moções sectoriais - xix congresso regional

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XIX Congresso Regional 14 e 15 de Julho de 2012 | CEMA Moções Sectoriais

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MOÇÕES SECTORIAIS

4 JSD Santana - Ciclo de Conferências 4

10 JSD Ribeira Brava - Construir o Futuro, analisando o Passado

12 Maurício Ornelas e João Vares Luís - Pelo Ensino Superior, Pelo Futuro!

14 JSD Porto Santo - Porto Santo XXI

17 DenisCaldeira-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: A Região Autónoma da Madeira na União Europeia

19 JoséMiguelGouveia-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio:Comportamentos de Risco

21 MiguelSousaAlves-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: Ambiente e Preservação Natural

23 LuísRamosFreitas-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: Autonomia

24 TiagoVieiraNeves-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: Cultura e tradições

26 SérgioRodrigues-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: Economia

30 LuísRamosFreitas-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: Educação

33 JoséPedroPita-Madeiraumnovorumo,umnovodesafio: Participação Cívica

35 JSD Funchal - Funchal com Sentido

37 JSD Câmara de Lobos - Pela sustentabilidade do sector empresarial

26 Diogo Goes - Continuar o Presente e Mudar o Futuro!

Índice

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X I X C O N G R E S S O R E G I O N A L | C O N S T R Ó I O F U T U R O H O J E !

CICLO DE CONFERÊNCIASJSD Santana

A comissão política da JSD Santana procurou, ao longo do mandato que agora cessa e em que trabalhámos sobre o lema “Juventude Unida por Santana”, colocar na linha da frente dos seus objetivos a discussão das temáticas que mais se repercutem na vida dos Jovens de Santana. Isto, de forma a envolver a juventude local nestas discussões e por forma recolher, de igual modo, as suas opiniões sobre cada matéria discutida.Foi neste quadro que promovemos um Ciclo de Conferências que abrangeu as mais diversas áreas, nas quais o Concelho de Santana pode, a nosso ver, alicerçar o seu desenvolvimento. Foram cinco as conferências que promovemos entre Fevereiro e Junho. Após o términus desta iniciativa, sentimos que contribuímos para um debate e sério construtivo em Santana. Cadaconferênciateveumacomoanfitriãumafreguesiadiferente,demodoadescentralizarmosodebate e levarmos a cada localidade do Concelho o tema que lhe é mais próximo. Uma das marcas distintivas destes cinco encontros foi o facto de termos convidado altas personalidades do panorama regional, quer especialistas nas temáticas das respectivas conferências, quer personalidades com responsabilidades políticas, não esquecendo nunca a presença da vereação da Câmara Municipal. Sentimos que colocamos os jovens do concelho de Santana mais elucidados para aquela que é a nossarealidadeeparaosdesafiosqueenfrentamos,considerandoasoportunidadeseameaças,quer estruturais, quer conjunturais. Relembramos ainda que para cada conferência apresentamos um documento que resumiu todo o conteúdo apresentado pelos oradores as conclusões que dela advieram.Os eventos do Ciclo de Conferências contaram mais de 160 participantes e 17 oradores cujo conteúdo das intervenções estão expressos nesta moção.

Resumo/conclusões:

Ciclo de Conferências “Emprego”, Faial

Professor doutor João Gabriel Caldeira, Vereador com o Pelouro da Juventude na Câmara Municipal deSantana:- Nos dias de hoje os jovens têm de ser empreendedores para conseguirem vingar;- A mediania não chega e a “excelência deverá ser o critério diferenciador”;- O mercado de trabalho é extremamente dinâmico e as suas condições mudam num curto espaço de tempo;- É fundamental dominar a língua inglesa;- A Câmara Municipal atribui uma bolsa de estudo aos estudantes.

Dr.SidónioFernandes,PresidenteoInstitutodeEmpregodaRAM:-Actualmenteosjovensconcluemasuaformaçãoedificilmenteconseguemempregoimediatonasua área de formação;- “Os melhores estão sempre salvaguardados”;- Nos dias de hoje inverteu-se o paradigma e já não há “empregos para a vida”;- Os jovens devem iniciar a sua vida profissional numa área diferente da sua área de formação;- Os jovens devem considerar trabalhar noutro país já que a EU incentiva a mobilidade;-Oníveldedesempregoémaiorparagruposcommenosqualificações,constituindo,umcursosuperior, sempre uma mais-valia;- O IEM dispõe de variados programas, quer programas de criação do próprio emprego, quer programas de formação e estágio, programas ocupacionais e ainda programas para públicos desfavarecidos.

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Dr.SérgioSilvestre,PsicólogoaoserviçodoInstitutodeEmpregonaRAM:- Voluntariado é muito importante e enriquece o currículo;-Conselhosparaenfrentarodesemprego:aprenderacomunicarmelhor(aprenderoutraslínguas),reciclar-se constantemente (formação contínua), saber gerir a carreira (pro-actividade), saberinteragiremelhoraraflexibilidade.-Procuraremprego:famíliaeamigos,concursospúblicos(www.bep.gov.pt),Jornais,Internet(bolsasde emprego, rede EURES, empresas de recrutamento e trabalho temporário, Instituto Regional de Emprego;-Currículos:“devemreferir todasas informaçõesquesalientemasmais-valiaseaumentemaspossibilidades de obter uma entrevista”, devem estar “moldados à oferta de emprego” em causa, tertamanhoreduzido(2páginas)eestarbemorganizados;- Entrevistas: “demonstrar capacidade de aprendizagem e empenho, o que resulta mais dapersonalidadedoquedocurrículoacadémico,naturalidadeporpartedocandidato(éimportanteasinceridadeequemnãotemexperiêncianãodevetentargerirumaimagemfalsa),apresentaçãocuidada e adequada às exigências da função, pontualidade, saber gerir a tensão que existe numa entrevistadeselecção,conheceraculturadaorganizaçãoecolocarquestõespertinentes,mostrariniciativa”.

Ciclo de Conferências “Turismo”, Arco de S.Jorge

ElisabeteAndrade,Empresáriaeproprietáriadaunidade“QuintadoArco”:-Sugestõesparapromoveroturismolocal:oaeroportoeoportodevemestarobrigadosaprestarinformação aos turistas, devem existir sinais de informação que apresentem, à saída do aeroporto, as distâncias para cada Concelho bem como os principais motivos de atracção de cada concelho, asveredasdevemsermaisvalorizadas,oturismotemdepressionarasentidadescompetentesparacolocarsinalizaçãonospontosturísticos,enasviasrápidas.- Os operadores turísticos estão pouco interessados no turismo na costa norte;-Osturistasquesedeslocamemcarrosdealuguersãoosquemaisbeneficiamaeconomialocal;- Deve ser lancada uma campanha publicitária dirigida aos turistas no sentido de se recolher donativosquefinanciemalimpezaemanutençãodospercursospedonais.

Dr.RuiMoisés,PresidentedaCâmaraMunicipaldeSantana:- A CMS criou uma nova rede de percursos pedonais, denominado “Percursos da Biosfera” os quais estavam degradados e foram recuperados;-AReservadaBiosferarepresentaumaoportunidadeúnicaparacriarriqueza,nãosóparaSantana,mas também para toda a Região;- O selo da Biosfera num destino quando os turistas efectuam uma reserva online pode pesar bastante na escolha do destino;- Os jovens de Santana devem apostar em empresas que operam no sector do turismo; - O PDM de Santana está ser revista tendo em vista a adaptação a um “centro turístico”.

Dr.BrunoFreitas,DirectorRegionaldoTurismo:- É fundamental recuperar a consciência turística que se perdeu nos últimos 15 anos devido ao apogeu do sector da construção;-Oturismointernodeveráserfomentadoeháquedescentralizarospostosdeturismo;- Os concelhos devem se envolver mais na promoção turística, contudo, devem promover a “marca Madeira” e não apenas o concelho;-Osgrandesoperadoresestãoamonopolizarosectordoturismo,procurandopreçosmuitobaixos,oquedificultaavidadasunidadeshoteleiras;- Muitos dos turistas repetem o destino devido à qualidade, mas também derivado da qualidade da nossa recepção;

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-Ofuturopassapelaapostaemcertasactividadesligadasànatureza(ex:observaçãodemorcegos);- Santana é um dos Concelhos mais conhecidos porque na promoção do destino Madeira, são usados muitos “artefactos” de Santana;- O mercado francês é o mercado que mais tem crescido como mercado emissor;-OPortodoFunchalestánoTop20,aoníveldosportosdomediterrâneo;-ADRTestá a levar a cabo operações de fiscalização tendo emvista o desmembramento dealojamentos clandestinos;-RealidadedeSantana:nºdeempreendimentos:17,nºdecamas457,hóspedes8241,dormidas19757, taxa de ocupação 27%, pessoal ao serviço 148, proveitos totais: 1,6milhões de euros(Fonte:DRE).

MestreJoãoLemos,Pres.daAssociaçãodeInvestigaçãoCientíficadoAtlântico:-Importantediversificaraofertaemtermosterritoriais;- Funchal tem excesso de camas;-IdeiasparapotenciaraReservadaBiosfera:efectuarolevantamentodoselementosnaturais,daflora,da fauna e das paisagens e elaborar mapas, prospetos, livros e vídeos, visando uma maior divulgação dosprodutoserecursosquecaraterizam“SantanaBiosfera”;criarumarevistaanualparadivulgaresseselementos e distribuir gratuitamente nos aeroportos, portos e nos mercados de origem dos turistas; promoveraçõesdesensibilizaçãonasescolasdaRAMenoutrasinstituiçõescomoaUniversidadeeCasas do Povo; promover cursos técnicos de turismo nas áreas da hotelaria e restauração, agricultura, animação turística, artesanato e guias de montanha para melhorar os recursos humanos do concelho; criar o Museu do Artesanato com o intuito de divulgar a diversidade de produtos que o concelho dispõe e vender aos turistas e madeirenses em geral; incentivar a criação de empresas de animação turística comoobjetivodedinamizarematividadesemplenanaturezaenomar;-Outrassugestões: Inventariaçãode todososelementosdopatrimónionaturaleconstruídodoconcelho; criação de Roteiros Culturais nas várias freguesias do concelho; criar novos miradouros e melhorar as condições dos existentes; criar parques ecológicos em todas as freguesias; criar mais itinerários turísticos em todas as freguesias e recuperar alguns percursos; criar uma rede de geomonumentos naturais e respetivos circuitos turísticos; promover exposições itinerantes pelas 6 freguesias e transformar as casas existentes nas serras/picos em alojamento de montanha.

Ciclo de Conferências “Educação”, São Jorge

GonçaloJardim,VereadorcomoPelourodaIntervençãoSocialnaCMS:- Os estudantes universitários devem fazer trabalhos de investigação no âmbito da “Santana,Madeira, Biosfera”, trabalhos esses que têm comparticipação comunitária e por parte da UNESCO;-Osjovensdevemfazervoluntariadoapardaconclusãodosseusestudos;- A CMS apoia os estudantes através da concessão de uma bolsa de estudo aos universitários, cujo regulamento foi revisto recentemente.

ProfessorHeliodoroDória,Vice-PresidentedaEscolaB+SBispoD.ManuelFerreiraCabral:-AescoladeSantanaabriuem1982,sendouma“EscolaPreparatória”.Naalturaaprocurafoigrande porque o analfabetismo era colossal;- A escola e o ensino não devem ter apenas como objectivo a procura de emprego, devemos antes pensar no “aprender para mim”, para que, futuramente, sejamos “um bem para os outros”;- A Escola ministra cursos de educação e formação para adultos, em horário pós-laboral, tendo já passadoporestescursos104alunos.- Apesar do elevado nível de desemprego os jovens não se devem deixar desmotivar;- A educação terá de ser entendida como um investimento e nunca como uma despesa;- A indisciplina é um problema preocupante, agravado pela pouca autoridade dos professores e pelo facto de haver alunos que estudam ”por obrigação”.

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Dr.JoãoCostaeSilva,DirectordoGabinetedoAcessoaoEnsinoSuperior:- Estudar na universidade comporta elevados custos, não há emprego imediato, os salários abaixo doníveldeformação,muitasdasvezes,eaofertaédesadequada;- “A universidade não garante emprego, mas prepara para a vida activa”. -Quantomenoresasqualificaçõesmaioresasdificuldadesemacederaumemprego;- “Quanto mais estudos e formação, mais conhecimentos, mais competências, mais ‘ferramentas’ e melhores prespectivas de futuro”;- “Um curso superior garante:maior flexibilidade de horários,melhores condições de trabalho,salários80%superioresemenorriscodedesemprego”:-Escolhadeumcurso,funçãode:experiênciaspessoais,actividadespreferidas,disciplinasdequemais se gosta, gostos e interesses, motivações e aptidões;- “ Não podemos concorrer a um curso se não se têm vocação”, nem “por moda ou por dinheiro, escolham por gosto”;-Éessencial recolherbastante informação(cadeiras,mestradosnaárea,universidades,saídasprofissionais,objectivos,condiçõesdecandidaturaepré-requisitos,etc);- A candidatura ao ensino superior deve ser feita presencialmente no GAES, onde o candidato tem a oportunidade de ter aconselhamento técnico para que não cometa erros ou se precipite;-Umaluno,umavezmatriculadonoensinosuperiorpúblico,perdeodireitoausardoscontingentesespeciaisdecandidatura(ex:contigenteRAM).

ProfessorDoutorCastanheiradaCosta,ReitordaUniversidadedaMadeira:- Processo de Bolonha veio encurtar as licenciaturas mas pressupõe a prossecução dos estudos com2ºe3ºciclos;-Hoje,alicenciatura,“dificilmentechegará,nomercadodetrabalho”;-ObjectivodeinternacionalizaraUMa:maisestudantesestrangeiros,maisdocentesestrangeiros,mais estudantes do continente;- A UMa tem uma parceria com a Universidade de Cernegie Mellon, dos EUA, ministrando já um curso na UMa fruto desse acordo; -AtualmenteaUMatemde3624alunos,dosquaiscercade700frequentamgrausdemestradoe80grausdedoutoramento.

Ciclo de Conferências “Agricultura”, Ilha

OdíliaGarcês,VeradoranaCMScomopelourodaagricultura:-AorografiaacidentadadeSantanabemcomoaextensaáreadeParqueNaturalqueaRegiãopossui limitam, de certo modo, a prática agrícola;- Apesar de tudo, o Concelho oferece boas condições para a agricultura;- A agricultura tem de ter um desenvolvimento sustentável e que respeite o meio ambiente;- A prática de agricultura, é hoje, na maioria dos casos, uma agricultura tradicional e que constitui “umcomplementoaonossoestilodevida”,trazendovantagensnãosóaoníveldaqualidadedosprodutos para ao autoconsumo, mas também vantagens de “desanuviamento” pela prática em si.

Eng.ªGuidaHenriques,Proprietáriadeumexploraçãodeagriculturabiológica:-Investiu150000€numprojectode1,2hectares,comcomparticipaçãode55%atravésdefundosdo Governo Regional; - Teve o apoio dos serviços de agricultura biológica da Direcção Regional da Agricultura;-Aagriculturabiológica:“melhoraaqualidadedossolos,nãoutilizagrandesquímicoseaspragasdesaparecem de forma naturalmente”;- “Uma das maneiras de levar a nossa economia para a frente é apostar na agricultura, mas terá de serumaagriculturadequalidadeetemdetrazerrendimento”;- Este projecto/Empresa, já permitiu criar alguns postos de trabalho na localidade.

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AdelinoOrnelas,Eng.ºAgrícolaaoServiçodaEmpresaMunicipal“TerraCidade”:-Projecto“MadeiraAgrícola”daempresamunicipal:Projectodeâmbitosocialquevisaescoarosprodutos dos pequenos agricultores;-As grandes superfícies têmmuitas exigências para comos agricultores, o que lhes dificulta oescoamento das produções;-OEng.ºvaidiariamenteparaoterrenoauxiliarosagricultores;-Nestemomento,éimportantepromoveradiversificaçãodeculturas,muitoparaalémda“semilha”;- A Terra Cidade está a fazer o levantamento das grandes necessidades das superfícies dedistribuição;- De momento, a procura de hortícolas é superior à oferta;- Couve repoulho, maracujá e anona são dos produtos mais procurados;-Em2011oprojecto“MadeiraAgrícola”fezescoar100toneladasdeprodutosemagrícolas.EmMaio2012ovalorjáiaem140toneladas;-Apoios:instalaçãodejovensagricultores-paraprojectosatéomontantede5000€,osserviçosdaDirecçãoRegionaldaAgriculturafazemoprojectogratuitamente,eparaprojectosqueultrapassemesse valor existe uma comparticipação comunitária de 50%. Existe também um subsídio àcomercializaçãodeprodutoquevariaentreos111eos120€/toneladadeprodutovendido.

Dr.ManuelAntónioCorreia,SecretárioRegionaldoAmbienteeRecursosNaturais:-SantanaéoConcelhocommaiornºdeagricultores,apesardenãoseroconcelhocommaiorárea;-Aagriculturaéumaoportunidadeparacriarriqueza,melhoraraobem-estarereduziradependênciaexterna;-Produziroqueefectivamentefazfaltaaomercadoéosegredoparaobterrendimentos;-Aculturadasemilhadeveserreduzida:“nãotemoshipótesedecompetirnestemercado”;- Deverá privilegiar-se a regra sob pressão;-Apoiosgovernamentais:comparticipaçãodeinvestimentosaté65%afundoperdidoajuntaraoprémiodeprimeirainstalaçãoqueoscilaentre15000e35000€.- A pecuária é uma boa aposta;-“Éprecisodignificaraagriculturaeosagricultores.Sãoumamassahumanaexcepcional”.

Ciclo de Conferências “Solidariedade Social”, S.Roque do Faial

Dr.RuiMoisés,PresidentedaAssociaçãoSantanaCidadeSolidária:- Quando pedimos ajuda, temos de estar dispostos a colaborar com quem nos ajuda;- Em Santana, muitas pessoas têm à disposição terrenos agrícolas abandonados, e a “Solidariedade podia começar por aí”;- “Muitos estão à espera que os Estado, as famílias ou as empresas lhes deem de graça, mas isso não está correcto. Isso não é solidariedade”;- Nos meio rurais a solidariedade começa no interior da própria casa;-Projecto“LojaSocial”daASCS:ajudafamíliasfacultandobensalimentareseoutrosprodutos;- Os donativos para a ASCS são feitos voluntariamente e não recolhidos através de campanhas;- A Associação tem primado pelo “empreendedorismo social”.-ACMSvaifazerolevantamentodascondiçõesdetodasasfamíliaseelaboraruma“CartaSocial”,que será uma base para posterior auxílio/intervenção social.

ProfessorDoutorPedroTelhadoPereira,PresidentedaCasadoVoluntário:-Voluntariado:“atividadesoutrabalhoquealgumaspessoasfazem,demodolivre,sempagamentopara promoverem uma causa ou para ajudarem alguém fora do seu agregado familiar”, OIT;-Grande potencial de angariação de voluntários: em Portugal 81% da população consideraimportanteapráticadovoluntariado,masapenas14%ofaz;-Pessoascommaisrendimentos,commaisinstruçãoecomempregosem“part-time”,fazemmaisvoluntariado;

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-Desempregadosfazemaindapoucovoluntariado;-Quemfazvoluntariadomelhoraoseubem-estaratravésde“maiorsatisfaçãocomasuavida,maior auto-estima e maior sentido de propósito na vida”;-PapeldaCasadoVoluntário:Recolhervoluntários,formá-loseencaminhá-losparainstituições;-Osvoluntáriosdevemterumcontratodevoluntariadoparasaberemexactamenteoquedevemfazer;- Jovens recém-licenciados, desempregados, devem praticar voluntariado nas áreas que mais gostam.

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CONSTRUIR O FUTURO, ANALISANDO O PASSADOJSD Ribeira Brava

“...étodaelaumjardimetudooquenelaseaproveitaéouro”(Cadamostro,meadosdosec.XV).

AriquezaeprosperidadedaMadeiraforamreconhecidasdesdeoiniciodasuacolonização.Paracompreender quais os rumos a tomar num futuro próximo, é necessário analisar e compreender o passado e a história da Madeira.

A Ilha possui factores especiais, que a tornam num fabuloso destino turístico, tal como o clima ameno, as paisagens espetaculares e a reconhecida hospitalidade dos madeirenses. Consequentemente, o turismo na Região constitui uma importante fonte de receita da economia Madeirense.

No entanto, a receita gerada pelo turismo não é suficiente para garantir a qualidade de vidapretendidaportodososseushabitantes,daíqueaolongodos36anosdeautonomia,oGovernoRegionaltem-seempenhadoemdesenvolverecriarcartazesdeeventosapelativosqueaumentama procura da Ilha. Destacam-se como exemplo, a festa do Carnaval, a festa da Flor, o Festival do Atlântico, o Rali Vinho Madeira, as Festas dos Santos Populares, a Festa de Natal, a Passagem de Ano, entre outras.

Analisando novamente algumas características da Ilha, deparamos que, tal como foi apurado na épocadacolonizaçãodaIlha,ossolosdaregiãosãoóptimosparaocultivo.Nopassado,oscolonosoriundos do Algarve e do Norte do País, dedicaram-se à agricultura, pesca e criação de gado. Estes hábitos, foram transmitidos de geração em geração e atualmente a agricultura volta a ter um papelfundamentalnaeconomiadaRegião,estimando-sequeentre10a15%destaédiretamentedependente da agricultura. Tal como na área do turismo, o Governo Regional tem criado estratégias de crescimento sustentável, com o intuito de incentivar o investimento neste sector.

Embora tenha sido o primeiro factor dominante da indústria madeirense, presentemente tem menos peso que o turismo. No entanto, devido ao aumento do desemprego e com os apoios agrícolas prestados pelas entidades regionais, espera-se que a receita proveniente da agricultura atinja um terço do total da receita económica da Região.

Em contraste, nos últimos anos o principal factor económico da Região foi a construção civil. Em cercade30anosforamcriadasnovasescolas,pavilhões,centrosdesaúde,oscentrosdeconcelhoe freguesia, complexos habitacionais, desenvolvimento dos portos marítimos, do aeroporto, da vasta rede de estradas, entre muitas outras mais. A estas infraestruturas acresce ainda toda a construção desenvolvida por investidores privados.

Deste modo, a construção civil ultrapassou todas as outras indústrias, superando a agricultura, o turismoeasindustriasdecomércioorientadasparaoconsumolocaleexportação(produçãodemassasalimentícias,lacticínios,osvinhos,bordadosregionais,entreoutros).

Esta aposta que contribuiu significativamente para o desenvolvimento da região, aumentouexponencialmente a qualidade de vida dos seus habitantes. No entanto, devido à procura de mão deobra,aindustriadaagriculturafoidiminuindoemcontrastecomoverificadonaconstrução.

Parafinalizarestacurtaanálise,recorde-sequearegiãobeneficioudepolíticasfiscaisapelativas,comtaxasdeimpostosmaisbaixasquemuitasoutrasregiõesdaUniãoEuropeia,fazendocomquea R.A.M. se torna-se num local propicio ao investimento.

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Noentanto,devidoàenormecrisefinanceira,quequeraEuropa,queroPaísatravessam,aregiãofoi alvo de medidas de austeridade injustas, que colocam a Madeira na única região do País com “impostos especiais de consumo” e com um I.V.A. a apenas um ponto percentual do praticado em Portugal,desprezandoofactodearegiãoserdecarácterultraperiférica.

Aestasmedidasjunta-seofacto,demuitasempresaslicenciadasnoCINM,estaremadeslocalizar-separaoutroslocaisdaEuropa,ondeacargafiscalémenosagressiva,doqueaZonaFrancadaMadeira.

Consequentemente o desemprego na Região volta atingir valores elevados, chegando a ultrapassar o registado em Portugal Continental.

Porestacurtareflexãopercebe-sequaisasprincipaisindústriasdaregião,equaldeveserocaminhoatomar.Identificamos3diferentessectores,dosquaisconsideramosquedevemserestudadosemelhorados.Osdoisprimeirossãoaagriculturaeoturismo,poisalémdefazerempartedaculturaMadeirense, entendemos que ainda não atingiram o seu potencial máximo e representam fontes de receitasignificativaparaaRegião.

O terceiro sector, que poderá contribuir para o desenvolvimento da Região, é o potencial dos seus Recursos Humanos conjugado com a indústria da informática e novas tecnologias. Este sector em expansãomundialgraçasàInternet,permite-nosficarligadoscomorestodoMundo,partilhandoinformação e conhecimento em tempo real a baixos custos. Veja-se a dimensão que as redes sociais e os motores de busca atingiram. Atualmente, na Universidade da Madeira são admitidos cerca de 100 alunos no ramo das Engenharias, das quais se destacam a engenharia informática. Paraodesenvolvimentodeumsoftware,alémdosmeiosHumanos,quaissãoasferramentasquesão necessárias?

Concluindo, destacam-se as seguintes propostas sugeridas por intermédio desta moção:

Noramodaagricultura:•Melhoramentodascondiçõesparapráticadaagricultura(exemplo:reconstruçãoereestruturaçãodas levadas de água; •Criaçãodeummercadoregionaldeabastecimento,defuncionamentosazonal,ondeapenasosagricultoreslegalmenteregistadosnaDRAFpoderiamcomercializarosseusprodutos,compreçostabelados pelo Governo Regional;•Maioremelhorapostanomarketingnosprodutosfrutíferos(abanana,aanona,acana-de-açúcareomaracujásãocultivosqueespelhamaqualidadedosprodutosagrícolasdaIlha)•Incentivoàformaçãoagrícola(formaçãotécnicaeaberturadocursodeengenhariaagrónoma,naUniversidade da Madeira;

Noramodoturismo:•Expansãodoscartazesdeatracãoturística,pelospaísesdoMédioOrienteeÁsia;•MaiorpublicidadedodestinoMadeira,em regiõesdocontinente (principalmentenaépocadaPáscoa,paraosjovensfinalistasdoensinosecundário);

Noramodainformáticaenovastecnologias:•Aumentodosapoiosparaosjovensempreendedoreseempresáriosligadosaesteramo;•Diminuiçãodaburocracianoacessoaosapoios;• Apelo ao investimento estrangeiro por parte de empresas de desenvolvimento e criação desoftware;•Elaboraçãodeprémiosregionais,paraosalunosdosváriosníveisdeensino(comotemaligadoàs novas tecnologias;

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PELO ENSINO SUPERIOR, PELO FUTURO!Maurício Ornelas e João Vares Luís

OensinosuperioréograndeimpulsionadordaqualificaçãodosrecursoshumanosqueonossoPaíse a nossa Região dispõem. Como tal, é necessário apostar num ensino universitário e politécnico dequalidade, concentrado fortementenumaverdadeira formaçãoequalificação, fornecendoascondições necessárias para que os estudantes possam desenvolver competências, valores e motivações essenciais para a vida em sociedade. No nosso País, a partir do primeiro mandato do Governo comandado por José Sócrates, o Ensino Superior foi alvo de uma reformulação, por muitos considerada uma simples operação cosmética, mas que teve efeitos nefastos neste nível de ensino.

Surgiram diversos problemas com os quais as Universidades e os estudantes tiveram que enfrentar. Na esmagadora maioria das vezes estes problemas afectam outros elementos tais como osagregados familiares ou a comunidade onde determinada Universidade se insere.

Muitos polos universitários debatem-se hoje com problemas nunca antes vistos. A questão das desistênciasdecadavezmaisalunosporfaltadecondiçõeseconómicasfazcomqueofuturodoEnsino Superior em Portugal seja, neste momento, uma incógnita. Por outro lado, são preocupantes os níveis de desemprego jovem recentemente atingidos no nosso País, agravados pelo momento de “asfixiafinanceira”eporumapolíticadeausteridadequetardaematingirasmetascomprometidas.

Tendo todos estes factores em conta elaboramos um conjunto de propostas que vão de encontro a algumas problemáticas presentes no Ensino Superior.

Acção SocialOsnúmerosassustam.Aindaoano lectivoqueagorafinda iaameioe jácentenasdealunos,para não dizer milhares, tinham desistido das Universidades Portuguesas. Dos alunos que secandidataramabolsa40.000nãoconseguiramaprovação,sendoquedesses,15.000perderamabolsa que tinham conseguido no ano anterior. Aumentando o problema, o valor das propinas não páradesubir,mantendo-senoentanto,eàsvezesatédiminuindo,ovalordasbolasatribuídas.Éuma calamidade social que é mascarada. A JSD enquanto maior e melhor juventude partidária da Regiãoprecisamostrarasuasolidariedadecomestesestudantesatravésdepropostasconcretas:

1. Variação do valor máximo de uma bolsa de estudo de acordo com a variação do valor máximo das propinas. Desta forma será possível aos estudantes manterem uma bolsa de estudo cujo valor consegue cobrir as despesas anuais universitárias.

2.DivulgaçãojuntosdasInstituiçõesdeEnsinoSuperiordaMadeiradoFundodeEmergênciadosEstudantes do Ensino Superior. Este fundo foi criado para suprimir as situações em que os alunos não tinham direito a bolsa, por não cumprirem um ou mais requisitos, e por isso não conseguem continuarosseusestudos.Apenas27alunosrecorreramaestefundo,quenalgunscasospoderiamanter o estudante no ensino superior.

Oferta FormativaNas mais diversas Universidades foram-se abrindo cursos e estipulando um número de vagas que não era o adequado para o mercado de trabalho nacional, bem como para os diversos mercados de trabalhoregionais.EnquantomuitosafirmavamqueaofertaformativadoEnsinoSuperiorseguiaoseu próprio rumo, o tempo foi-se encarregando de provar exactamente o contrário. Vários cursos que não têm saída para o mercado de trabalho foram abertos. Inúmeros cursos tinham vagas deverasexcessivas.Tendoistoemconta,propomos:

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X I X C O N G R E S S O R E G I O N A L | C O N S T R Ó I O F U T U R O H O J E !

1. Abrir cursos que tenham saída para o mercado de trabalho da Região Autónoma da Madeira e fechar aqueles que não têm empregabilidade. Recorrendo a taxas de empregabilidade serão determinados os cursos que dão hipóteses realistas aos estudantes de conseguir emprego. Dado o caso da Região, existem vários cursos que estão em ponto de ruptura. O caso dos jovens enfermeiros madeirenses é preocupante, sendo necessário, tanto neste como em inúmeros casos, uma avaliação independente da rentabilidade destes cursos.

2. Reduzir o número de vagas em cursos previamente identificados. Sabendo que o númeroexcessivodevagaséumarealidadeemquasetodososcursosdoPaís,reduzironúmerodevagaspermitiria que esses cursos se mantivessem abertos, garantindo ainda a possibilidade do estudante acabar o curso e conseguir entrar no mercado de trabalho na sua área.

TransportesAmobilidadeéindissociáveldaeficiênciadeumsistemadeensinosuperior.Oscustosdetransporteeotempoexcessivodasdeslocaçõesparaospólosuniversitáriossãoentravesaessaeficiência.Osestudantesmadeirensesdeparam-sefrequentementecomdificuldadesdestaordem,tantoemterritórioregionalcomoemterritóriocontinental.Postoisto,propomos:

1. Existência de um regime adequado de compensação referente aos transportes aéreos nas ligações entre Continente – Funchal e Funchal – Continente, maxime aos estudantes madeirenses deslocados.Istojustifica-sedevidoaoselevadoscustosqueestessuportamnassuasdeslocações,sobretudoemépocasquecoincidemcomospicosdetráfego(Natal,PáscoaeVerão).Oactualregimeéinjustoeineficientepoisnãoconseguecorrigirasdivergênciasresultantesdaliberalizaçãoaérea,nemrespeitaoprincípiodacontinuidadeterritorialconsagradonaCRPenoEPARAM;

2.QueoEstadodevesuportarpartedessescustos,apartirdeumdeterminadomontanteatravésdeumsubsídiocomplementarcalculadoemtermospercentuais(subsidiocomplementaraaplicarnumnúmerodeterminadodevezes);

3. O alargamento deste regime aos estudantes que frequentem pólos universitários,independentemente do ciclo de estudos em que se encontram;

4.Umregimeadequadodedescontosnopassesub_23(paraosestudantesaestudaremLisboa)em função da situação económica de cada estudante;

5. Criação de uma tarifa social de estudante para os passes de estudante na RAM através de uma coordenação com as companhias de transportes públicos que laboram na Região. Esta proposta visaria sobretudo uma diminuição do valor dos passes.

Desemprego JovemPortugal continua a registar subidas na taxa de desemprego jovem que, segundo os últimos indicadores doEurostat,registavaovalorde36,6%.Demodoatentaratenuarestesnúmerospropomos:

1. Criação de programas de apoio ao empreendedorismo para recém-licenciados;

2.Adaptaçãodoprograma“ImpulsoJovem”;

3.Criaçãodegabinetes“decolocação”dosrecém-licenciadosnomercadodetrabalhojuntodasfaculdades. Estes gabinetes seriam centros de recrutamento de jovens valores para o mercado de trabalho e plataformas de acesso dos grandes empregadores a esta “matéria-prima”.

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PORTO SANTO XXIJSD Porto Santo

Hoje, mais do que nunca, é necessário pensar e agir de forma diferente. É imperial que se reaprenda afazerascoisascommenosrecursos.Osdesafioscomqueajuventudesedeparaatualmentesãoenormes, mas nunca serão maiores que a nossa vontade em superá-los. O Porto Santo, que há quatro anos foi o Concelho do País com maior investimento, vive hoje uma realidade diferente e delicada. O investimento é quase nulo e o desemprego atinge números consideráveis,existindoumsentimentodeincertezaemrelaçãoaofuturo.Éaquiquenós,jovens,podemos marcar pela diferença, com propostas válidas e concretas, abandonando a política do “bota-abaixo” e apresentando críticas construtivas. Desta forma, a JSD Porto Santo, apresenta a sua moção assente em três sectores, que consideramos essenciais:Desporto;TurismoeJuventude;Transportes.

DesportoNeste capítulo não podemos de deixar, de forma bem vincada, a nossa preocupação em relação aopassadorecenteeemrelaçãoaoFuturo.Naépocatransata,verificou-seasuspensãodetodoo desporto amador das equipas do Porto Santo. É necessário repensar todo o Modelo Desportivo Regional, de forma a incluir as equipas da Ilha do Porto Santo nas competições regionais. Não podemos admitir que uma equipa que não tenha formação receba subsídios para manter equipas profissionais,poisessesmeiosdevemsempre,emprimeirainstância,dirigir-separaascamadasjovens, para a juventude da nossa terra. Se na Ilha da Madeira é relativamente fácil, através de meio transporte próprio, deslocar-se para competir nos diversos Concelhos, é notório que para os praticantes das diversas modalidades do Porto Santo isso é impossível. Assim, torna-se imperativo que se criem parcerias com entidades públicas e privadas, para que os jovens Porto-Santenses possam competir a nível regional. Como exemplo, ao nível das viagens, contamos com uma empresa que presta um serviço público na linha marítima entre a Madeira e o Porto Santo, que podia e deveria apoiar as equipas amadoras no transporte inter-ilhas, pois para a construção do Navio, a dita empresa recebeu subsídios tanto da União Europeia, como do Governo Regional, chegando agora, mais do que nunca, a hora de retribuir. Ao nível da estadia, para uma equipa que venha jogar ao Porto Santo, esta não é necessária, mas uma equipa do Porto Santo que se desloque à Ilha da Madeira tem, obrigatoriamente, que pernoitar, pelo menos, uma noite. Aqui o parceiro ideal é mesmo o Governo Regional, que através da sua rede de pousadas, possui locais de excelente qualidade em diversos pontos da Ilha. Mais do que tudo, é necessário agir. O primeiro passo deveria ser dado por quem tutela o DesportonaRegião,ficandoaJSDMadeiraincumbidadeverificareatuar,casosejanecessário,para que a Dupla Insularidade, não sirva de desculpa para uma injustiça na prática desportiva regional.

Em termos internos, no Porto Santo, com a potencialidade que temos ao nível das infraestruturas, é necessário que os clubes e associações existentes se lembrem que o desporto não é só futebol e futsal. E é também muito importante não esquecer, que a praia do Porto Santo é a nossa melhor infraestrutura desportiva, pois não há nenhum desporto praticado no Porto Santo, que não possa ser praticado na Praia! Chegou a hora de deixar os preconceitos e o orgulho de lado. Existe um Estádio de Desportos de Praia no Porto Santo? Existe, mas está deslocado. Então aproveitemos aquilo que tínhamosde bomno passado, e que se volte a realizar, nomêsdeJulhooTorneiodeVóleidePraia,comvariantesde2,4e6,quetantospraticanteseacompanhantestraziamaoPortoSanto,equesepermitaqueesteserealizenumaáreacentraldo nosso areal. E como esta que venham outras modalidades noutras alturas, tendo sempre como base o amadorismo.

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Relativamente às infraestruturas físicas construídas, nada melhor, que “vendê-las” no global, como o melhor centro de estágio da Europa, tendo como mercado alvo o Norte da Europa, que nas alturas de inverno rigoroso, procuram por aquilo que nós já possuímos. Ginásios de Qualidade, Hotéis de Qualidade, Pavilhão Multiusos, Estádio de Futebol, Campo de Golfe, a melhor Praia da Europa, ClubedeMergulhoeumClimaAmenotodooano,tudoistonumaáreade42Km2.AJSDPortoSanto acredita que a Agência de Promoção da Madeira dispõe de todos os meios para acolher a nossa proposta e desenvolvê-la da melhor forma.

Turismo e JuventudeEmprimeirolugar,háqueredefinirquetipodeturismoqueremosparaoPortoSanto.Éconsensualqueoatualmodelonãosatisfazasnecessidadeseasambiçõesgeraisdapopulação.Dequenosserve um turismo 5 estrelas durante cinco meses, se este não sai do hotel? Queremos um Porto SantoparaoturismoouoTurismoparaoPortoSanto?Definitivamente,escolhemosasegundaopção! Se nos for dado a escolher, optamos por um tipo de turismo que tenha impacto em toda a economia local, aquele em que o turista visita o comércio local, vai ao supermercado ou à mercearia, vai ao café, ao bar e ao restaurante, vá à discoteca, etc. Turismo e juventude conjugam-se de forma interligada no Porto Santo, pois são muitos os jovens empreendedores, cujas áreas de negócio estão diretamente relacionadas com o turismo, áreas essas que foram desenvolvidas tendo como pressuposto um modelo de turismo que alterou a sua forma de ser abruptamente, com o regime de tudo incluído nos diversos hotéis, coincidindo com a altura de maior procura do destino Porto Santo. Foram criadas novas regras nos horários de funcionamento dos estabelecimentos de diversão noturna do centro da Cidade que em nada beneficiamoscomerciantes,assimcomodequemnosvisita.Foi construídaaZonaLúdicadoPenedo do Sono, que com o tempo provou ser um projeto demasiado grande para o Porto Santo, em que a oferte excede, em muito, a procura. Há que reconhecer o erro com humildade, e ter a consciência que não é possível ter no mesmo recinto diversas gerações. Uma das muitas queixas queseverificamvêmdasgeraçõesentreos30e40anos,porsinalaquelaquemaiorpoderdecompraapresenta,pelafaltadelocaisdediversão,umavezqueaqueaZonaLúdicadoPenedodo Sono é frequentada por uma geração muito mais jovem e propensa a exageros. Desta forma, a JSDPortoSantodefendeoalargamentodoshoráriosparaas04H00noCentrodaCidade,assimcomo,dosbaresjuntoàPraia,sendoqueestasúltimasdeveriamserconcessionadas,ficandoosconcessionáriosresponsáveispelalimpezaesegurançadasuazonabalnear.Estaéaformamaiseficazdeaumentaraqualidadedos serviçosprestadosporquemprocuraoPortoSanto comodestino de férias, pois com uma maior oferta, a qualidade será certamente uma referência da procura.

TransportesRelativamente aos transportes, esperemos que este não seja o eterno problema da nossa Ilha. O Porto Santo esteve, está e estará sempre condicionado e dependente do transporte marítimo e aéreo. Mas os problemas não vêm só do mar e do ar!Um dos problemas com que nos deparamos todos os dias no Porto Santo, é a ausência de Gasolina 95 Octanas. Não acredito que exista outra parte do território nacional com esta discriminação. É injusto que um porto-santense não tenha liberdade de escolha no que concerne ao combustível da suaviatura,comoacontececomoutroqualquerportuguês.Fazendocontas,comocustoatualdocombustível, é fácil percebermos que no período correspondente a um ano, são algumas centenas de euros que não nos é permitido poupar. Este assunto merece toda a atenção e o seu urgente esclarecimentodeumavezportodas.Aquestãoésimples,seanteriormentepossuíamosgasolinasem chumbo, gasolina com chumbo e gasóleo, porque é que agora nos impedem o acesso à mais barata?No que diz respeito ao transportemarítimo, é nossa proposta que, nas épocas baixas, todo ocidadão residente no Arquipélago da Madeira deveria pagar a mesma tarifa, sendo indexada à tarifa

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de residente de um passageiro do Porto Santo. Isto porque, a tarifa de residente existe para esbater a dupla insularidade, mas os Porto-Santenses além de terem, obrigatoriamente, necessidade de deslocar-se à Ilha da Madeira para recorrer a determinados serviços, necessitam também que nas épocasbaixasvenhamvisitantesregularmente.Comcerteza,queumamedidadestegéneroiriatrazerbenefíciosparatodasaspartes,umavezqueaumentariaotráfegodepassageirosnaépocabaixa, correspondendo a um aumento equivalente no consumo a bordo, assim como pela injeção de capital na economia porto-santense. Se as viagens, com ou sem passageiros, têm que ser efetuadas, pois então que se arrisque!O transporte aéreo é um assunto bem mais preocupante. Primeiro porque o Porto Santo estará sempre dependente do interesse comercial de uma companhia para as ligações inter-ilhas. Em segundolugarpelofactodeoprocessodeprivatizaçãodaTAP,deixar-noscommuitasincertezasrelativamente à ligação com o território continental. Ao nível das ligações inter-ilhas, é urgente baixaraomáximoouatémesmoisentarastaxasaeroportuárias,acabandodeumavezportodascom os preços exorbitantes tanto de residente como de não residente. É inadmissível que uma viagem Funchal – Lisboa – Funchal seja mais barata que uma viagem entre a Madeira e o Porto Santo. Nas ligações entre o Porto Santo e o território continental são também vergonhosos os preçosquesepraticamparacomosestudantesnasalturasdeinterrupçãoletiva(Natal,PáscoaeVerão).Paraqueumestudanteporto-santensevenhapassaroNatala casa, como todososestudantes portugueses, muitos pais são obrigados a despender valores que chegam a atingir os 400Euros.Porestevalorhámuitosportuguesesquepassamumasemanadefériascomtudopagono estrangeiro. Énecessárioestarmoscientesdasconsequênciasquepoderãoadvircomoprocessodeprivatizaçãoda Transportadora Aérea Portuguesa. Quem irá cumprir e suportar o serviço público? “O princípio da continuidade territorial assenta na necessidade de corrigir as desigualdades estruturais, originadas pelo afastamento e pela insularidade, e visa a plena consagração dos direitos de cidadania das populações insulares, vinculando, designadamente, o Estado ao seu cumprimento, de acordo com as suas obrigações constitucionais.” Isto é o que está consagrado na Lei! Estaremos atentos a todo o desenvolvimento desta situação, e qualquer atropelo por parte da República deverá ser denunciado, recorrendo a todas instâncias por forma a obrigar o cumprimento da Lei. Apesar de sabermos que o partido partilha destas preocupações e que está atualmente a trabalhar afincadamentenaresoluçãodasmesmas,aJSDPortoSantonãopodedeixardeexpô-las,paraque estas não sejam apenas preocupações de quem vive no Porto Santo, mas sim de toda uma Região Autónoma.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: A REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA NA UNIÃO EUROPEIADenis Caldeira, Luís Ramos Freitas, Tiago Vieira Neves, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, Miguel Sousa Alves, José Pedro Pita, José Miguel Gouveia, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, Pedro Oliveira de Freitas, João Catanho Silva, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

AUniãoEuropeia (UE) foi criada como intuito deapaziguar e coordenar as relaçõesentre osEstados-Membros sobre toda e qualquer matéria, desde que não coloque em causa a sobernia dos mesmos Estados-Membros.

NãoindiferenteàsRegiõesUltraperiféricas(RUP),aUEpreocupa-sedeformaintensivacomasmesmas. A UE comporta oito regiões ultraperiféricas, sendo uma delas a Região Autónoma da Madeira. Por conseguinte, a legislação e o exercício dos direitos e das obrigações comunitárias aplicam-se na íntegra.

OíndicedoPIBporhabitantenaMadeiraéde104,9,nívelsuperioraodamédiaEuropeia.

Noentanto,sãováriasasdificuldadesqueasRUPenfrentam,comoporexemplooafastamento,ainsularidade e o relevo.

Contudo,surgemaspotencialidadescomoadiversificação,permitindoàUEdispordeumamploterritóriomarítimoedeumaeconomiadiversificada;eoposicionamentogeoestratégicoqueoferecepossibilidadesdedesenvolvimentodasrelaçõescompaísesvizinhos.Tambémasactividadesdeinvestigação e de alta tecnologia são exemplos de potencialidades das RUP, no caso concreto da Madeira,aCentralEléctricadefinsmúltiplos.

A União Europeia apoia o desenvolvimento das RUP através de Fundos e Programas destinados às mesmas,comoéoexemplodoFundoEuropeudeDesenvolvimentoRegional(FEDER),doFundoSocialEuropeu(FSE)edoProgramadeOpçõesEspecíficasparafazerfaceaoAfastamentoeàInsularidade(POSEI).

RelativamenteàMadeira,omontantedassubvençõeseuropeiaporregião,noperíodoentre2007e2013,foide320500milharesdeeuros,porpartedaFEDER,porexemplo.

TambémoComitédasRegiões(CdR)éumdosmaisimportantesórgãosdaUnião.OComitédasRegiõesfoicriadocomoTratadodeMaastricht(1993)eéumórgãoconsultivoquerepresentaasautoridades locais e regionais da União Europeia.

A missão do Comité das Regiões consiste em representar os pontos de vista regionais e locais no que se refere à legislação da UE, através da apresentação de relatórios. E é precisamente neste campoqueavozdasregiõessedevemfazerouvirerepresentar.

Tendoemcontaissopropomos:•Criaçãodeumplanodeincentivoparaacaptaçãodeinvestimentos,nasRegiõesUltra-Periféricas,por parte de empresários emigrantes, dessas mesmas Regiões, que tenham a sua empresa sedeada fora delas.

•CedênciaporpartedoEstadoPortuguêsacadaumadasRegiõesAutonomasPortuguesasde1lugar, dos 7 lugares que detem, no Conselho da Europa.

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•CriaçãodeumprogramademobilidadedevoluntariadoentreasRegiõesUltraperiféricas,programaesseespecíficotendoemcontaasespecificidadescomunsdasváriasRegiõesUltraperiféricas.

•CriaçãodeumComitéEuropeudasRegiõesUltraperiféricas,sendoqueaComissão,oConselhoe o Parlamento devem consultar este Comité antes de serem tomadas as decisões sobre questões relativasàadministraçãodasRegiõesUltraperiféricas (porexemplo,sobrepolíticadeemprego,ambiente, educação ou saúde pública). Substituindo assim o recentemente criado Fórum dasRegiões Ultraperiféricas que não tem um poder tão efetivo junto dos diversos órgãos da União Europeia.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: COMPORTAMENTOS DE RISCOJosé Miguel Gouveia, Tiago Vieira Neves, Luís Ramos Freitas, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, Miguel Sousa Alves, José Pedro Pita, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, Pedro Oliveira de Freitas, João Catanho Silva, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

A JSD sempre tomou parte na defesa de um futuro promissor para os jovens da Região Autónoma da Madeira. Porque é nossa missão desviar os jovens de todo o tipo de atividades que não lhes trazembenefícios.Oscomportamentosderiscopreocupam-nosnamedidaemquemaistardeasociedade madeirense vai sofrer os danos colaterais fruto de uma má educação provida aos jovens. Um dos vícios que mais assola os jovens é do álcool, os jovens consumidores de hoje são muitas dasvezesosalcoólicosdeamanhã.Tambémtemosotabacoquepodesersacianteerelaxantemasquealongoprazoviciaelevaaumamortedolorosa.

Neste intuito propomos o aumento da idade de compra e de consumo de bebidas alcoólicas, para amesmaqueestáemvigornacompraenoconsumodotabaco,ousejadezoitoanos.Estaéumamedida que vai evitar e retardar, a nosso ver, a entrada dos jovens nos espaços de diversão noturna, o que fará com que os jovens se mantenham afastados de ambientes precários e aliciantes no que toca ao álcool e ao tabaco.

Falando de drogas, propomos igualmente umamaior rapidez no processo de ilegalização dasdrogas legais, para o efeito as substâncias em questão passariam apenas pelo laboratório para que estefizesseasanálises,eapósaobtençãodosresultados,estesseriamenviadosemseguidaparaaAssembleiadaRepúblicaparadeliberação,estamedidatornariaoprocessodeilegalizaçãocercade setenta por cento mais rápido. Não obstante, as drogas ilegais continuariam nesta situação, mas o crime de consumo e de venda seria punido com mais severidade. Outra questão de salientar é a distribuição gratuita de seringas aos toxicodependentes feita pelas enfermeiras de saúde mental em todos os centros de saúde que apesar de ser uma ótima ideia para a prevenção de doenças associadas ao consumo de drogas injetáveis, acaba por privar doentes que necessitam destas seringas para finsmedicinais, tais como os diabéticos, por isso achamos que as seringas quecustam entre um a três euros deviam ser gratuitas para todos os doentes tal como são atualmente para os toxicodependentes

Outro dos casos que requer especial atenção são as doenças sexualmente transmissíveis que se propagamnosjovensporqueestessãosexualmenteativoscadavezmaiscedo.Àsvezestãocedoque nem sabem da existência destas doenças. Ora, acontece que já existem várias instituições que apelam à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis através de contracetivos, é possível obter preservativos gratuitamente em instituições como a abraço e o centro de saúde da residência. Todaviafaltaaosjovens,sobretudoàquelescomidadesentreosdozeeosquinzeanosalgumaformação.Nanossaopiniãoasoluçãoparaesteproblemaésimples,eficazeeconómica.Primeiropassava pela educação dos jovens através das instituições anteriormente referidas que na entrega dospreservativospodiamcertificar-sequeestesestãodevidamenteinformados.Depoisseriadesalutarqueoprogramadeeducaçãosexualnasescolassepassassearealizarduasvezesportrimestre ao invés de uma no ensino secundário, já no ensino básico a disciplina seria incluída uma vezacadaduassemanasnosquarentaecincominutosdeformaçãocívica.

Não podíamos deixar de parte os distúrbios alimentares. Portugal é o segundo país da União Europeia com mais obesidade infantil, o que é deveras estranho se pensarmos que o nosso país é dos mais pobres da Europa. O que é facto é que precisamos de agir rapidamente contra a

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obesidade e outros distúrbios alimentares tais como a bulimia e a anorexia. Achamos que os pais e encarregados de educação têm grandes responsabilidades na nutrição dos seus educandos e devemserelesosprincipaisdefensoresdeumavidasaudávelparaosseusfilhos.Porestarazãoapelamosàrealizaçãodereuniõesdepaistrimestraisemtodasasescolasecomapresençadeum ou mais nutricionistas, com o objetivo de os formar para que estejam mais aptos a manter os seus filhosafastadosdestasdoenças.Podiam tambémseraprovadasmedidas legislativas taiscomo a proibição de publicidades vindas de cadeias de fast food e outros restaurantes com comida pouco saudável. Em tempos quando a publicidade de tabaco era permitida, o seu consumo era muito maior, o que nos leva a acreditar que esta medida seria plausível.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: AMBIENTE E PRESERVAÇÃO NATURALMiguel Sousa Alves, Luís Ramos Freitas, Tiago Vieira Neves, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, José Pedro Pita, José Miguel Gouveia, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, João Catanho Silva, Pedro Oliveira de Freitas, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

Todosnósaoacordarfazemososnossosplanos,pensamosemcomovaiserodia,eoquevamosoutemosparafazer.Emmuitosdessesdiasnãoreparamosnasortequetemosemvivernumailhaemque as nossas cidades estão cheias de espaços verdes e que têm paisagens que frequentemente tiram a respiração aos turistas que nos visitam. É o meio ambiente único e preservado no qual temosasortedeviverquefazcomqueanossaregiãosejaumadasmaisbonitasdomundo.

Com a conjuntura económica actual sabemos que é difícil proteger os espaços verdes pois o númeroderecursostorna-secadavezmaisdiminuto.Porémsãomuitosdessesmesmosespaçosverdesmadeirenses, como por exemplo as nossas serras e parques florestais, que atraem osturistas. Sendo que o turismo é uma das nossas fontes de rendimento, por atraírem os turistas estes espaçostambémosão,poisosturistassentem-seatraídospelabelezanaturaldoArquipélagodaMadeira. E esta fonte de rendimento depende muito da conservação e da sua preservação. Como os recursos são poucos temos de ser inventivos e dar o exemplo ao resto da população.

Tendoemconsideraçãotudoqueemcimafoimencionadoanossasugestãoéaseguinte:vistoquea JSD tem diversos núcleos espalhados por todas as concelhias da Região Autónoma da Madeira, núcleos esses que são constituídos por membros que em princípio juntaram-se à instituição por se preocuparem com a região onde vivem e querem contribuir para o seu desenvolvimento como puderem,estesnúcleosduranteoVerãopoderiamcontribuirparaaconservaçãodabelezadasnossas serras.

DuranteosmesesquentesdeVerãocadanúcleoficariaencarregueporestesespaçosporumcurto espaço de tempo, como por exemplo uma semana ou apenas três dias. Nesses dias vigiaria, limparia o lixo até mesmo poderia ajudar na recolha de sementes e plantar algumas árvores. Isto é algo que poderia ser feito igualmente em relação às nossas praias pois é vergonhoso ver crianças anadarpertodelixocomoporvezesacontece.Comcertezaéalgoquenãonosajudaaatrairmaisturistas para visitar a nossa bela região.

Existem,ainda,outrosconjuntosdepolíticaseficientesesustentáveisaadoptardemodoaprotegero nosso meio ambiente. Podemos aproveitar os resíduos sólidos urbanos para a produção de combustíveisalternativos,comoobjectivodereduziraemissãodegasespoluenteseadependênciaenergética de combustíveis fósseis. Por exemplo, o uso de biodiesel nos táxis e nas empresas públicas de transportes.

Podemos também reproduzir nas marinas e nos portos do Arquipélago da Madeira medidassemelhantesàsqueexistemnoEstadoAmericanoFloridaquegarantemumalimpezaeficazdaságuas.Umadessasmedidasseria:“CleanBoatingHabits”quetemopropósitoreduzirosprodutosquímicos, como solventes e resíduos de tintas lançados ao mar, pois são tóxicos à vida marinha.

Um dos tipos de poluição menos falado é a sonora e devem de ser tomadas medidas de forma a combatê-la. É inacreditável o barulho feito por algumas motorizadas e por alguns carros, eacreditamosqueestapoluiçãoéprejudicialparaonossoturismo,especialmentequandorealizadajunto aos hotéis pois os nossos visitantes são maioritariamente de uma faixa etária alta. Dito isto é

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fundamental que as nossas forças policiais principalmente a GNR e a PSP tenham mais aparelhos medidores de decibéis para poderem actuar e impedir este tipo de poluição.

Sendo que o lixo é uma preocupação, é necessário adoptar medidas ao invés de multar e punir os proprietários de terrenos particulares pelo lixo espalhado nas suas propriedades, seria útil dar apoios para a limpeza desses terrenos.Pois, nem todos os proprietários têmdisponibilidade erecursospararealizaremumalimpezaeficazdasuapropriedadedemodoaevitarmalesmaiorescomo os incêndios que ocorrem sempre que as temperaturas são mais elevadas. Este seria um passo crucial para que a Madeira voltasse a ganhar o prémio Entente Florale, se o conseguimos em doismildecertoquehoje,comesforçoeafincoseriapossívelganhá-lonovamente.

Énecessáriouniraspessoasparapreservarosespaços.Realizarestauniãoéalgocomplicadopoismuitasvezesédifícilparaestaspessoassaíremumpoucodassuas rotinaseaindamaisduranteestacrisefinanceirapelaqualestamosapassarquecausamuitafrustraçãoedesesperoàsfamílias,eporoutroladodevidoamentalidadescomodistas.Estadificuldadeépatenteemcasoscomo o da escola da Fontinha no Porto onde a população teve de se unir para recuperar a escola poisnãotinhainfra-estruturasparafinsrecreativospertodesiearecompensaquetiverampelacâmara municipal do Porto foi tudo menos agradável. Nós como juventude madeirense podemos ser melhores e demonstrar que essa união para preservar o ambiente é recomendável. Como possível motivação poderíamos atribuir um prémio, por exemplo, a cidade ou conselho mais limpo duranteumanousufruiriadeáguaedeluzmaisbarata.

Temos noção que todos têm responsabilidades, rotinas e outros assuntos que lhes roubam tempo e que devido a isso pensam que não podem participar em algo do género. Mas nós não só enquanto jovens que se inserem numa instituição partidária mas também enquanto membros da sociedade devíamosdefazeroqueestivesseaonossoalcanceparamelhorarasociedadeondenosinserimosdealgumaforma.Paramuitos issosignificadarosseuspertencesantigosnaépocadoNataleacharquejáfeztudooquedevia.Averdadenoentantoéqueasituaçãoeconómicaemquenosencontramosactualmenteémáemuitospassampordificuldadeseestánasmãosdetodos,nãosónas nossas enquanto militantes da JSD, de melhorar o que podemos. Por isso todos nós podemos tirar um pouco do tempo gasto nas nossas rotinas e doa-lo por uma boa causa.

É imperativo que agora mais do que nunca se proteja aquilo que é nosso.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: AUTONOMIALuís Ramos Freitas, Tiago Vieira Neves, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, Miguel Sousa Alves, José Pedro Pita, José Miguel Gouveia, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, João Catanho Silva, Pedro Oliveira de Freitas, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

Cara Autonomia;

Todos nós estamos gratos pelas oportunidades que nos proporcionaste nestes trinta e seis anos de existência, pela liberdade que nos concedeste para podermos explorar as nossas infinitascapacidades individuais e coletivas, de podermos ver o nosso esforço e trabalho devidamente reconhecido. Foi um reconhecimento de um esforço e de um trabalho de várias gerações que durante décadas foram submetidas aos dissabores do colonialismo e da exploração abrupta de quem nada nemninguémvalorizavaanãoseroseupróprioenriquecimentomesmoqueissosignificasseavassalagem de todos a tão poucos. Contudo, houve sempre quem não nos entendesse, apesar deporvezes termossidodecerta formamenoscorretos, foramaquelesquecom issoqueriamprejudicar a nossa audácia de acreditarmos que poderíamos ter feito mais e melhor, de acreditarmos que acima do poder que nos era concedido estavam os interesses de todos os madeirenses. Apesar dealgunsmomentostermossidocompreendidos,atécertoponto,issonãofoiosuficiente,poisapartir daí fomos invejados, insultados e quiseram adulterar a todo o custo o nosso futuro, através deautênticoscorsáriosdeumEstadoporvezesdesonestoquetentoumarginalizarumterritórioeum povo com legítimas aspirações. Foram trinta e seis anos em que nós prestigiamos esse estatuto quenosfoiconcedido,emqueprovamosqueonossotrabalhoeratãooumaisvalorizadoqueode outros, criando assim um mundo novo, uma Madeira Nova, com os mesmos madeirenses que sempre trabalharam e que quase nunca viam o seu trabalho devidamente recompensado, por tudo isso estamos todos agradecidos, nós, os nossos pais e os nossos avós. Pois os madeirenses sonharam, acreditaram na Autonomia e ela em nós e a obra nasceu, por termos sido sempre um povoaguerridoquenuncasecurvouperanteasdificuldades,fossemelasquaisfossemeviessemelas de onde viessem, a nossa bravura nunca cessou nem nunca irá cessar. Somos um exemplo, somos suor e lágrimas, somos um momento, somos Futuro! Foram trinta e seis anos, serão muitos mais, seremos muitos mais e não deixaremos lutar pela nossa Autonomia, pela nossa integridade e acima de tudo pelo nosso povo!

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: CULTURA E TRADIÇÕESTiago Vieira Neves, Luís Ramos Freitas, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, Miguel Sousa Alves, José Pedro Pita, José Miguel Gouveia, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, João Catanho Silva, Pedro Oliveira de Freitas, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

Écadavezmaisimportanteoferecerumapanópliaculturalaoscidadãosmaisabrangente,anossacultura é a nossa bandeira e representa-nos em qualquer lugar. A cultura é um dos alicerces da sociedade e não se baseia apenas nas artes e festas, são também valores e perspetivas que nos definemenquantoportuguesesemadeirenses.Portugaltemesteanoacapitaldaculturaeuropeia:Guimarães;Cabe-nosanósmadeirensesfazerdeumadasnossascidadescapitaleuropeiadacultura. Para tal é imperativo que saibamos passar o nome da Madeira como uma marca de prestígio e qualidade para o mundo. Dito isto era indispensável que a Madeira tivesse mais representatividade nas comunidades de emigrantes pois eles são o bastião da nossa cultura no estrangeiro, portanto seria de louvar se os centros de comunidades madeirenses iniciassem uma campanha cultural para mostrar aos estrangeiros a nossa cultura. Este fenómeno já acontece através do buche a l’oreille (ousejapelobocaemboca)maspodiaserfeitoatravésdefeirasdeprodutosregionaisecomaparticipação de artistas regionais. Outra medida deveras importante seria a criação de eventos culturais no território regional em que a cultura fosse única e exclusivamente madeirense. Hoje em diavêem-sediscotecasnomeiodearraiaiseécadavezmaisdifícilvereouvirmúsicamadeirensepor isso era importante controlar o tipo de cultura que entra nas nossas festas e tradições porque o risco de perdermos a nossa identidade é demasiado alta.Aglobalizaçãoécomoumveículoquetransportaacultura.Masporvezesumveículopodeatropelare neste caso as vítimas são outras culturas. Por outras palavras, quando um povo adota uma culturaestrangeiracorremuitasvezesoriscodeperderumpoucodasuaprópriacultura,podemosentãoverestefenómenocomoumprocessodeseleçãonatural.ComodisseCharlesDarwin:«Nãoé o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.». Este é um pensamento que se adapta perfeitamente à cultura e tem até um certo zeitgeist apesar dequasedoisséculos.Háquenotarqueanossaregiãotemfortesraízesculturais,mascomotempoecomaglobalizaçãopode-seestaracriarumefeitodeerosão.Amelhormaneiradeevitarestefenómenopassariapelainclusãodanossaculturanoprocessodeglobalização.Existemcercadeummilhãoequinhentosmilmadeirensesnomundo. Istosignificaqueanossaculturaestábem representada porque através destes emigrantes esta ganha asas. Mas muito ainda pode ser feito para que a nossa cultura prevaleça e perdure para as gerações vindouras. Nomeadamente uma maior campanha publicitária turística para que mais pessoas de diversas nacionalidades saibam que existe uma pérola no meio do Atlântico rica em cultura. Uma medida importante seria apromoçãodasfestasregionais,desdeosarraiaisàfestadofimdeano,anossaofertaabrangeosmaisvariadosestilosculturais,ecomcertezateríamosmaisadesãoseasnossasfestasfossempromovidasanívelnacional.Outraformadefazerpassaranossaculturaseriaensiná-laàquelesquenosvisitam,comworkshopsfacultadospelasestânciasturísticasquepodiamensinarosturistasafazerdesdeponchaabordadoMadeira.Contudo não temos de nos focar apenas na passagem da nossa cultura para o exterior, por essa razãopropomosformarosjovensparaquemaisecléticosnasuaapreciaçãodecultura.Aculturaé incutida, ou seja cabe-nos instruir as gerações mais novas para que se interessem pelas artes, desde a literatura à pintura. Porque é sabido que os nossos cidadãos são os europeus que menos leem, seguidos da Grécia. Não será este um espelho da economia. A cultura é conhecimento a vários níveis e onde a cultura é fraca, a ignorância acompanha. Só com uma sociedade evoluída culturalmente podemos ter uma cultura viva. Para o efeito propomos uma redução do imposto de

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valor acrescentado para todos os livros, e também a oferta de subsídios todas as editoras que utilizempapelrecicladonaimpressãodosseuslivroseigualmenteaintroduçãodelivrosdeleituraobrigatória mais cedo, mais concretamente a partir do terceiro ano de escolaridade porque os alunosjáterãoaprendidoaler.Parafinalizargostaríamosdereferirqueénossodeveredetodososmadeirenses preservar a nossa cultura e mantê-la afastada da corrupção de outras, consagrando a nossa cultura para a posteridade.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: ECONOMIASérgio Rodrigues, Pedro Pereira, Luís Ramos Freitas, Tiago Vieira Neves, Miguel Sousa Alves, José Pedro Pita, José Miguel Gouveia, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, João Catanho Silva, Pedro Oliveira de Freitas, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

Estamoção,dedicadaaumaáreatãoimportantecomoaEconomia,estádivididaemsetetemáticas:Agricultura e Pesca, Ensino Investigação e Empreendedorismo, Ambiente, Turismo, Setor Público, Pequenas e Médias Empresas e Emprego, e Indústria e CINM.

Na abertura de cada temática consta uma pequena introdução que resume a estratégia global pensadaparacadaárea.Posteriormente,constamasmedidasidealizadasparaquesevivencieuma melhoria ao nível económico de cada setor.

Agricultura e Pesca Éumdossetoresmaiscontroversos,poismuitasvezeséassociadoaumregressoaopassado.Contudo,aMadeirapoderávernaatividadeagrícolaenapescaumafontedeingressossignificativase houver uma aposta clara na agricultura biológica e em acordos externos de cooperação.

Medidas:•IncentivarapráticadaagriculturabiológicanaMadeira,poistendoemcontaa,pequenadimensãodosterrenosagrícolasnãonosserápossívelproduziremgrandesescalasapreçoscompetitivos,massimproduzirprodutosdeelevadaqualidadeecomvaloracrescentado.

•Criarumaassociaçãoregionalparaaagriculturabiológica,demodoadisponibilizarequipamento,formaçãoepessoalespecializadoaosseusassociados.Deigualforma,estaassociaçãopermitiráque a produção possa ser encaminhada para mercados externos apropriados.

•Criarcondiçõespararenovarafrotapiscatória,demodoadar-lhecaraterísticasmaisindustriais,apoiandoaobtençãodefinanciamentoporpartedospescadores.

•Formarospescadores,demodoatransmitirnovosconhecimentosassociadosaumapescasustentável.

•Estabeleceracordosdecooperaçãocomoutrospaíses,porexemploosPALOP,deformaatermoszonasdepescaforadaZEEportuguesa

Ensino, Investigação e EmpreendedorismoDuas áreas que estão associadas ao futuro e à sustentabilidade do desenvolvimento económico. Por isso, o ensino deverá ter em conta os talentos de cada aluno, incentivando o aperfeiçoamento dosmesmos.Paraalémdisto,deveráser incentivadaarealizaçãodetrabalhosdeinvestigaçãoproduzidosnaregião.

Medidas:• Criar plataformas online para todas as escolas públicas onde os alunos possam encontrarexplicações, jogos didáticos, exercícios e acesso a material relacionado com o conteúdo programático.

•Prepararosprofessores,atravésdeformações,paratratarcomadiferençaeosdiversosníveisdentro das turmas.

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•Equacionarsobreocontributoquecadaunidadeeducativatemnaregião,paraquedepoispossamser oferecidos projetos de formação alternativos com qualidade.

•Incentivar,desdeosecundário,ainvestigação,ainovaçãoeoempreendedorismo,comprémiosanuais a atribuir para os melhores trabalhos.

•Encaminharosprojetosde investigaçãodosestabelecimentosdeensinosuperior,demodoaprestaremumserviçopúblicoquepossaserposteriormenteaplicadona região.Áreas tãobemdesenvolvidas como a nanotecnologia, a biologia e a química devem ser encaradas como motores para o desenvolvimento do arquipélago.

• Facilitar a cooperação entre as unidades educativas e o tecido empresarial. Isto pode serdesenvolvido através de várias iniciativas, por exemplo com a criação de uma empresa júnior na região.(AcriaçãodeumaempresajúniornaUniversidadedaMadeirajáestáasertratadapelossubscritoresdestamoção).

•FortaleceroPoloCientíficoeTecnológicodaMadeira,demodoacaptarinvestigadoresestrangeirose criar um ambiente favorável à investigação por parte dos investigadores da região. Este processo pode ser logrado a partir da criação de plataformas digitais dedicadas à investigação, sistemas de incentivos e outros programas.

•Intensificarasatividadesdeempreendedorismonoprimeirociclo,demodoainverteramentalidadeda sociedade, demasiado programada para servir e não para criar.

AmbienteNumaatualidadecaracterizadapelasquestõesconjunturais,umdosprincipaispilareseconómicosdeveseramaximizaçãodosrecursos,compolíticaseficientesesustentáveisquevisemummelhoraproveitamento dos desperdícios, tornando-os futuras fontes de rendimento.

Medidas:•Aproveitarosresíduossólidosurbanosparaaproduçãodecombustíveisalternativos,demodoareduziraemissãodegasesdeefeitoeadependênciaenergética.

•Fazerusodaságuasprovenientesdeesgotos,ondegasescomoohidrogéniopodemserutilizadosna produção de biogás.

•Utilizaro lixoflorestalcomofontedeenergia, fazendocomquenãosóadotaçãoderecursosaumente, como também as probabilidades de incêndios em larga escala no verão diminuam.

•Exploraracriaçãodeenergiaatravésdasmarés,especialmentenacostanorte,ondeaagitaçãomarítima aumenta o aproveitamento dos aparelhos instalados.

TurismoO turismo tem sido ao longo dos anos a principal referência do arquipélago da Madeira. No entanto, sem descurar o tipo de visitante que hoje nos visita, o futuro deverá passar pela diferenciação do produtooferecidoepeladiversificaçãodopúblico-alvo.

Medidas:•Oferecercommaiorclarividência,umprodutotãoúnicoeespecialcomoaculturamadeirense.Acultura madeirense, rica e com um passado histórico que a fortalece, constitui um produto único e não sujeito a cópia por concorrentes.

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• Imiscuiroturistademodoaviveraexperiênciadesesentirmadeirense,absorvendoamúsica,agastronomiaeofolcloredaMadeira,fazendo-oparticiparnaproduçãodasmesmasiniciativasculturais.

•Ajustaraofertahoteleiraàprocura,desincentivandoaaberturadenovasunidadeshoteleirasquenão se distingam per si, e que constituam apenas mais um fator para a baixa de preços.

•ExploraroutrasáreasdoturismoquepossamviratermargemdeexpansãonaMadeira,comooturismo radical, que permitiria rejuvenescer o público que nos visita; o turismo religioso, tendo em conta o valorreligiosoqueailhatem,eoturismodeinvestigaçãobaseadonaflorestalaurissilva.Estaexpansãominimizaráosefeitosnegativossubjacentesàdependênciadeumlequedemercadosreduzido.

•CriarumfundoparaadinamizaçãoculturalderuanosconcelhosdaRegião,demodoarevitalizaras vilas e as cidades dos mesmos, através de espetáculos musicais, pinturas, atividade teatral e circense,projeçõesem3Dnosedifícios,entreoutros.

•ProjetaraimagemdaMadeiraporoutrasvias,comoporexemploumaredesocialespecíficaquepermita ao turista relatar a experiência que teve quando visitou a ilha, incentivando a expansão destas vias, de modo a difundir a imagem do destino Madeira pelo mundo.

• Criar um parque que permita aos turistas ver e participar nas atividades tradicionais da ilha,algumasdelasjánãopraticadasatualmente.(Estaideiaestáaserdesenvolvidapelossubscritoresdestamoção).

Porto SantoÉapresentadaumaestratégiadirecionadaunicamenteparaoPortoSantodevidoàsespecificidadesdo destino. Esta caracteriza-se pela promoção como destino de saúde, complementado comatividades desportivas e culturais.

Medidas:•ReforçarapromoçãodoPortoSantocomodestinodeturismodesaúdenomundo,atravésdadivulgação de estudos que comprovem as capacidades terapêuticas da sua areia.

•PromoveroPortoSantonosvooscomdestinoMadeira,eaMadeiranosvooscomdestinoPortoSanto.

•Sediarcompetiçõeseuropeiasemundiaisparadesportosmarítimosedeoutra índolecomoogolfe, de modo a existir uma clara complementaridade entre a ideia do turismo de saúde e as atividades que se desenvolvem na ilha. Estas atividades vão de encontro às necessidades dos membros da alta sociedade, tipo de cliente que se procura para um destino como o Porto Santo.

•Promoverasatividadesculturaisderua,durantetodooano,demodoaminimizarasazonalidadeassociada ao destino.

•Atrairinvestimentosprivadosquevenhamsolidificaroconceitodeturismodesaúde,comoporexemplo clínicas privadas ou unidades de saúde alternativas.

Setor PúblicoAsestratégiasparaosetorpúblicopassampelaflexibilização,demodoatorná-lomaiseficienteepela avaliação dos funcionários e das instalações subscritos ao setor.

Medidas:•Flexibilizarosetordemodoacriarsistemasquesetraduzamemresponsabilidadediretiva.

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•Extinguirasfunçõeslimitadaspelalei,demodoapermitirqueofuncionáriopossadesenvolveroutrasfunçõesdentrodasuacategoriaprofissional.

• Criar sistemas automatizados que permitam nãomelhorar o desempenho dos trabalhadores,como também facilitar a avaliação dos mesmos.

• Facilitar a avaliação dos funcionários públicos, reduzindo os processos burocráticos, paraque posteriormente possam ser recompensados aqueles que tiveram um bom desempenho e penalizadosaquelesquenãootiveram.

Pequenas e Médias Empresas e Emprego.Tendo em conta o tecido empresarial da região, devemos concentrar os nossos esforços nas PME’s, já que ao sucesso destas está subjacente o desenvolvimento económico e a criação de emprego.

Medidas:•Flexibilizarosistema,demodoaqueoshoráriosobrigatóriosnãosejamtãorígidosepermitamao comércio um período de tolerância de abertura que possibilite ao empresário desenvolver a sua atividade em períodos com maior movimento.

•PermitirqueospagamentosdoEstadoàsempresaseinstituiçõesnãosejambloqueadosporatrasosdepagamentosaofisco,massimquesejaefetuadoumdescontodiretodomontanteemdívida.

•Criarumgabineteondeospequenosempresáriospossamseraconselhados,gratuitamente,noque concerne à sua atividade, para que o Estado possa incutir novas técnicas de gestão, de modo aserpossívelreorganizaremodernizarocomérciotradicional.

•Estabelecerparceriasinstitucionais,atravésdogabinete,demodoaintensificarassinergias,eincentivar o fortalecimento de uma cultura de entreajuda.

Indústria e CINMUma das estratégias de desenvolvimento económico mais usuais em regiões ultraperiféricas é a criaçãodeáreascombenefíciosfiscais,demodoacaptarcapitalexternoquevenhadesenvolverinternamente o território. Naturalmente, o CINM constitui uma mais-valia para os madeirenses e por isso devem ser exploradas as melhores iniciativas que venham aumentar a competitividade domesmo.Deigualformaosetorindustrialdeveráaumentarasuaeficiênciaatravésdediversasmedidas de entreajuda e cooperação.

Medidas:•Criarumsistemadeapoioemalgunsparquesempresariaisdemodoaseremcapazesdefuncionarcomo incubadoras que facilitem o nascimento de novas atividades industriais.

•Equacionaroatualposicionamentodealgunsparquesempresariais,demodoquesejamconstituídosespaços onde se encontrem aglomerados de empresas do mesmo setor, já que as sinergias e toda a rede que se cria a partir deste posicionamento permitem um melhor desenvolvimento não só das empresas como do próprio setor.

•Idealizarnovasvantagens,quenãoapenasfiscais,paraasempresasqueselocalizamnoCINM.Entre estas ideias pode estar o estabelecimento de acordos com os membros da CPLP, para facilitar às empresas instaladas no CINM a entrada nesses mercados que por norma apresentam inúmeros entraves.Claramente,asvantagensfiscaisnãodeverãoserdescuradas,masoCINMmelhorseráse apresentar novas benesses.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: EDUCAÇÃOLuís Ramos Freitas, Tiago Vieira Neves, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, Miguel Sousa Alves, José Pedro Pita, José Miguel Gouveia, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, João Catanho Silva, Pedro Oliveira de Freitas, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

Uma educação de qualidade e uma gestão dos recursos existentes, tendo sempre em conta a formaçãodoscidadãos,temreflexoimediatonofuturodonossoPaís.Postoistoexisteanecessidadede desenvolvermos pequenas alterações que vão proporcionar grandes mudanças, sejam essas nas instituições, nas pessoas que frequentam essas instituições e no Estado Português que tem como um dos seus primordiais objetivos por à disposição das instituições e dos cidadãos que as frequentam,umadiversificadaeponderadaofertadeformação.Naânsiadedaronossocontributoem questões que merecem uma atenção redobrada dissertamos e propomos algumas alterações naqueles que consideramos os Ensinos de maior carência, o Ensino Secundário e o Ensino Superior.

Ensino SecundárioCadavezmais conta terumensinosecundáriomais coesona formadeeducarosestudantespara o ensino superior e sobretudo para o seu futuro laboral porque nem todos têm a sorte de poderem ingressar no ensino superior, para aqueles que saem mais cedo da escola é especialmente importanteterconhecimentoseexperiênciasuficientesparaummercadodetrabalhocrescenteanível de competitividade.

Todos nós sabemos a importância que o Ensino Secundário representa no percurso académico deumEstudante, para alguns deles significa umabase preparatória para o início de umnovocicloacadémicoeparaoutrossignificaoculminardetodoumprocessodeaprendizagemantesda entrada no mercado de trabalho. Um dos grandes problemas que o Ensino Secundário se tem deparado é o abandono escolar, muito por força da incapacidade financeira das famíliasemfazeremfaceàsnecessidadesinerentesaestetipodeensinoqueapesardenãoseremtãoelevadasquanto issosãoumadificuldadeacrescida,quetemhipotecadoofuturodeumapartesignificativadosestudantes.Temostambémanoçãoqueasescolhasefectuadasnestafasetêmrepercussões no futuro dos estudantes havendo a necessidade de haver uma efectiva preparação e apoio neste período do percurso académico para que os mesmos possam ver correspondidas as suas ambições e reconhecido o seu esforço e dedicação. A necessidade de envolver activamente os Pais e Encarregados de Educação neste processo também é essencial para o sucesso escolar erefletetambémoapoioquevãoteraolongodasuavidapessoaleprofissional.

Demaneiraacombateresteseoutrosproblemaspropomosasseguintesmedidas:•Reconhecimentodosestudantescommelhoresresultadosescolaresatravésdeapoiosparaoprosseguimento dos seus estudos. Os apoios seriam sobretudo facultados pelos professores por meio de explicações e acompanhamento extraordinários. Mas poderiam haver prémios simbólicos para os estudantes com melhores resultados, de forma a reconhecer o seu esforço.

• Reconhecimento dos docentes que desempenhem projectos extracurriculares dignos dediferenciação pelo acréscimo que os mesmos são para o estabelecimento de ensino e para toda a comunidade que nele se insere.

•Obrigatoriedadedereposiçãodeaulasporpartedosdocentesquefaltem.

•Existênciadeestabelecimentosdeensinocommaiorespecializaçãoemumaáreadeleccionação.

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• Promover oAssociativismoEstudantilmostrando que as associações de estudantes dão aosjovens a capacidade de revindicarem os problemas do meio que os rodeia e em que estão inseridos.

•FormaroDirigentesAssociativosatravésdeformaçãoteóricaeprática,preparando-osassimparauma participação cívica de qualidade.

•AvaliaçãodosDocentesporpartedosDiscentes.

•Acriaçãodeumpasseescolarúnicoqueabranjatodasastransportadorasdeautocarros.

Ensino SuperiorDurante vários anos os orçamentos das instituições públicas de Ensino Superior em Portugal foram suportados, na sua totalidade pelo estado português. Durante todo esse tempo não se deu primaziaàqualidadenempor forçadaquelesque tinhamodeverdeserem formadosnemporparte daqueles de tinham o direito a essa mesma formação. Fomos compactuando ao longo do tempo com excessos que hoje são irreversíveis com políticas de ensino e de apoio ao mesmo, desajustadas e incontidas. Alguns dos investimentos foram indevidamente ponderados a longo prazo,otempoveiodarrazãoaestecaso,mesmosemesteprazoterexpirado.

Contudo conseguimos formar cada vez mais jovens e ainda conseguimos dar formação aosmenos jovens, podemos não saber se conseguimos alcançar a excelência mas por outro lado conseguimos mais pessoas com formação nas diversas áreas. Desta forma houve um novo mundo de oportunidades para todos aqueles que até então não teriam quaisquer possibilidades de obter uma licenciatura. Os custos inerentes a esse tipo de formação não eram tão elevados quanto isso, a proliferação dos estabelecimentos de ensino superior pelo território português o que veio a diminuiroscustoseempoucotempoconseguimosamaiorfasedequalificaçãodesempre.

Todavia até à data fomos incautos ao ponto de não avaliarmos a oferta lectiva, nem a submetemos aeficazescritériosquedesfizessemqualquerdiscrepânciaqueessa leccionaçãoapresentasse,não fomosrígidosnemseverososuficientepara impor resultadossatisfatóriosa todosaquelesque tiveram a benesse de receber um apoio estatal para prosseguir com os seus estudos. Fomos acumulando docentes e funcionários sem benefícios aparentes, causou-se uma subcarga administrativa das instituições, o que veio complicar perpetuamente a gestão das mesmas.

Há uma necessidade efetiva de corrigirmos os erros acumulados ao longo dos anos, restruturar a forma como é feita a administração e são concedidos os apoios a estas instituições para que possamos primar pela correctividade e por desempenhos meritosos. Não tenhamos medo de mudar o funcionamento incorrecto ou desajustado das Instutições Publicas de Ensino Superior em Portugal e a sua relação com o Estado Português.

Demaneiraacombateresteseoutrosproblemaspropomosasseguintesmedidas:• Fixação dos valores das propinas deMestrado por parte das InstituiçõesPúblicas deEnsinoSuperioremPortugalouporpartedoEstadoPortuguêsemaiorflexibilidadedepagamentodessesmesmos valores mediante o acréscimo do número de fases de pagamento.

• Criação de órgão de fiscalização financeira e de execução orçamental por parte do EstadoPortuguês, substituindo assim os órgãos de fiscalização das próprias Instituições de EnsinoSuperior emPortugal que asmesmas já possuem. Esta fiscalização deve ser feita apenas aomontante transferido pelo Estado às mesmas, sendo que todas as outras fontes de receita devem permanecer sobre a alçada das Instituições.

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• O Estado Português deve obrigar ou incentivar a passagem das Instituições Públicas deEnsino Superior em Portugal para regime fundacional àquelas que apresentam um maior índice de desenvolvimento e autonomia, para que as mesmas possam valorizar de forma acrescidaa investigação, verem facilitada a gestão económica e financeira de fundos e aumentar acompetitividade para com outras instituições de ensino superior a nível nacional e internacional.

•Racionalizaçãodosrecursoshumanos,reencaminhandoassimosexcedentesparaainvestigaçãodeformaaumentaraprodutividadedeumadasfontesdefinanciamentodasInstituiçõesPúblicasdeEnsinoSuperioremPortugal.Essamesmaracionalizaçãodosrecursoshumanosdeveserfeitapela própria Instituição e em último caso pelo Estado Português a partir do momento em que o mesmo evidenciar a necessidade de um ajustamento nesse sentido.

•Criaçãodeobservatóriosdeempregabilidadenas instituiçõespúblicasdeensinosuperioremPortugal,quepossamapresentarestudosamédioelongoprazodasnecessidadesdomercadodetrabalho e que com isso possam corresponder às expectativas e apostas na educação por parte dos estudantes.

•ReconhecimentoefectivoporpartedasInstituiçõesPúblicasdeEnsinoSuperioremPortugaldosprojetos exta-curriculares desenvolvidos pelos estudantes,mediante um certificado de gratidãopelos serviços prestados à comunidade académica e à sociedade em geral.

•QueoscursoslecionadosnasInstituiçõesPúblicasdeEnsinoSuperioremPortugalnãosejamsomenteavaliadoseacreditadospelaA3ESmastambémporagênciasdeacreditaçãoeavaliaçãoestrangeiras de uma forma pontual e aleatória de forma a garantir a qualidade tendo em conta outros critérios que não só os nossos.

• Que créditos requeridos para a renovação da bolsa de apoio social não sejam superiores a50%,vistotratar-sedeumabolsadeapoiosocialaestudantesqueemmuitoscasosproveemdeambientes familiares e sociais difíceis que necessitam de uma maior compreensão e apoio por parte do Estado e das Instituições a que pertencem.

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MADEIRA UM NOVO RUMO, UM NOVO DESAFIO: PARTICIPAÇÃO CÍVICAJosé Pedro Pita, Luís Ramos Freitas, Tiago Vieira Neves, Pedro Pereira, Sérgio Rodrigues, Miguel Sousa Alves, José Miguel Gouveia, Denis Caldeira, Diogo Abreu Velosa, Tiago António Fernandes, Vítor Hugo Nóbrega, Carolina Vanessa Gama, Vanessa Gouveia, João Igor Santos, João Milton Santos, Vítor da Sé Fernandes, João Catanho Silva, Pedro Oliveira de Freitas, Ana Camacho Spínola, Eduardo Alberto Fernandes, Catarina Almeida Andrade, Pedro Emanuel Fernandes e Bárbara Rodrigues Pita

Aparticipaçãocívicaéummododeconhecercomofuncionaasociedadeeénossaobrigaçãotrazera juventude para participar cívica e socialmente. A participação cívica inclui a participação político partidária, mas não se confunde nem se esgota na mesma. Esta temática é de extrema importância, pois pode contribuir para a motivação dos jovens a se tornarem mais participativos na sociedade e ao mesmo tempo desenvolverem as suas aptidões para resolver problemas que possam encontrar noseuquotidianoenoseufuturolaboral.Istopoderátambémserbenéficoparaalteraromododepensamento da juventude que ao estar mais ativa civicamente irá contribuir para a construção de uma melhor sociedade. Um dos objetivos da participação cívica é incentivar os jovens a participarem em debates, seminários, ações de formação e é a partir desses meios, que desta forma se tornarão melhores cidadãos. Outro objetivo muito importante é apostar nas novas tecnologias, porque o mundo globalizou-se,quehojeemdiaumasimplesassinaturanumapetiçãoouumsimplescliquenaInternetpodem ter várias repercussões positivas. A escassa participação ativa dos jovens na vida cívica é cadavezmaisummotivodepreocupaçãodasociedadeeporinerênciadaJSDqueestasmedidasaquipropostaspoderãoajudaratrazermaisjovensparaaparticipaçãocívica.

Comecemospelacriaçãodeumadisciplinadenominada“FilosofiaSocialePolítica”noensinosecundário,pois através da mesma, pode incutir ou aperfeiçoar um pensamento político e social e ao mesmo tempo preparar aqueles mais interessados em seguir uma carreira política. Devemos também reformular a disciplina de Formação Cívica através da criação de um programa estruturado, alargando a carga horária semanaleespecializandoosprofessoresdadisciplina.Paratal,torna-sefundamental,incutirdesdemuitocedo a consciência de que a resolução dos problemas que afetam a nossa rua, a nossa escola e a nossa freguesia, passam também por nós. Tal pode ser feito através da disciplina de Formação Cívica, se a mesma for dada de forma mais séria e competente, com um professor próprio, com uma duração mais extensa que a atual e com um programa mais estruturado que faça com que alunos, professores e escola levem esta disciplina mais a sério e como essencial para o futuro dos mesmos e do país.

Tendo em conta o estado atual da nossa economia e a fraca adesão dos jovens a todas as atividades acatadas no meio escolar as Associações devem de apostar mais na participação cívica. Para isso necessitam dos devidos apoios para que consigam solucionar os problemas dos estudantes, logo, os apoios logísticos deverão ser correntes, no sentido de corresponder às necessidades que as Associaçõesapresentamparafazerfaceaosseusprojetos.Tambéméprecisohavermaisformaçãopara os dirigentes associativos para que consigam desempenhar o seu papel de uma forma mais eficazecombasenosconhecimentosadquiridos,quepoderãofuturamenteutilizarnomercadodetrabalho e na sua vida pessoal visto que possuirão as capacidades necessárias para terem uma participação mais ativa na sociedade. Para isso, é necessário apostar na criação e manutenção das Associações de Estudantes, porque como temos visto nos últimos tempos é uma excelente forma para preparar a Juventude. Para promover o Associativismo, sugiro ações de formação para os dirigentes associativoseatéparaosalunosquesepossaminteressaremfazerpartedeumaassociaçãojuvenil.

É importante contrariar as percentagens de abstenção crescente nesta última década. Para o efeito proponho a obrigatoriedade do sufrágio para todos os cidadãos. Na luta contra a abstenção dos jovens, outra medida importante seria a educação para a política através, por exemplo, da disciplina de participação cívica que apesar de ser plausível, continua incompleta.

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Éfundamentaltermosumasociedadecadavezmaiseducadaerespeitadoradosdeverescívicos.Por isso era de valorizar que órgãos de Polícia Criminal, sendo estes os “first-time enforcers” tivessemumpapelmaisativoedemaiorcontatocomosalunosafimdeoseducarparaodireitoede melhorar os aspetos anteriormente referidos. A escola deve ser igualmente um instrumento a ter em conta na atração dos jovens para a participação cívica. É necessário que se compreenda que na base da resolução de todos os problemas que afetam o mundo está a Educação e sobretudo aEducaçãoparaaCidadania,paraquehajaumamaiorsensibilizaçãoparaaparticipaçãocívicadevemos de criar o Estatuto de Voluntário, idêntico ao Estatuto de Atleta de Alta Competição que beneficieosenvolvidosnosregimesescolar,militareprofissional,reconhecendoosenvolvidosemotivando outros a contribuírem para a formação de uma sociedade melhor. Prestando a sua ação sem pretender qualquer tipo de recompensa monetária ou material e reconhecendo a dignidade de todo e qualquer ser humano, os jovens empenhados no voluntariado prestam um grande serviço àsociedadeconjugandoacapacidadeprofissionalcomagenerosidadegratuita,fazendodasuaaçãonãosóumcontributoparaumpaísmelhor,mastambémcomoumfatorderealizaçãopessoale aquisição de novos conhecimentos e experiências.

Em suma se queremos ser uma força política mais competente, mais inovadora, mais responsável, é necessário ter em conta estas medidas propostas, pois assim poderemos ter um país inovador, responsável e coerente. Nós somos o futuro e está nas nossas mãos mudar a perspetiva da nossa sociedade. Para tal, contamos com todos para a nossa grande batalha.

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FUNCHAL COM SENTIDOJSD Funchal

A nobre e leal cidade do Funchal é hoje uma referência no que se refere à qualidade de vida que oferece aos seus cidadãos. Ainda recentemente e a comprovar esse facto foi indicada como a segundamelhorcidadedopaísparaseviveratravésdeumestudoqueanalisou124cidadesde5 países. Este foi só mais um reconhecimento entre tantos outros, mas não deixa de ser sempre uma mais-valia na promoção da nossa cidade, mas a ser sinceros não é uma indicação que nos surpreenda, e a surpreender seria sempre pela negativa, pois sabemos que nossa linda urbe tem nomínimotodasascondiçõesparaterficadonoprimeirolugardalista.Temosumclimafantástico,umacidade repletadebeleza,umpatrimóniohistórico invejável, umhabitat inigualável quevaidesde a sua arquitectura às suas áreas verdes. Temos todos os serviços necessários ao quotidiano de um cidadão, estamos equipados com as melhores infra-estruturas, dispomos de actividades que durantetodooanocontemplamotempodelazerdosseushabitantesevisitantesdamelhorforma,e temos o mar, aquele Atlântico que nos banha e que é a porta de entrada de milhares de turistas por ano.

Mas será só isto os aspectos importantes que realmente importam aos cidadãos e ao seu quotidiano. Claro que não. Ponto assente na subsistência e funcionamento de qualquer cidade, emprego para os seus habitantes, motor indispensável da economia. Num momento particularmente difícil na históriadopaíseconsequentementedanossaRegião,odesempregoéumflageloqueestáaatingir grandes números da nossa população e onde não há sinais de retrocesso, até pelo contrário, com tendência para aumentar. No Funchal, não é excepção, tendo o desemprego atingido recordes nunca antes vistos, nomeadamente o desemprego jovemque cresceu quase 30%desdeMaiode2011naRegião.Nãosendoprecisorecorreragrandesnúmerosparaimaginartalfacto,poisbasta percorrermos algumas artérias da nossa cidade para enfrentarmos esta terrível constatação através dos inúmeros estabelecimentos e lojas que forneciam os nossos cidadãos, alguma delas emblemáticasqueficarãoparasemprenamemóriadosmadeirenses.Ostemposqueseavizinhamnão são prometedores, É essencial responder à frustração de tantas pessoas, principalmente dos mais novos com medidas urgentes que correspondam a um crescimento económico sustentado, criação de emprego, mais oportunidades para os que dela precisam e têm direito. Incutir a ideia de empreendedorismoaosmaisnovoséumasoluçãocadavezmaiscolocada,eéfundamentalpoisemmuitoscasos,sãosinónimosdesucesso,masporvezesestaideiatorna-serepetitivacomoumamedidadeescapefaceàineficácianaresoluçãodosproblemasdodesemprego.Propomosque seja adoptada uma medida já usada em alguns países da Europa, denominada de “Apoio ao Trabalho Voluntário” que basicamente é um programa destinado aos jovens desempregados com idadesentre18e25anosemtrabalhovoluntárionão-político,emfundaçõeseassociações,emtrocadeumabolsamensal(adefinir).Oprogramavisaproporcionaraosjovensumaexperiênciade trabalho, facilitando assim posteriormente a entrada no mercado de trabalho.

AníveldaHabitaçãoJovem,sãocadavezmaisosjovensquesaemmaistardedecasadospais,a falta de emprego, e os níveis precários dos poucos que têm trabalho não permitem a que estes tenham condições de acesso a habitação própria. Nesse sentido propomos que sejam criadas medidas de maneira a dar resposta a muitos jovens que anseiam pela sua própria casa. Propomos assim o desenrolamento da medida já apresenta neste mandato que agora encerra de um Projecto MunicipaldeIncentivoàHabitaçãoJovem,atravésdoqualsecrieumprogramaquebeneficieaaquisiçãoemprédios reabilitados, istonumcontextode repovoamentodas zonashistóricasdaCidade do Funchal, dando prioridade ao Jovens que a custos controlados tenham acesso à sua primeira habitação.

A nível ambiental, o Funchal é um exemplo a esse nível como todos nós sabemos, considerada

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umadascidadesmaislimpasdaEuropamaspodemosfazersempremaiseaessenívelpropomosque seja criada um concurso com vista ao reconhecimento de freguesias ecologicamente activas e quecontribuamsignificativamenteparaumautilizaçãomaisracionaldeenergiaencetandoassimuma competição saudável que permita uma convergência para a adopção de práticas amigas do ambiente.Nãosendosempredemaisaincrementaçãodeacçõesdesensibilizaçãopelasfreguesiassobreformasdepoupançaecológica,procurandoassimsensibilizarosmunícipesparaautilizaçãode energias alternativas bem como da sua aplicação no quotidiano.

O nosso concelho precisa de nós, da nossa Juventude, da vossa vontade e energia para que juntos possamos continuar a prosperar e a catapultar o nosso nome mais além.

Juntos,fazemosadiferença.

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PELA SUSTENTABILIDADE DO SECTOR EMPRESARIALJSD Câmara de Lobos

Numa época de grande desemprego, muitos pensam em criar o seu próprio emprego/empresa. Masocaráterempreendedoreumaboaideia,podemnãosersuficientesparaosucesso.

Emnúmeros,aOCDEestimaque(nospaísesquefazempartedestaorganização),dasempresasqueabrem,80%resisteao1ºano,70%atingemo2ºanoeaofimde5anos,apenas50%estãoem funcionamento.

EmPortugalestesvaloresestãoabaixodamédia,73%dasempresassobrevivemaoprimeiroano,eapenas52%ultrapassamabarreirados2anos.

Em parte dos casos, as empresas fecham não porque a ideia de negócio não tinha viabilidade, mas porque os seus mentores estão pouco preparados para as exigências de uma vida como empresários.

Uma das principais falhas apontadas é a falta de formação por parte dos empresários, que não poucasvezes,desconhecemprincípiosbásicosdegestãoempresarial.

Tendoporbaseestesnúmerosquerefletemestatendência,aJSD-CâmaradeLobos,propõequesejaobrigatórioqueosempresáriospossuamumahabilitaçãonaáreadegestãoempresarial.Fazendoum paralelo, da mesma forma que uma pessoa tem que ter obrigatoriamente uma habilitação para conduzirumautomóvelcomoobjetivodeconhecerocódigodeestrada,edeaprenderaconduzir,oempresárionãogestordeveriadeterumahabilitaçãoparaconduzircorretamenteasuaempresa.Somos da opinião que este procedimento proporcionaria uma redução da mortalidade das empresas eseriaumaferramentaadicionalparatornaronegóciosustentávelamédio/longoprazo.

Esta formação deverá ser encarada não como um entrave à criação da empresa, ou mais um processo burocrático, mas sim como uma aquisição de conhecimentos que serão fulcrais no futuro.Oobjetivoessencialseriadotarprofissionaiscomcompetênciatécnicas,humanísticaeéticasparadesempenharassuasatividadesprofissionaiscomelevadograuderesponsabilidade.

Para além do investimento inicial feito pelo empreendedor, a empresa possui uma função social que é a de proporcionar emprego, e garantir os salários dos colaboradores. Quando uma empresa fecha, são postos de trabalho que se extinguem, é o investimento feito pelos empresários que se perde,eéreceitafiscalqueoestadonãoarrecada.

Esta formação obrigatória para proceder à abertura da empresa, seria destinada a todos os empresáriosquenãopossuemformaçãoespecíficaemáreasrelevantesdeGestão.Do plano de formação, no nosso entender, deveriam fazer parte de entre outras, as seguintesmatérias: •ConhecimentosdeContabilidade •GestãoePlaneamentoEstratégica •PráticasemRecursosHumanos •GestãoFinanceiraEmpresarial •Marketing

Pensamos que, se um dos motivos apontados, for a falta de formação, esta seria uma forma de contornar esta situação, aumentando assim as probabilidades de sucesso e aproximarmo-nos da médiadospaísesdaOCDE,aumentando(não“persi”)asustentabilidadeamédio/longoprazo.

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CONTINUAR O PRESENTE E MUDAR O FUTURO!Diogo Goes

– uma visão transversal para a Cultura

Torna-se difícil falar de Cultura, se falta o pão na mesa.! Quando a tutela da Cultura a torna no parente mais pobre e a mantêm dependente de uma subsídio-dependência para alguns, não permite a emancipação da oferta por parte de uma Sociedade Civil que se quer forte. Ironia seria propôrKeynesianismosquandofaltadinheiroaoEstado!Mas,nãoserveaSocialDemocracia,sedesistirmos do ideal de uma sociedade que cresce e se desenvolve e que sabe expressar o seu valor através da tradição e do valor patrimonial dos costumes do Povo Madeirense.

Urge mudar o paradigma! A subsidieridade nas áreas da Cultura deverão estar vocacionadas para os Serviços Educativos e para a áreas da Inclusão Social.

AsubsidariedadepeloEstado,salvoosco-financiamentoscomunitários,aindaquesobformadeinvestimento, deverá incutir a auto-sustentabilidade ás iniciativas da Sociedade Civil, que através do associativismo e do empreendedorismo jovem propõe conceber a Cultura como valor económico acrescentado, tranversal ás políticas de Turismo e ás políticas do Ambiente.

Importacentraromercadoculturalnaespecificidadedeumpúblico,osjovens,quepelanecessidadede formação podem encontrar nas práticas artísticas e culturais uma forma de educação não formal interdisciplinar. Por outrem, os jovens enquanto futuros protagonistas na economia madeirense, deverãoenraizarohabitusdoconsumodeprodutos ligadosás indústriasde lazer,potenciandoassimaplurianualidadena realizaçãodos festivaisdeartesperformativas,eumaprogramaçãodiária de eventos de animação nocturna de modo a instituir no Atlântico a “Noite Madeira”.

Eu cá... Mas, vê se... este é o comentário de uma dita elite, que procura condicionar os criativos Recusaraelitismoporpartedepúblicospseudo-intlectuaisepropôrademocratizaçãodaculturanãodeverásignificarumaperdadaqualidadedoscontéudosmasainclusãoeformaçãodospúblicospara as práticas artísticas contemporâneas. De alguns para todos e não de todos para alguns!

Propõe-se:•OrdenarjurídicamenteaáreadatutelanadependênciadirectadaPresidência ou Vice-Presidência do Governo Regional, promovendo projectos interdisciplinares comuns e um diálogo estruturado entrediferentesáreaseSecretarias:EducaçãoeJuventude,TurísmoeAmbiente.

•CriarumaRede de Serviços Educativos intermunicipais, que envolva uma Programação Comum aos Museus e as Bibliotecas,valorizandoopotencialhumanodosformadores(emvoluntariadoouestágioprofissionalpós-universitário)comogarantedaformaçãodospúblicosinfanto-juveniseséniores .

• Instituirno“cartazturístico”daMadeiraumaProgramação de Animação Nocturna regular, a “NoiteMadeira”,potenciandoodesenvolvimentodocomércio,restauraçãoeindústriadolazer.

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www.jsdmadeira.pt