modelagem e simulação do sistema de controle de uma micro turbina
DESCRIPTION
Projeto realiza a modelagem e simulação de um sistema de controle de uma micro turbina numa micro redeTRANSCRIPT
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Universidade Federal de Itajub
Dissertao de Mestrado
MODELAGEM E SIMULAO DO SISTEMA DE CONTROLE DE UMA MICRO-TURBINA A GS
MANUEL ARTURO RENDN MALDONADO
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Modelagem e Simulao do Sistema de Controle de uma Micro-Turbina a Gs
MANUEL ARTURO RENDN MALDONADO
Orientador: Prof. LUIZ EDIVAL DE SOUZA
Co-Orientador: Prof. MARCO A. ROSA DO NASCIMENTO
Dissertao apresentada Universidade Federal de
Itajub, para a obteno do ttulo de Mestre em
Cincias da Engenharia Eltrica na rea de
Concentrao Automao e Sistemas Eltricos Industriais.
ITAJUB
Estado de Minas Gerais Brasil
2005
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Agradecimentos
A Deus por ter me dado tudo.
Aos meus pais, por ter me brindado o seu apoio, carinho, exemplo e conselhos.
minha famlia, que tem me apoiado incondicionalmente, me fazendo sentir que os tenho
do meu lado sempre.
Aos meus orientadores Prof. Luiz Edival de Souza e Prof. Marco Antonio Rosa do
Nascimento por ter confiado em mim e ter me dado a chance de colaborar com eles.
Aos Prof. Pedro Paulo de Carvalho Mendes e Prof. Carlos Alberto Murari Pinheiro pelos
ensinamentos na finalizao do meu trabalho.
Aos meus amigos Cludio, Karina, Benjamin, Ricardo, Ramiro, Giancarlo e tantos outros
que me brindaram a sua amizade e os seus conselhos.
FINEP e CEMIG pelo apoio financeiro que possibilitou a realizao deste trabalho.
AGTHERMO pela colaborao no laboratrio.
Aos professores, funcionrios, colegas e a todos que, direta ou indiretamente, contriburam
para a realizao deste trabalho.
A toda a sociedade Itajubense, cidade qual estarei sempre agradecido por ter me
acolhido como um filho nesta terra longnqua.
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Resumo
RESUMO
As micro-turbinas so unidades de gerao distribuda que apresentam um
notvel potencial no mercado de energia eltrica no Brasil. Esse tipo de tecnologia
apresenta a capacidade de operar com diversos tipos de combustvel, como
gasolina, diesel, lcool, gs natural, biodiesel e gs de biomassa.
A modelagem e a simulao visam criar uma ferramenta para estudo de
modificaes no projeto da micro-turbina para ela operar com combustvel de baixo
poder calorfico.
Um sistema de instrumentao e aquisio de dados foi montado no
laboratrio para medir, armazenar e analisar as variveis do sistema controlador da
micro-turbina.
Partindo de um modelo padro presente na literatura, foram validados
modelos para os dois modos de operao da micro-turbina: Ligado na Rede (Grid
Connection) e Carga Isolada (Stand Alone). Os parmetros do modelo foram
obtidos utilizando uma ferramenta do MatLab chamada Ident onde trs tipos de
modelos foram testados: ARX, ARMAX e Box-Jenkins. O Ident utiliza o critrio de
Mnimos Quadrados para transformar os dados experimentais em funes de
transferncia em z. Programas foram desenvolvidos para transform-las em funes
de transferncia em s utilizando o critrio de Amostrador de Ordem Zero.
Os dados experimentais para a validao dos modelos foram obtidos de uma
Micro-Turbina a gs existente no Laboratrio Turbinas a Gs e Gasificao da
Biomassa do NEST (Ncleo de Excelncia em Sistemas Trmicos) - UNIFEI.
Os modelos apresentaram um desempenho aceitvel se so considerados
como uma proposta inicial sujeita a melhoras.
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Abstract
ABSTRACT
Micro-turbines are distributed generation devices that have shown a notable
potential in electric energy market in Brazil. This technology presents the
characteristic of operating with several kinds of fuel, like kerosene, diesel, alcohol,
natural gas, biodiesel and biomass gasification gas.
Modeling and simulation tend to create a tool for redesign the micro-turbine
project when it operates with fuel of low heat value.
Acquisition data system and instrumentation were mounted in the tests
laboratory to measure, store and analyze the micro-turbines control systems
variables.
A model found in the literature was used as initial reference, and models were
validated for two operation modes: Grid Connection and Stand Alone. The model
parameters were obtained using a MatLab Toolbox for Systems Identification called
Ident, where three types of models were validated: ARX, ARMAX and Box-Jenkins.
Ident uses Minimal Square Estimator to transform experimental data in transfer
functions in z domain. Programs were developed to transform it into transfer
functions in s domain using Zero Order Holder.
Experimental data for models validation were obtained from a Micro-Turbine
placed in the Gas Turbine and Gasification Laboratory of the NEST (Thermal
Systems Excellence Group) UNIFEI.
The obtained models presented an acceptable performance if they are
considered as an initial proposal subjected to improvements.
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Sumrio
SUMRIO
RESUMO.................................................................................................................... V ABSTRACT............................................................................................................... VI SUMRIO ................................................................................................................ VII SIMBOLOGIA ........................................................................................................... XI NDICE DE FIGURAS .............................................................................................XIV NDICE DE TABELAS ...........................................................................................XVII 1. INTRODUO.....................................................................................................1
1.1. CONSIDERAES GERAIS ................................................................................1
1.2. MERCADO DAS MICRO-TURBINAS .....................................................................2
1.3. MICRO-TURBINAS EXISTENTES NO MERCADO ....................................................3
1.4. OBJETIVO DO TRABALHO..................................................................................4
1.5. REVISO BIBLIOGRFICA..................................................................................5
1.5.1. Modelos de Controle de Turbina a Gs .................................................5
1.5.2. Ferramentas de Inteligncia Artificial .....................................................9
1.5.3. Modelos para Micro-Turbinas ..............................................................10
1.5.4. Outros Trabalhos Relacionados...........................................................11
1.6. ESCOPO DO TRABALHO..................................................................................13
2. CARACTERSTICAS BSICAS DAS TURBINAS A GS................................16 2.1. INTRODUO.................................................................................................16
2.2. COMPRESSOR...............................................................................................18
2.3. CMARA DE COMBUSTO ...............................................................................20
2.4. TURBINA .......................................................................................................22
2.5. TROCADOR DE CALOR ...................................................................................23
2.6. GERADOR ELTRICO......................................................................................24
2.7. SISTEMA DE CONTROLE .................................................................................25
2.8. CARACTERSTICAS TPICAS DE MICRO-TURBINAS .............................................25
3. DESCRIO DA MICRO-TURBINA ESTUDADA ............................................27 3.1. INTRODUO.................................................................................................27
3.2. ESPECIFICAES GERAIS - CTC (2000) .........................................................28
3.3. CARACTERSTICAS MECNICAS.......................................................................28
3.4. CARACTERSTICAS ELTRICAS........................................................................29
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Sumrio
3.4.1. Sistema Eletrnico ...............................................................................31
3.5. OPERAO EM MODO LIGADO NA REDE ..........................................................31
3.6. OPERAO EM MODO CARGA ISOLADA ...........................................................32
4. DESCRIO DO MODELO A SER USADO.....................................................33 4.1. INTRODUO.................................................................................................33
4.2. SISTEMA DE COMBUSTVEL.............................................................................35
4.3. CONJUGADO MECNICO.................................................................................35
4.4. VELOCIDADE ANGULAR ..................................................................................36
4.5. CONTROLADOR DE DEMANDA DE COMBUSTVEL ...............................................36
4.6. VELOCIDADE DE REFERNCIA .........................................................................37
4.7. SISTEMA ELETRNICO ...................................................................................37
4.8. CONJUGADO DA CARGA (MODO LIGADO NA REDE)...........................................37
4.9. TENSO DO GERADOR ...................................................................................39
4.10. CORRENTE DO GERADOR ...........................................................................39
4.11. CORRENTE DA CARGA................................................................................40
5. DESCRIO DO BANCO DE ENSAIO.............................................................41 5.1. INTRODUO.................................................................................................41
5.2. TCNICAS DE MEDIO DE TEMPERATURA E PRESSO ....................................46
5.2.1. Medio de Temperatura.....................................................................46
5.2.2. Medio de Presso ............................................................................50
6. IDENTIFICAO DO MODELO ........................................................................53 6.1. IDENTIFICAO DE SISTEMAS..........................................................................53
6.1.1. Conceitos Relevantes de Identificao de Sistemas, Aguirre [2000] ...53
6.1.2. Mtodos de Identificao de Sistemas, Aguirre [2000] ........................54
6.1.3. Modelos Discretos ...............................................................................54
6.1.4. Estimadores de Mnimos Quadrados...................................................58
6.1.5. Validao de um Modelo Matemtico ..................................................59
7. VALIDAO DO MODELO...............................................................................61 7.1. INTRODUO.................................................................................................61
7.2. PROCESSO DE VALIDAO .............................................................................63
7.3. MODO LIGADO NA REDE.................................................................................65
7.3.1. Sistema de Combustvel ......................................................................65
7.3.2. Conjugado Mecnico ...........................................................................68
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Sumrio
7.3.3. Velocidade Angular do Eixo.................................................................71
7.3.4. Sistema Controlador ............................................................................73
7.3.5. Velocidade Angular de Referncia.......................................................75
7.3.6. Sistema Eletrnico ...............................................................................76
7.3.7. Conjugado da Carga............................................................................78
7.4. MODO CARGA ISOLADA..................................................................................80
7.4.1. Sistema de Combustvel ......................................................................80
7.4.2. Conjugado Mecnico ...........................................................................83
7.4.3. Velocidade Angular do Eixo.................................................................84
7.4.4. Tenso do Gerador..............................................................................86
7.4.5. Corrente do Gerador............................................................................87
7.4.6. Sistema Controlador ............................................................................88
7.4.7. Corrente da Carga ...............................................................................90
7.4.8. Sistema Eletrnico ...............................................................................91
7.4.9. Conjugado da Carga............................................................................93
7.4.10. Controle de Acelerao....................................................................95
7.5. RESULTADOS DA VALIDAO ..........................................................................96
7.5.1. Modo Ligado na Rede..........................................................................96
7.5.2. Modo Carga Isolada.............................................................................96
8. ANLISE DO MODELO ....................................................................................97 8.1. MODO LIGADO NA REDE.................................................................................97
8.1.1. Vazo de Combustvel.........................................................................98
8.1.2. Conjugado Mecnico ...........................................................................98
8.1.3. Velocidade Angular..............................................................................99
8.1.4. Demanda de Combustvel ...................................................................99
8.2. MODO CARGA ISOLADA................................................................................100
8.2.1. Vazo de Combustvel.......................................................................101
8.2.2. Conjugado Mecnico .........................................................................101
8.2.3. Corrente do Gerador..........................................................................102
8.2.4. Demanda de Combustvel .................................................................102
9. CONCLUSES, OBSERVAES E RECOMENDAES PARA TRABALHOS FUTUROS........................................................................................104
9.1. CONCLUSES..............................................................................................104
ix
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Sumrio
9.2. OBSERVAES GERAIS................................................................................107
9.3. OBSERVAES NO MODO LIGADO NA REDE...................................................107
9.4. OBSERVAES NO MODO CARGA ISOLADA....................................................108
9.5. SUGESTES PARA TRABALHOS FUTUROS ......................................................108
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS.......................................................................111 APNDICE A PROGRAMAS DESENVOLVIDOS EM MATLAB ........................118 APNDICE B EXPERINCIAS E DIFICULDADES ENCONTRADAS................128
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Simbologia
SIMBOLOGIA
am& Vazo do ar de entrada [m3/h]
pf Presso do gs natural [Pa]
Tf Temperatura do gs natural [K]
fm& Vazo corrigida do gs natural [Nm3/h]
p1 Presso na entrada do compressor [Pa]
T1 Temperatura de entrada do compressor [K]
p2 Presso na sada do compressor [Pa]
T2 Temperatura na sada do compressor [K]
p3 Presso na entrada da turbina [Pa]
T3 Temperatura na entrada da turbina [K]
p4 Presso na sada da turbina [Pa]
T4 Temperatura na sada da turbina [K]
p5 Presso na sada do trocador de calor [Pa]
T5 Temperatura na sada do trocador de calor [K]
IC Eficincia isentrpica do compressor [adimensional]
IT Eficincia isentrpica da turbina [adimensional]
m Eficincia mecnica do eixo [adimensional]
g Eficincia do gerador [adimensional]
Taxa de calor especifico [adimensional]
r Razo de presso [adimensional]
t Razo de temperaturas [adimensional]
ptc/p Perdas de presso no trocador de calor [adimensional]
pcc/p Perdas de presso na cmara de combusto [adimensional]
CW& Potncia consumida pelo compressor [W]
TW& Potncia entregue pela turbina [W]
mW& Potncia til no eixo [W]
Tt Temperatura total [K]
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Simbologia
Ts Temperatura esttica [K]
Tv Temperatura dinmica [K]
v Velocidade do gs [m/s]
J Equivalente mecnico do gs (1000 N.m/kJ)
g Acelerao da gravidade [m/s2]
Cpa Calor especfico do ar a presso constante (1,005 kJ/kg K)
Cpg Calor especfico do gs a presso constante (1,148 kJ/kg K)
Fator de recuperao [adimensional]
Tpi Temperatura do gs estagnado [K]
K Fator de correo dinmico [adimensional]
Pr Nmero de Prandtl [adimensional]
pt Presso total [Pa]
ps Presso esttica [Pa]
pv Presso dinmica [Pa]
Velocidade angular [Rad/s]
ref Velocidade angular de referncia [Rad/s]
m Acelerao angular [Rad/s2]
ref Acelerao angular de referncia [Rad/s2]
m Conjugado mecnico [Nm]
L Conjugado da carga [Nm]
Pd Demanda de potncia [W]
Pg Potncia eltrica na sada do gerador [W]
Pi Potncia eltrica na sada do inversor (sada da mquina) [W]
Pe Potncia eltrica medida no painel [W]
u Demanda de combustvel vlvula [%]
y Posio da vlvula de combustvel [%]
Vd Tenso no eixo direto do gerador [V]
Vcc Tenso do barramento CC [V]
Ig Corrente CC do gerador [A]
Vbat Tenso da bateria [V]
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Simbologia
Ibat Corrente CC da bateria [A]
Ii Corrente CC na entrada do inversor [A]
IL Corrente consumida pelo sistema eletrnico da mquina [A]
Va Tenso da fase A na sada do inversor [V]
Vb Tenso da fase B na sada do inversor [V]
Vc Tenso da fase C na sada do inversor [V]
Ia Corrente da fase A na sada do inversor [A]
Ib Corrente da fase B na sada do inversor [A]
Ic Corrente da fase C na sada do inversor [A]
f Freqncia na sada da mquina [Hz]
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ndice de Figuras
NDICE DE FIGURAS
Figura 1 Modelo da Turbina a Gs (Rowen, 1983) ..................................................6
Figura 2 Esquemtico da Turbina a Gs com Trocador de Calor ..........................16
Figura 3 (a) Esquemtico, (b) Diagrama T-s da Turbina a Gs..............................17
Figura 4 Configuraes de Turbina a Gs de Ciclo Simples ..................................18
Figura 5 Esquemticos de Compressor Centrfugo................................................19
Figura 6 Compressor Axial .....................................................................................19
Figura 7 Cmara de Combusto Tipo Anular .........................................................21
Figura 8 (a) Turbina Centrpeta (b) Turbina Axial de 4 Estgios ............................22
Figura 9 Gerador de Magneto Permanente............................................................24
Figura 10 Esquemtico de Micro-Turbina com Ciclo Regenerativo........................25
Figura 11 Esquemtico da Micro-Turbina estudada...............................................27
Figura 12 Fluxo de ar dentro da Micro-Turbina ......................................................29
Figura 13 Sistema Eletrnico da Micro-Turbina .....................................................31
Figura 14 Modelo do Controlador no Modo Ligado na Rede..................................33
Figura 15 Bloco de Funo do Sistema de Combustvel........................................35
Figura 16 Funo Conjugado Mecnico.................................................................35
Figura 17 Bloco de Funo da Velocidade Angular ...............................................36
Figura 18 Bloco de Funo do Controlador............................................................36
Figura 19 Funo Velocidade Angular de Referncia ............................................37
Figura 20 Bloco de Funo do Sistema Eletrnico.................................................37
Figura 21 Funo Conjugado da Carga .................................................................38
Figura 22 Modelo do Controlador no Modo Carga Isolada.....................................38
Figura 23 Funo Tenso do Gerador ...................................................................39
Figura 24 Funo Corrente do Gerador .................................................................40
Figura 25 Funo Corrente da Carga.....................................................................40
Figura 26 Micro-Turbina e Controlador Lgico Programvel..................................41
Figura 27 Medio de Vazo de Gs .....................................................................42
Figura 28 Medio de Vazo de Ar ........................................................................42
Figura 29 Medio de Presso e Temperatura na Sada do Compressor .............43
Figura 30 Medio de Presso e Temperatura na Chamin..................................43
Figura 31 Medio de Potncia Eltrica e Painel de Carga Isolada.......................44
xiv
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ndice de Figuras
Figura 32 Placa de Comunicao da Micro-Turbina ..............................................44
Figura 33 Estao de Trabalho ..............................................................................45
Figura 34 Esquemtico da Posio dos Instrumentos na Micro-turbina.................45
Figura 35 (a) Sonda Tipo A; (b) Sonda Tipo B; (c) Fator de Recuperao ; (d)
Perda de Temperatura .......................................................................................49
Figura 36 (a) Sonda de Presso; (b) Sonda Tipo Comb Pitot (c) Diversas
Geometrias de Orifcios para Medir Presso Esttica........................................51
Figura 37 Sistema Digital com Amostrador de Ordem Zero ...................................55
Figura 38 Diagrama de Bloco da Funo de Transferncia ...................................56
Figura 39 Vazo de Gs Combustvel....................................................................66
Figura 40 Vazo de Gs Combustvel....................................................................67
Figura 41 Conjugado Mecnico em Funo da Vazo de Combustvel.................70
Figura 42 Velocidade Angular do Eixo ...................................................................72
Figura 43 Sinal de Demanda de Combustvel ........................................................74
Figura 44 Velocidade Angular de Referncia em Funo da Demanda de Potncia
...........................................................................................................................76
Figura 45 Potncia do Gerador ..............................................................................77
Figura 46 Potncia do Gerador ..............................................................................78
Figura 47 Conjugado da Carga em Funo da Demanda de Potncia do Gerador
...........................................................................................................................79
Figura 48 Vazo de Gs Combustvel....................................................................81
Figura 49 Vazo de Gs Combustvel....................................................................82
Figura 50 Conjugado Mecnico em Funo da Vazo de Gs ..............................83
Figura 51 Velocidade Angular do Eixo ...................................................................85
Figura 52 Tenso do Gerador em Funo da Velocidade Angular ........................86
Figura 53 Corrente do Gerador em Funo da Tenso .........................................87
Figura 54 Sinal de Demanda de Combustvel ........................................................89
Figura 55 Corrente da Carga em Funo da Demanda de Potncia .....................90
Figura 56 Potncia do Gerador ..............................................................................92
Figura 57 Potncia do Gerador ..............................................................................93
Figura 58 Conjugado da Carga em Funo da Potncia do Gerador ....................94
Figura 59 Demanda de Combustvel e Velocidade Angular ...................................95
Figura 60 Vazo de Combustvel Simulada e Real ................................................98
xv
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ndice de Figuras
Figura 61 Conjugado Mecnico Simulado e Real ..................................................98
Figura 62 Velocidade Angular Simulada e Real .....................................................99
Figura 63 Demanda de Combustvel Simulada e Real...........................................99
Figura 64 Vazo de Combustvel Simulada e Real ..............................................101
Figura 65 Conjugado Mecnico Simulado e Real ................................................101
Figura 66 Vazo de Combustvel Simulada e Real ..............................................102
Figura 67 Demanda de Combustvel Simulada e Real.........................................102
Figura 68 - Software do Fabricante para Operao da Micro-Turbina ....................128
Figura 69 - Placa de Comunicao da Micro-Turbina .............................................129
Figura 70 - Micro-Turbina de 60 kW........................................................................131
Figura 71 (a) Sonda de Presso Sada do Compressor, (b) Sonda de Temperatura,
(c) Sonda de Presso Entrada da Turbina .......................................................131
Figura 72 (a) Vazo de Combustivel, (b) Presso e Vazo no Ar de Entrada .....132
Figura 73 Monitoramento da Micro-Turbina no Software AIMAX .........................132
xvi
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ndice de Tabelas
NDICE DE TABELAS
Tabela 1 Algumas micro-turbinas existentes no mercado (obtido da Internet).........4
Tabela 2 Dados de Variao de Carga ..................................................................63
Tabela 3 Parmetros Obtidos na Validao do Modelo Ligado na Rede ...............96
Tabela 4 Parmetros Obtidos na Validao do Modelo Carga Isolada ..................96
Tabela 5 Parmetros de Avaliao do Modelo Ligado na Rede.............................97
Tabela 6 Parmetros de Avaliao do Modelo Carga Isolada..............................100
xvii
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Captulo 1 Introduo
1. INTRODUO
1.1. Consideraes Gerais
O crescimento na demanda de energia eltrica tem incrementado o interesse
por diminuir custos, otimizar a confiabilidade e disponibilidade dos sistemas de
gerao e distribuio e a procura por formas de gerao alternativa, especialmente
na rea de gerao distribuda. Alguns tipos de tecnologias de gerao distribuda
so o motor stirling, motor alternativo de combusto interna, turbinas elicas, clulas
de combustvel e micro-turbinas, Pilavachi [2002]. Em particular, esta dissertao
pretende apresentar uma contribuio na rea de micro-turbinas.
Micro-turbinas so turbo-geradores cuja faixa de potncia se encontra entre
15 e 300 kW, Gomes [2003]. Alm da gerao distribuda, elas podem ser usadas
para gerao de emergncia nos setores industrial, comercial e residencial. A
mudana na regulamentao do mercado eltrico vai aumentar o potencial deste
tipo de unidades geradoras. Porm, para que as micro-turbinas sejam atrativas
dentro do mercado de energia eltrica, o custo de gerao ainda precisa diminuir
muito. Se isso no acontecer, os usurios vo preferir obter energia da rede de
distribuio, e esse tipo de mquina vai ser confinado em um nicho de mercado
relativamente pequeno.
Vantagens das Micro-Turbinas, Scott [1998]:
Pequeno tamanho e pouco peso por unidade de potncia.
Pequeno nmero de partes mveis.
Baixa emisso de rudo. Baixa emisso de poluentes.
Capacidade de utilizar vrios combustveis: Diesel, querosene, gs
natural, biogs, etanol, gs de biomassa, etc.
Alta produo de calor re-aproveitvel.
Baixo custo de manuteno.
Baixo nvel de vibrao.
1
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Captulo 1 Introduo
Curto tempo de montagem e instalao.
Baixo consumo de leo lubrificante.
Desvantagens das Micro-Turbinas, Scott [1998]:
Relativamente baixa eficincia, (25-30%) a qual ainda diminui em carga
reduzida.
Uma usina constituda por vrias micro-turbinas requer um sistema de
sincronismo e controle de gerao individual de cada unidade para
produzir eletricidade.
As micro-turbinas ainda so mais caras que outros tipos de mquinas
equivalentes em potncia.
O tempo de retorno do investimento pode ser grande (at 6 anos).
No caso de mquinas alimentadas com gs natural, o acesso rede de
gs pode no ser fcil e existem ainda barreiras administrativas e
institucionais.
Embora existam desvantagens, o mercado das micro-turbinas apresenta-se
de interesse para a pesquisa e desenvolvimento.
1.2. Mercado das Micro-Turbinas
Este tipo de mquina pode ser usado na gerao de energia eltrica nos
casos de supresso de picos de tenso, gerao de emergncia, gerao remota,
produo combinada de energia eltrica e calor, etc., bem como uma fonte de
gerao de potncia mecnica.
As micro-turbinas alimentadas com gs de biomassa tm encontrado um
grande potencial de aplicao como unidade de gerao de energia eltrica nas
indstrias que produzem desperdcios de combustveis slidos, lquidos e gasosos e
em outras como as indstrias de papel e processamento de alimentos que tambm
produzem combustveis como subproduto.
2
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Captulo 1 Introduo
O custo de gerao por kW na maioria dos casos no competitivo. A maior
potencialidade das micro-turbinas est em sistemas de gerao combinada de
energia eltrica e calor (pelas siglas em ingls CHP). O gs na sada do exaustor
possui alta temperatura, e pode ser usado para produzir calor para processos
industriais ou aquecimento de reas confinadas. Um sistema de co-gerao
aproveita os gases quentes na sada do exaustor e assim melhora a eficincia
trmica do sistema. Dessa maneira possvel concorrer por uma frao do mercado
de gerao de energia.
Usando estas pequenas unidades de potncia a gerao combinada de
energia eltrica e calor aplicada no lugar onde a energia requerida, reduzindo
assim a necessidade de uma rede de distribuio, o impacto ambiental de grandes
usinas e a poluio trmica envolvida.
A utilizao e operao de micro-turbinas ainda no muito comum, existe a
necessidade de um domnio maior das caractersticas dinmicas de operao do
sistema. A seguir ser apresentado um tpico sobre o estado da arte de micro-
turbinas.
1.3. Micro-Turbinas Existentes no Mercado
Existem micro-turbinas no intervalo de 15 at 300 kW (Tabela 1), porm esto
em desenvolvimento mquinas com potncia de at 500 e 1000 kW, Pilavachi
[2002]. A tendncia a produo combinada de energia eltrica e trmica, com
sistemas integrados para satisfazer a demanda de sistemas de calor ou esfriamento.
As maiores empresas construtoras de micro-turbinas encontram-se nos
Estados Unidos, mas existem vrios projetos em desenvolvimento na Europa e no
Japo.
3
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Captulo 1 Introduo
Tabela 1 Algumas micro-turbinas existentes no mercado (obtido da Internet)
MARCA MODELO PAS POTNCIA COMBUSTVEL EFICINCIA
Capstone C30 C60
US 30 kW 60 kW
Diesel, Biogs, Gs Natural
26% 28%
Elliot TA 80R US 80 kW Gs Natural 28%
Ingersoll Rand
MT70 MT250
US 70 kW 250 kW
Gs Natural 28% 29%
Avon Aero T-62T-32 US 60 kW Gasolina, Kerosene, JP-4
Bowman TG-80-RCG UK 80 kW Gs Natural 28%
Kawasaki GPS250 Japo 250 kW Gs Natural
Turbec T100-CHP Sucia 100 kW Gs Natural 30%
Honeywell - US 75 kW Gs Natural 24%
Turbo Genset
TG50 Frana 50 kVA Gs Natural
Melhorar o rendimento do ciclo da turbina ser o maior objetivo nos prximos
anos. O objetivo do programa dos Estados Unidos para micro-turbinas produzir
projetos no poluentes e altamente eficientes, com as seguintes metas, Scott
[1998]:
Alta eficincia No mnimo 40%
Superioridade ambiental Emisses de NOx menores que 7 ppm
Durabilidade Projetado para 11000 horas de operao entre
inspees e vida til de pelo menos 45000 horas.
Econmicas com custos menores que $500 por kW
1.4. Objetivo do Trabalho
Este trabalho visa obter o modelo matemtico e os valores dos parmetros do
controlador da micro-turbina nos modos Ligado na Rede e Carga Isolada. O modelo
4
-
Captulo 1 Introduo
do controlador permitir avaliar o comportamento da micro-turbina para diferentes
regimes de operao e prever modificaes para operar com combustveis de baixo
poder calorfico. Definir a lgica de controle de cada modo tambm parte desta
proposta. O controlador de pulsos de disparo no foi considerado como parte desta
dissertao. As validaes dos modelos de controle foram obtida no Laboratrio de
Turbinas a Gs e Gaseificao da Biomassa do IEM UNIFEI.
1.5. Reviso Bibliogrfica
O critrio inicial para a pesquisa bibliogrfica foi a procura por modelos de
controle para turbinas a gs em geral. Uma vez obtidos vrios modelos foi
selecionado um que serviria como modelo padro e que seria modificado para se
ajustar s caractersticas prprias da micro-turbina estudada.
No existem muitos modelos de controle de turbina divulgados na literatura, e
os existentes tm se concentrado em aplicaes para turbinas de grande porte.
Conforme identificado na pesquisa bibliogrfica realizada e exposta nos prximos
itens, no existem trabalhos especficos sobre controlador de sistema de
combustvel de micro-turbina que ofeream parmetros para simulao.
1.5.1. Modelos de Controle de Turbina a Gs
No levantamento do estado da arte, o foco de interesse foi identificar os
trabalhos voltados para a utilizao de micro-turbina a gs na gerao de energia
eltrica. Em particular foram selecionados artigos que tratavam da modelagem do
sistema de combustvel das micro-turbinas.
O modelo mais difundido descrito em um artigo de Rowen [1983]. uma
proposta simplificada muito til para anlise da resposta da mquina quando se
encontra ligada a grandes redes de potncia. Este modelo foi tomado como padro,
e submetido a modificaes para tentar ajust-lo caracterstica de velocidade
varivel e sistema conversor eletrnico caractersticos da mquina estudada. Por
este motivo este modelo ser apresentado de uma forma mais detalhada.
5
-
Captulo 1 Introduo
O modelo aplicvel para mquinas de 18 MW at 106 MW que funcionam a
rotao constante. vlido em um intervalo de 95 e 107% da velocidade angular,
trabalha no regime permanente da mquina e inclui controles de velocidade,
temperatura e acelerao, e limites superior e inferior para a vazo de combustvel.
Na Figura 1 observam-se estes trs tipos de controles no bloco de valor
mnimo, na parte esquerda do diagrama de blocos. A funo do bloco de controle
de valor mnimo determinar qual tipo de controle ser preponderante na definio
da demanda de combustvel.
Figura 1 Modelo da Turbina a Gs (Rowen, 1983)
O controle de velocidade pode ser do tipo iscrono e por queda de
velocidade. Isto determinado pelos parmetros do bloco Regulador de Velocidade
que se observa na Figura 1. O controle de temperatura uma forma de limitar a
potncia da turbina baseado em restries trmicas das partes mecnicas e impedir
a reduo da vida til da mquina. O controle de acelerao usado para limitar a
6
-
Captulo 1 Introduo
razo de acelerao do rotor, diminuindo os esforos mecnicos durante o arranque,
reduzindo a vazo de combustvel e limitando a tendncia sobre-velocidade.
O limite superior de combustvel (bloco de Saturao Figura 1) age como um
auxlio ao controle de temperatura. O limite inferior mantm a vazo de combustvel
em um nvel adequado para garantir que a chama seja mantida na cmara de
combusto.
Pode-se observar nos Detalhes 1 e 2 que o conjugado mecnico e a
temperatura na sada da turbina so lineares com respeito vazo de combustvel e
velocidade angular. Quando a turbina est ligada a grandes redes de potncia o
modelo pode ser simplificado para facilidade do estudo.
O artigo de Schobeiri [1985] apresenta uma simulao dos diferentes
processos transitrios de dois tipos de turbinas industriais Brown Boveri. O estudo
est baseado nas leis da conservao de massa e energia. A simulao foi
comparada com testes feitos em laboratrio. Para fazer a modelagem, cada parte
da turbina representada por um bloco, e a dinmica de cada bloco provm das leis
mencionadas. Este tipo de modelagem precisa de uma ferramenta computacional
devido complexidade numrica das equaes envolvidas.
Guan [1987] prope um mtodo chamado Spare Parts (peas
sobressalentes). Utiliza um software que simula uma instalao de teste para
turbinas de avio operando em condies reais de vo. O autor sugere que o
trabalho pode ser usado para modelagem e simulao de turbinas a gs ou sistemas
de controle de processos industriais.
O artigo de Hung [1991] um modelo completo da dinmica de uma turbina a
gs de dois eixos (compressor - turbina e turbina livre). Um conjunto de equaes
laplacianas criado, usando as variveis: vazo de combustvel, velocidade do eixo
da turbina, presso de descarga do compressor, presso e temperatura do exaustor,
e potncia do gs no exaustor. Uma tcnica de mnimos quadrados usada para
achar os parmetros que caracterizam a dinmica da turbina.
7
-
Captulo 1 Introduo
Rowen [1992] faz uma adaptao do seu primeiro modelo de controle para
turbinas a gs de eixo simples com carga mecnica varivel. Inclui um novo
elemento de controle, a paleta guia de entrada no compressor (Inlet Guide Vane
IGV). Este tipo de configurao existe para otimizar o rendimento em turbinas de
grande porte. A IGV modifica a geometria interna do compressor alterando a vazo
de gs para manter a temperatura dos gases de exausto no valor mximo a carga
parcial. Assim se melhora a eficincia do sistema quando se quer aproveitar o calor
dos gases exaustos. O artigo fornece parmetros para os diferentes modelos de
turbinas General Electric.
Em Rowen [1988] se apresentam as caractersticas operativas de turbinas a
gs fazendo ajustes ao modelo de controle para variaes de temperatura e presso
ambiental. So fornecidas tabelas de valores para ajustar a vazo de ar de entrada,
a potncia, o torque, a vazo de combustvel e a temperatura do exaustor.
Hannett [1993] utiliza o modelo de Rowen e compara a simulao com os
dados obtidos de um sistema eltrico no Alaska. Utiliza dois tipos de controle de
velocidade: controle avano-atraso e controle PID (proporcional integral -
derivativo). Para determinar os parmetros no diagrama de blocos mediram-se as
variveis no regime permanente e efetuaram-se provas de variao de carga. Em
outro trabalho, Hannett [1995] faz algo parecido para uma turbina a gs de dois
eixos. Uma modificao no modelo feita para considerar o lao de controle de
velocidade da turbina livre.
Gomma [1999] descreve um controle robusto de uma turbina a gs de 1,5
MW. Um controle tipo H (Skogestad, 1996) ensaiado, e comparado com o
modelo simplificado de um controlador PI (proporcional integral). Alguns
parmetros do modelo obtido so apresentados.
McMorran [1970] utiliza um modelo espao de estado de quarta ordem da
turbina a gs. expresso em forma matricial, e a matriz do controlador achada
usando o mtodo de Nyquist invertido. Os resultados so comparados com
alocao de plos e teoria de controle timo.
8
-
Captulo 1 Introduo
Bozzi [2003] apresenta um modelo matemtico para turbina a gs de dois
eixos. Parte do equacionamento termodinmico para criar o diagrama de blocos. O
modelo transformado em equaes laplacianas e depois simplificado. O
conjunto de equaes apresentadas no apndice do artigo muito interessante para
analisar como se relacionam as variveis da turbina.
Brusca [2003] apresentou no seu artigo uma simulao de uma turbina a gs
feita no software Gate Cycle. O modelo foi ajustado utilizando dados experimentais,
e estuda a possibilidade de operar a turbina em diferentes condies ambientais e
diversos combustveis.
Daley [1994] apresenta um controle adaptativo tipo espao de estado. O
modelo foi obtido linearizando o modelo termodinmico de uma turbina de trs eixos.
Os parmetros do modelo linearizado foram obtidos para vrios pontos de operao.
Ferreira [2001] descreve com detalhes um controlador de velocidade de uma
turbina a gs que logo submetido a simulao. Prope a aplicao do modelo no
estudo do impacto desse tipo de unidades de gerao no Brasil.
1.5.2. Ferramentas de Inteligncia Artificial
Nos ltimos anos tm se utilizado ferramentas de inteligncia artificial para
otimizar os modelos clssicos de controle de turbinas a gs. Estas ferramentas tm
apresentado boa funcionalidade para sistemas como o da turbina a gs que
significativamente no-linear.
Jurado [2000] modifica o modelo de Rowen com dois blocos Fuzzy cujos
ganhos so ajustados usando redes neurais. Tem duas variveis de controle:
Potncia mecnica e velocidade angular.
Silva [1998] utiliza Variable Complexity Modelling - VCM (Modelagem de
Complexidade Varivel) e Multiobjective Genetic Algorithm - MOGA (Algoritmos
Genticos de Objetivos Mltiplos) para reduzir a complexidade computacional na
9
-
Captulo 1 Introduo
avaliao de diferentes modelos de controle de turbina a gs em engenharia de
projeto.
Guasch [2000] utiliza Conhecimento Baseado em Casos para fazer
diagnstico de falhas em sistemas de gerao com turbina a gs. Usando os dados
experimentais de operao da turbina foi criado um sistema automtico de gerao
de relatrios de falha para ajudar o operador a detectar o problema. usada a
informao do sistema de controle para detectar falhas internas no sistema de re-
alimentao de sinais no sub-sistema da turbina.
Dodd [1997] apresenta um controle de turbinas a gs usando redes neurais.
O modelo pretende manipular a vazo de combustvel, o sistema de injeo de
combustvel e a paleta guia do compressor para controlar o conjugado da turbina.
Ajustes nos parmetros do modelo so feitos com o sistema em operao,
garantindo um melhor desempenho em diferentes condies de operao.
Lown [1997] mostra a aplicao de um sistema controlador de turbina a gs
tipo lgica Fuzzy adaptativa. Oferece um algoritmo para treinar o modelo Fuzzy e
mostra reduo no nmero de clculos e convergncia nos resultados.
1.5.3. Modelos para Micro-Turbinas
Existem dois modelos sobre micro-turbinas: O controlador do sistema de
combustvel e o controlador do sistema retificador-inversor eletrnico.
O primeiro estuda o controle da velocidade angular do eixo da mquina
mediante o ajuste na vazo de combustvel. O segundo regula a emisso de pulsos
de disparo do retificador-inversor eletrnico que uma caracterstica comum neste
tipo de mquinas.
Existem poucos artigos nesta rea, que no oferecem parmetros para
alimentar o modelo numa simulao.
No trabalho de Haugwitz [2002] pode se achar um modelo muito rigoroso. O
modelo simula cada uma das partes da micro-turbina, utilizando equaes de
10
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Captulo 1 Introduo
balano trmico em cada ponto. aplicvel se quiser fazer engenharia de projeto
do sistema. A simulao feita em um software chamado Modelica.
Al-Hinai [2002] divide o controle de micro-turbina em quatro partes: a
mquina, o gerador de magneto permanente, o retificador trifsico CA/CC e o
inversor de potncia CC/CA. Utiliza blocos do Simulink-MatLab especficos para
simulao de sistemas eletrnicos para montar e simular o modelo. O sinal na sada
do inversor filtrado de harmnicos utilizando um filtro tipo LC (indutor-capacitor).
Lasseter [2001] oferece um modelo de controle da corrente de carga de uma
micro-turbina com conversor eletrnico. Este modelo um dos poucos presentes na
literatura aplicvel especificamente a micro-turbina. O diagrama de blocos obtido
partindo de equaes do sistema eletrnico do retificador-inversor.
Banetta [2001] estuda um modelo em Simulink de uma planta de co-gerao
com micro-turbina. Estuda o desempenho deste sistema quando ligado na rede de
potncia, tanto em operao normal, quanto ao ser sujeito a algum distrbio.
Mllerstedt [2000] oferece um artigo muito completo sobre o controlador de
pulso de disparo do retificador-inversor eletrnico. O sistema monitora
constantemente a potncia ativa, reativa e a tenso de referncia para ajustar o
comando de emisso de pulsos. Um ajuste feedforward feito medindo a variao
na tenso da rede e na corrente de sada do gerador. Um ajuste adicional por retro-
alimentao (feedback) feito monitorando a variao entre a tenso CC do
barramento e a corrente CA na sada do inversor.
1.5.4. Outros Trabalhos Relacionados
Boaghe [2000] utiliza um modelo NARMAX (Modelo Mdio de Movimento
Auto-Regressivo No-linear com Entradas Exgenas) para a anlise de uma turbina
a gs. estudada no domnio do tempo e da freqncia a relao vazo de
combustvel versus velocidade de rotao.
11
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Captulo 1 Introduo
Gomatom [2002] analisa o impacto de certas caractersticas do combustvel
na performance e no rendimento econmico das micro-turbinas. Restries de
qualidade so impostas nos parmetros do combustvel e no sistema de gerao de
energia eltrica.
Hamilton [1999], apresenta um projeto de um sistema de gerao hbrido com
clula de combustvel substituindo a cmara de combusto de uma micro-turbina.
Em outro artigo de Hamilton [2000] se descreve o projeto do estudo de sistemas de
gerao com vrias micro-turbinas em paralelo.
Costamagna [2001] tambm apresenta a anlise do projeto de um sistema
hbrido de clula de combustvel e micro-turbina. Um modelo do sistema hbrido
apresentado, considerando a caracterstica de velocidade varivel da micro-turbina.
O sistema apresenta uma eficincia superior a 50% em carga parcial e de at 60% a
plena carga.
Yacobucci [1991] apresenta os componentes fsicos do controle de uma
turbina General Electric Frame 5. Descreve tambm as melhoras obtidas com a
substituio do antigo controle analgico por um sistema de controle digital
Woodward.
Johnson [1996] mostra um resumo das principais caractersticas do sistema
de controle das turbinas GE de grande porte, chamado SPEEDTRONIC, com
detalhes dos componentes principais de hardware e software.
Rowen [1995] oferece um artigo mostrando as caractersticas de turbinas a
gs e vapor de grande porte ligadas na rede de potncia, frente a variaes
repentinas de carga. Faz um estudo dos requerimentos de resposta exigidos pela
National Grid Company nos Estados Unidos.
Etezadi-Amoli [2001] apresenta a anlise do desempenho de uma micro-
turbina a gs de 30 kW. A mquina foi estudada operando conectada na rede de
potncia, e tambm operando isolada com uma carga varivel e um motor de 15
kVA. Anlises de rudo, poluio, eficincia e harmnicos so apresentados.
12
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Captulo 1 Introduo
Gomes [2003] apresenta uma anlise econmica do custo de gerao e o
retorno no investimento usando micro-turbinas 30 kW em diferentes regies do
Brasil. Concluses interessantes sobre as possibilidades de investimento em
gerao distribuda so mostradas.
Jurado [2004] simula uma planta formada de 20 micro-turbinas de 100 kW
cada uma, alimentadas com gs de biomassa, que possuem uma dinmica igual e
geram em quantidades iguais. O autor sugere que esse sistema pode operar
satisfatoriamente em condies normais, dizer, sem a presena de distrbios
significativos na rede. Porm, no est livre de se afetar por variaes na tenso
quando se encontrar conectado na rede de potncia.
1.6. Escopo do Trabalho
Esta dissertao organizada da seguinte forma:
Captulo 1 Introduo
apresentada a motivao para este trabalho, o que tem sido
divulgado na literatura nesta rea, e os tipos de micro-turbinas existentes.
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
So descritos os elementos principais da turbina a gs e as
caractersticas particulares das micro-turbinas.
Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
A mquina estudada descrita em suas caractersticas mecnicas,
eltricas e de operao.
Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
Modelos para os modos Ligado na Rede e Carga Isolada so obtidos a
partir do modelo padro (Rowen [1983]), fazendo adaptaes que so
explicadas neste Captulo. Os blocos de cada modelo so descritos em
13
-
Captulo 1 Introduo
detalhe, incluindo a caracterstica da funo de transferncia a ser calculada
em cada caso.
Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
So descritos os instrumentos, o sistema de aquisio de dados e o
software para armazenamento e edio dos dados. Tambm so descritas
tcnicas recomendadas para a medio de presso e temperatura aplicados
micro-turbina.
Captulo 6 Identificao do Modelo
apresentado um resumo terico de Identificao de Sistemas,
mencionando-se a metodologia utilizada, os tipos de modelos existentes e o
critrio de Estimador de Mnimos Quadrados empregado para a obteno dos
parmetros.
Captulo 7 Validao do Modelo
mostrada a lista das variveis que foram medidas, tanto pelo sistema
do CLP (controlador lgico programvel), quanto pelo sistema da micro-
turbina. apresentada a validao de cada bloco do modelo tanto no modo
Ligado na Rede quanto no modo Carga Isolada. Os parmetros obtidos na
validao so mostrados no final do Captulo.
Captulo 8 Anlise do Modelo
Todos os blocos do modelo so reunidos num modelo nico que
simulado no Simulink do MatLab para a sua anlise. Algumas variveis do
modelo so monitoradas para compar-las com os dados experimentais.
14
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Captulo 1 Introduo
Captulo 9 Concluses, Observaes e Recomendaes para Trabalhos Futuros
Concluses gerais so apresentadas neste Captulo. Observaes
para cada modo de operao so includas. Recomendaes para futuros
desenvolvimentos so anotadas.
15
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
2. CARACTERSTICAS BSICAS DAS TURBINAS A GS
2.1. Introduo
A turbina a gs composta basicamente de 3 partes como mostra a Figura 2:
Compressor
Cmara de Combusto
Turbina
Figura 2 Esquemtico da Turbina a Gs com Trocador de Calor
O sistema controlador pode ser considerado tambm como parte adicional da
turbina.
O principio bsico de funcionamento pode ser visto no ciclo de Brayton
(Figura 3-b), onde podem se apreciar as perdas de presso na cmara de
combusto e no exaustor, e a irreversibilidade dos processos de compresso e
expanso (linhas tracejadas), Silva [2004].
16
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Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
(a) (b)
Figura 3 (a) Esquemtico, (b) Diagrama T-s da Turbina a Gs
O sistema da turbina funciona assim: O fluido de trabalho comprimido pelo
compressor (1-2), passando para a cmara de combusto, onde recebe energia do
combustvel, aumentando sua temperatura (2-3). Logo direcionado para a turbina,
onde expandido (3-4). Parte da potncia consumida pelo compressor e o
restante entregue ao eixo como potncia til. A irreversibilidade de compresso e
expanso aumentam a potncia absorvida pelo compressor e diminuem a potncia
fornecida pela turbina, resultando em uma reduo da potncia til do ciclo como
mostra a Figura 3-b.
Existem dois tipos de turbinas a gs: Aero-derivativas e Industrial. As
primeiras so constitudas de um gerador de gs de turbina aeronutica e uma
turbina livre ou de potncia. O gerador de gs modificado para queimar
combustveis industriais. Caracterizam-se por serem mais eficientes, possuir maior
confiabilidade, ocupar pouco espao, utilizar cmara de combusto tipo anular,
menor relao peso/potncia e flexibilidade na manuteno, Silva [2004].
As turbinas tipo industrial foram projetadas para aplicao estacionria e so
conhecidas pela sua robustez, flexibilidade no uso de combustvel, alta
confiabilidade e baixo custo.
17
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Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
Figura 4 Configuraes de Turbina a Gs de Ciclo Simples
Existem configuraes da turbina a gs de um, dois e trs eixos, com ou sem
turbina livre (Figura 4). Na configurao sem turbina livre, parte da potncia da
turbina fornecida ao compressor e o restante ao eixo. muito utilizada em
operao que exige velocidade e carregamento constante, como o caso da
gerao eltrica, Silva [2004]. A finalidade de ter mais de um eixo aumentar a
estabilidade da mquina, tentando impedir que ela entre na regio do surge do
compressor. A configurao com turbina livre e gerador de gs pode ser utilizada
para aplicaes industriais ou aeronuticas. O uso de vrios eixos recomendado
para razo de presso acima de 8:1, porm, existem turbinas a gs de um eixo com
razo de presso 15:1, que usam paletas variveis no compressor (IGV) para
manter a operao da turbina quando h variao de carga.
A eficincia das turbinas a gs de pequena potncia muito menor do que as
de maior porte, devido limitao da temperatura de entrada e baixa eficincia de
seus componentes. A variao na configurao da turbina a gs implica em variar
sua complexidade de operao e conseqentemente o seu sistema de controle.
2.2. Compressor
A funo do compressor elevar a presso do ar utilizando parte da potncia
entregue pela turbina. Existem dois tipos de compressor: Centrfugo e Axial. O
18
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Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
primeiro mais usado em micro-turbinas (potncia de 30 e 500 kW). Trabalha com
pequenas e mdias vazes de ar e com razo de compresso tpica de 3:1 podendo
chegar a 12:1 em modelos experimentais. Consiste de um rotor e uma carcaa que
contm um difusor (Figura 5). O ar aspirado impulsionado ao longo do rotor devido
sua alta rotao. A velocidade do fluido convertida em presso no mesmo rotor.
Na sada do compressor, o difusor converte outra parte dessa energia cintica em
presso, Silva [2004].
Figura 5 Esquemticos de Compressor Centrfugo
Compressores axiais so capazes de alcanar altas razes de presso com
eficincias relativamente altas, e por isso so usados em turbinas de maior porte
(Figura 6).
Figura 6 Compressor Axial
19
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Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
A temperatura na sada do compressor pode ser estimada usando a seguinte
equao:
)1(1111
212
+=
ppTT
IC
1
onde:
p1 Presso na entrada do compressor
T1 Temperatura de entrada do compressor
p2 Presso na sada do compressor
T2 Temperatura na sada do compressor
Expoente da isentrpica
IC Eficincia isentrpica do compressor
A eficincia isentrpica do compressor IC est normalmente ao redor de 0,85
em turbinas de grande porte, Saravanamutto [2001], mas pode diminuir para
mquinas de pequena capacidade.
A potncia consumida pelo compressor dada pela equao:
[ ]&
am&
CW&
)2(12 TTCpmW aaC = &
onde:
Vazo do ar de entrada
Potncia consumida pelo compressor
Cpa Calor especfico do ar a presso constante
2.3. Cmara de Combusto
Tem a finalidade de queimar o combustvel fornecido pelo bico injetor,
utilizando uma grande quantidade de ar proveniente do compressor, e liberar calor
para que o ar seja expandido e acelerado contra as paletas da turbina. Tudo isto
20
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
com uma mnima perda de presso e mxima eficincia. A perda de presso em
relao presso de sada do compressor p
ccp cerca de 0,02.
A presso na sada da cmara de combusto e entrada da turbina pode ser
obtida assim:
)3(11 23 ppp
ppp cctc
=
onde:
pptc Perdas de presso no trocador de calor
ppcc Perdas de presso na cmara de combusto
p3 Presso na sada da cmara
Para alimentar a cmara de combusto so utilizados diversos tipos de
combustvel, liquido e gasoso, e diversos sistemas de injeo, alguns utilizam gua
em forma de partculas para manter a temperatura de combusto em um nvel
inferior onde se produzem gases poluentes. A combusto produz uma elevao da
temperatura do gs mantendo a presso aproximadamente constante. A
temperatura mxima limitada pelo material das ps da turbina. A cmara de
combusto deve ser capaz de realizar uma combusto estvel e eficiente em toda a
faixa de operao.
Figura 7 Cmara de Combusto Tipo Anular
21
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
2.4. Turbina
A turbina fornece potncia para acionar o compressor e o gerador eltrico que
est acoplado ao conjunto compressor-turbina, chamado comumente de spool
(carretel). Extrai energia dos gases quentes que deixam a cmara de combusto e
os expande para uma presso e temperatura mais baixas. O escoamento contnuo
da turbina pode ter uma temperatura de entrada entre 1123 e 1973 K. A turbina
pode ser radial ou axial com vrios estgios. Cada um desses estgios possui um
estator e um rotor. O nmero de estgios depende da relao entre a potncia
necessria, a rotao e o dimetro.
(a) (b)
Figura 8 (a) Turbina Centrpeta (b) Turbina Axial de 4 Estgios
A temperatura na sada da turbina pode ser estimada usando a equao:
22
)4(11
1
4
334
=
ppTT IT
onde:
IT Eficincia isentrpica da turbina
T3 Temperatura na entrada da turbina
T4 Temperatura na sada da turbina
p4 Presso na sada da turbina
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
Os valores de eficincia isentrpica da turbina IT esto ao redor de 0,88 para
mquinas de potncia elevada, Saravanamutto [2001], mas diminui em mquinas de
pequena potncia. A potncia entregue pela turbina dada pela equao:
[ ]&
TW&
)5(43 TTCpmW ggT = &
onde:
gm& Vazo do gs
Potncia entregue pela turbina
Cpg Calor especfico do gs a presso constante
A potncia til obtida retirando a potncia do compressor da potncia da
turbina, considerando a eficincia mecnica do eixo m (perdas por atrito):
)6(
=
m
CTm
WWW
&&&
onde:
mW& Potncia til no eixo
m Eficincia mecnica do eixo
Algumas turbinas a gs possuem tambm um trocador de calor na sada do
exaustor.
2.5. Trocador de Calor
As micro-turbinas possuem um trocador de calor para aproveitar a energia
trmica dos gases que saem da turbina e aquecer o ar antes de entrar na cmara de
combusto. Isto incrementa a eficincia trmica do sistema, ao diminuir a
quantidade necessria de combustvel no processo de gerao. Existe uma perda
relativa de presso (pptc ) do lado do compressor e do lado do exaustor, que
aproximadamente 0,05.
23
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
A presso na sada da turbina antes do trocador de calor dada por:
)7(1
54 pp
ptc
=p
TW& mW&
onde:
p5 Presso na sada do trocador de calor
Os valores de T2, , pCW& 3, T3, , e p4, a pesar de no ser utilizados no
modelamento, serviram para obter o conjugado mecnico m como se explicar no
Captulo 7.
2.6. Gerador Eltrico
Est acoplado ao eixo da turbina, e tipicamente um gerador sncrono de
plos lisos de 2 ou 4 plos. A velocidade de rotao para turbinas de grande porte
de 1800 ou 3600 rpm. J as micro-turbinas giram a uma velocidade muito maior,
chegando a 120000 rpm. Neste caso preciso reduzir a freqncia de gerao
utilizando redutores mecnicos ou conversores eletrnicos CA/CA. O valor tpico de
eficincia para esse tipo de gerador g est entre 0,96 e 0,98.
MAGNETO PERMANENTE
Figura 9 Gerador de Magneto Permanente
24
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
2.7. Sistema de Controle
Existem vrias etapas no controle das turbinas a gs, controle na seqncia
de partida, na seqncia de parada e controle em regime de operao permanente.
Existe tambm monitoramento de sinais de alarme que desligam a mquina:
sensores de gs, chama, vibrao, baixa presso de leo lubrificante, sinais de
sobre e baixa tenso, corrente reversa, etc. interesse desta dissertao estudar o
controle do sistema de combustvel no regime permanente de operao da micro-
turbina. A varivel controlada no modo Ligado na Rede a velocidade angular, e no
modo Carga Isolada a corrente do gerador. A micro-turbina apresenta tambm um
controlador do sistema eletrnico de potncia, cujo estudo no forma parte deste
trabalho.
2.8. Caractersticas Tpicas de Micro-Turbinas
A maior parte das micro-turbinas existentes tem a sua origem na indstria
militar e aeroespacial.
Figura 10 Esquemtico de Micro-Turbina com Ciclo Regenerativo
O sistema de eixo simples com recuperao est mostrado na Figura 10,
Pilavachi [2002] e funciona assim: O ar de entrada (1) comprimido (2) e
25
-
Captulo 2 Caractersticas Bsicas das Turbinas a Gs
conduzido atravs do trocador, onde ganha calor dos gases na sada da turbina
antes de entrar na cmara de combusto. Na cmara de combusto o combustvel
injetado a alta presso e os gases resultado da combusto (3) so expandidos
atravs da turbina. Ela extrai a energia e a usa para fazer girar o compressor e o
gerador eltrico montados no eixo. Nas micro-turbinas mais modernas o gs
que sai da turbina passa atravs de um trocador de calor entregando calor ao ar que
sai do compressor, e assim incrementa a sua eficincia. Os gases exaustos (4)
passam no trocador de calor antes de sair na atmosfera.
A eficincia das micro-turbinas mais baixa que a de sistemas concorrentes
de gerao eltrica. Porm, para aplicaes tais como gerao de emergncia,
onde o tempo de operao relativamente curto, o custo do combustvel
secundrio, e onde outros fatores tais como a facilidade de montagem e
manuteno so importantes, este tipo de gerador pode ser usado com vantagens.
A complexidade dos compressores axiais no se justifica para as micro-
turbinas e o projeto simples e de configurao radial usado universalmente neste
tipo de gerador.
Geralmente, as micro-turbinas tm as seguintes caractersticas:
Compressor e Turbina radiais de simples estgio
Baixa razo de presso (tipicamente de 3 a 5)
Velocidades de rotao muito altas (25000 a 120000 rpm)
Uso mnimo de sistemas de esfriamento das ps ou do rotor
Recuperao de calor do exaustor para pr-aquecimento do ar
Uso de materiais de baixo custo de produo
A capacidade de partir rapidamente e a sua confiabilidade pode introduzir a
aplicao das micro-turbinas no mercado de gerao de emergncia. O baixo custo
em operao e manuteno pode ser tambm uma vantagem neste tipo de
aplicaes.
26
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Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
3. DESCRIO DA MICRO-TURBINA ESTUDADA
3.1. Introduo
A micro-turbina estudada gera 30 kW em condies ISO*, requer pouca
manuteno e produz baixo nvel de emisses. A Figura 11 mostra um esquemtico
da micro-turbina.
AESFDO
E
T
Po
simples e
do gerad
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Figura 1
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A
1 Esquemtico da M
figurao de eixo simp
rador de alta rotao e
um sistema eletrnico
a eltrica de alta qualid
enta a eficincia trmica
SADA DOXAUSTORicro-T
les,
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de p
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do ROCADORDE CALORurbina estudad
compressor e
tra-se acoplado
otncia para re
Possui um troc
sistema (FiguraCMARA DE OMBUSTO BICO INJETOR DECOMBUSTIVELTURBINMANCAISDE AROMPRESSO
a
turbina radiais de
ao eixo. A sada
duzir a freqncia
ador de calor tipo
11).
27
-
Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
Pode ser ligado em paralelo a uma rede de potncia ou a outra fonte de
gerao, ou agir em carga isolada para suprir potncia de respaldo ou gerao
remota.
A capacidade geradora reduzida com o aumento da altitude e da
temperatura ambiente, ou por restries na vazo de ar na entrada ou na sada. O
gs do exaustor possui alta temperatura, possvel de ser utilizado para gerar energia
trmica aproveitvel em processos industriais. um gs seco e rico em oxignio e
pode ser usado diretamente, uma vez que possui baixo nvel de emisses de NOx.
3.2. Especificaes Gerais - CTC (2000)
Combustvel: Gs Natural
Potncia nominal: 30 kW*
Rotao: 45000 96000 rpm
Temperatura na chamin: 180 330 C
Temperatura na sada da turbina: 671 593 C (45000 - >80000 rpm)
Produo de NOx
-
Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
Figura 12 Fluxo de ar dentro da Micro-Turbina
S existe uma parte mvel na mquina, no existem rolamentos, nem
correias de transmisso ou outros acessrios de atuao pela mquina.
Os mancais a ar eliminam a necessidade de leo ou de qualquer outro
lubrificante.
O sistema de refrigerao a ar elimina a necessidade de liquido refrigerante.
O sistema de controle de combusto foi projetado para combustveis
baseados em hidrocarbonetos gasosos pressurizados.
O calor do exaustor pode ser aproveitado em sistemas de aquecimento,
esfriamento por absoro, sistemas para reduo de umidade, etc.
Na seqncia de parada, a potncia na sada desativada, seguido por um
perodo de monitoramento e rotao a velocidade nominal para esfriar os
componentes da mquina. O processo demora aproximadamente dez minutos.
3.4. Caractersticas Eltricas
Possui dois tipos de gerao: Sada sncrona CA para gerar ligado na rede
(Grid Connection), e sada CA em modo isolado (Stand Alone).
O gerador tipo magneto permanente, esfriado pelo ar de entrada da micro-
turbina. A sada do gerador CA de tenso e freqncia varivel. A tenso nos
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Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
terminais proporcional velocidade, atingindo 277 VCA linha-neutro a 96000 rpm.
O gerador utilizado como motor durante a partida e durante o processo de
esfriamento.
A tecnologia de controle digital facilita o controle avanado, superviso, e
capacidades de diagnstico local ou remoto.
O Controlador Digital de Potncia (DPC) controla o sistema de operao da
micro-turbina e todos os subsistemas. Opera os sistemas de converso da potncia
de freqncia varivel do gerador a tenso CC e logo a corrente CA de freqncia
constante. Controla tambm a corrente CC de tenso varivel do circuito de carga
da bateria. O DPC opera durante o esfriamento para dissipar o calor armazenado no
trocador e na estrutura da mquina e assim proteger os diversos componentes.
A micro-turbina possui um sistema chamado MultiPac para supervisionar o
funcionamento de arranjos de at 10 mquinas operando em paralelo como uma
fonte nica. O MultiPac caracteriza um ponto de controle nico e uma sada
sncrona.
Se a bateria precisa ser recarregada ao ser desligada a micro-turbina, a
mesma permanece girando a 45000 rpm at ela atingir de 90 a 95% da carga total.
Existem sensores para medir temperatura na entrada do compressor, na
sada da turbina, presso atmosfrica e todas as variveis eltricas do sistema
(tenso, corrente, potncia, etc.).
O banco de baterias formado por 18 baterias de 12 V ligadas em srie
formando um total de 216 VCC. Porm, quando carregadas podem chegar a 270
VCC.
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Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
3.4.1. Sistema Eletrnico
Figura 13 Sistema Eletrnico da Micro-Turbina
A Figura 13 mostra um esquemtico do sistema eletrnico de potncia da
micro-turbina. formado por:
Retificador Trifsico de Ponte Completa CA/CC com IGBT (Transistor
Bipolar de Entrada Isolada) dual.
Conversor CC/CC tipo Chopper com IGBT dual.
Inversor Trifsico de Ponte Completa CC/CA com IGBT dual.
Possui um circuito de indutor para reduzir a ondulao devida ao
chaveamento dos IGBT. O valor da indutncia de 510 a 550 H.
Filtro passa baixa para reduzir o rudo de alta freqncia na sada do
inversor. um circuito RC para reduo de harmnicos.
Os IGBT so comandados pelo controlador do sistema eletrnico, que o
emissor de pulsos de disparo, porm no parte deste trabalho o estudo deste
controlador.
3.5. Operao em Modo Ligado na Rede
Quando ligada na rede a micro-turbina produz corrente sncrona. Isto permite
capacidade de gerao em pequenos incrementos, otimizando a infra-estrutura
existente e reduzindo ou adiando a necessidade de desenvolver, investir e construir
novas linhas de transmisso e distribuio.
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Captulo 3 Descrio da Micro-Turbina Estudada
Se houver uma interrupo na rede, a micro-turbina monitora a falha e
imediatamente se desliga da rede. Quando a energia retorna o sistema pode partir
de novo automaticamente. Neste modo de operao a micro-turbina s uma fonte
de corrente, e a tenso e freqncia da rede so tomadas como referncia para o
sinal de sada.
A sada trifsica, de 400 a 480 VAC e de 45 a 65 Hz (tenso e freqncia
so ditadas pela rede).
3.6. Operao em Modo Carga Isolada
A sada ajustvel pelo usurio de 150 a 480 VCA e de 10 a 60 Hz. Neste
modo a micro-turbina uma fonte de tenso e corrente.
Um banco de baterias usado para suprir a partida e os processos
transitrios de demanda de carga. Possui um sistema de superviso com um
conversor CC/CC o qual a mantm carregada.
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Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
4. DESCRIO DO MODELO A SER USADO
4.1. Introduo
Figura 14 Modelo do Controlador no Modo Ligado na Rede
O modelo de Rowen [1983] da Figura 1 foi modificado para adapt-lo ao
sistema de controle de velocidade angular varivel, tal como se mostra na Figura 14.
O lao de controle por temperatura dos gases exaustos foi desconsiderado,
deixando a sua anlise para estudos futuros. Os retardos por deslocamento do
combustvel e dos gases exaustos tambm foram desconsiderados, assim como os
limites superior e inferior de demanda de combustvel.
O sistema eletrnico retificador-inversor foi modelado como uma funo de
transferncia de primeira ordem como se observa na Figura 14. O aumento na
potncia do gerador acontece gradualmente e depois de alguns segundos de ter
acontecido a variao na demanda de potncia.
33
-
Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
34
f&
Foram identificadas 8 variveis no modelo as quais foram medidas para obter
os parmetros das funes de transferncia. As variveis so: demanda de
combustvel (u), vazo de combustvel ( m ), conjugado mecnico (m), conjugado da
carga (L), velocidade angular (),velocidade de referncia (ref), demanda de
potncia (Pd) e potncia do gerador (Pg).
O bloco do sistema de combustvel foi reduzido a uma funo de transferncia
de primeira ordem (foi testada tambm com uma funo de segunda ordem na
validao). Isto devido ao tamanho reduzido dos seus componentes e ao pequeno
valor das constantes de tempo desse sistema.
Devido caracterstica de velocidade varivel da micro-turbina, a velocidade
de referncia foi obtida como funo linear da demanda de potncia. A potncia na
sada do gerador obtida a partir da demanda de potncia com uma funo de
transferncia de primeira ordem. O conjugado da carga funo linear da potncia
do gerador, como se pode apreciar na Figura 14.
O conjugado da carga (L) linear com relao potncia do gerador (Pg).
Essa potncia varia segundo a demanda de potncia (Pd). O sistema eletrnico
recebe o comando de demanda de potncia e ajusta os pulsos de disparo do
sistema retificador-inversor para atingir o requerimento. O sistema demora alguns
segundos at atingir a potncia demandada. Esse comportamento transitrio
representado com um bloco de funo de transferncia de primeira ordem. A
entrada desse bloco a demanda de potncia e a sada a potncia do gerador.
No foi possvel achar os parmetros do lao de controle por acelerao,
devido caracterstica do sistema de aquisio de dados utilizado.
Cada bloco do modelo foi analisado independentemente identificando as
variveis de entrada e de sada de cada um deles.
-
Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
35
fm&
4.2. Sistema de Combustvel
A funo de transferncia do sistema de combustvel tem como entrada a
demanda percentual de combustvel (u), e como sada a vazo de combustvel ( )
como mostra a Figura 15. No modelo original o sistema tinha dois blocos de
primeira ordem em cascata, incluindo um lao de realimentao do posicionador da
vlvula. Foram testadas funes de primeira e segunda ordem na validao.
Figura 15 Bloco de Funo do Sistema de Combustvel
4.3. Conjugado Mecnico
O conjugado mecnico (m) obtido como funo da vazo de combustvel
( m ) e a variao da velocidade angular (f& ref) (Figura 16). A funo que
relaciona a vazo e o conjugado foi testada utilizando uma funo linear e uma
quadrtica. A funo da variao de velocidade no foi possvel de ser obtida a
partir dos dados experimentais. Fazendo testes iterativos na simulao do modelo
final se obteve essa relao.
Figura 16 Funo Conjugado Mecnico
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Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
4.4. Velocidade Angular
A velocidade angular () sada do bloco cuja entrada a diferena entre o
conjugado mecnico (m) e o conjugado da carga (L) (Figura 17). Observa-se no
modelo original que se trata de uma funo integradora pura.
Figura 17 Bloco de Funo da Velocidade Angular
4.5. Controlador de Demanda de Combustvel
A funo de transferncia do controlador tem como entrada a diferena entre
a velocidade angular da mquina () e a velocidade de referncia (ref). A sada a
demanda de combustvel (u) (Figura 18). Essa funo no modelo padro de tipo PI
(proporcional-integral) quando se encontra operando em modo isolado, e de tipo
avano-atraso quando opera ligado na rede de potncia.
Figura 18 Bloco de Funo do Controlador
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Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
4.6. Velocidade de Referncia
Para ajustar o modelo original, Rowen [1983], caracterstica de velocidade
varivel, a velocidade de referncia (ref) foi aproximada como funo linear da
demanda de potncia (Pd) (Figura 19).
Figura 19 Funo Velocidade Angular de Referncia
4.7. Sistema Eletrnico
Quando se considera um degrau na demanda de potncia (Pd) o sistema
eletrnico da mquina demora alguns segundos at que a potncia do gerador (Pg)
atinja essa variao. Esse retardo modelado como funo de transferncia de
primeira ordem (Figura 20).
Figura 20 Bloco de Funo do Sistema Eletrnico
4.8. Conjugado da Carga (Modo Ligado na Rede)
O conjugado da carga (L) aproximado como uma funo linear da Potncia
do Gerador (Pg). O bloco mostrado na Figura 21.
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Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
Figura 21 Funo Conjugado da Carga
As mesmas simplificaes que no modo anterior foram consideradas no modo
Carga Isolada. O modelo possui algumas diferenas com relao ao anterior como
se pode observar na Figura 22:
Figura 22 Modelo do Controlador no Modo Carga Isolada
A principal diferena com o modelo anterior est na varivel controlada.
Neste caso a varivel controlada a corrente do gerador (Ig), que tenta igualar a
corrente de carga (IL+Ii). A corrente de carga compe-se da corrente consumida
pelo sistema eletrnico da mquina (IL) mais a corrente do inversor na sada da
mquina (Ii). Ao contrrio do modo Ligado na Rede, em Carga Isolada qualquer
variao tipo degrau na demanda de carga eltrica vai se transformar
instantaneamente numa variao igual na corrente de carga. O gerador demora
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Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
alguns segundos at igualar a corrente de carga. O faltante de corrente suprido
pela bateria no perodo transitrio.
Algumas das variveis consideradas no modo Ligado na Rede tambm foram
utilizadas no modo Carga Isolada. Outras variveis que aparecem neste modelo
so: Tenso na sada do gerador (Vd), corrente do gerador (Ig) e corrente de carga
(Ii+IL). O controle na acelerao angular mais notrio neste modo de operao, e
pode se observar a sua ao nos grficos de demanda de combustvel (u). Porm,
tambm no foi possvel obter os parmetros do bloco de controle por acelerao.
Os parmetros dos blocos Sistema de Combustvel, Velocidade Angular,
Conjugado da Carga e Potncia do Gerador so obtidos da mesma forma que no
modo Ligado na Rede. O conjugado mecnico funo linear da vazo de
combustvel e da variao entre a corrente de carga e a corrente do gerador. O
bloco controlador utiliza como entrada a variao entre a corrente de carga e a
corrente do gerador.
4.9. Tenso do Gerador
A tenso do gerador (Vd) linearmente proporcional velocidade angular ().
O modelo mostrado na Figura 23.
Figura 23 Funo Tenso do Gerador
4.10. Corrente do Gerador
Esse bloco consiste de uma equao linear que tem como entrada a tenso
do gerador (Vd) (Figura 24) e como sada a corrente do gerador (Ig).
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Captulo 4 Descrio do Modelo a ser Usado
Figura 24 Funo Corrente do Gerador
4.11. Corrente da Carga
A corrente de referncia a corrente da carga. O bloco mostrado na Figura
25 consiste de uma funo linear que tem como entrada a demanda de potncia (Pd)
e como sada a corrente da carga (IL+Ii).
Figura 25 Funo Corrente da Carga
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Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
5. DESCRIO DO BANCO DE ENSAIO
5.1. Introduo
Para medir os diferentes sinais provenientes da micro-turbina foi montado um
sistema de medio e aquisio de dados utilizando um CLP - Controlador Lgico
Programvel - (Figura 26) e vrios instrumentos para medir presso, vazo,
temperatura, potncia eltrica, etc. em pontos crticos da micro-turbina. Esses
instrumentos enviam sinais de tenso em milivolts, ou de corrente em miliamperes,
s placas de entrada do CLP. A placa de comunicao do CLP se comunica com
um computador onde se encontra instalado um software supervisrio.
Figura 26 Micro-Turbina e Controlador Lgico Programvel
Na linha de alimentao de gs natural foi montado um sistema de medio
de presso, temperatura e vazo (Figura 27). O sensor de vazo tipo orifcio
integral; o de presso clula capacitiva e o de temperatura termo-resistncia.
Transmissores eletrnicos transformam esses sinais a 4-20 mA. A vazo corrigida
em Nm3/h para diferentes presses e temperaturas calculada no software
supervisrio.
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Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
Figura 27 Medio de Vazo de Gs
Um sistema de medio de vazo de ar que utiliza um tubo de pitot foi
colocado na entrada da micro-turbina como mostra a Figura 28. O tubo pitot possui
dois orifcios um na direo axial e outro na direo radial do fluxo. Existe uma
diferena de presso entre esses dois orifcios, que transformada em unidades de
vazo pelo transmissor.
Figura 28 Medio de Vazo de Ar
Sensores de presso e temperatura foram colocados na sada do compressor
(Figura 29). O sensor de presso clula capacitiva e o de temperatura tipo
termopar.
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Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
Figura 29 Medio de Presso e Temperatura na Sada do Compressor
Da mesma forma na chamin foram colocados sensores de presso e
temperatura (Figura 30). O sensor de presso de tipo clula capacitiva e o de
temperatura termopar.
Figura 30 Medio de Presso e Temperatura na Chamin
Existem sensores de potncia localizados no painel eltrico da micro-turbina
(Figura 31). Esses sensores monitoram a tenso de cada fase e recebem sinais dos
transformadores de corrente para obter a potncia eltrica. Esse valor de potncia
enviado ao CLP com um sinal de 4 a 20 mA. No modo Carga Isolada, o incremento
de carga feito mediante um painel de chaveamento manual que se observa na
Figura 31.
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Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
Figura 31 Medio de Potncia Eltrica e Painel de Carga Isolada
A micro-turbina possui um sistema completo de sensores e armazenamento
de dados para monitorar mltiplas variveis mecnicas e eltricas. Esses dados so
enviados ao computador por meio de uma porta serial localizada na placa de
comunicao da mquina (Figura 32).
Figura 32 Placa de Comunicao da Micro-Turbina
A micro-turbina operada atravs de um software instalado em um
computador do laboratrio (Figura 33). Esse software fornece os dados
experimentais das variveis medidas no sistema de aquisio de dados da mquina.
Para supervisionar e armazenar os dados provenientes do CLP, foi desenvolvida
uma aplicao no software supervisrio Elipse Scada instalado no mesmo
computador. Telas desenvolvidas para esse software so mostradas na Figura 33.
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Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
Figura 33 Estao de Trabalho
A micro-turbina operada atravs de um software instalado em um
computador do laboratrio (Figura 33). Esse software fornece os dados das
variveis medidas no sistema de aquisio de dados da mquina. Para
supervisionar e armazenar os dados provenientes do CLP foi desenvolvida uma
aplicao no software supervisrio Elipse Scada instalado no mesmo computador.
Telas desenvolvidas esse software so mostradas na Figura 33.
Figura 34 Esquemtico da Posio dos Instrumentos na Micro-Turbina
A Figura 34 mostra a posio de alguns instrumentos no sistema da micro-
turbina. Uma lista de experincias e dificuldades encontradas na montagem do
sistema de aquisio de dados pode ser achada no Apndice B.
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Captulo 5 Descrio do Banco de Ensaio
preciso escolher o princpio de medio adequado em cada caso, j que em
pontos interiores da micro-turbina existem condies que podem levar a erros
considerveis nos dados experimentais.
5.2. Tcnicas de Medio de Temperatura e Presso
importante conhecer as tcnicas de medio de presso e temperatura em
pontos internos da micro-turbina, onde altas velocidades dificultam obter medidas
exatas. Para um estudo aprofundado do sistema necessrio escolher os princpios
de medio adequados, assim como a melhor geometria de sondas que garantam
preciso.
5.2.1. Medio de Temperatura
Para certas condies a temperatura absoluta no simplesmente
proporcional ao produto da presso do gs pelo volume, como na equao de Kelvin
para gases ideais.
46
)8(nRTpV =
onde:
p Presso do gs;
V Volume do gs;
n Nmero de mols do gs;
R Constante universal dos gases (8,314 J/molK);
T Temperatura do gs;
Para