qual seja 02 (dois) anos de recluso, com pagamento de 10 (dez) dias multa, cada um em valor equivalente a um trigsimo do salrio mnimo vigente poca do fato delituoso, observado o disposto no art. 60 do Cdigo Penal. No concorrem circunstncias atenuantes nem circunstncias agravantes. Ausentes causas de diminuio e aumento de pena. Porte de arma de uso restrito vista das circunstncias analisadas individualmente, ausente circunstncias desfavorveis, fixo a pena base no mnimo legal, qual seja em 03 (trs) anos de recluso, com pagamento de 10 (dez) dias multa, cada um em valor equivalente a um trigsimo do salrio mnimo vigente poca do fato delituoso, observado o disposto no art. 60 do Cdigo Penal. No concorrem circunstncias atenuantes nem circunstncias agravantes. Ausentes causas de diminuio e aumento de pena. Aplicvel ao caso a regra do concurso material, pelo que, vista da prtica de dois delitos, fixo a pena, definitiva e concretamente, em 12 (doze) anos e 06 (seis) meses de recluso, com pagamento de 770 (setecentos e setenta) dias multa, mantendo o valor do dia multa fixado anteriormente. O regime inicial de cumprimento de pena ser o fechado, em observncia do art. 33, 2, a, CP. Verifico que, na situao em tela, no cabvel a aplicao da substituio da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, uma vez que o ru no preenche os requisitos do art. 44 do Cdigo Penal. Condeno o ru ao pagamento de custas e despesas processuais. O ru no poder recorrer em liberdade, pois entendo que subsistem os motivos que ensejaram a decretao da priso preventiva.

II- DA NO PARTICIPAO DO APELANTE NO EVENTO CRIMINOSO.

De uma anlise minuciosa dos autos, em todas as oportunidades que o acusado foi ouvido negou expressamente qualquer participao no transporte da referida droga, justificando, em sede policial e em juzo, que seria impossvel ser ele a pessoa que transportava a droga apreendida no dia 14 de setembro de 2014 no Rio Juru Mirim, isto porque nesta poca trabalhava como motorista no seu veculo saveiro, para a campanha a deputado federal Ilderlei Cordeiro, e j nas proximidades das eleies seria impossvel se ausentar de suas tarefas para ir e voltar de barco at o Peru atravs do Rio Juru Mirim, tendo em vista que para cumprir esse trajeto necessitaria de pelo menos 05 (cinco) dias. A testemunha MANOEL OLIVEIRA relatou em seu depoimento que era a pessoa responsvel pela fiscalizao dos que trabalhavam na campanha do candidato Ilderlei Cordeiro e que o acusado era um dos motoristas da campanha. Respondeu com certeza que via o acusado todos os dias de segunda a segunda e durante o perodo da campanha que jamais ficou sem v-lo por mais de um dia durante esse perodo. Esta testemunha afasta de forma concreta a autoria do delito do acusado, isto porque, durante a instruo com a oitiva das testemunhas, ficou provado que para ir e voltar na localidade em que a droga foi apreendida, durante o ms mais seco daquele rio, o ms de setembro, ele teria que se ausentar desta comarca por um perodo no inferior a quatro dias, o que, segundo esta testemunha, seria impossvel.

O acusado ainda fez juntar copias do contrato e das notas ficais de recebimento, comprovando desta forma que realmente estava prestando servios para o candidato na poca da apreenso da droga.No depoimento prestado pela testemunha MARLOM DA SILVA, diga-se de passagem que no policial mais foi arrolado pelo representante do Ministrio Pblico pode extrair que o barco que transportava a droga foi construdo por ele e depois vendido a duas pessoas que um abordaram na beira do rio e lhe ofereceram dinheiro pela compra. Salientou que um desses homens falava difcil e tinha sotaque que parecia de Peruano. Negou veementemente que alguma dessas pessoas tratava-se do acusado. Acrescentou ainda, que conhece bem o acusado e jamais nem mesmo ouvir falar que mexia com drogas.Fica claro que o representante do Ministrio Pblico pediu a condenao do Apelante, exclusivamente, nos depoimentos prestados por dois Policiais Federais (qual seja: IGOR FIUSA e CLEBER SHIGERO), salientando e juntado jurisprudncias no sentido de que a qualidade de policiais lhe concede valor probante quando estes depoimentos esto aliados as demais provas dos autos - que no discordamos. No entanto, deve ser observado que existe inmeros depoimentos contraditrios prestados pelos Policiais Federais com relao a vrios fatos e, principalmente, os seus depoimentos esto desaliados das demais provas dos autos com relao a autoria imputada ao Apelante.Em relao ao depoimentos prestados pela testemunha IGOR FIUSA, na opinio da defesa no restou comprovado a participao do Apelante, pois ao ser indagado pelo representante do Ministrio Pblico de como chegaram ao nome do Jos Maurene, afirmou apenas, que posteriormente, outros policiais estavam fazendo diligencias no centro de Cruzeiro do Sul, e identificaram Jos Maurene como sendo o condutor da embarcao, que somente em momento posterior ao chegar na delegacia que reconheceu o Apelante. Fato curioso, que ao ser perguntado se o Apelante estava de bon ou chapu no momento da abordagem, afirmou apenas que achava que estava um dos dois, mais ao ser perguntado se lembrava quem era, no soube confirmar dizendo que no lembrava. No sendo o suficiente, ao ser perguntado quem identificou o Apelante no momento da abordagem realizada na cidade de Cruzeiro do Sul, afirmou que no tem certeza quem foi.J a segunda testemunha CLEBER SHIGERO, foi ainda mais incoerente em seu depoimento afirmando que o Apelante era quem conduzia a embarcao de culos escuro mas no recordava se o mesmo estava de bon, logo em seguida, afirma que o Apelante estava de bon e que ao empregar fuga o bon caiu.Outro fato que chama ateno, foi o reconhecimento do Apelante que estava na outra margem do rio de culos escuros, bon e que na maior parte do tempo estava empreendendo fugo. Afirmou ainda que acha estranho e no sabe como o Apelante possui um veculo de aproximadamente 40 (quarenta mil) reais com equipamento de som e ainda possui um barco.Ora excelncias, os depoimentos dos Policiais Federais esto coberto pelo no manto da dvida e da incerteza podendo facilmente aferir inmeras incoerncia e contradies nos depoimentos prestados pelos policias que teriam reconhecido o acusado como sendo a pessoa que pilotava o barco na ocasio da apreenso das drogas e das ramas. sabido ainda, que vigora no sistema brasileiro o princpio segundo o qual a prova, para alicerar uma condenao, deve ser clara e indiscutvel, no bastando a probabilidade do delito e da autoria.Destarte, ningum pode ser condenado por simples presunes, uma vez que para o reconhecimento dos crimes imputado ao Apelante, exige-se provas seguras e concludentes.Nesse sentido, espera que o a sentena seja reformada e que Apelante seja absolvido por insuficincia de provas.No se pode, outrossim, fazer crer, como consignado na r. sentena vergastada, que a to s confirmao de o Apelante estar no cenrio dos fatos gera a responsabilidade penal a ttulo de co-autoria.Insta salientar, que existe apenas os depoimentos dos policias que indicam o Apelante como sendo a pessoa que estava pilotando o barco e que teria empreendido fugo momentos antes de ser abordado.A defesa entende, que mesmo que o Apelante estivesse na data dos fatos pilotando o barco, isso no significaria que a droga e as armas apreendidas seriam sua.Deve ser observado, que o Apelante pessoa integra e nunca teve qualquer problema com a justia de modo que estranho a condenao do mesmo, pois mesmo estivesse no local no a dvidas que estaria no mximo conduzindo o barco.Aqui, requer que no caso de ser mantida a sentena condenatria, responda apenas pelo transporte dos objetos apreendidos devendo ser observado o depoimentos contraditrios e a primariedade do Apelante.Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade. 1 Se a participao for de menor importncia, a pena pode ser diminuda ...

III- DO PEIDO

Em face do exposto, pugna a defesa:

1 - Pela ABSOLVIO do Apelante JOS MAURENE DOS SANTOS SILVA em razo da INEXISTNCIA DE PARTICIPAO DO MESMO NO EVENTO CRIMINOSO, com fincas no artigo 386, IV do Cdigo de Processo Penal;

SUPLETIVAMENTE.

2 - O reconhecimento da PARTICIPAO DE MENOR IMPORTCIA, aplicando-se a sano penal nos moldes do preceituado no artigo 29, 1., do Cdigo Penal; 3 - A MINORAO DA PENA, fixando-a em patamar justo, haja vista o excesso da reprimenda aplicada.

Termos em que pede juntada e provimento da presente Apelao.Nestes termos,Pede deferimento.Cruzeiro do Sul/AC, 25 de Junho de 2015. __________________________________LUIZ DE ALMEIDA TAVEIRA JUNIOR(OAB/AC, n: 4188)

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